Textos criativos

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TEXTOS CRIATIVOS entrelaçando 3 estórias Turma de 8º ano Secção Portuguesa do LI

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Conversa de estórias (turma de 8º ano SP/LI)

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TEXTOS CRIATIVOS

entrelaçando

3 estórias

Turma de 8º ano

Secção Portuguesa do LI

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Objetivos do trabalho

A partir da leitura das obras do trabalho colaborativo foi pedido aos alunos que criassem uma estória com base em 3 das 7 estórias lidas. Nessas 3 estórias deviam escolher uma personagem. Com as três personagens escolhidas deviam inventar uma conversa que mostrasse que tinham lido os livros e que tinham igualmente compreendido a mensagem de cada um deles. As estórias conversaram assim, umas com as outras através da caneta feliz dos alunos de 8º ano que tiveram de usar os seus olhos interiores. Podem ler o resultado nas páginas que se seguem.

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Texto 1

PersonagensNkumaOlímpiaYnari

Assim que chegava da chipaca com a vasilha cheia de água, Nkuma pegava no seu livro e corria para a escola. Em pouco tempo tinha aprendido a ler e a contar e os poucos momentos de descanso eram ocupados com a leitura. Tudo o que aprendesse haveria de servir um dia para ele ajudar a sua família e as pessoas da sua terra a terem uma vida melhor.

Certo dia, no recreio, Nkuma viu um grupo de meninos em grande discussão. Aproximou-se para ver o que provocava tanto alarido. Era tudo por causa de uma girafa. Uma girafa que tinha um pescoço gigante, e que comia estrelas, e que tinha feito chover com a ajuda de uma galinha-do-mato. Uns afiançavam que era verdade; outros, que aquilo era uma história sem pés nem cabeça e só podia ser mentira.

A história deixou Nkuma empolgado: e se fosse verdade? Ele não ia perder a oportunidade de falar com uma girafa que sabia fazer chover. Pegou em algumas folhas que os meninos de bata branca haviam deitado fora e, com uma letra muito bonita, escreveu uma carta para o soba de todas as povoações que figuravam no mapa que o professor tinha afixado na sala de aulas. Talvez algum conhecesse a tal girafa.

A resposta demorou algumas semanas a chegar, já Nkuma tinha perdido as esperanças de a receber. Abriu a carta: era a própria girafa que lhe escrevia! Ela morava a algumas aldeias dali e estava pronta a contar toda a sua história. Nkuma mal podia acreditar!

Num dia em que havia menos que fazer na lavra, foi com Chem-Chem à procura da girafa. Depois de uma boa caminhada debaixo de um sol escaldante, chegaram ao local onde ela lhe tinha dito que morava. Chamou, chamou, correu tudo ali à volta com Chem-Chem, mas nada. A girafa não aparecia. Já desanimado, resolveu voltar para casa. Nisto, sem saber como, surgiu na sua frente um grande tronco. Com algum receio, olhou para cima. Os seus olhos abriram-se de estupefacção: nunca tinha visto uma girafa com um pescoço tão alto! A girafa baixou a cabeça e perguntou com uma voz meiga:

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— Quem és tu?— Eu sou o Nkuma — respondeu o rapaz que ainda não estava

refeito da surpresa. E esta é a minha cabrinha Chem-Chem.— Então és tu o menino da carta! Eu sou a Olímpia.

Foram sentar-se à sombra de um embondeiro. Nkuma contou-lhe o que o trazia ali e a girafa contou-lhe a sua história. Depois a girafa concluiu:

— Infelizmente, não te posso ajudar. A minha amiga, a galinha-do-mato, emigrou para muito longe e só ela saberia dizer-me onde encontrar as nuvens que fazem chover. Talvez um dia ela volte…

O olhar de Nkuma entristeceu. Agradeceu à girafa e despediu-se. Já ia longe quando ouviu um grande catrapum-catrapum que fazia tremer a terra inteira. Era a girafa.

— Espera, Nkuma, eu se calhar sei de alguém que te pode ajudar.— Quem?— perguntou o menino com o coração acelerado.— Ynari, a menina das cinco tranças. Dizem que ela, com a sua

magia, conseguiu levar a paz a cinco aldeias que andavam em guerra. Talvez ela pudesse fazer chover na tua terra. Posso levar-te até à aldeia onde dizem que ela mora! A galope, chegamos lá num instante.

Nkuma e Chem-Chem treparam para o dorso da girafa. Dali de cima podiam contemplar toda a paisagem à sua volta. Era magnífica, mas desoladora pois a seca deixava as suas marcas por todo o lado.

Não demoraram a chegar à aldeia onde diziam que vivia a menina das cinco tranças. Aproximaram-se de um grupo de crianças que brincava junto de algumas mulheres que moíam fuba nos pilões e perguntaram porYnari. Todos a conheciam. Uma criança foi a correr chamá-la.

