Plano de Negócio 2

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0 ARIANE DA CUNHA BURIN CAIO ZUCCHINALI CAROLINE PEREIRA FERNANDES PLANO DE NEGÓCIO

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ARIANE DA CUNHA BURIN

CAIO ZUCCHINALI

CAROLINE PEREIRA FERNANDES

PLANO DE NEGÓCIO

CRICIUMA – 2012

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ARIANE DA CUNHA BURIN

CAIO ZUCCHINALI

CAROLINE PEREIRA FERNANDES

PLANO DE NEGÓCIO

Projeto de competência apresentado às disciplinas da segunda fase do Curso Técnico em Administração, solicitado por seus respectivos professores.

CRICIUMA – 2012

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Modelo de capa de um plano de negócio.................................................10

Figura 2 – Análise SWOT..........................................................................................28

Figura 3 – Balanço patrimonial..................................................................................33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................6

1.1 TEMA...................................................................................................................7

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA...................................................................................7

1.3 PROBLEMA.........................................................................................................7

1.4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................7

1.5 OBJETIVOS.........................................................................................................8

1.5.1 Objetivo Geral.................................................................................................8

1.5.2 Objetivos Específicos....................................................................................8

2 PLANO DE NEGÓCIOS.........................................................................................9

2.1 CAPA...................................................................................................................9

2.2 SUMÁRIO............................................................................................................10

2.3 SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................11

2.4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA...............................................................................11

2.4.1 Equipe gerencial.............................................................................................12

2.4.2 Estrutura legal.................................................................................................13

2.4.3 Localização e infraestrutura..........................................................................13

2.4.4 Manutenção de registros...............................................................................13

2.4.5 Seguro.............................................................................................................14

2.4.6 Segurança.......................................................................................................14

2.4.7 Terceiros..........................................................................................................14

2.4.8 Parceiros estratégicos...................................................................................15

2.5 PRODUTOS E SERVIÇOS..................................................................................15

2.5.1 Fabricantes ou atacadistas............................................................................16

2.5.2 Varejistas.........................................................................................................16

2.5.3 Ciclo de vida....................................................................................................16

2.5.4 Prestadores de serviços................................................................................17

2.6 MERCADO E COMPETIDORES.........................................................................18

2.6.1 Análise da indústria/setor..............................................................................19

2.6.2 Segmento de mercado...................................................................................19

2.6.3 Análise da concorrência................................................................................20

2.6.3.1 Os diferenciais da empresa...........................................................................21

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2.6.3.1.1 Estudo dos fornecedores............................................................................22

2.7 MARKETING E VENDAS....................................................................................23

2.7.1 Produto............................................................................................................23

2.7.2 Preço................................................................................................................23

2.7.3 Praça................................................................................................................25

2.7.4 Propaganda.....................................................................................................25

2.7.4.1 Veículos.........................................................................................................26

2.7.5 Projeção...........................................................................................................27

2.8 ANÁLISE ESTRATÉGICA...................................................................................27

2.8.1 Análise SWOT.................................................................................................28

2.9 PLANEJAMENTO OPERACIONAL.....................................................................30

2.10 PLANEJAMENTO FINANCEIRO.......................................................................31

2.10.1 Balanço patrimonial.....................................................................................32

2.10.2 Demonstração de resultados.......................................................................34

2.10.3 Fluxo de caixa...............................................................................................35

2.10.4 Ponto de equilíbrio.......................................................................................36

2.10.5 Prazo de payback.........................................................................................37

2.10.6 Índices financeiros.......................................................................................37

2.10.7 Capital de Giro..............................................................................................38

3 METODOLOGIA DA PESQUISA...........................................................................40

3.1 POPULAÇÃO......................................................................................................40

3.2 AMOSTRA...........................................................................................................40

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................41

3.4 PROCESSO DE COLETA DE DADOS...............................................................41

3.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇAÕ DOS DADOS....................................................41

4 RESULTADOS OBTIDOS......................................................................................42

4.1 PLANO DE NEGÓCIO.........................................................................................42

4.1.1 A elaboração do plano de negócio e sua importância na gestão da

empresa....................................................................................................................42

4.2 ESTRUTURA LEGAL..........................................................................................43

4.2.1 Vantagens e desvantagens do enquadramento da organização no atual

padrão tributário......................................................................................................43

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4.3 MARKETING E VENDAS....................................................................................44

4.3.1 Estratégias utilizadas na área de marketing e vendas e táticas

direcionadas ao preço dos produtos e serviços..................................................44

4.3.2 Estudo das características do público-alvo e as estratégias tomadas em

função das mesmas................................................................................................45

4.4 ANÁLISE ESTRATÉGICA...................................................................................46

4.4.1 Análise SWOT e estratégias utilizadas em função da mesma....................46

4.5 PLANO OPERACIONAL......................................................................................47

4.5.1 Características do plano operacional dentro da organização e auxílio do

mesmo no processo de melhoria contínua...........................................................47

4.5.2 Técnicas que auxiliam o plano operacional e o que a escolha das mesmas

proporciona..............................................................................................................48

4.6 MERCADO E COMPETIDORES.........................................................................49

4.6.1 Análise dos concorrentes, dos diferenciais da empresa e influência

destes em sua participação no mercado...............................................................49

4.7 PRODUTOS E SERVIÇOS..................................................................................51

4.7.1 Escolha de novos produtos e serviços a serem oferecidos, acréscimo de

diferenciais aos já existentes e divulgação dos mesmos....................................51

4.8 PLANO FINANCEIRO.........................................................................................52

4.8.1 A importância do plano financeiro dentro da organização, método de

análise dos resultados e o que a análise dos mesmos proporciona..................52

4.8.2 O prazo do retorno de investimentos e a maneira de como é feito o

cálculo......................................................................................................................53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................55

REFERÊNCIAS.........................................................................................................57

APÊNDICES..............................................................................................................58

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1INTRODUÇÃO

O planejamento é parte essencial de um negócio. Podem-se antever

através de um planejamento bem elaborado, os riscos, ameaças, dificuldades e

obstáculos que uma organização possa vir a encontrar ao longo de sua existência. O

método mais eficaz de realizar esse planejamento em uma empresa é a elaboração

de um plano de negócios.

Segundo Dornelas (2005), essa ferramenta de gestão pode e deve ser

utilizada por todo empreendedor que deseje transformar sua aspiração em

realidade, seguindo a lógica de uma boa administração. Porém, é evidente que

apenas lógica e racionalidade não são suficientes para determinar o sucesso ou

fracasso de um empreendimento, pois dessa forma não seria necessária a

sensibilidade do administrador.

Nesse contexto subjetivo, onde tudo pode se modificar dependendo das

decisões tomadas e da situação mercadológica, surge a necessidade de um plano

de negócios, situando-se como orientação da empresa na tomada de decisões, na

correção de eventuais falhas e deficiências e na superação de dificuldades e

obstáculos de percurso.

Chiavenato (2004) nos diz que o plano de negócios é um conjunto de

dados e informações sobre o futuro ou atual empreendimento, o qual define suas

principais características e condições, proporcionando uma análise de suas

possibilidades e riscos, facilitando a implantação de uma nova empresa e a

manutenção de uma já estabelecida.

A maioria dos planos de negócios pode ser encontrada tendo como base

os seguintes itens: capa, sumário, sumário executivo, descrição da empresa,

produtos e serviços, mercado e competidores, marketing e vendas, análise

estratégica, plano financeiro e plano operacional.

Esses itens serão especificados no decorrer deste trabalho, que foi

elaborado a partir de referências bibliográficas, e contém um formulário com 11

perguntas, que foram aplicadas na empresa Decofor (distribuidora da empresa

Rottamark), das quais os resultados obtidos através das respostas foram analisados

tendo por base a fundamentação teórica.

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1.1 TEMA

Plano de Negócio

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O empreendedor precisa planejar o seu negócio para obter o sucesso.

Muitos empreendedores negligenciam o estágio do planejamento, seja pela

ansiedade de iniciar as atividades, ou mesmo por não conhecerem como elaborar

um planejamento.

É constatado através de pesquisa que várias empresas no Brasil

encerram suas atividades prematuramente, algumas não ultrapassam 2 anos de

existência e outras não sobrevivem além dos 4 anos.

O plano de negócio é um documento que descreve os objetivos de um

negócio e quais os passos que devem ser dados para alcançar esses objetivos,

diminuindo os riscos.

Torna-se relevante que seja feito o plano de negócio, pois permitem

buscar informações detalhadas sobre seu ramo, os produtos e serviços que irão

fornecer, os pontos fortes e fracos, verificando a viabilidade do negócio e

contribuindo na gestão da empresa.

1.3 PROBLEMA

Avaliar se a aplicação do plano de negócio nas empresas de Criciúma e

região é importante para sua administração.

1.4 JUSTIFICATIVA

O plano de negócio é um instrumento que permite uma análise do

mercado, dos produtos e serviços e das atitudes do empreendedor, possibilitando a

diminuição dos riscos e incertezas para quem pretende abrir um negócio, ampliar ou

promover inovações em seu empreendimento.

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8

Desta forma, os educadores da 2ª fase do curso técnico em

Administração da SATC, irão desenvolver atividades multidisciplinares, formando

gestores capacitados a aplicar esta ferramenta gerencial.

1.5 OBJETIVOS

1.5.1 Objetivo geral

Analisar o uso/aplicação do Plano de Negócios nas empresas de

Criciúma e região por educandos da 2ª fase do curso Técnico em Administração.

1.5.2 Objetivos específicos

1- Conhecer teoricamente a elaboração e aplicação do plano de negócio;

2- Formar equipes e selecionar empresas da região para a aplicação da

pesquisa;

3- Sair a campo e realizar pesquisa, levantando dados junto às empresas

selecionadas;

4- Elaborar relatórios sobre a pesquisa realizada;

5- Correlacionar os dados obtidos, teoria X prática.

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2 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios é uma ferramenta amplamente utilizada nas

organizações. Serve como base para, entre outras coisas, o planejamento na

abertura da empresa, a tomada de decisões, busca de recursos financeiros e

formulação estratégias. Para Dornelas (2005, p. 93)

O plano de negócios é a parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento de uma start-up.

É importante que o empreendedor elabore o plano de negócios, pois o

mesmo serve como orientação para a tomada de decisões mais eficazes em

praticamente todos os aspectos da organização.

Seu objetivo é situar o administrador quanto às especificidades do

negócio, do mercado e de seus consumidores, possibilitando uma análise mais

detalhada destes, o que acarretará na diminuição dos riscos no percurso da

empresa, na elaboração de soluções para esses antes mesmo que apareçam, e na

correção de eventuais falhas encontradas no empreendimento. Dessa forma, o

plano de negócios surge como um instrumento que auxilia o empreendedor, no

alcance de seus objetivos e metas.

Caracteriza-se pela seguinte estrutura: capa, sumário, sumário executivo,

descrição da empresa, produtos e serviços, mercado e competidores, marketing e

vendas, análise estratégica, plano financeiro e plano operacional, itens que serão

especificados no decorrer do trabalho.

2.1 CAPA

Inicia-se o plano de negócios com a capa, a qual serve como uma página

de títulos e identificação.

Estão contidos nela os seguintes itens: nome da Empresa, endereço da

empresa, o telefone da empresa (incluindo o DDD), o endereço eletrônico do site e

e-mail da empresa, o logotipo (se a empresa tiver um), nomes, cargos, endereços e

telefones dos proprietários da empresa (dados do diretor presidente e principais

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pessoas - chave da empresa), mês e ano em que o plano foi elaborado, número da

cópia e o nome de quem fez o plano de negócios. (DORNELAS, 2005).

Figura 1 – Modelo de capa de um plano de negócio

Fonte: DORNELAS, José Carlos Assis. Elsevier, 2005

2.2 SUMÁRIO

“O sumário do plano de negócios é imprescindível e deve conter o título

de todas as seções do plano, subseções (se for o caso) e suas respectivas páginas.”

(DORNELAS, 2005, p. 126)

Quanto mais claro for o sumário, maior será a facilidade de localizar o

item que se procura. Um sumário contendo todos os itens deve ser necessariamente

bem organizado.

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2.3 SUMÁRIO EXECUTIVO

Para Dornelas (2005, p. 126) “o sumário executivo é a principal seção do

seu plano de negócios e deve expressar uma síntese do que será apresentado na

sequência, preparando o leitor e atraindo o mesmo para uma leitura com mais

atenção e interesse.”.

