Projeto gestão fucap
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1- IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1.1Comunicação interna na pequena e média empresa: um desafio para os gestores1.2 Katia Fernandes Machado – ká[email protected] Regiane Samira
1.3 Orientador Professor Dr José Antonio da Silva Santos
1.4 Duração:
2- OBJETO 2.1. A comunicação como elemento de sucesso nas empresas.
2.2. Delimitação do tema Comunicação interna na pequena e média empresa: um desafio para os gestores.
2.3. Questão problema/ problematização Vivemos um momento sócio-político-econômico em que as relações humanas nas instituições são baseadas em informações que geram conhecimento. Entretanto, mais do que divulgar uma informação é necessário agregar a ela valor de sentido, e isso, só é possível com um processo de comunicação dialógica, que tem por objetivo envolver todos que dela fazem parte. Dessa forma nossa pesquisa busca saber: como a comunicação contribui no processo de gestão empresarial?
2.4Hipóteses
O setor ou área de comunicação interna tem por objetivo facilitar a comunicação na organização,
favorecendo o fluxo de idéias, o clima de confiança e de harmonia entre os integrantes de uma
empresa.
A comunicação empresarial é condição necessária para o sucesso de uma empresa, por
possibilitar que todos trabalhem na mesma direção facilitando, com isso, o alcance dos objetivos e
metas traçados pela instituição.
Para se alcançar uma boa comunicação interna faz-se necessário que as pessoas envolvidas neste
processo compreendam que esta envolve mudança de postura, pois mexe com os valores, a
sensibilidade, as crenças envolvidas nas relações interpessoais.Portanto, ela depende da vontade dos
gestores em compreendê-la como decisiva.
Uma boa comunicação interna depende da cultura da organização e, implementá-la leva tempo. É
preciso estar preparado para mudanças.
2.4- Justificativa
O rápido desenvolvimento e utilização das tecnologias da informação e comunicação
trouxeram mudanças profundas no modo de trabalhar e no modo de vida das pessoas, provocando
transformações organizacionais, sociais e econômicas. Entretanto, as tecnologias por si só não
produzem novas idéias, pois isso depende essencialmente das pessoas. Por isso, numa sociedade
baseada no conhecimento torna-se fundamental investir em capital humano. Esse é o caminho que
qualquer gestão pode percorrer e as mais audazes terão maior possibilidade de prosperar entre seus
competidores.
A comunicação interna é fator primordial para o bom funcionamento das organizações e um
diferencial competitivo para as pequenas e médias empresas. Sendo assim, as empresas que possuem
bons sistemas de comunicação conseguem alcançar melhores condições de planejamento estratégico,
pois as informações da base chegam com mais fluidez, confiabilidade ao topo da pirâmide
organizacional. Além disso, consegue fazer com que o processo produtivo seja mais dinâmico e
eficiente, alcançando melhores resultados.
Neste sentido, é de fundamental importância criar um bom sistema de comunicação interna,
aliado a um ambiente agradável, para que os gestores e colaboradores possam identificar aspectos
fundamentais para o sucesso da empresa, proporcionando condições para que esta alcance maior
competitividade,eficiência e agilidade nas tomadas de decisões gerenciais e estratégicas da
organização.
3. OBJETIVO
3.1. OBJETIVO GERAL
Compreender o processo de comunicação como elemento fundamental para o sucesso na gestão de
pequenas e médias empresas, identificando-o e percebendo-o como um instrumento primordial para
a competitividade.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar a comunicação eficiente como instrumento de tomada de decisões estratégicas.
Demonstrar que a comunicação interna eficiente contribui na melhoria das relações interpessoais no
ambiente de trabalho.
Agregar a comunicação um valor de diferencial competitivo entre as corporações.
INTRODUÇÃO
Comunicação é indispensável para todas as empresas independentemente de seu tamanho e
ramo de atuação, mas precisa de planejamento e de mudanças para que seja eficiente.
A visão que muitos tem de que a comunicação na pequena e média empresa resulta na
prosperidade de uma organização já é um fato reconhecido. Novidade em nossos tempos é a rapidez
com que essas mudanças acontecem. Hoje quase tudo é mutável, globalizado e é claro competitivo.
