Revista MBA Abril 2016 Edição 020

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Revista MBA, a revista dos brasileiros na Nova Zelândia

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Numa  época  onde  uma  menina  adolescente  afegã  (Malala  Yousafzai)  ganha  o  Nobel  da  paz  pela  sua  luta  a  favor  da  educação  de  outras  jovens  como  ela,  onde  o  movimento  Lean  In,  da  COO  do  facebook  Sheryl  Sandberg  moEva  mulheres  a  assumirem  riscos  e  se  lançarem  em  busca  de  seus  objeEvos  sem  medo  e  onde,  possivelmente,  a  maior  potência  econômica  mundial  pode  eleger  sua  primeira  presidenta  (Hillary  Clinton),  é  impossível  não  observar  uma  mudança  nos  caminhos  pelos  quais  vemos  as  mulheres  na  nossa  sociedade.      Nesse  quase  um  ano  de  Revista  MBA  percebi  que  é  inegável  a  parEcipação  e  envolvimento  de  algumas  mulheres  incríveis  na  comunidade  brasileira  da  Nova  Zelândia.    Nesses  úlEmos  meses  Eve  o  privilégio  de  ter  conhecido  mulheres  inteligentes,  ambiciosas,  corajosas,  cheias  de  personalidade  e  com  muita  sede  de  contribuir  em  prol  de  uma  sociedade  mais  justa.  Por  isso  esse  mês  a  revista  é  dedicada  a  nós,  mulheres.      A  matéria  mais  importante  dessa  edição,  é,  sem  dúvidas,  o  arEgo  sobre  Violência  DomésEca.  As  quatro  brasileiras  que  generosamente  comparElharam  suas  histórias  com  a  gente  esperam  que  seus  caminhos  não  se  repitam  e  que  outras  mulheres  saibam  o  que  fazer,  o  quanto  antes,  para  saírem  de  relações  abusivas.      Nossa  colunista  Camila  Nassif  escreveu  sobre  a  saúde  Xsica  e  mental  da  mulher  e  da  necessidade  de  se  colocar  em  primeiro  lugar,  e  com  um  texto  cheio  de  personalidade  e  empolgação,  Isabelle  Mesquita  fala  do  poder  de  ser  você  mesma  e  não  cair  nos  padrões  impostos  pela  sociedade.  Seja  livre!      Na  nossa  capa,  quatro  dos  cabeleireiros  brasileiros  que  mais  badalam  as  madeixas  das  mulheres  na  Nova  Zelândia,  Amanda,  Caroline,  Daniel  e  Gisele  dividem  com  a  gente  a  sua  trajetória  trabalhando  aqui,  suas  dificuldades  e  o  que  é  trend  para  o  resto  do  ano.      Ainda  temos  uma  coluna  nova,  com  Luiza  Veras,  Erando  todas  as  suas  dúvidas  sobre  impostos  e  contabilidade  na  NZ,  e  Rosana  Melo  escreve  um  arEgo  completo,  bem-­‐feito,  claro  e  simples  de  entender  sobre  os  Diplomas  neozelandeses  (mais  ou  menos  o  nosso  curso  técnico  brasileiro)  e  como  esse  curso  pode  ser  seu  pontapé  inicial  no  processo  de  imigração  à  Nova  Zelândia.      Duda  Hawaii,  um  dos  nossos  fotógrafos  colaboradores,  escreveu  um  texto  empolgante  sobre  a  sua  travessia  do  Tongariro,  uma  das  caminhadas  mais  bonitas  do  mundo  (com  fotos  espetaculares)  e  Peterson  Fabricio,  nosso  agente  de  imigração  de  plantão,  fala  do  visto  de  trabalho  aberto  dado  aos  que  se  formam  por  aqui.      Tem  informação  para  todos  os  gostos.  Se  divirtam!     Cristiane Diogo

MBA Maio– Edição 10

Nº4/2015

WWW.REVISTAMBA.CO.NZ

Editorial

EDIÇÃO  CrisEane  Diogo  

 DIAGRAMAÇÃO  CrisEane  Diogo  

 COLUNAS  

Peterson  Fabricio  Camila  Nassif  Luiza  Veras  Duda  Hawaii  

 FOTOGRAFIA  Rafael  Bonado  Duda  Hawaii  

 CAPA  

Monique  Derbyshire    

PARA  ANUNCIAR  [email protected]  

 COLABORADORES  Abril  2015  

Mauricio  Pimenta    

AGRADECIMENTO  Abril  2015  Amanda  Cabral,  Caroline  Nihomatsu,  Daniel  Cunha,  Giselle  Chaves,  Lena  Nascimento,  Regina  Santos,  Patricia  

Dalcuque,  Claudia  Kikuchi,  Luiza  Veras,  Rosana  Melo,  Isabelle  Mesquita,    

Rita  Oliver.        

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e dilvulgar produtos e serviçoes que sejam do interesse dessa comunidade. A versão online desta publicação é gratuita. É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteúdo, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

MAR

ÇO 2

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Mês de abril ainda ensolarado na Nova Zelândia e, apesar de a temperatura ter baixado à noite, os dias ainda estão sendo en-solarados e com temperaturas superiores aos vinte graus de dia. Interessante para mim que vim de Fortaleza e nunca tive uma con-versa sobre o tempo antes de vir para cá. Aqui, nós olhamos para desconhecidos na fila do café ou no elevador e comentamos “what a beautiful day!” (Ou what a miserable one!).

O tempo bom definitivamente realça o bom humor e as coisas fluem mais facilmente, esse mês a revista nasceu de uma forma bem natural... Natural como a linda matéria que as doulas Viviane Almeida e Viviane Maino, organizadoras do grupo Gestar, Parir e Amar - Aotearoa fizeram sobre gravidez e parto na Nova Zelândia ressaltando as diferenças no sistema de saúde e que caminho to-mar quando você decidir engravidar ou se ver grávida. 

Os depoimentos que seguem essa matéria são muito especiais. Mães brasileiras que tiveram seus filhos na Nova Zelândia e genero-samente compartilharam suas histórias de amor e superação.

A fotógrafa de Tauranga, Marina Galiotto, montou um ensaio fotográfico com bebês mais que adoráveis, uma delicia de se ver! 

Seguindo o tema, a colunista Raissa Correia, naturopata, fala sobre como cuidar de si mesma durante a gravidez e Camila Nas-sif começa a primeira parte de um artigo que desmistifica alguns mitos e verdades sobre dieta.

Criança cresceu? Quer encontrar outras mães brasileiras e fa-lar e brincar em português? Veja a lista de alguns playgroups que acontecem ao redor do país.

Luiza Veras, a nossa contadora colunista escreveu sobre o Trust, o fundo de investimento que algumas famílias e empresas montam para proteger e administrar seus bens.

E vamos dar as boas vindas à Vera Cristina e à Paula Spin-dler que escreveram pela primeira vez para a Revista, Vera fala sobre os desafios do novo, mudar de país e se adaptar à nova realidade e Paula montou um artigo imperdível para aqueles visitando ou estudando na Nova Zelândia com uma lista de ativi-dades gratuitas que você pode fazer no país. 

Enjoy! 

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EDIÇÃOCristiane Diogo

REDAÇÃO Gabriela Ferrão

PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃO Tereza Manzi

COLUNASCamila Nassif

Luiza VerasRaissa Correia

FOTOGRAFIA CAPARafael Bonatto e Marina Galiotto

DESIGN CAPATereza Manzi

COLABORADORES ABRIL 2016Paula Spindler, Viivane Almeida,

Viviane Maino, Vera Cristina de Paula

AGRADECIMENTO ABRIL 2016Gabriela Saibro, Claudia Pereira, Karla Nobre,

Giovana Reay, Elaine Klava, Luana Karina.

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e divulgar produtos e serviços que sejam do interesse dessa comunidade.

A versão online desta publicação é gratuita.

É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteú-do, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

www.revistamba.co.nz

PARA [email protected]

ABRIL - EDIÇÃO 20N° 03/2016

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ORGANIZAÇÃO APOIO

32 VIVENDO O NOVO

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34 ENSAIO FOTOGRÁFICO:BABIES

E O PARTO DAS BRASILEIRAS NA NOVA ZELÂNDIA, COMO SÃO?