O sumário executivo deve ser a última parte a ser escrita, mesmo que

apareça no inicio, pois é muito maior a facilidade de escrevê-lo quando já se tem o

texto feito. É dada uma visão geral da empresa, do empreendedor, do produto ou

serviço a ser oferecido, bem como o que se espera do plano de negócios no ponto

de vista financeiro. A missão da empresa e o que a empresa espera resultar, são

importantes itens para um plano. Todas as principais informações devem estar no

sumário executivo, que não deve ultrapassar duas páginas, se o plano for completo,

ou no máximo uma página, se o plano for resumido. Os planos de negócios de maior

qualidade são escritos de forma clara e objetiva, tornando assim, o sumário

executivo sucinto.

Segundo Dornelas (2005) algumas circunstâncias devem ser levadas em

consideração na elaboração do sumário executivo, as quais podem ser indicadas

pelas seguintes perguntas: “O quê?” (Qual o propósito do seu plano? Qual é o seu

produto/serviço?),“Como?” (Como você empregará o dinheiro na sua empresa?

Como está crescendo sua empresa?) e “Quanto?” (De quanto dinheiro você

necessita? Como se dará o retorno sobre o investimento?).

O plano de negócios deve ser feito com dados os mais reais possíveis,

baseando-se em pesquisa de mercado e em análise do tamanho do mercado, dos

concorrentes, dos pontos fortes e fracos da sua empresa, das ameaças e

oportunidades oferecidas.

Finalmente, é importante lembrar que o sumário executivo é direcionado a

um público-alvo, e deve enfatizar os assuntos que mais interessam ao leitor do

mesmo.

2.4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

Este é o componente do plano no qual se apresenta um breve resumo da

organização, além de sua história e seu status atual. É uma parte descritiva que

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deve ser feita cuidadosamente para evitar excessos ou faltas, proporcionando um

maior benefício ao cliente e enfatizando as características únicas de seu negócio.

Deve ser descrito o que a empresa procura mostrar, o porquê de sua

criação, qual o seu propósito, a natureza dos serviços ou produtos fornecidos, como

ela se desenvolveu ou como se desenvolverá, qual o seu modelo de negócios e os

seus diferenciais (DORNELAS, 2005).

Deve constar sua razão social, nome fictício, como é o porte da empresa

e como ela está enquadrada na legislação (micro, pequena ou média empresa,

sociedade civil limitada, sociedade anônima etc.). Esses são os requisitos para uma

boa descrição da empresa.

Um dos focos da descrição do negócio é mostrar que a empresa possui

pessoas qualificadas e experientes no nível de comando. Alguns outros aspectos,

como estrutura legal, localização, manutenção de registros, segurança e seguros,

também devem ser citados na descrição.

2.4.1 Equipe gerencial

É comum, ao receberem um plano de negócios, os investidores irem

direto para o currículo da equipe de gestão da empresa, por essa razão, a equipe

deve ser bem qualificada.

Quando o empreendedor tiver de formar a sua equipe, ele próprio deve se

fazer algumas perguntas, tais como: Como a empresa deverá ser organizada?

Quem gerenciará o negócio? Que ajuda externa pode ser necessária? Quantos

empregados serão necessários e quantos serão contratados? Essas perguntas

podem ser respondidas com o desenvolvimento de um planejamento organizacional

realista (DORNELAS, 2005 apud PINSON & JINNETT, 1996).

As pequenas empresas normalmente começam com os donos fazendo a

maior parte do trabalho, ocupando o máximo do seu tempo possível. Esse mesmo

método vale também para as empresas que estão na fase de crescimento.

Deverá ser explicado aos funcionários se eles receberão salários,

benefícios, bônus, férias, opção de compras de ações da empresa e outros direitos

trabalhistas.

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Um organograma funcional da empresa pode ser apresentado,

destacando as principais áreas de negócio e as pessoas que ocupam os principais

cargos.

2.4.2 Estrutura legal

No item “estrutura legal” deve estar contida uma cópia do contrato social

da empresa, que tem de ser incluída, também, na seção de anexos. O mesmo deve

descrever como está constituída a sociedade, quem é e qual a participação de cada

sócio do negócio, bem como o envolvimento dos mesmos. Deve ser explicitado

como será feita a distribuição de lucros e quem será responsável no caso de haver

perda financeira, não se esquecendo de citar como ela é enquadrada na legislação:

se é uma micro, pequena ou média empresa.

Enquanto a empresa cresce, o número de clientes, fornecedores e

funcionários aumentam, e a estrutura legal deverá ser revista. (DORNELAS, 2005).

2.4.3 Localização e infraestrutura

A localização é uma estratégia de marketing de negócio, a escolha do

local será determinada pelo seu público alvo, podendo ser considerada como um

ponto forte na questão de concorrência. Os recursos disponíveis devem ser citados,

como energia, telefone, água encanada, acesso à internet, além da infraestrutura da

própria empresa. O empreendedor deve informar as razões da escolha de seu local.

2.4.4 Manutenção de registros

A contabilidade é um item de extrema importância no plano de negócios.

O sistema contábil pode ser interno ou terceirizado, mas sempre deve-se mostrar

porque esse sistema foi o escolhido. É necessário mostrar que a contabilidade é

fiscalizada, e que existem maneiras de analisar o desempenho da empresa a partir

dos dados que ela exibe, podendo torná-la mais lucrativa.

Segundo Dornelas (2005) o empresário deve escolher um escritório de

contabilidade de sua confiança e que seja referência. Caso contrário, deverá optar

por implementar um sistema contábil interno na empresa.

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2.4.5 Seguro

“É importante que o empreendedor considere os custos envolvidos com o

seguro de negócios.” (DORNELAS, 2005, p.135).

Um seguro bem estruturado inclui seguro do imóvel, dos bens, como por

exemplo, as máquinas da empresa, das mercadorias produzidas, de automóveis,

etc. Esses componentes são essenciais para que a empresa não corra risco de

perder os mesmos. Prevenir é a melhor forma de evitar surpresas desagradáveis e

imprevistos.

2.4.6 Segurança

Uma boa parte das falências ocorre por desonestidade de funcionários e

clientes, incluindo não somente os furtos de mercadorias, mas também a quebra de

sigilo de informações. (DORNELAS, 2005 apud PINSON & JINNETT, 1996).

O item segurança deve ser incluído na descrição da empresa do plano de

negócios, pois é uma forma de antecipar problemas que possam ocorrer em áreas

de risco, adotando os melhores métodos escolhidos como forma de garantir a

segurança. No caso da internet, deve-se tomar precauções para que não haja

nenhum vazamento de informações, ou qualquer outro motivo que desfavoreça a

imagem da empresa, instalando um sistema de segurança computacional de

extrema confiabilidade.

2.4.7 Terceiros

Segundo Dornelas (2005) neste item devem ser descritas quais atividades

da empresa serão terceirizadas e qual empresa ficará responsável por cada uma

delas.

Deverá justificar-se a escolha em terceirizar essa atividade ao invés de

realizá-la internamente e, além disso, abonar a escolha por aquela empresa em

comparação com seus possíveis concorrentes no mercado.

Page 16: Plano de Negócio 2

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2.4.8 Parceiros estratégicos

As vezes, um fornecedor ou terceiro da empresa, ou um cliente pode ser

um parceiro estratégico para o negócio. (DORNELAS, 2005). Com esses parceiros

estratégicos, a empresa pode, por exemplo, fechar um grande contrato.

“Parceiros estratégicos” é um dos principais itens da descrição da

empresa, apesar de ser o último.Todos esses profissionais ou empresas devem ser

descritos da mesma forma como nos tópicos anteriores, também justificando sua

escolha por eles e por que atuar dessa forma, além de descrever individualmente

quais serão as regras dos acordos existentes entre sua empresa e os demais

parceiros, e como a relação com mesmos particularmente não irá interferir nos seus

negócios nem nas relações com os outros parceiros.

2.5 PRODUTOS E SERVIÇOS

Neste item do plano de negócios devem constar os produtos e serviços

apresentados pela empresa, o porquê dela ser capaz de oferecê-los e como estes

são fornecidos, as características do produto e da equipe de produção e em quais

aspectos ele se diferencia do oferecido pela concorrência. (DORNELAS, 2005.)

É importante haver uma descrição do produto com ênfase em suas

características e benefícios, e esses dois aspectos nunca devem ser confundidos

pelo empreendedor quando este for montar o seu plano de negócios. Enquanto as

características se relacionam ao aspecto físico e funcional (cor, peso, tamanho,

funções...) os benefícios se relacionam à satisfação adquirida pelo cliente ao

comprar o produto (comodidade, facilitação de tarefas, segurança, garantia...).

Devem ser destacados os atributos únicos do produto oferecido, que não

podem ser encontrados em nenhuma outra organização e como a empresa alcançou

essa qualidade diferenciada. Também, onde são adquiridos os suprimentos e os

diferenciais que levaram o fornecedor a ser escolhido, o que ressalta a qualidade do

produto.

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2.5.1 Fabricantes ou atacadistas

No caso de fabricantes ou atacadistas, deve-se expor detalhadamente

todo o processo de confecção do produto, desde o recebimento da matéria-prima

até a expedição. Isso é interessante, pois permite uma visualização de todas as

etapas do método produtivo (DORNELAS, 2005). Para melhor entendimento, pode-

se utilizar diagramas com dados quantitativos, como quantidade de matéria-prima e

de funcionários utilizados em cada etapa do processo.

Devem estar contidas neste item do plano de negócios, todas as

dificuldades que a empresa encontra na aquisição da matéria-prima e a solução

utilizada quando esta dificuldade é confrontada. Dornellas (2005, p.132-133) deixa

ainda para o empreendedor que é fabricante ou atacadista algumas orientações

quanto aos equipamentos utilizados na produção: “Descreva quais equipamentos

são utilizados no processo produtivo, quais os custos de manutenção, quantos

operários são necessários na operação e em quantos turnos de trabalho, qual o

índice de refugo de matéria-prima, etc.”.

2.5.2 Varejistas

Para varejistas é necessário descrever os produtos, ou famílias de

produtos comercializados, quais os fornecedores e quais os diferenciais desses que

levaram a empresa a escolhê-los, qual a localização dos fornecedores e o prazo

levado do pedido ao recebimento do produto.

Deve ser explanado ainda, como é feito o controle de estoque, os pedidos

de compras, as margens necessárias na venda de produto, o estoque ideal, os

estoques mínimo e máximo (DORNELAS, 2005). O controle de estoque é

necessário no empreendimento para que se impeça a superlotação do estoque, ou a

falta de produtos no mesmo. Ou seja, a empresa deve evitar ter produtos em

escassez ou em excesso.

2.5.3 Ciclo de vida

Outro item que pode ser citado no plano de negócios é o ciclo de vida dos

produtos, ou pelo menos dos produtos principais da empresa, e em que estágio do

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ciclo eles se enquadram. As etapas do ciclo de vida dos produtos são: lançamento,

crescimento, maturidade e declínio. A análise do ciclo se torna interessante para o

administrador, pois, dependendo da fase em que o produto se encontra, a empresa

pode direcionar melhor os seus investimentos, evitando a perda de capital se

investir, por exemplo, num produto em fase de declínio.

Naturalmente, como uma imposição à existência de todos os seres e coisas

do universo, a vida segue uma curva em formato de sino (bell curve), ou

seja, Há sempre o nascimento, o crescimento, o auge e, em seguida,

inevitavelmente, inicia-se o processo de decadência, que leva à extinção

(MAGALHÃES E SAMPAIO, 2007, p. 186)

As estratégias de desenvolvimento do produto utilizadas pela empresa

também devem constar no plano, bem como as maneiras de determinação dos

produtos futuros em função do desempenho dos atuais, possibilitando uma

maximização dos lucros de acordo com a curva.

2.5.4 Prestadores de serviços

Do mesmo modo que os fabricantes ou vendedores, os prestadores de

serviços que forem elaborar um plano de negócios devem fazer uma descrição

detalhada dos serviços oferecidos, bem como dos diferenciais dos mesmos. A

empresa não deve deixar de expor o modo como executa os serviços, pois na

maioria dos casos é nesta etapa que residem os diferenciais. Os recursos colocados

à disposição da empresa, como funcionários mais bem qualificados ou uso de

tecnologias mais avançadas na execução, devem ser descritos.