— Desculpa, penso que nos enganámos — disse Nkuma, atrapalhado, vendo que a menina não tinha tranças. Nós procuramos a Ynari, a menina das cinco tranças…

— Sou eu mesma. As tranças, cortei-as…

Foram sentar-se à sombra de uma árvore para fugirem ao calor da tarde. Nkuma explicou-lhe por que ali estavam e a menina contou-lhes a sua história extraordinária. Cada uma das suas tranças tinha sido sacrificada para levar a paz a cinco aldeias. E concluiu:

— Infelizmente a minha magia foi-se com as minhas tranças…

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Uma vez mais o olhar de Nkuma deixou transparecer a tristeza que lhe ia no coração. Ynari era a sua última esperança. Depois a menina continuou:

— Mas talvez um amigo meu nos possa ajudar.

Como que por magia, se encontraram todos — Nkuma, a girafa Olímpia, Chem-Chem, Ynari e o homem mais pequeno que Nkuma alguma vez tinha visto — em volta de uma cabaça onde borbulhavam ervas que inundavam a atmosfera de um aroma intenso mas agradável. Junto deles, encontravam-se também uma velha muito velha e um velho muito velho que, apesar do seu reduzido tamanho, inspiravam o respeito dos sábios.E a velha muito velha proferiu as suas sábias falas: "Cada pessoa sua magia; cada árvore sua raiz"…

Em seguida, foi a vez de o velho muito velho falar: "Cada rio suas águas; cada céu suas nuvens"…

Depois, tal como tinham feito na vez em que Ynari participara naquele ritual, juntos deitaram ervas na cabaça e olharam Nkuma nos olhos durante muito tempo. Nkuma escutava-os, compenetrado. Os dois sábios sorriram e falaram numa só voz:

— Não temos magia para te dar. Nós conhecemos a sombra da tua magia, mas tens de ser tu a descobri-la.

E continuaram:"Há um lugar no mundo onde as pessoas têm toda a água que querem

e por isso não lhe dão valor. Esquecem-se de que a água é a fonte da vida e que à força de a desperdiçarem um dia poderão não a ter. Nesse lugar as pessoas têm tudo em abundância, mas nunca estão satisfeitas com o que têm. Querem sempre mais pois nenhum bem material as satisfaz. Passam o tempo a correr: não têm tempo para os filhos, nem para os pais, nem para os amigos. Não conhecem o vizinho que mora na porta ao lado. Não têm tempo para apreciar a beleza da mãe-natureza nem para valorizarem as pequenas coisas que tornam a vida grande. Por isso se sentem sós e são infelizes."

Fizeram um momento de silêncio. Depois disseram:— Também a ti te oferecemos a palavra "permuta". Leva-a contigo.

O modo como a hás-de utilizar, só o teu coração to dirá.

Nkuma sentia-se habitado por uma força intensa, transcendente. Quando se despedisse dos seus amigos e regressasse à aldeia, sabia exactamente o que fazer. O seu coração desvendara-lhe a resposta.

clarinha

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Texto 2

PersonagensMaria Poeirinha

O narrador da Caneta FelizOlímpia

- Olá a todos! Eu sou a Maria Poeirinha.- E eu, o narrador da história da Caneta Feliz.- Eu cá chamo-me Olímpia.- Qual é o tema das vossas histórias? Imagino que vocês são as personagens principais… - perguntou Olímpia.- Eu, respondeu o narrador, falo do gosto que tenho em escrever. A escrita é a minha paixão.- A minha história fala do momento em que eu adoeci e morri com a palavra mar nas mãos.- A minha história fala de mim, duma girafa que anda com a cabeça nas nuvens e que come estrelas. – explicou a Olímpia.- Ó Olímpia, já viste o mar? - perguntou o narrador da caneta feliz.- Não, mas eu vou vê-lo… um dia!- E se esse dia fosse hoje? – perguntou a Maria Poeirinha.- O quê? Como queres que o mar venha até nós? – replicou Olímpia meio confusa.- Não, há formas mais simples de ir ver o mar! – disse o narrador que começava a compreender até onde Maria Poeirinha queria chegar.- Ouve lá, fomos todos tirados de histórias fantásticas, e porque não fazemos uma história em conjunto? – sugeriu Maria Poeirinha.- Mas eu não posso navegar no mar sem barco! – assustou-se Olímpia.- É aí que eu entro. Eu sei desenhar, e escrever. O barco, sou eu que to faço com a minha caneta. Vai ser um barco feliz! – explicou o narrador.- E eu embarco contigo, porque por já ter feito uma «viagem» até ao mar. Tenho um pouco mais de experiência. – declarou com um ar de superioridade Maria Poeirinha.- Huuum, amigas, não se importam se eu não for com vocês? É que eu enjoo quando ando de barco… Tomem lá o barco que acabo de desenhar. – disse o narradoroferecendo-lhes cheio de alegria o seu trabalho.- Está bem, vamos! Contar-te-emos tudo quando voltarmos. – disse Olímpiadespedindo-se dele e agarrando na mão da Maria Poeirinha.- Até logo a ambas! Cá vos espero. E que venham com boas notícias, com notícias felizes!E foi assim que a história destes três amigos que queriam ver o mar se criou. Todas contribuíram com o seu grão de areia e inventaram em conjunto essa história fantástica.