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DICAS DE CONTABILIDADE:TRUST - FUNDO DE INVESTIMENTO

06 EXERCÍCIO, ESPORTE, DESEMPENHO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:DICAS DE HÁBITOS PARA MELHORAR A SAÚDE - PARTE I

12 COMO APROVEITAR AINDA MAIS A SUA VISITA AO PAÍS SEM GASTAR UM CENTAVO!

18 GRAVIDEZ E PARTO NA NOVA ZELÂNDIA

BEM VIVER:GESTAÇÃO

O QUE UM PLAYGROUP FAZ?

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6 abril 2016

Exercício, Esporte, Desempenho e Estilo de Vida Saudável

Por Camila Nassif

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Dicas de hábitos para melhorar a saúde - Parte I

A procura de uma vida saudável está em competição acirrada com a procura da felicidade. Queremos ser felizes mas também queremos saúde e poder desfrutar

das coisas boas que o mundo nos apresenta.

A área de saúde, nutrição e exercício tem passado por uma grande trasfor-maҫão nos últimos anos. Muitos concei-tos que antes os cientistas juravam de pé junto que deveriam ser seguidos para se ter uma vida saudável, caíram por terra e uma mudança constante tem ocorrido.

Sendo assim, irei apresentar um artigo dividido em duas partes e dar algumas di-cas que já possuem embasamento cientí-fico, e que estão em afinidade com a maio-ria das dietas de sucesso.

Particularmente, gostaria de banir a palavra “dieta” do dicionário. Essa palavra pra maioria das pessoas esta associada a sofrimento, privação e frustração. Acredito numa abordagem da alimentação e exercí-cio como uma rotina que estabelecemos de acordo com nossas necessidades e o que acreditamos funcionar no nosso dia a dia e nas escolhas que fazemos para o nosso lifestyle. Por isso, prefiro referir a nossa alimentação como rotina alimentar. A rotina alimentar deve ser prazerosa, pois associamos a comida a prazer. Gostamos de comer e deveríamos poder apreciar o que a terra nos da como alimento.

Se você está à procura de uma rotina alimentar pra vida toda, seguindo essas dicas aumentará incrivelmente o potencial para você manter uma boa saúde, se pre-

venir doenças e ter mais energia para viver uma vida longa.

Gorduras Trans não são feitas para o consumo humano

Gordura Trans é pouco comum na natu-reza, mas é produzida a partir de gorduras vegetais para uso na indústria alimentícia (alimentos processados como salgadi-nhos e e biscoitos, frituras, margarina en-tre outros). Estudos mostram o aumento de doenças do coração com o consumo de desse tipo de gordura. Apesar de isso ser hoje um consenso, é prudente sempre checar os rótulos das comidas que você compra para garantir que não há gorduras trans presentes nos alimentos consumi-dos por você e sua família.

Não há necessidade de se alimentar de 3 em 3 hrs

Durante muitos anos, fomos bombar-deados com a informaҫão de que devemos comer várias vezes ao dia, pois se não fi-zermos isso haverá uma redução do me-tabolismo. Pesquisas que estudaram dife-renças no gasto energético mostram que se você consome uma quantidade de ca-lorias x, o seu gasto calórico não muda se você ingerir essas calorias em 6 refeições

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durante o dia ou em 3. Esses estudos não observaram mudança no gasto calórico e na composição corporal dos indivíduos.

Outro fator que se deve levar em consi-deração, com relaҫão a frequência em que você se alimenta, são os picos de glucose no sangue quando você come, que auto-maticamente causam uma liberação de um hormônio chamado insulina. Hoje, sa-bemos que quanto menores e menos fre-quentes os picos de insulina, melhor será para a sua saúde.

A informação nutricional dada pela mídia tradicional deve ser avaliada com cautela

Muitas vezes os artigos escritos pela mídia em geral (e não por profissionais qua-lificados) são tiradas do contexto e muitas vezes possuem um título para chamar a atenção das pessoas, mas não vai a fundo o suficiente no conhecimento para mostrar a população toda a real história por trás da Ciência. Na maioria das vezes, esses artigos

omitem informações e/ou fazem compara-coes de estudos distintos, confundindo a população em geral. De acordo com a mídia, ‘tudo hoje causa câncer’, uma hora você es-cuta que o álcool faz bem pra saúde e dois meses depois, já estão falando que faz mal.

Um exemplo real dessa situação é o uso de bebidas esportivas. Por muitos anos acreditou-se que bebidas esportivas são boas pra saúde e que todos nós devemos usar, principalmente se praticamos ativida-de física. Mas a literatura científica nessa área passou por mais de 40 anos pesqui-sando este assunto e discutindo os reais be-nefícios dessas bebidas entre atletas. Hoje, sabemos que o açúcar é um grande proble-ma na rotina alimentar e estudos muito bem controlados mostraram que as bebidas es-portivas não tem tanto efeito para o benefi-cio da performance física como se foi feito acreditar pela mídia durante anos. Se atletas não precisam de bebidas esportivas, será que nós, meros mortais, precisamos? Acho que a resposta vocês já sabem... Não

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Ovo é um dos alimentos mais saudáveis para se comer. Colesterol não é o inimigo.

Estudos mostram que a ingestão de ovos não causam problemas de coração como fomos feitos acreditar por muitos anos. O consumo de ovos não aumenta o colesterol sanguíneo de pessoas sau-dáveis. O mito da gordura animal causar problemas de coração caiu por terra. Por muitos anos, a gordura saturada vinda dos alimentos de origem animal e ovos foram demonizados e culpados por possuírem colesterol. Hoje, sabemos que na verdade existem outros fatores responsáveis pelas doenças cardíacas e não é o colesterol da dieta que necessariamente determina esses riscos. Outros fatores como enve-lhecimento das artérias e também níveis de inflamação no organismo, por exemplo, têm sido usados como indicadores mais precisos em relação às doenças cardía-cas. Sendo assim, não tenha medo do

consumo moderado de manteiga, ovos e gordura animal entre outros.

Refrigerantes com açúcar são um dos produtos mais engordativos na dieta moderna.

Não é a toa que escutamos a expressão “calorias vazias” quando se fala de refrige-rantes. Acredito na filosofia de densidade nutricional. Devemos focar em alimentos com densidade nutricional alta, no que se diz respeito a nutrientes, vitaminas, minerais, antioxidantes entre outros. Refrigerantes com açúcar possuem densidade nutricional, é como se você estivesse consumindo calo-rias sem nenhum benefício nutricional.

Outro fator importante a se considerar em relação a ingestão de refrigerantes, é a falta de capacidade que o seu cérebro tem de compensar o consumo de calo-rias. O consumo do açúcar e das calorias provindas dessa bebida não manda um comando para o nosso cérebro avisando que você já consumiu uma certa quanti-dade de calorias, e faz você ingerir menos calorias consequentemente. Sendo assim, as pessoas ingerem as calorias do refrige-rante, mas o corpo também pede comida, pois o refrigerante não sacia e não nutre o corpo e as células de acordo com suas necessidades, aumentando ainda mais a ingestão das calorias totais diárias, sem nenhum benefício nutricional.

E o que diríamos dos sucos comprados em supermercado e até os sucos naturais es-premidos na hora? Suco não é muito diferente dos refrigerantes com açúcar, se avaliarmos a quantidade de açúcar ingerida, no caso da fruta, a frutose. Sim, os sucos naturais pos-suem vitaminas, minerais e antioxidantes,

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mas um copo de suco pode conter quanti-dades altas de frutose desnecessárias para o organismo. Um copo de suco de laranja é feito com quatro laranjas no mínimo. Seria muito melhor você comer a fruta, do que to-mar um copo de suco, pois você come 1 ou 2 laranjas, e não 4 de uma vez.

Um produto de baixa gordura não necessariamente quer dizer saudável.

Inúmeros estudos já mostraram que uma dieta de baixa gordura não ajuda na perda de peso e na prevenção de doen-ças. Hoje, sabemos que o “turning point” aconteceu na década de 70, quando um cientista usou um estudo que determinava que gordura saturada causava problemas de coração. E assim, a indústria alimentí-cia se concentrou em retirar a gordura dos alimentos. A partir daí, surgiram os ali-mentos ‘light’. Sabemos que a gordura dá sabor aos alimentos, mas quando removi-da da comida, a gordura é substituída por outro componente alimentar, e então, o açúcar é adicionado para dar mais sabor.

