Trabalhos criativos 2 LA DAME ET LA LICORNE
-
Upload
isabel-pereira-da-costa -
Category
Documents
-
view
216 -
download
3
description
Transcript of Trabalhos criativos 2 LA DAME ET LA LICORNE
Recorda a tapeçaria La dame et la
licorne. Nas 6 tapeçarias tinhas o
unicórnio na presença da dama, a
senhora de alta sociedade que parece
desprender-se dos sentidos. Imagina
como terá chegado o unicórnio à sua
presença. Como se encontraram? De
que falaram? O teu texto deve preceder
as imagens dessa tapeçaria.
TEXTO CRIATIVO Nº 11
Era uma vez, em França, uma dama nobre, bela e corajosa. Essa dama
treinava, com o seu irmão, a disciplina do combate. Os dois eram iguais. A
dama, Emeline, não podia ser cavaleira porque era uma mulher, mas o seu
irmão podia ser cavaleiro e era mesmo o melhor da sua região.
Certo dia, ao darem um passeio nos seus cavalos, atravessaram a
floresta hoje conhecida como floresta de Saint-Germain. Essa floresta era,
antigamente, mágica porque tinha centauros, minotauros pacíficos, dragões
carinhosos, gigantes simpáticos, unicórnios belos, grandes e anjos vindos
do céu. Todas essas criaturas fantásticas viviam juntas, em harmonia.
No dia do passeio dos nossos amigos, aconteceu uma agressão de um
demónio contra um unicórnio. O rei dos unicórnios foi atacado pelo
demónio, porque este ia morrer e, se bebesse sangue de unicórnio,
sobreviveria. Os dois irmãos ouviram o lamento do rei unicórnio e no
mesmo instante precipitaram-se para o lugar de onde vinha o barulho.
Assim que o demónio os viu atacou-os com força, com um sortilégio de
fogo. Emeline ficou petrificada pelo medo. O irmão saltou e sacrificou-se
por ela. A jovem, furiosa com a morte do irmão, saltou com raiva sobre o
demónio e fez dele cubos de queijo.
Preocupada com o unicórnio e triste com a morte do irmão, Emeline
pediu ajuda aos anjos que lhe deram o poder de curar e ressuscitar. Mas só
podia reanimar uma pessoa, senão morria. Então, ela percebeu que o
unicórnio estava gravemente ferido, mas não morto. Resolveu curá-lo
rapidamente antes que morresse e ressuscitou o seu irmão. O rei unicórnio,
que já estava um pouco melhor, declarou que por lhe ter salvado a vida,
queria, ou melhor, obrigava a sua salvadora a tê-lo como amigo e a tê-lo
como animal de companhia para sempre. Emeline não recusou, não podia
fazê-lo! Respondeu-lhe que seria uma grande honra para ela tê-lo ao seu
lado.
Pouco depois todos estavam bem, mesmo o irmão da jovem.
Regressaram então ao castelo da dama Emeline com um amigo precioso: o
nosso rei preferido, o rei dos unicórnios!
RM
TEXTO CRIATIVO Nº 12
A Dama e o Unicórnio
Num dia de pleno verão, o sol brilhava e o céu estava limpo. Como o
dia estava tão bonito, a dama decidiu ir dar um passeio pela floresta, à
sombra das árvores frondosas. Ao sair do palácio, ouviu uns passos.
- Que será? — perguntou a si mesma, um pouco intrigada. Mas,
como nada visse, continuou o seu caminho. Quando chegou a meio da
floresta já tinha um ramo de flores na mão que fora colhendo e ouviu de
novo os passos que tinha ouvido algum tempo antes. Decidiu pousar as
flores no chão e, pé ante pé, foi esconder-se atrás de uma árvore. Ficou à
espera minutos e minutos a fio, um tempo que lhe pareceu imenso, do
tamanho de vários dias, meses, anos! Quando finalmente saiu do seu
esconderijo, ouviu um barulho que vinha de trás de uns arbustos e de lá viu
sair uma espécie de cavalo, mas que tinha algo de especial na ponta da
cabeça. O que seria aquilo? Era um unicórnio! Aquele cavalo tão especial
era um unicórnio! A dama estava espantada, pensava que estava a sonhar,
se calhar tinha adormecido... Mas ela estava a ver muito bem, estava bem
acordada! Ganhou coragem e foi andando, muito devagarinho,
aproximando-se cada vez mais do animal tão estranho e fantástico.