alimacak

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Texto 3

PersonagensSaint-Exupéry

MagrilimOlímpia

Olímpia - Olá Senhor Saint-Exupéry. Posso chamar-lhe Zé?Saint-Exupéry – Sim, claro, Senhora Girafa. Como se chama?Olímpia - Chamo-me Olímpia e sou a maior girafa da minha terra.Saint-Exupéry - Pois, dá para ver...Magrilim - Olá!Saint-Exupéry - Olá!Olímpia - Olá!Saint-Exupéry - Como te chamas?Magrilim - Chamo-me Magrilim e sou o melhor a tocar viola na minha terra!Saint-Exupéry - Que bom!Olímpia - E tu Zé? Qual é o teu talento especial?Saint-Exupéry - Sou muito bom a pilotar aviões...Olímpia - Ooh e andas pelas nuvens?Saint-Exupéry – Sim, claro!Olímpia - Quem me dera! Diz-me uma coisa: alguma vez viste a minha avó nas nuvens?Saint-Exupéry – Não, Olímpia. Não há ninguém nas nuvens. Por isso é que gosto de voar. O céu é o sítio mais calmo que existe.Olímpia - Ooh... que pena!Magrilim - Os meus pés estão sempre assentes na terra e eu prefiro que assim seja. Vivo num castelo, sou casado com uma princesa... Não preciso de voar.Saint-Exupéry - Não podes saber se gostas de voar ou não sem nunca experimentares.Magrilim - Tens razão.Saint-Exupéry - Que tal se eu vos levasse aos dois numa pequena viagem de avião? Podia ser engraçado.Olímpia - Boa ideia! Podemos ir visitar a minha família, se passarmos pertodumas estrelas...Magrilim - E eu levo a minha viola para animar a viajem.Saint-Exupéry - Vamos então.Olímpia - Sim!Magrilim - Vamos!

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Texto 4

PersonagensZeca ZonzoMagrilim

O pai do narrador de Caneta Feliz

Zeca Zonzo está sozinho no monte a chorar quando os seus amigos Magrilim e José (o pai do narrador de Caneta Feliz) vão ter com ele para saber o que lhe aconteceu:

Magrilim - Então Zeca Zonzo, diz-nos lá o que te aconteceu?

Zeca Zonzo - A minha irmã está doente e acho que vai morrer dentro de pouco tempo.

José – Então, se calhar, devíamos pensar em oferecer-lhe cada um uma prenda.

Magrilim - Eu já sei, vou escrever-lhe uma canção com a minha viola.

Zeca Zonzo - Linda ideia, e eu vou desenhar-lhe o mar.

José - Pois deixa-me emprestar-te uma folha e uma caneta feliz. Acho que também lhe vou dar uma caneta a ela.

Zeca Zonzo - Obrigado José e Magrilim, sem vocês não sei o que faria.

Magrilim - De nada, Zeca, mas antes de irmos entregar as nossas prendas oiçam-me esta canção:

Olá Mariazinha

Chegou o teu amigo

E o tão esperado dia

De cantar uma canção contigo!

green day

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Texto 5

PersonagensZé PerriO pintorOlímpia

Destino: a Lua!

Era a manhã de um dia de sol em que Zé Perri, Olímpia e o pintor da

Caneta Feliz se encontraram porque o aviador quer a anunciar uma notícia

importante.

Zé Perri - Olá meus amigos! Como estão?

O pintor - Está tudo bem com esta paisagem cheia deste sol, perfeita para

pintar!

Zé Perri - E tu, Olímpia?

Olímpia - Jóia, esse tempo me faz virar a cabeça e sonhar...

Zé Perri - Eu ouvi dizer que vocês gostavam de viajar!

Olímpia e o pintor - Pois é, gostamos!

Zé Perri - Então, eu gostava que vocês me indicassem um lugar onde

quisessem ir!

Olímpia - Eu queria ir à Lua, assim poderia comer estrelas o tempo todo...

O pintor - Que boa ideia, Olímpia! A partir da Lua vou poder pintar todo o

universo.

Zé Perri - Legal! Escolheram um ótima destino! Venham agora, eu vou

mostrar para vocês com quem vamos viajar.

Dirigem-se todos para o avião de Zé Perri.

O pintor - Que linda máquina!

Entrando no avião, Zé Perri solicita a imaginação dos amigos!

Zé Perri - Vamos já para a Lua...Vamos precisar também dos vossos olhos

interiores para chegar ao destino.