Hoje, o excesso de açúcar, mesmo aqueles adicionados à comidas que acha-mos ser “saudáveis” está matando mui-tos de nós, juntamente com os alimentos processados e as comidas de baixíssima qualidade dos fast food.

Compare os rótulos dos produtos ‘nor-mais’ com os produtos ‘light’. Na sua maio-ria, você verá que muitas vezes os produ-tos onde a gordura foi retirada, possuem mais açúcar, e geralmente passaram por mais processos químicos para que a gor-dura natural do alimento seja retirada.

Alimentar as bactérias boas do seu intestino é importante.

Cada vez mais, a ciência relaciona a saúde do corpo e da mente com as bac-térias do nosso intestino. As bactérias, que muitas vezes são vistas por todos nós como uma coisa ruim, são na verdade im-portantíssimas para a nossa saúde. A rela-ção entre bactérias e as células no nosso organismo é de 1 para 10. Para cada cé-lula do nosso corpo temos 10 bactérias. Alimentos que alimentam as nossas boas bactérias, por exemplo, são: aveia, semen-tes, castanhas, fibras e também os pro bióticos, encontrados nas lojas especiali-zadas em produtos naturais.

Comece aos poucos mudar seus hábi-tos. Dê preferência para os alimentos mais próximos à natureza. Ou seja, evite alimen-tos processados, aqueles que vêm numa embalagem, na sua maioria, não são bons para sua saúde.

Fique atento para a segunda parte dessa matéria que virá na edição do mês que vem.

E fiquem firmes…a sua saúde é o resul-tado de todas as suas pequenas decisões todos os dias!

Camila Nassif é mineira e mora na NZ desde 2009. Doutoura em Ciência do

Exercício pela Charles Sturt University, Austrália, presta consultoria científi-

ca na área de Alimentação, Exercício, Esporte e Estilo de vida saudável.

Contato: [email protected]

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12 abril 2016

Como aproveitar ainda mais a sua visita ao país sem gastar um centavo!

Por Paula Spindler

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iver um intercâmbio é muito mais do que simples-mente viajar. É poder realizar um sonho de ter uma ex-periência de vida em outro país, entrando em contato com diferentes culturas e aprendendo novos idiomas.

No entanto, este sonho envolve muitos gastos. Com a atual situação financeira do Brasil e a desvalorização do Real, o investimento necessário para um intercâm-bio ficou ainda mais alto. Logo, é importante poder fo-car o nosso dinheiro nos pontos essenciais, como o curso que desejamos fazer, a acomodação que será nossa nova casa durante este período e gastos com necessidades básicas, como alimentação, produtos de higiene, entre outros.

Mas como podemos então viver intensamente o nosso intercâmbio e não gastar muito? É neste mo-mento que faz toda a diferença saber quais são as op-ções gratuitas de lazer e entretenimento oferecidas no país e na cidade que você escolheu como destino!

Parques e Reservas F lorestaisAqui na Nova Zelândia, por exemplo, é possível

encontrar diversas atividades nas quais não é neces-sário gastar um único centavo. Primeiramente, todas as cidades pelo país possuem inúmeros parques e locais públicos e é muito comum encontrar jovens, famílias e casais aproveitando esses espaços nos fi-nais de semana e até mesmo durante a semana. Por aqui, piquenique é uma opção certa para se gastar pouquíssimo apenas com o necessário (no caso a alimentação) e ter um momento muito agradável e divertido entre pessoas queridas. Também é muito comum encontrar pessoas deitadas no gramado dos parques ou aproveitando o ambiente lindo e tranquilo para ler um bom livro.

Eu sou suspeita para falar, pois sou completamente apaixonada pelos parques deste país. Quando acredi-to que encontrei o meu favorito, depois descubro que tem outros que me encantam mais ainda. Para mim, passar uma tarde em um parque me traz uma tranqui-lidade e bem-estar que não tem preço!

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14 abril 2016

Praias e LagosAinda há outras opções imperdíveis para

aproveitar gratuitamente a grande beleza natural da Nova Zelândia. O país é repleto de praias e la-gos. No verão, estes locais estão sempre movi-mentados, com moradores e turistas curtindo os lindos dias de sol, com muito esporte, diversão e conversas. Para mim, um grande diferencial da NZ é esta proximidade com a água, mesmo du-rante o inverno. É muito bom poder caminhar ao longo da orla ou ao redor de um lago, com seus gansos, patos e cisnes também fazendo parte do encanto do ambiente.

Trilhas e CaminhadasE para os mais dinâmicos e aventureiros,

fazer uma trilha e caminhada aqui na NZ é um must do! Aqui são inúmeras as opções para hi-kes e trilhas, com diferentes níveis de dificulda-de, abrangendo as paisagens mais variadas. E

você não encontra caminhadas apenas nas reservas naturais ou par-ques ecológicos. Em cada cidade, nos próprios centros urbanos, há pequenas e médias trilhas, que com certeza contribuem para a quali-dade de vida dos moradores locais. Fazer trilhas é um programa tão comum e valorizado por aqui que o governo neozelandês possui um website e catálogo com informações específicas sobre as opções de caminhadas pelo país, chamado Great Walks. Eu já gostava de fazer trilhas no Brasil, mas aqui acabei me apaixonando mais ainda pela prática e hoje é uma das minhas atividades favoritas.

Eventos e Atividades SociaisAgora, sobre as opções de entretenimento, as cidades neoze-

landêsas sempre possuem programações para eventos e festivais gratuitos ao longo do ano. Dentre essas opções, é possível parti-cipar de atividades culturais, esportivas, apresentações e aulas de dança, prática de yoga, música ao vivo e muito mais. Então, para estar por dentro dessas opções, fique sempre de olho nos i-sites (centros oficiais de informações aos turistas aqui na NZ) das cidade que você tem interesse e, também, nos websites de eventos pelo

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país, como o eventfinda. Durante o verão, uma das atividades mais procuradas é o Outdoor Cinema que, com certeza, é diver-são garantida!

É possível, também, encontrar opções de eventos e encontros gratuitos organi-zados por moradores da própria cidade que desejam conhecer e reunir pessoas com interesses em comum. Aprender um idioma, praticar atividades físicas e es-portes, tours históricos sobre artes pela cidade, visitas em grupos aos museus, são apenas alguns exemplos de tipos de interesse que você pode encontrar. Para saber mais sobre esse tipo de eventos, uma excelente opção é o website e apli-cativo Meetup. Eu já usei muitas vezes este aplicativo e participei de diversos encontros muito interessantes! Com cer-teza, é uma opção excelente para conhe-cer mais pessoas e fazer novas amizades durante o seu intercâmbio.

Biblioteca LocalPara os apaixonados por literatura, ci-

nema e música, uma excelente opção é a Biblioteca Pública. Em cada lugar, as re-gras para se tornar um membro da bibliote-ca variam, mas aqui na Nova Zelândia este processo é muito simples e, certamente, vale a pena. Ser um membro da biblioteca local, além de ajudar com os estudos no seu curso, também proporciona conhecer mais sobre as opções de literatura local e, claro, mundial. Além disso, as bibliotecas muitas vezes oferecem opções de loca-ção de filmes, séries e documentário em DVD ou Blu-Ray, e para jogos de Playsta-tion ou Xbox, por exemplo. Outra questão, é que geralmente a biblioteca possui uma

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programação interna para eventos culturais e artísticos, que podem ser muito interessantes para conhecer mais sobre o estilo de vida e costumes no país.

Trabalho VoluntárioOs trabalhos voluntários são também muito comuns aqui na

Nova Zelândia, tendo até websites, como Volunteering New Zealand e Seek Volunteer, nos quais é possível encontrar muitas informações sobre esta prática e oportunidades para trabalhar como voluntário pelo país. Muitos cidadãos e até mesmo estudantes internacionais – se sua condição de visto permite que eles trabalhem no país – querem contribuir de alguma maneira para a vida em sociedade e para o desenvolvimento das cidades por aqui. Os Kiwis realmen-te tem uma consciência social muito aflorada e é admirável como eles sempre incentivam entre si, especialmente com os jovens, essa conscientização de que cada pessoa deve contribuir com a sua ci-dade e o meio ambiente. Logo, ser voluntário é algo muito bem visto e assumido por muitos, como uma atividade para momentos livres, sendo uma boa opção para conhecer novas pessoas e descobrir novos interesses.

