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SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E PLANEJAMENTO – SIAPLAN, UM NOVO OLHAR AO MONITORAMENTO DE PROJETOS Desirée Custódio Mota Virna Lisy Sales Aguiar Sobreira

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SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E PLANEJAMENTO – SIAPLAN,

UM NOVO OLHAR AO MONITORAMENTO DE PROJETOS

Desirée Custódio Mota Virna Lisy Sales Aguiar Sobreira

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Painel 19/002 Painel Experiências de Monitoramento, Inovação e Excelência no Serviço Público

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E PLANEJAMENTO – SIAPLAN, UM NOVO OLHAR AO MONITORAMENTO DE PROJETOS

Isidro-Filho

Desirée Custódio Mota Virna Lisy Sales Aguiar Sobreira

RESUMO

Considerando a necessidade de dar eficiência e eficácia ao acompanhamento da

execução do portfólio de projetos da Secretaria Municipal do Planejamento,

Orçamento e Gestão – SEPOG, a Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento

Institucional – ASPLAN foi designada para realizar essa tarefa.

Na busca para alcançar o êxito no monitoramento desses projetos foi desenvolvido o

Sistema de Acompanhamento e Planejamento – SIAPLAN, uma ferramenta na

plataforma WEB que atua no sentido de assegurar a implantação dos mesmos

articulando melhor as ações integradas para alcançar excelência nos resultados.

Devido ao sucesso de sua utilização surgiu a necessidade de disseminar essa

ferramenta nos demais órgãos e entidades da Prefeitura Municipal de Fortaleza -

PMF, tendo em vista garantir que todas os gerentes de projetos trabalhem sob critérios

padronizados, fazendo com que os projetos sejam conduzidos sob práticas gerenciais,

alinhados com o planejamento estratégico da PMF, além de deixar o registro do que

foi realizado para as futuras gestões.

O objetivo desse trabalho é compartilhar a metodologia de monitoramento de projetos

adotada pela SEPOG.

Palavras-chave: Projetos, monitoramento de projetos.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2. GERENCIAMENTO DE PROJETOS .................................................................... 4

2.1. Gerenciamento de projetos na administração pública ...................... 8

3. PROJETOS X OPERAÇÕES ............................................................................... 9

4. OBJETIVO .......................................................................................................... 10

4.1. Objetivo geral .................................................................................. 10

4.2. Objetivo específico .......................................................................... 10

5. HISTÓRICO DO PROCESSO ............................................................................ 10

6. SISTEMÁTICA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS NA SEPOG................ 14

6.1. Ciclo de Monitoramento .................................................................. 14

6.2. Atores do processo de monitoramento ........................................... 17

6.3. Funcionalidades da Ferramenta ...................................................... 18

7. AVANÇOS E EXPERIÊNCIAS ........................................................................... 23

8. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 24

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1. INTRODUÇÃO

A gestão pública moderna é constantemente desafiada pela velocidade das

mudanças econômicas, sociais e políticas do ambiente. A crise do estado,

impulsionada pelo esgotamento e sobrecarga da máquina pública, o controle do uso

dos recursos, principalmente financeiros, a exigência crescente dos cidadãos por

transparência e serviços públicos de qualidade são reivindicações cada vez maiores

da população contribuinte.

Assim, veio à tona a necessidade de encontrar alternativas para melhor

direcionar as ações da máquina pública de modo racional, pois a busca por um efetivo

acompanhamento, controle e gerenciamento das ações proporcionará uma melhor

resposta da administração. Já que esta deve estar pautada tanto por resultados de

eficiência em produtos quanto em efetividade de resultados para a população.

As ações de desenvolvimento institucional empreendidas, devem corresponder

às estratégias de fortalecimento do modelo de governança do município. O caminho

estratégico escolhido para a realização da visão de futuro articulou os objetivos

estratégicos aos quais foram alinhados projetos com metas capazes de atender as

demandas do Programa de Governo.

O presente trabalho visa compartilhar a experiência adquirida e a metodologia

utilizada no projeto de Monitoramento dos Projetos de Avanço da Secretaria Municipal

do Planejamento, Orçamento e Gestão - SEPOG.

2. GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Para praticar o gerenciamento de projetos é fundamental conhecer a definição

exata do termo projeto. Segundo o Project Management Institute (PMI) é um esforço

temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.

De acordo com o PMI, gerenciamento de projetos é a aplicação de

conhecimentos, habilidades e técnicas para a execução de projetos de forma efetiva

e eficaz. Trata-se de uma competência estratégica para organizações, permitindo com

que elas unam os resultados dos projetos com os objetivos do negócio – e, assim,

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melhor competir em seus mercados. É uma área de atuação e conhecimento que tem

ganhado, nos últimos anos, cada vez mais reconhecimento e importância.

