Walt whitman

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Walt Whitman JOÃO SOBRAL, N9, 12ºF 1 1819-1892 WALTER WHITMAN O POETA DA REVOLUÇÃO AMERICANA

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walt whitman, poeta american do sec XIX

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Walt WhitmanJOÃO SOBRAL, N9, 12ºF

1819-1892

WALTER WHITMAN O POETA DA REVOLUÇÃO AMERICANA

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2índice

Perceurso biográfico

Escrita e temáticas

Obras

Magnum opus

Relação de Walt Whitman com o modernismo português

Caeiro e Campos (F.Pessoa)

Conclusão

Page 3: Walt whitman

3Introdução

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4Percurso Biográfico

Nasceu , 31 de maio em

Huntington (1819)Brooklyn

Estudar

Deixou a escola (1830)

Nova Iorque

Editor de jornais «Aurora» e o

«Evening Tatler»(1842-44)

Voltou paraBrooklyn

Editor do «Brooklyn

eagle»(1846)

Primeira edição do seu Magnum opus «Leaves of

Grass»(1855)Washington, D.C

Serviu o exercito em hospitais

militares(1863-64)

Guerra civil1861 a 1865

Nova Jérsia, Camden

8º e 9º edição do seu Magnum

opus (1889/1892) Morreu no dia 26 de março

de 1892 (72 anos)

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5Escrita

Verso livre: métrica irregular Escrito para soar como uma fala natural

Foi o primeiro poeta americano a usar a técnica do verso livre

É bastante comum o uso de paralelismos (a repetição de versos com o mesmo significado.

Idiossincrásico (é a maneira de ver, de sentir e de reagir, própria de cada pessoa. É uma forma incomum de se portar perante a sociedade).

Termos de guerra uma vez que participou e prevaleceu parte da sua vida numa guerra civil.

Fundador de movimentos literários modernos: Sensacionismo

Futurismo

Temas

Democracia como um modo de vida;

O ciclo do crescimento e da morte;

A beleza do individual;

Escrita do estilo romântico.

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6Obras de Walter Whitman

OBRAS:-Franklin Evans (1842)-Leaves of Grass (1855)-Drum-taps (1865)-Democratic vistas (1871)-Specimen Days (1882)-November Boughs (1888)

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7«Leaves of Grass»

«Folhas de Relva»;

Descrição da diversidade da população americana e a energia e intensidade das formas de vida no fim do sec XIX no ‘Mundo Novo’ a América. 1ºEdição

(1855)

+7 Edições

Ultima9ºEdição

(1892)

383 poemas

12 poemas

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8 Este livro é notável pela

sua alegria e louvor dos sentidos durante uma época em que tais manifestações espontâneas eram consideradas imorais . Onde muita poesia anterior , especialmente Inglês, recorria ao simbolismo , alegoria, e meditação sobre os papeis (‘Folhas’) religiosas e espirituais na sociedade da época, Leaves of Grass exaltara o corpo e o mundo material.

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O Captain! my Captain! our fearful trip is done;The ship has weathered every rack, the prize we sought is won;The port is near, the bells I hear, the people all exulting,While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:

But O heart! heart! heart!O the bleeding drops of red,Where on the deck my Captain lies,Fallen cold and dead.O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;For you bouquets and ribboned wreaths—for you the shores a-crowding;For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;Here Captain! dear father!This arm beneath your head;It is some dream that on the deck,You’ve fallen cold and dead.My Captain does not answer, his lips are pale and still;My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;The ship is anchored safe and sound, its voyage closed and done;From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;Exult, O shores, and ring, O bells!But I, with mournful tread,Walk the deck my Captain lies,Fallen cold and dead.

Oh capitão! Meu capitão! nossa viagem medonha terminou;O barco venceu todas as tormentas,     [o prêmio que perseguimos foi ganho;O porto está próximo, ouço os sinos, o povo todo exulta,Enquanto seguem com o olhar a quilha firme,     [o barco raivoso e audaz:Mas oh coração! coração! coração!Oh gotas sangrentas de vermelho,No tombadilho onde jaz meu capitão,Caído, frio, morto. Oh capitão! Meu capitão! erga-se e ouça os sinos;Levante-se – por você a bandeira dança – por     [você tocam os clarins;Por você buquês e fitas em grinaldas -     [por você a multidão na praia;Por você eles clamam, a reverente multidão de faces ansiosas:Aqui capitão! pai querido!Este braço sob sua cabeça;É algum sonho que no tombadilhoVocê esteja caído, frio e morto.Meu capitão não responde, seus lábios     [estão pálidos e silenciososMeu pai não sente meu braço, ele não      [tem pulsação ou vontade;O barco está ancorado com segurança     [e inteiro, sua viagem finda, acabada;De uma horrível travessia o vitorioso barco     [retorna com o almejado prêmio:Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!Mas eu com passos desolados,Ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão,      [caído, frio, morto.