Os serviços são um exemplo de produto intangível, que é oferecido por

um prestador, e é por esse motivo que o empreendedor deve dar ênfase na

qualidade da mão-de-obra. É conveniente também que, se a empresa possui algum

método pré-definido de execução do serviço, exponha o mesmo, para assim,

garantir que todos os trabalhos sejam desempenhados de maneira similar, de modo

a igualar-se no aspecto qualitativo, ao mesmo tempo em que se diferencia da

concorrência. Segundo Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005, p. 66):

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A essência da estratégia de diferenciação reside na criação de um serviço

que é percebido como único. Abordagens para diferenciação podem ter

várias formas: imagem da marca [...], tecnologia [...], características

especiais [...], serviço ao cliente [...], rede de distribuição [...] e outras

dimensões.

Possibilitando assim, uma vantagem competitiva sobre a concorrência, o

que possui grande importância, como será visto a seguir.

2.6 MERCADO E COMPETIDORES

Um dos equívocos mais comuns dos empreendedores é declarar que

seus produtos são únicos e por esse motivo sem concorrência, mas isso, na maioria

das vezes, é irreal. Por essa razão, a análise estratégica do mercado e de seus

competidores pode ser considerada a peça chave de todo o plano de negócios, pois

todas as outras táticas adotadas pela empresa devem estar em função dessa e da

maneira com que a entidade abordará os seus consumidores.

A empresa deve realizar uma análise detalhada buscando os atributos de

seu público e de seus concorrentes, pois assim conseguirá formular uma maneira de

evidenciar os seus pontos fortes e explorar os pontos fracos dos rivais (diretos ou

indiretos) com a finalidade de elaborar uma estratégia de marketing vencedora que

atraia o consumidor. Por esses motivos, essa seção deve ser a primeira do plano de

negócios a ser elaborada, já que dela dependerão todas as outras (DORNELAS,

2005).

O empreendedor deve destacar a segmentação do mercado consumidor,

as tendências e características de seu setor e segmento específico, as tendências

de consumo, os novos competidores, os substitutos, entre outras características.

(DORNELAS, 2005).

Deve ainda, identificar suas oportunidades e ameaças nas mais diversas

ordens, descrever o nicho de mercado no qual está inserido, analisar os seus

principais competidores bem como seus produtos e suas estratégias e efetuar uma

comparação entre os competidores, ressaltando os próprios diferenciais.

Essa análise deve ser feita preferencialmente por meio de tabelas ou

gráficos para um melhor entendimento. Os dados utilizados devem ser atualizados

Page 20: Plano de Negócio 2

19

de forma contínua, pois qualquer atualização no mercado pode tornar a estratégia

obsoleta.

Outra ferramenta que também pode ser utilizada para a análise do

mercado e dos competidores é a análise SWOT, que será explanada

posteriormente.

2.6.1 Análise da indústria/setor

Deve constar no plano de negócios um histórico dos acontecimentos do

mercado nos últimos anos, bem como das tendências para os próximos.

Conforme Dornelas (2005) é importante ser levado em consideração

alguns aspectos, como: os fatores que influenciam as projeções de mercado, o

tamanho real do mercado (em números), estrutura e segmentação do mercado,

além das oportunidades e ameaças do mesmo.

Isso possibilita que a empresa formule estratégias mais adequadas ao

seu público e concorrência.

2.6.2 Segmento de mercado

Após uma análise geral do ambiente da empresa, essa deve realizar um

estudo detalhado de seu segmento de mercado específico, bem como de todos os

fatores que podem influenciar na venda de seus produtos. Para isso, ela deve utilizar

a exposição de fatos e de elementos quantitativos que respaldem essas

informações.

A obtenção dessas informações vem de dados primários ou secundários,

sendo que os secundários são as informações que já estão prontas e foram

coletadas por outras entidades como associações, prefeituras, entidades de classe,

órgãos do governo, entre outras. Já os dados primários, são aqueles obtidos através

de pesquisas empreendidas pela própria organização, o que geralmente acontece

com as companhias de grande porte. Para Dornelas (2005) o ideal é que as

empresas de pequeno porte também façam pesquisas abrangentes, a fim de

fornecer-lhes suporte para as estratégias, mas sabe-se que a limitação dos recursos

financeiros impede ações mais amplas por parte do pequeno empreendedor. Esse

Page 21: Plano de Negócio 2

20

tipo de pesquisa deve ser elaborado de forma objetiva, de preferência com poucas

questões e de múltipla escolha.

Antes de partir para a pesquisa de mercado focalizada, o empreendedor

deve definir os seus clientes em potencial, ou seja, qual seu mercado-alvo e como

ele está segmentado. Dessa forma, a pesquisa pode ajudar o empreendedor a

confirmar, ou não, a qualidade de seu produto.

Vários atributos podem influenciar na forma com que o mercado é

segmentado, entre eles fatores como: geografia (onde vivem, vizinhos,

predominância do clima...), perfil (idade, sexo, tamanho da família, escolaridade,

renda, religião, se for empresa o número de funcionários, o porte, setor no qual está

inserida...), estilo de vida (passatempos, hábitos, hábitos de consumo, atividades

culturais, se for empresa seus investimentos em projetos sociais e culturais,

proteção ao meio ambiente...) e personalidade (que pode classificar as pessoas em:

inovadores, primeiros adeptos, maioria inicial, maioria tardia e retardatários).

Os hábitos e tendências de compra do consumidor também devem ser

levados em consideração. Conforme Dornelas (2005, p.147)

Identificar o que o consumidor está comprando pode servir de base para

promover melhorias e adaptações em seus produtos e serviços, para que

fiquem adequados às necessidades desses consumidores. Dessa forma,

você poderá analisar atributos relacionados ao produto para depois definir

como ele será apresentado aos seus consumidores potenciais.

Outros fatores podem, ainda, definir a segmentação, como o preço, a

qualidade, a maneira com que o produto é levado até o cliente, bem como os

motivos que levam o consumidor a escolher determinado produto.

2.6.3 Análise da concorrência

Fica evidente que uma empresa que deseje vencer num mercado

competitivo deve realizar uma análise detalhada e criteriosa de sua concorrência,

quando, por exemplo, for elaborar sua estratégia de vendas. É necessário que a

organização tome conhecimento de todas as alternativas de produtos e serviços que

Page 22: Plano de Negócio 2

21

seus clientes têm a disposição, para que possa analisar quaisquer aspectos que

levem os mesmos a optarem pela concorrência.

Para Dornelas (2005) a análise deve ser feita de forma comparativa, de

modo que seus diferenciais sejam avaliados tendo como referência os principais

concorrentes. Assim, ao identificar os pontos fracos de seus competidores o

empreendedor deve explorá-los, proporcionando melhores resultados para sua

empresa.

Uma dificuldade frequentemente encontrada por empreendedores é a

identificação de seus principais concorrentes e a obtenção de informações dos

mesmos. Mas existem fontes de informações facilmente alcançáveis, como

fornecedores e clientes em comum, bem como relatórios e análises do setor de

mercado. É interessante ainda, que seja feita uma análise da probabilidade de

entrada de novos ingressantes no mercado-alvo, o risco do surgimento de novos e

bem estruturados competidores e estratégias para superá-los.

A escolha de quais, e quantos, competidores analisar dependerá do

tamanho do setor de mercado da empresa e do porte dos competidores com os

quais ela disputa uma “fatia do bolo”. (DORNELAS, 2005).

O empreendedor deve estar ciente de que, além de identificar os pontos

fortes e fracos dos concorrentes, este item do plano de negócios serve para um

destaque das próprias individualidades positivas da empresa, como visto a seguir.

2.6.3.1 Os diferenciais da empresa

A organização deve procurar destacar os seus diferenciais competitivos,

pois é isso que irá atrair os consumidores ou investidores ao lerem um plano de

negócios.

Para Gordon (2004) quando as empresas passam a produzir com a

mesma finalidade, os produtos começam a ficar muito diversificados, porém muito

parecidos. E embora a tecnologia possa ser útil na criação de diversificação de

serviços e produtos, é importante que a organização como um todo também se

diferencie de seus concorrentes.

Esses diferenciais podem ser caracterizados por diversos aspectos, como

qualidade superior, tecnologia no processo produtivo, preço baixo, garantia

Page 23: Plano de Negócio 2

22

estendida, assistência técnica, marca, confiabilidade, tradição, bons fornecedores,

entre outros fatores.

É essencial que, por menores que possam ser esses diferenciais, os

mesmos sejam destacados e aproveitados, para assim atrair a atenção do público.

Quanto maiores forem essas individualidades positivas da organização, mais esta

vai se distanciar dos seus concorrentes, alcançando a superioridade.

É importante que esses aspectos estejam contidos no plano de negócios

da empresa, para que esta tenha sempre em mãos as suas características

vencedoras, podendo assim, investir nelas.

2.6.3.1.1 Estudo dos fornecedores

Este é um aspecto muitas vezes deixado de lado pelas organizações, o

que é um erro, pois para que haja a produção de um produto diferenciado e de

qualidade, é necessário também um fornecedor com estas características.

Por esse motivo, a organização deve conhecer de maneira detalhada os

seus fornecedores, realizando um estudo de suas características mais importantes,

como: qualidade da matéria-prima, qualidade do produto final oferecido à empresa,

prazo de entrega, preço, formas de pagamento, se o fornecedor oferece assistência,

entre outros. Fazer uso de um bom fornecimento confirmará a qualidade da

empresa. Muitas vezes isso exige um investimento um pouco mais elevado, mas

isso não deve ser tratado como um obstáculo (desde que não ultrapasse os limites

financeiros da empresa).

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009) dificilmente a organização

conseguirá decidir quem serão os seus fornecedores de uma forma muito rápida,

pois raramente os fornecedores potenciais serão superiores a seus concorrentes.

Muitas empresas criam um sistema de classificação dos fornecedores por meio de

notas (0 à 10) ou outros meios de avaliação. E essa escolha deve envolver todos os

fatores que possam influenciar a satisfação da organização e consequentemente do

consumidor.

Page 24: Plano de Negócio 2

23

2.7 MARKETING E VENDAS

Sabe-se que todos os objetivos do processo produtivo resumem-se, por

fim, nas vendas e na obtenção de lucro. Portanto, visando este ponto, a organização

deve confeccionar um planejamento com as estratégias a serem executadas para o

alcance dessa meta.

Esses dois conceitos (marketing e vendas), sempre se relacionam, pois,

enquanto um visa o objetivo específico (vendas) o outro propõe o estudo do

mercado no qual a empresa está constituída, bem como de seus produtos e da

própria instituição internamente, visando estratégias que solucionem os desafios que

porventura sejam encontrados e que atinjam o público-alvo.

Para a confecção de um planejamento de marketing e vendas eficaz é

necessário que sejam observados alguns aspectos importantes. Os principais são a

projeção de vendas e o composto de marketing, ou 4Ps (quatro pês), que refere-se

a: produto, preço, praça e propaganda.

2.7.1 Produto

Relaciona-se com o posicionamento do produto no mercado, e com a

maneira com que ele atende às expectativas do público-alvo escolhido no segmento

de mercado definido. Caracterizando assim uma imagem confiável do produto junto

com os clientes buscando se diferenciar dos competidores. Para Dornelas (2005)

isso pode ser alcançado utilizando a criação de variações de produto, como

opcionais e acessórios, kit completo, peças individuais, etc.

Cabe à empresa definir como pretende posicionar os seus produtos ou

linhas de produtos, podendo dispor-se como alternativa mais barata ou mais

requintada, em função de seus consumidores

2.7.2 Preço

Deve-se definir os preços, prazos e formas de pagamentos, definir as

políticas de atuação, penetração e de descontos especiais em determinados

mercados.

Page 25: Plano de Negócio 2

24

Talvez esta seja a maneira mais direta de atingir o consumidor, pois

somente com a referência do preço, é possível para a empresa criar demanda,definir

a lucratividade, segmentar o mercado e demarcar suas políticas de penetração. É

importante ainda, que a organização tenha consciência de que o preço deve ser

definido levando-se em consideração mais a avaliação do público do que a da

empresa sobre o produto. Para Dornelas (2005) é muito comum que as empresas

divulguem seus produtos como os que possuem mais qualidade a preços mais

baixos, mas qualidade e preços baixos são características que dificilmente se

acompanham.

A definição clara e concisa dos objetivos de mercado da empresa é

extremamente importante, pois as estratégias adotadas pela mesma influenciarão de

forma direta na imagem que o público tem do produto, bem como no segmento no

qual ela irá atuar.