Bom, estas são apenas algumas opções de atividades gra-tuitas que podem ser interessantes para realizar durante

um intercâmbio. Muitas delas, com certeza, não se aplicam apenas à Nova Zelândia, mas em muitas outras opções de

destino. Por isso, é muito importante conhecer bem o país e cidade que escolheu para o seu intercâmbio e, principalmen-te, saber quais são os seus interesses pessoais. Assim, com uma boa dose de criatividade e mente aberta para novas ex-periências, você terá infinitas oportunidades para aproveitar

durante o seu intercâmbio e, de quebra, não gastar nada!

Paula Spindler é Dream planner da YepNZ e está na NZ desde julho de 2015, fazendo seu intercâmbio

e ajudando outros a realizar este mesmo sonho. Ela ama viajar e conhecer outros países, aprenden-do o máximo que pode sobre culturas diferentes e

idiomas. Apaixonou-se pela Nova Zelândia e pela incrí-vel qualidade de vida que este país oferece aos seus moradores.

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Gravidez e Parto na Nova Zelândia

Por Viviane Almeida e Viviane MainoFotos por Rafael Bonatto

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Indiscutivelmente estar grávida e ter um bebê é um dos momentos mais intensos na vida de uma mulher. Não interessa a idade, a posição social, o planejamento ou o tipo de família. Estar grávida representa um grande passo rumo à maturidade, e viver na totalidade, o nosso papel como mulher.

Para nós, que moramos na Nova Zelândia, se descobrir grávida num país diferente, sem a nos-sa mãe ou o resto da família por perto, sem saber como as coisas funcionam ... É como dar o primei-ro passo. É um grande desafio.

Parir é a mesma coisa em qualquer lugar (ao menos deveria ser), afinal ser mãe e dar a luz faz parte do processo biológico do nosso corpo feminino. Mas dependendo do país, as regras e os procedimentos de pré-natal e parto são dife-rentes, até mesmo o que é de conhecimento e senso comum num lugar, pode ser diferente em outro. O que comer, o que não fazer, que vita-minas tomar, que tipo de parto é melhor para mim? Quem procurar?

Essas dúvidas passam na cabeça de todas as mulheres e nós gostaríamos de dar uma luz so-bre onde procurar ajuda, a que você tem direito e como proceder para ter total controle sobre a sua gravidez e parto.

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20 abril 2016

Estar grávida na Nova ZelândiaAs mulheres gestantes podem escolher

um/uma “Líder de Cuidados Maternos” (LMC) que irá coordenar todos os cuidados relacionados à maternidade. Os prestado-res de cuidados de maternidade podem ser Obstetrizes (em inglês são as midwi-ves e é assim que nos referiremos a elas nesse texto, também conhecidas como parteiras, porém com mais preparação, estudo e experiência) e/ou Clínicos Gerais com diploma em obstetrícia ou Obstetras. LMC’s são contratados através do Ministé-rio da Saúde, para fornecer um serviço de maternidade completo e gratuito para as gestantes elegíveis ao uso do sistema pú-blico de saúde.

Você se descobriu grávida na Nova Ze-lândia, e agora? O que fazer?

Se você já sabe o que quer, que tipo de LMC você quer que acompanhe sua gravi-dez e parto você pode:

No sistema público e gratuito• Ir ao seu GP (general practioner ou clí-nico geral) que vai confirmar sua gravidez

e te dar uma lista de midwives disponíveis na área que você mora;• Procurar uma midwife recomendada diretamente e verificar a disponibilidade dela;• Entrar no website Find Your Midwife e pesquisar por uma midwife que esteja mais próxima da sua residência.

No sistema privado• Entrar em contato com um obstetra ou clínica obstétrica diretamente e checar a disponibilidade do hospital e profissionais.

A maioria das mulheres e suas famílias optam por uma midwife como LMC. O ser-viço de midwives é gratuito. A única coisa que você paga são as suas ultrassonogra-fias. A maior parte do valor do exame é subsidiado pelo governo, portanto a ges-tante pagará apenas em torno de $15/$20 por ultrasonografia. Caso prefira obter uma imagem em 4D o custo da ultrasono-grafia ficará por conta da gestante (o go-verno não subsidia este exame).

Ao escolher uma midwife como LMC, a gestante passa a contar com a mesma e também com uma midwife de backup, para o caso de indisponibilidade da parteira contratada no dia do parto, garantindo um acompanhamento completo e de qualida-de.  A maioria das gestações consideradas de baixo risco são acompanhadas direta-mente por uma midwife. Havendo algum fator que eleve o risco da gravidez para médio ou alto, a gestante passa a contar com a colaboração de outros especialistas (obstetras, nutricionistas, entre outros) também gratuitamente.

Caso a gestante prefira ter um médico obstetra (mesmo sem riscos aparentes durante a sua gravidez) o custo deste pro-fissional deverá ficar a cargo da gestante (ou seja, o serviҫo será particular). Partos

Você está apto a usar o sistema público de saúde neozelandês,

se você tiver um visto de residente, cidadão neozelandês ou se tiver um visto de trabalho com direito de permamecer no

país por dois anos ou mais.

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privados na Nova Zelândia custam entre $4000 e $5000, e geralmente são pagos em parcelas no período da gravidez.

Quais são os direitos e serviços oferecidos a gestante ao contratar um Líder de Cuidados Maternos-LMC:NO DIA DO CONTRATO:• Informação sobre o papel da LMC e detalhes de contato, incluindo acordos de backup quando/se indisponível no dia do parto;• Informação sobre os cuidados (padrão) na Nova Zelândia, possíveis intervenções praticadas (episiotomia, ocitocina sintética, indução, entre outros), desfechos, bem como opções de encaminhamento para cuidados adicionais, caso necessário;• Avaliação completa durante a gesta-ção, incluindo exames físicos, avaliação da saúde geral, bem como do histórico familiar e obstétrico;• Informação sobre diversos exames de triagem (exames de sangue e ultrassono-grafias) e encaminhamento para tais exa-mes, caso a gestante precise;• Informação sobre disponibilidade de cursos para gestantes/cursos preparató-rios para pais;• Informações sobre licença maternida-de remunerada;• Elaboração e documentação de um plano de cuidados para ser usado e atua-lizado durante toda a gestação, no parto e no pós-parto. (O LMC irá manter uma cópia e dar-lhe um.);• Uma cópia de suas notas clínicas (atua- lizado a cada visita).

NO SEGUNDO TRIMESTRE (12 A 28 SEMANAS DE GRAVIDEZ):• Acompanhamento da evolução da ges-tação, incluindo o diagnóstico e gerencia-mento precoces de eventuais problemas, encaminhando à outros prestadores de cuidados quando necessário;• Atualização do Plano de Assistência da gestante;• Informação personalizada, em caráter educativo, sobre como manter uma ges-tação saudável, sobre parto e preparação para a maternidade/paternidade;• Informações específicas e detalhadas sobre trabalho de parto e o parto em si, in-cluindo as funções das pessoas que servirão como rede de apoio para a gestante, como lidar com as dores do trabalho de parto, op-ções sobre o procedimento de parto, cuida-dos no pós-parto, cuidados imediatos para o bebê e aleitamento materno;• Instruções para entrar em contato quando o trabalho de parto começar;• Organização de visita para que a gestan-te conheça quaisquer outros provedores de cuidados maternos que possam estar en-volvidos no acompanhamento da gestante.

Midwives não fazem cirurgia cesariana. Se você tem

preferência pelo parto cirúrgico (mesmo sem nenhuma

necessidade médica) você deverá optar pelo sistema privado e ter um obstetra.

