OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …€¦ · Produções Didático-Pedagógicas. ......
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica
Professor PDE/2013
Título Estratégias Pedagógicas de Ensino e Aprendizagem para o Trabalho com Alunos Diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
Autor Luzia Mara Fernandes
Disciplina/Área Pedagogia
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Escola Estadual Divina Pastora – EF
Estrada do Cerne, km 19,5
Município da Escola Campo Magro
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Douglas Ortiz Hamermuller
Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná - UFPR
Resumo O transtorno do déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH atinge entre 3% e 5% de todas as crianças em idade escolar, sendo que o transtorno hiperativo tem predominância entre o sexo masculino. O TDAH é um problema que deve ser diagnosticado por um especialista, utilizando-se critérios definidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV). O TDAH se caracteriza pela existência de três grupos de alterações: hiperatividade, impulsividade e desatenção. Esse transtorno não afeta somente o comportamento, mas também o processo de aprendizado de seus portadores. Para trabalhar com esses estudantes o professor terá que adaptar seus métodos e técnicas, pois o aluno com TDAH não reage e age como as outras crianças sem o transtorno, elas têm os seus próprios limites. A inclusão de alunos hiperativos é uma realidade hoje nas escolas. Ela surge como
uma nova perspectiva que envolve rever concepções a respeito da educação, do ensinar e do aprender. É importante que os professores conheçam técnicas e estratégias que possam auxiliar os alunos com TDAH a terem melhor desempenho, sendo que em alguns casos é preciso ensinar ao aluno técnicas especificas para minimizar as suas dificuldades. Se os professores conseguirem inserir em seu trabalho diário na sala de aula algumas estratégias, com certeza, não somente os alunos com TDA/H serão beneficiados como os alunos da sala toda aprenderão e se concentrarão melhor. Portanto, esse trabalho visa despertar os professores e equipe pedagógica para essa realidade e auxiliar na construção de propostas pedagógicas adequadas a esse contexto educacional.
Palavras-chave Educação, TDAH, processos pedagógicos, estratégias pedagógicas
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo Professores e Pedagogos
APRESENTAÇÃO
Este Caderno Pedagógico tem o objetivo de auxiliar os pedagogos e professores,
nas unidades escolares, onde é possível observar a existência de estudantes com
“Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade” – TDAH.
Nesse sentido faz-se necessário aprofundar os estudos em torno desse contexto, onde
percebe-se diálogos sobre essa questão sem aprofundamento teórico, ou mesmo, a falta
de suporte técnico especifico, para capacitação da equipe escolar ou atendimento dos
estudantes.
Compreendendo que o professor precisa conhecer e entender a importância da
prática pedagógica no auxilio do tratamento do transtorno – TDAH, este caderno trará
subsídios que o auxiliarão na sua prática metodológica. O desconhecimento desse
transtorno pode levar o professor a criar estigmas sobre o comportamento da criança,
falsamente as percebendo como: “preguiçosas”, “relaxadas”, alguns dos termos com os
quais essas são rotuladas”. Ajudar os profissionais a identificar os alunos com TDAH,
evitaria muitos prejuízos emocionais, de aprendizagem e até mesmo o bulliyng. Segundo
Silva 2009, a criança com Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) se fecha e retrai sob o
peso das criticas excessivas e da falta de compreensão do professor e dos grupos sociais
em que convive.
Mesmo lembrando que não é tarefa dos professores realizar diagnósticos, é
possível que eles tenham capacitação para prestar atenção aos comportamentos, e a
intensidade destes comportamentos e levar suas percepções aos pedagogos escolares.
O TDAH é um problema que deve ser diagnosticado por um especialista,
utilizando-se critérios definidos no Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM IV).
Para auxiliar no entendimento sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade –TDAH, faremos uso de textos que discutem o transtorno e a inclusão,
além de recortes comentados de filmes, por meio de encontros presenciais e atividades
complementares.
Unidade I - Inclusão
"Crianças são como borboletas ao vento... algumas voam rápido...algumas voam pausadamente...
mas todas voam do seu melhor jeito. Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial".
Autor desconhecido.
O entendimento da Educação Especial exige das famílias, alunos, profissionais da
educação e gestores das políticas públicas um novo olhar sobre o aluno com
necessidades educacionais especiais. Buscar valores como compreensão, solidariedade
e crença no potencial humano, superar atitudes de preconceito e discriminação em
relação às diferenças, completa a educação inclusiva. Esse envolvimento exige
participação, diálogo, confronto ideias e valores, compartilhamento de experiências,
articulação de ações e proposição de alternativas para superação de práticas que não
mais respondam às necessidades sociais. Para realizar efetivamente a inclusão e garantir
a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos
professores.
As Diretrizes Educacionais da Educação Especial traz que:
É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos [...] o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos (PARANÁ, 2005, p. 16).
Portanto, é preciso discutir sobre o que seja inclusão, a quem se destina e onde
deve ocorrer, “As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando um sistema
educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as
necessidades de qualquer dos alunos” (CARVALHO, 2004, p. 26).
Ainda nas Diretrizes Curriculares do Paraná – Educação Especial é possível
observar que:
O movimento pela inclusão de todos os alunos não se restringe ao atendimento daqueles com deficiências como: visual, auditiva, física, pois decorre dos múltiplos fatores nela envolvidos que delimitam os grupos marginalizados e excluídos em cada um dos momentos históricos de determinada sociedade. Esses fatores incluem uma ampla rede de significações no entrecruzamento de formas e olhares diversos de se efetivar esse processo. Na inter-relação de concepções e práticas que envolvem o eu, o outro e as instituições sociais, definem se os grupos-alvo da inclusão. Dito isso, fica claro que políticas e práticas de inclusão não têm um significado único e consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores, com destaque às demandas socioeconômicas.
Segundo Mantoan
A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos (...) à medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidade à unificação das modalidades de educação, regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular (MANTOAN, 2002, s/p).