Quando chegou perto do unicórnio, estranhou: o animal não fugira,
nem se tinha mexido, continuava no mesmo lugar. O unicórnio tinha um
colar; a dama pôs com cuidado a mão sobre o colar e fez umas festas ao de
leve sobre o pelo, branco, liso e macio do animal. A dama reparou então
que o unicórnio estava ferido na pata direita e que, de certeza, já não podia
andar. A dama foi depressa procurar os instrumentos e as plantas todas de
que precisava para tratar do pobre animal ferido. Tratou com muita
delicadeza a ferida do unicórnio. Depois, a dama pegou nele e foi de volta
para casa, já começava a ficar tarde de mais.
Ao chegar ao castelo, passou pelo portãozinho que dava para uma
sala pequena e estreita. O unicórnio cabia lá dentro pois ainda era pequeno.
O unicórnio passou lá a noite toda e, de manhãzinha, ao nascer do sol, a
dama foi dar-lhe de beber e de comer. Durante muitos dias, a dama cuidou
dele. Agora são amigos inseparáveis. Por isso, o unicórnio aparece nas
tapeçarias que a dama mandou tecer para ela e para o seu unicórnio, para
imortalizar a sua amizade.
Titi
TEXTO CRIATIVO Nº 13
Era uma vez, uma princesa que estava presa num castelo
habitado por um dragão. Um pobre infeliz sabendo disso
apaixonara-se pela princesa. O problema é que não tinha nada :
nem tinha arma, nem cavalo, nem moeda. Só tinha uma cruz do
senhor Jesus Cristo.
Num belo dia, quando o pobre homem andava a pé, depois de
ter ido à Missa, viu um magnífico unicórnio cujo pelo era branco
como a neve e tinha um chifre cor de pérola. Em cima do
unicórnio, havia Maria, mãe de Deus dizendo :
- Na tua vida comportaste-te bem, por isso dou-te esse cavalo
imaginário e único capaz de salvar a tua princesa.
Depois de ter dito isso, a mãe de Deus desapareceu e o pobre
homem ficou surpreendido com o sucedido. Então, cavalgou com
o unicórnio em busca da princesa percorrendo terras e mares.
Um dia, quando o pobre e o animal fantástico descansavam
perto duma árvore, viram um castelo negro a um quilómetro do
local onde estavam. Então, o paupérrimo pobre chamou o seu
amigo e partiram rapidamente. Quando estavam diante do castelo,
os dois amigos ficaram aterrorizados: havia um dragão de vinte
metros de altura, que dormia à entrada. O pobre ordenou ao cavalo
imaginário que voasse. O unicórnio, fidelíssimo ao seu dono,
transformou-se em águia e foi buscar a princesa que fazia sinais
com as mãos. Então, o pobre pediu a mão da senhora em
casamento e ela aceitou. Davam beijinhos um ao outro no
adormecer do sol.
É por isso que ainda hoje, encontramos as tapeçarias de La
dame à la licorne celebrando a beleza da dama e do unicórnio.
CR
TEXTO CRIATIVO Nº 14
Um dia, quando o sol ainda estava a nascer, uma jovem acordou. Virou a
cabeça: o quarto onde ela estava a dormir não era magnífico, era bem mais do que
magnífico, uma verdadeira obra de arte! A jovem nobre era ainda mais bela do que as
aves exóticas que moravam no parque do castelo.
O único problema desta senhora, era a sua tristeza. Faltava-lhe alguma coisa. O quê?
Ela não sabia e andava desesperada: não se sentia feliz mesmo se tinha tudo. Milhares
de animais, o melhor cozinheiro da região, e; sobretudo, um pai e uma mãe que a
amavam. Os pais, como é óbvio, andavam tristíssimos por ver que a filha única era
uma jovem tão triste.