Se a empresa escolher um público-alvo que se caracteriza pela disputa

acirrada de preços, terá que buscar uma maneira eficiente de se colocar nesse

mercado da maneira mais competitiva possível. Porém, se ela busca enfatizar a

qualidade, o fator preço já não será um atrativo tão grande, pois desse modo o

público-alvo mudaria para uma parcela muito mais exigente no aspecto qualitativo.

(DORNELAS, 2005).

Algumas estratégias de preço podem ser utilizadas para que o produto se

estabeleça no mercado, como lançar o mesmo a custos mais baixos visando atrair o

consumidor a conhecê-lo e depois aumentar o seu valor gradativamente para que a

empresa obtenha mais lucros. Também as promoções do tipo “pague 1, leve 2”, ou o

parcelamento da compra.

Segundo Chiavenato (2004) as promoções são frequentemente utilizadas

quando há estoque elevado de produtos, lançamento de novos produtos, quando há

diminuição da participação da empresa no mercado ou quando da sazonalidade ou

ciclicidade das vendas.

Para a escolha dessas estratégias deve ser levado em consideração as

pesquisas de mercado, pois assim adquire-se um melhor conhecimento das atitudes

e preferências dos seus consumidores.

Page 26: Plano de Negócio 2

25

2.7.3 Praça

Refere-se aos canais de distribuição do produto, os quais envolvem as

diferentes maneiras que a empresa utilizará para leva-lo até o consumidor, aos

canais de marketing, à distribuição física e aos serviços ao cliente.

As vendas podem ser diretas (quando há contato direto entre a empresa e

o consumidor final), indiretas (quando há o uso de atacadistas ou distribuidores), ou

intermediárias (como telemarketing, catálogos, mala direta e internet). No último

caso não há contato entre vendedor e consumidor.

Segundo Dornelas (2005) as características do produto/serviço

influenciam diretamente nos canais de distribuição, sendo que bens de consumo

imediato, em sua maioria, são disponibilizados ao consumidor via varejistas ou

distribuidores e atacadistas, enquanto os bens de capital de grande porte (de maior

valor agregado) utilizam venda direta por meio de equipe de vendas. Pode-se ainda

mesclar vários canais de distribuição, como acontece com bens de consumo

duráveis, insumos industriais, bens de capital de pequeno porte, etc.

Outros aspectos ainda devem ser levados em consideração, como

armazenagem, meios de transporte, localização do depósito, embalagem, entre

outros.

2.7.4 Propaganda

Refere-se ao processo de comunicação entre a empresa e seus

consumidores. Devem ser levados em consideração o pessoal envolvido, a

propaganda e as promoções.

Quanto ao pessoal envolvido, segundo Dornelas (2005, p. 153) “a

quantidade de pessoas e suas qualificações vão depender dos canais de

distribuição que forem escolhidos”. Por exemplo, se a opção for a venda direta, a

empresa necessitará de um capital de vendas muito maior.

Ainda para Dornellas (2005) a propaganda, por sua vez, é o meio pelo

qual a entidade atinge uma audiência selecionada, com o propósito de informar,

convencer e confirmar o conceito do produto. Esta pode ser transmitida nos mais

diversos meios de comunicação, e a escolha dos mesmos depende do público que

se deseja atingir. Utilizando a propaganda, pode-se ainda, segmentar o mercado, de

Page 27: Plano de Negócio 2

26

acordo com o veículo utilizado, o horário, dias da semana, épocas do ano, tipo de

propaganda, etc. Definir a “fatia” de população na qual o seu consumidor está

inserido é conhecer suas características, preferências, possibilidades, personalidade

e recursos, possibilitando que estratégias de alcance possam ser formuladas de

maneira mais objetiva.

Entretanto, a publicidade não serve apenas para a venda do produto.

Muitas vezes uma propaganda pode ter o objetivo de divulgação da empresa para

públicos distintos, tendo dessa maneira aspecto informativo, ao invés de comercial.

(DORNELAS, 2005).

As promoções também são ferramentas utilizadas no estímulo da venda

dos produtos. Essas resumem-se em oferecer ao cliente algum adicional e podem

ser utilizadas pela empresa em várias circunstâncias, como: lançamento de novos

produtos, “esvaziamento” de estoque, estímulo a repetição de vendas, aumento do

volume de vendas em curto prazo, para desfazer-se de modelos ou versões antigas

de produtos, ou para barrar o crescimento das vendas dos competidores.

2.7.4.1 Veículos

Os veículos de distribuição mais comumente utilizados são: televisão,

rádio, mala direta, outdoors, distribuição de panfletos e brindes, patrocínios a

eventos, internet, displays em pontos de vendas, busdoor, anúncios em listas

telefônicas, anúncios em guias setoriais, participação em feiras, entre outros.

Como a divulgação de produtos e serviços geralmente acarreta em um

custo elevado é importante que a empresa escolha adequadamente os veículos, a

periodicidade e a tipologia da propaganda, para que o capital investido seja

potencializado.

Segundo Dornelas (2005) uma propaganda mal feita pode, inclusive,

destruir um produto ou empresa, e esse é um aspecto com o qual o empreendedor

deve estar atento. A empresa pode, por exemplo, anunciar o produto em veículos de

grande circulação (televisão, revistas, rádios...) e não estar preparada para atender

à demanda originada, o que levaria o consumidor a optar pela concorrência.

Page 28: Plano de Negócio 2

27

2.7.5 Projeção

Para a realização de uma projeção de vendas mais realista é necessário

que se leve em consideração a análise de mercado, a capacidade produtiva e as

estratégias de marketing da empresa. Segundo Chiavenato (2004, p. 206)

A previsão de vendas pode ser detalhada ou desdobrada por território ou

por vendedor, a fim de proporcionar melhor acompanhamento e controle

das regiões e da equipe de vendas. Pode ainda ser multiplicada pelo preço

dos produtos/serviços e transformada em previsão de receita de vendas. A

previsão de vendas é estimada pelas informações de vendas anteriores ou

pela pesquisa de outras empresas equivalentes ou concorrentes pela

tendência de mercado.

Outros fatores também devem ser levados em consideração, como a

sazonalidade.

2.8 ANÁLISE ESTRATÉGICA

Com o aumento da globalização é muito importante e necessário que as

organizações se atualizem cada vez mais, pois a competitividade vem se tornando

maior e mais complexa. Essa é uma questão de sobrevivência. Para isso há muitas

ferramentas utilizadas pelos empreendedores para garantir o sucesso de seu

negócio, uma delas é a analise estratégica, a qual permite que os empreendedores

acompanhem a dinâmica do mercado e ajam de forma rápida e eficaz.

Segundo Dornelas (2005, p.156) “Essa análise é um dos pontos mais

importantes do plano de negócios, pois mostrará se a empresa esta preparada para

seguir em frente, os desafios que se apresentam e os riscos que correrá, com seus

executivos estando cientes de tudo”.

As organizações e seus empreendedores precisam analisar os ambientes

interno e externo à organização e estabelecer objetivos e metas para agir no lugar

certo e no momento certo. Sendo assim, a análise é um olhar sobre o ambiente

interno e externo, focado nas habilidades da concorrência e nos desejos dos

consumidores, afim de que sejam identificadas as possibilidades de inovação e

oportunidades de negócio.

Page 29: Plano de Negócio 2

28

(DORNELAS, 2005, p.155) “ [...] o empreendedor deve entender esses

conceitos para poder estabelecer a estratégia de sua empresa e analisar sua

situação atual, visando cumprir os objetivos e metas definidos. ”

Portanto, a análise estratégica é uma ferramenta para auxiliar os

empreendedores em tomada de decisões, na entrada da organização no mercado,

encerramento de uma parceria, lançamento um produto novo ou até mesmo para

agir em uma negociação. Para auxiliar a análise estratégica existe outra ferramenta

conhecida como análise SWOT, que será explanada a seguir.

2.8.1 Análise SWOT

A análise SWOT (ou F.O.F.A em português) é uma ferramenta muito

eficaz para a análise de mercado. Através dela é possível identificar as forças

(strengths), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças

(threats), conhecendo assim, todos os fatores internos ou externos que podem

auxiliar ou dificultar o desempenho da empresa.

Figura 2 – Análise SWOT

Fonte: ZANQUETA, Camila. Faça um diagnóstico completo de sua pequena

empresa.

Page 30: Plano de Negócio 2

29

Os pontos fortes e fracos do empreendimento podem ser determinados

com uma análise interna da organização, verificando os pontos onde ela se destaca

e as falhas no seu processo produtivo. Desse modo a organização poderá se

concentrar em maximizar as qualidades que a diferenciam de seus concorrentes e

em corrigir as suas falhas e fraquezas.

Em contrapartida, as oportunidades e ameaças são localizadas no

ambiente externo a organização. As oportunidades são caracterizadas por todas as

chances que podem ser encontradas pelo empreendedor no seu segmento, cada

nicho de mercado em que a empresa possa se encaixar para ampliar a sua

lucratividade. Do mesmo modo, as ameaças são tudo aquilo que possa vir a

atrapalhar as estratégias da organização. Qualquer concorrente ou produto que

possa desviar a atenção do consumidor de sua mercadoria. Esses dois últimos

aspectos não podem ser controlados pela empresa, mas exigem estratégias para o

aproveitamento das oportunidades e a superação das ameaças.

Dornelas (2005, p. 140) reforça isso dizendo:

A análise do ambiente de negócios (oportunidades e ameaças) mostra como o mercado se apresenta para a empresa. No entanto, é preciso que a empresa conheça seus pontos fortes e fracos, para que consiga definir as oportunidades de negócio mais atrativas e a quais riscos (ameaças) estão mais suscetíveis, para então definir objetivos e metas, bem como sua estratégia de negócio.

Para o plano de negócios se torna importante, a partir dessa análise,

estabelecer aquilo que é responsabilidade da empresa, e o que é uma antecipação

do futuro, ou seja, o que pode ser determinado a respeito das possibilidades

positivas ou negativas no mercado de trabalho. Pois assim, é possível a definição

das táticas da organização em relação aos competidores e mercado.

A análise estratégica é um método transparente que visa e é capaz de

detectar seus pontos fortes e fracos, no ambiente interno e externo de uma

organização.

Conforme Dornelas (2005, p.160) “com a análise SWOT definida, a

empresa poderá identificar seus fatores críticos de sucesso, que deverão ser o foco

de atenção de sua gestão. Assim, os objetivos e metas podem ser definidos com

mais precisão e coerência.”.

Page 31: Plano de Negócio 2

30

Desta forma, durante a análise no ambiente interno, quando for percebido

um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um

ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu

efeito. Dessa maneira é possível antecipar e bloquear prováveis problemas no

futuro.

Já o ambiente externo, o qual está fora do controle da organização,

apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com

frequência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.

Essa análise além de ser transparente deve também ser dinâmica e

permanente, pois a evolução do ambiente organizacional apresenta continuidade e

novas oportunidades para as organizações que estiverem preparadas para

aproveitá-las.

2.9 PLANEJAMENTO OPERACIONAL

É um planejamento dos meios e recursos a serem utilizados para a

realização dos objetivos da organização, também para a confecção de seus

produtos e execução serviços, ou seja, é uma forma sistemática e eficiente de

planejar as operações organizacionais. O plano operacional nada mais é do que o

processo de como a organização funciona, de como é, e de que forma realiza suas

funções.

Conforme Deger (2009 p. 215) “o principal propósito do plano operacional

do negócio é planejar seu desenvolvimento e operação no nível de detalhe

necessário para o sucesso, mas evitar incluir esses detalhes no plano do negocio

para não aborrecer ou distrair os potenciais sócios e investidores.”

O primeiro passo do planejamento é estabelecer os objetivos, e quando

determinados estabelecer maneiras para realizá-los, ou seja, o administrador precisa

levar em conta sua viabilidade e se esse método poderá ser aceito por todos os

seus colaboradores.

Há varias técnicas a serem utilizadas como diagramas, organogramas e o

benchmarking, que vem sendo muito utilizado. Esse método verifica o que os

melhores concorrentes estão fazendo e observa suas práticas comerciais, a fim de

“pegar” para a organização o que de melhor existe.

Page 32: Plano de Negócio 2

31

O benchmarking não é apenas uma copia daquilo que os outros fazem,

sendo assim, trata-se de ir além dos concorrentes, superando-os, e o mais

importante é saber aprender com a experiência alheia e utilizá-la para a melhoria

contínua do empreendimento (DORNELAS, 2005)

O planejamento de recursos também é muito importante, o qual deve

reunir os recursos necessários para a realização das atividades como mão de obra,

equipamentos, material de consumo, serviços e outras despesas.