Depois de alguns minutos de concentração, chegaram à Lua!

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O pintor - Que bonito!

Olímpia - Vou ter que pular para comer todas as estrelas!

O pintor - Oh Olímpia! Não comas todas as estrelas senão não vou poder

pintar nada...

Zé Perri olhava para todos os lados para tentar ver o Pequeno Príncipe, mas

só depois se lembrou que o seu asteróide era muito pequeno, então

parou...Os três amigos tinham os olhos a brilhar.

Zé Perri - Já vai anoitecer, vamos regressar para a Terra!

Olímpia - Está bem! De qualquer maneira não vou poder comer tudo!

O pintor - Sim, vamos! Eu já acabei o meu belo quadro!

Zé Perri - Perfeito, vamos embora!

Após de alguns segundos todos acordaram com sorrisos nos lábios.

O pintor - Muito obrigado pela viagem. Não vamos esquecê-la desta. Fica

gravada em nossa memória para toda a vida!

Olímpia - Obrigada! Agora não sei se vou continuar a comer estrelas

porque acho que vou estar doente! Comi demais...

Zé Perri - Não me agradeçam.

Olímpia e o pintor - Até mais tarde!

falarverdadenavida

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Texto 6

PersonagensO homem pequeno

OlímpiaZeca Zonzo

A Olímpia, o homem pequeno e Zeca Zonzo passeavam perto da casa de Olímpia. Pela tarde, foram conversando, cada um falava um pouco de si. A Girafa fartava-se de lhes dizer que à noite iriam provar a melhor de todas as comidas! O homem pequenino, como é óbvio, falava bastante sobre as palavras:

- Oh Olímpia, sabes que a palavra "melhor" tem um significado muito forte, não se utiliza de qualquer maneira!

Por seu turno, Zeca Zonzo só dizia parvoíces:- Eu acho que vamos comer o sol, deve ser mesmo bom e quentinho! Ou então comemos os peixes do rio! São tão bons...

Já era de noite quando a Girafa disse:- São horas, meus amigos, subam para o meu pescoço!

Zeca Zonzo ajudou o homem pequenino, que era vinte vezes mais pequeno que a girafa a subir. O pescoço de Olímpia era tão comprido que não foi preciso muito tempo para atingir as nuvens! Já lá em cima, a girafa disse aos amigos:

- Vêem aquelas estrelas ali? Já não brilham porque estão velhas e o céu precisa de umas novas, por isso pudemos e vamos comê-las.- Então, mas isso é cruel! Coitadas das estrelas! Se calhar elas preferiam ficar aqui e aproveitar os seus últimos dias com as outras estrelas! Não devíamos fazer-lhes nada. - disse Zeca Zonzo tristonho- Não, Zeca, elas até nos agradecem, assim vão poder ceder o lugar a outras estrelas jovens e brilhantes!

Então, Olímpia abriu a boca onde entraram 3 estrelas. Zeca Zonzo e o homem pequenino comeram uma estrela cada um. Acharam-nas tão gostosas!

- Por mim, ficava aqui toda a vida a comer estas estrelas tão boas! -comentou Zeca Zonzo- Tinhas razão, Olímpia, a palavra "melhor" é uma palavra excelente para o sabor destas estrelas! - disse por sua vez o homem pequenino

No fim da noite, o céu estava mais brilhante do que nunca a as novas estrelas já sorriam no céu. Zeca Zonzo, Olímpia e o homem pequenino combinaram voltar a encontrar-se todas as noites, em frente à casa de Olímpia, para conversarem e saborearem juntos outras estrelas velhinhas.

vicky

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Texto 7

PersonagensMagrilimOlímpia

Narrador de Caneta Feliz (Manel)

Magrilim: Bom dia, tudo bem?

Manel (caneta feliz): Sim e vocês?

Olímpia: Sim, sim. Tudo bem...

Magrilim: Não me parece...

Olímpia (num tom triste): É a Dona Margarida. Foi outra vez embora

deixando-me outra vez sozinha.

Manel: Cá por mim, essa galinha não é fiável.

Olímpia (enervada): Não digas isso porque eu tenho muito respeito por ela

e foi com ela que consegui salvar os animais da floresta.

Manel: Sim, tens razão!

Magrilim: Aquela vagabunda! E com aquela tolice.

Olímpia: Pensa o que quiseres, mas ela há de voltar.

Magrilim: E como está a savana africana?

Olímpia: Bem, os animais têm muito para comer e este ano a savana ainda

não secou.

Manel: Ainda bem.

Olímpia (pensativa): Ah sim! Mas temos um problema para resolver. Estes

últimos dias foram quentes e aconteceu uma desgraça.

Magrilim: Está bem. Conhecem o vale das Árvores?

Manel: Sim, é onde há muitas árvores e é onde os animais vão à procura de

sombra e por vezes de comida.

