Hoje Macau 10 JUL 2013 #2889

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006 D IRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUARTA-FEIRA 10 DE JULHO DE 2013 • ANO XII • Nº 2889

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VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS)

Ter para lerMOP$10

Mestre critica parque de medicina chinesa

• JUSTIÇA PARA TODOS?

Filho de general acusado de violação

ÚLTIMA

• PIRATARIA INFORMÁTICA

Hackers acedema dados da CTM

PÁGINA 9

• SOBRESSALTO NA CHINA

Luta contra a corrupção desencadeia chantagens

PÁGINA 13

TRIBUNAL DOS EUA ILIBA DOAÇÃO À UNIVERSIDADE DE MACAU PÁGINA 7STEVE WYNN

Jorge Kuan é mestre de medicina chinesa e membro da comissão que elege o Chefe do Executivo. Mas, sem papas na língua, aponta o dedo ao projecto da Ilha da Montanha. Na sua opinião, ninguém quer saber da medicina mas de comprar e vender terras. Os que mais aproveitam, afirma, são investidores do continente. PÁGINA 8

AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 26 MAX 32 HUM 65-95% • EURO 10.0 BAHT 0.2 YUAN 1.2

ENTREVISTA WONG KIT CHENG

MULHERES FAZEM FALTA

À ASSEMBLEIA PÁGINAS 2 E 3

ILHA DE HENQIN

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Uma montanha de negócios

HOJE

MAC

AU

quarta-feira 10.7.2013entrevista2 www.hojemacau.com.mo

Cecília Lincecí[email protected]

Rita Marques [email protected]

Que novas ideias poderá trazer uma enfermeira, com 10 anos de experiên-cia, ao cenário político? Temos muitas ideias para mulheres, crianças, idosos e famílias. Ainda não há assentos para o sector mé-dico e como o meu trabalho desenvolve-se nesta área, sinto-me apta a reproduzir opiniões que me são trazidas pelos cidadãos. Por exem-plo, é muito difícil consultar um médico nos centros de saúde e hospitais. O tempo de espera é muito prolon-gado. É preciso também ser criado um Fundo para a criação contínua de médicos , para ajudar a aumentar a sua qualidade profissional de modo a dar um melhor serviço à sociedade.

Será possível gerir o tempo entre o trabalho no hospi-tal e a política?Quando entrar para a Assem-bleia vou pôr o trabalho de deputada em primeiro lugar.

Vai abdicar da sua pro-fissão?Ainda não tenho a certeza mas estou apostada em dar prioridade ao meu cargo político.

Não teme que Chan Iek Lap, pediatra, e candidato pela via indirecta ao sector profissional, não procure já responder aos mesmos apelos da população na área da saúde?Bom, à minha experiência como enfermeira acresce a minha preocupação com melhores condições para as mulheres na sociedade - na defesa dos seus direitos e extinção do tráfico humano, por exemplo - que trago da experiência como vice--presidente da Associação das Mulheres. Mas, natural-mente, nas questões que nos aproximam poderá haver

Wong Kit Cheng, número dois da União Promotora para o Progresso (Kai Fong)

“Violência doméstica deve ser crime público”Wong Kit Cheng, enfermeira, é vice-presidente da Associação Geral das Mulheres de Macau e número dois da lista de Ho Ion Sang, União Promotora para o Progresso. Em cima da mesa tem várias cartas: políticas de apoio aos idosos com a criação de clínicas de tratamento e serviço social, licenças de maternidade e paternidade alargadas e mais qualidade de ensino, com acréscimo de competitividade ao nível de conhecimento de línguas, como o inglês e o mandarim

abertura em colaborarmos para promover mais políti-cas na área da saúde.

Acha desejável haver mais uma mulher na Assembleia Legislativa? Claro, acho que as mulheres têm tanta capacidade. Não é um trabalho só de homens. No meu caso, sinto-me com competências para tal e vejo

que não só tenho experiência laboral e social como tomo também atenção a cada pas-so do Governo, logo, tenho capacidade para incitar a mudança. E trago experiên-cia não só como enfermeira mas como mulher e ainda como mãe.

O que a distingue das ideias defendidas pelas

outras deputadas, tam-bém candidatas, Angela Leong, Melinda Chan e Kwan Tsui Hang?Penso que posso representar quase todas as classes de mulheres. Não dou apenas atenção só para as mulheres mas a todos os conflitos familiares por detrás. E questões sociais diversas. Por exemplo, para os idosos poderiam ser criadas clínicas comunitárias, privadas e pú-blicas, com profissionais de saúde e assistentes sociais, destinados aos mais velhos. Ou seja, um tratamento mais especializado, que faria com que fosse diminuído o tempo de espera, sobretudo, em centros de saúde que abran-

gem uma grande população. É preciso mais instalações, não apenas hospitais.

Continua ainda assim, a haver necessidade de mais profissionais, não só enfer-meiros como profissionais especializados, tais como psicólogos. O que é pre-ciso fazer para colmatar a escassez destes recursos humanos?De acordo com o Governo, chegariam 100 profissionais do continente no ano passa-do. Mas este ano ainda não chegou ninguém. Macau precisa de um sistema de certificação de profissionais, nomeadamente, trabalhado-res dos serviços sociais. Se

no futuro, falta este tipo de pessoas é necessário atrair mais não residentes do continente mas será preci-so pensar num mecanismo quando o mercado ficar sobrelotado, ou seja, arranjar saída. Dadas as dificuldades de comunicação, como no caso das empregadas do-mésticas, seria necessário considerar primeiro pessoal de Guangdong e Fujian.

Como é que vê o papel das mulheres na sociedade: acha que ainda existe dis-criminação no trabalho e a nível salarial?Não vejo que isso seja grave em Macau mas nas escolas ainda mostram fotografias em que as mães ficam em casa e fazem os trabalhos domésticos e os pais são quem vai trabalhar e traz o sustento. Hoje trabalham ambos fora mas impõe-se a ideia de que a mulher é quem tem depois de trabalhar em casa enquanto o homem descansa. Não pode haver distinção entre homens e mulheres no trabalho e é necessário acabar com esta imagem tradicional.

Falou da luta por direitos da mulher, a última inten-ção do Governo é tornar a violência doméstica em crime semi-público. O que defende: público ou semi--público?Esta legislação já vem atrasada cinco anos por isso não nos podemos focar sobre se é semi-público ou público. É preciso apressar a aprovação da lei, isso é o mais importante. É urgente para a sociedade. A questão já não pode ser o teor cri-minal da lei. Esta lei não é para sempre, pode vir a ser alterada. A associação [das mulheres] tem medo que se se voltar a discutir esta ques-tão, a legislação ainda seja atrasada por mais tempo. Se a a lei não for apresentada o quanto antes, as vítimas (mulheres e crianças) serão as mais prejudicadas.

Para os idosos poderiam ser criadas clínicas comunitárias, privadas e públicas, com profissionais de saúde e assistentes sociais, destinados aos mais velhos. É preciso mais instalações, não apenas hospitais

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3entrevistaquarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo

As autoridades policiais têm de ser as primeiras a combater o problema. Primeiro, é preciso um maior controlo e fiscalização nas fronteiras, onde se maior consumo e tráfico, bem como em locais de passagem de drogas, como em clubes nocturnos. Se começam pelas escolas, até trazem esta ideia aos alunos

Wong Kit Cheng, número dois da União Promotora para o Progresso (Kai Fong)

“Violência doméstica deve ser crime público”Mas o que defende?Desde o início defendemos o crime público. Quando o Governo disse ter consulta-do algumas associações e profissionais, que se mos-travam a favor do crime semi-público. E entendo que, apesar de tudo, oferece algumas maneiras de ajudar as vítimas. Mas nós defen-demos na mesma o crime público, achamos é que será possível alterá-lo mais tarde.

Defende também a criação de mais lares para crian-ças e idosos. Qual a vossa estimativa? Acho que prestámos um bom trabalho para ajudar o Governo a perceber que em três anos não são só neces-sários oito mil lugares em creches mas 18 mil. Acre-dito que é preciso garantir a qualidade de ensino e tal só com pequenas turmas. E é preciso saber que no ano passado [do dragão], houve um boom de nascimentos. É necessário dilui-los entre turmas, para nãos serem afectadas na qualidade de ensino.

E acredita que é preciso mais instalações sociais de modo a libertar a pressão dos pais em horário de trabalho. Acha que há falta de atenção para com os jovens? Acho que é preciso im-plementar mais políticas para melhorar o papel das famílias. Nota-se hoje que é preciso um maior acompa-nhamento das crianças e jo-vens porque agora cada vez há mais pais que trabalham fora de casa e a associação [das mulheres] vê-se na obrigação de engrandecer os serviços pedagógicos, recreativos e de cuidados. Não apenas para as crianças e jovens mas também para os idosos. Quanto aos jovens, acredito que a desocupação deste grupo juvenil seja a razão principal para que haja mais problemas sociais nesta faixa etária.

Sobre a recente polémica de consumo e tráfico de drogas em Macau, nomea-damente nas escolas, como

vê o trabalho das escolas e dos serviços de educação e juventude? O Governo diz ponderar a criação de um sistema de detecção de dro-gas nas escolas, concorda com a medida?Não acho que o trabalho tem de começar nas escolas. As autoridades policiais têm de ser as primeiras a combater o problema. Primeiro, é preciso um maior controlo e fiscalização nas fronteiras, onde se maior consumo e tráfico, bem como em locais de passagem de drogas, como em clubes nocturnos. Se começam pelas escolas, até trazem esta ideia aos alunos.

A nível de educação, o que acha que é preciso fazer mais?É preciso fortalecer a com-petição dos jovens a nível de conhecimentos de línguas, nomeadamente, inglês e mandarim.

E o ensino do português?Concordo com mais ensino do português só que na história de Macau nunca a língua portuguesa foi obri-gatória nas escolas. Por isso, também a sociedade não tem este costume de apren-

der logo, como é notório pela quantidade de pais que se dispõe a pôr os filhos nas escolas luso-chinesas ou mesmo nos jardins-infantis. E também, se calhar, de futuro o português não ajudará tanto na entrada do mercado de trabalho [dentro e fora de fronteiras] como o inglês ou mandarim. Mas acredito que seja bom se o Governo der providenciar este ensino mais cedo. E também se os residentes não têm oportunidade de aprender mais cedo podem frequentar cursos de ensino superior.

A aprendizagem da língua portuguesa é então enten-dida por si apenas como uma possibilidade espe-cialização de ensino nas universidades em Macau?Acho que no jardim de in-fância seria uma confusão a aprendizagem de três lín-guas pelo que, a começar, faz apenas sentido nas escolas secundárias.

O sistema de ensino bi-lingue não é então para si importante, ainda que o português seja língua oficial?Agora há muitas escolas privadas, se a sociedade e o mercado de ensino pensa que seja importante a apren-dizagem do português pode sempre pedir ao Governo para dar mais recursos financeiros para criar um ensino curricular, ou extra-curricular, bilingue. Mas depende das necessidades da sociedade.

A nível de política laboral, o que é preciso criar ou mudar? Defendo, sobretudo, a questão da licença de pa-ternidade. Defendo que os homens precisam pelo me-nos cinco dias com salário

[agora é-lhes dado apenas dois dias sem salário], e as mulheres precisam dos mesmos benefícios dos funcionários [90 dias re-munerados, agora são 56 dias sem cesariana e 60 com operação]. Isto é um

mínimo, Macau já vai com muito atraso relativamente aos outros países.

Está confiante que poderá ser eleita uma vez que será a número dois do Ho Ion Sang?Sim, porque o grupo de Ho Ion Sang já participa nas eleições há mais de 20 anos por isso, têm muita experiência. E acho que os residentes têm confian-ça no trabalho dos Kaifong.

Nas escolas ainda mostram fotografias em que as mães ficam em casa e fazem os trabalhos domésticos e os pais são quem vai trabalhar e traz o sustento. Não pode haver distinção entre homens e mulheres no trabalho e é necessário acabar com esta imagem tradicional

quarta-feira 10.7.2013publicidade4 www.hojemacau.com.mo

TIAGO ALCÂNTARA

5quarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo política

A actual lei do urbanismo apenas prevê o pagamento de indemnizações com a licença da obra nas mãos, mas o novo diploma vai abranger o pagamento mediante as plantas oficiais de alinhamento. Contudo, ainda não há acordo no seio dos deputados

Andreia Sofia Silva [email protected]

OS deputados da comis-são da lei do planea-mento urbanístico vol-taram ontem a reunir-se

com o Executivo, semanas depois do debate com os colegas que estão a analisar a lei de terras.

O pagamento das indemniza-ções voltou a ser tema central da reunião sem que, no entanto, se tenha chegado a uma conclusão.

“Não há consenso, porque en-tre os deputados também não há acordo”, avisou o deputado Chan Chak Mo.

Contudo, Wong Chen Tong, chefe de gabinete do secretário para as Obras Públicas e Transportes, garantiu que estão a ser introduzi-das “normas transitórias” para que a posse das plantas de alinhamento do projecto também possam dar origem ao pagamento de uma indemnização. A lei actual apenas

Joana [email protected]

A Macao Tri-Decade Ac-tion Union entregou

ontem uma carta ao Gover-no, onde exige que não se abram portas aos estudantes do estrangeiro para que estes fiquem a trabalhar no mercado de Macau.

De acordo com o presi-dente do grupo, Isaac Tong, a intenção é que o Chefe do Executivo não permita que existam “outros canais” pos-síveis para que os estudantes de fora – que estão a tirar cursos em instituições de ensino superior em Macau – não possam obter autori-zação de trabalho/residência no território. O grupo conse-guiu o apoio de mais de mil pessoas. “Já entregamos as opiniões do público, foram 1500 assinaturas na rua e centenas na internet contra o facto de os estudantes estrangeiros poderem tra-

Executivo promete “instrumento transitório” na lei

Indemnizações com alinhamento

Grupo cívico entrega carta ao Governo contra estudantes estrangeiros

“Trazem demasiados prejuízos”

Conselho só com membros do GovernoWong Chen Tong disse ainda que o conselho do planeamento urbanístico só será composto por membros do Executivo. “Quando forem emitidas as plantas de alinhamento no futuro vamos ouvir as opiniões do conselho. O Governo espera criar um mecanismo transparente e aberto e limitar o direito de decisão individual por parte dos directores do Governo. Mas o conselho não vai incluir membros de fora do Governo, para não incluir muitos interesses externos.” - C.L.