Portanto, o plano operacional é um documento bastante útil, e é preciso

que este seja elaborado conforme o grau de especificidade da organização. Ele

elabora as atividades a serem realizados, o que torna mais segura a realização dos

objetivos, prevê os custos, o tempo e os riscos do processo.

2.10 PLANEJAMENTO FINACEIRO

É um método desenvolvido para evitar ou resolver problemas financeiros

com o objetivo de alcançar metas traçadas. É necessário calcular os riscos e se

certificar que o seu negocio é realista e saber quais são os recursos disponíveis. O

planejamento financeiro pode contemplar um orçamento gerencial de forma a

associá-los as demais necessidades de controle.

O planejamento financeiro visa evitar erros, como a falta de recursos

numa situação de emergência ou garantir que não se contraiam dívidas além do

necessário. Além disso, planejar suas finanças irá ajudar a tomar decisões de

investimento consistentes com o perfil de tolerância a riscos e com relação aos

objetivos e metas.

Conforme (Dornelas 2005, p.162) “o que não deve fazer é a adequação

do plano aos dados financeiros, e sim o contrário, pois são os objetivos e metas do

negócio, além da estratégia e da projeção de vendas, que geram as planilhas

financeiras do plano de negócios.”.

Logo, é possível perceber que o planejamento financeiro não visa apenas

o enriquecimento e aumento de capital. Ele é relevante para o sucesso pessoal e

profissional e será o diferencial no mercado de trabalho. O planejamento é um

método de navegação que nos mostra onde estamos, onde queremos chegar,

quando chegaremos e quais os caminhos iremos percorrer.

Page 33: Plano de Negócio 2

32

De acordo com Bernardi (2003, p.263) “o plano financeiro fornece ao

empreendedor um panorama completo da quantidade de recursos financeiros que

estão entrando na empresa, quando, para onde está indo, quanto está disponível e a

posição financeira projetada pela empresa.”.

Além de auxiliar nas tomadas de decisões de curto, médio ou longo

prazo, pode ser muito útil e necessário, diminuindo os riscos da organização quanto

à possibilidade de tomar decisões erradas que possam gerar prejuízos ou até

mesmo a falência. Sendo assim as organizações que possuem o planejamento

financeiro estão mais capacitadas a alcançar uma real vantagem competitiva sobre

seus concorrentes no mercado.

Portanto, o empreendedor deve estabelecer as metas e objetivos que

pretende alcançar, e, por meio de instrumentos financeiros, acompanhar seu êxito.

Com o planejamento financeiro é possível estabelecer e cumprir as respectivas

metas ou defini-las se for necessário.

Com o auxílio do planejamento é possível utilizar novas formas para

auxiliar o plano financeiro e esses métodos são conhecidos como: balanço

patrimonial, demonstração de resultados, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, o prazo

de payback, investimento inicial, índices financeiros e capital de giro, os quais serão

explanados a seguir.

2.10.1 Balanço patrimonial

A contabilidade é uma ciência que estuda os fatos monetários ocorridos

no patrimônio de uma entidade. Uma das principais atividades contábeis realizadas

na organização é, com certeza, o fechamento do balanço patrimonial, e a principal

função do balanço é uma demonstração contábil que reflete na posição da empresa

em um determinado período, conhecendo melhor seus bens, direitos e suas

obrigações, o mesmo é necessário e indispensável dentro da instituição. O balanço

patrimonial é considerado uma das principais declarações financeiras de uma

empresa e deve ser apresentado de maneira precisa e rigorosa, a fim de realizar-se

um controle eficaz.

O balanço patrimonial em si, é um método que visa conhecer a posição

financeira da empresa em um determinado momento, sendo assim é constituído por

duas colunas, a do ativo e a do passivo e patrimônio líquido. (DORNELAS, 2005).

Page 34: Plano de Negócio 2

33

Em geral, o balanço é o equilíbrio das partes, ou até mesmo a igualdade

patrimonial, além de agrupamentos, de modo a facilitar o conhecimento e análise da

situação financeira. O lado esquerdo,chamado de ativo, é onde registra-se os bens e

direitos da empresa, já o lado direito, o passivo, é onde registra-se as obrigações da

mesma. O lado ativo e o lado passivo dividem-se em grupos. O ativo divide-se em

dois subgrupos: o ativo circulante e o não circulante.

O ativo circulante é onde se registra os bens e direitos que terão uma

liquidez muito alta, ou seja, o ativo deverá ter a capacidade de se converter em

dinheiro no prazo de menos de um ano.

Figura 3 – Modelo de balanço patrimonial

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE EXECUTIVOS DE FINANÇAS (Espírito Santo).

Balanço Patrimonial.

O ativo não circulante é onde se registra todos os bens e direitos que

terão menor liquidez, ou seja, o ativo que não tem a capacidade de converter-se em

capital antes de um ano.

Page 35: Plano de Negócio 2

34

Na maioria dos casos, no lado direito do balanço encontra-se o passivo,

que divide-se em três subgrupos: passivo circulante, passivo não circulante e o

patrimônio líquido.

Passivo circulante é onde se registra as obrigações com grau de liquidez

menor de um ano. Passivo não circulante é onde registra-se as obrigações que

serão liquidadas em um prazo maior que um ano. Patrimônio líquido é onde registra-

se o capital investido pelos sócios.

Sendo assim, o balanço patrimonial é uma das principais demonstrações

contábeis, e tem como objetivo demonstrar a situação financeira dentro da

organização em um determinado momento. Portanto, é essencial para qualquer

instituição, e por isso deve ser correto e elaborado de maneira precisa e rigorosa,

com informações verdadeiras e de qualidade.

Outra ferramenta que favorece o plano financeiro é a demonstração de

resultados, explanada a seguir.

2.10.2 Demonstração de resultados

A demonstração de resultados é um documento que fornece um resumo

das operações realizadas pela organização, trata-se de um mapa financeiro que

permite avaliar o desempenho, portanto é uma classificação de ordem resumida das

receitas e despesas em um determinado período.

As receitas são obtidas pela venda de um determinado produto e

definidas pela formula

Receita=Pre ço XQuantidade,

onde a receita se caracteriza pelo o dinheiro recebido por toda a venda. Já as

despesas são os custos de produção, salários e aluguéis. São os custos fixos e

variáveis da organização.

É importante observar que a demonstração de resultados é o acúmulo

das receitas, dos custos e das despesas relativas a um período de tempo,

mostrando resultado e possibilitando conhecermos seus componentes.

Portanto, a demonstração representa um resultado financeiro de um

determinado momento considerando os lucros e prejuízos, de que maneira o

resultado foi obtido,através das receitas e despesas, também informa como será

feita a distribuição do lucro. (SALIM, 2001).

Page 36: Plano de Negócio 2

35

A demonstração de resultados é uma ferramenta de planejamento valiosa

para a organização. Os empreendedores podem acompanhar os ganhos e perdas

do seu negócio, fazendo assim, ajustes para maximizar os resultados e ter uma

melhoria contínua do seu empreendimento. Para ajudar na demonstração de

resultados, o fluxo de caixa é essencial. O mesmo serve para controlar o movimento

de entrada e saída de capital, como será explanado a seguir.

2.10.3 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é constituído dentro das organizações, onde estão os

resultados da diferença entre a movimentação dos valores recebidos e dos

pagamentos efetuados, portanto o fluxo de caixa não é a mesma coisa que lucro. O

lucro é o resultado da subtração das despesas e do total das vendas, e o fluxo de

caixa é o resultado da diferença entre a efetiva quantidade recebida e os

pagamentos de caixa. Portanto, o fluxo de caixa é uma ferramenta simples, em uma

linha de tempo, quem engloba todas as receitas e despesas previstas pela

organização.

Segundo Degen (2009, p. 174) “Em essência, ele representa o montante

do caixa que entra e sai do negócio num determinado período, dependendo da

precisão de controle que o negócio exige sobre esse caixa.”.

Esse método se torna um instrumento de essencial importância que

permite visualizar o futuro financeiro das organizações, monitorando sua liquidez

nesse período, ou seja, se ele terá ou não saldo de caixas para pagar suas contas.

Desta forma o fluxo de caixa pode ser emitido com a frequência que for necessária,

diariamente, semanalmente ou até mesmo mensalmente.

Uma organização deve ser bem estruturada com uma boa programação

financeira, assim poderá detectar as possibilidades futuras e as já existentes para a

tomada de decisões corretas com direcionamento (BERNARDI, 2003).

Portanto, o fluxo de caixa precisa ser bem elaborado e acompanhado com

atenção, permitindo assim a tomada de decisões mais corretas e o auxilio na gestão

em diversos departamentos dentro das organizações. O fluxo é bastante simples e

os dados devem ser atualizados periodicamente.

Esse método é um instrumento de visualização e controle das

movimentações financeiras de cada período e a sua utilidade é permitir a

Page 37: Plano de Negócio 2

36

identificação das sobras e faltas no caixa, possibilitando ao empreendedor planejar

de forma eficaz a melhora de suas ações futuras ou acompanhar o desempenho da

organização.

Outra ferramenta que auxilia no planejamento financeiro é o cálculo do

ponto de equilíbrio, como visto a seguir.

2.10.4 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é considerado um das ferramentas mais importantes

de gestão na atualidade. Como o nome já diz: equilíbrio é o momento em que

despesas e lucros se igualam. É um indicador contábil que informa o volume

necessário de vendas em determinado período para cobrir todas as despesas, fixas

e variáveis, o custo da mercadoria vendida e também dos serviços contratados.

Portanto, o ponto de equilíbrio não caracteriza lucro ou prejuízo, mas sim

um ponto em que o preço adquirido das vendas do produto equivale à soma dos

custos variáveis, pois só a partir deste momento há a possibilidade de obter lucro.

(DORNELAS, 2005).

Assim, o ponto de equilíbrio significa o faturamento mínimo que a

organização tem que atingir para que não tenha prejuízo, apesar de não estar

conquistando lucro nesse ponto. Ou seja, se o faturamento for acima do ponto de

equilíbrio, a organização conseguirá obter a lucratividade, e se for menor com

certeza a empresa estará no prejuízo. Sendo assim esta análise detecta se o

investimento é viável ou não.

Esse método informa ao empreendedor o faturamento mensal mínimo

necessário para pagar os custos, portanto é uma situação vital para a análise de

viabilidade de um empreendimento ou de uma adequação em relação ao mercado

de trabalho.

Para calcular o ponto de equilíbrio utiliza-se a fórmula

Peq= custos fixosmargemde contribuição

Os custos fixos são todos os gastos da organização que não interferem

diretamente na confecção dos produtos. Ou seja, a quantidade produzida não

interfere nos gastos desse tipo. A margem de contribuição, por sua vez, é o valor

Page 38: Plano de Negócio 2

37

que a empresa obtém de todos os produtos. É a diferença entre o valor de venda e o

total de gastos utilizados para produzir cada unidade.

2.10.5 Prazo de payback

É um método simples do cálculo do tempo para recuperação do

investimento nos negócios, que determina o período em que os investimentos no

negócio estão expostos aos riscos, o que utiliza o fluxo de caixa.

Conforme Degen (2009, p.194) o tempo para a recuperação do

investimento é um parâmetro de avaliação muito importante para negócios que tem

vida curta, como os baseados em modismos ou que podem sofrer uma rápida

erosão de sua vantagem competitiva com o tempo.

Quanto maior for o prazo de payback maior será o risco de investimentos,

ou seja, o payback é uma ferramenta que mede o tempo necessário para poder

adquirir de volta o capital inicial investido.

2.10.6 Índices financeiros

O índice financeiro representa como está a situação financeira da

organização e a capacidade dela de cumprir seus compromissos no prazo. Há

alguns fatores para auxiliar os índices.

Conforme (Dornelas 2005) para auxiliar os índices financeiros existem

quatro fatores essenciais que são: a liquidez, a atividade, o endividamento, e por fim,

a lucratividade. Esses indicadores são calculados a partir do balanço patrimonial e

das demonstrações de resultados.

