Ainda nesta edição: Meio ambiente -...

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Ainda nesta edição: - Pistas de test drive prometem emoção na Bahia Farm Show! - Duas das mais tradicionais entidades sociais do Oeste, contempladas pelo Fundesis, são exem- plo de perseverança e competência no atendi- mento a quem mais precisa. - Acriagri promove modificações no atendimen- to e na estrutura das centrais e postos de recolhi- mento de embalagens para otimizar o serviço. ANO 18 Nº 197 Jan/12 Páginas 04 e 05 Página 07 Página 06 Páginas 08 e 09 Meio ambiente Novas leis ambientais aprovadas, quase simultanea- mente, na Bahia e em São Paulo, e a revisão do Có- digo Florestal Brasileiro, que avança no Congresso, chamam atenção para uma tendência positiva: o en- tendimento de que é preciso sistematizar e simplifi- car os procedimentos legais ambientais para balizar a atividade produtiva com a conservação da natureza e promover o desenvolvimento social. Em São Paulo, atividades agrícolas de pequeno potencial poluidor, que não impliquem em Áreas de Preservação Per- manente e Reserva Legal, ou supressão de vegetação nativa, estão dispensadas do licenciamento. Veja a matéria completa na página 08. Pistas intransitáveis, perigo em toda parte. As estradas estaduais que cortam o Oeste da Bahia não condizem em nada com a posição de grande pólo agrícola baiano e brasileiro que a região conquistou. As chuvas da estação complicam ainda mais a situação, que tem exigido esforços até de estados vizinhos, como o Tocantins. Em reuniões e através de cartas à Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia e ao Departamento de Infraestrutura e Transportes - Derba, a Aiba tem chamado atenção para o problema e proposto soluções, como uma Parceria Público Privada (PPP) para a recuperação e manutenção das ro- dovias estaduais, em caráter emergencial, além da construção, em médio prazo, da Rodoagro. Esta última terá um percurso aproximado de 222 quilômetros, e interligará os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto, ligando a BA - 459 (Anel da Soja) à BA - 225 (Coaceral), passando pela região Oeste dos municípios de Barreiras e Riachão das Neves. A parceria envolve Governo do Estado, produtores, prefeituras locais e Banco do Nordeste. O cerrado da Bahia deve colher em torno de sete milhões de toneladas nesta safra, que precisam ser escoados, mas, sem estradas, não dá. Acompanhe a matéria na página 03.

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Ainda nesta edição:- Pistas de test drive prometem emoção na Bahia Farm Show!

- Duas das mais tradicionais entidades sociais do Oeste, contempladas pelo Fundesis, são exem-plo de perseverança e competência no atendi-mento a quem mais precisa.

- Acriagri promove modificações no atendimen-to e na estrutura das centrais e postos de recolhi-mento de embalagens para otimizar o serviço.

ANO 18 Nº 197 Jan/12

Páginas 04 e 05

Página 07

Página 06

Páginas 08 e 09

Meio ambienteNovas leis ambientais aprovadas, quase simultanea-mente, na Bahia e em São Paulo, e a revisão do Có-digo Florestal Brasileiro, que avança no Congresso, chamam atenção para uma tendência positiva: o en-tendimento de que é preciso sistematizar e simplifi-car os procedimentos legais ambientais para balizar a atividade produtiva com a conservação da natureza e promover o desenvolvimento social. Em São Paulo, atividades agrícolas de pequeno potencial poluidor, que não impliquem em Áreas de Preservação Per-manente e Reserva Legal, ou supressão de vegetação nativa, estão dispensadas do licenciamento. Veja a matéria completa na página 08.