O objetivo do gerenciamento de projetos é evitar surpresas durante a realização

dos trabalhos desenvolvendo novas técnicas de execução, antecipando problemas

que poderão ser encontrados ao longo do projeto, disponibilizando orçamentos antes

do início dos gastos, agilizando as decisões já que toda informação está estruturada

e disponibilizada em todo o tempo de execução do projeto, aumentando o controle

gerencial de todas as fases, facilitando e orientando as revisões da estrutura do

projeto, otimizando a alocação dos recursos e documentando as estimativas para

projetos futuros, criando uma base de conhecimentos que facilitará a execução de

novos projetos.

De acordo com alguns autores o gerenciamento de projetos traz as seguintes

vantagens:

Maior satisfação do cliente;

Ciclo de desenvolvimento mais curto;

Custos menores;

Decisões mais eficazes;

Menos improviso;

A entrega é feita dentro do prazo contratado;

O orçamento é respeitado;

A identificação antecipada dos problemas permite planejar e realizar ações

corretivas;

Diminui a possibilidade de surpresas;

Otimiza o uso dos recursos existentes;

Documenta o andamento das ações;

Facilita projetos futuros, por meio da documentação das lições aprendidas.

O Escritório de Gerenciamento de Projetos – EGP ou Project Management

Office - PMO é uma unidade organizacional comumente implantada para contribuir no

aumento da eficiência e eficácia dos projetos. É responsável pelo gerenciamento

centralizado e coordenado dos projetos e visa uma solução integrada para o

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desenvolvimento dos processos e procedimentos a serem implantados. Suas

responsabilidades são variadas, desde fornecer suporte ao gerenciamento de

projetos, dando apoio aos gerentes de projetos, até ser o responsável direto pelo

gerenciamento de um projeto. Devido à sua crescente relevância o EGP se tornou um

fenômeno global na estrutura das organizações públicas, privadas e do terceiro setor

em todo o mundo. No setor público, o EGP vem para garantir maior eficiência aos

projetos, servindo como agente disseminador, multiplicador, coordenador e

fomentador de boas práticas de gerenciamento de programas e projetos. O Escritório

de Gerenciamento de Projetos passa a ser importante elemento viabilizador, para

órgãos públicos, de três benefícios desejados e necessários ao serviço público:

rastreamento, transparência e responsabilidade (accountability).

O Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos - Guia

PMBOK (A Guide to the Project Management Body of Knowledge) é a mais popular

das publicações de padrões globais de gerenciamento de projetos, programas e

portfólios. Ele formaliza diversos conceitos em gerenciamento de projetos, como a

própria definição de projeto e seu ciclo de vida. Além disso, identifica um conjunto de

conhecimentos amplamente reconhecido como boa prática, aplicáveis à maioria dos

projetos na maior parte do tempo. A aplicação desses conhecimentos requer a adoção

de processos apropriados. Cada área de conhecimento abrange diversos processos

no gerenciamento de projetos.

Um processo é um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas que são

executadas para alcançar um objetivo.

De acordo com o PMBOK, os conhecimentos estão categorizados em dez

áreas e caracterizam os principais aspectos envolvidos em um projeto e no seu

gerenciamento, são eles: integração, escopo, tempo, custos, qualidade, recursos

humanos, comunicações, riscos, aquisições e partes interessadas. Já os processos

relacionados são organizados em cinco grupos ao longo do ciclo de vida do projeto:

iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, encerramento.

Os grupos de processos de gerenciamento de projetos têm grande relação com

o conceito do ciclo PDCA (Plan – Do – Check – Act): Planejar – Fazer – Verificar –

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Agir (corrigir e melhorar). O grupo de Planejamento corresponde ao planejar;

execução, ao fazer; e monitoramento e controle englobam verificar e agir. E como a

natureza dos projetos é finita, o PMBOK ainda caracteriza os grupos de processos

que iniciam (Iniciação) e finalizam (Encerramento) um projeto.

O gerente de projeto é a pessoa responsável pela condução do projeto, com a

missão de zelar para que os objetivos do projeto sejam atingidos. Ele deve ser

caracterizado por um perfil profissional com domínio e experiência nos processos e

nas áreas de conhecimento do gerenciamento de projeto. Seu trabalho pode ser

sintetizado em três grandes elementos: planejar, monitorar e comunicar.

Um gerente de projeto deve estar atento a todo o contexto que diz respeito a

sua gerência, ao ciclo de vida, aos stakeholders, às influências organizacionais e às

influências sócio-econômicas. Destacam-se como habilidades gerenciais: a liderança,

a comunicação, a negociação, a resolução de problemas e a influência na

organização.

