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ANO XIV Nº 153 Janeiro/2008 Publicação mensal da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia NESTA EDIÇÃO 3ª Estimativa de Safra no Oeste da Bahia O Conselho Técnico da Aiba se reuniu no último dia 31 de janeiro para reavaliar as es- timativas de produção agrícola na região Oeste da Bahia. Pág. 3 Certeza prolongada - O Programa de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalba), que antes era renovado anualmente, passa a vi- gorar por três anos. Pág. 4 Arrecadação recorde - Campanha Na- tal Solidário de 2007 contabilizou 18 tonela- das de alimentos. Quase o dobro do ano ante- rior! Pág. 7 Agenda produtiva - Conheça a progra- mação de dias de campo, palestras e en- contros técnicos que a Fundação Bahia pre- parou para o primeiro semestre. Pág. 6 E mais! Diversos artigos técnicos sobre o manejo de pragas e doenças da soja e do algodão, assinados pelo nosso time de pes- quisadores. Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios de Luís Eduardo já tem nome e data Vai se chamar Bahia Farm Show, e será realiza- da entre os dias 3 e 7 de junho, a nova Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios de Luís Eduardo Magalhães (BA). O evento, que deve reunir as mais importantes marcas da indústria de máqui- nas, implementos e insumos agrícolas, está na primeira edição, mas, surge com potencial para se consolidar como maior feira de agronegócios do estado. O posto pertencia à antiga Agrishow LEM, que deixará de existir, dando lugar à Bahia Farm Show. A organização do evento, assinada pela Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Al- godão (Abapa), a Fundação Bahia e a Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, aposta em uma geração de negócios superior à da feira que a precedeu, graças ao amplo leque de participa- ção que a Bahia Farm Show disponibiliza. Página 03

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ANO XIV Nº 153 Janeiro/2008

Publicação mensal da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia

NESTA EDIÇÃO

3ª Estimativa de Safra noOeste da Bahia

O Conselho Técnico da Aiba se reuniu noúltimo dia 31 de janeiro para reavaliar as es-timativas de produção agrícola na regiãoOeste da Bahia. Pág. 3

Certeza prolongada - O Programa deIncentivo à Cultura do Algodão (Proalba), queantes era renovado anualmente, passa a vi-gorar por três anos. Pág. 4

Arrecadação recorde - Campanha Na-tal Solidário de 2007 contabilizou 18 tonela-das de alimentos. Quase o dobro do ano ante-rior! Pág. 7

Agenda produtiva - Conheça a progra-mação de dias de campo, palestras e en-contros técnicos que a Fundação Bahia pre-parou para o primeiro semestre. Pág. 6

E mais! Diversos artigos técnicos sobreo manejo de pragas e doenças da soja e doalgodão, assinados pelo nosso time de pes-quisadores.

Feira de TecnologiaAgrícola e Negócios

de Luís Eduardojá tem nome

e data

Vai se chamar Bahia Farm Show , e será realiza-da entre os dias 3 e 7 de junho , a nova Feira deTecnologia Agrícola e Negócios de Luís EduardoMagalhães (BA). O evento, que deve reunir asmais importantes marcas da indústria de máqui-nas, implementos e insumos agrícolas, está naprimeira edição, mas, surge com potencial parase consolidar como maior feira de agronegóciosdo estado. O posto pertencia à antiga AgrishowLEM, que deixará de existir, dando lugar à Bahia

Farm Show. A organização do evento, assinadapela Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia(Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Al-godão (Abapa), a Fundação Bahia e a PrefeituraMunicipal de Luís Eduardo Magalhães, aposta emuma geração de negócios superior à da feira quea precedeu, graças ao amplo leque de participa-ção que a Bahia Farm Show disponibiliza.