Olímpia: Houve lá um grande incêndio que queimou toda a região, foram

os caçadores que deixaram uma brasa o que iniciou o incêndio que tudo

queimou.

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Magrilim: Mas isso é um grave problema, para todo o ecossistema!

Manel: Concordo, contigo. Era o sítio preferido das girafas para comer, não

era?

Olímpia: Sim, era. E as consequências vão ser muito difíceis para as

girafas. Vai ser um período duro. Eles anunciam calor para os próximos

dias o que vai dificultar as coisas.

Manel: Deve ser aborrecido.

Magrilim: E sabes como resolver? Como vão comer e beber?

Olímpia: Ainda não sei o que vamos fazer, mas tenho de ir. Espero

encontrar a Dona Margarida para resolver esta situação. Tchau.

Manel: Tchau.

Magrilim (acenando-lhes): Tchau.

slb

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PersonagensMagrilim

O pai do narrador de Caneta FelizMaria Poeirinha

Magrilim: Olá a todos, companheiros

Apresento-me rapidamente:

Sou Magrilim o violeiro

Que tocava antigamente.

Chamaram-me de atrevido,

Por querer desafiar,

A mais bela, a Jezebel

Que por torneio perdido,

Teve que comigo casar.

Teve de deixar atrás dela

O pai cruel, enraivecido.

O pai do narrador: Olá Magrilim, sou português que mora em França,

pintor e casado, com o amor da minha vida. Aquela que apanhou o meu

coração, é tão bela tal como as telas de Chagall, tem olhos tão bonitos que

podiam ser pintados pelo famoso Picasso, um ar muito diligente, criando

sempre um ambiente especial, que podia até ser criado num quadro do

nosso grande Vicente Van Gogh.

Maria Poeirinha: Vem agora a minha vez...eu sou Maria Poeirinha. Tenho

um irmão pequenino chamado Zeca Zonzo. Um dia adoeci, e para curar-

me, o meu tio Jaime Litorânio quis mostrar-me o mar. Era segundo ele, o

único remédio, que me podia curar. Mas tão fraca estava para levantar-me

que não pude deslocar-me. O meu querido irmãozinho, um dia numa

folhinha escreveu-me uma palavra que mudou a minha vida.

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Magrilim: Olá Maria, muito gostei

Da tua intrigante história

Muito mais gostaria,

Que pouco algo acrescentasses.

Para saciar a minha cantoria.

Maria Poerinha: Está bem, Magrilim, eu conto. Eu morava numa aldeia

em África, quando um dia adoeci, nunca soubemos o que era, pois não tive

tempo de voltar...

Pai do narrador: Porquê? Perguntou o menino francês.

Maria Poerinha: Porque, sem saber como, se foi ou não o fruto da minha

imaginação, entrei em contacto com a palavra «mar» que o meu irmão

tinha escrito num papel. Comecei por pensar na letra vi ondas, vi vagas, vi

o conteúdo do mar só nas letras. Continuei explorando a letra A, vi uma

ave e senti a brisa do mar. Eu e o meu irmão decidimos não tocar mais

nesta letra para não espantar o pássaro que havia nela. Acabamos com a

letra R. Vi nessa altura, uma rocha, toquei nela, magoei as mãos com o

duro, o rugoso, com as suas ásperas arestas. E desapareci. - contou a

menina.

Magrilim: Que historia extraordinária,

Aqui acabas de contar,

Gostei muito de vos conhecer

E de convosco conversar.

Adeus, meus amigos,

Vemo-nos quando eu voltar.

Pai do narrador: Adeus, meu amigo. Até breve!

Maria Poerinha: Até à próxima, belo e grande violeiro.

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PersonagensDeca

PercivalDona Margarida, a galinha-do-mato

Percival- Olá Deca, como estás?Deca - Bem. Tu não estavas morto?Percival - Não, foi tudo inventado por Fábio Sombra.Deca - Então o Magrilim não existiu?Percival - Sim, mas ele morreu, como os outros violeiros.D. Margarida - Quem tudo quer, tudo perde!Deca - Tens razão.D. Margarida - Obrigada. Sabes que para te dizer uma frase dessas tive de reflectir duas horas?!Percival - Tu és uma grande filósofa! - observou Percival ironicamente. E tu, Deca, não estás triste porque Zé-Perri morreu?Deca - Sim, estou muito triste, ele era o meu melhor amigo!D. Margarida - O melhor amigo de Deca é Zé-Perri! Percival (baixinho) - Ui, ui ,ui! Essa galinha é tão inteligente como uma vassoura! Deca - Pobre Zé-Perri! Ele não teve uma vida fácil!Percival - É verdade. Tendo-te como amigo, ele não teve uma vida fácil!D. Margarida - O Zé-Perri não teve uma vida fácil!!!Percival (baixinho) - Que idiota! Ela só repete o que o Deca diz!Deca - Vou voltar para casaPercival - Posso emprestar-te o meu barco, se quiseres ir mais depressa.Deca - Não, vou regressar a pé.D. Margarida - Devagar se vai ao longe…Deca - Adeus a todos!D. Margarida – Adeus!Percival – Adeus, Deca, e boa viagem.