A produção que antigamente ocorria em série e gerava lucros altos sem demanda de planejamento e
controles deu espaço a diferenciação, qualidade, exigência, planejamentos e controles obrigatórios.
O enfoque atual consiste na importância de se ter uma boa comunicação, como um meio
primordial para se alcançar os objetivos propostos por uma organização e transpor o desafio de
transformar o padrão original da área em um modelo atualizado, que melhor atenda as novas
expectativas e necessidades organizacionais.
Desta forma, o presente estudo reúne uma análise fundamentada nas idéias de autores, que
tem o propósito de refletir sobre como a comunicação interna pode contribuir para o entendimento
entre a empresa e colaborador nesse clima de mudanças e incertezas, além de proporcionar
ferramentas para que ela permaneça no mercado.
Para melhor nortear este trabalho destacamos como objetivo principal: Compreender o
processo de comunicação como elemento fundamental para o sucesso na gestão de pequenas e
medias empresas, identificando e percebendo-o como um instrumento primordial para a
competitividade. Na seqüência evidenciamos os objetivos específicos: Identificar a comunicação
eficiente como instrumento de tomada de decisões estratégicas; demonstrar que a comunicação
interna eficiente contribui na melhoria das relações interpessoais no ambiente de trabalho; agregar a
comunicação um valor de diferencial competitivo entre as corporações.
Ao longo deste trabalho estaremos explicando com mais profundidade através dos capítulos a
importância do saber se comunicar, como deve ser essa comunicação e o que uma empresa precisa
saber sobre a nova realidade de mercado. Além de revelar dicas, e esclarecer dúvidas.
Sobre tudo, há expectativa de que as informações a seguir possam servir como fonte de
consulta sobre o tema, além de despertar e somar em conhecimentos a todos os interessados.
A Era do conhecimento
Na sociedade do conhecimento, as organizações tentam inovar para se diferenciar e obter
vantagens competitivas, tanto pela melhoria nos produtos e serviços oferecidos quanto pela
eficiência operativa. Hoje vivemos em um momento em que a mão-de-obra, terra e capital já não
são mais as bases para os melhores recursos em termos de retorno.
Podemos dizer segundo Bittencourt (2005), que os valores e a cultura são os mais atingidos
nesse novo panorama, para dar lugar a outros, absolutamente novo e ainda desconhecido em
grande parte. O sucesso agora depende também do conhecimento e da boa comunicação. As
oportunidades serão daqueles que souberem usá-lo e partir dele encontrar uma nova forma de
atuação.
A Era do conhecimento estabelece diante de toda essa globalização, que as novas fontes de
riquezas são de fato a informação, o conhecimento e a comunicação, e não mais os recursos
naturais ou o trabalho físico e o capital.
Bittencourt, 2005, p 15, cita que:
“Diante deste cenário atual, fazer o melhor uso dos agentes humanos, equipamentos, processos e leis passou a ser não somente um fato diferencial, mas também uma variável de sobrevivência da organização. Neste aspecto, a tecnologia hoje se tornou um recurso indispensável para a organização das empresas”.
O surgimento desta nova economia tendo como base principal o conhecimento, vem se
caracterizando pelo desenvolvimento de um novo padrão organizacional, na qual está relacionada
com o processo atual de transformação tecnológica.
Para Terra, 2005, fica cada vez mais evidente que a gestão do conhecimento e da informação
representa uma nova realidade no meio organizacional. Para as empresas inovadoras e que estão
preparadas para as mudanças, o conhecimento coletivo já é reconhecido como um aspecto
fundamental para o bom desempenho de uma gestão, tendo como embasamento as habilidades e
experiências individuais em relação ao trabalho realizado.
Pode-se mencionar ainda que tanto o conhecimento individual quanto o coletivo vêm sendo
empregados e valorizados com mais consistência nas organizações, diferente de tempos passados em
que a mão-de-obra e os recursos naturais em abundância e mais acessíveis constituíam sua vantagem
competitiva.
Para que haja a compreensão do que seja especificamente a Gestão do Conhecimento
é necessário entender que, tanto quanto em qualquer referencial acerca de gestão, ela constitui-se de
práticas e princípios. Os princípios são os norteadores e responsáveis por fomentar as práticas
através de crenças e valores pré-estabelecidos. As práticas são ações complementadas por fatores,
como infra-estrutura, que em conjunto serão responsáveis pela geração e disseminação do
conhecimento organizacional.