Para SANCHES, relativamente ao processo de inclusão que os professores devem
desenvolver, é possível observar que, alguns se sentem de um lado impulsionado a fazer
novas descobertas, desenvolver técnicas diferenciadas de atendimento individual e
coletivo e tomar conhecimento das necessidades educacionais das quais o aluno incluso
necessita para melhor desempenho. Por outro ângulo, alguns professores se negam
ainda a aceitar a inclusão e questionam sobre a forma especial de ensinar e aprender que
envolve tal situação e particularidades que exige cada aluno (2008, p.90).
Para trabalhar com esses estudantes o professor terá que adaptar seus métodos e
técnicas, pois o aluno com TDAH não reage e age como as outras crianças sem o
transtorno, elas têm os seus próprios limites. E o tratamento deste problema na escola
depende do conhecimento e da persistência da escola e do professor.
Cabe então ao professor a tarefa de buscar constantemente novos conhecimentos,
técnicas e aperfeiçoamento nesta jornada inclusiva, o que o fará ser melhor, não só com o
aluno com transtorno TDAH, mas com a turma toda.
Momento de Estudo
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa.
Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Paulo Freire
Metodologia
A primeira unidade abordará a Inclusão, na tentativa de superar atitudes de
preconceito e discriminação em relação às diferenças, levando-os a refletir sobre a
construção social do conceito de educação inclusiva, articular ações e propor alternativas
para superação de práticas que não mais respondam às necessidades sociais, para
efetivar a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola
regular.
Para que ocorra esta reflexão será apresentado aos professores e pedagogas,
textos, recortes de filmes, mostrando que todos os alunos começam a ter suas
necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular é uma construção
social, buscando uma igualdade de oportunidades.
Objetivos:
Contribuir para o aprofundamento do conceito da Educação Inclusiva.
Levar professores e professoras a refletirem e proporem alternativas para
superação de práticas que não mais respondam às necessidades sociais
difundidas no ambiente escolar.
O estudo se dará a partir de atividades individuais e coletivas em diferentes
espaços de aprendizagem, com encontros presenciais e leituras de texto indicados nas
unidades. Encontros presenciais com momentos de exposição dialogada. Estudos e
debates dirigidos das respectivas unidades. Leitura e análise individual compreensiva dos
textos. Estudo individual e ou em grupo das atividades previstas nas unidades. Produção
de conhecimento por meio da resolução dos exercícios de autoavaliação.
Atividade
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf
Procure ler, as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de
Currículos Inclusivos, o item que trata da: 2.2 A Inclusão e os alunos com necessidades
Educacionais Especiais, página 42 a 49. Faça uma análise e depois registre com suas
considerações.
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Vídeo
Bem vindo a Holanda: http://www.youtube.com/watch?v=XNkKDygXWPo
Este vídeo traz uma descrição da experiência em dar à luz a uma criança com
deficiência.
Vídeo complementar indicado para reflexão
http://www.youtube.com/watch?v=C3trLt0IoOw O Olhar do Educador
Enviado em 26/11/2007
Este vídeo traz uma reflexão sobre o posicionamento do professor diante da diversidade
encontrada dentro das salas de aula. Foi desenvolvido a partir de uma fala de um
orientador pedagógico e estudioso da Dislexia.
Categoria: Educação
Licença: Licença padrão do YouTube
Acesso em 18/08/2013
Reflita e responda:
A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos (...) à medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidade à unificação das modalidades de educação, regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular (MANTOAN, 2002, s/p).
Após assistir aos vídeos, como você interpreta essa citação de Mantoan e o versinho?
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Recomenda-se a leitura Revista da Educação Especial – Inclusão – Educação Especial – Secretaria e Educação Especial – MEC. V.4 n°1 Janeiro/Junho 2008.
IV – Objetivo da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva p. 14.
V – Alunos atendidos pela Educação Especial. p.14 e 15.
Colóquio – Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
– Maria Teresa Mantoan, p. 19 e p. 32
Enfoque – Criança e adolescente com deficiência: impossibilidade de opção pela sua
educação exclusivamente no atendimento educacional especializado. 3 – Argumentos
contrários p. 45 a 47.
Recomenda-se a leitura
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.
Secretaria do Estado da Educação – SEED – PR – 2006.
Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf
Sugestão de leitura
MEC/SEESP - Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria
Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de
outubro de 2007. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf
Unidade II Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH – Características
" Acreditamos que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.
Se a nossa opção é progressiva, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio,
da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho se não viver a nossa opção.
Encarná-la, diminuindo, assim, a distância entre o que dizemos e o que fazemos" Paulo Freire
Considerando que no Brasil, apesar das estatísticas precárias, calcula-se que três
milhões de brasileiros tenham esta patologia, e estima-se que, a maior parte deles não
sabe que a tem. O transtorno – TDAH atinge entre 3% e 5% de todas as crianças em
idade escolar, sendo que o transtorno hiperativo tem predominância entre o sexo
masculino, já as meninas portadoras do transtorno apresentam problemas relacionados à
atenção.
Estas crianças que não são diagnosticadas e não tratadas apresentam uma série
de prejuízos no decorrer dos anos, como: prejuízos nos relacionamentos sociais; ela não
consegue acompanhar sua turma, reprovando muitas vezes, levando ao abandono
escolar, e ainda propiciar o inicio do uso abusivo de drogas e álcool, segundo Silva
(2009).
Esta população, mesmo sendo estatisticamente pequena no interior das salas de
aula, traz aos professores certa frustração, pois o desconhecimento sobre o transtorno
aumenta a sensação de impotência no desenvolvimento do trabalho pedagógico. O
transtorno não afeta somente o comportamento, mas também o processo de aprendizado
de seus portadores. Portanto, ajudar os professores e a equipe pedagógica a conhecer os
comprometimentos que esse transtorno pode causar aos estudantes, e analisar os
procedimentos para auxiliar no processo de aprendizagem dos mesmos, é essencial para
auxiliar em seu desenvolvimento.
A inclusão de alunos hiperativos é uma realidade hoje nas escolas. Ela surge como
uma nova perspectiva que envolve rever concepções a respeito da educação, do ensinar
e do aprender.