Um dia, o pai, desesperado, foi ver um mágico. O mágico era um estrangeiro
completamente bêbado, mas muito potente e inteligente. Este pediu tesouros e o rico
e potente conde deu-lhos a seguir, o estrangeiro disse-lhe para voltar na noite seguinte
com a filha...
Na noite seguinte, pai e filha entraram na residência do mágico (uma velha
barraca) e este apanhou a jovem e atirou-a com brutalidade para um grande espelho e
esta desapareceu!
A menina triste acordou com dificuldades, onde é que ela estava? Talvez
estivesse morta? Não, não estava, sentia um vento quente com cheiro a baunilha a
infiltrar-se na sua roupa. Começou então a descobrir aquele mundo perdido.
Estava num verdadeiro labirinto: as paredes, já velhas, tinham biliões de anos
de existência e abriram-se quando ela estava a passar. Após alguns minutos, chegou
numa planície cheia de flores mas ali não pôde pensar melhor sobre o que acabava de
lhe acontecer porque ouviu um grito melancólico ( é estranho, não é?) que não lhe era
corrente. Correu então para o local onde vinha o barulho. Uma pessoa? Um amigo?
Um inimigo? Quem podia estar tão triste?
Quando chegou lá, quase ia morrendo de espanto e de hilaridade: um
unicórnio, virado ao contrário, na horizontal, a um metro do chão, estava ―empalado‖
pelo seu único chifre. Foi fácil tirá-lo de lá e tornaram-se facilmente amigos! Afinal,
era isto que lhe faltava, um amigo!
Brincaram noites e dias, partilhavam tudo e mais alguma coisa, desenvolveram
uma amizade forte, duradoura e muito original.
Um dia, a jovem voltou ao seu mundo de origem, acompanhada pelo unicórnio
e está acabada a história de uma menina triste a quem faltava um amigo.
magalhães
TEXTO CRIATIVO Nº 15
O unicórnio belo e suave saiu da floresta encantada em
busca de aventura. O bravo animal caminhou e caminhou,
mas toda a gente que encontrou tinha medo dele, todos
fugiam para suas casas. Até que o animal encontrou um
castelo. Pensou em ir embora mas, de repente, ouviu uma
voz suave e pura a cantar.
O unicórnio apaixonou-se pelo que ouvia, era como se
a música fosse feita para o coração. Então, decidiu entrar no
castelo, mas no portão principal encontrou um leão bravo e
destemido que não o queria deixar passar. Explicou-lhe que
queria ver com os seus olhos de onde vinha tal beleza. O
leão acompanhou-o então ao jardim do castelo onde viu
uma tenda e uma sombra lá dentro. Abriram-se as cortinas
da tenda e de lá saiu uma bela princesa, muito bonita, cheia
de joias, que quando viu o unicórnio ficou incrédula. Nunca
tinha visto um unicórnio na vida e decidiu ficar com ele.
Tomou não só conta dele, mas também declarou o unicórnio
seu símbolo pessoal. Desde essa altura, ficaram amigos. O
unicórnio adorava aquele jardim onde viviam imensos
animais atraídos pela magnífica voz da princesa. A princesa
era muito bondosa e dava de comer a todos os animais. De
vez em quando tocava um instrumento para acompanhar a
sua voz melodiosa.
Foi assim que o unicórnio se tornou o melhor amigo da
jovem dama juntamente com o leão, que os acompanhava
sempre!
mata8
TEXTO CRIATIVO Nº 16
Era uma vez uma dama chamada Rapunzel que tinha a maior
bondade do mundo. Todas as manhãs levantava-se bem cedo para
colher flores no bosque.
Numa dessas manhãs, a dama decidiu desviar-se da sua rota
habitual para conhecer outra parte da floresta. Ia caminhando
encantada pela linda natureza com flores de todas as cores e
árvores raras, até que viu um grande portão e, levada pela
curiosidade, entrou.
Esfregou os olhos e beliscou-se duas ou três vezes para ter a
certeza de estar acordada: tinha encontrado um grande castelo,
resistente e de grande luxo.