O gerente do projeto possui várias atividades e responsabilidades, como por

exemplo: definir e controlar os objetivos; definir e controlar os requisitos do produto;

definir e controlar os riscos; definir e avaliar os fatores críticos de sucesso; definir e

avaliar os pontos fortes e pontos fracos; definir e controlar o cronograma; verificar o

esforço, avaliar o projeto e a equipe com métricas; alocar e gerenciar recursos; definir

prioridades; coordenar interações entre os envolvidos no projeto; assegurar que os

prazos e custos estão sendo mantidos dentro do planejado; assegurar que os

produtos do projeto atendam aos critérios de qualidade e que estejam de acordo com

os padrões estabelecidos; formalizar a aceitação dos elementos resultantes de cada

fase do ciclo de vida do projeto; elaborar relatórios de avaliação e de

acompanhamento da situação do projeto; participar de reuniões de acompanhamento

e de revisão do projeto.

A comunicação é peça chave no gerenciamento de projetos pois os gerentes

passam a maior parte do seu tempo tratando com os membros da equipe e outras

partes interessadas. Para obter êxito no gerenciamento, em especial na comunicação,

os gerentes devem dominar habilidades interpessoais. Lidar com situações

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interpessoais requer sensibilidade e flexibilidade perceptiva e comportamental, que

significa procurar ver vários ângulos da mesma situação e atuar de forma diferenciada.

Embora a gestão da comunicação seja com frequência ignorada pelos gerentes

de projeto, essa área engloba atividades que consomem a maior parte do tempo do

gerente chegando a alcançar 90%, seja com a comunicação formal, informal, verbal

ou escrita.

Desde o início do projeto, é necessário identificar as partes interessadas ou

stakeholders, que são pessoas, grupos ou organizações que podem afetar, serem

afetados ou sentirem-se afetados por uma decisão, atividade ou resultado de um

projeto. São exemplos de partes interessadas: o patrocinador ou sponsor, a equipe

do projeto, gerente, dentre outros.

Vargas (2005) entende que um projeto bem-sucedido é aquele realizado

conforme planejado e que a maioria dos fracassos em projetos é decorrente de falhas

gerenciais.

2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A implantação de práticas de gerenciamento de projetos no setor público, no

Brasil, é um desafio recente e tem sido implementada com sucesso em alguns estados

da federação. O gerenciamento de projetos vem agregar qualidade à gestão, para que

as entidades públicas transformem o planejamento em resultados, otimizando a

alocação de recursos, diminuindo as surpresas e trazendo maior eficiência à gestão

de projetos.

A gerência de projetos no setor público apresenta algumas diferenças

importantes em relação ao setor privado e necessita de uma visão diferenciada, pois

os projetos no setor público não possuem como motivação principal o retorno

financeiro, mas sim o retorno social.

As principais especificidades e limitações observadas nos processos de

gerenciamento de projetos de governo em relação ao setor privado são:

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Critérios de seleção: os projetos são caracterizados como não lucrativos e

de caráter social;

São pautados pelo ciclo anual do orçamento: atrasos em projetos podem

fazer com que recursos sejam perdidos;

Sofrem grande influência do ciclo eleitoral, no caso de mudança de

administração, como por restrições legais estabelecidas pelo princípio da

neutralidade em período eleitoral;

São objeto de regulamentação intensa e pesada nas aquisições do governo,

pela necessidade de assegurar igualdade de oportunidade para os licitantes

de obras e serviços públicos, bem como probidade por parte do órgão

adquirente;

Complexidade: projetos governamentais têm grande interconexão com

outros projetos e ações;

Duração: alguns são muito demorados;

Governança: muitos possuem vários stakeholders independentes;

Benefícios: na maioria das vezes são esperados benefícios qualitativos de

difícil mensuração.

Muitas dificuldades enfrentadas pelos gestores de projetos se dão devido à não

utilização de uma metodologia adequada. Diversos autores evidenciam outros

aspectos importantes como: a falta de profissionalização de seus gestores que, em

sua maioria ocupam postos com base em critérios políticos; a alta frequência nas

mudanças de prioridades e métodos; um processo de comunicação deficitário, os

gestores têm dificuldade de comunicar os objetivos, métodos e técnicas de forma

efetiva para atingir os produtos esperados.

3. PROJETOS X OPERAÇÕES

As operações e projetos diferem entre si principalmente porque as operações

são de caráter contínuo e repetitivo, enquanto que os projetos têm um caráter

temporário e único. Temporário significa que todo projeto tem um início e um fim

definidos. Único significa que o produto, serviço ou resultado é, de alguma forma,

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diferente de todos os produtos e serviços existentes na organização, ou seja, suas

características são únicas, exclusivas.

4. OBJETIVO

4.1. OBJETIVO GERAL

Melhorar a eficiência e eficácia do planejamento, da execução e do controle

dos Projetos de Avanço, Estratégicos e Setoriais da SEPOG através da difusão de

uma cultura de gerenciamento de projetos e do suporte aos projetos e suas equipes.