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22 abril 2016

DURANTE O TRABALHO DE PARTO E PARTO:• Avaliação inicial em casa (preferencial-mente) ou na maternidade combinada;• Monitoramento periódico da gestante, do bebê e da progressão do trabalho de parto, incluindo encaminhamento para quaisquer outros provedores de cuidados maternos que possam estar envolvidos no acompa-nhamento da gestante, se necessário;• Realização de todos os cuidados primá-rios com a gestante durante todo o traba-lho de parto e pós-parto imediato,• Realização de exames iniciais no bebê e identificação do mesmo, introdução ao alei-tamento materno, cuidados com a placen-ta, suturas quando necessário e notificação do nascimento ao Registro de Nascimentos.

EM CASO DE PARTO DOMICILIAR:• Providenciar para que um segundo LMC esteja presente durante o parto;• Fornecer e preparar os equipamentos necessários para os cuidados no parto, in-cluindo uma unidade móvel de ressuscita-ção neo-natal;• Fornecer quaisquer outros itens neces-sários para o evento de parto domiciliar.

EM CASO DE PARTO EM CASAS DE PARTO (BIRTH CENTRES OU BIRTH UNITS):• Providenciar para que um segundo LMC esteja presente durante o parto• Assegurar que um LMC permaneça na unidade, prestando atendimento à ges-tante até que a mesma receba alta.

APÓS O NASCIMENTO (DO NASCI-MENTO ATÉ QUE O BEBÊ COMPLE-TE 4 OU 6 SEMANAS DE VIDA):• Exame clínico detalhado do bebê den-tro das primeiras 24 horas de vida;

• Em partos hospitalares, realizando uma visita pós-parto diária antes da alta hospitalar (a não ser quando algum outro tipo de acordo tenha sido combinado en-tre a gestante (família) e o hospital)• Uma visita domiciliar dentro das pri-meiras 24 horas após a alta médica;• Um segundo exame clínico detalhado sobre a saúde do seu bebê dentro dos pri-meiros 5 dias de vida;• Um total entre 5 a 10 visitas domicilia-res para avaliação geral da saúde da puér-pera e do bebê (podendo ser mais, se cli-nicamente necessário)• Pelo menos 7 visitas pós-parto, no total;• Assistência e aconselhamento sobre o aleitamento materno e a nutrição da mãe e do bebê;• Avaliação de riscos para depressão pós-parto e/ou violência doméstica, com aconselhamento e encaminhamento apropriados para cada caso;• Fornecimento de informações do Mi-nistério da Saúde sobre o calendário de vacinação infantil;• Fornece acesso aos testes (teste do olhinho, do ouvidinho, do pézinho, etc) re-comendados e praticados pelas diretrizes do Well Child Tamariki Ora e o calendário nacional para a realização de tais testes;• Aconselhamento sobre métodos con-traceptivos.

ACONSELHAMENTO E INFORMA-ÇÕES GERAIS, EM CARÁTER EDU-CATIVO, AOS NOVOS PAIS:• Um último exame clínico detalhado do bebê antes de transferir os cuidados para a Well Child Provider (Plunket, pediatra, ou outro provedor de serviço);• Um exame físico pós-parto da mulher, antes de ser dispensada dos cuidados for-necidos pelo serviço de LMC;

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24 abril 2016

• Transferência dos cuidados para com o bebê da LMC para a Well Child Provider (Plunket, Pediatra ou outro provedor de serviço) em data combinada com a mãe, dentro do período entre a 4a e 6a semana de vida do bebê, bem como formalização/documentação dessa transferência;• Notificação da alta do serviço de LMC para o GP registrado pela mulher.

O que é uma Doula?A palavra Doula vem do grego e signifi-

ca “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se à mulher sem experiência téc-nica na área da saúde, que orienta e assiste a nova mãe no parto e nos cuidados com bebê. Seu papel é oferecer conforto, encorajamen-to, tranqüilidade, suporte emocional, físico e informativo durante o período de intensas transformações que está vivenciando.

Antigamente o nascimento humano era marcado pela presença experiente das mulheres da família: irmãs mais ve-lhas, tias, mães e avós acompanhavam, instruíam e apoiavam a parturiente e a recém mãe, durante todo o trabalho de parto, o próprio parto e os cuidados com o recém-nascido.

Atualmente os partos acontecem em ambiente hospitalar e rodeado por espe-cialistas: o médico obstetra, a enfermeira, o pediatra, cada qual com sua especiali-dade e preocupação técnica pertinente. O cuidado com o bem estar emocional da parturiente acabou ficando perdido em meio ao ambiente impessoal dos hospi-tais, tendendo a aumentar o medo, a dor e a ansiedade daquela que está dando à luz, e consequentemente, aumentando as complicações obstétricas e necessida-de de maiores intervenções. A doula veio justamente para preencher esta lacuna,

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25

suprindo a demanda de emoção e afeto neste momento de intensa importância e vulnerabilidade. É o resgate de uma prá-tica existente antes da institucionalização e medicalização da assistência ao parto, e que passa a ser incentivada agora com respaldo científico.

Leia mais sobre o que a doula faz (e não faz) e os benefícios dessa atividade aqui.

Participe do grupo Gestar, Parir e Amar - Aotearoa clicando aqui.

Viviane Maino

Carioca, Publicitá-ria, Doula, Educadora

Perinatal e mãe de duas crianҫas. É militan-

te e ativista pelos direitos de escolha das mulheres em relação ao próprio corpo e pelo protagonismo feminino

no parto. Futura midwife pela AUT.

Viviane Almeida

Paulistana formada em Pedagogia, pós gradua-

da em Psicopedagogia e Libras. Na Nova Zelândia

desde 2007, hoje mãe de dois meninos pari-dos na Aotearoa. Doula formada pela insti-tuição GAMA - SP, hypnoBirthing practitio-ner, estudante de midwifery na AUT e uma

ativista apaixonada pela fisiologia humana.

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26 abril 2016

Cláudia Pereira, parto gemelar naturalMãe da Ruby e Olivia de 22 meses

Quando engravidei, a primeira coisa que eu pensei foi procurar por uma clínica privada para que eu pudesse fazer uma cirurgia cesariana. Como brasileira que sou, tinha a mi-nha cabeça a idéia de que a cesariana era a melhor opção! Tinha pânico só em pensar em ter parto normal. Não queria nem abrir espaço pra conversa.

Quando comecei o meu pré-natal, com mais de 7 meses de gravidez, assisti aos depoimentos de outras grávidas

de gêmeos e trigêmeos, e ao ouvir sobre a importância do parto normal na entrada do bebê neste mundo, eu comecei a repensar meus conceitos.

Conversando com meus médicos, que sempre respeitaram a minha opinião, eles perceberam que eu estava mais confortável com a idéia e me fizeram acreditar que eu podia ter um parto nor-mal. Mesmo eu tendo outras complicações de saúde, como trom-bose (com cirurgia feita no passado, e tendo que aplicar uma in-jeção na minha barriga durante a gravidez para afinar o sangue),

E os partos das brasileiras na Nova Zelândia,

como são?

Page 27: Revista MBA Abril 2016 Edição 020

27

mesmo assim os médicos me aconselharam a seguir em frente com o parto normal. Minhas gêmeas estavam na posição ideal e eu que só tinha engordado 7 kg durante toda a gravidez, estava completamente saudável. Com 37 semanas, foi diagnosticado via ultrassom, que a placenta já não estava alimentando as nenéns e seria necessário uma indução.

Entrei no hospital com 37 semanas e 4 dias, por volta das 8 da manhã. Às 10 da manhã, começaram os monitoramentos. Por volta de meio-dia eu já estava com peridural feita e a ocitocina na veia. Tive uma midwife cuidando só de mim o tempo todo. Ela não saiu de perto de mim nem por um momento! E a minha medica preferida Dra Eva (fiz meu pré-natal numa clínica obstétrica e conheci os seis médicos da clínica durante minha gravidez, sabia que um deles faria meu parto), entrava no quarto de tempos em tempos, sempre moni-torando os batimentos cardíacos das minhas filhas e o meu estado físico e emocional.

Tudo na maior paz e tranquilidade, meu marido do meu lado o tem-po todo me dando suporte e me reforçando que tudo estava bem”.