Campanha antes do tempo O grupo Macau Tri-Decade Action Union, que corre para um lugar na Assembleia Legislativa, foi ontem acusado oficialmente de estar a fazer campanha antecipada. Lei Kin Iun, também candidato pela lista Activismo para a Democracia, entregou ontem uma carta à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa a acusar o grupo de andar a distribuír folhetos na rua, sendo que todos os candidatos estavam vestidos com camisas iguais e com o seu nome escrito. “Há também fotos nos folhetos, o que faz com que o público faça uma associação entre eles e as eleições”, diz Lei Kin Iun. “A Comissão deve intervir no assunto e realizar uma investigação.”

para a Assembleia Legisla-tiva este ano, aponta ainda o dedo ao Governo, a quem chamam de ambíguo por não esclarecer exactamente como funcionará a política. Contu-do, recorde-se, o Executivo já disse que ainda está a proceder a estudos e que não está ainda nada decidido, sendo esta política apenas uma hipótese.

Esta não é a primeira vez que vozes se levantam por causa disto, tendo inclusive deputados demonstrado es-tarem contra a possibilidade de estudantes estrangeiros ficarem cá.

A Macau Tri-Decade Union pede ainda na carta entregue ao Governo que pu-blique o mais rápido possível os resultados sobre a consulta sobre a política demográfi-ca, já que consideram que, para saber se estes alunos são mesmo precisos como recursos humanos de Macau, é preciso conhecer primeiro esta política demográfica.

balhar em Macau, mas até agora ainda não recebemos nenhuma resposta oficial”.

A Macao Tri-Decade Action Union considera que a política – apresentada por Chui Sai On na Assembleia Legislativa aquando das Li-

nhas de Acção Governativa para este ano – “é injusta” e asseguram que “não têm medo da concorrência, mas sim de prejuízos”. Quais, não dizem.

Mas o grupo, que é tam-bém candidato às eleições

prevê o pagamento mediante a apresentação da licença da obra.

“Estamos conscientes da preo-cupação dos deputados do sector privado (...) foi introduzido um instrumento de natureza transitória que são as plantas de alinhamento oficial nesta lei do planeamento urbanístico”, disse Wong Chen Tong em declarações reproduzidas pela TDM.

Recorde-se que o assunto tem gerado discórdia. No encontro de ontem, os deputados que não per-tencem à 2ª comissão permanente apareceram no encontro por serem do sector imobiliário e de constru-ção, como foi o caso de Fong Chi Keong e Lau Veng Seng.

Chan Chak Mo, deputado que preside à comissão, disse haver diferentes posições e referiu, momentos antes às declarações de Wong Cheng Tong, ser pouco provável um recuo do Executivo.

“O sector empresarial natu-ralmente espera que com o ante--projecto já deve haver lugar a uma indemnização, e não com a licença

da obra. Não há alternativas e no parecer vamos especificar estes problemas. Acho que o Governo já tem a sua posição mais ou me-nos firme, mas há que esclarecer melhor como isto vai funcionar no futuro.”

MELHORAR A REDACÇÃOO deputado garantiu que todos os esforços estão a ser feitos para que esta proposta de lei seja aprovada em plenário ainda nesta legislatura, embora existam arestas a limar.

“Ainda há aspectos da redacção que precisam de ser melhorados. Entre as assessorias há opiniões no sentido de haver uma melhor conjugação e harmonização das normas. Amanhã (hoje) se calhar ainda não podemos ter opções definitivas. Espero que o Governo, depois de ouvir as nossas opiniões, possa ajustar as normas o quanto antes para que possamos elaborar o parecer, para que a lei possa ainda ser aprovada nesta sessão legislativa. É uma lei importante”, disse Chan Chak Mo.

Chan Chak Mo

Lei Kin Iun

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6 política quarta-feira 10.7.2013www.hojemacau.com.mo

O Centro de Formação do Fórum de Macau

iniciou ontem um colóquio sobre gestão de empresas comerciais, que conta com cerca de 30 participantes provenientes dos países lusófonos. Organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o colóquio, ministrado pela Universidade de Macau e que decorre até ao próximo dia 22, visa apresentar aos participantes dos países lusófonos “o desenvolvi-mento na área de gestão de empresas em Macau e no interior da China”.

A maior delegação surge do Brasil (sete pessoas), seguindo-se Angola (cin-co), Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Les-te (cada um com quatro), Moçambique (três), a somar a mais dois representantes da Região Autónoma de Guanxi. “Beneficiando das suas vantagens únicas, nomeadamente no que concerne ao ambiente de negócios favorável e à sua característica bilingue chi-nês/português, Macau está a desempenhar na coopera-ção económica e comercial

entre a China e os Países de Língua Portuguesa um papel de ponte e elo que é insubstituível”, afirmou o secretário-geral do Secreta-riado Permanente do Fórum de Macau à agência Lusa.

Neste sentido, Chang Hexi disse esperar que os participantes aproveitem para estabelecer relações, “explorando oportunidades comerciais e potenciando oportunidades de coope-ração, contribuindo para a promoção e desenvol-vimento das empresas da China e dos Países de Lín-gua Portuguesa”. O Centro de Formação do Fórum de Macau já certificou cerca de 400 formandos desde a sua criação em 2011.

João Castro, da empresa portuguesa Sales Engine Online, que opera na área do marketing digital, é um dos participantes do colóquio, na sequência de um desafio lançado pela Associação de Jovens Empresários Portugal-China, também representada. “Temos es-critórios em vários países nomeadamente na América do Sul, em África e na Eu-ropa e queremos explorar o mercado asiático, que está com um desenvolvimento

enorme, mas queremos dar os melhores passos e os mais certos e, portanto, aprender e absorver tudo aquilo que pudermos para realmente ter a melhor estratégia para entrar”, apontou.

“Tecnologicamente achamos que temos alguns ‘inputs’ a pôr neste merca-do, mas temos de conhecer muito bem (…) para poder acrescentar algum valor”, observou João Castro.

Com o mesmo propó-sito apresenta-se Carolina Garcia, da liga de jovens empresários e executivos de Angola, que, em Macau, pre-tende “colher impressões e aprender com empresas que já têm bastante experiência”.

Tentar uma parceria com as duas empresas das quais é gestora - uma no ramo da hotelaria e outra no de serviços gráficos - é outro dos objectivos.

Também para Lucas Beltrami, do departamento de promoção comercial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, “a ex-pectativa geral da delegação brasileira é poder conhecer um pouco mais, tanto do mercado chinês, como da forma de gestão empresarial que vigora” no país. - Lusa

Fórum Macau inicia colóquio sobre gestão de empresas

Brasil com maior delegação

ANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau faz público que, de acordo com o Despacho de 25 de Junho de 2013, do Exm. o Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, foi autorizado o procedimento administrativo para adjudicação da empreitada designada por “ Obra No 4 – Obras de Manufacturação e Colocação de Barreiras de Pneus e Tecpro e Obras de Vedação, Plataformas e Conservação Geral do Circuito para o 60º Grande Prémio de Macau”.

1. Entidade que põe a obra a concurso: Comissão do Grande Prémio de Macau

2. Modalidade do procedimento: Concurso público.

3. Local de execução da obra: Circuito da Guia.

4. Objecto da empreitada: A referida obra tem como objecto a construção de uma passagem aérea metálica para peões, a sua posterior desmontagem e armazenamento, a montagem e posterior desmontagem da rede de protecção no pitwall, de vedações em contraplacado e em rede para viadutos e passagens, a construção de plataformas nos postos dos comissários de pista, para fotógrafos, as reparações e pinturas dos muros do circuito e o fornecimento de materiais para eventuais reparações do circuito durante as competições, assim como, a manufacturação e montagem de barreiras de pneus de protecção com cobertura de mantas de borracha e a montagem de colchões de protecção e de lancis plásticos biselados (kerbs) em algumas das curvas do Circuito da Guia, incluindo toda a produção e instalação dos respectivos acessórios necessários para a montagem de barreiras Tecpro

5. Prazo máximo de execução: datas limite constantes no Caderno de Encargos.

6. Prazo de validade das propostas: 90 dias, a contar do acto público do concurso.

7. Tipo de empreitada: Por Preço Global.

8. Caução provisória: MOP210.000,00 (duzentas e dez mil patacas), podendo ser prestada por depósito em numerário ou mediante cheque visado, a entregar na Divisão Financeira da Direcção dos Serviços de Turismo, ou por garantia bancária ou seguro-caução, aprovados nos termos legais, à ordem da Comissão do Grande Prémio de Macau, devendo ser especificado o fim a que se destina.

9. Cauçãodefinitiva: 5% do preço total de adjudicação.

10. Valor da Obra: Sem preço base.

11. Condições de admissão: Entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes na modalidade de execução de obras.

12. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas será adiado para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

13. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: sede da Comissão do Grande Prémio de Macau, sita em Macau, na Avenida da Amizade n.º 207, Edifício do Grande Prémio, 1.° Andar, até às 17:45 horas do dia 5 de Agosto.

14. Sessão de esclarecimento: os interessados podem assistir à sessão de esclarecimento deste concurso público que terá lugar às 11:00 horas, do dia 17 de Julho, na sala 104, 1.° andar da sede da Comissão do Grande Prémio de Macau.

15. Local, dia e hora do acto público do concurso:

Local: Comissão do Grande Prémio de Macau;

Dia e hora: 6 de Agosto, pelas 15:00 horas.

16. Os concorrentes deverão fazer-se representar no acto público de abertura das propostas para apresentação de eventuais reclamações e/ou esclarecimento de dúvidas acerca da documentação integrante da proposta.

17. Critérios de apreciação das propostas e respectivos factores de ponderação:a) Preço: 70%; b) Prazo de execução: 10%;c) Plano de trabalhos: 10%

i. Nível de detalhe, descrição, encadeamento e caminho crítico das tarefas: 3%; ii. Adequabilidade à mão-de-obra e meios propostos: 7%.

d) Experiência em obras semelhantes: 10% i. Obras executadas deste tipo, de valor e dimensão igual ou superior, com

comprovativos de recepção e de qualidade pelos Donos de Obras Públicas: 5%; ii. Currículo de obras públicas e privadas desta natureza: 5%.

O cálculo está descrito no artigo 11.° do Programa de Concurso.

18. Local, data, horário para exame do processo e preço para a obtenção de cópia: Local: Comissão do Grande Prémio de MacauData e horário: Dias úteis, a contar da data da publicação do anúncio até ao dia e hora do Acto Público do Concurso;Preço: MOP500,00 (quinhentas patacas).

A Comissão do Grande Prémio de Macau, aos 02 de Julho de 2013.

O Coordenador,João Manuel Costa Antunes

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quarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo 7política


NÃO houve qualquer ilegalidade na doa-ção feita pela Wynn à Fundação para o De-

senvolvimento da Universidade de Macau. Esta é a última decisão da Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla inglesa), que ontem anunciou ter recomendado que não se avançasse qualquer processo judicial contra a operadora de jogo.

A SEC iniciou uma investiga-ção à Wynn em Fevereiro do ano passado, depois de Kazuo Okada, ex-parceiro de Steve Wynn e um dos fundadores da empresa, ter acusado a operadora de jogo de ter subornado o Governo Cen-tral. O nipónico dizia ter sido o único membro da Administração a opor-se a um alegado “suborno gigante” à China, depois de a Wynn ter decidido doar 135 mi-lhões de dólares americanos à Fundação para o Desenvolvimen-to da Universidade de Macau, em 2011. Okada alegava que a doação serviu para que o Governo de Ma-cau concedesse um terreno para a construção de mais um casino do grupo Wynn. “Esta doação é agora alvo do escrutínio dos mé-dia e de diversas investigações por poder ter violado as regras anti-corrupção dos EUA”, frisou Okada numa queixa apresentada em tribunal.

A SEC diz ter levado a cabo um “inquérito informal”, cita um

OS Serviços de Admi-nistração e Função

Pública (SAFP) vão afixar hoje, ao meio-dia, a identi-ficação completa dos can-didatos e dos mandatários de todas as candidaturas recebidas até segunda-feira. No caso de detectadas irregularidades, cabe aos mandatários das listas de candidatura suprir essas falhas, até 15 de Julho, por sua iniciativa ou quando notificados pelos SAFP.

Dois dias depois, cabe aos serviços declararem a regularidades dos processos

relativos às candidaturas, nomeadamente, a autenti-cidade dos documentos que os integram, a elegibilidade dos candidatos e a admissão ou rejeição de cada candi-datura, sendo esta decisão imediatamente publicada por meio de edital.

Recorde-se que foram reconhecidas 20 comissões de candidatura para o o sufrágio directo e cinco comissões de candidatura para o sufrágio indirecto, to-talizando, respectivamente, 147 e 12 candidatos.

Pela via directa, foi ne-

gado o pedido de reconheci-mento da candidatura a duas comissões, nomeadamente. A de Hoi Weng Chong, por não ter reunido o número mínimo de 300 membros com capacidade eleitoral activa e a de Luiz Pedruco, por rasuras registadas nos formulários do Pedido de Reconhecimento de Cons-tituição de Comissão de Candidatura apresentados, tendo este facto sido objecto de denúncia apresentada por subscritor, José Estorninho, da mesma comissão de can-didatura.

O deputado Mak Soi Kun entregou uma interpelação escrita ao Executivo onde refere que os serviços administrativos e o comportamento dos funcionários públicos têm gerado muitas queixas por parte dos cidadãos. Mak Soi Kun enumerou o exemplo dos três dirigentes do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) envolvidos no caso conexo ao das campas e um “alto dirigente”, não tendo, contudo, revelado o nome de Florinda Chan. Mak Soi Kun defende que a decisão do Tribunal de Última Instância (TUI) comprova “os problemas dos

Wynn Doação à UMAC não foi ilegal, diz Comissão de Títulos dos EUA

Elementar, meu caro Okada

Eleições Publicação da identidadedos candidatos e mandatários é afixada hoje

Candidatos em marcha

comunicado da Wynn enviado ontem aos jornalistas, e admite não ser necessário um processo por violação da lei. “A 2 de Julho de 2013, a empresa recebeu uma carta [da SEC] a informar que a investigação estava completa e que

a SEC não recomendava qualquer acção contra a empresa.”

OKADA VS WYNNEsta deverá ser a decisão que ter-mina com a eterna luta de Okada contra Steve Wynn, no que diz

respeito a esta doação, depois de o nipónico ter sido despedido por ter tentado obter uma licença de jogo para um casino nas Filipinas, algo considerado como concorrência pela equipa Wynn.