Desta forma é fundamental que todos os envolvidos, família e escola busquem
conhecimento, esclarecimento sobre o TDAH. Unindo saberes, o professor começa a
direcionar o ensino numa perspectiva inclusiva em prol do bem estar de todos os
envolvidos. A questão não é o que há de errado com estas crianças, mas como são elas e
o que se pode fazer, lançando mão de estratégias pedagógicas de ensino e
aprendizagem adequadas.
A desinformação ainda hoje, é um dos maiores problemas na vida de um TDAH.
Entender o transtorno, causas, consequências é o primeiro passo para um tratamento
bem sucedido.
O TDA deriva de um mau funcionamento neurobiológico (da bioquímica do
cérebro), os neurotransmissores, no caso do TDAH, são a dopamina e a
noradrenalina, responsáveis pela transmissão de informações entre os neurônios ;
de causas genéticas que surge na infância e geralmente o acompanha por toda a
vida.
O TDA é caracterizado por três principais sintomas: distração, impulsividade
e hiperatividade.
Como saber se uma criança tem TDAH, já que algumas características deste
transtorno são comportamentos típicos da infância, como agitação, correrias, e a falta de
atenção em atividades desestimuladoras? Tem-se que considerar a frequência e a
intensidade em que essas situações ocorrem.
Palma (2013), afirma que nem toda a criança desatenta ou hiperativa é portadora do TDAH, pois “muitos transtornos psiquiátricos, como ansiedade, depressão, deficiência intelectual e situações de negligência/abuso físico e sexual, podem também apresentar quadro de desatenção e hiperatividade.”
Segundo Silva 2009, o TDAH pode ser classificado da seguinte maneira:
● Tipo combinado: quando a criança apresenta seis sintomas de desatenção e
hiperatividade ou impulsividade;
● Tipo desatento: quando se identifica seis ou mais sintomas de desatenção, com
ausência da hiperatividade ou impulsividade;
● Tipo hiperativo-impulsivo: quando o individuo manifesta seis ou mais sintomas de
hiperatividade e impulsividade com ausência de desatenção. Segundo o Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais, o DSM IV, citado no livro Mentes
Inquietas de Silva 2009, os sintomas deverão ser ininterruptos e com duração mínima de
seis meses. Sendo os principais:
● Tipo desatento: Tem dificuldade em manter a atenção; comete erros por omissão nas
atividades realizadas na escola; parece não ouvir quando lhe fazem uma pergunta;
distraí-se com frequência; apresenta constante esquecimento;
● Tipo hiperativo: Agitam mãos, pés; não consegue manter-se sentado; corre e fala
constantemente em situações inadequadas;
● Tipo impulsivo: Dá respostas precipitadas; tem dificuldade em esperar; interrompe ou
interfere em conversas que não lhe diz respeito.
A criança com TDAH, tipo desatenção, tem dificuldade em manter atenção em
apenas uma atividade, principalmente se ela a considera uma atividade “chata”.
Geralmente elas são obrigadas a executar trabalhos, tarefas escolares, desagradáveis as
quais não vão querer realizar. Focar em uma única atividade ou executá-la até o fim é
muito difícil para a criança com TDAH, sente-se frustrada e estressada, por não conseguir
devido ao distúrbio. As crianças podem se sentir menos inteligentes que os demais e por
isso, recebem apelidos preconceituosos, como preguiçosos ou indolentes. Quando têm
interesses as crianças com TDAH podem fixar a atenção por um longo período, como por
exemplo, em jogos de vídeo game, ou novidades. Em situação de intimidação, ou quando
estão a sós com um adulto, também podem demonstrar atenção. Essas crianças têm
tendência a distração, perdem o foco frente a qualquer tipo de estímulo. Isso é
compreensível sabendo que o portador de TDAH reage de forma automática, distraem-se
o que as impedem de dar sequência às suas tarefas.
Segundo Phelan (2013) divide as distrações para os portadores de TDAH em quatro tipos: visuais (coisas que estão em seu campo de visão); auditivas (sons que lhe incomodam em qualquer volume); somáticas (sensações corporais desconfortáveis); e de fantasia (pensamentos e imagens que passam por sua mente).
TDAH, tipo impulsividade, característica marcante é agir sem pensar, sem ter
controle sobre seus impulsos. Essas ações podem ser corriqueiras, mas também
perigosas. Elas não medem as consequências desses atos. Podem colocar fogo em sua
casa, pelo fascínio do fogo. Geralmente o aluno TDAH responde antes mesmo do
professor terminar o questionamento, fala quando deseja. Geralmente a criança se
mostra agressiva quando se sente frustrada, este comportamento prejudica as relações
sociais. A ansiedade de ser sempre o primeiro e a tendência de pegar as coisas, acabam
irritando os colegas.
No TDAH, tipo impaciência, as crianças não tem paciência de esperar para ser
atendido, quando querem alguma coisa, querem naquele momento, são persistente e
incansável. Muitas vezes, estes comportamentos geram um desgaste nos pais, deixando
de sair, passear, visitar amigos, só de pensar que o filho poderá apresentar tipos de
comportamentos indesejados em outros ambientes.
Na escola, a impaciência ou a necessidade de ser atendido imediatamente, pode
levá-los a empurrar os colegas, correr pelo corredor, interromper as pessoas. Já nas
tarefas escolares, a impaciência pode ser constatada geralmente, por fazerem os
trabalhos malfeitos, realizados de maneira apressada. Sendo comum entre os TDAH a
caligrafia descuidada, por problemas na coordenação motora fina. Algumas crianças
quando envolvidas em uma atividade interessante, têm dificuldades de controlar os
esfíncteres, apesar de terem a necessidade de ir ao banheiro, protelam a ida até não
agüentar mais.
As crianças com TDAH são esquecidas e desorganizadas. Não conseguem se
lembrar de suas obrigações como, fazer tarefa de casa, perdem livros e cadernos, fazem
tarefas em cadernos trocados.