Os tão esperados 10cm chegaram, e era hora de fazer força. Por volta de 2h30 da manhã depois de várias tentativas, percebemos que bebê n.1 estava na posição posterior, difícil mas nao impossível de ter parto normal. Mas devido a um sangramento, (já esperado de-vido às injeções que tomei durante a gravidez), fui levada para a sala de cirurgia para que, se eu precisasse de uma cirurgia, estivessem todos preparados.

Chegando a sala de cirurgia, tudo pronto, tive o uso de fórceps e episiotomia, (que todas as mulheres temem), mas eu concordei com estes procedimentos no meu plano de parto, e fui muito respei-tada. Não houve corte exagerado, e o uso de fórceps foi necessário pois o bebê estava na posição posterior.

Em um movimento rápido eu ouvi a minha primeira filha, Ruby. E em outros 3 minutos Olivia também entrava neste mundo para com-pletar a minha felicidade.

A minha experiência foi fantástica, com total suporte de 2 midwi-ves, que me ajudaram e ficaram comigo por todo o tempo. A minha médica, Dra Eva, não poderia ter sido melhor na hora do parto. Ela foi positiva, acolhedora e protetora. Sempre se referindo as minhas filhas pelos nomes e me contando exatamente tudo que elas estava fazendo. Tudo que eu precisava num momento tão sensível e espe-cial da vida de uma mulher.

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28 abril 2016

Giovana Reay, parto natural no hospital e parto natural na banheira do hospital

Mãe de Antony de 6 anos e Jessica quase 5

Eu sempre tiver a intenção de fazer uma cirurgia cesaria-na... Porém, depois que participei das classes de pré-natal, mu-dei de idéia e decidi ter parto normal.

Eu tinha a intenҫão de ter o Antony no hospital com anes-tesia peridural. No entanto, quando as minhas contrações co-meçaram, eu comecei a anotar o tempo das contrações num papel. Depois de 4 horas, liguei para midwife para informar que

as contrações estavam muito fortes e que eu gostaria de ir para o hospital. Ela falou que faltava muito tempo e pediu para eu tomar um banho de banhei-ra, relaxar e controlar a respiração.  E assim, eu pensei ‘Ok, vamos ver quanta dor eu posso aguentar’. Enchi a banheira, usei as técnicas de respiração que aprendi na yoga e depois de 2 horas, quando não estava mais suportando, senti que já estava dilatada o suficiente, pois senti a cabecinha do bebê.

Minha midwife falou que não havia tempo suficiente para chegar no hospital. A minha sorte era que a maternidade ficava à 3 quadras da mi-nha casa!

Quando cheguei na maternidade, queria qualquer coisa para aliviar a dor. Me ofereceram gás, mas não adiantou nada, porque já estávamos num esta-do muito avançado. Em menos de 1 hora, Antony nasceu.

Como a minha primeira gravidez foi tranquila, decidi ter a Jessica numa banheira na maternidade. Porém com outra midwife. Depois de 1 semana de atraso do dia previsto para o nascimento, a midwife me examinou e falou que as contrações poderiam começar no mesmo dia. E que desta vez, eu não poderia esperar muito para ir a maternidade. E assim aconteceu, depois de 4 horas de contrações, fui para maternidade. Foi uma experiência maravilhosa”.

Gabriela Saibro, duas cirurgias cesarianas no Brasil e um parto natural na Nova Ze-

lândia (VBA2C – vaginal birth after two c-sections). Mãe de Gustavo de 9 anos,

James 2 anos e meio e Oliver de 5 meses

A história do meu VBA2C começa há mais de 10 anos! Quando grávida pela primeira vez, a vontade de ter meu fi-lho de forma natural não foi respeitada pelo meu obstetra. Depois de uma indução desnecessária (apenas 5 horas em

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trabalho de parto) o médico me informou que meu filho não nas-ceria de parto natural. Ainda lembro dele dizendo que eu não nasci pra parir! 

Vim morar na NZ quando meu filho tinha um ano e depois de uma gravidez ectópica e mais quatro abortos, eu engravidei do meu segundo. Um milagre!

Consegui uma midwife que fazia parto em casa (mesmo depois de uma cesariana) e começamos juntas a sonhar com um VBAC. Tivemos uma consulta ao final da gravidez com o obstetra. Ele usou táticas de medo para nos assustar que impressionaram o meu mari-do: teríamos que ir para o hospital assim que começasse o trabalho de parto. E por exigência do meu marido, aceitei. Da hora em que cheguei ao hospital até a hora em que desisti do parto natural, foram várias visitas indesejáveis dos médicos ao meu quarto, também in-desejados foram os toques e os comentários deles para nos assus-tar. Depois de quase 17 horas, desisti da luta e meu filho nasceu de uma cesariana recorrente. 

Eu estava quebrada. Partida. Não queria falar no assunto. Não queria falar de nenhum assunto. Fui ficando doente, meu filho não dormia e isso também não ajudava. Diagnosticada com depres-são pós-parto, eu lutei de uma forma natural contra doença, mas sabia que minha cura seria parir! Somos uma família cristã, que acredita em um Deus soberano. Então, nós oramos e esperamos. Quando eu  engravidei novamente, me afundei em livros e sites so-bre VBAC. Mais uma vez, minha midwife era a única que faria um VBA2C. Dessa vez, direto para o hospital! Foram muitas discus-sões, inclusive com obstetras que teimavam em marcar uma cesa-riana. Preparei meu plano de parto com ícones e tudo o mais espe-cificado possível, mas a exigência  mais importante era de que eu não aceitava a presença de médicos na sala de parto a não ser que fosse uma emergência e minha midwife decidisse por chamá-los. Mesmo sendo no final da gravidez, diagnosticada com diabetes gestacional, continuamos com nossos planos.

A primeira contração ‘lá’ foi punk! Já no hospital, eu me tranquili-zava com o gás. Tive vontade de fazer força, e meu corpo fez força, sozinho. Saí da água, pois queria ter certeza de que estava na hora de fazer força.

Quando a midwife disse que eu estava completamente dilatada e que o bebê já havia descido bastante, foi o momento mais emocio-nante do parto! Eu estava em êxtase!

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30 abril 2016

Uma hora e 45 minuots depois, Oliver Fynn nasceu. Sem nenhuma intervenção, depois de 2 cesarianas sem necessidade!!

Eu falei “we did it, we did it! E então eu repeti umas 5 vezes “ To You be the glory, Lord. To You be the glory, Lord!!!” Apesar de 5 se-manas prematuro, por conta da diabetes gestacional, Oliver nasceu com 4.1kg. Eu não estava quebrada, eu não nasci com defeito!

Minha midwife Pamela Rogers foi primordial para que eu conse-guisse o direito de tentar um parto natural, sem intervenções e sem médicos! Oliver é o bebê mais calmo que eu já conheci, o mais sau-dável dos três, o mais risonho também!”.

Karla Nobre, duas cirurgias cesarianas marcadas e desejadas

Mãe de Viktor de 3 anos e Stefan de quase 1

Tive 2 cesarianas planejadas e desejadas.  Foi uma esco-lha que eu e meu marido optamos, em razão da minha ida-de, pois quando engravidei do meu primeiro filho eu tinha, 37 anos e do segundo filho, 39 anos. 

No entanto, hoje em dia, ser mãe depois dos 30 anos não tem o mesmo tabu de antigamente, sei que muitas mulheres por aí conseguem ter um parto normal tranquilo e admiro a

coragem de cada uma, porem não é o meu caso.  Além disso, tinha muito medo de sentir dor e por isso nunca me

senti confortável em relação ao parto normal. Tinha medo também de que se algo não saísse bem ... sempre fiquei impressionada com as historias que ouvi de pessoas que tiveram problemas du-rante o parto normal, como falta de oxigenação do bebê e aciden-tes com o fórceps.

Posso felizmente dizer que as minhas duas cirurgias cesarianas foram tranquilas. Tivemos um ótimo atendimento da equipe de ci-rurgia do Hospital de Auckland, especialmente do obstetra.

Tive muita sorte com a cesariana e minha recuperação. Não sen-ti dor ou desconforto. Pode parecer exagero meu, mas é a verdade. Minha recuperação foi rápida, sem dor, exatamente como eu queria. No dia seguinte da cirurgia, eu já estava de pé, tomando banho so-zinha, andando e sentando sem problema algum.  Lembro-me bem quando cheguei em casa, sem perceber eu já estava fazendo algu-mas tarefinhas domésticas e em duas semanas já estava dirigindo.  Como mencionei antes, tive muita sorte com a cirurgia cesariana.