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Texto 10

PersonagensNkuma

O narrador de Caneta FelizOlímpia

Um dia, a cabrita do Nkuma chamou a atenção do menino que gostava de escrever e tinha uma caneta feliz.- Que linda cabrita – disse o menino da caneta ao Nkuma – Como é que ela se chama?- Chama-se Chem-Chem e eu sou o dono dela, o Nkuma. –respondeu ele – O que é que fazes por cá ?- Sou aluno da escola na povoação e viemos passear com a turma.- Então onde está o resto da turma? – perguntou Nkuma.O menino espreitou por todo lado e respondeu:- Onde está a minha turma? Eles não esperaram por mim! Como é que eu vou fazer? – exlamou o menino aflito.- Não tentes ir atrás deles porque podes perder-te. Eu conheço bem esta zona e posso acompanhar-te até à tua escola. –respondeu Nkuma.- Muito obrigado, Nkuma. Eu faço o que tu quizeres em troca! –disse-lhe o menino.- Então... Podias ler-me este livro, por favor? - pediu Nkuma ao menino.- Claro. Eu leio-te o livro no caminho. Mas se tu não sabes ler porque tens este livro? – perguntou o menino sonhador.- Eu salvei a vida a um menino que em troca me ofereceu este livro. – esclareceu Nkuma.Pouco tempo depois, estava o menino a ler o livro ao Nkuma e a Chem-Chem quando se cruzaram com uma girafa que tinha a cabeça nas nuvens.

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- Olá! O que é que andas a fazer? – perguntaram os dois meninos à girafa.- Estou a comer estrelas! – respondeu a girafa.- Estrelas? Nunca provei. – disse o menino sonhador à girafa.A girafa desceu das nuvens com uma estrela para cada um.- Desculpem, eu não me apresentei. Chamo-me Olímpia. Costumo comer estrelas quando tenho fome porque são doces e macias, mas por favor não digam nada à minha mãe. Ela não quer que eu ande com a cabeça nas nuvens, tem medo que eu me constipe. Mas provem e digam-me se gostam. – disse-lhes Olímpia.- São deliciosas! Sabem a pêssego! – exclamou Nkuma. Algum tempo depois, o menino que gostava de escrever chegou à escola com os seus três novos amigos e encontrou de novo a sua turma.- Para nunca me esquecer desta tarde vou anotá-la no meu diário. Felizmente tenho comigo a caneta que o meu pai me ofereceu. –disse o menino aos amigos.Olímpia, Nkuma e Chem-Chem despediram-se do rapaz da caneta feliz acenando com a mão e cada um seguiu o seu caminho.

lisi

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Uma conversa que valeu a pena

PersonagensPercivalYnari

Olímpia

Era um belo dia de sol, Percival estava na varanda do seu castelo observando a sua filha que conversava com Magrilim quando teve uma ideia. Após um desafio que tinha feito aos pretendentes da sua filha Jezebel, Percival oferecera a sua filha em casamento ao vencedor do desafio, uma peleja contra Jezebel. Mas Percival nunca imaginara que o vencedor seria Magrilim. Esta vitória não agradara nada a Percival, pois Magrilim era frágil, pequeno, magrinho e pobre. Para Percival, aquele não convinha nada à sua filha. Para impedir o casamento de ambos, Percival decidiu mandar matar Magrilim.

Após grande reflexão para saber como poderia matar Magrilim, Percival telefonara a Olímpia e a Ynari para que elas dessem a sua opinião e o ajudassem a encontrar uma solução. Chegadas ao reino de Percival, as duas amigas falavam juntas e diziam:- É estranho! O que é que Percival os precisa de nos dizer com tanta urgência? – perguntou Ynari.- Pois… não sei o que aconteceu, mas espero que não seja nada de grave! –respondera-lhe Olímpia.E continuaram o caminho até chegarem ao castelo. Mal chegaram, Percival veio logo ter com elas dizendo: - Olá! Estão bem? Que prazer vê-las! - Sim, estamos bem. E contigo, está tudo bem? Estás com um ar muito preocupado – notou Olímpia. - Pois. É que aconteceu-me uma coisa terrível! - anunciou Percival. Lembram-se daquele desafio que propus aos pretendentes da minha filha?- Sim, lembro-me perfeitamente! – adiantou-se Ynari.- Eu também me lembro, até me lembro que tinhas dito que graças a esse desafio irias encontrar o marido perfeito para Jezebel. – confirmou Olímpia.