A hiperatividade é uma característica marcante, principalmente entre os pré-
adolescentes com TDAH. Quando estão agitados, qualquer tentativa de acalmá-lo será
inútil, não adianta falar ou fazer nada. Outra característica importante entre alguns
portadores é a falta de noção de lugar e tempo, causando preocupação entre os
familiares, pois podem sair e não saber voltar para casa, ou então voltar muito tarde.
Os portadores de TDAH têm muita dificuldade em seguir normas e regras. É
preciso ter claro que, eles conhecem as regras, mas não conseguem cumpri-las. Pela
incapacidade de seguir regras, praticamente 50% das crianças com TDAH também se
encaixam no diagnóstico do DSM para o Transtorno de Desafio e Oposição, síndromes
que podem levar ao desenvolvimento do Transtorno de Conduta.
De acordo com Phelan, quando chegam à adolescência as crianças com TDAH,
30% desenvolvem ansiedade, 20% depressão e 10% podem se encaixar nos critérios do
DSM para distúrbio bipolar.
O TDAH pode ter um impacto negativo na vida de alguns e um pouco menos na
vida de outros. Alguns são vistos como intuitivos, com razoável senso de humor e, talvez,
criatividade, há profissionais com TDAH que são brilhantes, nas mais diversas áreas.
Características que poderão ser bem aproveitadas na escola, criando oportunidades que
permitam o aproveitamento dos potenciais dos alunos. Cuidar dos aspectos afetivos e
emocionais é fundamental para que a aprendizagem seja significativa.
É fundamental que a criança seja observada e avaliada criteriosamente, não
somente pela observação do comportamento, mas também da intensidade destes
comportamentos, das queixas dos professores, família, colegas de sala. Os sintomas de
comportamento TDA independem de problemas emocionais, ambientais e sociais. E após
o diagnóstico se inicie o tratamento específico para seu caso. Se for necessária a
utilização medicamentosa, que quando bem administrado traz benefícios aos portadores
de TDAH.
Momento de Estudo
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca.
E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
Paulo Freire
Metodologia
A segunda unidade nos levará a refletir acerca do Transtorno do Déficit de
Atenção e Hiperatividade, onde calcula-se que três milhões de brasileiros tenham esta
patologia. O transtorno – TDAH atinge entre 3% e 5% de todas as crianças em idade
escolar, sendo que o transtorno hiperativo tem predominância entre o sexo masculino, já
as meninas portadoras do transtorno apresentam problemas relacionados à atenção.
Esta população, mesmo sendo estatisticamente pequena no interior das salas de
aula, traz aos professores certa frustração, pois o desconhecimento sobre o transtorno
aumenta a sensação de impotência no desenvolvimento do trabalho pedagógico.
A inclusão de alunos hiperativos é uma realidade hoje nas escolas. Ela surge
como uma nova perspectiva que envolve rever concepções a respeito da educação, do
ensinar e do aprender.
Objetivos
Sensibilizar o corpo docente sobre a importância de se conhecer o Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade;
Saber que o Transtorno é originado de um mau funcionamento neurobiológico.
Compreender que o TDA é caracterizado por três principais sintomas: distração,
impulsividade e hiperatividade.
Compreender as características principais do TDAH.
O estudo se dará a partir de atividades individuais e coletivas em diferentes
espaços de aprendizagem, com encontros presenciais e leituras de texto indicados nas
unidades. Encontros presenciais com momentos de exposição dialogada. Estudos e
debates dirigidos das respectivas unidades. Leitura e análise individual compreensiva dos
textos. Estudo individual e ou em grupo das atividades previstas nas unidades. Produção
de conhecimento por meio da resolução dos exercícios de autoavaliação.
Vídeo http://www.youtube.com/watch?v=OMR19hurDDk
TDAH - Campanha Estadual de Informação e Conscientização do TDAH Publicado em 08/04/2013 Matéria completa sobre o Projeto de Lei 579/2011 da Deputada Licenciada Claise Maria Zito, que altera a lei de nº 5456/2010, instituindo no Estado do Rio de Janeiro a primeira semana de Agosto como a Semana Estadual de Informação e Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH Categoria: Educação Licença: Licença padrão do YouTube Acesso em 18/08/2013
Vídeo http://www.youtube.com/watch?v=Ylqh_3UVtzM
Enviado em 30/01/2012
TDAH - Prof. Paulo Mattos - Globo News - Entrevista completa No mundo, mais de 330 milhões de pessoas são portadoras do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Quase 5% da população mundial sofre com a dificuldade de se concentrar e se organizar. . (Entrevista completa com o Prof. Paulo Mattos ao Programa Espaço Aberto - Globo News, veiculada dia 10-11-2009) Categoria: Educação Licença: Licença padrão do YouTube Acesso em 18/04/2013
Atividades
Após leitura e reflexão realizada sobre o tema, e depois de assistirem aos vídeos, elabore
uma definição sobre TDAH, a partir do que até agora você aprendeu.
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Unidade III – Diagnóstico e Tratamento
Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito,
que o homem pode realmente conhecer. Paulo Freire
O diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é feito por um
profissional de saúde, baseado nos critérios estabelecidos pelo DSM-IV, Manual
diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição.
O DSM-IV traz os critérios que deverão ser seguidos para o diagnóstico de uma
criança portadora de TDAH. Segundo Phelan, é necessário apresentar um padrão de
desatenção, ou hiperatividade, impulsividade que se encaixe basicamente em cinco
critérios:
- Persistência: o comportamento deve persistir no mínimo por seis meses; - Início Precoce: os sintomas devem aparecer antes dos sete aos de idade; - Frequência e gravidade: os sintomas apresentados (desatenção, hiperatividade, impulsividade) devem ser marcantes se comparados com os dos indivíduos da mesma idade; - Claras evidências de deficiência: o comportamento deve interferir de forma significativa na capacidade funcional da pessoa; - Deficiência em um ou mais cenários: os sintomas causam problemas para o indivíduo em seus relacionamentos sociais, tanto em casa como na escola ou no trabalho (adultos).