Pistas intransitáveis, perigo em toda parte. As estradas estaduais que cortam o Oeste da Bahia não condizem em nada com a posição de grande pólo agrícola baiano e brasileiro que a região conquistou. As chuvas da estação complicam ainda mais a situação, que tem exigido esforços até de estados vizinhos, como o Tocantins. Em reuniões e através de cartas à Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia e ao Departamento de Infraestrutura e Transportes - Derba, a Aiba tem chamado atenção para o problema e proposto soluções, como uma Parceria Público Privada (PPP) para a recuperação e manutenção das ro-dovias estaduais, em caráter emergencial, além da construção, em médio prazo, da Rodoagro. Esta última terá um percurso aproximado de 222 quilômetros, e interligará os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto, ligando a BA - 459 (Anel da Soja) à BA - 225 (Coaceral), passando pela região Oeste dos municípios de Barreiras e Riachão das Neves. A parceria envolve Governo do Estado, produtores, prefeituras locais e Banco do Nordeste. O cerrado da Bahia deve colher em torno de sete milhões de toneladas nesta safra, que precisam ser escoados, mas, sem estradas, não dá. Acompanhe a matéria na página 03.

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ANO 19 - Nº 197 - Jan/12Publicação mensal editada pela Associação de

Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba

Jornalista Responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Aprovação Final:Alex Rasia

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

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Matérias da Abapa, Fundeagro e Fundação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades.

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www.aiba.org.br

No dia 22 de de-zembro, o vice-

presidente da Aiba, Sérgio Pitt, participou

Aiba e Seinfra discutem obras deinfraestrutura para o Oeste da Bahia

Aeródromo de LEM, recuperação asfáltica do Anel da Soja e construção de novo trecho de estrada foram tema de reunião em Salvador

existe uma preocupa-ção da Secretaria com a gestão do aeródromo e foi sugerido, como referência, a análise do modelo adotado pelo aeródromo de Marin-gá (PR), entre outros. Sobre a conclusão das obras do asfaltamento, foi informado que o Derba, através do Pro-cesso n° 15.334/2011, fez a tomada de preços, e estima o serviço deve ser contratado ainda no mês de jan/2012.

Outros tópicos abordados:

Obras do trecho de 18 km (Centro Indus-trial): O Derba fez lici-

de uma reunião na Se-cretaria de Infra Es-trutura do Estado da Bahia (Seinfra), com

o secretário Otto Alen-car, o chefe de gabinete Marcos Cavalcanti e o diretor do Derba, Saulo

Pontes de Souza.A Aiba protocolou

uma carta da Prefeitura Municipal de Luís Edu-ardo Magalhães, soli-citando um caminhão-bombeiro para atender ao aeródromo. Tanto o secretário como o chefe de gabinete confirma-ram que será repassado pela Seinfra um veículo para atender aeronaves de até 50 passagei-ros. A previsão é até junho/2012.

“Estamos condicio-nando isso para a Bahia Farm Show. A estrutu-ra física para abrigar o corpo de bombeiros vai ficar por conta da ini-ciativa privada. Preci-samos tratar disso com urgência. O orçamento da obra gira em torno de R$300 milhões”, disse Pitt.

De acordo com o vi-ce-presidente da Aiba,

tação, com abertura de preços, na última sema-na de dezembro. Saulo Pontes de Souza se com-prometeu a efetuar o em-penho ainda em 2011.

Anel da Soja: O Derba fez uma carta convite de R$94 mil para os serviços de aplicação do material para tapa-buracos. O material será fornecido pelo próprio Derba.

Construção de 49 km da BR - 242 até a divisa: O projeto exe-cutivo está concluído e foi devidamente apro-vado pelo DENIT. Faz parte do PAC 2. O de-safio agora é conseguir força política para a li-citação da obra.

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Os recordes de pro-dução que fizeram

do Oeste da Bahia a maior fronteira agrícola do Brasil e despertaram o interesse do mundo para esta região são, agora, uma ameaça para a sua própria viabilida-de. Isto porque a pre-cariedade da estrutura logística regional atra-vanca a produção cres-cente, comprometendo o escoamento da safra. Esta situação aumenta os custos para o produ-tor e tira sua competiti-vidade, em um mercado de commodities, onde cada real economizado na produção tem grande peso na remuneração do agricultor.