Cabe ressaltar que estas duas partes da Gestão do Conhecimento são fundamentais para o
desenvolvimento da Gestão do Conhecimento nas organizações.
Terra, 2005, pg 113, fala que:
“Organizações vencedoras são também organizações flexíveis que se adaptam aos desafios que emergem em seu ambiente competitivo”.
Segundo Terra, 2005, o recomeço de tudo está na mudança da visão, da percepção de futuro e
conseqüentemente na cultura. Sem dúvida, o primeiro grande passo a ser dado é o de assumir que não
existirá mais lugar para empresas administradas conforme padrões tradicionais, com visão
paternalista, atitudes intimidadoras, ou chefias que não tenham competência para liderar e facilitar. É
necessário que se inicie uma verdadeira maratona em busca da montagem de equipes de trabalho que
possam participar ativamente dessas mudanças e semear os novos paradigmas.
A mudança é mais um fato comprovado dessa nova era e deve ser a única certeza incorporada
à vida das empresas e das pessoas, as quais tem a responsabilidade de definir para que rumo irão suas
empresas e suas próprias vidas.
Da industrialização para a era do conhecimento e da informação
O mundo passa por constantes transformações, assim tem sido no decorrer de toda a nossa
vida, e na era atual esse acontecimento não é diferente. Com o passar do tempo, as organizações
foram sofrendo mudanças na sua estrutura e organização de trabalho. Antigamente a forma de se
trabalhar era bem diferente da que vivenciamos hoje.
De acordo com Bittencort, (2005), quando se observa a sociedade pelo prisma histórico
percebe-se, que do ponto de vista econômico, pode-se visualizar várias fases tais como: da sociedade
dita agrícola, na qual a terra e a mão de obra foram os fatores preponderantes para determinar o nível
de desenvolvimento; sociedade dita industrial, na qual o capital e o trabalho passam a ser forças
motrizes do desenvolvimento econômico e na sociedade dita do conhecimento, na qual o
conhecimento passa a ser o fator essencial do processo de produção, geração de riquezas e
desenvolvimento dos países.
“O conhecimento constitui o eixo estruturante do desempenho da sociedade, de regiões e principalmente das organizações”. (Lara, 2004, pág.21)
Portanto, a Gestão do Conhecimento é uma ferramenta essencial para as organizações que
esperam acompanhar o crescimento e o desenvolvimento presentes, não podendo ser tematizada
como um fim, mas sim, como um meio para se alcançar qualidade, produtividade construindo seu
próprio ambiente competitivo sustentável.
A gestão do conhecimento surge para reorganizar e potencializar os fatores de produtividade,
inovação, competitividade e relacionamento das organizações com meio em que está inserido.
O conhecimento após todas essas transformações se tornou o principal ativo para o
crescimento empresarial, por ser segundo Angeloni (2002), a matéria prima com o qual todos
trabalham. Tendo esta visão, é possível observar que o conhecimento é mais valioso e poderoso que
qualquer outro ativo físico ou financeiro. O conhecimento se tornou um fator de sobrevivência.
As principais mudanças ocorridos no mercado, nos últimos anos fizeram com que fossem
exigidos o maior uso do conhecimento e de experiências adquiridas por cada empresa ao longo de
sua existência. Toda a empresa que tiver esse acúmulo de informações e utilizá-la de maneira
correta e adequada, irá permitir o desenvolvimento de produtos e serviços com custos mais
competitivos e com qualidade superior.
Para Angelini (2002), a maior parte do conhecimento e da informação que uma empresa
necessita para se manter competitiva, ela já possui, no entanto esta por vários motivos, inacessível.
Para reverter esse quadro é preciso criar uma ambiente propicio para identificar, criar e disseminar o
conhecimento, para agregar valor a empresa a ponto de colocá-la no rumo de atingir sua meta.
“Numa economia em que a única certeza é a incerteza, apenas o conhecimento é a fonte segura de vantagem competitiva. Quando os mercados mudam, as tecnologias proliferam, os concorrentes se multiplicam e os produtos tornam-se obsoletos quase da noite para o dia, as empresas de sucesso são aquelas que, de forma consistente, criam novos conhecimentos, os disseminam profusamente por toda a organização e rapidamente os incorporam em novas tecnologias e produtos”. (Lara, 2004, pg.51).