Ainda este ano, a Bloomberg

dava conta de que as autoridades norte-americanas consideravam que a doação à UMAC “era im-própria e potencialmente ilegal”, não porque a Wynn Resorts tivesse violado as leis anti-corrupção dos EUA, mas por que os accionistas da Wynn podem ter feito pro-positadamente a doação. “Eles podiam saber que, ao arranjarem este presente para a Fundação para o Desenvolvimento da Universi-dade de Macau, os seus membros podiam ser influenciados a dar um empurrãozinho para que a aprovação da concessão do terreno para o casino da Sands fosse feita mais rapidamente”, podia ler-se na imprensa norte-americana.

Ora, agora, a SEC diz nada estar mal. “As autoridades regula-doras do Nevada não encontraram qualquer violação das regras de controlo do jogo”, pode ler-se no comunicado da Wynn, analisado pelo Hoje Macau.

Também Steve Wynn já veio a público pronunciar-se sobre a decisão, dizendo acreditar que as autoridades fossem ilibar a em-presa de qualquer acusação. “Nós estávamos tão optimistas, que nunca acreditámos. Foi um não--evento, excepto para os malditos jornais”, disse à Associated Press.

Wynn chegou mesmo a dizer, na segunda-feira, que Okada sabia perfeitamente da doação, tanto até que foi fotografado a representar a empresa numa cerimónia para comemorar a atribuição desse dinheiro. “Essa alegação foi ridícula sobre o nos-so presente, que todos os 16 dos nossos accionistas aprovaram, incluindo ele, esse falso.”

Okada está agora sob investi-gação federal por possível suborno nas Filipinas, mas escusou-se a prestar comentários às agências de notícias internacionais.

procedimentos judiciais da RAEM e o prejuízo que trazem para o interesse público”. Em seu entender, os dirigentes do Governo têm de servir de “exemplo” para outros funcionários públicos, e que se não avançam com trabalhos com competência têm de pedir a demissão. O problema aponta ainda também está na falta de fiscalização da Administração sobre o trabalho destes dirigentes. O problema, explica, está também na falta de avanço das políticas de Macau, que se vêm atrasados devido a à falta de tradutores na área jurídica. “Após a transição não houve avanços na legislação de Macau e a falta de técnicos bilingues piorou a situação. Tudo isto se deve à estratégia administrativa adoptada pelos vários dirigentes do Governo, que é não fazer nada”, acusa Mak Soi Kun. Contudo, o deputado lembra que “os dirigentes continuam a trabalhar no Governo, e alguns chegaram aos cargos mais altos, o que é uma motivação para essa estratégia”. O deputado apela ao Governo para resolver os problemas acima referidos, que seja estabelecido um mecanismo de avaliação dos funcionários públicos e que se concretize a responsabilização do Executivo.

Mak Soi Kun Estratégia do Governo é “não fazer nada”

quarta-feira 10.7.2013www.hojemacau.com.mosociedade8

Cecília [email protected]

O famoso Parque de Me-dicina Chinesa na Ilha da Montanha, apontado como um dos grandes

projectos para esta região, foi tema de análise na passada sexta-feira. Lim Minhui, responsável máximo pelo projecto, disse num seminário que o espaço pretende ser mais do que um lugar de investigação médica, mas também focado para projectos logísticos e de educação.

Contudo, Jorge Kuan, médico e mestre de medicina chinesa, e um dos membros do comité eleitoral que elege o Chefe

Lee Chong Cheng tambémquestionou rumo do parque

Jorge Kuan é mestre de medicina chinesa e membro do comité que elege o Chefe do Executivo. Ao Hoje Macau, aponta o dedo ao projecto do parque de medicina chinesa na Ilha da Montanha, acusando de ser um espaço “apenas para fazer negócios em vez de investigação científica” a favor dos investidores do continente

Médico diz que espaço em Hengqin só serve para negócios

Parque de medicina chinesa só serve para “vender terras”do Executivo, disse ao Hoje Macau que os planos de desen-volvimento do parque não são tão “optimistas” como foram revelados no seminário. O es-pecialista frisou que o parque na Ilha da Montanha só serve para “vender terras”. “A propriedade dos terrenos significa dinheiro. Não há nenhum interesse que o parque seja para a investigação científica da medicina chinesa.”

“O Governo da RAEM supor-tou 51% do financiamento total deste parque, mas o que eu vi no seminário de promoção foram muitos poucos especialistas na conferência. Só estavam três pessoas do sector da medicina chinesa de Macau, e os restantes são todos do continente. Não houve mais convites a médicos de medicina chinesa, porque ninguém dá realmente atenção ao desenvolvimento do sector. O interesse é ganhar dinheiro com esse projecto”, afirmou.

Jorge Kuan lembra que, para já, “o desenvolvimento do par-que de Hengqin não é o que os residentes de Macau e o sector de medicina chinesa querem, mas é

apenas o desejo dos investidores do continente”.

A POSIÇÃO DO GOVERNOJorge Kuan é também membro da comissão eleitoral, por Macau, junto da Assembleia Nacional da RPC. “Como conheço muitas pes-soas, sei que o Governo da RAEM tem uma posição de negócio para desenvolver este parque. Também

sou membro da comissão técnica de medicina tradicional chinesa do Governo, mas na comissão ninguém fala sobre o desenvolvi-mento do parque. É mais para fazer investimento do que investigação. Isso viola os objectivos iniciais da sua criação”, apontou.

Para o médico, o panorama do sector em Macau não é o melhor. “Os jovens não querem aprender

medicina tradicional chinesa por-que o caminho não é fácil, é preciso memorizar muita coisa e depois da graduação ainda são precisos muitos anos de prática. Só a Uni-versidade de Ciências e Tecnologia (MUST) tem uma faculdade para o treino de profissionais, mas pelo que sei os graduados vão trabalhar para os casinos.”

“O salário do sector também não é atraente e se alguém con-seguir arranjar trabalho no casino ninguém quer trabalhar nas farmá-cias e ser médico. Só os que têm realmente interesse ficam”, disse Jorge Kuan.

FORMAÇÃO NA CHINAJorge Kuan recomenda ainda que os licenciados devem ir para o continen-te para ter mais prática, mas defende que o Governo também precisa de apostar no financiamento.

“A área da indústria bio--farmacêutica está muito atrasada em Macau, os investidores são todos do continente e usam apenas Macau para ter a fábrica. Só isso não chega, e Macau continua a ter falta de técnicos da área bio--farmacêutica.”

Não é apenas o médico Jorge Kuan que está preocupado com o rumo que o parque de medicina chinesa está a tomar. Em Março do ano passado, o deputado Lee Chong Cheng escreveu ao Executivo uma interpelação escrita onde levantou as mesmas questões. “Este parque científico não deve ser entendido como um investimento, deve também ser um sector para o qual os residentes de Macau possam trabalhar.”O deputado lembrava que, após três anos, “o projecto para a implementação do referido parque continua estagnado e na fase de

análise dos trabalhos preliminares”. Algo que, na opinião de Lee Chong Cheng, levava as pessoas a pensar tratar-se de um projecto “com muita parra e pouca uva”.Sem esquecer o estado do sector da medicina tradicional, o deputado eleito pelos operários questionou o Governo quanto à calendarização do projecto de “implementação faseada dos referidos desenvolvimentos da medicina tradicional chinesa e construção do parque”. Disse ainda dar-se “baixa hierarquia e importância” a esta área no sistema de saúde local.

9sociedadequarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo


A Polícia Judiciária (PJ) está a investi-gar alegados ata-ques informáticos

à Companhia de Telecomu-nicações de Macau (CTM), que terá afectado mais de 30 clientes. A empresa já tinha alertado na segunda-feira para que os utilizadores da internet fossem cuidadosos com as palavras-passe, mas ontem, em comunicado, a CTM confirma “actividades ilegais” na rede de internet. “[O problema] afectou 34 clientes de internet. Assim que o incidente foi identifi-cado, a CTM imediatamente deu início aos procedimen-tos de segurança”, revela a empresa em comunicado, assegurando que, até ao mo-mento, não foram detectados quaisquer roubos de dados pessoais dos clientes.

Quatro acidentes num diaprovocam sete feridos

NA segunda-feira, das 5h da manhã às 15h foram registados quatro acidentes seguidos, dois dos quais envolveram auto-

carros de casinos. Não houve vítimas mortais a registar, mas dos acidentes resultaram sete feridos.

O primeiro acidente ocorreu na Avenida de Guimarães, às 5h15, quando um carro conduzido por um coreano de 27 anos bateu num shuttle bus. Uma hora e meia mais tarde, no cruzamento da Rua Norte do Patane e da Rua da Bacia Sul, uma colisão entre um carro e uma mota fez um ferido ligeiro, de acordo com a polícia. A falta de cedência de passagem estará na base do acidente.

Os outros dois registaram-se à tarde, um na Avenida do Al-mirante Lacerda, entre um camião e uma mota, que tinha como condutor um estudante de 22 anos, que terá sido enviado para o hospital por ter ficado ferido. O último, e também o mais grave, deu-se perto do City Of Dreams, quando um camião bateu na tra-seira de um autocarro de um casino, fazendo com que três turistas oriundos de Hong Kong ficassem feridos, bem como o próprio condutor, que ficou magoado no olho esquerdo.

Polícia apanha menorenvolvido em sequestro

A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve um jovem de 16 anos, envolvido num caso de

sequestro numa sauna. Numa acção conjunta, no passado domingo, a PSP deslocou-se a um salão de massagens no Centro Internacional de Macau, nos NAPE. As autoridades terão recebido o alerta através de uma mulher cujo marido terá sido mantido preso no local contra a vontade e detiveram dois homens que terão sido os autores do crime. Um deles tem apenas 16 anos.

De acordo com o homem, um grupo de agiotas persuadiu-o a pedir um empréstimo de 100 mil dólares de Hong Kong para jogar no casino, mas o homem perdeu. Os dois apanhados disseram à polícia que não pertenciam ao grupo, mas que foram simplesmente contratados para deter o homem por um pagamento de apenas 300 patacas. Ainda assim, a polícia vai acusar os dois homens de sequestro.

Grupo cívico entrega cartasobre controlo do tabagismo

OS membros da associação “Forefront of the Macao Gaming” entregaram ontem uma carta

aos Serviços de Saúde (SS), onde dizem suspeitar que as empresas de jogo estejam a utilizar medidas impróprias para manipular os resultados de testes à qualidade do ar nos casinos. Dirigida ao director dos SS, Lei Chin Ion, a carta revela que já há mais de cem trabalhadores dos casinos que se queixaram do problema à associação. O grupo queixa-se ainda que as autoridades estão a demorar a punir as casinos com qualidade do ar mais baixa “propositadamente”, sendo que ainda não foi tomada nenhuma acção de fiscalização depois da entrada no vigor do Regime de Prevenção e Controlo do Tabagismo. Ieong Man Teng, presidente do grupo, refere que nos passados dois meses pediu já duas vezes para se encontrar com Lei Chin Ion, não tendo recebido resposta do responsável.

Internet PJ está a investigar alegados ataques informáticos à CTM

Empresa “extremamente atenta”Ao Hoje Macau, Elisa

Chan disse não poder revelar o tipo de actividade ilegal de que foi alvo a CTM. A gerente-geral da empresa afirma que as autoridades estão a tratar do caso. “Não podemos dar mais informa-ção, porque a lei não permite, uma vez que o caso está sob investigação”, começou por dizer Elisa Chan ao Hoje Macau. “A PJ está a investigar o caso, depois de termos apresentado queixa às autoridades relevantes e nós apoiamos totalmente o Governo na investigação.”

A CTM diz agora estar “extremamente atenta” ao caso. Entretanto, o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais já emitiu um co-municado, onde diz estar a pedir mais informações à operadora. O organismo apela ainda que os utilizado-res da internet não revelem palavras-passe e outros dados pessoais, sendo que também a memorização da senha de entrada em redes sociais ou correios electróni-cos não devem ser gravadas nos computadores. A CTM é a única empresa fornecedora de internet em Macau.

10 publicidade quarta-feira 10.7.2013www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

SÃO cerca de 6 mil metros quadrados, 160 expositores em mais de 230 stands, que vão ter representantes de

negócios de 14 países e regiões na Exposição de Franquias de Macau 2013 (MFE, na sigla inglesa), que de-corre entre sexta e domingo. Embora mais de 60% das bancas venham de fora, este ano Macau aumentou a sua área de representação com 61 marcas, mais 25% do que no ano passado. A directora executiva do IPIM, Echo Chan, justificou este aumento como uma “confiança” de que em cinco anos se têm aberto mais portas para a expansão dos negócios locais.

“Temos 61 empresas de Macau a participarem este ano. Também é um aumento, e isto traz bastante confiança. Penso que as marcas de Macau também têm a oportunidade de perceber melhor as franquias e encontrar parceiros de negócio du-rante o evento para poderem expan-dir os seus mercados”, expressou, avançando que este é o ponto forte da feira. “Ajudar os empresários locais a internacionalizarem-se e também os empresários interna-cionais para poderem entrar nesta região porque eles querem encon-trar aqui parceiros para expandirem os seus mercados”.

Echo Chan fez ainda saber que foram endereçados esforços

UM relatório divulga-do recentemente pelo

Conselho dos Consumi-dores (CC) revela que no passado mês de Junho os preços dos produtos nos supermercados sofreram oscilações. Dos cerca de 300 tipos de produtos ex-postos nas prateleiras dos supermercados, analisados pelo CC, 42% sofreu uma descida de preço, enquanto que 32% sofreram “uma subida ligeira de preço”. Já 26% dos produtos não sofreram mudanças de preços, aponta o CC no seu relatório.

O organismo foi ainda analisar quais os supermer-cados mais baratos, de um conjunto de 15 existentes.

Exposição de Franquias 2013 conta com mais 25% de empresas de Macau

Marcas locais querem internacionalização

Análise do Conselho dos Consumidores face a Junho

Preços sofrem mais quebra do que subida

para introduzir novas marcas no mercado local, e incentivar os empresários do território, sobretudo os mais jovens, para as oportunidades de negócio oferecidas.

No entanto, fez ainda notar, que a feira começa a trilhar caminhos sólidos de referência estrangeira com a maior parti-cipação e internacionalização da MFE, nomeadamente, com a presença de empresas europeias e não apenas asiáticas. Este ano a Itália e Indonésia são os dois países que estreiam as suas marcas na feira, ao lado das de Taiwan, Hong Kong, China continental, Coreia do Sul, Japão, Malásia, Singapura, Vietname e França, além de duas representações de países de língua portuguesa.