Entrou, sem pensar duas vezes, no grande castelo e admirou
todos os quartos e salas. Enfim foi ao grande jardim e viu o que
menos esperava, um unicórnio de beleza única: branco, com um
chifre gigante que brilhava à luz do sol. O unicórnio aproximou-se
e disse-lhe:
-Cara Rapunzel, aceita por favor o meu humilde pedido. Sê
minha dona e eu serei teu fiel companheiro.
-Aceito, com certeza – disse Rapunzel do fundo do coração –
Mas com uma condição: deixa-me por favor levar metade da
riqueza deste castelo aos pobres.
-A tua condição é aceite, cara Rapunzel. A tua bondade é
imensa e eu admiro-te muito. Serás então a rainha deste castelo e a
minha dona amada.
Rapunzel ficou o resto do dia a acarinhar o seu lindo
unicórnio ao qual chamou Starly. Os pobres, ricos ficaram e
Rapunzel e o seu unicórnio felizes para todo o sempre!
catateu
TEXTO CRIATIVO Nº 17
Um dia a dama estava passeando num parque quando
encontrou um cavalo com um chifre na cabeça. Ficou tão
emocionada e assustada que desmaiou. Mal tinha desmaiado, o
unicórnio, com o seu grande chifre levantou-a e começou a falar
com ela. A sua primeira reação foi perguntar-lhe se estava bem e
quis saber o que lhe acontecera. A dama ficou ainda mais
assustada. Pensou: «O quê?? Como é possível um unicórnio
falar??? ». De repente estabeleceu-se um diálogo e começaram a
falar um com o outro:
- Näo te preocupes, eu näo te quero fazer mal – afirmou o
unicórnio.
- Por favor: não te aproximes de mim! Eu sei que tu não me
queres fazer mal, mas eu estou com medo na mesma.
A dama começou a chorar. Chorou tanto e tanto que se formou
uma poça de água a sua volta. O animal viu que a senhora estava
mesmo assustada e então espreguiçou-se no chão fazendo-lhe uma
pequena e carinhosa festa na cara. Logo após esse movimento, a
dama compreendeu que o unicórnio não lhe queria fazer mal. A
partir daí começaram a ser amigos. Falaram e falaram até que o
unicórnio lhe propôs que fossem dar uma volta juntos. Ela nem
pensou duas vezes:
- É claro que quero!! Nunca imaginei andar num unicórnio!
Sempre foi o meu sonho!! Nem acredito que o vou realizar!!!
- Então segura-te bem que a aventura vai começar!!!
Pelo que percebi a aventura foi espectacular. Tão espectacular
que marcou o início de uma grande amizade, tão grande foi ela
que acabou por ficar imortalizada nas tapeçarias que ainda hoje
podemos admirar no museu de Cluny, em Paris.
sete olhos de dragão
TEXTO CRIATIVO Nº 18
Tudo começou há muito tempo. Há mesmo muito tempo. Num belo dia de primavera
Florieta, a dama, vestiu o vestido mais simples que tinha, deixou os cabelos loiros escorrer
pelos omtros tal uma cascata. Hoje, como todos os diaas desde há 30 anos, os exércitos de
Flokos e Floris combatiam por causa de um minúsculo território que fazia fronteira com os
dois reinos. Florieta não gostava nada daquela guerra e achava que já ninguém sabia por que
é que lutava. Florieta fugia sempre que podia do castelo e naquele dia, pegou no capuz azul,
nos sapatos brancos e saiu do quarto pelas trazieras. Costumava levar consigo um caderno e
um lápis pois eram poucas as vezes que a deixavam sair e desenhar o que ela queria.
Cavalgou, galopou, correu, atravessou os prados e chegou então à nascente de ouro. Aquele
era o seu lugar favorito. O imenso espelho ( o rio relusente) descia aquele val espelhando
(refletindo) aquele sol que despertava todos os animães que por ali pernoitavam. O único
habitante daquele paraíso era um enorme carvalho que fazia sombra a quem por ali ficasse.