Segundo Angeloni (200), o grande desafio de hoje é desenvolver estratégias que tornem possível a
reutilização do conhecimento existente na organização, bem como, o uso de meios para a captação
de novos. O uso da informação e do conhecimento no mundo empresarial pode trazer vários
benefícios, nas quais podemos citar:
Tomada de decisão;
Gestão dos clientes;
Respostas às demandas de mercado;
Desenvolvimento de habilidades dos profissionais;
Produtividade;
Lucratividade;
Compartilhamento das melhorias práticas;
Redução de custos.
Na gestão do conhecimento e da informação, para as organizações serem bem sucedidas,
segundo Bittencourt (2005), existem alguns receitas básicas, tipo:
Gerar conhecimento e processar informações com eficiência;
Adaptar-se a geometria variável da economia global;
Ter flexibilidade o suficiente para transformar seus meios mais rapidamente quando
mudam os objetivos sob o impacto da rápida transformação cultural, tecnológica e
institucional;
Inovar, já que a inovação torna-se a principal arma competitiva.
O autor menciona ainda que os líderes também têm papel importante nessa nova era e ajudam
ativamente a empresa a alcançar o topo. O verdadeiro líder forma time capazes criar bases para a
formação de uma postura que traga resultados positivos diante das mudanças apresentadas. Esses
colaboradores se caracterizam como os responsáveis pela disseminação e compartilhamento do
conhecimento, tendo supostamente como resultado, melhorias notáveis na comunicação e no
desempenho de toda a estrutura organizacional.
Assim, o capital humano passa a fazer parte do capital da empresa, os trabalhadores entram
no processo de produção com toda a sua bagagem cultural e de experiências.
Segundo Terra (2005), a empresa que utiliza e da valor ao conhecimento, lança o olha para o
futuro. Isto não significa que a gestão do conhecimento traga resultados apenas no futuro distante.
Isto seria uma visão errada, pois as organizações processam o recurso do conhecimento de maneira
contínua e acumulativa. Não se pode investir no recurso do conhecimento pensando em resultados
imediatos. O investimento na identificação, geração, organização, compartilhamento, disseminação,
proteção e uso mais eficientes do conhecimento organizacional é um investimento na flexibilidade e
agilidade organizacionais.
“O conhecimento, por ser acumulativo e se manifestar apenas por meio de competências exercidas, nuca pode ser totalmente mapeado, medindo ou avaliado. Assim, o investimento no recurso conhecimento envolve, de certa maneira, uma fé em que, quando necessário, ele se manifestará de forma ágil, eficiente e pertinente”. (Terra, 2005. pg 113).
De acordo com Terra (2005), muitas empresas que fracassam não conhecem a importância do
conhecimento, e o beneficio que ele trás a uma organização. A falta de comunicação interna,
também tem sua cota para o caminho do fracasso. A boa comunicação, vinda de uma bagagem cheia
de conhecimento e experiências proporcionam um amplo e vasto cenário de sucesso.
Para ele as organizações vencedoras são também aquelas flexíveis e que se adaptam
agilmente aos desafios que emergem em seu ambiente competitivo.
Um ambiente que esta aberto para as mudanças e a novas idéias e tecnologias, além de
valorizar e motivar seus colaboradores, está também preparada para desfrutar de um futuro
promissor de longo prazo.
2 O DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO
Desde os primórdios da humanidade, quando os homens da caverna comunicavam-se por
meio de grunhidos, gestos e desenhos, formas de exteriorizarem suas ideias, necessidades e desejos,
a comunicação constituiu-se como um instrumento essencial à vida e ao desenvolvimento social.
Com o passar dos tempos, a forma humana de comunicação foi incorporando símbolos, adquirindo
papéis diferentes, evoluindo e deixando cada vez mais claro à sociedade e organizações que esta,
não se tratava apenas de um simples ato corriqueiro, mas sim, um meio de poder exercido em todas
as instituições sociais. O homem foi desvendando o poder das palavras e das imagens, bem como das
imagens relacionadas às palavras e estas associadas à interação. Neste sentido, a comunicação
passou a ocupar um lugar de destaque nas relações do individuo com o mundo, de maneira que na
atualidade, pode-se afirmar, é o que move a sociedade.