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Editorial

Expediente

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ANO XIV Nº 153 Janeiro/08I mrofn 2

CONSELHO EDITORIALAlcides Viana

Alex RasiaJohnson Medrado Araújo

Jussara PiaiKésia Magdala

Marco Antonio TamaiMônica Cagnin MartinsMurilo Barros Pedrosa

Pedro Venicio Lima LopesRicardo Santos Cruz

Rilla Clara de Oliveira RiosRodrigo Alves

Sérgio PittVeridiane Carvalho

ANO XIV - Nº 151 - Novembro/2007

Jornalista responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Diagramação:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Aprovação FinalAlex RasiaSérgio Pitt

Impressão:YellowGraph

(77) 3612-1155Tiragem:

2.000 exemplares

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

Presidente: Humberto Santa Cruz Filho1º Vice Presidente: João Carlos Jacobsen Rodrigues2º Vice Presidente: Sérgio PittDir. Financeiro: Raul Botelho TeixeiraVice Dir. Financeiro: Luiz Carlos BerlattoDir. Meio Ambiente: José Cisino Menezes LopesDir. Dptº de Comunicação e Marketing: Bruno Antônio ZuttionDir. Dptº de Café: Mário Josino MeirellesDir. Dptº de Grãos: Pres. da Fundação BA – Amauri StracciDir. Dptº de Algodão: Pres. da ABAPA – Walter Yukio HoritaDir. Técnico: Pres. da AEAB – Paulo Affonso Leiro BaqueiroDir. Dptº. de Frutas do Vale: Pres. da Cofrutoeste – RobertoPieczurDir. Dptº de Frutas do Cerrado: Danilo Tomoaki KumagaiDir. Dptº de Pecuária: Pres. da Acrioeste – Antônio Balbinode Carvalho NetoDir. Dptº de Ovinocaprinocultura: Pres. Caprioeste – JoãoCarlos VielmoConselho Fiscal: Marcos Antônio Busato, AldemiroAndriguetti, Paulo Massayoshi Mizote.Suplentes: Miguel Moreira de Carvalho, Erno Scherer,Ricardo Garcia LealConselho Técnico: Antônio Grespan, Celito Missio, JoséRenato Piai, José Cláudio de Oliveira, Valmor dos Santos,Raimundo SantosConselho Consultivo: Ricardo Hidecazu Uemura, JacobLauck, Dino Rômulo Faccioni, Odacil Ranzi, Adelar JoséCappellesso, Valter Gatto

www.aiba.org.br

DIRETORIA

Publicação mensal editada pelaAssociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - AIBA

Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação,sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através de e-mail

para: [email protected] reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é

permitida e até recomendada, desde que citada a fonte.Se antes de ganhar um nome, ela já era uma certe-za, agora, devidamente batizada, a Feira de Tec-

nologia Agrícola e Negócios de Luís Eduardo Maga-lhães torna-se uma realidade. Tão próxima, que modifi-cou definitivamente a rotina de todos aqui na Aiba, Aba-pa, Fundação Bahia e Prefeitura de Luís Eduardo Ma-galhães. Durante dias, pensamos em muitos nomes paraa feira, e, dentre os muitos que apareceram, - algunsmuito bons -, surgiu a unanimidade: Bahia Farm Show.

Sonora, moderna, cosmopolita, e, ao mesmo tempo,bem regional, essa combinação de palavras exprime comexatidão o espírito da feira, da região e do estado que aabrigam. É a fina sintonia entre o local e o global. Éfácil entender o que estou falando, quando se conhece,ainda que só através da mídia, o município de LuísEduardo Magalhães.

De nova fronteira agrícola brasileira, Luís EduardoMagalhães atraiu os olhos do mundo, por causa da suaexcepcional aptidão para o cultivo de commodities agrí-colas, em especial, de grãos. Todas as línguas são fala-das neste ponto do cerrado da Bahia, que somente hásete anos ganhou o status de município.

Mas, o que a princípio poderia torná-lo uma "Babel",é justamente o que o sustenta e permite o desenvolvi-mento social e o avanço sistemático da sua economia.A diversidade de LEM não está apenas nos muitos ti-pos culturais que o ocupam desde a colonização. Ela sereflete na sua variada matriz produtiva e nas muitas

Com a palavra...*Humberto Santa Cruz - Presidente da Aiba

vocações econômicas,que vão do agronegócioao ecoturismo, além deoutras que ainda se podeexplorar, principalmente,a vocação industrial.