“Começámos com apenas 50 expositores e já estamos a ultrapassar o triplo do início. (…) Penso que estamos no bom caminho. Temos já marcas estabe-lecidas, marcas que fornecem boas ideias para as pequenas e médias empresas de Macau desenvolve-rem melhor os seus negócios”, salientou, acrescentando que a restauração e o comércio a retalho são os sectores predominantes no evento.

Dos mercado lusófono fazem--se representar dois países, Por-tugal e Brasil. Uma conta, ainda assim, maior do que no passado.

Portugal marca presença na feira através da Metro Kids, empresa de vestuário infantil que abriu um ‘showroom’ em Macau no decurso deste ano, segundo informações divulgadas hoje pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), uma das entida-des organizadoras. E o Brasil faz-se representar pela Confe-deração Nacional de Serviços, e pela Associação Brasileira de Franchising, que também co--organiza a MFE.

No programa do evento, haverá ainda especialistas que estarão presentes em fóruns para abordar questões como o design e marketing para o posicionamen-to dos produtos internacionais no mercado local e vice-versa. “Convidámos especialistas in-ternacionais para falar de ‘re-branding’, de novas embalagens para os produtos, para podermos ter melhor valor acrescentado e competirmos melhor a nível internacional”, explicou Echo Chan. Na MFE terão ainda lugar bolsas de contacto, seminários e uma série de serviços “one--stop” de aconselhamento aos empresários nas áreas jurídica, de marketing, serviços financeiros e arrendamento de lojas de modo a dar informações úteis sobre a exploração de negócios em regi-me de franquia.

De entre os três primeiros supermercados que pos-suem o maior número de produtos com preços mais baratos, o “Tai Fung”, loca-lizado no “San Sai Kai Fa Un” na Taipa, onde foram encontrados 108 tipos de produtos com preço mais baixo. O mesmo super-mercado, mas localizado na zona do Fai Chi Kei, surge em segunda posição, enquanto que o Park n Shop, na Areia Preta, tem 68 produtos com preços mais baixos.

No que diz respeito a produtos semelhantes, o CC descobriu que os preços variam em quatro super-mercados da mesma cadeia, situados em zonas diferen-

tes, ou têm “tendência para apresentar diferenças”. Os supermercados “San Miu” e “Tai Fung” são os que possuem cerca de 70% dos produtos com diferença de preço. Quanto ao Royal e Park n Shop têm mais de dez ou 30 tipos de produtos com preços diferentes.

“Os resultados da refe-rida investigação indicam que o número de produtos diferentes é menor do que o supermercado San Miu e Tai Fung. Contudo, nestes supermercados existem alguns produtos do mesmo tipo que apresentam uma diferença de preço bastante grande, que vai de ligeira a 42% ou mais”, escreve o CC.

11sociedadequarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo

quarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo 13www.hojemacau.com.mo nacional

A fotografia chega geral-mente anexada num e--mail, ou então, à moda antiga, num envelope

sem endereço de remetente. Rara-mente a imagem é bonita.

Na maioria das vezes, a foto é de um burocrata de meia-idade com uma mulher que não é a sua esposa. Mas também pode ser de um funcionário que usa um relógio de luxo que o seu salário no governo jamais poderia pagar. Depois vem a exigência: pague ou tornar-se-á no próximo caso viral na internet.

Muitas das autoridades chine-sas encontram-se envolvidas em esquemas de extorsão que se apro-veitam da crescente repulsa pública por comportamentos inadequados. Nem mesmo os que resistem aos desvios e subornos ficam imunes. Com a ajuda de software de trata-mento de imagem, os chantagistas copiam e colam imagens das suas vitimas em fotografias compro-metedoras.

O aumento de casos de extorsão ocorre numa altura em que muitos membros do Partido Comunista sofrem com a campanha de auste-ridade do governo, promovida pelo próprio presidente Xi Jinping, que lhes negou os banquetes e carros com motorista, antes considerados direitos de nascença da oficialidade chinesa.

Mais de 2.000 funcionários foram punidos por violações diver-sas, desde o início da campanha em 2012 até Abril passado, segundo a principal agência anti-corrupção da China.

Actividade militar da China assusta JapãoO Japão descreve no Livro Branco da Defesa deste ano, que foi ontem publicado, um clima de segurança regional cada vez mais “difícil”, sobretudo pela crescente actividade militar da China, que Tóquio considera ser “preocupante”. No documento, o Governo japonês destaca o grande aumento dos movimentos marítimos de Pequim junto às ilhas Diaoyu, cuja soberania é disputada pelos dois países, e refere acções “perigosas extremamente lamentáveis” que poderão provocar contingências imprevistas. Neste primeiro Livro Branco da Defesa publicado pelo executivo conservador liderado por Shinzo Abe são dedicadas mais páginas à China do que à Coreia do Norte, que este ano levou a cabo uma campanha de ameaças contra o Japão. Tóquio salienta no documento que a Coreia do Norte demonstrou que melhorou o seu programa de projécteis com o lançamento, em Dezembro de 2012, de um satélite, algo que a comunidade internacional considerou ter-se tratado de um teste de mísseis encoberto, e que é provável que tenha também melhorado o seu programa nuclear com o teste realizado em Fevereiro. Para encarar este complexo panorama regional, o Governo japonês aumentou este ano o seu orçamento de Defesa pela primeira vez em 11 anos para cerca de 360,5 mil milhões de patacas, mais 0,8 por cento do que em 2012.

Inflação na China cresceu em JunhoO Índice de Preços no Consumidor da China (IPC) cresceu para 2,7% em Junho passado, numa subida de 0,6 pontos percentuais em relação ao mês anterior, anunciou ontem o Gabinete Nacional de Estatísticas. Foi a segunda maior subida desde o início do ano, depois dos 3,2 % registados em Fevereiro, mas continua aquém da meta de 3,5 % preconizada pelo governo chinês para 2013. Em Maio, o IPC caiu para 2,1 %, menos 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior. A subida registada em Junho foi atribuída ao aumento de 4,9 % nos produtos alimentares, que constituem um terço do cabaz com base no qual é calculado o Índice de Preços no Consumidor.

Luta contra a corrupção abre espaço a chantagistas

A ocasião faz o ladrãoHoje, para além de estarem

pressionados pelos inspectores anti-suborno, os funcionários pú-blicos têm de enfrentar chantagis-tas munidos de câmaras de vídeo, ou pior ainda, com Photoshop.

Em Shuangfeng, município rural na província de Hunan, as autoridades detiveram dezenas de chantagistas, alguns que aproveita-ram as reais transgressões das au-toridades para exigir pagamentos e outros que manipularam imagens para fazer chantagem.

O vice-director de um depar-tamento na província central de Shaanxi, que pediu para não ser identificado, disse que os envol-vidos na sombria indústria da fotografia forjada vão desde os bandos de criminosos à procura de dinheiro fácil até indivíduos que querem obter contratos empresa-riais vantajosos. Mas os funcioná-rios sedentos de poder que extraem ganhos políticos dos seus colegas também são “bastante comuns”.

“A coisa mais assustadora é que, se alguém for acusado, o governo não pode dizer nada”, disse o vice--director. “Ninguém realmente quer saber se é verdade ou mentira.”

O jornal “Zhengzhou Daily” relatou, em Maio, que a polícia da província de Hebei descobriu um círculo criminoso de 80 falsos

jornalistas que ganharam cerca de 1,5 milhão de patacas, nos últi-mos cinco anos com ameaças de publicar notícias negativas sobre funcionários e empresas.

Em Abril, três ex-funcionários da província de Hunan, no centro da China, foram indiciados depois de serem apanhados a colocar um dispositivo de escuta e uma câmara no escritório do chefe do partido local, Hu Jiawu.

Os promotores disseram que os três gravaram Hu “a violar a disciplina do partido” - geralmente um eufemismo de suborno - tendo depois ameaçado denunciá-lo se não fossem promovidos.

O governo de Shuangfeng passou à ofensiva contra os chan-tagistas. Em Março, as autoridades locais começaram a publicar car-tazes e faixas que diziam: “Toda a sociedade deve agir! Vamos co-meçar uma guerra maciça do povo contra crimes de chantagem que usam imagens obscenas fabricadas com Photoshop”.

A polícia de Shuangfeng diz que prendeu 37 pessoas ligadas a 127 casos de extorsão em que pre-tendiam obter cerca de 25 milhões de patacas.

Poucos acham que a repres-são erradicará completamente uma indústria que, dizem, pagou

muitas das grandes casas recém construídas que salpicam a região. “É apelidada de ‘guerra do povo’, mas por que razão é que as pessoas comuns ajudariam o governo?”, disse um lojista, que calculou que cerca de metade dos habitantes da região estavam envolvidos em esquemas de fraude e extorsão.

“As autoridades são conhecidas por serem obcecadas por banquetes de luxo, sexo e dinheiro”, acres-centou. “É uma indústria muito lucrativa.”

Segundo o jornalista Zhu Rui-feng, a proliferação de publicações de pendor social forneceu aos activistas anti-corrupção (e às suas actividades mais sombrias) o fórum ideal para expor os erros morais de funcionários públicos.

Um funcionário de nível médio em Xi’an confessou recentemente numa reportagem que foi chantage-ado por causa de uma foto em que aparecia com um relógio de luxo (que ele realmente possui, mas que raramente exibe em público).

Nervoso, o funcionário foi falar com um colega da sua confiança, que reagiu espantado com o facto de aquela ser a primeira vez que o amigo estava a ser vitima de chantagem, “Esta é a primeira carta que recebes?”, perguntou o colega, estupefacto.

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quarta-feira 10.7.201314 diplomacia www.hojemacau.com.mo

1. SEGURANÇA INFORMÁTICAOs EUA têm-se queixado de ataques de hackers de redes provenientes da China há qua-se dez anos. Depois do caso Edward Snowden, a situação piorou. Prevê-se que a China vai exigir explicações quanto a possíveis espionagens aos servidores das universidades de Pequim e Hong Kong. Já os EUA vão mostrar a preocupação quanto ao roubo dos segredos comerciais e restantes direitos de propriedade intelectual.

2. COREIA DO NORTEOs EUA têm tentado soli-dificar a recente linha dura imposta à Coreia do Norte por parte da China, depois dos testes nucleares de Fevereiro e outras ameaças feitas pelo re-gime de Pyongyang. A China aliou-se aos norte-americanos e disse que não ia reconhecer a Coreia do Norte como um Estado nuclear, tendo havido cortes de relações entre os respectivos bancos centrais.

3. DISPUTASNOS MARES ASIÁTICOSHá muito que a China está en-volvida em disputas de sobera-nia marítima com as Filipinas e

Estados Unidos e China reúnem para debater políticas

As estratégias das potências mundiaisÉ esta semana que John Kerry e Jack Lew, secretários de estado norte-americanos, vão reunir com os seus homólogos chineses, Yang Jiechi e Wang Yang, em Washington, para um encontro anual de debate a estratégias e medidas económicas. A agência Reuters revela os pontos-chave do encontro

o Vietname nas ilhas do Mar do Sul da China e também com o Japão, face à propriedade sobre as ilhas Diayou. Os EUA têm mantido uma postura neutra quanto à soberania, rejeitando qualquer papel de mediação, mas reclama pela resolução dos conflitos de forma pacífica por forma a evitar conflitos que prejudiquem a liberdade de navegação. A China diz que o Japão e Filipinas são aliados militares de Washington e que as políticas de Obama têm vin-do a servir de encorajamento aos países para desafiarem o continente.

4. ALTERAÇÕES CLIMÁTICASTornou-se numa prioridade para os dois países, dado

que tanto a China como os Estados Unidos são hoje os principais emissores de gases poluentes. Se Pequim foi notícia há meses pelas frequentes crises de polui-ção do ar, nos EUA Barack Obama renovou a agenda para os assuntos climáticos, prometendo novas regras para a redução das emissões nas usinas norte-americanas.

5. INVESTIMENTOOs investidores norte-ame-ricanos têm vindo a enfren-tar barreiras em questões de propriedade em cerca de 90 sectores económicos chine-ses, o que restringe as opor-tunidades de investimento. Já as empresas chinesas

15quarta-feira 10.7.2013 diplomaciawww.hojemacau.com.mo

Estados Unidos e China reúnem para debater políticas

As estratégias das potências mundiaisÉ esta semana que John Kerry e Jack Lew, secretários de estado norte-americanos, vão reunir com os seus homólogos chineses, Yang Jiechi e Wang Yang, em Washington, para um encontro anual de debate a estratégias e medidas económicas. A agência Reuters revela os pontos-chave do encontro

que querem investir nos EUA temem um retrocesso político no Congresso ou uma rejeição por motivos de segurança nacional pelo comité secreto para os in-vestimentos estrangeiros dos EUA.

6. CONTABILIDADEO ano passado reguladores norte-americanos aponta-ram o dedo às cinco princi-pais empresas chinesas de contabilidade, falando de violação dos valores imobi-liários. Especialistas dizem que tal facto pode levar a problemas nas listagens das empresas em bolsa. A Comissão de Segurança e Transferência quer que as

empresas forneçam docu-mentos sobre as auditorias feitas às empresas listadas nos Estados Unidos, mas os auditores dizem nada poder fazer perante as leis de sigilo da China.

7. AGRICULTURAA China é o maior mercado para os produtos agrícolas dos EUA, mas ainda há muitas barreiras negativas para os agricultores norte-america-nos, como o processo lento de aprovação de produtos geneticamente modificados. Enquanto os EUA querem que a China permita mais importa-ções de carne bovina, suína e aves, sendo que o continente ainda tem barreiras face à

compra de alguns produtos hortícolas.

8. MOEDAOs EUA vão continuar a de-fender a valorização do yuan, por forma a combater o que consideram ser uma posição desleal assumida pelas em-presas chinesas no mercado internacional.