Com a globalização, a comunicação desenvolveu-se rapidamente, de maneira que as
informações a respeito de determinados fatos são transmitidas em tempo real, utilizando-se de
meios de comunicação como a televisão, o rádio, o jornal e a Internet, etc.
Neste sentido, concorda-se com Faria e Suassuna, ao disserem que, nos dias atuais, a
comunicação não mais se presta somente ao fato de alguém transmitir determinada mensagem a
outrem, mas carrega em si as intenções e interesses desse emissor a seu receptor ou ao público
previamente escolhido por ele para receber certa informação.
Pasold (1987, p.77), também salienta que a comunicação administra e processa as relações
humanas e organizacionais, e por esta razão, o sucesso de uma está relacionado ao bom desempenho
da outra. No âmbito empresarial, a responsabilidade por uma comunicação eficaz e eficiente passou
a ser atribuída não somente à diretoria da organização, mas a todos os membros que dela fazem
parte. Deste modo, se as informações forem bem planejadas, fluindo de maneira clara no cotidiano
da organização, as relações pessoais e organizacionais entre os públicos estarão em harmonia.
A comunicação eficaz é importante nas organizações por duas razões: em primeiro lugar,
porque é o processo por meio do qual as próprias funções de gestão - Planejamento, Organização,
Liderança e Controlo - são exercidas. Em segundo lugar, porque a Comunicação é a atividade à qual
os gestores destinam a maior parte do seu tempo. Mas, o que é comunicação? Para introduzirmos
este tema que irá permear toda a discussão deste capítulo iremos conceituá-la segundo alguns
autores.
2.1 CONCEITUANDO COMUNICAÇÃO
Definir comunicação não é uma tarefa fácil, pois mediante a profissão, cultura ou credo esse
conceito altera-se. Entretanto, como resultado de pesquisa realizada por este grupo, apresenta-se
alguns conceitos fundamentados em autores que tratam desse tema.
De acordo com Faria e Suassuna (1982, p.1) comunicação é “a técnica de transmitir uma
mensagem a um público ou pessoa, fazendo com que um pensamento definido e codificado possa
alcançar o objetivo por meio de estímulo capaz de produzir a ação desejada”
Segundo Chappel, Read e Jorge (1973, p. 01) “a comunicação é qualquer meio pelo qual um
pensamento é transmitido de pessoa a pessoa”.
Para Kunsch (2003, p.161) “comunicação é um ato de comunhão de ideias e o
estabelecimento de ideais , e não simplesmente uma transmissão de informação” (2)
Torquato (1986, p.175) completa, ainda dizendo que “a comunicação enquanto função-meio
visa mediar certos conflitos.” (3)
Kunsch (2003, p. 150), nos diz que, a comunicação organizacional, que inclui a comunicação
administrativa, a comunicação interna, a mercadológica e a institucional, aplica-se a todas as
atividades comunicacionais de uma organização, seja ela pública, privada, ONG `s
Faria e Suassuna (1982, p.2 e 3 ), ainda descrevem que:
A comunicação é um processo que, não só, pode transmitir, como tentar prever o
fim direto da mensagem. O estímulo, todavia pode provocar no recebedor as mais
variadas atitudes e, na maioria das vezes, transforma-se numa reação em cadeia,
ou naquilo que vulgarmente denominamos o poder das idéias. A comunicação é
a idéia em marcha, influenciando, produzindo ação e realizando aquilo que o
homem deseja – criar coisas.
Na atualidade, compreender a apropriar-se do conceito amplo de comunicação é um
diferencial competitivo, pois as organizações modernas incorporam a comunicação para além de
uma concepção funcionalista e adotam sua prática como habilidade gerencial prioritária. Portanto,
comunicar-se bem, na atual conjuntura, é uma competência indispensável para se estabelecer
relacionamentos que transcendem a socialização humana e passa a compor os critérios para seleção
de pessoal, no mundo do trabalho.
2.2 Comunicação interna e relações interpessoais
De acordo com pesquisa realizada sobre a comunicação interna pelo Instituto Aberje de
Pesquisa, a comunicação interna vem ocupando espaço cada vez mais relevante dentro das empresas,
transformando-se em uma eficiente ferramenta de gestão empresarial, contribuindo para a formação
da imagem, capacitação profissional e integração de todos os seus colaboradores. Assim, a maneira
pela qual a comunicação é difundida junto ao público interno da organização é tão importante quanto
à atuação de funcionários competentes.