O Oeste deve colher, na safra 2011/12, sete milhões de toneladas de grãos, segundo a estima-tiva do Conselho Téc-nico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Dentre as principais culturas estão a soja, o milho e o algodão. O transpor-te rodoviário, pratica-mente o único modal de escoamento dos grãos, é comprometido pelas péssimas condições das rodovias estaduais. Não bastasse a falta de manu-

Chuvas agravam precariedade das estradas estaduais e ameaçam escoamento da safra do Oeste da Bahia

- BA 458 – que liga a BA 459 (Anel da Soja) à região da Garganta, até o Km 135 (Panambí);- BA 461 – que escoa toda a produção da região de Bela Vista, fazendo a interligação entre a BA

460 e a BR 242, trecho que totaliza 56 quilômetros, sem pavimentação;- BA 462 – que escoa a produção das Regiões de Novo Paraná e Alto Horizonte, fazendo a interli-

gação entre a BR 020 e a BR 242 – com 58 quilômetros de extensão, sem pavimentação;- BR 242 – via fundamental para escoamento da produção agrícola do município de Luis Eduardo

Magalhães, no trecho entre a interseção com a BA 460 até a divisa com o estado do Tocantins, equi-valente a 49 quilômetros sem pavimentação;

- Estrada Timbaúba, braço da BR 020 no sentido da Serra, em 45 quilômetros;- Estrada da Soja, braço da BR 020, sentido da Serra, em 33 quilômetros. - Anel da Soja (BAs 458, 459 e 460), vias pavimentadas, com extensão de 200 quilômetros, em

péssimo estado de conservação.- Trecho da BR 135 (Barreiras até São Desidério) e BA 463 (São Desidério até Roda Velha, entron-

camento com a BR 020). “A situação é vergonhosa. Há estradas intransitáveis. Várias delas são BAs sem pavimentação,

de chão batido, que se acabaram com as chuvas. Isso é inconcebível em uma região pujante como o cerrado da Bahia”, diz Pitt. Ele complementa, ainda, informando que a manutenção de boa parte da BA 458, que liga a BA 459 (Anel da Soja) à região da Garganta, até o Km 135 (Panambí), está sendo executada com máquinas fornecidas pelo Estado do Tocantins, abrindo corredores estratégicos para o escoamento da produção para aquele estado.

Rodoagro

tenção da grande malha viária vicinal, as chuvas sazonais prejudicaram ainda mais o pouco as-falto remanescente, e tornam intrafegáveis muitos dos trechos.

Ameaçados pelo pro-blema, os agricultores, representados pela Aiba, propõem a instituição de uma Parceria Público Privada (PPP) para a re-cuperação e manutenção das rodovias. A entidade formalizou o pleito no início do ano, com cartas protocoladas em audiên-cia com o secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia, Otto Alencar, e ao Departamento de In-fraestrutura e Transpor-tes da Bahia, Derba.

De acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, a proposta é uma ação emergencial para minimizar os pro-blemas no escoamento da safra atual. Pela pro-posta, o Derba partici-pa com as máquinas e equipamentos, e os pro-dutores entram com o transporte do cascalho e assistência nas frentes de trabalho.

“Trata-se de uma solução paliativa para não inviabilizar esta safra. Em médio prazo, esperamos a pavimen-tação de alguns trechos estratégicos para o que contratamos projetos executivos no âmbito do Programa de Rodo-vias Estaduais do Oeste Baiano, para uma parce-ria entre Aiba, Governo da Bahia e Banco do Nordeste”, diz Pitt.

IntransitávelA situação é crítica em muitos trechos, segundo o vice-presidente da Aiba.

Ele lista como principais:

Em médio prazo, a Aiba espera incrementar a logística regional através de uma PPP entre Governo do Estado, produtores, prefeituras locais e Banco do Nordeste, para a construção e pavimentação de uma rodovia estratégica, batizada de Rodoagro. Esta estrada terá um percurso aproximado de 222 quilômetros, e interligará os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto, ligando a BA - 459 (Anel da Soja) à BA - 225 (Coaceral), passando pela região Oeste dos municípios de Bar-reiras e Riachão das Neves. O trecho foi dividido em três lotes, dos quais o Derba já está analisando os primeiros dois trechos entregues pela empresa ATP Engenharia Ltda, contratada pela AIBA. O projeto executivo será concluído ainda no mês de fevereiro próximo.