A precisão do diagnóstico se faz com a presença dos sintomas tanto de
desatenção, e hiperatividade, e devem estar presentes na primeira infância, com prejuízos
sociais, como comportamentos indevidos na escola, na família e em outros ambientes.
Quando os prejuízos acontecem em um único ambiente é preciso investigar com muito
mais atenção se a pessoa é portadora de TDAH ou se existem outros tipos de problemas
nestes locais que a afetam.
Para realização de um diagnóstico correto os profissionais indicados são o
psiquiatra, o neurologista ou pediatra. Para realizá-lo é necessário fazer uma entrevista
com os pais ou responsáveis, uma anamnese detalhada, também é necessário uma
entrevista com professores para coletar informações sobre o comportamento escolar da
criança. Sendo fundamental a avaliação tanto do comportamento como do aprendizado.
Segundo Fortunato:
Para entender plenamente o processo que envolve o TDAH, primeiramente deve se deixar bem claro o que é TDAH e quais as suas consequências na vida de uma
criança que foi diagnosticada com o problema. A partir do diagnóstico confirmado, começar um trabalho sério e definitivo, com métodos pedagógicos eficientes onde a participação de pais, instituição e professores estejam em sincronia, engajados, comprometidos com o bem estar e a aprendizagem do estudante na sua formação humana como um todo (2011, p. 7379).
É fundamental que a criança seja observada e avaliada criteriosamente e que após
o diagnóstico se inicie o tratamento especifico para seu caso. Se for necessária a
utilização medicamentosa, que quando bem administrado traz benefícios aos portadores
de TDAH.
A avaliação feita pelo profissional especializado irá determinar as estratégias
terapêuticas adequadas.
Segundo a psicóloga Reghelin 2013
Esta avaliação consiste em entrevistas com a criança e com a família, nas quais se buscam esclarecer quais os sintomas apresentados, conhecer a história de vida familiar, hábitos/rotinas/hobbies. A aplicação de testes e até mesmo exames neuropsicológicos podem ser solicitados. Alguns profissionais também visitam a escola da criança para conversar com seus professores, orientadores ou psicólogos.
Segundo Mattos 2005,
O tratamento do TDAH envolve vários aspectos que são complementares. Alguns passos podem ser opcionais. No caso de crianças e adolescentes: 1) Confirmação do diagnóstico e avaliação de outros diagnósticos associados
(que podem levar a modificações no tratamento!) Isso pode exigir o parecer de um especialista e a realização de entrevistas mais aprofundadas, preenchimento de questionários e realização de testes neuropsicológicos incluindo testes feitos por fonoaudiólogos;
2) Explicação detalhada do transtorno, indicação de livros, associações ou sites da internet para que os pais (e o adolescente) conheçam melhor o TDAH;
3) Uso de medicamentos; 4) Orientação aos pais, incluindo a modificação do ambiente de casa e
aconselhamento sobre a forma de se lidar com o transtorno. 5) Orientação à escola (pode ser feita por material impresso, indicação de livros,
associações ou sites da internet, etc.). Em casos específicos, quando há muito comprometimento da vida escolar, o médico, o psicólogo ou o pedagogo da equipe que trata o paciente pode pessoalmente fazer a orientação mais detalhadamente e com alguma supervisão;
6) Psicoterapia e programas especializados (opcional); 7) Tratamento fonoaudiológico (opcional); 8) Treino em técnicas de reabilitação da atenção (opcional).
A psicoterapia fica reservada para aqueles casos em que há muito comprometimento da vida social, familiar e profissional por conta do TDAH (frequentemente sem diagnóstico durante muitos anos).
É difícil para muitos pais, a aceitação do diagnóstico, a princípio adiam o
tratamento por diversas razões. Entre elas, admitir que o filho seja portador de um
transtorno, ninguém está preparado para ter um filho com algum tipo de transtorno, sendo
comum o preconceito. Outra razão é a insegurança dos pais no uso da medicação, por
não conhecerem a sua eficácia ou efeito. Existem também outros ligados a questões
familiares, religiosas ou mesmo o desconhecimento da gravidade do distúrbio. Após
vencidas todas as barreiras, iniciando o tratamento, exige dos pais e da família uma
grande parcela de atenção e paciência para que seja bem-sucedido.
O uso de medicação só deve ser feito se o diagnóstico de TDAH estiver claro, que
existe desatenção, hiperatividade e impulsividade que causam problemas significativos na
escola, na família, de um modo geral no convívio com outras pessoas.
Segundo Mattos,
A ideia de se “tentar” alguma outra coisa antes dos medicamentos é comum, mas ela se baseia em preconceitos, não em evidências científicas. Ela se deve em parte às preocupações dos pais em administrar um medicamento ao seu filho “logo de cara”. Ainda mais um remédio com receita controlada!
Para Rohde,
destaca que há alguns mitos bastante comuns envolvendo o tratamento farmacológico do TDAH, mas que, no entanto, existem diversos estudos realizados em importantes centros mundiais que atestam não só a eficácia, como também a segurança das principais drogas utilizadas atualmente.
O TDAH é um transtorno muito comum, que traz muito prejuízos ao
desenvolvimento emocional, acadêmico, social, etc. Por isso, é de suma importância que
pais, professores, pedagogos, psicólogos e médicos sejam capazes de identificar os
sintomas. E quanto mais precocemente for diagnosticado o TDAH, evitar-se-á as
consequências negativas na vida da criança.
Quando o TDAH recebe tratamento adequado, estarão menos propensos a
desenvolver problemas de comportamento, ansiedade, apresentando menor risco de
abuso de álcool ou drogas.
Segundo Mattos 2005,
A única forma de psicoterapia que revelou alguma eficácia no tratamento do TDAH foi aquela denominada cognitivo-comportamental. É claro que o tratamento do TDAH irá ter resultados variáveis, dependendo de inúmeros fatores. Em alguns casos, as mudanças podem ser dramáticas, com resultados muito favoráveis.
É importante também que as crianças portadoras do TDAH façam atividades físicas
regularmente, uma dieta saudável e dormir suficientemente bem.