Para Nassar (2004, p. 26) em um momento onde o diferencial competitivo é valorizado,
funcionários bem informados são considerados um importante diferencial competitivo. E, neste
sentido, devido aos diversos públicos de uma organização, é necessário o cuidado de diferenciá-los
para que se possa utilizar a forma de linguagem mais adequada para cada um deles.
Para Kyrillos (2005, p. 18), “Hoje, muitas empresas privilegiam o tema comunicação
interpessoal nas propostas de treinamento e reciclagem de seus executivos e funcionários. É muito
interessante observar como a consciência dessa habilidade e o conhecimento dessas relações
favorecem uma melhor performance comunicativa, pessoal e profissional, com reflexos imediatos na
rotina de cada um”.
Podemos abrir aqui um espaço para reflexão, no qual possamos pensar que, a comunicação
interna para ser eficiente e eficaz precisa estar pautada em princípios éticos, em relações
interpessoais verdadeiras, em simultaneidade de informações entre a comunicação interna e externa,
em oportunidade de comunicação também face a face, principalmente entre os colaboradores e sua
chefia imediata.
Acrescentando a idéia de Lewis, Pearson e Sampaio (1965,p.20),
Os empregados em todos os níveis devem estar aptos a perceber que o sistema de comunicação realmente funciona, e, quando é utilizado, o que for transmitido será compreendido perfeitamente por quem recebe a informação ou senão que eles tem liberdade para solicitar esclarecimentos.
Com relação à comunicação face a face Nassar apresenta um termo no livro Tudo é
Comunicação (2004, p.18) sobre a “Boca – de- gestão”, que é a comunicação oral produzida pelos
gestores, de forma planejada ou não.
Salientamos que a “Boca-de-gestão” expressa a voz da organização e deve ser administrada
por um profissional capacitado para usá-la conforme as estratégias da empresa e deve considerar
principalmente o público interno, uma vez que esses gestores representam a “boca” da organização
para os seus funcionários.
Acrescenta-se ainda que, para o estabelecimento de uma boa comunicação interna entre as
pessoas de uma organização faz-se necessário que o colaborador seja o primeiro, a saber, dos
acontecimentos da empresa, tendo a certeza que a informação que lhe está sendo passada é ética e
verdadeira.
Assim, enfatiza-se que Comunicação interna eficiente, aliada a relações inerpessoais
saudáveis assume um papel estratégico para o sucesso de uma gestão, pois os colaboradores e seus
familiares são o grande porta-voz da organização. A construção e a sustentação da imagem positiva
externa da organização depende muito da imagem que já foi construída internamente. Neste sentido,
a comunicação interna tem um papel decisivo neste desafio.
2.3 COMUNICAÇÃO INTERNA: UMA FERRAMENTA PARA O SUCESSO DA GESTÃO
A Comunicação interna deve estar integrada ao processo mais amplo da gestão, por ser
uma ferramenta de extrema importância, independente do tamanho da empresa. A
Comunicação Empresarial da pequena e média empresa precisa deixar de ser vista como
“desperdício de dinheiro”, “coisa para uma segunda etapa do negócio”, “instrumento das
grandes empresas” (Nassar & Gomes, 1997, p.24).
Nassar (2003, p.73), ainda salienta que: “Administração e Comunicação interna são irmãs
que trabalham com palavras cheias de ação. Comunicação interna é a ferramenta que vai
permitir que a administração torne comuns as mensagens destinadas a motivar, estimular,
considerar, diferenciar, promover, premiar e agrupar os integrantes de uma organização. A
gestão e seu conjunto de valores, missão e visão futuro proporcionam as condições para que a
comunicação empresarial atue com eficácia”.Neste sentido, os gestores que vislumbram o
sucesso organizacional devem dirigir sua atenção para as necessidades com o público interno,
em primeiro lugar, deve exercer o papel de "primeiro comunicador" entre sua equipe e a
organização; pois a comunicação interna é determinante para o sucesso das organizações,
tornando-se fundamental para os resultados do negócio e agindo como humanizador das
relações do trabalho.