4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

Implantar uma ferramenta web de gestão que permita o monitoramento em

tempo real do portfólio de projetos da Secretaria Municipal do Planejamento,

Orçamento e Gestão - SEPOG.

5. HISTÓRICO DO PROCESSO

A ideia de monitorar os projetos nasceu em 2013, depois que a Fundação Dom

Cabral (FDC) realizou uma consultoria à PMF, momento em que diagnosticou os

principais entraves para a administração municipal, apresentou diretivas e propostas

de adequações e incrementos. Dentre as percepções apresentadas pela FDC

estavam a necessidade de: se adotar na PMF sistemática de monitoramento e

avaliação de ações propostas e previstas nos diversos planos setoriais; de força-tarefa

para projetos prioritários e que precisam de resultados de curto prazo; de maior

coordenação e integração entre as áreas.

Partindo desse pressuposto e da orientação da FDC de se criar instâncias

indutoras de gestão por resultados nos órgãos a partir da implantação de escritórios

de projetos nas setoriais, a SEPOG resolver realizar um levantamento dos projetos

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estavam sendo executados em suas unidades orgânicas e definir uma metodologia

de monitoramento.

Em um primeiro momento, foram detectados 70 (setenta) projetos em

andamento na secretaria sem nenhum tipo de acompanhamento. Alguns desses

passavam por mudança no decurso de sua execução sem qualquer registro ou

documentação das alterações, implicando que o projeto poderia chegar a finalização

completamente diferente do escopo original, ou mesmo com o prazo diversas vezes

maior do que o estimado ou até mesmo com custo superior ao calculado.

Outro problema identificado foi que alguns projetos que tinham afinidade com

mais de uma área, estavam sendo trabalhados como dois projetos distintos. Isso

gerava um portfólio muito maior do que o que de fato a secretaria possuía, além de

ocasionar um sombreamento entre as áreas.

A partir dessa identificação, buscou-se, usando como referência as regras do

PMBOK, criar um modelo de planilha eletrônica em que se pudesse acompanhar a

execução do escopo, do custo e do prazo. Havia inclusive um semáforo identificando

o status: verde representava realizado dentro do prazo; vermelho representava desvio

grave, atraso ou realização fora do prazo; amarelo chamava atenção para os sete dias

antes do prazo. Mas, tudo isso era feito de maneira manual e rudimentar, gerando

muitos arquivos e retrabalho ao longo da execução.

Para esse acompanhamento, eram realizadas reuniões quinzenais com os

gerentes de projetos e foram nesses momentos que pudemos ajustar os projetos,

juntando os similares e transformando-os em um único, mais completo e factível. Esse

trabalho passou a ser desenvolvido por uma equipe de quatro monitores e um

coordenador organizado pela ASPLAN, que passou a funcionar como escritório de

projetos. Deste modo, todos os projetos passaram a ser analisados, orientados e

monitorados pela equipe desse escritório. Esse foi o primeiro método de

monitoramento dos projetos realizado pela ASPLAN/SEPOG.

Antes disso, identificamos um baixo conhecimento dos gerentes em relação

aos preceitos do PMBOK e as rotinas de gerenciamento de projetos, o que levava a

equipe de monitoramento a mais um desafio. Em articulação com Coordenadoria

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Estratégica de Gestão de Pessoas (COGESP) foram ofertadas nos anos de 2013,

2014 e 2015 capacitações na área de gerenciamento e monitoramento de projetos,

sendo duas turmas por ano.

Estava vencido o primeiro desafio. Os 70 (setenta) projetos entraram para o

portfólio que contribuiria com os objetivos estratégicos da Secretaria, passando a

serem denominados de Projetos Prioritários da SEPOG. Mas muito ainda precisava

ser feito.

Em 2015, foi feita uma revisão do portfólio. A alta gestão da SEPOG,

juntamente com a equipe de coordenadores, definiu uma carteira com 28 (vinte e oito)

projetos objetivando auxiliar no alcance dos resultados almejados com mais qualidade

e agilidade, a ela foi atribuído o nome de Projetos de Avanço. Essa revisão restringiu

o prazo dos projetos: todos deveriam ser concluídos dentro do ano do exercício. Da

carteira de Avanço, 10 (dez) projetos passaram a ser escolhidos, anualmente, como

prioritários, aqueles que receberão esforços de todas as áreas para serem concluídos

dentro do prazo.

Atualmente, são monitorados 28(vinte e oito) projetos. Esse número é resultado

do somatório dos não concluídos em 2015 e de 13 (treze) novos projetos planejados

para serem executados em 2016.

De acordo com o Decreto nº 13.249, de 12 de novembro de 2013, que aprova

o regulamento interno da SEPOG, compete à Assessoria de Planejamento e

Desenvolvimento Institucional – ASPLAN, coordenar o planejamento estratégico,

tático e operacional; monitorar a execução dos planos, programas e projetos da

SEPOG, visando o desempenho conjunto e integrado das metas estabelecidas; além

de cadastrar e acompanhar a execução dos projetos, em articulação com as unidades

orgânicas da SEPOG nos sistemas de monitoramento e avaliação da Administração

Municipal.