9. CONTROLO NA EXPORTAÇÃO A China tem vindo a pressionar os EUA durante os últimos anos para aliviar as restrições colocadas à exportação de bens de alta tecnologia para potenciais aplicações militares. Washington tem vindo a estudar as mudanças no regime geral de controlo de exportação.

quarta-feira 10.7.2013 17publicidadewww.hojemacau.com.mo

quarta-feira 10.7.2013vida18 www.hojemacau.com.mo

GIT realiza exercícios contra tufõesFoi feito em finais de Junho passado um exercício de resposta aos tufões, da iniciativa do Gabinete para as Infra-estruturas e Transportes (GIT). Segundo um comunicado oficial, foi testado “o mecanismo de comunicação para a resposta a uma emergência” e foi “arranjado o circuito de trabalho levado a cabo pelos empreiteiros por volta do período de tempestades tropicais”. Com esta iniciativa, o GIT “acredita que os empreiteiros possam melhor responder e tratar as situações inesperadas através destes tipos de exercícios”.

SÃO as conclusões de um estudo sobre o papel da selecção sexual na evolu-ção da inteligência humana

elaborado por um grupo de cientistas do Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra: a inteli-gência é hereditária e é transmitida pelas mães aos filhos. Exactamente por isso, e sem o fazerem conscien-temente, os homens procuram casar com mulheres até três vezes mais inteligentes que eles próprios.

De acordo com o jornal português Correio da Manhã, que cita um dos elementos da equipa de investiga-dores da Universidade de Coimbra, Hamilton Correia, “contrariamente à teoria actual, segundo a qual a inte-ligência é determinada por cerca de uma centena de genes”, os cientistas de Coimbra descobriram que afinal existem apenas um ou dois genes responsáveis pela inteligência de cada um e que estes genes provêem da mãe. “À semelhança do que já se tinha verificado nos estudos com ratos, também nos humanos são as mulheres que transmitem os genes da inteligência aos seus filhos”, explica Hamilton Correia, adiantando que “se tivermos uma mãe inteligente temos 80% de possibilidades de também sermos inteligentes”.

Este trabalho, desenvolvido ao longo de dois anos, teve por base uma amostra de 66.598 casais portu-

gueses e vem também mostrar que os homens dão uma importância maior à inteligência do que as mulheres, diz o mesmo jornal. “As análises que efec-tuámos em relação ao casamento na sociedade portuguesa mostram que os homens preferem casar com mulheres até três vezes mais inteligentes”.

O investigador esclarece, porém, que este estudo não vem provar que as mulheres são mais inteligentes que os homens ou vice-versa. “A média de inteligência geral não é diferente entre os dois sexos, contudo os casos de extremos verificam-se mais no sexo masculino, ou seja, existem muito mais génios e deficientes mentais no sexo masculino”.

Os resultados do estudo efectu-ado pela equipa revelam que “pode existir uma razão biológica para que o insucesso escolar seja sobretudo um problema do sexo masculino”. Por conseguinte, e como explica Hamilton Correia, quando o gene da inteligência for localizado “muitos dos problemas associados a dificul-dades cognitivas, como o insucesso escolar, poderão ser resolvidos”.

O estudo realizado pela equipa composta, além de Hamilton Correia, pelos professores Manuel Laranjeira e Paulo Gama Mota foi publicado no número de Abril da revista britânica de ciência social “Journal of Bio-social Science” da Universidade de Cambridge.

UM estudo realizado por cientistas demonstra que

os habitantes do norte da China que recebiam carvão gratuito para se aquecerem no Inverno ficaram com uma esperança de vida inferior em 5,5 anos do que os restantes habitantes do país.

A prática de oferecer carvão às habitações e aos escritórios a norte do rio Huai começou antes dos anos 1980, durante o período de planificação econó-mica centralizada, disse Michael Greenstone, professor de Eco-nomia do ambiente no Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT, na sigla em Inglês). Este é o principal autor do estudo, pu-blicado nos Anais da Academia Nacional de Ciência dos EUA.

O resultado do consumo deste carvão foi uma poluição 55% mais alta do que no norte e uma esperança de vida reduzida em

Inteligência Estudo da Universidade de Coimbra mostra que é a mãe quem transmite os genes

A minha é mais esperta que a tua

China Carvão gratuito reduziu esperança de vida

Morte aquecida5,5 anos. Estas mortes prematuras são “quase totalmente devidas a casos acrescidos de mortalidade de origem cardiorrespiratória”, identificou o trabalho, no qual também participaram investiga-dores chineses e israelitas.

Os cientistas observaram

um tipo de poluição em parti-cular - o das partículas totais em suspensão no ar que se en-contram no fumo e na fuligem. Esta poluição no norte era 55% superior à que se verificava no sul, durante o período de estudo, que foi de 1981 a 2001.

Foram também analisadas as estatísticas de mortalidade entre 1991 e 2000, tanto a sul como a norte do rio Huai, tendo-se descoberto que a es-perança de vida era bem mais fraca nas regiões submetidas a esta política do carvão gratuito. “Podemos agora dizer com mais certeza que uma exposição pro-longada à poluição [do carvão], em particular a este tipo de partículas, tem consequências dramáticas para a esperança de vida”, salientou Greenstone.

No total, esta política pode-ria custar aos 500 milhões de habitantes do norte da China cerca de 2,5 mil milhões de anos de esperança de vida, apontou o estudo. “Esta investigação pressupõe que a política do rio Huai, que partia do objec-tivo de fornecer aquecimento gratuito às habitações, teve consequências desastrosas para a saúde, provavelmente devido ao fracasso [das autoridades] em instalar ao mesmo tempo dispositivos de redução da poluição”, destacaram ainda os autores do estudo.

19vidaquarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

“Empreitada de Construção do Centro Comunitário Junto à Povoação Chun Su Mei, Taipa”1. Entidade que põe a obra a concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Terreno junto a Rua do Delegado em Taipa.4. Objecto da Empreitada: Construção de equipamentos sociais e espaços de estacionamento subterrâneo.5. Prazo máximo de execução: 660 dias (Seiscentos e Sessenta dias).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público

do Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços. 8. Caução provisória: $4 700 000,00 (Quatro milhões e Setecentas mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro,

garantia bancária ou seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos

pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras,

bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, R/C, Macau;Dia e hora limite: dia 8 de Agosto de 2013 (quinta-feira), até às 12:00 horas.Em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora limite para a entrega de propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a entrega de propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: Sala de reunião da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau;Dia e hora: dia 9 de Agosto de 2013 (sexta-feira), pelas 9:30 horas.Em caso de adiamento da data limite para a entrega de propostas mencionada de acordo com o número 12 ou em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora estabelecida para o acto público de abertura das propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau;Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 12:45 horas e das 14:30 às 17:00 horas)Na Secção de Contabilidade da DSSOPT, poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso ao preço de $2400,00 (dois mil e quatrocentos de patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável 60%;- Plano de trabalhos 10%;- Experiência e qualidade em obras 18%;- Integridade e honestidade 12%.

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer no Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau, a partir de 22 de Julho de 2013 (inclusivé) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.Macau, aos 4 de Julho de 2013.

O Director dos Serviços Jaime Roberto Carion

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UM mar de algas inva-diu a cidade chinesa costeira de Qingdao, prejudicando o tu-

rismo na região e despertando preocupações das autoridades.

A Administração Estatal do Oceano disse que a mancha das “alfaces do mar”, como as algas são conhecidas na China, é ge-ralmente inofensivo para seres humanos, mas sufoca a vida marinha e, invariavelmente, afu-genta os turistas quando começa a apodrecer.

Alguns banhistas parecem divertir-se com a invasão verde nas imagens dos média chineses, sendo que fotos e vídeos mostram nadadores a descaansar em camas verdes de algas.

As autoridades locais decla-raram, no entanto, que a invasão é “um desastre em larga escala” e enviaram centenas de barcos e tractores para limpar as águas. As algas são valorizadas pelos seus nutrientes na China, sendo usadas como ingredientes em fertilizantes e na produção de energia de biomassa. Mas, em grandes quantidades, podem ser perigosas, uma vez que se decompõem, produzindo gás sulfídrico tóxico. Nesse proces-so, elas exalam um cheiro que lembra um ovo podre.

Mar de algas verdes invade cidade chinesa de Qingdao

Há e são verdesA maré verde espalhou-se

por mais de 7,5 mil quilómetros quadrados, o dobro do tamanho de um surto semelhante ocorrido em 2008, que chegou a ameaçar eventos de vela durante os Jogos Olímpicos de Pequim, promovi-dos na região de Qingdao.

Barcos e helicópteros com dez mil trabalhadores foram ac-cionados para limpar as águas na época, com os custos de limpeza a serem estimados em mais de 30 milhões de dólares americanos.

Os danos para produtores de frutos do mar e pescados foram estimados em mais de 100 milhões de dólares, segundo a Academia Chinesa de Ciências da Pesca. Um surto em 2009 foi ainda maior, afectando um trecho do Mar Amarelo.

Os biólogos tentam explicar a mais recente proliferação de algas, mas os cientistas suspei-tam que o problema está ligado à poluição.

Marés verdes semelhantes foram relatadas noutras outras regiões do mundo, mas em Qing-dao começaram em 2007. Um factor-chave é a alta oferta de nutrientes escoados pela agricul-tura na região. A dúvida é porque é que as marés só começaram a ocorrer nos últimos anos, se a agricultura na região é milenar.


SÍNTESE DO RELATÓRIO DA ACTIVIDADE DE 2012

A economia de Macau em 2012, com o apoio do Governo Central da República Popular da China, manteve um crescimento contínuo e a solicitação dos seguros dos ramos gerais aumentou, devido ao lançamento de novos projectos de construção de infra-estruturas e de outras obras. Ao mesmo tempo, o aumento do lucro líquido e da exploração deste ano deve-se ao cumprimento rigoroso e prudente do princípio adoptado pela nossa Companhia na verificação das contas.

A exploração respeitante ao exercício de 2012 atingiu um montante de MOP$149.000.000,00,um aumento de 17% comparativamente ao ano anterior e o lucro líquido deste ano é de MOP$22.000.000,00, significando um acréscimo de 22% em relação ao ano anterior.

A nossa Companhia está muito confiante no crescimento das nossas actividades nos próximos anos, tendo em atenção a boa reputação que usufrui, a prestação de serviços de elevada qualidade, o desenvolvimento de forma continuada e a expansão da nossa actividade.

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas

Para os administradores da Asia Insurance Company, Limited(sociedade de responsabilidade limitada, registado em Hong Kong)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Asia Insurance Company, Limited, Sucursal de Macau relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau, e Normas de Auditoria Internacional. No nosso relatório, datado de 6 de Maio de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Sucursal e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respective relatório de auditoria.

Bao, King ToAuditor de ContasErnst & Young - AuditoresMacau, 6 de Maio de 2013

21publicidadequarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo

Resumo do RelatóRio de actividades em macau

Em 2012, a MANULIFE MACAU, manteve um forte crescimento, com as novas operações de seguros de vida a aumentaram 43%, pelo que os prémios dos seguros ultrapassaram as CENTO E SESSENTA MILHÕES DE PATACAS.

Em virtude do desenvolvimento das operações, recrutou-se mais pessoal para re-forçar o serviço de apoio em Macau abrangendo: trabalhos relativos à execução de normas regulamentares, realização de cursos de formação de vendas, tarefas de recrutamento, trabalhos de promoção de vendas e prémios ao nosso pessoal.

A MANULIFE MACAU também envidou esforços no âmbito da protecção ambien-tal, prestando o serviço de facturas electrónicas e dando opção aos nossos clientes para o envio do relatório anual, pela via electrónica ou documento impresso.

Atento às políticas de longo prazo para Macau e tendo em vista corresponder às mesmas, desenvolvemos estudos sobre o gestão de fundos privados de pensões.

A MANULIFE MACAU continuará a envidar esforços para prestar todo o tipo de serviços na área dos seguros, investimento e aposentação à população de Macau.

RelatóRio de auditoR independente sobRe demonstRações FinanceiRas Resumidas

Para os Administradores da Manulife (International) Limited: (sociedade de responsabilidade limitada, registada em Bermudas)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Manulife (Internatio-nal) Limited., Sucursal de Macau (“Sucursal de Macau de Manulife”), relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau, bem como nos termos das Normas Internacionais de Auditoria. No nosso relatório, datado de 23 de Abril de 2013, ex-pressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de rendimento integral, a demons-tração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os as-pectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Sucursal de Macau de Ma-nulife e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangidos pela nos-sa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Bao, King ToAuditor de ContasErnst & Young - Auditores

Macau, aos 23 de Abril de 2013

quarta-feira 10.7.2013www.hojemacau.com.mocultura22

KALI, o Pequeno Vam-piro é um dos seis nomeados para o mais importante prémio eu-

ropeu para o cinema de animação de autor. O filme da realizadora portuguesa vai disputar a esta-tueta atribuída pela Associação Europeia do Cinema de Animação e pelo programa comunitário Media com cinco outros candi-datos: Head Over Heels (Reino Unido), de Timothy Reckart & Fodhla Cronin O’Reilly; I Am Tom Moody (Reino Unido), de Ainslie Henderson; Lettres de Femmes (França), de Augusto Zanovello; Écart de Conduite (França), de Rocio Alvarez; e Betty’s Blues (França/Bélgica), de Rémi Vandenitte.

O júri que escolheu os finalistas foi constituído pelo produtor francês Didier Brun-ner, pela realizadora romena Anca Damian e pelo realizador espanhol Enrique Gato.

O prémio será atribuído na noite de 19 de Setembro em Tou-louse, na gala de encerramento do Fórum Cartoon, a reunião anual da indústria europeia da animação - que, à imagem do que tem acontecido nos últimos anos, não contará com apresentação de qualquer projecto português no domínio das séries televisivas.

A Regina Pessoa caberá assim, este ano, a representação da arte da animação portuguesa de autor, depois de em 2000, na Suécia, o filme de José Miguel Ribeiro, A Suspeita, ter conquis-tado o Cartoon d’Or, e de em

O Instituto para os Assuntos Cí-vicos e Municipais (IACM)

promove no próximo sábado, entre as 17h30 e as 19h00, no An-fiteatro das Casas Museu da Taipa, mais uma sessão da série Con-certos ao Anoitecer, que decorre este ano até ao mês de Outubro. “The Flowers Beckon em Hakka Blues”, tem intérpretes a cantora Lo Sirong e o grupo Gomoteu que irão tocar músicas de estilo Hakka com adaptações de música “blues”, informa o comunicado de imprensa da organização.