Partindo deste pressuposto Marchioro (2005, p.114) destaca que “A busca da valorização
da Comunicação interna deve ser entendida como estratégia básica dos empresários que
desejam a efetividade de sua organização. O sucesso de uma empresa localiza-se
primeiramente em sua instancia interna e nas habilidades de Comunicação de que ela
disponha”.
Assim, a comunicação do gestor abarca saber ler olhares, sorrisos, posturas e
comportamentos e também buscar a diplomacia em suas atitudes. Atitudes comunicativas que
podem se resumir nos seguintes aspectos :
estimular nas pessoas o sentimento de pertencimento;
encorajar o aprendizado e o crescimento contínuo das pessoas;
criar um clima que estimule os desafios e a criatividade;
cuidar da equipe;
inspirar entusiasmo;
respeitar as diferenças individuais e as diversidades culturais;
valorizar múltiplas perspectivas;
elogiar e dar feedback às pessoas;
ser flexíve;
manter seu autocontrole, lidando adequadamente com seus sentimentos e com os das
outras pessoas.
A comunicação eficaz deve fazer parte do repertório dos gestores e não há comunicação
efetiva sem que haja a participação de lideranças envolvidas no processo. Gestores que não
compreendem o papel e a importância da comunicação no atual ambiente de negócios e no
relacionamento com seus colaboradores, poderão estar fadados ao fracasso. E, finalmente é
importante lembrar que o trabalho interno de comunicação na organização deve ser constante
e parte da responsabilidade dos gestores. Os colaboradores são público-chave no sucesso dos
negócios e cabe aos gestores levar o estímulo a suas equipes a fim de garantir o resultado
proposto para a organização alcançar seus objetivos e metas.
CONCLUSÃO
Através da pesquisa baseada na fundamentação teórica, em âmbito de pequena e média
empresa, constatamos que os adventos de novos modelos organizacionais devem ser voltados para a
comunicação, cooperação, competência e a possibilidade de se estabelecer novas relações de
trabalho não mais baseadas em normas e regulamentos padronizados de mediação, mas na confiança,
desenha-se um novo cenário para a comunicação interna. Nesse contexto, as empresas
hierarquizadas devem dar espaço as relações participativas, tornando imprescindível a construção de
uma comunicação interna com confiança e aberta a novas idéias, tanto dos colaboradores como dos
gestores. Esse ciclo pressupõe a construção de um modelo de gestão mais estratégicos, com mais
liberdade de expor os conhecimentos e acumulo de experiências, na qual prevê o reconhecimento de
habilidades e competências que conduzirão na tomada de decisões, e na eficácia dos processos
gerenciais. Para isso, o gestor deve reconhecer que a comunicação é a ferramenta imprescindível, ou
seja, uma condição necessária, para o alcance dos objetivos e metas traçadas. Outro ponto
importante para que tudo isso corra de acordo com o esperado é também saber valorizar e aprender
com o capital humano.
Nesta perspectiva, a comunicação é o elo entre o colaborador e a empresa, facilitando o seu
alinhamento e aproximação. È preciso estar aberto às novas tendências e mudanças, reconhecendo
que no mundo atual, o conhecimento é a chave para abrir as portas.
As tecnologias de informação também tem grande parcela nesse cenário e possibilita o
acúmulo de informações já sistematizando-as. Neste sentido a comunicação interna através dos
sistemas de informação se interliga com todos os setores, possibilitando a união de todos os
processos.
Com isso, percebeu-se que não é mais possível manter uma gestão com base paternalista,
pois com todas as mudanças ocorridas ao longo dos anos, não se encontra espaço para esta visão. É
preciso inovar. Isso leva tempo, e mexer em toda a cultura organizacional mais o resultado é
positivo.
Desta forma considerando todos esse pontos fundamentais, a comunicação empresarial
constitui uma importante ferramenta de comunicação onde é possível melhorar a imagem de uma
empresa, produto ou mesmo relacionamento com funcionários e público alvo. Em momentos de
crise, a salvação chega por meio de muita criatividade e trabalho em equipe.
Saber analisar, planejar, ouvir e agir em acordo com as necessidades das empresas,
valorizando produtos, marcas e funcionários. Assim torna-se possível a criação de um plano
eficiente voltado à comunicação empresarial que conseguintemente vai vaze-la se manter no
mercado.
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