Se você é do agrone-gócio e já conhece ouempreende na região,não vai perder a BahiaFarm Show. Se não co-nhece, terá na feira umaexcelente oportunidadede conferir o imenso po-tencial de Luís EduardoMagalhães e as últimasnovidades em tecnologiaagrícola, seja em máqui-nas, implementos, insu-mos, ou, ainda, em me-lhoramento genético.

Então, anote naagenda: Bahia Farm Show, de 3 a 7 de junho, em LuísEduardo Magalhães - Bahia. Esperamos você.

Conforme prometido, anunciamos nesta edição o nome da nova Feira de Tecnologia Agrícola e Negóciosde Luís Eduardo Magalhães, a Bahia Farm Show. Este é um nome que traduz o espírito de modernidade

e globalização do Oeste da Bahia, sem abrir mão do seu caráter regional, como você verá na palavra do nossopresidente Humberto Santa Cruz.

E falando em Bahia Farm Show, desde que soltamos a primeira notícia sobre o evento, ganhamos a mídiaem todo o Brasil. Foi uma série de matérias de revistas, jornais, rádios, e vários sites na internet, propagandoa novidade para o mundo inteiro. O resultado disso é que, antes mesmo de dar início à campanha de vendasdos estandes, marcada para a primeira quinzena de fevereiro, a procura de empresas interessadas em participardo evento não parou. Isso só confirma o nosso otimismo no sucesso da feira, e nos motiva a fazer da BahiaFarm Show a maior mostra de agronegócios que o Oeste já teve.

Nesta edição do Informaiba, você acompanha ainda a notícia da renovação do Proalba por mais três anos,o resultado recorde de arrecadação da Campanha Natal Solidário e o lançamento do Edital de EstudosAmbientais para a Ferrovia Bahia Oeste. Esta última notícia aquece a nossa expectativa em ver, em breve, estalocomotiva acelerando ainda mais o desenvolvimento da região. E é claro que não dá para falar de FerroviaBahia Oeste sem citar um dos seus grandes entusiastas, o governador Jaques Wagner, que também está emnossas páginas. Para quem duvida de seu interesse na região, basta dizer que, só em janeiro, foram duasvisitas. Boa Leitura!

* Humberto Santa Cruz , como presidente daAiba, é também o presidente da Bahia Farm Show.

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Vai se chamar Bahia Farm Show, eserá realizada entre os dias 3 e 7

de junho, a nova Feira de TecnologiaAgrícola e Negócios de Luís EduardoMagalhães (BA). O evento, que devereunir as mais importantes marcas da in-dústria de máquinas, implementos e in-sumos agrícolas, está na primeira edição,mas, surge com potencial para se conso-lidar como maior feira de agronegóciosdo estado. O posto pertencia à antigaAgrishow LEM, que deixará de existir,

FEIRA DE TECNOLOGIA AGRÍCOLA E NEGÓCIOS DELUÍS EDUARDO MAGALHÃES JÁ TEM NOME E DATA

dando lugar à Bahia Farm Show.A organização do evento, assinada

pela Associação de Agricultores Irrigan-tes da Bahia (Aiba), Associação Baianados Produtores de Algodão (Abapa), aFundação Bahia e a Prefeitura Munici-pal de Luís Eduardo Magalhães, apostaem uma geração de negócios superior àda feira que a precedeu, graças ao am-plo leque de participação que a BahiaFarm Show disponibiliza.

Segundo o presidente da Bahia FarmShow, Humberto SantaCruz, uma conjuntura defatores favorece o even-to. "Este ano inicia combons indicativos para oagronegócio, o que ani-ma os produtores para afeira. Os preços dascommodities - especial-mente da soja - estão emalta, as chuvas estão re-gulares e o Governo daBahia sinaliza positiva-mente para o seu apoio.Tem tudo para ser um

sucesso", diz o executivo. Ele afirma quemuitas empresas já estão procurando aAiba para saber informações sobre avenda dos estandes, antes mesmo daabertura oficial da campanha de vendas,que começará no início de fevereiro, apóso carnaval.