O índice de liquidez demonstra como a organização quita suas dívidas, ou

seja, representa o quanto à mesma possui para saldar o passivo circulante.Utiliza-se

as seguintes fórmulas para o cálculo dos índices de liquidez:

Capital circulante líquido=ativocirculante−passivocirculante

Liquidez corrente= ativocirculantepassivo circulante

Liquidez seco=(ativocirculante−estoque)

passivocirculanteO índice de atividade representa dados úteis para medir quão rápido as

contas são convertidas em vendas, ou seja, por meio do giro do estoque pode se

Page 39: Plano de Negócio 2

38

medir o grau de atividade. Os índices de atividade podem ser obtidos através das

seguintes fórmulas:

Giro deestoque= custosdas mercadoriassestoques

Giro doativo total= vendasativo total

Os índices de endividamento demonstram o grau de endividamento, ou

seja, quanto do total de ativos é financiado pelos credores e o total de recursos

oferecidos pelos mesmos e proprietários. São obtidos através das seguintes

fórmulas:

Participação de terceiros= passivo totalativo total

Patrimônio Líquido= exigívelpatrimônio líquido

Os índices de lucratividade mostram quanto à organização é atrativa do

ponto de vista de um investidor, ou seja, esse índice é usado para justificar os

investimentos. Obtêm-se os índices de lucratividade através das seguintes fórmulas:

Margembruta=lucro brutovendas

Margemoperacional=lucro operacionalvendas

Margemlíquida= lucro líquidovendas

ROI= lucro líquidoativo total

Esses indicadores fornecem informações que possibilitam aos

empreendedores identificar os possíveis problemas, e maximizar os pontos

necessários para manter uma melhoria contínua, permitindo assim um auxílio

quando é necessária a tomada de decisões.

2.10.7 Capital de giro

Quando a organização inicia suas atividades, recebe dois tipos de

investimentos: o capital de giro e o capital fixo. O capital de giro tem uma grande

importância pelo fato de ser o dinheiro disponível para movimentação, o que fornece

informações das atividades operacionais e influenciana tomada de decisões para um

bom gerenciamento. É um recurso utilizado todos os dias, ou seja, é o capital

disponível para condução normal dos negócios da organização, que seriam os bens

Page 40: Plano de Negócio 2

39

em uso. O Capital de giro está relacionado com todos os recursos financeiros que

giram ou são movimentas no decorrer do dia. Esses recursos estão relacionados

com os estoques, nas contas a receber, no caixa ou no banco.

Conforme Chiavenato (2004) o capital de giro representa a quantidade de

dinheiro que a empresa utiliza para movimentar seus negócios. Envolvem estoques,

dinheiro em caixa e em bancos, financiamentos a clientes por meio de conta a

receber salários e encargos, aluguel, conta de luz, água, entre outros.

O capital de giro proporciona o desenvolvimento das habilidades

gerenciais, onde obtém-se os melhores resultados financeiros em seus

empreendimentos. Além disso, esse método indica o montante que a organização

precisa para poder financiar suas operações, para que seus compromissos sejam

pagos.

Outro investimento é o capital fixo que é constituído por ativos

imobilizados que servirá para aquisição de terrenos, edifícios, instalação, moveis e

utensílios, máquinas, enfim para investir em itens do ativo imobilizado.

Contudo, os investimentos no ativo imobilizado são efetuados em longo

prazo, são estáveis e sofrem poucas mudanças, como terreno, fábrica instalações e

etc. (CHIAVENATO, 2004).

Portanto, administrar o capital da organização significa avaliar o momento

atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por

decisões tomadas em relação às compras, vendas e a administração do caixa.

Page 41: Plano de Negócio 2

40

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

No primeiro momento, foi realizada a elaboração da fundamentação

teórica com base em livros para dar embasamento às perguntas.

Concluída esta etapa, deu-se início à confecção do questionário que foi

aplicado na empresa Decofor, distribuidora da Rottamark.

A pesquisa foi qualitativa e envolveu dados referentes à elaboração,

gestão, manutenção e utilização do plano de negócios na organização supracitada.

O objetivo é descritivo, pois proporciona a análise dos resultados dos

processos utilizados pela empresa no processo de planejamento.

Os procedimentos são bibliográficos, pois houve um levantamento de

dados em livros para a elaboração da fundamentação teórica. Posteriormente à

aplicação do questionário, foi feito um estudo de caso, com base na pesquisa

bibliográfica e nas respostas obtidas através da entrevista.

3.1 POPULAÇÃO

Empresas dos municípios da região de Criciúma.

3.2 AMOSTRA

Empresa Decofor, distribuidora da Rottamark. A Rottamark é uma

empresa existente desde 1995, e iniciou suas atividades com a produção de

expositores, atendendo principalmente a ceramistas, como a Eliane Revestimentos

Cerâmicos. Em 2008, com o auge da crise econômica mundial, esses clientes

acabaram consumindo menos produtos, o que gerou um desconforto para a

organização.

Mas, demonstrando excepcional visão empreendedora, para contornar a

situação, o dono da organização decidiu atender a outros públicos, oferecendo

produtos como móveis planejados e gôndolas. Surge então, a Decofor, distribuidora

dos produtos Rottamark.

Hoje, tanto a Decofor quanto a Rottamark estão situadas em Cocal do

Sul, e somam cerca de 40 funcionários, atendendo a toda região Sul do Brasil, e

partes da região Sudeste.

Page 42: Plano de Negócio 2

41

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

O instrumento de coleta de dados foi um questionário composto por 11

perguntas abertas, divididas em oito blocos. Cada bloco é referente a um item de um

plano de negócios.

3.4 PROCESSO DE COLETA DE DADOS

A coleta de dados se deu por meio de entrevista. Os integrantes visitaram

a empresa escolhida, onde foi realizada a aplicação do questionário anteriormente

elaborado através de entrevista com Fellipe Zuchinalli, diretor administrativo da

Deccofor.

Os dados foram coletados pessoalmente e transcritos para posterior

análise.

3.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Com as respostas da empresa em mãos, a equipe avaliou os dados com

base na fundamentação teórica anteriormente elaborada. A partir disso, foram

analisados os resultados obtidos através da utilização do plano de negócios na

organização.

Page 43: Plano de Negócio 2

42

4 RESULTADOS OBTIDOS

4.1 PLANO DE NEGÓCIO

4.1.1 A elaboração do Plano de negócios e sua importância na gestão da

empresa.

Objetiva-se saber se a empresa possui o plano de negócios desde

quando foi instituída ou se o plano de negócios foi criado no decorrer dos anos,

posteriormente a sua fundação. Objetiva-se também saber qual foi a necessidade de

ser criado um plano de negócios, bem como qual a importância do mesmo dentro de

uma organização. Também serão respondidas quais são os resultados obtidos por

meio do plano.

Segundo o entrevistado, Fellipe, o plano de negócio foi elaborado depois

de dois anos da fundação da empresa, sendo que o mesmo foi criado por ele.

Fellipe também ressalta que é importante ter um plano de negócio. A partir de que

começou a utilizar o plano, os resultados foram positivos e equilibrados na empresa,

pois houve maior organização. Mesmo sendo uma empresa familiar, houve a

necessidade de criar o plano para conhecer tudo, todos os processos, todas as

melhorias necessárias. Para Fellipe, o plano serve também para detectar problemas

que passam despercebidos.

Pode-se analisar na resposta do entrevistado, que demorou um certo

tempo para eles criarem o plano de negócios, porque só depois foi percebida a

necessidade de criá-lo. Essa necessidade pode ser denominada como de

organização. Segundo Dornelas (2005) o plano de negócio é a parte fundamental do

processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e

definir as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal

utilização do plano de negócio é a de fornecer uma ferramenta de gestão para o

planejamento e desenvolvimento de um negócio. O entrevistado também responde

que o plano de negócios, auxilia em vários processos dentro da organização, a qual

tomou um rumo mais sério, depois de ter criado o plano. Chiavenato (2004) nos diz

que o plano de negócios é um conjunto de dados e informações sobre o futuro ou

Page 44: Plano de Negócio 2

43

atual empreendimento, o qual define suas principais características e condições,

proporcionando uma análise de suas possibilidades e riscos.

Mais uma observação a ser destacada na organização, é que esse plano,

não é revisto de forma contínua, o que demora um tempo um pouco longo. Isso

pode prejudicar o andamento da organização, pois a mesma poderia ter melhorias

mais rápidas se o plano fosse atualizado periodicamente. Dornelas (2005) nos fala

que o plano deverá ser revisto quando houver mudanças.

4.2 ESTRUTURA LEGAL

4.2.1 Vantagens e desvantagens do enquadramento da organização no atual

padrão tributário.

Objetiva-se conhecer qual o enquadramento da empresa nos padrões

tributários, e quais as vantagens e desvantagens decorrentes do mesmo.

Para o enquadramento da organização há três tipos de padrões: micro,

pequena ou média empresa. Uma vantagem de a empresa ser micro, por exemplo,

é que os impostos não vão ser muito altos. Porém, isso depende muito dos padrões

tributários da empresa.

Segundo o entrevistado, a organização é considerada, de acordo com

seus padrões tributários, como micro empresa, tendo um pequeno porte, assim

ocorrendo desvantagem. Mas, o entrevistado diz que, mesmo assim, considera os

impostos altos demais. Eles sofrem uma cobrança acentuada sobre isso.

Há vários requisitos para uma organização ser encaixada em algum

enquadramento empresarial, o mais importante deles é o imposto. É ele quem define

se a empresa é uma empresa de micro, pequeno ou médio porte.

Quando o entrevistado se refere aos impostos serem altos demais,

mesmo sendo uma empresa de pequeno porte, se refere ao lucro real, ou seja, isso

se dá mediante a apuração contábil dos resultados, com os ajustes determinados

pela legislação fiscal. Logo essa seria uma desvantagem para a Decofor.

Mas analisando por outro lado, a organização tem receita o suficiente

para cobri-lo. Porém, todos estes pontos devem ser revistos consoante a empresa

aumenta, conforme o andamento da mesma. São estes itens, da estrutura legal.

Page 45: Plano de Negócio 2

44

Dornelas (2005) nos fala que enquanto a empresa cresce, o número de clientes,

fornecedores e funcionários aumenta sua estrutura legal deverá ser revista.

4.3 MARKETING E VENDAS

4.3.1 Estratégias utilizadas na área de marketing e vendas e táticas

direcionadas ao preço dos produtos e serviços.

Objetivamos com essa pergunta conhecer quais as estratégias utilizadas

na área de marketing para o alcance dos objetivos empresariais (vendas), se existe

alguma estratégia diretamente voltada para os preços de produtos e serviços, bem

como os resultados obtidos com esse conjunto de táticas.

Segundo o entrevistado, Fellipe, as estratégias de marketing se dão

principalmente pela publicidade de seus produtos, sendo que a empresa tem meios

de divulgação muito variados, afinal, seu público consumidor é vasto, atendendo

desde grandes ceramistas a pequenos consumidores. Segundo ele, no caso dos

grandes empresários, a forma mais concreta de divulgação é o contato direto, já que

mídias impressas ou audiovisuais muitas vezes não atingem a quem toma a decisão

de compra nas empresas. Já para o consumidor menor, como pequenas lojas que

procuram as gôndolas e clientes que buscam os móveis planejados, a empresa usa

mídias mais amplas, como folders, recursos visuais, e-mails de propagandas e mala-

direta, entre outros.

Ainda segundo o entrevistado, a organização já tentou trabalhar com uma

agência de publicidade, mas como seu público é amplo, isso acabou não sendo

vantajoso.

Para Dornellas (2005) a propaganda, é o meio pelo qual a entidade atinge

uma audiência selecionada, com o propósito de informar, convencer e confirmar o

conceito do produto. Esta pode ser transmitida nos mais diversos meios de

comunicação, e a escolha dos mesmos depende do público que se deseja atingir.

Isso é facilmente observado na Decofor, pois a organização consegue

adequar suas táticas a cada segmento que é atendido, o que se torna positivo para

a mesma. Percebe-se com essas afirmações que, mesmo tendo um público tão

amplo, o que dificulta a formulação de táticas de direcionamento, a Decofor

Page 46: Plano de Negócio 2

45

consegue elaborar estratégias de divulgação eficazes, que satisfazem as

necessidades da empresa.

Quanto a estratégias relacionadas ao preço dos produtos, a organização

não tem nenhuma definida que seja voltada ao “consumidor final”, pois ela preza

pela exclusividade, sofisticação e elegância dos produtos, e não seria vantajoso

oferecer promoções ou descontos a este. As poucas estratégias que a empresa

possui acerca desses aspectos são direcionadas aos grandes empresários que já

são clientes habituais da organização, oferecendo certos descontos e facilidades de

compra e pagamento.