A rodovia beneficiará a mais importante fronteira agrícola do estado. São hoje aproximadamente 600 mil hectares de lavoura já explorados e proporcionará a incorporação de mais 400 mil, perfazendo uma área de um milhão de hectares de lavoura, fomentando um impacto econômico superior a dois bilhões de reais, gerando empregos, renda e impostos.

“A Rodoagro tem um traçado estratégico, e irá proporcionar o escoamento da produção agrícola pela Bahia. Hoje, parte desta produção é escoada pelo estado do Tocantins. Com a rodovia o Estado irá recuperar uma grande parcela de impostos perdidos”, argumenta Sergio Pitt.

Também estão na fase conclusiva, os projetos executivos para pavimentação das Estradas da Soja com extensão de 33 quilômetros e a estrada Timbaúba, com extensão 45 quilômetros, com o propósito de asfaltamento em parceria do Governo com os produtores.

Sérgio Pitt

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O peso da idade não tirou de Dona Cla-

rice e de Dona Vandinha a altivez e o brilho. De pé, andando com ajuda de apoios, elas assistiram, no dia 15 de dezembro, à inauguração das obras do Fundesis na Associação de Proteção às Crianças Pobres de Barreiras, con-templada pela segunda vez com os recursos do Fundo, uma iniciativa de responsabilidade social da Aiba e do Banco do Nor-deste. Mais que especta-doras na solenidade que contou com a presença de representantes da asso-ciação de produtores e do BNB, essas senhoras são testemunhos vivos de uma obra social, cuja trajetória já contabiliza 61 anos de existência. Esse traba-lho social começou em 1950, como um lactário, e hoje garante educação, alimentação e segurança a 100 crianças de Barrei-ras, enquanto suas mães,

Associação de Proteção a Crianças Pobres de Barreiras inaugura obras com recursos do Fundesis

Com seriedade de propósitos e gestão,instituição é exemplo de longevidade na

missão de fazer o bem

trabalhadoras de baixa renda, lutam. Vanda Luz, a Dona Vandinha, aos 91 anos de idade, é a única representante que sobre-vive, dentre as 10 mulhe-res da primeira diretoria da instituição, também conhecida como Creche Tia Clarice, homengem à guerreira que foi presi-dente por três vezes.

Com os recursos do Fundesis, de R$45 mil re-ais, para os quais a Creche Tia Clarice se habilitou através do edital 2010, a entidade pode promover uma grande reforma, que incluiu novos revesti-mentos, troca de piso, de telhados e forros, dentre outras melhorias. Foi a se-gunda vez que a institui-ção foi contemplada com recursos do Fundesis. Da primeira, o montante não reenbolsável se converteu em estrutura de lazer e pedagógica, como a cons-trução de um playground infantil, brinquedoteca,

salas de música e de lei-tura, equipamentos ele-trônicos, contratação de pedagogos. “Não é fácil manter uma estrutura des-sas. Os custos são altos, a demanda é grande e o incentivo para esse traba-lho vem do nosso dom de servir e amar ao próximo, porque as pessoas que es-tão à frente dessa obra não são remuneradas, e nem podem ser. Mas os pro-fissionais que trabalham o são, e precisamos garantir a folha de pagamento e a manutenção da estrutura”, explica Maria Quitéria Guimarães Mariane Wan-derley, atual presidente da instituição.