Momento de Estudo
...para mim, é impossível existir sem sonho. A vida na sua totalidade me ensinou como grande lição
que é impossível assumí-la sem risco. Paulo Freire
Metodologia
Na terceira unidade nos levará a refletir acerca do Diagnóstico e Tratamento do
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, O diagnóstico deverá ser feito por um
profissional de saúde, baseado nos critérios estabelecidos pelo DSM-IV, Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição. O DSM-IV traz os critérios
que deverão ser seguidos para o diagnóstico de uma criança portadora de TDAH.
A avaliação feita pelo profissional especializado irá determinar as estratégias
terapêuticas adequadas.
Objetivos
Sensibilizar o corpo docente sobre a importância de se conhecer os critérios
trazidos pelo DSM-IV.
Saber da responsabilidade de uma avaliação criteriosa tanto do comportamento
como do aprendizado.
Compreender que a responsabilidade do diagnóstico cabe a um profissional
especializado.
O estudo se dará a partir de atividades individuais e coletivas em diferentes
espaços de aprendizagem, com encontros presenciais e leituras de texto indicados nas
unidades. Encontros presenciais com momentos de exposição dialogada. Estudos e
debates dirigidos das respectivas unidades. Leitura e análise individual compreensiva dos
textos. Estudo individual e ou em grupo das atividades previstas nas unidades. Produção
de conhecimento por meio da resolução dos exercícios de autoavaliação.
Video http://nosbastidoresdaeducacao.blogspot.com.br/search/label/Medica%C3%A7%C3%A3o%20Metilfenidato
%20Ritalina
Neuropediatra explica como age medicação para TDAH
Em entrevista a este BLOG, a neuropediatra Camila Exposto fala sobre como age no
organismo - no cérebro de uma criança - o medicamento para tratamento do TDAH -
Metilfenidato cujo nome comercial é Ritalina - e se é mito ou não o risco de drogatização,
ou seja, dependência.
A médica faz parte da equipe de neuropediatria da Faculdade de Medicina do ABC
(FUABC) e da equipe do Centro Municipal de São Caetano do Sul de Triagem Neonatal e
Estimulação Neurossensorial (Ctnen) Dr. Tatuya Kawakami, que compõe um dos planos
de trabalho da Central de Convênios da FUABC. Em 6 de setembro de 2012
Participe. Comente. Compartilhe. A informação é o melhor remédio!!! www.nosbastidoresdaeducacao.blogspot.com
Categoria : Educação Licença: Licença padrão do YouTube
Acesso em 24/08/2013.
Atividades
Após leitura e reflexão realizada sobre o tema, e depois de assistir ao vídeo, elabore um
texto sobre o que julga importante no diagnóstico e tratamento do portador de TDAH.
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Unidade IV - Estratégias Pedagógicas
"Estarei preparando a tua chegada Como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera." Paulo Freire
Para ajudar os alunos portadores de TDAH, é necessário que os profissionais da
educação, direção, equipe pedagógica, professores e família devam acompanhar o
progresso da terapia, buscando a melhora na atenção da criança devido à mudança de
hábitos que ocorre com a melhora significativa dos sintomas. Sendo necessário observar
as necessidades educacionais que este aluno precisa e não exigir dele um
comportamento que não pode corresponder a ele.
Para Fortunato:
Ao unir saberes, o professor começa a direcionar o ensino numa perspectiva inclusiva em prol do completo aprendizado e do bem estar de todos os envolvidos. Entende, portanto, que todo estudante possui potencialidade para desenvolver suas capacidades de aprendizagem. A escola, enquanto instituição de ensino, voltada para a construção e aquisição do conhecimento e de habilidades, torna-se “válvula impulsionadora” de resultados positivos na vida acadêmica dos estudantes que atende. 2011, p. 7377.
E importante que os professores conheçam técnicas e estratégias que possam
auxiliar os alunos com TDAH a terem melhor desempenho, sendo que em alguns casos e
preciso ensinar ao aluno técnicas especificas para minimizar as suas dificuldades.
Quando os alunos com TDAH se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse,
conseguem permanecer mais tranquilas.
Para Silva,
Se por um lado o adulto e a criança TDAs tem profunda dificuldade em se concentrar em determinado assunto ou enfrentar situações que sejam obrigatórias, por outro lado podem se apresentar hiperconcentrados em outros temas e atividades que lhes despertem interesse espontâneo ou paixão impulsiva. Exemplos disso são as crianças com jogos eletrônicos ou adultos com esportes, computadores ou leitura de assuntos específicos. Em tais casos, tanto as crianças como os adultos TDAs terão dificuldade em se desligar ou desviar sua atenção para outras atividades. 2009, p.22.
O cérebro do TDAH tem seu funcionamento bastante característico, fazendo que
ele tenha um comportamento típico, responsável tanto por suas melhores qualidades,
como por suas maiores angústias e desacertos, e fundamental importância para os
professores compreendê-lo. Silva 2009.
Segundo Fortunato
E preciso entender que a criança age de uma determinada maneira não para afrontar ou desrespeitar o adulto e/ou a pessoa de sua convivência, mas porque possui necessidade física, psíquica, emocional e cognitiva de extravasar toda a energia contida dentro dela. (2012, p.7381)
Para tanto, ações cotidianas escolares, diálogo entre equipe docente e pedagógica
são importantes para o desenvolvimento de estratégias eficazes que sirvam de auxílio ao
professor.