Lo Sirong é cantora, com-positora, poetisa, pintora e até à data as músicas que criou são todas cantadas em língua Hakka com uma mistura de mandarim. As letras das suas músicas estão relacionadas com a natureza, humanidade e a vida, acrescenta a nota de imprensa. Em 2011, “The Flower Beckon” venceu

MAM partilha Bienal de VenezaO Museu de Arte de Macau promove no próximo dia 20 de Julho, sábado, entre as 14:30 e as 17:00, uma conversa que tem como objectivo partilhar com o público a experiência da participação de Macau na Bienal de Veneza deste ano. A “Sessão de Partilha da Visita à 55ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza” terá como oradores o arquitecto Carlos Marreiros, que representou Macau na Bienal com a exposição “PATO MEN”, e os artistas Sequeira Pa Keong, Chan Ka Keong e Dennis Murrel. A sessão que terá lugar no Auditório do Museu de Arte de Macau, será conduzida em cantonense e em inglês, sendo disponibilizada tradução simultânea para português.

Obama distingue George Lucas com medalha das ArtesO Presidente dos EUA, Barack Obama, vai entregar esta semana a George Lucas, realizador dos filmes “Star Wars”, a medalha nacional das Artes de 2012 pelo seu contributo cultural para o país, informou a Casa Branca na segunda-feira. Em comunicado, a Casa Branca realça que Lucas, de 69 anos, com a sua arte de narração, a sua “imaginação sem limites” e técnicas inovadoras, “criou alguns dos filmes mais queridos e emblemáticos de todos os tempos”. Além de George Lucas, outras 11 personalidades do mundo das artes dos Estados Unidos vão também ser distinguidas esta quarta-feira pelo Presidente norte-americano, como o músico Herb Alpert, co-fundador da discográfica A&M Records, a banda Tijuana Brass, o cineasta Tony Kushner, a cantora de ópera Renée Fleming, o autor Ernest Gaines e a artista Ellsworth Kelly, entre outros. Obama vai também entregar a medalha nacional das Humanidades de 2012 a 12 figuras do mundo académico.

Filme de Regina Pessoa nomeado para o Cartoon d’Or

Um vampiro à procura de um lugar ao sol

Lo Sirong nas Casas Museu da Taipa

Hakka Blues

1994, nos Açores, Abi Feijó ter recebido o prémio especial do júri com Os Salteadores.

Este realizador é agora o produtor de Kali, o Pequeno Vampiro (Ciclope Filmes), que conta a história de um rapaz diferente dos outros, que sonha com encontrar o seu lugar no mundo, apesar da sua diferença. O filme encerra uma trilogia da realizadora sobre o tema da infância, que teve como capí-tulos anteriores A Noite (1999) e História Trágica com Final Feliz (2005).

Kali, o Pequeno Vampiro tem banda sonora da banda suíça The Young Gods, e narração, na versão portuguesa, do realizador Fernando Lopes e, na versão inglesa, do actor canadiano Christopher Plummer.

Estreado no IndieLisboa do ano passado, o filme de Regina Pessoa conquistou já perto de duas dezenas de prémios e menções, o mais recente dos quais foi, na semana passada, uma menção honrosa na cate-goria de animação do Prémio Nacional Multimédia 2013. Em Maio, tinha sido distinguido nos festivais de cinema de Badajoz e de São Francisco. E, no início deste ano, foi um dos nomeados para os Annie Awards, em Los Angeles, em pleno território da indústria norte-americana da animação.

Apesar deste palmarés, Kali, o Pequeno Vampiro não tem ainda garantida a distribuição comercial em Portugal.

o Prémio do Melhor Álbum de Novembro na “Cerimónia de Entrega de Prémios de Melodias Chinesas”. No ano anterior foi considerada a melhor cantora de Hakka e recebeu o prémio de

melhor álbum na “23ª Cerimónia de Entrega de Prémios de Música Pop” em Taiwan.

A entrada para o concerto de Lo Sirong e o Grupo Gomoteu é livre .

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23culturaquarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo

AnúncioConcurso público para

«Empreitada de construção de habitação pública no Fai Chi Kei, Lote E & F»1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: Fai Chi Kei, Lote E & F.4. Objecto da Empreitada: construção de habitação pública.5. Prazo máximo de execução: 840 (oitocentos e quarenta) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto

público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: $ 9 350 000,00 (nove milhões, trezentas e cinquenta mil patacas), a prestar mediante depósito

em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovados nos termos legais.9. Cauçãodefinitiva:5%dopreçototaldaadjudicação(dasimportânciasqueoempreiteirotiverareceberemcadaum

dospagamentosparciaissãodeduzidos5%paragarantiadocontrato,parareforçodacauçãodefinitivaaprestar).10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução

de obras, bem como as que à data do concurso tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Dia e hora limite: dia 8 de Agosto de 2013, quinta-feira, até às 17,00 horas.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, sala de reunião;Dia e hora: dia 9 de Agosto de 2013, sexta-feira, pelas 9,30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Hora: horário de expediente;Preço: $ 4 000,00 (quatro mil patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:-Preçorazoável: 60%;-Planodetrabalhos:10%;-Experiênciaequalidadeemobras:18%;-Integridadeehonestidade:12%;

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, a partir de 26 de Julho de 2013, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 5 de Julho de 2013.

O CoordenadorChan Hon Kit

ANATOLI Iksanov, o director do Bol-shoi, foi demitido, anunciou ontem o

ministro da Cultura russo Vladimir Me-dinski. Esta decisão visa devolver a calma ao mais prestigiado teatro da Rússia, no centro de vários escândalos desde o início do ano.

Iksanov vai ser substituído por Vladimir Ourine, que até agora era o director do teatro Stanislavki e Nemirovitch-Dantchenko, outro famoso palco de Moscovo.

O contrato de Iksanov, que dirigia o Bolshoi desde 2000, terminava em Outubro de 2014. O ministro da Cultura sublinhou que o seu afastamento se ficou a dever à “situação difícil” que atravessa o teatro desde a agressão com ácido contra o seu director artístico Sergei Filine em Janeiro.

Atacado a 17 de Janeiro por um homem que lhe lançou ácido para o rosto à porta do seu apartamento na capital russa, Filine sofreu queimaduras graves no rosto e nos olhos. De-pois de ser submetido a um transplante de pele e a várias intervenções cirúrgicas aos olhos na Rússia, Filine está a ser tratado na Alemanha, não tendo ainda recuperado a visão.

Esta agressão deu início a um escândalo que acabou por revelar as rivalidades e confli-tos internos na instituição de renome mundial.

Em Junho, o Bolshoi anunciou a saída do seu bailarino estrela Nicolai Tsiska-ridzé, em rota de colisão com Iksanov e rival de Filine.

MARK Forstater abriu um processo contra os membros do grupo Monty

Python alegando ter direito às receitas do espectáculo musical Spamalot , inspirado no filme Monty Python e o Cálice Sagrado (1975), como um membro do colectivo.

O tribunal decidiu a seu favor e agora os cinco elementos vivos dos Monty Python devem cerca de 2.3 milhões de patacas ao produtor.

O colectivo concordou que Mark Fors-tater, produtor de Monty Python e o Cálice

Sagrado, receberia as receitas dos spin--offs, produções inspiradas no filme, e de merchandising como um sétimo elemento do grupo, disse Forstater.

Apesar disto, o grupo de humoristas britânicos considera que os verdadeiros criadores do filme são os seis membros originais: John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin e Graham Chapman. “Éramos seis. Éramos um grupo coeso. Escrevíamos o nosso próprio mate-rial”, disse Michael Palin.

O produtor considera que com esta deci-são “a justiça prevaleceu”. “É triste ter que encontrar pessoas que eram meus amigos em tribunal”, disse, acrescentado que apesar disto continua a achar-lhes piada.

Tal como o filme de 1975, o musical Spamalot parodia as histórias de cavaleiros medievais, em especial o mito do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. O musical estreou em 2005, na Broadway, e continua em cena, agora no teatro Playhou-se, em Londres.

Director do Bolshoifoi demitido

Afinal os membros dos Monty Python são sete, decidiu tribunal

Amigos, amigos, negócios à parte...

quarta-feira 10.7.2013desporto24

A novela Bruma con-tinua num impasse

em Alvalade e a Norte, no Porto, cresce a tenta-ção de poder investir na aquisição do extremo do Sporting, a mais preciosa pérola da formação spor-tinguista e que, enquanto os leões não conseguem garantir a renovação de contrato, está a ser cobiça-

da por muitos dos colossos do futebol europeu. De olho está então, também, o FC Porto...

Bruma rescindiu re-centemente contrato com o empresário Pini Zaha-vi, com quem o Sporting abriu frente de batalha, mas o israelita, obvia-mente, é conhecedor dos contratos do extremo e

esteve recentemente no Porto e terá falado com os dragões sobre o jogador.

O impasse no pro-cesso de renovação con-tratual prossegue, mas o Sporting acredita que a integração de Bruma nos trabalhos de pré--temporada, agendada para quinta-feira, pode permitir a aproximação

de pontos de vista e um rumo compatível com a prolongação do vínculo.

É que Bruno de Car-valho, o presidente do clube, não está disposto a sentar-se à mesa com o advogado que representa Bruma, sem que o joga-dor esteja presente, mas acredita que, com o atleta de regresso à Acade-

mia, longe da influência dos seus representantes, pode convencê-lo dos méritos da proposta de renovação que os leões querem apresentar ao mi-údo que se transformou na principal estrela de Portugal no Mundial de sub-20 e um dos grandes valores revelados por esta competição.

Marco [email protected]

A selecção estudantil da RAEM ainda não conseguiu vencer um único set no torneio

universitário da modalidade e no confronto com os polacos não evitou nova derrota por contornos rotundos. A Polónia chamou a si desde cedo às rédeas do desafio e tirou proveito da ins-piração e do engenho de Milosz Hebda e de Wosciech Zalinksi para triundar no primeiro set pelo dilatado parcial de 25-6.

Surpreendido pela frágil resistência da selecção do ter-ritório, o seleccionador polaco acabou por colocar em campo um alinhamento alternativo para o segundo parcial, abrindo mão da capacidade ofensiva de Heb-da. Mesmo com uma formação de segunda linha em campo, a turma polaca continuou a mandar no desafio, ainda que constran-gida por uma maior oposição da formação do Lótus. A Polónia encerrou as contas do segundo parcial com um resultado de 25-11 e no terceiro set voltou a mexer na equipa, permitindo que a selecção local garantisse no

CR7 na corrida a Melhor da EuropaO internacional português é um dos dez finalistas à conquista do galardão. O vencedor da última época, Iniesta, ficou de fora... Será desta que Cristiano Ronaldo leva para casa o prémio de Melhor Jogador da Europa? A resposta só será conhecida a 29 de agosto, mas o internacional português está bem colocado para o conseguir, algo que seria inédito na carreira. O atacante do Real Madrid está, para já, na lista dos dez finalistas à conquista do prémio, da qual não fazem parte Xavi, Inieste (o vencedor da última edição) ou Falcao. O principal concorrente de Ronaldo, para não variar, será Messi. O argentino é mesmo o único jogador do Barcelona presente numa lista dominada pelo Bayern Munique, vencedor da Liga dos Campeões em 2012/13. Os alemães chegam à final com quatro representantes: Muller, Ribéry, Robben e Schweinsteiger. Os restantes quatro jogadores que também podem aspirar ao galardão, que será votado durante a cerimónia de entrega dos prémios da UEFA, são Bale (Tottenham), Ibrahimovic (Paris SG), Lewandowski (Borússia Dortmund) e Van Persie (Manchester United).

Benfica Markovic é a primeira baixaE ao sexto dia de trabalho no Caixa Futebol Campus aí está a primeira vítima do esforço físico mais exigente do princípio de temporada - Lazar Markovic sofreu uma distensão muscular na face posterior da coxa direita. O avançado, de 19 anos, que chegou esta época proveniente do Partizan, acusou o forte trabalho físico habitual nos primeiros treinos, embora não apresentando nada de grave nem impeditivo de regressar às próximas sessões de trabalho, apesar de necessitar dos cuidados especiais do departamento médico das águias. De resto, mais nada a assinalar em termos físicos, não obstante as dificuldades que sempre surgem para os jogadores nesta fase da temporada.

Ipad de Mourinho causa polémicaPrimeiro utilizava apenas papéis, depois passou para as capas e agora já vai na era dos tablets. José Mourinho está sempre a inovar e não teve problemas em aderir às novas tecnologias para preparar os treinos, apresentando-se na primeira sessão de trabalho do Chelsea munido de um iPad. A novidade, por si só, foi suficiente para captar a atenção dos jornalistas presentes no centro de estágios de Cobham. No entanto, a opção pela marca está a originar algumas piadas no twitter. Afinal, o iPad é um tablet desenhado pela Apple, que é só o principal concorrente da empresa que patrocina o Chelsea: a Samsung.

RAEM última no Campeonato da Ásia Oriental

Voleibol de Macau soma desaires

Bruma no Futebol Clube do Porco?

Sporting na expectativa

Depois de ter perdido contra o Brasil e contra a Austrália, a selecção que representa Macau no torneio de voleibol da edição de 2013 das Universíadas voltou a não conseguir afirmar-se em Kazan, somando um novo desaire no frente-a-frente com a Polónia

derradeiro parcial o placard mais equilíbrado da tarde. Incapaz de contrariar o melhor jogo do ad-versário, Macau perdeu o último pecúlio por 25-17, confirmando o terceiro desaire consecutivo pelo mais desequílibrado dos resultados. A derrota frente à Polónia pode, de resto, não ter ainda exorcizado por completo o mau “karma” da selecção do território. Os atletas de Macau voltam hoje a entrar em campo para nova missão impossível, a de tentar levar a melhor sobre a

exigente formação da República Popular da China.

Não é, no entanto, apenas nas Universíadas que o voleibol da RAEM soma desaires. A selecção masculina do território encerrou a participação na edição de 2013 do Campeonato de Voleibol da Ásia Oriental na sétima e última posição da tabela classificativa. A formação do Lótus somou por derrotas todos os três desafios que disputou em Taipé, tendo triunfado num único set no frente-a-frente com Hong Kong.

O conjunto do território dividiu com o Japão e com a anfitriã Formosa o protagonismo no âmbito do Grupo A da com-petição, perdendo por margem esmagadora frente a ambos os adversários. Macau estreou-se na prova frente a Taiwan, sendo derrotada por três sets a zero, parciais de 25-15, 25-15 e 15-9. Frente ao Japão, o descalabro foi ainda maior, com a selecção local a perder pelos parciais de 25-7, 25-13 e 25-11.