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10Relação de Walt Whitman com o modernismo português

A pergunta inicial em relação à influência de Whitman sobre Campos deverá estimular, então, a busca de entendimento do diálogo existente entre a criação dos dois poetas, sua relação com o real, sua energia criativa e provocante. Essa busca deve, entretanto, passar por Caeiro, como o que primeiro entrou em sintonia com o poeta americano.

um dos capítulos de seu livro Fernando Pessoa, poesia, transgressão, utopia, salienta Whitman como “a fonte comum de ambos” os poetas, seus heterónimos Caeiro e Campos,

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11Caeiro e Campos (F.Pessoa)

Whitman destaca a adoção do verso livre e “de uma linguagem predominantemente prosaica ” . A primeira associação que nos ocorre, entre a produção dos dois poetas, Whitman e Campos, é mesmo o fato de ambos terem se expressado em versos livres, não compartimentados por rima, extensão ou métrica regulares.

Whitman é comparado á vida «moderna» Compreende-se, então, que o discípulo direto de Whitman é Caeiro, e que Campos é discípulo de Caeiro.

Há profunda compreensão, por parte de Campos, da criação de Whitman, e, em conseqüência dessa sintonia é que muitos de seus poemas realmente desenvolvem temas semelhantes aos desenvolvidos por Whitman, como, por exemplo, a interação com o cosmos, as máquinas modernas, o homem comum e suas diversas profissões, as cidades e seus significados.

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12 Sobre Walter Whitman, vale dizer que, de certa forma, o poeta

criou também seu heterônimo: “Walt Whitman”. “Walt” apareceu em cena após uma viagem de Whitman a New Orleans e Chicago, depois da qual Walter Whitman parece ter se transformado. Deixou de vestir-se como um bem comportado homem da imprensa, profissão que exercia, além de, esporadicamente, trabalhar como jornalista, e passou a apresentar- -se em roupas grosseiras de um trabalhador comum, de colarinho aberto, sem formalidades. Optou por usar um chapéu já um tanto danificado pelo uso e deixou de aparar a barba . A causa dessa drástica mudança nunca foi devidamente explicada, mas a verdade é que se estendeu até a sua maneira de escrever poemas, que eram, até então, imitação fraca do que se produzia na Europa.

Walt Whitman abandonou os recursos poéticos usuais e passou a escrever de uma forma solta, sem rima, de ritmo mais fluente. Acredita- -se que seu novo estilo tenha sido influenciado pela leitura da King James Bible, a qual Walter Whitman costumava ler.

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13 Campos respondeu ao apelo de Whitman; na primeira estrofe, que segue

os dois primeiros versos de “Saudação a Walt Whitman”,

De aqui de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,

Saudo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,

Ó sempre moderno e eterno, cantor dos concretos absolutos,

Concubina fogosa do universo disperso,

Grande pederasta roçando-te contra a diversidade das coisas,

Sexualizado pelas pedras, pelas árvores, pelas pessoas, pelas

profissões,

Cio das passagens, dos encontros casuais, das meras observações,

Meu entusiasta pelo conteúdo de tudo,

Meu grande herói entrando pela Morte dentro aos pinotes,

E aos urros, e aos guinchos, e aos berros saudando-te em Deus!

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14Conclusão

A análise da obra e vida de Walter whitman é fundamental para a construção literária moderna.

Walter Whitman foi sem duvida um dos maiores poetas da literatura americana e mundial. Criou um estilo próprio que influenciou o modernismo na América posteriormente desenvolvida nos sec XIX e XX.

A relação e as influências de Walter Whitman no modernismo estão bem presentes na escrita de Fernando Pessoa, que lhe chegou a dedicar um poema.