Com a revisão dos projetos e o intuito de apoiar a ASPLAN no desenvolvimento

dessa competência, foi criado o Comitê Executivo de Acompanhamento de Projetos e

Processos de Avanços, através da Portaria nº 058/2014 de 30de dezembro de 2014,

publicada no Diário Oficial do Município nº 15.434. O desafio era acompanhar e

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analisar as etapas de execução dos projetos, articular ações corretivas, identificar

pontos críticos e apontar soluções aos gargalos sistêmicos e aos entraves

burocráticos, propor melhorias para dar maior celeridade e integração entre as áreas

administrativas, pois o modo como era feito demandava muito esforço, retrabalho e

desgaste das equipes.

Em 2015, a atividade de monitoramento dos projetos de avanço da SEPOG

continuava utilizando como ferramenta de controle, planilhas eletrônicas. Porém, logo

ficou claro que esse tipo de acompanhamento era insuficiente e que seria necessária

a adoção de práticas de gerenciamento através de um monitoramento mais técnico,

compartilhado e interativo. Verificou-se a necessidade de usar ferramentas de gestão

como algo indispensável para garantir resultados positivos no desenvolvimento de um

projeto, pois isso permitiria saber quais métodos e processos de trabalho utilizados e

a visualização de informações em tempo real ao alcance de toda a equipe envolvida.

Era preciso conhecer os recursos tecnológicos de cada ferramenta e analisar as reais

necessidades da implantação de acordo com o projeto. Ao optar pelo uso de

ferramentas de gestão de projetos, as organizações podem estar certas de que estão

investindo corretamente, executando projetos com sucesso, resultando em vantagens

planejadas, maximizando a utilização de recursos, fornecendo ferramentas de

colaboração para conectar equipes dispersas, mantendo a visibilidade e controle

sobre o projeto através de relatórios e mensuração de resultados.

Dessa forma, a ASPLAN, em parceria com a Coordenadoria de Tecnologia da

Informação e Comunicação – COTEC, desenvolveu uma ferramenta digital,

totalmente web, que realiza o armazenamento das informações, podendo ser

consultada e alimentada por diversos atores. A ela foi dada o nome de SIAPLAN –

Sistema de Acompanhamento e Planejamento.

Com a criação do instrumento e a estrutura de apoio para auxiliar na agilização

da execução dos projetos, ASPLAN e COTEC realizaram, no período de março a

junho de 2015, a implantação do sistema e a capacitação na ferramenta para todos

os servidores envolvidos no processo. Ainda durante o mês de junho de 2015, os

gerentes de projeto de todas as unidades orgânicas da secretaria realizaram o

cadastro do portfólio de projetos. Durante todo o prazo de preenchimento, foi oferecido

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o suporte da equipe de implementação, ASPLAN/COTEC, para o esclarecimento de

dúvidas e preenchimento das informações. Além disso, para formalizar todos os

procedimentos operacionais e para auxiliar os usuários, foi elaborado e disponibilizado

um manual onde está descrito o passo a passo para utilização da ferramenta.

Após um período de 6 (seis) meses da implantação e utilização do sistema, a

SEPOG identificou a necessidade de disponibilizar o SIAPLAN para todos os Órgãos

e Entidades da PMF com o propósito de disseminar as práticas exitosas e a cultura

de realizar o monitoramento dos projetos com mais maturidade, tendo em vista

garantir que todas as equipes de projetos da PMF trabalhem sob critérios comuns e

padronizados, fazendo com que os projetos sejam conduzidos sob práticas gerenciais,

estando alinhados com o planejamento estratégico da PMF. Além de garantir o

registro do que foi realizado pelos órgãos para as futuras gestões.

Desta forma, a ASPLAN/SEPOG ofertou à todas as Assessorias de

Planejamento dos Órgãos municipais a oportunidade de conhecer e aderir à utilização

do SIAPLAN. No período entre fevereiro e março de 2016 foram capacitados 32

servidores de 13 Órgãos da PMF. Além disso, para dar suporte técnico aos usuários

foi disponibilizada uma equipe de helpdesk que pode ser acionada através de contato

telefônico. Atualmente 02 (dois) Órgãos estão em fase de implantação do sistema.

São eles: a Agência de Fiscalização de Fortaleza – AGEFIS e a Secretaria Municipal

das Finanças – SEFIN.