A formação da RAEM despediu-se da prova frente à congénere de Hong Kong, num desafio que serviu para definir qual das duas formações fugia ao último lugar da competi-ção. Apesar de ter conseguido equilibrar a partida no segundo set, o grupo de trabalho do ter-ritório não conseguiu resistir ao melhor voleibol do adversário, perdendo pelos parciais de 25-13, 19-25, 25-20 e 25-16. A edição de 2013 do Campeonato da Ásia Oriental acabou por ser ganha pela anfitriã Taiwan. A selecção formosina derrotou o Japão no encontro decisivo da competição por três sets a um, parciais de 25-17, 25-18, 27-29 e 25-17.

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25quarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

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Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-CABRA.ALUIR. 2-ARROIO. ESSA 3-SEARA. MOA. 4-SAIA. LI. 5-RUA. CA. DIA. 6-COISA. RAIAR. 7-AMA. DA. RAS. 8-LÃ. FRIO. 9-MIO. IMOTO. 10-FAIA. ARAGEM. 11-AMARO. AROMA.VERTICAIS: 1-CASO. CALIFA. 2-ARE. ROMÃ. AM. 3-BRAQUIA. MIA. 4-ROR. AS. FIAR. 5-AIAS. ADRO. 6-AI. 7-MIAR. OIRA. 8-LEOA. AR. MAR. 9-USA. DIALOGO. 10-I. LIAS. TEM. 11-RABIAR. GOMA.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1 – Animal mamífero, da ordem dos ruminantes, fêmea do bode; ameaçar ruína. 2 – Regato não permanente; estrado onde se coloca o caixão de um cadáver durante as cerimónias fúnebres. 3 – Campo de cereais; medite demorada e continuadamente na mesma coisa (fig.). 4 – Vestuário de mulher, que fica da cintura para baixo; medida itenerária chinesa. 5 – Caminho orlado de casas, muros, ou árvores, numa povoação; cálcio (s.q.); espaço de tempo que decorre entre o nascer e o pôr do Sol. 6 – Qualquer objecto inanimado; emitir raios luminosos ou caloríficos. 7 – Mulher que cria criança alheia; contr. da prep. de com o art. def. a; chefe político, no Oriente. 8 – Pêlo de alguns animais, em especial do carneiro; sensação produzida pela falta de calor. 9 – Voz do gato; imóvel. 10 – Planta fagácea; leve agitação do ar. 11 – Amargo; perfume agradável.VERTICAIS: 1 – Acontecimento; chefe ou soberano dos Mulçulmanos. 2 – Unidade das medidas agrárias equivalentes ao decâmetro quadrado; fruto da romãzeira; amerício (s.q.). 3 – Sinal ortográfico colocado por cima de uma vogal, indicando que esta é breve; geme (gír.) 4 – Grande quantidade; metade da pedra do jogo do dominó ou lado do dado, que tem marcado um só ponto ou pinta; estirar à fieira. 5 – Senhora encarregada da educação doméstica de um príncipe ou de crianças nobres (pl.); terreno aberto ou murado, em frente ou em volta das igrejas. 6 – Antes de Cristo (abrev.); grito aflitivo. 7 – Dar mios; tontura. 8 – A fêmea do leão; fluido gasoso, transparente e invisível que constitui a atmosfera; grande massa e extensão de água salgada que cobre cerca de três quartas partes da superfície do Globo. 9 – Costuma; fala entre duas pessoas. 10 – Nome da letra I (pl.); o bagaço de que se faz a água-pé (pl.); possui. 11 – Enraivecer-se; substância pegajosa, translúcida, que corre ou exsuda de certos vegetais.

SALA 1MAN OF STEEL [B]Um filme de: Zack SnyderCom: Henry Cavill, Russel Crowe, Amy Adams, Kevin Costner14.15, 16.45, 19.15

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SALA 2 DESPICABLE ME [3D] [C](Falado em cantonês)Um filme de: Marc ForsterCom: Brad Pitt, Marc Forster, Mireille Enos14.30, 18.00

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MAN OF STEEL [3D] [B]Um filme de: Zack SnyderCom: Henry Cavill, Russel Crowe, Amy Adams, Kevin Costner21:30

SALA 3EPIC [A](Falado em cantonês)Um filme de: Lee Hwan-gyeongCom: Shin Chinawut, Namcha Sheranat, Sean Jindachote14.15, 19.45

EPIC [3D] [A](Falado em cantonês)Um filme de: Lee Hwan-gyeongCom: Shin Chinawut, Namcha Sheranat, Sean Jindachote16.15, 19.45

WORLD WAR Z [C]Um filme de: Marc ForsterCom: Brad Pitt, Marc Forster, Mireille Enos16.00

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ALMA MINHA GENTIL • Rosa Lobato Faria, Pedro Sousa Pereira“Alma Minha Gentil”, que nos recorda o ambiente trágico de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, bem podia ter sido o embrião de uma peça de teatro, de uma ficção televisiva ou cinematográfica, caso houvesse em Portugal condições para a concretizar e caso Rosa Lobato de Faria se tivesse demorado mais tempo entre nós, seus leitores e seus amigos, para testemunharmos a pujança e pluralidade do seu talento criador.

DIÁRIO DA QUEDA • Michel LaubPrémio Brasília de Literatura Prémio Bravo Finalista dos Prémios Portugal Telecom, São Paulo de Literatura e Zaffari & Bourbon. Nomeado um dos melhores jovens escritores brasileiros pela revista Granta“Diário da Queda” conta a vida de três homens: um avô sobrevivente do Holocausto nazi, para quem, depois da sua prisão em Auschwitz, não há vida possível; um pai entrincheirado no passado familiar; um narrador hesitante entre a reverência às suas origens e o impulso para se libertar delas. Sobre o pano de fundo da comunidade judaica, a narrativa avança e recua ao ritmo de uma trama pessoal. A meio da sua vida, o narrador projecta-se num momento-chave das memórias de adolescente — a queda do seu amigo João, excluído entre os excluídos — e acha-se igualmente desamparado. Serve-lhe o diário para forjar uma ideia de si mesmo, mas também para apaziguar e às vezes incendiar a memória de família.

ESTOU FARTO

Estou farto das pingas dos ares condicionados que todos os dias me molham o pêlo quando passeio pelas ruas. Estou farto dos estigmas dos candidatos a deputados que fazem as figuras mais ridículas em época de eleições. Estou farto das publicidades estúpidas do Governo na rádio e na televisão que fazem os residentes de Macau parecerem anormais. Estou farto das cuspidelas dos continentais, que saem lá do fundo e vêm tão cá para fora. Estou farto do trânsito caótico, dos atropelos de turistas, que me pisam as patinhas.Estou farto das guerrinhas de macaenses e de observações alucinantes feitas pela comunidade de Macau. Estou farto do novo-riquismo e do velho-riquismo e de todo o riquismo. Estou farto de não conseguir ver o verde em Macau. Estou farto que queiram deitar abaixo Coloane, estou farto que queiram levantar mais prédios.Estou farto dos julgamentos diários da vida dos outros. Estou farto de ser gato.Estou farto de estar farto.Estou farto de si, leitor, de mim e do resto do mundo. Estou farto, farto, farto. Mas não posso viver sem estar farto de alguma coisa.

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360° (Diferido)14:40 RTPi DIRECTO18:40 Cougar Town - Sr.219:00 TDM Entrevista (Repetição)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:00 Não me Sai da Cabeça21:30 A Página Tantas22:00 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Até Onde?00:45 Telejornal (Repetição)01:15 RTPi DIRECTO

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 Biosfera15:05 VIVER É FÁCIL15:30 Portugal Negócios16:00 Bom Dia Portugal17:00 AntiCrise17:25 Portugal Aqui Tão Perto18:25 O Teu Olhar (Telenovela)19:15 Entre a Arte e o Engenho – O Montado20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:05 Construtores de Impérios22:30 Verão Total

30 - FOX Sports13:00 NASCAR Nationwide Series 2013 - Highlights14:00 FIA World Touring Car Championship 2013 - Highlights14:30 The Greenbrier Classic15:30 MLB Regular Season 2013 Texas Rangers vs. Baltimore Orioles18:30 (Delay) Baseball Tonight International 201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 Global Football 2012/1320:30 Great City Games Manchester21:00 The Greenbrier Classic22:00 FOX SPORTS Central22:30 Melbourne World Challenge23:30 Australian Athletics Championships

31 - STAR Sports12:30 The Championships, Wimbledon 2013 Gentlemen’s Singles/Mixed Doubles Finals14:30 Pgm-Asean Penang Classic15:30 International Motorsport News 201316:30 FIM Supermoto World Championship 2013 - Highlights17:00 GP2 Series 201319:00 The Championships, Wimbledon 2013 Ladies’ Singles/Doubles & Gentlemen’s Doubles Finals21:00 Golf Focus 201321:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Laureus Spirit Of Sport22:30 Golf Focus 201323:00 The Championships, Wimbledon 2013 Daily Highlights Day #12

40 - FOX Movies12:15 What Lies Beneath14:25 Prometheus16:30 The Book Of Eli18:30 Monster House20:05 True Justice21:00 What;S Your Number?22:50 Piranha 3Dd00:10 Prometheus00:45 The Day After Tomorrow

41 - HBO11:45 Abduction13:35 Anacondas15:15 Horrid Henry The Movie16:50 Anchorman18:30 Save The Last Dance20:25 Journey 222:00 Salmon Fishing In The Yemen23:45 Hellboy

42 - Cinemax12:45 Red Water14:30 Nick Of Time16:00 A Covenant With Death18:00 Memphis Belle20:15 One In The Chamber22:00 The Scorpion King 323:45 Flight Of The Conchords

quarta-feira 10.7.2013opinião26 www.hojemacau.com.mo

Marcus WalkerPatricia koWsMannIn The Wall Street Journal

desgastado primeiro-ministro de Portugal disse que chegou a um acordo para impedir o colapso do seu governo, mas só depois de quatro dias de convulsão política terem mostrado que a estratégia da

Europa para salvar seus membros mais atingidos pela crise não está a funcionar.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coe-lho disse que recebeu garantias de que conti-nuaria a ter o apoio do Centro Democrático e Social, o partido minoritário na sua coligação de centro-direita, apesar do seu líder, Paulo Portas, ter renunciado ao cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

A renúncia de Portas, na terça-feira, em protesto contra a aplicação estrita das medi-das de austeridade exigidas pelos credores do resgate internacional do país “foi uma decisão pessoal”, disse Passos Coelho. Ele acrescentou que Portas se comprometeu a encontrar “um meio de garantir o apoio po-lítico [do seu partido] ao governo e garantir a estabilidade política do país”.

(...)Por trás das fissuras está uma crescente

frustração popular que vem ecoando pelas debilitadas economias do bloco monetário. Anos de cortes de gastos públicos e bene-fícios sociais estão a causar recessões mais longas do que o esperado, sem trazerem as compensações prometidas.

A dívida pública dos membros da zona do euro que adoptaram a austeridade continua a aumentar consideravelmente, enquanto se estabilizam somente em países como a Alemanha, que não cortaram os seus gastos. Uma recuperação significativa da economia — com impulso suficiente para equilibrar os orçamentos e reverter o desemprego — é vislumbrada apenas em previsões optimistas das autoridades da União Europeia.

As grandes reformas planeadas para o sector público, inclusive demissões de funcionários, vão testar novamente a uni-dade do governo. A coligação portuguesa de partidos deve amargar uma derrota nas eleições municipais de Setembro, tornando ainda mais difícil para implementar medidas económicas impopulares.

Os títulos de dívida de Portugal recupe-raram ontem. As vendas generalizadas de quarta-feira, quando pareceu que o governo poderia cair, mostrou a fragilidade do ape-tite dos investidores pela dívida dos países europeus em crise.

O objectivo do governo português de voltar a se financiar nos mercados quando as prestações do resgate acabarem, em Ju-

Crise política de Portugalmostra os perigos da austeridade

nho de 2014, é agora em geral considerado inalcançável, aumentando a possibilidade de o país precisar de uma nova ronda de ajuda. A dívida está a subir tão rapidamente, em vista da contracção da economia, que cada vez mais economistas acreditam que o país terá que fazer uma reestruturação da dívida do resgate e também dos títulos de dívida.

Os líderes da zona do euro, desespera-dos por uma história de sucesso, elogiaram Portugal no passado, assim como a Irlanda, por implementarem completamente as duras reformas económicas que eram as condições para o resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. Por outro lado, a Europa está a aumentar a pressão sobre os recalcitrantes políticos da Grécia para que acelerem as reformas se quiserem continuar a receber ajuda.

Mas mesmo as iniciativas exemplares não estão a dar resultado. A economia da Irlanda mergulhou de novo numa recessão, da qual Portugal nunca logrou escapar. A outrora aceitação das reformas dolorosas pelos cidadãos portugueses está a dar lu-gar a um questionamento cada vez mais generalizado sobre a capacidade do país de prosperar dentro da zona do euro.

O FMI, que ajudou a elaborar o progra-ma de resgate de Portugal, alertou sobre os problemas que o país tem pela frente num

relatório de Junho, observando: “O sólido consenso social e político que até agora amparou o programa enfraqueceu substan-cialmente. A recuperação económica está a ser difícil.”

Os limitados resultados de anos de um doloroso aperto de cintos estão a sublinhar o maior equívoco do plano da Europa para solucionar a crise de dívida, dizem muitos economistas. Os países credores, liderados pela Alemanha, colocaram o ónus de resol-ver a crise sobre as economias devedoras,

A combinação de estagnação no norte da Europa e austeridade no sul significa a continuação de uma “tendência deflacionária” que vai levar a mais agitação política como a que ocorre em Portugal, diz De Grauwe. “Essa é a estratégia que faz as pessoas sofrerem. Vai chegar um ponto em que os sistemas políticos não vão mais aguentar”, disse ele

O

pressionando-as a cortar gastos públicos e os salários do funcionalismo, enquanto não faziam nada para aumentar a procura na economia europeia.

“O maior problema é a falta de políticas compensatórias noutros lugares. Ninguém vê [a zona do euro] como um todo”, diz Paul De Grauwe, professor de economia política da Faculdade de Economia de Londres. A procu-ra enfraquecida por bens e serviços na Europa ajudou a minar a recuperação da economia da zona do euro depois da crise financeira global de 2008, fazendo com que ela se contraísse pelos seis últimos trimestres. Espera-se que actividade se estabilize, mas só um pouco acima do nível de recessão profunda.