“Os recursos do Fun-desis nos permitem feitos que de outra maneira se-riam muito difíceis de ser realizados”, explica Ma-ria Quitéria, que também ressalta a importância da parceria da Prefeitura Municipal de Barreiras, na área pedagógica, com coordenadora, professo-ras, monitoras e meren-deira, assim como de programas como o Sua Nota é um Show, do Go-verno do Estado. “Conta-mos milhares de notinhas por mês para garantir meios de aquisição de material, equipamentos e manutenção. Mas, jamais conseguiríamos tudo isso sem o apoio e doações dos Amigos da Creche”, lembra a presidente.

Segundo o diretor exe-cutivo da Aiba, Alex Ra-sia, que compareceu à so-lenidade de inauguração das obras, as melhorias implementadas na creche da Associação de Prote-ção às Crianças Pobres representam para a Aiba e o BNB, idealizadores do Fundesis, motivo de gran-de satisfação e a certeza de que o objetivo maior do fundo, de contribuir para diminuir as distâncias so-ciais de nossa região, está sendo alcançado. “Para-benizamos os dirigentes e colaboradores da institui-ção pela obra. São ações como estas que servem de estímulo à Aiba e ao BNB para que possamos continuar trabalhando na captação de recursos para que o Fundesis possa be-neficiar cada vez mais ins-tituições, afirmou Rasia. Desde 2007, o Fundesis já investiu mais de R%1,5 milhão em projetos de 19 instituições da região Oeste da Bahia, que traba-lham, entre outros públi-cos, com crianças, jovens, idosos e pessoas com ne-cessidades especiais. Só em 2011, foram alocados para este fim R$555 mil.

Vanda Ligouri da Luz nasceu em 21 de

novembro de 1920, reside em Barreiras e fez parte da primeira

diretoria da Associação de Proteção às Crianças

Pobres, em 26 de abril de 1950.

Em destaque na foto, Vanda é a única das

fundadoras da creche ainda viva.

Veteranas do Bem

Clarice Fernandes Borges nasceu em 04 de abril de 1933, reside em Barreiras. Começou a fazer parte da Associação em 1972, e, aos poucos, foi se envolvendo. Foi eleita presidente de 1985 a 1987, de 1991 a 1993, e de 2000 a 2002. Promoveu eventos para angariar fundos em favor da entidade e buscou amigos para se associar. Continua visitando com frequência a Associação. Vanda Ligouri da Luz (em destaque na foto)

ao lado das outras fundadoras da creche

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Internet e livros. Uma receita de sucesso

para elevar dezenas de crianças à dimensão do conhecimento. E, com o repasse de R$20 mil, de um total de R$50 mil a ser destinado, proporcionados pelo Fundesis, o Lar Batista David Gomes está con-seguindo transformar este projeto em reali-dade. Os recursos se-rão aplicados na cons-trução e montagem de uma sala de informá-tica, integrada a uma sala de leitura. A obra anda a passos largos, e os equipamentos e ma-teriais já estão sendo comprados. A entidade estima que até março deste ano, estará tudo pronto para as crianças desfrutarem.

No Lar, um abrigo

Janela para o mundo – Lar Batista David Gomes aplicarecursos do Fundesis em Biblioteca e sala de Informática

institucional, moram ao todo 35 crianças e adolescentes. Meninos e meninas com faixa etária variando dos dois aos 18 anos. Mas as portas da instituição também estão abertas para os jovens da comu-nidade, especialmente os do Loteamento An-tônio Geraldo, que fre-qüentam diariamente a quadra poliesportiva e participam das ativida-des recreativas. Com a implantação das novas salas, a instituição pre-tende destinar um cur-so de informática gra-tuito para este público também.

Esta é a primeira vez que o Lar Batista David Gomes se habi-lita ao Fundesis. E, se-gundo o coordenador Eliel Pinho, não será a

última. “Quando abrir o próximo edital, esta-remos juntos”, afirma. Com uma estrutura de quatro casas, sede ad-ministrativa, além de horta, pomar e aprisco, que garantem alimen-tos para a cozinha, o Lar Batista David Go-mes precisa de toda ajuda possível para manter a estrutura. As casas operam em sis-tema de lares sociais, e em cada uma delas há uma “mãe”, contratada para a função de cuidar das crianças. São 46 anos de história de ser-viços prestados à co-munidade de Barreiras e muitos planos de se-guir adiante e ampliar o projeto, que faz par-te da Junta de Missões Nacionais da Conven-ção Batista Brasileira.

