Polineuropatia do paciente crítico

17
Polineuropatia do Paciente Crítico Dra. Juliana Neves

Transcript of Polineuropatia do paciente crítico

Page 1: Polineuropatia do paciente crítico

Polineuropatia do Paciente Crítico

Dra. Juliana Neves

Page 2: Polineuropatia do paciente crítico

Definição A polineuropatia é um distúrbio

generalizado que manifesta-se de maneira distal e simétrica.

Page 3: Polineuropatia do paciente crítico

A disfunção deve-se à danos no axônio, na bainha de mielina ou à ambos;

A diminuição na velocidade de condução nervosa resulta em prejuízos ao tato discriminativo, à propriocepção e aos movimentos;

Envolve as fibras sensoriais, motoras e autônomas, evoluindo no sentido distal para proximal.

Page 4: Polineuropatia do paciente crítico

A compressão prolongada reduz o suprimento sanguíneo e pode gerar desmielinização;

O transporte inadequado axonal pode gerar degeneração distal dos mesmos;

Por possuírem mais mielina, os axônios mais longos têm mais chances de serem afetados.

Page 5: Polineuropatia do paciente crítico

Miopatia É uma doença intrínseca dos

músculos, as fibras musculares se degeneram deixando unidades motoras com um número de fibras menor que o normal;

Menor força produzida; Não afeta o sistema nervoso; A coordenação, os reflexos e o tônus

muscular não são afetados até que uma atrofia grave se instale.

Page 6: Polineuropatia do paciente crítico

O Paciente Crítico

Page 7: Polineuropatia do paciente crítico

Evidências Aproximadamente 50% dos pacientes

que permanecem por tempo prolongado em VM desenvolvem sepse ou disfunção de múltiplos órgãos;

Déficits sensitivos ou motores são achados comuns em sobreviventes, gerando incapacidade crônica.

Page 8: Polineuropatia do paciente crítico

A Polineuropatia do paciente crítico é de natureza axonal, predominantemente motora, simétrica e aguda.

Foi primeiramente reconhecida em pacientes em unidades de tratamento intensivo que apresentavam dificuldade no desmame da ventilação mecânica e nos quais se verificava tetraparesia e reflexos profundos abolidos

Page 9: Polineuropatia do paciente crítico

Polineuropatia e Sepse Alterações na microcirculação; Perda da autorregulação dos vasos

sanguíneos; Liberação de citocinas aumentando à

permeabilidade dos vasos sanguíneos;

Edema Endoneural

Hipóxia e déficits

Degeneração axonal

sensitiva e motora

Page 10: Polineuropatia do paciente crítico

Sintomas SIRS, Sepse; Falência de Múltiplos órgãos; Fraqueza muscular súbita; Quadriparesia; Quadriplégica flácida; Pacientes sob VM apresentam desmame

difícil; Nervos cranianos e músculos faciais são

poupados.

Page 11: Polineuropatia do paciente crítico

Diagnóstico Eletroneuromiografia: Diferencia os

distúrbios dos nervos daqueles dos músculos, na Polineuropatia se caracteriza por:

Condução nervosa mais lenta; Diminuição da amplitude.

Page 12: Polineuropatia do paciente crítico

Diagnóstico The Medical Research Council Scale For

Muscle Examination

Page 13: Polineuropatia do paciente crítico

Diagnóstico Biópsia do nervo: mostra

degeneração axonal primária sem evidencia de inflamação.

Page 14: Polineuropatia do paciente crítico

Tratamento Fisioterapêutico

Protocolo cinesioterápico Laufer: Teste diário de reflexos;

Durante o período de sedação é realizada a Cinesioterapia Motora Passiva mantendo íntegras as estruturas articulares durante o período prolongado de imobilização no leito - realizado na UTI;

Page 15: Polineuropatia do paciente crítico

Quando o paciente inicia a interação com o meio ambiente estabelece-se a Cinesioterapia Motora Ativa Assistida, visando o aumento de força e resistência muscular localizada.

Trabalha-se com Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva dando ênfase ao reflexo de estiramento e quando necessário utiliza-se a crio-estimulação.

Page 16: Polineuropatia do paciente crítico

Inicia-se a Cinesioterapia Ativa Livre, seguida da Cinesioterapia Resistida, controle de tronco e do Ortostatismo.

Finaliza-se o trabalho com a deambulação pelo quarto e depois no corredor16

Page 17: Polineuropatia do paciente crítico

Referências LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação –

Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. ZAMORA, V.E.C et al. Impacto da polineuromiopatia do paciente

crítico no desmame da ventilação mecânica. Fisioterapia Brasil – Volume 11- Número 1 Jan/Fev, 2010.

CANINEU, R.F.B. et al. Polineuropatia no paciente crítico: um diagnóstico comum em medicina intensiva?. Revista Brasileira de terapia Intensiva. Vol 18, Nº3 Julho-Setembro, 2006.

ALVIM, L.B.A.M. et al. Polineuropatia do paciente crítico. Arq. Neuropsquiatr, 1999.

MAIORANO, M.C.N.T. Doenças Neuromusculares em UTI. Escola Paulista de Medicina, 2014. <Disponível em Slide Player>.