Este é um ponto que poderia ser melhorado na organização, relacionado

ao preço dos produtos, no que se refere a promoções e descontos. Isso, porém, não

deve ser tratado como uma falha na empresa, pois seus produtos são posicionados

como referenciais de qualidade, o que torna sua política de preços compatível com o

que é oferecido. Afinal, Dornelas (2005) nos diz que se a organização busca

enfatizar a qualidade, o fator preço já não será um atrativo tão grande, pois desse

modo o público-alvo mudaria para uma parcela muito mais exigente no aspecto

qualitativo.

4.3.2 Estudo das características do público-alvo e as estratégias tomadas em

função das mesmas.

Com a respectiva pergunta, tivemos como objetivo saber como a

organização busca conhecer os seus principais clientes e as características dos

mesmos. Também, desejamos conhecer quais as táticas utilizadas após a tomada

de conhecimento do público-alvo, e de que forma essas auxiliam na organização.

Segundo Fellipe, é difícil a organização definir seu público-alvo, já que ela

oferece uma ampla gama de produtos, o que a leva a atender desde os pequenos

consumidores e lojistas, a grandes redes de lojas de departamento e fábricas.

Porém, o carro-chefe de vendas é o ramo de expositores e estandes, e por essa

razão as empresas, como redes de supermercados, cerâmicas e fábricas, são os

seus clientes mais representativos. “Esse público busca basicamente facilidade,

praticidade e bom preço, e sempre há um vendedor ou alguém na rua vendo o que

há de novo e as tendências desses consumidores, procurando alinhar o que já é

oferecido pela organização com os projetos das mesmas”, nos disse Fellipe.

Page 47: Plano de Negócio 2

46

Observa-se que o estudo do público é feito tendo como base o

conhecimento dos vendedores que é obtido através do contato direto com os

clientes. As estratégias tomadas pela empresa a partir disso, buscam um equilíbrio

entre o que é oferecido pela empresa e o que é desejado pelo consumidor, tentando

adequar os seus produtos às expectativas do público-alvo.

Mas apesar das ações empreendidas satisfazerem as necessidades que

a organização tem de conhecer seu público, existem métodos que poderiam

melhorar esse sistema utilizado. Seria interessante, por exemplo, que a empresa

mantivesse um banco de dados, que fosse periodicamente atualizado, com as

principais características de seus clientes e as tendências do mercado. Isso

facilitaria a tomada de decisões relacionadas ao público, como por exemplo, quando

a empresa for elaborar propagandas, promover o contato com a clientela ou mesmo

quando inserir novos produtos, esta já teria em mãos os pontos em que deveria

investir e em quais deveriam recuar, as preferências e o que “está na cabeça” de

seus clientes.

Segundo Dias et al. (2003, apud HOKE 1986) o database de marketing

(“sistema de gerenciamento dinâmico de bancos de dados inteligíveis, atualizados

[...]”) pode ser uma lista de nomes acrescentada de informações , como por

exemplo, o comportamento de compra de cada pessoa ou empresa. Ainda segundo

esses autores, o banco de dados é a força mais potente do marketing, desde o

surgimento da televisão, portanto, independentemente do tamanho da empresa, esta

deve elaborar um banco de dados de seus clientes potenciais.

4.4 ANÁLISE ESTRATÉGICA

4.4.1 Análise SWOT e estratégias utilizadas em função da mesma.

Objetiva-se saber como a empresa faz para identificar seus pontos fortes

e fracos, suas ameaças e oportunidades, e quais são as medidas ou estratégias

utilizadas em função disso para que o resultado possa ser positivo.

Fellipe nos disse que ferramenta utilizada para o diagnóstico e estudo dos

pontos forte e fracos, ameaças e oportunidades é a análise SWOT. Os pontos fortes

e fracos são detectados por meio de reuniões, e as ameaças e oportunidades de

informações obtidas do mercado, e isso tudo é transcrito para um papel, sendo que

Page 48: Plano de Negócio 2

47

o diretor tem acesso a esse documento. Conforme o entrevistado, um dos pontos

fracos da empresa, é que esta é muito dependente da mão de obra, o que é um

ponto inicial que custa muito caro. E um dos seus pontos fortes é a facilidade do

atendimento proporcionada pela Decofor.

As organizações e seus empreendedores precisam analisar os ambientes

interno e externo à organização e estabelecer objetivos e metas para agir no lugar

certo e no momento certo. Sendo assim, podemos perceber que a empresa age

favoravelmente a isso. Conforme o entrevistado diz, ocorrem reuniões, nas quais

são debatidos os rumos da organização, seus pontos fracos e fortes, as decisões

que a mesma irá tomar, e todos esses dados são transcritos para um

documento,que pode ser caracterizado como análise SWOT.

Dornelas (2005) nos fala que a análise do ambiente de negócios

(oportunidades e ameaças) mostra como o mercado se apresenta para a empresa.

No entanto, é preciso que a organização conheça seus pontos fortes e fracos, para

que consiga definir as oportunidades de negócio mais atrativas e a quais riscos

(ameaças) estão mais visíveis, para então definir objetivos e metas, bem como sua

estratégia de negócio.

O entrevistado diz, que também são transcritas para o papel, as

informações das pessoas fora das organizações que chegam até os ouvidos dos

funcionários, as quais são passadas adiante nas reuniões. Isso também pode ser

considerado, um aspecto estrategicamente bom para a organização, e favorável ao

rendimento de melhorias da mesma. Dornelas (2005) fala que as informações

reunidas obtidas fora da organização, podem acrescentar pontos positivos a

empresa, podendo ajudá-la a crescer.

4.5 PLANO OPERACIONAL

4.5.1 Características do plano operacional dentro da organização e auxílio do

mesmo no processo de melhoria contínua

A seguinte pergunta visa conhecer quais são as características do plano

operacional dentro da organização e de que forma os resultados obtidos com o

plano auxiliam numa melhoria continua.

Page 49: Plano de Negócio 2

48

Conforme o entrevistado, Fellipe, o plano organizacional é fundamental

para a organização, sendo que a empresa possui um sistema totalmente

integralizado, todos os setores com total controle da direção, portanto esse sistema

abrange todos os processos internos e externos.

Diariamente o sistema operacional passa por mudanças, por isso a

empresa consegue ter um melhor controle e acaba auxiliando todos os

colaboradores a um desenvolvimento mútuo, acelerado e prático. “Então, esse

sistema operacional garante a qualidade, a certeza de quem está olhando, com esse

sistema detectamos onde está o erro, então fica muito mais fácil visualizar antes de

chegar ao cliente”, nos disse Fellipe.

Deger (2009) afirma que o plano operacional é um detalhe e uma

complementação do que deve ser feito, de quem deve fazê-lo, quanto vai custar, e

quando deve estar pronto para desenvolver o novo serviço e produto.

Podemos perceber que a organização utiliza e conhece a importância do

plano operacional, o que auxilia muito a organização. O mesmo dá um panorama

detalhado de todo o processo, os custos, os responsáveis, os prazos já

estabelecidos. Além disso, um bom plano organizacional serve para demonstrar ao

possível investidor que o empreendedor domina todos os detalhes e tem o

conhecimento e as ferramentas adequadas para administrar o desenvolvimento e a

operação do novo negócio com êxito.

Conforme Deger (2009 p. 215) “o plano operacional decompõe as tarefas,

designa um responsável, estima os custos e os prazos, ao nível de detalhe

necessário para administrar o desenvolvimento e a operação do novo negocio.”

Conclui-se, que para a organização alcançar o sucesso, não depende só

do administrador, ou só de um funcionário, mas de todos os colaboradores que de

alguma forma estão ligados à organização. Com essa união, é possível alcançar o

sucesso, com rapidez e determinação, visando fornecer os produtos com muita

qualidade e eficiência.

4.5.2 Técnicas que auxiliam o plano operacional e o que a escolha das mesmas proporciona.

Com essa resposta, objetivamos conhecer quais são as técnicas

utilizadas no plano operacional e o porquê da escolha das mesmas.

Page 50: Plano de Negócio 2

49

Segundo o entrevistado, Fellipe, a empresa possui algumas técnicas já

padronizadas que ao passar dos anos vem sendo desenvolvidas. Essas técnicas

não deixam de ser um cronograma, porém nem sempre são cumpridas

rigorosamente, pois a diversidade de produtos e serviços a serem oferecidos é muito

extensa, contudo a empresa se adapta ao máximo os desafios para assim poder

superá-los.

Ainda segundo Felipe, essas técnicas são simples, mas devem ser

estudadas com cuidado, com participação de todos, do começo ao fim.

Pode-se se dizer que o plano organizacional é um cronograma detalhado

das atividades a serem desenvolvidas.

Deger (2009) afirma que o plano operacional deve apresentar um

cronograma detalhado, com dados suficientes para a realização das obrigações a

serem desempenhadas.

Conclui-se que essas ferramentas são muito simples e fundamentais na

organização, e quando as mesmas são bem estruturadas permitem uma melhor

visualização das responsabilidades exercidas por cada um, além de serem

encontradas em vários modelos.

Portanto, essas técnicas são uma representação gráfica da estrutura

hierárquica da organização, ou simplesmente a distribuição de tarefas a serem

desenvolvidas por cada um de seus colaboradores, demonstrando assim as

responsabilidades e deveres de cada um.

Além de serem técnicas mais eficazes e com um controle de qualidade

nas organizações, de uma forma simples, agrupando e visualizando as diversas

causas que estão na origem de um problema ou um resultado que se pretende

melhorar.

4.6 MERCADO E COMPETIDORES

4.6.1 Análise dos concorrentes, dos diferenciais da empresa e influência em

sua participação no mercado.

Objetivamos com essa pergunta conhecer de que forma a empresa

analisa sua concorrência, como ela busca ressaltar seus diferenciais sobre a mesma

e como esses diferenciais auxiliam na sua participação no mercado.

Page 51: Plano de Negócio 2

50

De acordo com o entrevistado Fellipe, a organização possui concorrentes

para cada segmento que atende, e os mesmos são estudados e analisados por ele

próprio. É levado em consideração, no momento do estudo dos concorrentes, o que

é oferecido pelos mesmos e quais diferenciais eles possuem sobre a Decofor/Rotta,

buscando superar os aspectos que são negativos para a organização e maximizar

as positividades. A empresa se faz conhecer através de publicidade, contato direto

com os empresários e do marketing boca a boca que é feito entre os consumidores.

O principal diferencial da Decofor é a comodidade proporcionada aos empresários

de os mesmos montarem toda a sua loja em uma única fábrica: “Nós fazemos desde

a parte de metalúrgica (gôndolas), marcenaria (móveis em geral) e vidraçaria e

entregamos a empresa com a chave na mão”. Esse diferencial é exposto aos

clientes no ato da venda, na apresentação do projeto, e auxiliam a organização a

aumentar a sua participação no mercado.

Pode-se concluir que, apesar de suprir as necessidades da organização,

esse método pode ser considerado incompleto, afinal, com este, só poderão

conhecer as peculiaridades positivas da organização os clientes que já tem certo

contato com a mesma, o que barra a aproximação de novos consumidores.

A empresa deveria procurar investir mais em divulgar para os

empresários seus principais diferenciais, o que poderia aumentar suas vendas e

faturamento, pois, para Kotler e Keller (2000) empresas buscando o crescimento de

seus lucros devem investir tempo e recursos consideráveis na busca por novos

clientes, a aquisição dos mesmos exige técnicas substanciais em geração de

indicadores, qualificação de indicações e conversão dos clientes, desenvolvendo

peças publicitárias que informem os diferenciais da organização e veiculando-as em

meios de comunicação que alcançarão novos clientes.

Quanto à análise dos concorrentes, esta é feita de forma satisfatória,

porém, a elaboração da mesma na forma de um registro escrito facilitaria a tomada

de decisões organizacionais. Segundo Fava (2002) as pesquisas devem também

fornecer informações acerca da concorrência na forma de banco de dados, o que é

de imensa importância para o desenvolvimento da contra-ofensiva.

Page 52: Plano de Negócio 2

51

4.7 PRODUTOS E SERVIÇOS

4.7.1 Escolha de novos produtos e serviços a serem oferecidos, acréscimo de

diferenciais aos já existentes e divulgação dos mesmos.

Nosso objetivo com a respectiva pergunta foi conhecer e analisar os

critérios utilizados pela organização para acrescentar novos produtos à sua gama de

produtos oferecidos, como adiciona diferenciais aos produtos que já oferece e como

divulga isso.

