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Eu já nasci Palhaço, simplesmente passei a cobrar” O Poder do Nariz Vermelho Na primeira segunda-feira de Maio, com o apoio do DN, Beatriz Quintella, fundadora da Operação Nariz Vermelho, visitou os alunos da EPHTL. eatriz Quintella, após ter conhecido a conceituada Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa, partiu rumo ao auditório da Junta de Freguesia de São João, com o propósito de ser entrevistada por alguns alunos acerca da Operação Nariz Vermelho. Com o intuito de se conhecer melhor Beatriz e o seu trabalho, a professora Paula Alves leu uma pequena nota biográfica, efectuada em conjunto com os alunos participantes do Concurso N@ Escolas, a qual foi acompanhada de um vídeo sincronizado, também realizado pelos alunos. Beatriz Quintella comoveu-se ao ver o trabalho da escola, mas sem nunca deixar o sentido de humor de parte. Com início da entrevista, a Doutora da Graça explica que a Operação Nariz Vermelho é uma cópia e que a ideia de a criar surgiu numa conversa entre Beatriz e mais três amigos durante um jantar, por isso Beatriz não se considera fundadora da Operação, considera-se sim, a afundadora, devido à operação ter sido aprofundada em Portugal pelas suas mãos. Perante uma pergunta séria, Beatriz respondeu de forma descontraída: “As crianças são felizes enquanto estão no hospital, pois não têm de ir à escola, os pais não vão trabalhar e a avó compra um grande presente, elas não querem ir embora, não!” Surpreendendo a plateia de mais de uma centena de alunos, Beatriz Quintella declara que os seus espectáculos são ensaiados, mas também se deixa levar pelo improviso, porque nunca se sabe as reacções das crianças. Quando questionada sobre os critérios de selecção dos Doutores Palhaços, Beatriz, em jeito de brincadeira, declara: “Formação corporal, musical, boa projecção de voz, equilíbrio vocal, ritmo, mímica e técnicas de circo. Mandam e-mails para a Operação a dizer: eu gosto muito de crianças, tenho muita piada, posso trabalhar no hospital? Não! Eu também não mando um e-mail B Mesa de conferência Beatriz Quintella

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“Eu já nasci Palhaço,

simplesmente passei a cobrar”

O Poder do Nariz Vermelho

Na primeira segunda-feira de Maio, com o apoio do DN, Beatriz Quintella, fundadora da Operação Nariz Vermelho, visitou os alunos da EPHTL.

eatriz Quintella, após ter conhecido a conceituada Escola Profissional de Hotelaria e

Turismo de Lisboa, partiu rumo ao auditório da Junta de Freguesia de São João, com o propósito de ser entrevistada por alguns alunos acerca da Operação Nariz Vermelho.

Com o intuito de se conhecer melhor Beatriz e o seu trabalho, a professora Paula Alves leu uma pequena nota biográfica, efectuada em conjunto com os alunos participantes do Concurso N@ Escolas, a qual foi acompanhada de um vídeo sincronizado, também realizado pelos alunos. Beatriz

Quintella comoveu-se ao ver o trabalho da escola, mas sem nunca deixar o sentido de humor de parte.

Com início da entrevista, a Doutora da Graça explica que a Operação Nariz Vermelho é uma cópia e que a ideia de

a criar surgiu numa conversa entre Beatriz e mais três amigos durante um jantar, por isso Beatriz não se considera fundadora da Operação, considera-se sim, a

afundadora, devido à operação ter sido aprofundada em Portugal pelas suas mãos.

Perante uma pergunta séria, Beatriz respondeu de forma descontraída: “As crianças são felizes enquanto estão no hospital, pois não têm de ir à escola, os pais não vão trabalhar e a avó compra um grande presente, elas não querem ir embora, não!”

Surpreendendo a plateia de mais de uma centena de alunos, Beatriz Quintella declara que os seus espectáculos são ensaiados, mas também se deixa levar pelo improviso, porque nunca se sabe as reacções das crianças.

Quando questionada sobre os critérios de selecção dos Doutores Palhaços,

Beatriz, em jeito de brincadeira, declara:

“Formação corporal, musical, boa projecção de voz, equilíbrio vocal, ritmo, mímica e técnicas de circo. Mandam e-mails para a

Operação a dizer: eu gosto muito de crianças,

tenho muita piada, posso trabalhar no hospital? Não!

Eu também não mando um e-mail

B

Mesa de conferência

Beatriz Quintella

para a banda filarmónica a dizer: assobio bem, posso tocar com vocês? ”.

Um pouco fora do contexto, Beatriz afirma que as pessoas são mais solidárias em tempo de crise. Resume ainda a Operação numa frase forte: “Socorro, aceitamos alegria”.

Ao mesmo tempo que Beatriz se divertia, respondendo às questões pertinentes dos jovens repórteres, decorria uma sessão de Flash interviews no pátio da escola, com a colaboração do Diário de Notícias, com o objectivo de caçar a melhor história, para realizar uma entrevista para colocar no site do Diário de Notícias.

Após o esclarecimento de dúvidas e finalização da entrevista, os alunos realizaram um agradecimento muito próprio, que fez Beatriz Quintella soltar mais umas gargalhadas e esboçar sorrisos perante a plateia. Esse agradecimento incluiu uma pequena demonstração do que pode ser uma actuação da Operação Nariz Vermelho num hospital. Beatriz, entusiasmada com o teatro apresentado pelos alunos, decide alinhar na brincadeira e demonstrar a utilidade das ferramentas do Doutor Palhaço. O aluno Cláudio Escaleira leu um agradecimento, em nome da escola, a Beatriz Quintella e a Vera Doutel, representante do DN, ao mesmo tempo que os jovens repórteres colocavam os narizes vermelhos comprados à Operação Nariz Vermelho, com o objectivo de ajudar a causa.

Quintella afirma convictamente que quer alargar o projecto a outras faixas etárias, nomeadamente aos idosos,

porque os idosos também se sentem muito sozinhos.

Quando interrogada sobre a importância do dia da mãe e se a operação nariz vermelho efectuou alguma encenação alusiva a esse mesmo dia, Beatriz responde cantado numa só voz: “Mãe querida, mãe querida, o melhor que a gente tem (…)”.

Beatriz encerra a entrevista dizendo num timbre bem alto: “Vamos Ganhar!”.

Simultaneamente, no exterior da EPHTL decorriam as flash interviews com o intuito dos alunos colocarem em prática os seus dotes jornalísticos.

uando finalizou a sessão, todos ficaram mais esclarecidos sobre situações constrangedoras nos

hospitais e sobre a importância e o poder da Operação Nariz Vermelho.

RSTB:

Fábio Dias

Fernando Carrilho

Sebastião d’Alpuim

Vasco Veladeiro

Maio de 2010

Q

Beatriz Quintella com os jovens Repórteres

Beatriz Quintella entra na brincadeira