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- Pois foi … ao fazer esse desafio, pensava arranjar um marido ideal para a minha bela Jezebel, que a soubesse proteger. Mas o problema é que o vencedor foi Magrilim, um rapaz que nem sequer é capaz de se ocupar dele quanto mais da minha filhinha! – ironizou Percival com o seu ar arrogante. - Não sejas assim! Ainda não tive a ocasião de falar com esse tal Magrilimque, pelo que percebi, não te agrada nada, mas… parece-me ser um rapaz formidável! – exclamou Ynari, num tom calmo .- Mas o que estás a pensar fazer? Atendendo a que não queres que ele case coma a tua filha? - perguntou-lhe Olímpia, apreendendo a resposta de Percival.- Pois era mesmo sobre isso que eu queria falar-vos. Acho que a melhor solução é matá-lo! Já tentei conversar com a minha filha e explicar-lhe que Magrilim não é o homem que lhe convém, mas ela não quis saber de nada! Diz que gosta dele como ele é, e que nunca o deixará! - respondeu-lhe Percival um pouco triste.- O que é que te aconteceu para estares neste estado? Acho que nesta situação podemos utilizar a pala “assassino”! Queres ser um assassino? Queres que a tua filha te odeie para sempre? Nunca pensei que pudesses ser assim! Na vida, tudo se pode arranjar sem ter de passar por esse recurso. Nunca te esqueças disto, Percival. Matar uma pessoa de quem não gostamos não serve de nada, tal como a guerra! Ao contrário, só serve para agravar ainda mais as situações! – disse-lhe Ynari tentando convencê-lo a não cometer um erro irreparável.- Estou de acordo com Ynari! Ela tem toda a razão! Uma pessoa não podejulgar outra sem conhecê-la! – afirmou Olímpia.- Se calhar têm razão! Mas não tenho outra ideia melhor para impedir a minha filha de casar com aquele rapaz. – retorquiu Percival.- Tenta utilizar a palavra “ confiança”. Tens de confiar em Magrilim e na tua filha! Se eles se amam um ao outro como é que queres destruir o amor? Uma palavra tão maravilhosa! O “amor” é uma das palavras mais importantes que existe à face da Terra! Magrilim pode ser pequeno, mas a palavra “pequeno” não quer dizer nada, depende da maneira como uma pessoa a interpreta! Disse-me um dia um amigo meu: “Conheces a palavra “coração”? Achas que o coração é pequeno” e assim percebi que uma pessoa pode ser pequena mas ter um coração enorme e cheio de “amor” –explicou-lhe Ynari.- Mais uma vez têm razão! Mas…

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- Tens de parar de pensar só em ti e pensar na felicidade da tua filha! Nunca se deve julgar as pessoas sem as conhecer. Deve-se tentar percebe-las e ajuda-las em vez de fazer guerra ou tentar mata-las! – disse-lhe Olímpia cortando-lhe a palavra. - Vou contar-te uma história que me aconteceu! Eu conhecia cinco povos que estavam em guerra, porque não tentavam perceber-se! Então, ajudei-os a compreenderem-se e consegui parar essa guerra horrível! – contou Ynari a Percival com a sua voz pausada e doce. Essa história era verdadeira e Ynari tinha conseguido parar a guerra que reinava entre os cinco povos graças às suas cinco tranças que eram o seu poder, por ela descoberto,quando tinha ido à aldeia do seu grande amigo pequenino.

Depois de ouvir a história de Ynari, Percival voltou à realidade e foi aprender a conhecer melhor Magrilim. Após ter passado algum tempo com ele, descobriu que por trás de um homem pequeno, magrinho e pobre se escondia um homem corajoso e cheio de qualidades. Graças a Olímpia e a Ynari, Percival deu o seu acordo para o casamento da filha e nunca maisfalou em guerra nem em matar pessoas porque tinha aprendido com as suas amigas o sentido da palavra “paz”.

caro

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Texto 12

PersonagensZeca Zonzo

OlímpiaO narrador de Caneta feliz

Narrador - Oh ! Não devo estar a ver bem! Uma girafa nas nuvens?

Olímpia - Olá rapazinho. Chamo-me Olímpia. E tu, quem és?

Narrador - Eu sou um menino que não acredita no que está a ver...

Olímpia - Sim, sim. Sou uma girafa que voa nas nuvens. Não estáshabituado a ver isto, pois não? É que eu tenho uma amiga, uma velha amiga, que me levava muitas vezes a ver o céu. Mas já está velha demais para isso, agora. Por isso, vou só. E sabes que mais? Adoro comer estrelas! São deliciosas, ainda mais durante a noite. Olha, eu ando há muito tempo aqui a observaro que fazes. Tu escreves muito! Deves gostar disso. Conheço alguém que é muito parecido contigo. Vens comigo?

Narrador - Claro. Adorava ir contigo! Ai, o que é que vão dizer os meus pais quando lhes contar o que me está a acontecer?