Segundo Sanches
Algumas adaptações são necessárias para a aprendizagem do aluno que apresenta TDA/H. Normalmente, o aluno apresenta dificuldade em centrar-se no todo que se apresenta na sala de aula, ficando dispersivo. Algumas sugestões para que ele tenha melhor concentração em seus deveres e que facilitará o trabalho do professor em conseguir melhores resultados. Estas sugestões foram vivenciadas em sala de recursos, estudadas e adaptadas pela citada professora no trabalho diário e na prática em sala de aula.(2008,p.23)
Ainda segundo Sanches
Algumas adaptações necessárias para se realizar com os alunos, na sala de aula e na metodologia • Realizar e estabelecer tarefas de maneira rotineira. • Propor regras claras exigindo o cumprimento de todas. • Deixar visíveis listas de verificação para que o aluno as leia e se organize. • Deixar a sala sem muitas distrações que não seja o material de aprendizagem a ser utilizado no momento. • Sentar o aluno num lugar sem acesso de olhar para fora da porta e perto do professor. • Planejar atividades de curta duração. • Conceber, se for necessário, maior tempo para a realização da tarefa e também quando esta envolver avaliação. • Reduzir a quantidade de exercícios na avaliação. • Espaçar períodos de trabalho com pequenas pausas ou mudança de atividades. Alternar atividades. Umas mais paradas, outras mais ativas, em grupos, isoladas, fora da sala, em silêncio, em duplas. • Fazer sempre relação do conteúdo novo, com o que já foi aprendido e com as experiências do aluno. • Levar os alunos a verbalizarem as instruções e a seguir orientações de atividades. • Evitar textos longos, muitas anotações ou cópia de informações do livro. • Dar sempre dicas e pistas para a atividade a ser resolvida. • Evitar pressionar o aluno para o término das atividades. Fazer adequação de conteúdo. • Usar instrumentos de avaliação alternados como apresentação oral, escrita, resposta múltipla, etc. • Planejar avaliações com poucas atividades, assunto por assunto. • Esclarecer qual o objetivo a ser alcançado com determinada avaliação. • Aceitar e compreender a resposta escrita do aluno e se necessário, fazê-lo explicar ou responder oralmente. • Evitar textos longos, muitas anotações ou cópia de informações do livro.
• Dar sempre dicas e pistas para a atividade a ser resolvida. • Permitir que a avaliação seja completada, caso não termine no tempo estipulado para todos da sala. • Usar se necessário, a adaptação curricular e flexibilização curricular.
• Ajustamentos, adequações do currículo existente as necessidades do aluno.
• Desenvolver um clima de confiança entre professor e aluno e manter contato visual. • Não deixar passar comportamentos sem falar sobre ele. Nunca na frente da sala toda, mas, em particular. Evitar enviar o aluno a coordenação. • Combinar regras de comportamento e punição que sejam precisas e claras. • Evitar linguagens de confronto na frente da sala. A humilhação deve ser evitada sempre. • Elogiar perante as pessoas os comportamentos adequados, as atividades realizadas, aumentando a autoestima do aluno. • Estar atento ao nível de frustração do aluno quando não conseguir realizar tarefas. • Explicar a classe o que e hiperatividade e déficit de atenção, baseada em pesquisas e entendimento do conteúdo, para que possa explicar as atividades diferenciadas que o aluno venha a receber no decorrer do ano letivo. • Ampliar na sala um ambiente cooperativo, amigável e menos concorrido, deixando que os amigos cooperem com o aluno em explicações, grupo de atividades. • Cuidar ao trabalhar em grupo. Este deve ser bem estruturado para proporcionar segurança e integração. Caso contrário, o aluno atrapalha o grupo e faz somente um copiar e colar. • Trabalhar com seus pares tem um ótimo resultado. Proporcionar algum amigo que possa sempre auxiliar o aluno em explicações durante as atividades. • Facilitar alguns trabalhos individuais para que o aluno se sinta capaz de realizar também sozinho e acertadamente. • Combinar com o aluno um sinal para quando precisar de auxilio na tarefa a ser realizada. • Combinar com os outros alunos para sempre incentivarem o aluno a permanecer na sala e completar as atividades, não fazendo deboche, nem humilhações. • Combinar com a turma sinais para se calarem e ouvirem a explicação, como estalar os dedos, erguer os braços, bater palmas. • Variar o tom de voz durante a explicação de alguma atividade. • Usar de algum mistério nas aulas. Isso desperta a curiosidade e pode-se negociar. • Ser sempre criativo nas aulas. Até mesmo uma bobagem pode ativar o interesse do aluno. • Ilustrar sempre as aulas e as explicações, mesmo que sejam rabiscos no quadro ou no flipcharp, estimulando os alunos a fazerem o mesmo para reterem melhor o que foi ensinado. • Preparar guias que os alunos possam apontar como um resumo da aula. • Fazer sempre que possível a revisão colocando uma palavra chave no quadro ou distribuindo aos alunos e pedir para irem falando o que sabem sobre o assunto. • Dar início a aula dizendo o que vai acontecer durante as atividades. • Variar sempre que possível o material didático e se possível usar o computador. Ele é estimulante para pesquisas e buscas. Força a leitura e a compreensão. • Dividir o conteúdo a ser explicado por tópicos pequenos, fazendo intervalos com perguntas e anotações dos pontos principais. • Incentivar a respostas as indagações sobre o tema, propondo discussões. • Fazer uso de resposta em coro, para facilitar a compreensão e retenção. • Sempre que possível, atender individualmente. Se os professores conseguirem inserir em seu trabalho diário na sala de aula algumas destas estratégias, com certeza, não somente os alunos com TDA/H serão beneficiados como os alunos da sala toda aprenderão e se concentrarão melhor. (2008, p.23)
É importante que o professor saiba que o aluno com TDAH foca a atenção e se
dedica apenas ao que lhe interessa e motiva, sendo importante ser criativo, ter jogo de
cintura suficiente para alterar as estratégias de ensino utilizadas, adaptando-as às
necessidades da criança.
Segundo Mattos,
O professor com alunos portadores de TDAH terá que conseguir equilibrar “as
necessidades dos demais alunos com a dedicação de que uma criança com TDAH
necessita, o que pode ser difícil com uma turma numerosa. Turmas pequenas são
preferíveis. Ele tem que percebê-las como uma pessoa que tem potencial (que
poderá ou não se desenvolver, como todo mundo), interesses particulares, medos
e dificuldades e tem que estar “realmente” interessado em ajudá-la.”
As crianças com TDAH apresentam inteligência e capacidade de aprendizado
idênticas às de uma criança normal.