A Bahia Farm Show conta com umparque de exposições próprio e exclusi-vo, com 200 hectares, divididos em áreapara exposições estáticas e campo para

as dinâmicas de máquinas, insumos e im-plementos. As áreas de dinâmicas já es-tão sendo preparadas, pela FundaçãoBahia, com lavouras das principais com-modities da região, como soja, algodão,milho, dentre outras. Há ainda os plotsexperimentais, nos quais a entidade apre-senta os resultados de diversas pesqui-sas e experimentos de melhoramentogenético para as culturas tradicionais epotenciais.

3ª ESTIMATIVA DE SAFRA NO OESTE DA BAHIAO Conselho Técnico da Aiba se reuniu

no último dia 31 de janeiro para reavaliar asestimativas de produção agrícola na regiãoOeste da Bahia.

A safra vai bem, apesar da estiagem queafetou o Oeste no mês de janeiro. A exceção éo milho, que deve perder produtividade. Namatriz elaborada durante a reunião foi inseri-da a área cultivada com eucalipto que, se-gundo levantamento efetuado pelo departa-mento de agronegócios da Aiba, já ultrapas-sa a casa dos 30 mil hectares.

Além da Aiba, participaram do levanta-mento a Abapa, Fundação Bahia, Aciagri,IBGE, EBDA e Adab. A próxima reunião serárealizada no final do mês de fevereiro. Confi-ra abaixo como está o desenvolvimento dasprincipais culturas no Oeste da Bahia.

SOJA - Principal cultura da região, em áreacultivada, a soja apresenta desenvolvimentosatisfatório. As lavouras não foram afetadaspela estiagem do mês de janeiro. Técnicos daFundação Bahia estimam, caso as chuvascontinuem em condições normais, resultadosfinais superiores aos 2.700 quilos por hectareprojetados atualmente. Esta expectativa oti-mista em relação à soja provocou, inclusive,a antecipação da próxima reunião do Conse-

lho Técnico, da segunda quinzena de marçopara o final de fevereiro, quando já será pos-sível uma previsão mais consistente.

ALGODÃO - A área cultivada com algo-dão ficou próxima aos 300 mil hectares esti-mados nos levantamentos anteriores. Deacordo com a Abapa, que ouviu todos oscotonicultores da região, foram plantadosnesta safra 298.883 hectares, o que represen-ta um crescimento de 8% em relação ao anopassado. A expectativa de produtividade estámantida em torno de 260@ de capulho porhectare, sem maiores influências decorrentesda estiagem.

MILHO - Ao contrário da soja e do algo-dão, a produção de milho será afetada pelaestiagem que assolou o Oeste da Bahia nomês de janeiro. A estimativa de produção, ini-cialmente de 110 sacas por hectare, foi revi-sada para 100 sacas por hectare. As perdasdecorrem do estágio em que se encontravamas lavouras no momento em que as chuvascessaram.

CAFÉ - Durante o mês de janeiro, técni-cos do Departamento de Café da FundaçãoBahia e da Aiba percorreram todas as lavou-

ras de café irrigado na região e verificaram,pivô por pivô, a situação dos cafezais. O re-sultado deste trabalho é um minucioso levan-tamento de produtividade, que leva a uma

previsão de 45,9 sacas por hectare, em 12.575hectares de área produtiva. As lavouras emformação somam 1.471 hectares, e as em poda,1.126, totalizando 15.171 hectares.