Na Alemanha, que está a crescer pouco, mas tem uma taxa de desemprego baixa e um orçamento equilibrado, o governo da chanceler Angela Merkel é altamente re-sistente a trocar as medidas de aperto dos gastos por outras de estímulo lideradas pelos países credores.

A combinação de estagnação no norte da Europa e austeridade no sul significa a conti-nuação de uma “tendência deflacionária” que vai levar a mais agitação política como a que ocorre em Portugal, diz De Grauwe. “Essa é a estratégia que faz as pessoas sofrerem. Vai chegar um ponto em que os sistemas políticos não vão mais aguentar”, disse ele.

TIAG

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27opiniãoquarta-feira 10.7.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos; Zhou Xuefei[estagiária] Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Pedro CoimbraIn Devaneios a Oriente

IDASCÁLIAS (do grego didaskália = instrução,ensinamento) eram, na antiga Grécia, as instruções que ospoetas dramáticos davam aos

actores para a representaçãocénica.Guerras do Alecrim e da Man-

jerona é o título de uma ópera joco-séria que foi apresentada em Lisboa no Carnaval de 1737.

Alguns séculos depois, em Macau, uma lista que se anuncia-va candidata ao sufrágio directo nas eleições de Setembro para a Assembleia Legislativa, e que apresentava a designação de Ma-cau Século 21, veio retomar estes temas para, no final, vir a revelar-se um nado-morto.

Depois de rábulas inqualificá-veis (as didascálias não existiram ou foram mal transmitidas), a fazerem corar de inveja os auto-res das Guerras do Alecrim e da Manjerona, a suposta lista, que tinha um mandatário que deixou de o ser, um cabeça de lista que passou a acumular as funções de cabeça de lista e mandatário, para depois não ser uma coisa nem ou-tra e deixar tudo em aberto numa assembleia geral, realizada numa tarde de canícula no Jardim de São Francisco, participada por cerca

LeoCardoIn Bairro do Oriente

comandante da PSP de Macau, Lei Sio Peng, proferiu declarações que me deixam muito preocupado. Preocu-pado sobretudo com as

garantias que são dadas à popula-ção por quem está encarregado de assegurar a manutenção da ordem pública. É possível que o trabalho de manter Macau uma cidade pa-cata e ordeira seja uma tarefa árdua e desgastante, e que pelo meio se rebente um ou outro fusível devi-do ao excessivo “aquecimento”. Mas estas são situações a que os responsáveis máximos da área da segurança deviam estar atentos, e não hesitar em substituir as lâm-padas fundidas, de forma a que o caminho da harmonia continue iluminado.

O referido comandante re-feriu-se aos recentes confrontos entre as autoridades e um grupo de manifestantes que exigem a demissão de um membro do Exe-cutivo. O conflicto assumiu con-tornos de “full-contact” quando os tais manifestantes se dirigiam à Colina da Penha, alegadamente em direcção da residência do referido dirigente, tendo sido impedidos pelos bravos agentes

Didascálias, Guerras do Alecrim e da Manjerona e uma lista que nunca o foi

Gritos aos ouvidos: a eterna luta entre o bem e o mal

de uma dezena de pessoas, essa suposta lista acabou rejeitada pela Comissão Eleitoral por terem sido detectadas rasuras nos documentos apresentados.

Tudo isto seria anedótico, jocoso, se a questão subjacente não fosse demasiado séria para ser objecto deste tipo de pantomima de muito mau gosto.

A minha assinatura terá sido uma das entregues para formalizar a hipotética candidatura.

Como expliquei, ao que era ao tempo mandatário, e ao então hipotético cabeça de lista, a minha assinatura configurava apenas a possibilidade que entendo todos terem de expressar as suas ideias, de as dar a conhecer, de enriquecer o debate político.

Não configurava, longe disso, uma promessa de voto.

Confesso que, depois de as-sistir a tão triste espectáculo, me arrependo de ter, de alguma forma, contribuído para que o mesmo tivesse tido lugar.

A Macau Século 21, a lista que nunca o foi, só serviu para prestar um serviço inestimável a todos aqueles que acham que a população de Macau não está preparada para o sufrágio directo e universal.

Se era essa a intenção, na mouche!

Se não era, só um comentário - shame on you!!

Dda ordem, que aparentemente resistiram a um ataque elaborado e meticuloso dos anarcas do anti--poder, que se alimentam do caos e derramam o sangue de virgens, freiras e velhinhas. Onze polícias ficaram feridos, baixas significa-tivas do lado do exército celestial, de nada valendo a inspiração divina e as espadas de marfim e fogo que empunhavam na defesa do castelo da princesa contra as forças do mal.

E o que usaram estes soldados do demo que reduziu os guardiões do bem à dependência da morfi-na nos corredores ululantes dos gangrenados de guerra? Gritos. Urros das gargantas carregadas de enxofre directamente nos ouvidos dos galantes homens de farda. Os gritos estão para os robustos cruzados de azul como a kryptonite para o Super-Homem. Nem o homem de aço resistiria à sinfonia do medo, interpretada por Jason Chao, Bill Chou ou Scott Chiang, esses perversos e musculados diabretes. Mas seriam estes peões do xadrez do Império da Justiça assim tão frágeis? Nada disso, assegurou o comandante. Os enviados do chifrudo tinham do seu lado o poder do “kung-fu”. Belzebú corrompeu os jovens heróis de Shaolin para que combatessem

do lado do mal. O mundo está perdido. É o fim do mundo em cuecas.

Agora falando um pouco mais a sério (não muito). É incrível como o responsável máximo de um departamento de segurança tão essencial justifica o facto de um batalhão dos seus homens ter ficado combalido no confronto com os “suspeitos do costume”. Os jovens do NMD ou o pontu-al maluco do Activismo para a Democracia têm o mesmo poder intimidatório que um Woody Al-len numa briga de bar na Escócia. O que lhes sobra em sede de protagonismo é exctamente o que lhes falta em jeito para a porrada, ainda mais com polícias armados de escudos e bastões. É condená-vel que os manifestantes tenham pretendido levar o protesto até à residência da secretária, mas para dar justificações tontas para o comportamento das autoridades, mais vale ficar calado. Gostava de ter assistido ao comandante a proferir estas declarações, pois estaria certamente a cruzar os de-dos e a piscar o olho, disfarçando mal a evidência de que estava só a reinar com a malta. Para nosso bem, gosto de acreditar que foi apenas isso. Era só um sonho esquisito, meninos. Vamos voltar ao soninho.

O

quarta-feira 10.7.2013www.hojemacau.com.mo

car toonpor Steff Ex-director da

central de Fukushima morre de cancroMasao Yoshida, o director da fábrica que liderou o processo para controlar central nuclear de Fukushima, no Japão, durante o desastre nuclear de 2011, morreu hoje aos 58 anos, vítima de cancro no esófago. Yoshida morreu num hospital de Tóquio, de acordo com um comunicado da Tokyo Electric Power Co (9501), a operadora da central nuclear de Dai-Ichi de Fukushima. Yoshida, um engenheiro de formação, dirigiu os trabalhadores para tentar parar os reactores que estavam em sobreaquecimento após o forte terramoto do Japão e o tsunami que se lhe seguiu e que atingiu a central a 11 de Março de 2011. Yoshida permaneceu na central, liderando a resposta ao desastre, durante quase nove meses. «Não consigo imaginar o quão difícil foi para ele» disse Tatsujiro Suzuki, vice-presidente da Comissão de Energia Atómica Japão. «Ele teve que tomar a decisão que a maioria dos trabalhadores no local devia sair porque a situação se foi agravando, mas ele também tinha que ter alguém da sua equipe a continuara trabalhar com ele. Essa foi provavelmente a decisão mais difícil que teve que fazer», acrescentou. Yoshida renunciou ao cargo a 1 de Dezembro de 2011, depois de ter sido hospitalizado alguns dias antes com uma doença não especificada. A Tepco disse uma semana depois que se tratava de um cancro.

Cameron Estúdios usam 3D só para ganhar dinheiroConhecido por usar amplamente a tecnologia 3D em «Avatar», o realizador James Cameron parece não estar contente com a regularidade com o que recurso tem estado a ser usado. «Eu não acho que Hollywood está a usar o 3D correctamente», afirmou Cameron no fórum de tecnologia TagDF. «A razão pela qual eu digo que Hollywood não está a agir direito é porque é automático», completou. «O problema que eu vejo agora é que em vez de ser uma questão do cineasta, os estúdios querem ganhar dinheiro e estão a empurrar o 3D para realizadores que não ficam confortáveis ou não gostam do 3D», afirmou Cameron. Para o cineasta, superproduções como «O Homem de Aço» e «Homem de ferro 3» não deveriam ter sido lançadas em 3D. «Por exemplo, Homem de Aço e Homem de Ferro 3 e todos esses filmes não deveriam necessariamente ser em 3D. Se gastou 150 milhões de dólares em efeitos especiais, o filme já vai ser espectacular, perfeito.»

Macau Dia de França celebrado com jazz A Alliance Francaise de Macau comemora amanhã o Dia Nacional de França, que se assinala este domingo. A instituição, juntamente com outros parceiros locais, está a preparar uma noite especial para todos os cidadãos franceses no território e simpatizantes. De acordo com o director da Alliance Française, Pascal Casanova, a vai haver uma recepção no Museu de Arte de Macau, com um objectivo específico. “O cocktail vai começar às 18 horas e acontece dois dias antes da cerimónia de encerramento da exposição Napoleão. Quisemos organizar uma recepção no museu para proporcionarmos uma noite ainda mais especial a todos os convidados. Vamos ainda ter a Orquestra Sinfónica Jovem de Macau a tocar os dois hinos”. A seguir à recepção, pelas 19h50, dá-se a inauguração da exposição fotográfica “Planète Femmes”, no lobby do hotel Sofitel. Meia hora mais tarde, é servido o jantar no 6º andar. “Vamos providenciar um jantar, acompanhado de um concerto de jazz, a cargo da Associação de Jazz de Macau. Iremos ainda dar 1500 euros a seis alunos da Alliance que vão estudar em França, em Nice, durante o mês de Agosto”, realçou Pascal Casanova, acrescentando que a organização espera a participação de cerca de 150 pessoas no evento.

Presidente brasileira critica escutas dos EUAA presidente Dilma Rousseff afirmou na segunda-feira que espionagem feita por outro país ou por empresas estrangeiras é “sem dúvida” uma violação de soberania e de direitos humanos. “Se houver participação de outros países e empresas que não as brasileiras, seguramente há violação de soberania, sem dúvida. Como é [também] violação de direitos humanos (...) Agora, temos de investigar sem precipitação e sem pré-julgamento”, disse Dilma. No domingo, o diário brasileiro “O Globo” noticiou que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) monitorizou, durante vários anos, conversas telefónicas e dados de correspondência electrónica de cidadãos brasileiros ou de pessoas em trânsito pelo país. A Agência Nacional de Telecomunicações informou ter aberto um processo administrativo para investigar se empresas telefónicas sediadas no Brasil facilitaram a quebra do sigilo telefónico a favor dos EUA.

EGIPTO DIVIDIDO

Filho de general chinês acusado de violação

Ninguém está acima da leiO filho de um conheci-

do general chinês, o jovem Li Tianyi, foi formalmente acusa-

do de violação, disse a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua na segunda-feira à noite. O caso, ocorrido em Fevereiro passado num hotel de Pequim e que envolveu mais quatro pessoas, igualmente já acusadas por um tribunal local, suscitou indigna-dos comentários na internet so-bre a educação e comportamento dos filhos da elite comunista. A acusação parece ilustrar a anunciada disposição da nova

liderança chinesa em mostrar que “ninguém está acima da lei”.

Li Tianyi, 17 anos, é filho do tenor Li Shuangjiang, director do departamento de música do Exército Popular de Libertação (o nome oficial das Forças Ar-madas chinesas) e conhecido intérprete de canções patrióti-cas, que tem o posto de general.

Em 2011, também em Pe-quim, Li Tianyi e outro adoles-cente foram enviados para uma casa de correcção por terem atacado um casal, cumprindo um castigo de um ano. Num outro episódio muito comentado,

ocorrido em 2010 na província de Hebei, norte da China, o filho de um chefe de polícia atropelou dois estudantes num ‘campus’ universitário e, depois de detido, ameaçou os agentes de segu-rança: “Multem-me, se tiverem coragem. O meu pai é Li Gang”.

O jovem Li Qiming, filho do referido chefe da polícia, foi condenado a seis anos de prisão. Na segunda-feira passada, o ex-ministro dos Caminhos de Ferro Liu Zhijun foi condenado à morte com pena suspensa por dois anos por corrupção e abuso de poder.

O Governo de Timor-Leste determinou a extinção de três grupos de artes marciais e “tolerância

zero” para elementos das forças de defesa e segurança que participem naquela prática, refere o executivo timorense em comunicado hoje divulgado. “O Con-selho de Ministros determinou a extinção dos grupos de artes marciais designados por PSHT, CORK e KERAK SAKTI”, refere o documento, emitido na sequência da reunião extraordinária do conselho de ministros realizada a 2 de Julho. No final de 2012, o Governo já tinha renovado a suspensão para a prática de todas as actividades dos grupos de artes marciais, que foram proibidas em Dezembro de 2011.

Em 2011, os grupos de artes marciais fizeram um compromisso público durante o qual juraram contribuir para o ambiente de paz e estabilidade no país, mas, segundo o Governo, os incidentes continuaram. “Recentes incidentes em Díli e nou-tros distritos, envolvendo grupos de artes marciais,

têm vindo a provocar distúrbios sérios, destruição de bens, mortos e feridos”, refere o comunicado, acusando alguns elementos de fazerem juramentos em solo indonésio “sob a bandeira da República Indonésia”. Na semana passada, chegou a Díli o corpo de um timorense morto em Java em con-frontos entre grupos de artes marciais.

O Governo acusa também aqueles elementos de utilizarem “entradas ilegais” para a Indonésia protegidos por membros da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e das forças de defesa do país (F-FDTL). “O Governo determina, também, a política da tolerância zero para todos os mem-bros da PNTL e das F-FDTL que participem em actividades dos grupos de artes marciais, ficando estes sujeitos à aplicação de sanções disciplinares, incluindo a demissão das respectivas instituições, nos termos dos respectivos estatutos disciplinares”, refere o documento.

Timor Governo extingue grupos de artes marciais

Kung fu desalinhado

Hoje Macau 10 JUL 2013 #2889

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