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Fazer a escolha de mudar de vida, começar de novo, mudar o foco, mudar de país, enfim, não é fácil. Em geral, iniciamos nossos planos pensan-

do nos prós e nos contras, lemos muito a respeito antes de decidirmos, estudamos todas as possibi-lidades, mas ainda assim quando concretizamos,

quando chegamos aqui, muitas vezes ficamos com a sensação de que algo está faltando, mesmo quan-

do a trajetória está seguindo como o planejado.

Vivendo o novoDIGA NÃO AO STRESS. ABRACE O DESCONHECIDO.

APRENDA A CONVIVER COM A MUDANҪA.

Page 33: Revista MBA Abril 2016 Edição 020

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Vivendo o novo Trabalhamos, estudamos, corremos, corre-mos, corremos, tentando alcançar as nossas metas e viver o nosso sonho, mas o sentimen-to de existir uma lacuna que não tem peça des-te quebra-cabeça da vida que possa preencher, ainda persiste. Parece que tem um espaço para completar... então, o que será isso?

A resposta não é tão complexa quanto pare-ce, isto acontece porque nosso processamen-to, localizado no cérebro, onde utilizamos para agir, decidir, reagir, escolher, está tentando bus-car referência e se conectar com o conhecido. A luta mental é grande para não sair da zona de conforto, então inevitavelmente há stress.

O cérebro humano é um dos processadores mais poderosos do mundo, senão o melhor. O cérebro tem capacidade de processar todas as informações que recebe, fazer uma análise rapidamente com base em uma vida inteira de experiências e registros, e devolvê-las para nós em aproximadamente meio segundo, mas tudo isso baseado em dados e informações já registrados, do passado, seja recente ou remoto. Como estamos vivendo o novo, o cérebro fica hesitante, incerto, porque não tem nenhuma “caixinha”, nenhum registro anterior, onde estão armazenadas informações relativas a morar em outro país, outra cultura, sentimento de expatriado, viver longe da família, enfim... Então, nos sentimos perdidos, às vezes muito tristes, incapazes e até mesmo achando que nada faz sentido e que talvez fizemos a escolha errada. Essa confusão de sentimentos pode e muitas vezes é manifestada inclusive fisicamente,

em forma de problemas digestivos, dores de cabeça, irritabilidade, pessimismo, alterações do apetite (falta ou excesso), alterações do sono, baixa autoestima, ansiedade, mau humor e alguns outros.

Mas a ótima notícia é que quanto mais relaxamos, nos permitimos, nos adaptamos ao novo e aprendemos, mais conexões neurais nosso cérebro faz e mais confortáveis nos sentimos. É como a prática de um exercício: no começo existe sofrimento para o aprendizado, mas quanto mais se pratica, mais fácil fica.

Se você chegou aqui trazendo alguns probleminhas na bagagem e os sentimentos negativos vão além desses citados acima, procure um profissional para ajudá-lo e come-ce a aproveitar o mais rápido possível o que Nova Zelândia tem para oferecer.

SEJA FELIZ!

Vera Cristina Teté de Paula, Paranaense, mas catarinense de coração por ter vivido os últimos anos no Brasil,na Santa e Bela Catarina.Socioterapeuta, conselheira e missionária.Vive na Nova Zelândia com marido e um filho desde janeiro de 2015.Este ano criou a empresa OneHelp.com para acolher e ajudar pessoas com as mais diversas di-ficuldades. Contato: [email protected]

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BabiesBY MARINA GALIOTTO

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36 abril 2016

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Marina veio para Nova Zelândia em 2003 e logo percebeu que aqui seria o lugar ideal para viver uma vida tranquila e com qualidade sem igual.

Especializada em fotografia de Maternidade e Newborn montou a Baby Love Images by Marina Galiotto juntamente com seu mari-

do videógrafo Silvério Filho. Dando assim a oportunidade à todas as mamães de ter uma experiência única de Fotografia e Video para

preservar este momento tão especial na vida de cada um. Marina tem seu estúdio fotográfico na cidade de Tauranga, mas viaja fo-

tografando grávidas, bebês e famílias por toda Nova Zelândia.Contato: www.babyloveimages.com

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dicas decontabilidade

com Luiza Veras

TRUST (Fundo de Investimento)

O que é um Trust?

De acordo com a Lei de Imposto na Nova Zelândia, os bens consi-derados ativos (ex: imóveis) são capazes de ser transferidos para um Trust. As pessoas escolhem ter um Trust por que esta estrutura tem muitas vantagens. Algumas delas são:

• Proteger seus ativos de reclamações de terceiros, tais como credores. Este caso funciona porque a propriedade fiduciária não pertence mais ao instituidor, porque eles transferiram para os administradores gerenciar para o benefício dos beneficiários.

• O Trust é uma forma de fornecer renda para a sua família, em caso de mudancas inesperadas e/ou imprevistas que altere a si-tuaҫão da família.

Page 43: Revista MBA Abril 2016 Edição 020

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• Os Trusts podem ser usados para separar os bens ativos pes-soais e empresariais.

• Os rendimentos de ativos de um Trust podem ser atribuídos aos beneficiários de uma forma de imposto efetiva.

• Trusts oferecem privacidade.• Trusts podem proteger os interesses dos beneficiários que

são incapazes de cuidar de si próprios ou têm necessida-des especiais.

O Trust é uma estrutura proprietária de bens ativos. Uma vez que os ativos são transferidos para um Trust, esses bens não pertencem mais à pessoa que os transferiu.

Para que haja um Trust que você precisa de:1. Uma pessoa (o instituidor- Settlor), que tem a intenção de

transferir ativos (propriedade fiduciária) para outra pessoa ou pes-soas (os trustees).

2. A propriedade do Trust é transferida para os administradores no entendimento de que esses administradores têm o dever de man-ter e cuidar da propriedade de Trust para o benefício de outras pes-soas (os beneficiários).

Exemplo: O pai quer transferir um depósito bancário para um admi-nistrador profissional em nome da criança, até que a mesma atinja a idade de 20 anos. O administrador profissional é instruído a pagar os juros vencidos sobre esse depósito a cada ano, até que a crianҫa atinja a idade de 20 anos. Somente a partir desta idade, o trustee profissional entregará a totalidade do depósito para a criança.

Nesse caso, o Trust foi criado da seguinte forma:• O pai é o instituidor porque transferiu o depósito para o Trust

e o administrador professional (trustee) cuida do depósito para o filho.

• O depósito é o bem ativo ou a propriedade do Trust.• O trustee é o administrador, que é responsável pela adminsi-

traҫão da propriedade fiduciária em nome da criança.• A criança é o beneficiário.

Os direitos, deveres e poderes que os administradores (trustees) têm, são estabelecidos no contrato assinado pelas partes envolvi-das. Este documento é semelhante a uma escritura, que é assinado quando o Trust é criado.

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44 abril 2016

O que um trustee faz?

O trustee tem o dever de agir de boa fé e cumprir com as atribui-ções e poderes estabelecidos na escritura. Eles devem ser hones-tos e cuidar dos interesses dos beneficiários. Se os curadores não agirem desta forma, eles podem ser processados por violar seus deveres fiduciários.

Pontos importantes a serem observados:

• Um trustee também pode ser um beneficiário, desde que ele não seja o único beneficiário.

• A escritura nomeia uma pessoa que tem o poder de nomear e remover trustees.

• Trusts normalmente duram por 80 anos, mas eles podem ser dissolvidos (ou terminados) mais cedo do que a critério dos trustees.

• Os beneficiários de um Trust podem ser descritos como uma classe de pessoas, por exemplo, todos os filhos e netos do instituidor. Isto inclui, filhos e netos nascidos após a criação do Trust.

• Trustees têm que tomar decisões sobre o que acontece com a propriedade fiduciária em conjunto - as suas decisões de-vem ser tomadas por unanimidade.

• É possível que um Trust possa solicitar um empréstimo ao banco, se ele é o dono de uma propriedade.