“O Fundesis é uma iniciativa fantástica. Ele é funcional, eficaz, e, ao mesmo tempo, é simples em seu acesso. Às vezes tentamos nos habilitar para outras iniciativas de responsa-bilidade social, de gran-des empresas nacionais, mas as exigências buro-cráticas são tantas, que uma instituição de me-nor porte não consegue cumpri-las. Outra ca-racterística louvável do Fundesis é que ele não discrimina entidades de cunho religioso, que são justamente as que mais têm tradição em trabalhar com o social, sejam elas católicas, protestantes, espíritas ou de qualquer outra religião. Isso se adéqua perfeitamente à época em que vivemos, de

respeito à diversidade”, acrescenta Eliel Pinho.

Para o vice-presi-dente da Aiba, Sergio Pitt, conhecimento é o ativo mais valioso que o Fundesis pode pro-porcionar, tanto para as pessoas atendidas pelo Fundo, quanto para aquelas que trabalham nas instituições. “Den-

Início das obras Estágio atual das obras

No Lar, um abrigo institucional, moram ao todo 35 crianças

e adolescentes. Meninos e meninas

com faixa etária variando dos dois

aos 18 anos

tro em breve estaremos dando novos passos em direção a parcerias para ampliar o nosso leque de atuação, in-vestindo no aperfei-çoamento das pessoas que administram enti-dades como esta, e aju-dando a pavimentar a sua sustentabilidade”, afirma Pitt.

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A devolução das em-balagens vazias de

defensivos agrícolas é um dos pontos-chave

Aiba questiona Aciagri/Central Campo Limpo sobre demora no agendamento da devolução de embalagens vazias

da sustentabilidade da agricultura do Oeste da Bahia. A região tem o maior índice de reco-

lhimento dessas emba-lagens, entre os estados produtores do país. As embalagens são entre-

gues pelos agricultores, após realizada a “trípli-ce lavagem”, processo necessário para evitar a contaminação do meio ambiente pelo princípio ativo do produto. Na Central Campo Limpo, elas são prensadas e têm a destinação correta.

Com o desenvolvi-mento do agronegócio na região e o aumento significativo de área de plantio na safra 2010/11, as estruturas de recolhimento co-meçaram a ficar insu-ficientes para atender toda a demanda. Por conta disso, a Aiba re-cebeu alguns relatos de produtores que, para agendar o recolhimento em suas propriedades, tinham de esperar de 30 a 90 dias. A Aiba rela-tou, através de carta, o problema para o pre-sidente da Associação Comercial de Insumos Agrícolas – ACIAGRI, que administra a Cen-tral, Adilson Gonçalves de Campos.

Na carta, a Aiba per-guntou sobre a existên-cia, ou não, de previsão de investimentos para a ampliação da capaci-dade de atendimento do sistema Campo Lim-po no Oeste da Bahia. Além disso, a entidade representante dos pro-dutores pleiteou a rea-bertura da unidade da Coaceral, e a instalação

de um posto em Placas ou Ouro Verde.

De acordo com a resposta da Aciagri, a Central Campo Lim-po Barreiras, que tem capacidade de receber 1500 toneladas de em-balagens vazias por ano, estava sobrecarregada. Por causa disso, a Acia-gri e o INPEV constru-íram a Central Rosário, há dois anos, além da Central roda Velha, do Posto de Recebimento da Panambi e o da Co-aceral. Em 2011, todas essas estruturas foram ampliadas.

Segundo Adilson de Campos, a meta da Aciagri é incrementar e fazer modificações estratégicas nas estru-turas existentes e criar novas. A primeira delas é transformar o posto da Coaceral, que en-trou em funcionamen-to em junho de 2011, em uma Central. Para isso, serão realizadas algumas adequações previstas já para o ini-cio de 2012.