Segundo o entrevistado, cada segmento tem suas peculiaridades. O ramo

de expositores, por exemplo, tem poucas mudanças, pois a maioria dos clientes

(como ceramistas) já tem suas peças padrões, e como procuram algo mais simples

com menos custo há pouca inovação nesse setor que é atendido pela empresa,

portanto, a empresa não costuma acrescentar diferenciais a esses produtos. Já na

parte de móveis planejados e gôndolas, que está em constante mudança, a

organização estuda o que o mercado está precisando, suas tendências e as

características do momento, visando acrescentar diferenciais inovadores aos seus

produtos.

Um exemplo que pode ser citado: Para o entrevistado o self service é

essencial em qualquer loja, e a Decofor/Rotta disponibiliza produtos inovadores que

permitem isso, sendo que essa necessidade dos empresários de gôndolas que

possibilitassem o self service foi detectada através da análise de mercado

mencionada anteriormente.

A divulgação dos diferenciais que vão sendo acrescentados aos atuais

produtos e dos novos produtos disponibilizados é feita através do site da empresa,

que é atualizado periodicamente, e principalmente através da apresentação da

organização para o cliente no momento da compra. Mais uma vez, o método

utilizado pela empresa satisfaz as suas necessidades, porém, este poderia ser

maximizado. Os meios utilizados pela organização para acrescentar diferenciais aos

seus produtos, e novos produtos pode ser considerado correto, pois Para Dornelas

(2005) a empresa pode alcançar produtos de confiança se utilizando da criação de

variações de produto, como opcionais e acessórios, kit completo, peças individuais,

entre outros, sempre levando em consideração as necessidades do mercado, o que

é feito na Decofor.

Page 53: Plano de Negócio 2

52

Nota-se novamente, porém, que a empresa divulga seus principais

diferenciais competitivos, na maioria das vezes, apenas no contato com o cliente, ou

seja, depois que o mesmo a procura. Este é um ponto que poderia ser melhorado

pela Decofor, intensificando a divulgação de suas peculiaridades positivas através

de propagandas, o que atrairia mais clientes a comprar.

4.8 PLANO FINANCEIRO

4.8.1 A importância do plano financeiro dentro da organização, método de

analise dos resultados e o que a analise do mesmo proporciona.

A partir dessa resposta objetivou-se conhecer qual a importância do plano

financeiro dentro da organização, de que forma os resultados são analisados e o

que a analise dos mesmos proporciona para a empresa.

Segundo o entrevistado Fellipe, o plano financeiro é necessário e exige

uma grande dedicação, nele estão contidos todos os indicadores necessários para

uma boa visão financeira. Então, o plano consiste em relacionar contas do balanço e

demonstrar resultados, o que somente ocorre quando alinhado a uma gestão de

qualidade.

Ainda de acordo com Fellipe, o plano financeiro é o começo meio e o fim

de uma organização, ou seja, pode começar uma empresa, pode “tocar” e pode te

derrubar ao mesmo tempo.

Esse plano ajuda a controlar, e a analisar o que está sendo pago, para ter

um melhor investimento. Sendo que o plano financeiro proporciona um estudo, o

qual possui metas a serem cumpridas e aquelas que não podem ser descumpridas

porque pode acarretar muitos problemas, onde o mesmo é analisado com uma

imensa seriedade para que não comprometa a renda. A empresa não possui uma

ambição muito grande de crescimento, mas mesmo assim necessita de um

planejamento para crescer.

Todos os resultados são analisados junto com a direção, e o

questionamento já não é mais onde está o dinheiro, porque isso se encontra no

sistema, mas sim o ponto a ser analisado, do rumo á ser tomado, podendo assim

tomar uma direção correta.

Page 54: Plano de Negócio 2

53

Conclui-se que o plano financeiro tem uma grande importância dentro da

organização e é considerada a parte mais difícil do plano de negócios. Sendo assim

o plano deve ser refletido em todos os pequenos detalhes baseados, e qualquer

gasto com a empresa.

Segundo Salim (2001) a organização deve calcular as despesas do

negócio, até o momento em que tudo estiver em andamento, funcionando com todas

as atividades em ordem, podendo assim planejar quanto tempo estão ganhando ou

quanto podem ganhar com o serviço que oferecem.

O plano financeiro visa evitar erros, como contrair uma divida

desnecessário, ou uma situação de emergência, e se certificar que o negócio é

viável ou não. O mesmo é essencial e muito importante em todas as organizações,

visando também planejar suas finanças.

Conforme DORNELAS (2005 p.162) “a parte do plano financeiro acaba

sendo feita de maneira simples e fácil, mas ainda sim de uma forma pouco

trabalhosa.”

Conclui-se que a organização precisa de dados corretos e que sejam

verdadeiros para manter o controle financeiro e pode assim evitar acarretar graves

problemas futuros e alcançar os objetivos já estabelecidos.

Além disso, planejar suas finanças irá ajudar a tomar decisões de

investimento consistentes com o perfil de tolerância a riscos e com relação aos

objetivos e metas.

4.8.2 O prazo do retorno de investimento e a maneira de como é feito o calculo.

A Seguinte resposta teve como objetivo conhecer se a organização

calcula o prazo do retorno de investimento e como é feito esse calculo.

Segundo o entrevistado Fellipe, a empresa calcula o prazo do retorno de

investimento, e esse cálculo é feito através do playback. Todos os investimentos

precisam ter algum retorno, se não adquiriu é porque o mesmo não foi aplicado

corretamente.

A empresa possui muitas oportunidades de investimentos, as quais são

as máquinas, os suprimentos, enfim a matéria prima, porém as oportunidades

precisam ser analisadas cuidadosamente, pois o mercado está em constante

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mudança, contudo precisa ter muito atenção, pois qualquer centavo tem que ser

calculado, onde pode colocar tudo a perder.

Sendo assim, esse método é muito simples e importante, e o mesmo visa

calcular o prazo que o investidor irá precisar para recuperar o investimento

realizado.

Conforme Degen (2009, p.194)

O tempo para a recuperação do investimento é um parâmetro de avaliação muito importante para negócios que tem vida curta, como os baseados em modismos ou que podem sofrer uma rápida erosão de sua vantagem competitiva com o tempo.

Percebe-se que a organização possui uma preocupação com o retorno do

investimento, que qualquer centavo desperdiçado pode colocar tudo a perder. E

esse método auxilia muito o empreendedor a calcular o tempo necessário para

conseguir o retorno do investimento. Ou seja, quanto maior for o prazo de payback

maior será o risco de investimentos.

Em contrapartida o payback é o tempo entre o retorno inicial e o momento

no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor do investimento.

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55

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O planejamento é uma função extremamente importante em qualquer

aspecto, tanto da vida pessoal como da profissional. A maioria dos fechamentos

precoces de empresas ocorre por falta de planejamento, o que poderia ser

facilmente revertido se as mesmas fizessem uso de um documento escrito chamado

plano de negócio.

Conclui-se a partir deste trabalho, que o plano de negócios é um

instrumento de gestão muito eficaz, que possibilita uma visão ampla do mercado e

do ambiente interno da organização, identificando suas fraquezas e potencialidades

e dando oportunidade à correção de falhas, para um alcance mais eficiente dos

objetivos e metas do empreendedor. Além disso, pode ser utilizado para expor a

situação da empresa a um investidor ou fornecedor, possibilitando a obtenção de

recursos de maneira mais facilitada.

É de grande utilidade no início do empreendimento, quando a

organização ainda não está familiarizada com o ambiente competitivo do mercado.

Por meio de pesquisas e análises, a empresa pode conhecê-lo melhor, evitando

possíveis erros, criando estratégias para corrigir os que eventualmente apareçam e

detectando as oportunidades que o mercado oferece.

Nota-se ainda, a importância das análises dos competidores, do público-

alvo e das tendências do mercado, lembrando sempre, que o plano necessita de

atualização a cada mudança significativa.

Todos os aspectos da organização devem ser analisados, como: sua

estrutura legal, seu processo operacional, suas ameaças e oportunidades, seus

recursos financeiros e tecnológicos, diferenciais competitivos, os produtos e serviços

oferecidos, entre outros.

O empreendedor deve estar atento a todos os detalhes quando for

confeccionar seu plano de negócios, pois se mal elaborado, o mesmo pode levar ao

fracasso do empreendimento.

Percebe-se, com a análise das respostas obtidas através desse trabalho,

que a Decofor utiliza o plano de forma positiva, e conhece a importância que o

mesmo traz para a organização. Porém, a empresa poderia maximizar os seus

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resultados se investisse mais nas ferramentas de gestão contidas em seu plano, o

que o potencializaria.

Conclui-se, portanto, a necessidade da elaboração do plano de negócios

pelo empreendedor que deseje uma vantagem competitiva e um maior

conhecimento dos aspectos ao seu redor, o que o auxiliará no alcance dos objetivos

da organização.

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57

REFERÊNCIAS

BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2004.

DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: empreendedor como opção de carreira. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

DIAS, Sergio Roberto et al. (Org.). Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

FAVA, Rui. O Estrategísta: Decisão em Administração. Cuiabá: Edunic, 2002.

FITZSIMMONS, James A.; FITZSIMMONS, Mona J. Administração de serviços: operações, estratégia e tecnologia da informação. Porto Alegre: Bookman, 2005.

GORDON, Ian Ho. De olho na concorrência. São Paulo: Futura, 2004.

INSTITUTO BRASILEIRO DE EXECUTIVOS DE FINANÇAS (Espírito Santo). Balanço Patrimonial. Disponível em: <http://ibefes.ning.com/page/balanco-patrimonial>. Acesso em: 03 abr. 2012.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing: a Bíblia do Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

MAGALHÃES, Marcos Felipe; SAMPAIO, Rafael. Planejamento de marketing: conhecer, decidir e agir do estratégico ao operacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

SALIM, Cézar Simões. Construindo um plano de negócios: todos os passos necessários para planejar e desenvolver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

SLACK, Nigel; JOHNSTON, Robert; CHAMBERS, Stuart. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2009.

ZANQUETA, Camila. Faça um diagnóstico completo de sua pequena empresa. Disponível em: <http://pensandogrande.com.br/tag/analise-swot/>. Acesso em: 03 abr. 2012.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário

Bloco 1 – Plano de negócio

1 – A empresa possui o plano de negócios desde sua fundação ou este foi

elaborado posteriormente? Qual a importância do plano de negócios em sua

organização e de que forma ele auxilia na gestão?

Bloco 2 – Estrutura legal

2 – Como a empresa se enquadra nos padrões de legislação: Micro, média ou

grande empresa? A empresa percebe alguma vantagem ou desvantagem no

enquadramento da empresa? Quais?

Bloco 3 – Marketing e vendas

3 –Quais as estratégias de marketing e vendas utilizadas pela empresa? Existem táticas específicas direcionadas ao preço dos produtos e serviços? Quais os resultados obtidos com o uso desses métodos?

4– Como é feito o estudo do público-alvo da organização e quais as estratégias

tomadas pela empresa após a análise das características do mesmo? Que

resultados isso proporciona à empresa?

Bloco 4 – Análise estratégica

5 – Como a empresa identifica seus pontos fortes e fracos, suas ameaças e

oportunidades? Levando isso em consideração, quais estratégias são utilizadas para

maximizar os resultados?

Bloco 5 – Plano operacional

6. – Como se caracteriza o plano operacional em sua organização? De que forma os

resultados obtidos com o mesmo podem auxiliar numa melhoria contínua?

7 – Quais são as técnicas utilizadas para auxiliar no plano operacional? E porque a

escolha das mesmas?

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Bloco 6 – Mercado e competidores

8 – De que forma a empresa faz a análise de seus competidores? Como a empresa

ressalta seus diferenciais sobre a concorrência e como esses auxiliam na sua

participação no mercado?

Bloco 7 – Produtos e Serviços

9 – Como se dá a escolha dos novos serviços a serem oferecidos e como a empresa

faz a divulgação dos mesmos? De que forma a empresa busca acrescentar

diferenciais aos serviços oferecidos?

Bloco 8–Plano financeiro

10 – Porque é importante o plano financeiro em sua organização? De que forma os

resultados são analisados e o que a análise dos mesmos proporciona?

11 – Como são analisados os resultados obtidos com o fluxo de caixa? De que

Maneira a empresa adéqua suas estratégias de acordo com o movimento do fluxo

de caixa?