Dúvidas sobre como criar um Trust? Entre em contato com o Tau-rus Group. Conte com o nosso apoio e o suporte da nossa adovoga-da Rebecca Stewart, especializada no assunto.

Page 45: Revista MBA Abril 2016 Edição 020

NEW Post Graduate Diploma in Applied Informatics Provides Vital Business Insights

As information plays an increasingly pervasive role in our daily lives, how we relate to technology or, perhaps, how technology

relates to us is becoming progressively more important. When information systems are engineered to deliver data in a way that accurately reaches, impacts and communicates with its intended recipients, it doesn’t take an IT whizz to calculate the benefi ts.

So what exactly is Informatics? It is the science of information and the practice of information processing. Bruce Ferguson, of Wintec’s School of Information Technology, was a key player in the de velopment of their new Postgraduate Diploma in Applied Informatics in a joint venture with the Wintec School of Business. “Wintec is applying Informatics to the Business environment so that those who wish to progress their management careers in either Business or IT can develop the skills, both technological and interpersonal, that will enable them to operate successfully in their future, fast-changing world.”

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in the right place

in the right way

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Dar suporte para as famílias nos primeiros anos de vida do bebê é uma tarefa muito delicada e os play-groups tem uma função importante nesse processo.

Playgroups são, na sua maioria, grupos sem fins lucrativos onde pais, família e crianças se encontram em centros comunitários, salões de igrejas ou Plunket Rooms regularmente. Crianças ganham experiências sociais e educacionais importantes e pais encontram e conhecem novos amigos.

Existem centenas de playgroups espalhados pela Nova Zelândia, um dos maiores organizadores dessas atividades é o Plunket, uma instituição não governamental que dá suporte à crianças até cinco anos de idade.

Alguns grupos se reúnem para dançar ou cantar, outros playgroups étnicos tem atividades na sua pró-pria língua, e assim você também encontra alguns playgroups brasileiros acontecendo ao redor da Nova Zelândia. Quer saber mais?www.mamaebrasileiraaotearoa.co.nz

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Mamãe Brasileira Aotearoa

Todas quartas-feiras das 10h às 12hPlunket Parnell - 192, Parnell Road, Parnell$2 doação voluntáriaInformações: Mamãe Brasileira Aotearoa

Brasileirinhos Músicas e BrincadeirasTodas terças-feiras das 9h30 às 13h 100 St Heliers Bay Rd, St Heliers $5.00 por famíliaInformações: Brasileirinhos Músicas e Brincadeiras

Curumins Brazilian Playgroup

Mensalmente nas tardes de sábado$5 por famíliaInformações: Curumins Brazilian Playgroup

Famílias Brasileiras em QueenstownTodas as segundas segundas-feiras e quartas-feiras do mês das 13h às 15hWakatipu Plunket, 8, Henry Street$2 doação voluntáriaInformações: Famílias Brasileiras em Queenstow

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Por Raissa Correia

dicas para uma vida mais saudável por meios naturais

Se você está grávida ou está planejando ficar já deve ter notado a enxurrada de informações

disponíveis sobre gravidez saudável. Infelizmente muitas dessas informações são

contraditórias ou até mesmo incorretas. Neste curto artigo irei destacar alguns aspectos

importantes, principalmente considerando dieta/nutrição e aspectos do dia-a-dia.

GESTAÇÃO

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DIETA/NUTRIÇÃO“Somos o que comemos”, quem nunca

ouviu algo semelhante? É fácil de compre-ender que a saúde do bebê é dependente do que a mãe consome. Quando a mãe se alimenta bem, a dieta balanceada fornece-rá os nutrientes necessários para o bebê. Porém, muitas vezes é difícil para mulhe-res durante o primeiro trimestre devido ao mal-estar matinal  e outros fatores como um dia-a-dia corrido e hábitos alimentares ruins. Nesse caso, é muito importante um planejamento alimentar e a suplementa-ção se necessário.• Alimente-se regularmente, • Consuma uma dieta orgânica o máxi-mo possível. Isso proporcionará a absor-ção de nutrientes ao mesmo tempo que evitará a exposição a produtos agrotóxi-cos (que são prejudiciais à saúde).• Mantenha hidratação apropriada: 30ml de água pura e filtrada por Kg de peso.• Evite conservantes, corantes, aditivos, carboidratos refinados (exemplos: farinha de trigo branca, arroz branco, pasta), açú-car e alimentos processados. • Evite café e produtos com cafeína (café, chá, chá verde, mate, etc).• Tome cuidado ao consumir alimentos com risco de listeria, um tipo de bactéria que cause infecção alimentar. Por exem-plo, queijos moles (brie e camembert) e queijos brancos devem ser frescos e pas-teurizados, carnes ou peixes defumados/frios (tipo presunto) devem ser consumi-dos frescos e imediatamente terem suas embalagens abertas, evite consumir ovos crus (incluindo tiramisu, mousse, maione-se, custard), sushi deve ser fresco e de pre-ferência feito em casa. É recomendável

que os alimentos requentados sejam completamente aferventados antes de serem consumidos.

NO DIA-A-DIA• É necessário dormir adequadamente (duração e qualidade). Muitas vezes, a náu-sea é resultado do cansaço/fatiga - quanto mais cansada estiver, mais náusea terá. • Exercício físico deve ser praticado como antes da gravidez. Se você corria, corridas leves podem ser praticadas com facilidade. Porém, se antes da gestação você não se exercitava, durante a gravidez

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não é o melhor momento para começar um regime de exercício diferente, tente fazer caminhadas leves e se manter mo-deradamente ativa, mulheres grávidas que se exercitam tem menos dores nas cos-tas, mais energia e uma imagem melhor do próprio corpo. • É importante manter o ritmo cardíaco abaixo de 130bpm durante a gestação. Alguns esportes mais radicais, como an-dar a cavalo, motociclismo e natação em piscinas públicas devem ser evitados. Se você é praticante de yoga ou pilates, é im-portante conversar com seu instrutor, pois algumas poses não são recomendáveis durante a gestação. • Evite spas, saunas e banhos muito quentes.• Evite massagens durante o primeiro tri-mestre (a não ser que seja com um profis-sional especializado em massagem para gestantes). • Cuidado com o uso de óleos essen-ciais, pois muitos não são recomendá-veis durante a gestação (principalmente durante o primeiro trimestre). Consulte um profissional especializado em caso de dúvidas. 

SUPLEMENTOS E OUTROSÉ muito importante a suplementação

nutricional durante a gestação. O seu mé-dico naturopata poderá te guiar melhor depois de uma consulta, pois a necessi-dade suplementar varia de gestante para gestante.  No geral, é recomendável su-plementação adequada com ácido fólico a partir do momento que a decisão de engravidar é tomada. Também é comum gestantes com deficiência em ferro, nesse

caso um suplementos especifico de fer-ro ou um multivitamínico para gestantes contendo ferro pode ser necessário.

Durante a gestação também é essen-cial manter check-ups regulares com seu médico geral (GP), obstetra e médico na-turopata. Cada profissional de saúde con-tribuirá de forma única e relevante na sua bela jornada chamada gestação. Seu cor-po, mente e espirito estão criando e de-senvolvendo o seu bebê, ao mesmo tem-po que conduz todas as outras funções do seu próprio corpo. Cuide-se, relaxe, alimente-se bem e cerque-se de pessoas positivas, amorosas e que te darão o su-porte necessário. 

Raissa é brasileira de Sal-vador e mora na NZ desde

2007. Naturopata e médica fi-toterápica formada pelo Wellpark

College of Natural Therapies em Auckland-NZ e health coach formada pelo Institute of Integra-

tive Nutrition em Nova Iorque. Morou na India, e de lá veio para a NZ, e foi amor à primeira vista.

As beleza naturais, diversidade cultural, segu-rança e oportunidades de se viver bem, são os

maiores motivos pelos quais nunca mais deixou a NZ. Sua maior paixão é difundir seu conheci-mento na comunidade e ser instrumento para mudanças positivas na vida de seus clientes. Atende clientes em sua clinica em Ponsonby

e Parnell, bem como a domicílio e online. Está em processo de criação de uma loja virtual de

alimentos orgânicos, medicinais e suplementos com preço acessível.www.innerandwhole.co.nz

[email protected]+64 22 469 4653

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