6. SISTEMÁTICA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS NA SEPOG

6.1. CICLO DE MONITORAMENTO

A rotina de monitoramento dos Projetos de Avanço da SEPOG tem início

através do gerente de projeto que preenche e cadastra o Termo de Abertura do Projeto

(TAP) no sistema. Posteriormente esse documento passa por uma análise e

aprovação do coordenador da área responsável pelo projeto. Em seguida o Escritório

de Projetos (ASPLAN) realiza uma análise de viabilidade do projeto. Caso seja viável

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o projeto aguarda a análise e aprovação do Secretário da SEPOG, caso contrário volta

para que o gerente realize ajustes. Após avaliação, o Secretário aprova e classifica o

projeto em: avanço, prioritário ou estratégico. Na ocorrência da não aprovação do

projeto este será arquivado em um banco de projetos do sistema. A partir de então o

projeto transita em um fluxo de monitoramento entre ASPLAN, gerente e Comitê

Executivo até o seu término, conforme o fluxograma da Figura 1 abaixo.

Para facilitar o acompanhamento, os projetos foram divididos por área e cada

servidor da equipe do Escritório de Projetos (ASPLAN) é responsável por monitorar a

execução de três áreas da Secretaria.

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Figura 1. Ciclo de monitoramento

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6.2. ATORES DO PROCESSO DE MONITORAMENTO

I. Patrocinador de Projetos:

Participar na seleção e autorização dos projetos;

Eleger as prioridades entre os projetos e/ou processos;

Estabelecer prioridades e alocar recursos;

Conceder ao gerente de projeto autoridade para aplicar os recursos

organizacionais nas atividades do projeto.

II. Comitê Executivo:

Analisar os planos, projetos e subprojetos de avanço das unidades

administrativas da SEPOG;

Participar das reuniões de acompanhamento e análise do monitoramento

dos projetos, quando solicitado pela ASPLAN;

Coordenar e acompanhar as atualizações das informações que devem ser

realizadas no último dia útil de cada mês;

Atuar como ponto central de contato para toda a comunicação (institucional)

relacionada ao projeto;

Articular as ações corretivas necessárias (elaborar Plano de Ação);

Analisar pontos críticos, apontando soluções e propondo melhorias nos

projetos;

Monitorar o Plano de Ação para resolver a crise;

Avaliar os resultados esperados e desempenhar outras atividades

correlatas.

III. Coordenador:

Avaliar e aprovar o Termo de Abertura do Projeto (TAP);

Enviar projeto para ASPLAN fazer a análise de viabilidade;

Acompanhar a execução do projeto.

IV. Gerente de Projetos:

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Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto e de todos os planos

relacionados;

Manter o projeto na direção pré-estabelecida em relação ao cronograma e

orçamento;

Identificar, monitorar e responder aos riscos do Projeto;

Fornecer relatórios precisos e oportunos das métricas dos projetos;

Alimentar o Sistema SIAPLAN (Sistema de Acompanhamento e

Planejamento);

Justificar as intercorrências dentro do SIAPLAN.

V. Escritório de Projetos (ASPLAN):

Gerenciar recursos (pessoal, tecnológico, financeiro e outros)

compartilhados entre todos os projetos da SEPOG;

Identificar e desenvolver metodologia, melhores práticas e padrões de

gerenciamento de projetos;

Orientar, aconselhar, capacitar e supervisionar às equipes de

Gerenciamento de Projetos;

Realizar o monitoramento de conformidades com as políticas,

procedimentos e modelos padrões de gerenciamento de projeto;

Desenvolver e gerenciar políticas, procedimentos, formulários e outros

documentos compartilhados do Projeto;

Alinhar os objetivos do projeto aos objetivos estratégicos da SEPOG e de

Governo;

Coordenar as comunicações entre os projetos;

Identificar e analisar pontos críticos, apontando soluções e propondo

melhorias nos projetos.

6.3. FUNCIONALIDADES DA FERRAMENTA

O Sistema de Acompanhamento e Planejamento – SIAPLAN pode ser

acessado através do endereço siaplan.sepog.fortaleza.ce.gov.br de qualquer

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computador conectado à internet, mas somente terão acesso às informações do

sistema os servidores cadastrados pelo Escritório de Projetos (ASPLAN/SEPOG).

Os usuários podem ser classificados com os seguintes perfis de acesso,

distribuídos de acordo com seu grau de participação no projeto:

Secretário – patrocinador do projeto:

Aprova e classifica os projetos.

Comitê - membros do Comitê Executivo:

Analisa a execução;

Identifica problemas ou ameaças;

Articula ações corretivas e elabora o Plano de Ação com o gerente.

Planejamento – membros do Escritório de Projetos/ASPLAN:

Faz a análise de viabilidade do projeto;

Monitora, avalia e identifica pontos críticos;

Analisa a execução;

Identifica problemas, ameaças e pendências;

Articula ações corretivas e elabora o Plano de Ação com o gerente.

Coordenador – coordenadores das áreas de negócio da SEPOG:

Avalia e aprova o projeto.