Momento de Estudo
Se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode. Se a educação não é a chave das transformações sociais,
não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante (...) Paulo Freire (1996)
Metodologia
A quarta unidade nos levará a refletir acerca das Estratégias Pedagógicas, para serem desenvolvidas em sala de aula.
Na tentativa de auxiliar os professores, as estratégias pedagógicas visam a melhoria na atenção da criança. Observando as necessidades educacionais que o aluno portador do TDAH precisa e não exigir dele um comportamento que não pode corresponder.
Objetivos
Sensibilizar o corpo docente sobre a importância de se conhecer as estratégias
pedagógicas.
Entender que a criança age de uma determinada maneira não para afrontar ou
desrespeitar o professor, mas que faz parte do TDAH.
Compreender que algumas adaptações são necessárias para a aprendizagem do aluno
que apresenta TDA/H.
O estudo se dará a partir de atividades individuais e coletivas em diferentes
espaços de aprendizagem, com encontros presenciais e leituras de texto indicados nas
unidades. Encontros presenciais com momentos de exposição dialogada. Estudos e
debates dirigidos das respectivas unidades. Leitura e análise individual compreensiva dos
textos. Estudo individual e ou em grupo das atividades previstas nas unidades. Produção
de conhecimento por meio da resolução dos exercícios de autoavaliação.
Vídeo
Como Estrela na Terra - toda criança é especial - legendado
http://www.youtube.com/watch?v=BlS1q2Sw0Zc
Publicado em 07/04/2013
O filme indiano trata de uma criança que é julgada pelos familiares, professores e
colegas como rebelde, resistente e descompromissada para com os estudos e, como
punição, é matriculado num colégio interno. O recorte feito mostra a discriminação da
sociedade aos alunos que não se adaptam ao sistema tradicional de ensino, bem como a
capacidade de anulação do perfil criativo dos alunos. Valoriza as possibilidades da
aprendizagem significativa quando um professor compromete-se em entender as
dificuldades desse aluno e utiliza-se de diversos recursos metodológicos para resgatar
sua autoestima e desenvolver a alfabetização significativa. Este filme foi trabalhado em
encontros de formação de professores, desde a Educação Básica ao Ensino Superior,
chamando a atenção aos resultados conquistados quando se coloca a aprendizagem
significativa como foco do trabalho pedagógico e utiliza-se de diferentes, criativos e
sistematizados recursos metodológicos. O filme colabora para o resgate do otimismo do
professor em relação ao potencial transformador e emancipatório da educação e convida
a todos à pedagogia com amor e comprometimento. "A educação modifica as pessoas. E
as pessoas modificam o mundo" (Paulo Freire). Eu acredito no poder transformador da
Educação!
Categoria Educação
Licença Licença padrão do YouTube
Acesso em 28/03/2013
Vídeo https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=s6NNOeiQpPM As cores das flores
Enviado em 15/05/2011
Uma criança cega precisa escrever uma redação sobre as cores das flores. O vídeo
mostra o desafio do menino para conseguir cumprir a tarefa. A tradução para o português
foi feita para o blog "Assim como Você", de Jairo Marques.
Categoria Pessoas e blogs
Licença Licença padrão do YouTube
Acesso em 18/04/13
Atividades Após leitura e reflexão realizada sobre o tema, e depois de assistir aos vídeos, elabore
um texto sobre o que julga importante nas estratégias para trabalhar com o aluno portador
de TDAH.
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REFERÊNCIAS
ARAUJO, T.M.; SOUZA, J.P. de.; MEDEIROS, P.M. A importância da prática
pedagógica consciente no auxílio ao tratamento do TDAH. V Coloquio Internacional
“Educacao e Contemporaneidade” Sao Cristovao, set., 2011.
Disponível em:
http://www.educonufs.com.br/vcoloquio/cdcoloquio/cdroom/eixo%2014/PDF/Microsoft%20Word%2
0-%20A%20IMPORTaNCIA%20DA%20PRaTICA%20PEDAGoGICA%20CONSCIENTE.pdf>.
Acesso em 27/03/2013
DELL’ AGLI, B. A criança com TDAH pode aprender. É preciso saber como ajudá-la .
<http://tudobemserdiferente.wordpress.com/2013/06/21/acrianca-com-tdah-pode-
aprender-e-preciso-saber-como-ajuda-la/ > Acesso em 23/06/13
FORTUNADO, S. A. de O. A escola e o TDAH: práticas pedagógicas inovadoras pós-
diagnóstico. X Congresso Nacional de Educacao – Educere; I Seminario Internacional de
Representacoes Sociais, Subjetividade e Educacao – SIRSSE – PUC – Nov. 2011.
<http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5448_3353.pdf>. Acesso em 7/5/2013.
JOU, G.I. de.; AMARAL, B.; PAVAN, C.R.; SCHAEFER, L. S.; ZIMMER, M. Transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade; um olhar no ensino fundamental. Psicol.
Reflex. Crit. vol.23 no.1 Porto Alegre Jan./Apr. 2010 Artigo Cientifico – Scielo.<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722010000100005&lang=pt>
Acesso em 12/06/2013.
MALUF, M. T.M. Agitação ou TDAH? Portal @prende Brasil- entrevistas. <http://www.aprendebrasil.com.br/entrevistas/entrevista0126B.asp> . Acesso em 16/04/2013 MATTOS, Paulo. No mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. Sao Paulo: Lemos Editorial, 2005. SANCHES, V. L. O processo de inclusão/exclusão do aluno com TDA/H na escola pública. PDE–2008. Disponivel em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/558-4.pdf>.
Acesso em: 15/04/2013. SILVA, A. B. B. Mentes inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. Imagens: site www.pixabay.com Você pode usar livremente qualquer imagem deste site para uso pessoal e comercial sem atribuição ao autor original. Revista da Educação Especial – Inclusão – Edição Especial – Secretaria de Educação Especial MEC. V.4 n°1. Janeiro/junho 2008. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf> . Acesso em 14/08/13
Revista Grandes Temas do Conhecimento -Psicologia – Edição Especial TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, n°1 - 2013 - Mythos Editora.