Toda a família de Florieta era séria, realista, moralista, formal e bem educada. Ela
também era bem educada, mas preferia desenhar, rir e sonhar que formar guerreiros, subir
ao trono e comandar tudo.Era por isso que fugia e ia sentar-se no meio da erva fresca, para
desenhar e sonhar.
Como sempre, sentou-se, abriu o caderno, pegou no lápis e pôs-se a pensar no que iria
desenhar. Pensou em animais, paisagens,retratos mas acabou por desenhar um unicórnio
num lugar desconhecido.
Atrás dele estava uma linda aldeia de nuvens, onde as pessoas eram amigas e as crianças
bricavam em paz. Afinal era aquilo que lhe faltava pois, quando nasceu a querra já durava
há dois anos.
Começou a pensar como seria bom viver num lugar assim. Deitou-se enquanto
observava o céu, e ali ficou durante a tarde acabando por adormecer.
De repente sentiu algo a lamber-lhe a testa. Pensou que era o seu cão, mas quando abriu
os olhos até se assustou com o que viu. Um longo chifre trançado, de um tom pérola
resplandescente que até fazia doer os olhos. Levantou-se e reparou no lindo unicórnio
coroado de um diadema de ouro e diamantes. O sítio onde estava não era aquele onde
adormecera, mas era-lhe familiar. O unicórnio, que afinal era uma unicórnia chamada Lézi
mostrou-lhe a aldeia onde tudo era amor e amizade.
Ofereceu-lhe um lanche e foram passear. Pôde brincar com as crianças, bailar, cantar,
desenhar e contar histórias. Foi entã que se deu conta que estava a escurecer e pensou que
era melhor voltar para casa pois os pais deviam estar preocupados. Despediu-se então de
Lézi:
-Foi um dia maravilhoso! Obrigada, mas acho que tenho que voltar para casa.
-Tens razão! Vem, eu acompanho-te ao portão da aldei.- ofereceu-sa Lézi.
Ao chegarem lá, Lézi só lhe disse assim:
-Vai, mas não te esqueças que estarei sempre no teu coração. Para poderes falar comigo,
ouve-o. eu serei a tua melhor amiga e conselheira. Agora vai!
Florieta voltou a acordar no vale. Aquilo não tinha passado de um sonho? Não
importava, ia desenhar Lézi para mandar fazer tapeçarias com ela ao seu lado. Cada
tapeçaria ilustraria um sentido para que o belo animal a acompanhasse ao longo do dia, e até
da noite.
E assim o fez. Lézi está então no seu coração para sempre. E no nosso também!
pipoquita azul
TEXTO CRIATIVO Nº 19
Um dia mágico
Fazia apenas minutos que o sol tinha nascido, Claire a mais nova de seis
irmãos e a única que ainda não estava casada saiu com a sua aia para dar um passeio.
- Já sabe que a Corte inteira diz que o Conde Henri está enamorado de mim?
- Claire, é só um boato! Vamos aproveitar o sol da manhã para dar um passeio.
- Eu adoro este jardim. O meu pai trouxe de terras longínquas os animais mais
belos mas tenho pena que estejam acorrentados...
- Que ideia! Os animais são feitos para estarem acorrentados e ao serviço dos
seres humanos...
Claire era a mais nova, mas também a mais bondosa. Costumava levar comida
aos animais sem que ninguém o soubesse...
- Anne! Anne! Olhe! Um unicórnio! O meu pai tinha-me dito que estavam
extintos!
- Não se aproxime, pode se perigoso!
Claire nunca ouvia o que a sua aia lhe dizia e aproximou-se do unicórnio:
- Que lindo animal, que ternura! Ajude-me! Anne, traga o unicórnio para o
centro do jardim. A partir de agora será o meu unicórnio!
- Sinta o seu pelo é tão macio, e o seu chifre é tão forte e o seu rosto ... que
nobreza!
- Sim, tenho que admitir é um animal extraordinário, é o animal mais belo de
todos os animais que se encontram neste jardim.
No momento em que a aia falou todos os animais dirigiram-se para onde elas
estavam.