Gerente – gerentes de projeto:

Elabora Termo de Abertura do Projeto (TAP);

Executa o projeto e atualiza os acompanhamentos.

Responsável – responsável por atividade específica no projeto:

Encarregado por realizar atividade específica no projeto.

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Figura 2. Site do Sistema de Acompanhamento e Planejamento – SIAPLAN

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A porta de entrada do monitoramento acontece quando o gerente do projeto

realiza o cadastro de uma proposta na ferramenta através do preenchimento de um

formulário chamado de Detalhamento do Projeto, ele é o espelho do Termo de

Abertura do Projeto (TAP) e contém as seguintes informações: título do projeto,

contextualização, objetivo geral, objetivo específico, justificativa, escopo, áreas

envolvidas, premissas, restrições, riscos, custo previsto, prazo, área responsável pelo

projeto, ações vinculadas, objetivos vinculados, gerente e patrocinador.

A aba Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é onde o usuário faz todo o

detalhamento do escopo, atribui prazo de duração para cada pacote/atividade, registra

o acompanhamento das atividades e realiza entregas. Nesse espaço também é

possível visualizar o histórico e a lista de entregas da atividade.

Ao lado do título de cada projeto é identificado um farol. Cada farol indica uma

situação de execução do tempo:

A sinalização verde indica que o projeto se encontra com a situação

conforme previsão inicial ou concluída;

O farol amarelo indica que o projeto está com até 15 dias de atraso.

Previsão de atraso na data fim planejada inferior ou igual a 10%;

O farol vermelho indica que o projeto está com atraso superior a 15 dias em

duas situações: risco significativo que comprometa o sucesso do projeto ou previsão

de atraso na data fim planejada superior a 10%.

Na aba Atas, o usuário pode realizar o registro de todas as reuniões realizadas

referente ao seu projeto.

O sistema pode disparar comunicados para as partes envolvidas no projeto. A

comunicação entre as partes interessadas mantém a interação e o entendimento. Por

padrão, os comunicados são disparados automaticamente para o Comitê Executivo

de Acompanhamento dos Projetos, o coordenador e o gerente da área responsável

pelo projeto.

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Nesse caso, o Comitê atua na iminência de problemas e ameaças que possam

comprometer do projeto, executado um Plano de Ação (PA). O Plano, disponibilizado

no sistema, é preenchido pelo Comitê Executivo de Acompanhamento dos Projetos

nas reuniões de monitoramento, que acontecem sempre às segundas-feiras, quando

são registradas as dificuldades enfrentadas pelo gerente de projeto, apontam as

soluções e registram as providências a serem tomadas. O Plano de Ação é composto

pelos seguintes campos:

Ameaça: descrever a ameaça que está causando o entrave;

Pacote: identificar a qual pacote a ameaça está relacionada;

Atividade: apontar a atividade a qual a ameaça está ligada;

Descrição: relatar o fato que está acontecendo e que medidas serão

tomadas para resolver o problema.

O Plano de Ação cadastrado fica sendo acompanhado semanalmente pelo

Comitê Executivo até que a ameaça seja extinta. Durante esse acompanhamento

podem ser envolvidos quantos atores forem necessários para resolver o problema.

O sistema permite gerar cinco tipos de relatórios contendo as seguintes

informações:

Detalhamento do Projeto: apresenta o espelho do TAP - informações gerais

sobre o projeto;

Relatório Geral: informa a situação de cada atividade identificando: o farol

(verde, amarelo, vermelho), o status (iniciada, não iniciada ou finalizada) e

a completude (percentual de execução do projeto);

Relatório Geral de Acompanhamento por Atividade: gráfico de execução, o

farol (verde, amarelo, vermelho), o status (iniciada, não iniciada ou

finalizada) e a completude (percentual de execução do projeto);

Relatório Preliminar de Plano de Ação: gráfico de execução dos pacotes de

trabalho, lista dos problemas ou ameaças do projeto;

Relatório de Acompanhamento de Plano de Ação: Planos de Ação

cadastrados, status do Plano de Ação, responsável, acompanhamentos do

Plano.

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Os projetos são finalizados através do preenchimento do Termo de

Encerramento do Projeto (TEP). Porém, o sistema só permite a finalização se todas

as entregas das atividades forem cadastradas e aprovadas. No TEP o gerente registra

as considerações finais sobre o projeto bem como as lições aprendidas. O registro

dessas informações é de fundamental importância, pois permanece como base de

consulta para novos projetos e novas gestões durante seu planejamento.

7. AVANÇOS E EXPERIÊNCIAS

A unificação da metodologia de gerenciamento de projetos já apresenta

resultados positivos, tanto qualitativos quanto quantitativos.