Também estão na programação da Acia-gri, construir uma Cen-tral Campo Limpo em Placas, que começaria com capacidade de 500 mil toneladas ao ano, passando para 800 mil toneladas ao ano em três anos. A previsão é dar inicio a esta obra em novembro de 2012.

Construir um posto de recebimento de emba-lagens na microrregião de Campo Grande (São Desidério), com capa-cidade para 150 mil to-neladas ao ano, previsto para o primeiro semes-tre deste ano. Construir um posto semelhante e no mesmo período, na microrregião da Ve-reda, para atender aos produtores de Cocos e Jaborandi e transformar o Posto da Colonização Panambi numa Central, com os devidos investi-mentos, em 2013.

Para agilizar o agendamento, a Acia-gri/Central Campo Limpo está ligando para os produtores e gerentes de fazendas na véspera da data agendada para lembrar o compromisso. Se-gundo o presidente da Aciagri, cerca de 30% dos agendamentos não eram cumpridos, por esquecimento. A enti-dade também adotou novos procedimentos internos para melhorar os processos de recebi-mento e prensagem, e sugere que os produto-res aproveitem os me-ses de menor demanda para garantir os seus agendamentos. Neste caso, uma alternativa apresentada foi reo-rientar os agendamen-tos para as unidades de Rosário e Roda Velha, que têm trabalhado com menos demanda nos últimos meses. O interessado deve pro-curar a Aciagri.

A Central Campo Limpo Barreiras tem capacidade de receber 1500 toneladas de embalagens vazias por ano

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Lama, pirambeira, la-deira, cascalho. Para

os super utilitários da Bahia Farm Show 2012, estrada boa é luxo. E para testar a raça dessas verdadeiras máquinas de guerra, as pistas de test drive estão ficando cada vez mais arrojadas no Complexo Bahia Farm Show. São ao todo oito mil metros quadrados em pistas, nos quais as montadoras e revendas projetam as piores con-dições possíveis para o carro, mas com toda a segurança para os mo-toristas e para o público. A Bahia Farm Show está na nona edição e aconte-cerá de 29 de maio a 02 de junho, em Luís Edu-ardo Magalhães.

Além dos interessados em conhecer até onde vão os limites dos veículos - em geral, pessoas comuns -, as empresas trazem para a feira seus pilotos de tes-te que executam perfor-mances acrobáticas para

Revendas e montadoras capricham nos desafios para demonstrar

capacidade dos veículosdelírio do público. “Tudo isso é minuciosamente planejado para garantir a segurança de quem as-siste e de quem dirige as máquinas”, explica Pablo Manoppela, responsável pela comercialização dos estandes da feira.

Com 16 anos de Oeste da Bahia, o Gru-po Primavia já garantiu sua pista de test drive. O Grupo, que detém a concessão de vendas da marca Nissan na re-gião, vai demonstrar na pista as habilidades da camionete Frontier, mas guarda segredo da estra-tégia de apresentação. “Posso dizer que tem atoleiro, teste de 4X4, de caçamba e várias outras situações-limite. Nossa expectativa é dobrar a participação da Nissan na feira”, adianta o ge-rente Márcio Andrade. O Grupo Primavia repre-senta, ainda, a Renault e a Fiat no evento.

Já a Sanave Veículos,

concessionária Volkswa-gen, aposta na Amarok. A pickup, lançada há um ano, já estreou na feira do ano passado, e prome-te uma bela performance para a edição 2012 da Bahia Farm Show. “Va-mos mostrar a versão com câmbio automático e submeter o carro a in-clinações muito elevadas e curvas acentuadas. A idéia é mostrar que em qualquer inclinação, é possível abrir a porta do veículo, porque o chas-sis não torce. Ela sobe qualquer rampa sozinha, sem qualquer interferên-cia do motorista”, diz o diretor Rubens Darzé. A Sanave, cujo grupo tam-bém inclui a concessio-nária Campo Verde, le-vará para a pista quatro pilotos de teste.