- Anne, traga alguma coisa doce para dar ao unicórnio. Deve estar esfomeado,
coitado!
- Sim, eu trago, mas não se esqueça que tem que acabar de fiar o tapete!
- Adorava que o unicórnio falasse!
- Adoravas, mas não precisas de suplicar isso. Eu falo! Preciso que me deixes
seguir caminho pois tenho que continuar a minha caminhada até à terra encantada
- Meu Deus! - Claire benze-se - O animal fala! Não quero que vás embora,
quero que fiques aqui comigo
- Não posso ficar contigo, mas posso ficar contigo durante o resto do dia , se
quiseres. Só não podes é dizer às pessoas que eu falo!
- Adoraria! Sim, prometo isso será um segredo nosso.
A dama e o unicórnio passaram o dia todo juntos até ao momento em que
começou a escurecer. Claire acabou por adormecer deitada no dorso do animal.
Quando acordou estava deitada no quarto e a aia estava a bater à porta dizendo-lhe
que tinham que ir fiar o tapete para o quarto.
- Anne! Não acredita o sonho que tive. Vou contar-lhe enquanto tecemos, está
bem ?
mmp
TEXTO CRIATIVO Nº 20
Estava uma dama muito sossegada, sentada na floresta ouvir os cantos
dos pássaros. Era uma dama muito pura de coração, muito simpática, sempre
pronta a ajudar alguém. Ela estava ali muito tranquila quando dez ladrões
apareceram à frente dela e lhe pediram vinte quilos de ouro caso contrário seria
raptada e faria de escrava deles até ao resto da sua vida. A dama muito
assustada disse:
- Esperem um momento, por favor, vou buscar-vos o dinheiro, mas digam-me
antes, o que é que eu fiz para mercer isto?
- Ousaste pôr os pés na nossa floresta! Respondeu o chefe do grupo.
- Mas a floresta não é vossa! E….
- Faz o que eu te disse!!! - interrompeu-a o ladrão sem deixar tempo nenhum à
dama para responder.
A dama fez o que lhe ordenaram. Foi buscar os vinte quilos de ouro com a
ajuda da sua serva, mas no preciso momento em que elas estavam a dar-lhe o
dinheiro ouviu-se uma voz vinda do céu dizendo:
- Vão – se embora, malditos ladrões, e que nunca mais voltem a incomodar
uma inocente!
Os ladrões, com medo, fugiram e deixaram o saco com os vinte quilos de ouro
no chão. Depois dos ladrões se terem ido embora, um lindo cavalo branco com
bigode de cabra e um chifre enorme entre as orelhas apareceu e disse:
- Eu sou o unicórnio - disse a estranha criatura - e só apareço às pessoas santas
e puras, como tu.
- Eu sou assim tão pura?
Mais do que possas imaginar!
- Como é que sabes? – Como me conheces? – Como sabes que eu estava em
perigo? - perguntou a dama com algum receio.
- Já te digo tudo! ...
E, numa grande conversa, o unicórnio respondeu a todas as perguntas da dama.
- Agora é a minha vez de mostrar qualquer coisa – disse a dama, conduzindo o
unicórnio até à sua tenda. Ali mostrou-lhe todos os cinco sentidos e o livre
arbítrio, importantíssimo para o equilíbrio dos seres humanos.
Mas aquilo com que a dama e o unicórnio não esperavam é que um
fotógrafo, vindo do futuro, tinha tirado seis fotos daquele encontro tão íntimo
entre ambas e as tinha dado a um nobre que mais tarde viria a encomendar seis
tapeçarias enormes onde seriam reproduzidas as belas imagens que acabava de
registar para a eternidade.
madeni
Índice
Texto nº 11 RM
Texto nº 12 titi
Texto nº 13 CR
Texto nº 14 magalhães
Texto nº 15 mata8
Texto nº 16 catateu
Texto nº 17 sete olhos de dragão
Texto nº 18 pipoquita azul
Texto nº 19 mmp
Texto nº 20 madeni
Trabalhos realizados pelos alunos de 7º ano
depois do estudo da tapeçaria quinhentista do Museu de Cluny/Paris
abril 2011