O primeiro deles é que proporcionou um avanço na prática de monitoramento,

fazendo com que todas as unidades orgânicas da SEPOG trabalhem sob o mesmo

critério de acompanhamento, possibilitando o entrosamento entre as equipes,

melhorando a comunicação entre as áreas e promovendo a troca exitosa de

experiências. Esse foi o primeiro passo para se criar dentro da secretaria, uma

mudança de cultura, com servidores mais focados na execução dos projetos.

Outro ponto importante é que os profissionais estão mais bem preparados,

nivelados em termos de conhecimento. Isso se deu, principalmente, com a oferta de

cursos de capacitação tanto na esfera de gerenciamento de projetos como na

operacionalização da ferramenta de monitoramento, cujo diálogo entre a teoria e a

prática, vem, cada vez mais, suprindo a carência de profissionalização da força de

trabalho. Além de evidenciar uma constante evolução no comportamento das partes

envolvidas no processo, demonstrada na evolução da construção dos escopos dos

projetos, visto que estes estão mais maduros e consistentes.

O papel do Comitê Executivo na construção do amadurecimento dos projetos

foi fundamental, pois ele vem trabalhando com perseverança para eliminar os

entraves identificados, contribuindo para o bom desempenho dos projetos.

Como fruto do que foi até aqui apresentado, podemos contabilizar que da

carteira prevista para o ano de 2013, dos 70 (setenta) projetos previstos, 07 (sete)

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foram concluídos, representando 10% do total. Em 2014, 34 (trinta e quatro) projetos

foram trabalhados, tendo sido concluídos 08 (oito), ou seja 24% do total. Já em 2015,

dos 28 (vinte e oito) projetos cadastrados, 07 (sete) foram concluídos, uma

representação de 25% do todo. Em 2016, antes de encerrado o primeiro semestre, 01

(um) projeto dos 13 (treze) elencados para o ano já foi concluído, mostrando que 8%

foi executado.

Percebe-se que os ganhos vão além da evolução em números, hoje é possível

ter o registro de quais projetos foram realizados e em qual ano, quais as dificuldades

enfrentadas e quais as lições que serão passadas para os gerentes e próximas

gestões.

Em linhas gerais essa abordagem oportuniza uma reflexão acerca dos

paradigmas enfrentados durante esse período de monitoramento.

Além de dar transparência e celeridade no alcance dos resultados, o SIAPLAN,

de forma modernizada e numa plataforma WEB, trouxe ganhos efetivos para a gestão

pública.

8. CONCLUSÃO

Ao apresentar esta experiência, ainda em evolução, queremos contribuir para

a troca de informações, a construção de uma gestão pública eficiente, eficaz e

transparente que proporcione resultados benéficos para a população.

O monitoramento é parte da estratégia de gestão que organiza os órgãos

governamentais e a sociedade numa rede para atuar de forma integrada nos

processos de decisão e execução das políticas públicas.

Gerenciar projetos de maneira competente é um grande desafio, mas é fator

decisivo para o sucesso das organizações. Requer um esforço de conscientização e

engajamento das partes interessadas em utilizar de forma comprometida a

metodologia adotada, pois cabe ao gerente e sua equipe controlar as possibilidades

de insucesso e criar condições de êxito para o projeto, buscando as melhores práticas

e ferramentas necessárias para tal.

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Registrando todos os projetos de avanço desde 2015, a SEPOG deixará para

futuras gestões o histórico e os projetos que não conseguirem ser concluídos nesse

ano. A próxima gestão de 2017 a 2020, já terá alguns projetos que foram iniciados e

estão em andamento ou em fase de conclusão. Isso representa um grande avanço.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARCAUI, André (ORG.). PMO – Escritório de Projetos, Programas e Portfólio na

prática.Rio de Janeiro. Brasport, 2012.

CARNEIRO, Margareth Fabiola dos Santos. Gestão Pública. Rio de Janeiro.

Brasport, 2010.

CARNEIRO, Margareth Fabiola dos Santos. Entrevista: Margareth Carneiro. 2010,

disponível em http://www.mundopm.com.br/noticia.jsp?id=320.

PMI - Project Management Institute. Um guia do Conhecimento em Gerenciamento

de Projetos - Guia PMBOK®. 5.ed. Saraiva, 2014.

NOKES, Sebastian; KELLY, Sean. O Guia Definitivo do Gerenciamento de

Projetos. 2.ed. Porto Alegre. Bookman, 2012.

VARGAS, Ricardo. Gerenciamento de Projetos – Estabelecendo Diferenciais

Competitivos. Rio de Janeiro. Brasport, 2006.

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AUTORIA

Desirée Custódio Mota – Coordenadora Executiva da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional – ASPLAN/SEPOG - Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF

Endereço eletrônico: [email protected]

Telefone: (85) 3252.4833 / 98682.2780

Virna Lisy Sales Aguiar Sobreira – Assessora Técnica da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional – ASPLAN/SEPOG - Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF

Endereço eletrônico: [email protected]

Telefone: (85) 3101.2186 / 99921.1377