Vendas a jato

O ritmo das vendas da Bahia Farm Show 2012 bate o recorde de

todas as edições. “Fe-chamos 2011 tendo em torno de 90% da feira co-mercializados. Isso, seis meses antes do evento”, diz o coordenador geral do evento, Alex Rasia. Para ele, o sucesso na venda de estandes reflete a consolidação da feira no calendário de grandes eventos do agronegócio brasileiro, a credibilidade junto aos expositores, e ao bom momento viven-ciado pela agropecuária, com mercado favorável para as commodities.

A Bahia Farm Show é promovida pela Asso-ciação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação dos Reven-dedores de Máquinas e Implementos Agríco-las do Estado da Bahia (Assomiba), Fundação Bahia, Associação Baia-na dos Produtores de Al-godão (Abapa) e Prefei-tura Municipal de Luís Eduardo Magalhães.

Bahia Farm Show 2012

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Em 28 de dezembro de 2011, o então governador em exercício, Otto Alencar, sancionou a Lei nº

12.377/2011. Foi o fechamento esperado, em grande estilo, para um ano que figurará para sempre como um marco definidor dos novos rumos da produção brasi-leira, sobretudo a agrícola, no que diz respeito ao ba-lizamento legal entre a atividade produtiva e a conser-vação do meio ambiente. No plano nacional, a revisão do Código Florestal Brasileiro, que avançou no Con-gresso, e, na Bahia, a nova lei ambiental sancionada no final de 2011, foram os momentos maiores de um longo período de diálogos e discussões no exercício pleno da Democracia. Em todas estas esferas, a Aiba

Governador em exercício sanciona Lei Ambiental

atuou vigorosamente, como protagonista ou coadju-vante da construção dos novos arcabouços legais.

A lei estadual surge como forma de institucionali-zar a integração das Políticas Estruturantes de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos e a qualificação do processo de gestão ambiental na Bahia, com a im-plementação dos instrumentos de controle ambiental (licença, fiscalização e monitoramento). A constru-ção do projeto de lei priorizou uma metodologia par-ticipativa e foi discutida com os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Cepram e Conerh), com segmentos da sociedade civil, ONGs, poder público e setor empresarial. A aprovação da

Lei 12.337/2011 criou, por exemplo, outras duas modalidades de licenciamento: a Licença de Regula-mentação (LR), concedida para regularizar ativida-des ou empreendimentos em instalação ou funciona-mento, mediante recuperação ambiental. A segunda é a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) concedida eletronicamente para empreendi-mentos de pequeno impacto ambiental.

Um dia depois da lei baiana ser sancionada, o es-

tado de São Paulo publicava em seu Diário Oficial a Resolução Conjunta n° 01, de 27 de dezembro de 2011, assinada pelas secretarias de Meio Ambiente, de Agricultura e Abastecimento, e de Justiça e Defesa da Cidadania, que dispensa as atividades agrícolas de pequeno potencial poluidor do licenciamento ambien-tal. Bastando, para isso, que o interessando preencha e apresente a Secretaria de Agricultura do Estado a Declaração de Conformidade da Atividade Agropecu-ária, desde que não implique intervenção em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, ou em supressão de vegetação nativa.

“Essa sincronicidade de acontecimentos legais no que tange ao meio ambiente, não é mera coincidência, ela representa uma tendência, com o entendimento que é preciso simplificar os trâmites burocráticos, viabili-zando a implantação dos empreendimentos. No caso da legislação de São Paulo, cada secretaria envolvida, no âmbito da sua atuação, participou e convalidou o processo, com resultado bastante satisfatório para os três lados, ambiental, produtivo e social. Se a lei baia-na foi um avanço, a paulista foi além, desburocratizan-do ainda mais os procedimentos. Essa simplificação e sistematização dá capacidade aos órgãos ambientais de fazer o licenciamento e a fiscalização, garantindo desenvolvimento com qualidade ambiental”, disse o vice-presidente da Aiba, Sergio Pitt.

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