Olímpia – Então, sobe pelo meu pescoço. Vou apresentar-te um amigo.

Alguns dias mais tarde…

Zeca Zonzo - Olímpia! Vieste visitar-me. Como estás?

Olímpia - Estou bem, estou bem! Olha, trouxe aqui um novo amigo. Tenhoa certeza que vais gostar dele.

Zeca Zonzo - Olá, sou o Zeca Zonzo. Estou muito feliz por te conhecer. Donde vens?

Narrador - Olá! Eu venho de Portugal. Mas sempre sonhei vir a uma aldeia como esta. É tudo tão simples e tão lindo...

Olímpia - Zeca, o meu amigo adora escrever ! Passa os seus dias a escrever historias.

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Zeca Zonzo - A sério? Quantas palavras sabes escrever?

Narrador - Eu .. Quantas palavras eu sei escrever? Nem sei... Sei escrever tantas palavras!

Zeca Zonzo - Ah pois... Eu só sei escrever 10. Conheces a palavra mar? Étão linda...

Narrador - Claro. Mas porque me falas dessa palavra?

Zeca Zonzo - Porque ela significa muito para mim. Sabes, eu nunca vi o mar, mas sabendo escrever essa palavra, já não preciso de o ver para saber como é. As palavras escondem tantas coisas... Cada palavra tem uma característica. É só preciso procurar umpouco.

Narrador - Pois... nunca tinha pensado nisso. Eu utilizo tantas palavras para escrever... Mostra-me os segredos das que conheces.

yoyo

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Texto 13

PersonagensZeca Zonzo

OlímpiaO narrador de Caneta feliz

- Olá! És um anjo? – perguntou a girafa, iluminada pela luz das estrelas.

- Um anjo? Não! – declarou o rapazito – Mas ando à procura de um.

- Eu também. Como te chamas?

- Chamo-me Zeca Zonzo. E tu?

- Olímpia. De quem andas à procu…

- Está aí alguém? – interrompeu um segundo rapaz – Ajudem-me a descer

daqui!

Olímpia foi ajudar o rapaz a descer de um ninho cheio de objetos muito

brilhantes. O rapaz explicou-lhe:

- Aquela maldita galinha, a Dona Margarida, sabem? Roubou-me a minha

caneta nova! Tinha de a recuperar.

- Oh, estou a ver. – disse Olímpia sem grande grande admiração pois

conhecia bem as manias da amiga.

- Acreditas em anjos? – inquiriu Zeca Zonzo.

- Claro que sim. Posso vê-los com os meus olhos interiores. – explicou o

rapaz da caneta.

- Com os teus olhos interiores? – perguntaram ao mesmo tempo Olímpia e

Zeca Zonzo, ambos um pouco confusos.

- Sim. Vocês também têm olhos interiores. É preciso é saber que eles

existem e aprender a usá-los.

- Temos? – perguntaram os dois amigos procurando certificar-se que

tinham entendido bem.

- Claro! Todos temos olhos interiores. Fechem os olhos e pensem que estão

a ver anjos. De certeza que vão encontrar aquele de que andam à procura.

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A girafa e o Zeca Zonzo olharam um para o outro, encolheram os ombros e

lá fecharam os olhos. Um grande silêncio de vários minutos reinou em

torno dos três. Foi Olímpia a primeira a abrir os olhos, com um grande

sorriso no rosto:

- Já a vi! A minha avó estava a dormir numa nuvem, estava a sorrir e a

ressonar. E tu, Zeca zonzo, encontraste?

Olímpia e o rapaz olharam para Zeca Zonzo que ainda não tinha aberto os

olhos. Estava a sorrir, abria e fechava a boca, como se estivesse a falar com

alguém, mas não saía som nenhum da sua boca.

De repente, o rapaz da caneta feliz sentiu os seus olhos fecharem-se, pouco

a pouco. Quando voltou a abri-los, a claridade era tanta que teve de piscar

as pestanas várias vezes antes de poder distinguir o seu quarto. Tudo tinha

sido um sonho que ele tinha tido com os seus olhos interiores. Lembrou-se

da sua caneta que tinha perdido dias antes e olhou para a sua mão: ali

estava ela. Afinal conseguira encontrá-la nos seus sonhos.

danu

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ÍNDICE

OBJETIVOS 2TEXTO 1

clarinha3

TEXTO 2alimacak

6TEXTO 3

eeeup20017

TEXTO 4green day

8TEXTO 5

falarverdadenavida9

TEXTO 6vicky

11TEXTO 7

slb12

TEXTO 8latoss78

14TEXTO 9

japlli16

TEXTO 10lisi

17TEXTO 11

caro19

TEXTO 12yoyo

22TEXTO 13

danu24

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Trabalho criativodesenvolvido no âmbito do projeto colaborativo etwinning VOOS EM LP,

http://www.nonio.uminho.pt/vooslp/

IC

Maio de 2010