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OGoverno da Bahia prorrogou por mais três anos o prazode vigência do Programa de Incentivo à Cultura do Al-

godão (Proalba). O decreto, publicado no Diário Oficial doEstado no dia 19 de dezembro, estabelece como limite o dia 31de dezembro de 2010, quando poderá ser novamente estendi-do. Os produtores da região Oeste da Bahia, através da As-sociação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), come-moram a publicação, que atende aos pedidos, reforçados emdiversas visitas às secretárias da Fazenda e da Agricultura, eem muitos encontros com o governador Jaques Wagner eexecutivos do Governo, ao longo do primeiro ano de manda-to do Governo estadual.

Instituído em 2001, o Proalba concede incentivo de 50%do ICMS devido sobre a comercialização do algodão no mer-cado interno, desde que o produtor obedeça a critérios demanejo da lavoura e qualidade da produção, pré-estabeleci-dos. Deste incentivo, 10% são destinados ao Fundo para oDesenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro),que promove a realização de pesquisas e difusão tecnológi-cas, ações de defesa fitossanitária, qualidade e ações de ma-rketing para a fibra baiana. Desde então, o incentivo vinhasendo renovado anualmente.

"Essa prorrogação comprova a importância que o Gover-no do Estado dá a agricultura do Oeste da Bahia, em funçãodo seu caráter altamente gerador de divisas e empregos. OProalba e o Fundeagro são pilares para a sustentabilidade dacotonicultura baiana e a certeza da existência desses benefí-

Algodão: Proalba renovadopor mais três anos

O incentivo fiscal garante a competitividade da cultura e financia a pesquisa etecnologia que caracterizam a moderna cotonicultura baiana

cios deixa a nós, produtores, mais tranqüilos para continuar ainvestir na atividade e, consequentemente, na região. A pror-rogação por três anos facilita, ainda, o planejamento estraté-gico das nossas lavouras, pois sabemos que, por três anos,poderemos contar com o benefício", afirma o presidente daAbapa, Walter Horita.

O executivo lembra que, apesar do Oeste da Bahia res-ponder por 95% do algodão produzido no estado, os benefí-cios do Proalba são extensivos também à região do Vale doIuiú, onde fica o município de Guanambi, que já deteve oposto de maior produtor baiano, e hoje se caracteriza pelaagricultura familiar. Graças aos recursos do Proalba/Fundea-gro, diversas ações de capacitação dos produtores locaissão realizadas, assim como programas para a inserção doalgodão como alternativa de diversificação da matriz produti-va da pequena propriedade rural da região. Também se inves-te em pesquisas e novas tecnologias para combater e contro-lar o bicudo, assim como buscar variedades mais tolerantes apragas e adaptáveis à região.

Com o Proalba garantido até 2010, os produtores apostamnum ano ainda melhor para a cotonicultura da Bahia. "Tive-mos bom momento no ano passado para o algodão da Bahia,colhendo a melhor safra em termos de qualidade de toda anossa história. Para 2008, estamos otimistas, principalmentepela sinalização de uma tendência de aumento nas cotaçõesdo algodão na Bolsa de Nova Iorque e de estabilização damoeda americana", afirma Horita.

Produtores das regiões de Placas, Bela Vistae Ouro Verde estão se organizando para o

combate ao bicudo-do-algodoeiroMarco A. Tamai (Coordenador do Programa Bicudo - Fundação Bahia) / Paulo E.R. Prado (Eng. Agrônomo - Fundação Bahia)

Ravi R.M. França (Eng. Agrônomo - Fundação Bahia) / Lucy C. Lopes (Coordenadora Regional da Adab)

No mês de dezembro/2007, tiveram início os trabalhos dosdois novos Núcleos Integrados de Controle do Bicudo,

localizados nas regiões de Placas/Bela Vista e de Ouro Verde,municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Formosado Rio Preto - BA. A exemplo do que vem acontecendo emoutras regiões como a Coaceral, Roda Velha, Estrada do Café,Alto Horizonte e Paraíso-Warpol-Timbaúba-Sementec, oscotonicultores de Placas, Bela Vista e de Ouro Verde se inte-graram com as consultorias regionais, Fundação Bahia e Adabpara, em conjunto, reduzir os danos econômicos e ambientaiscausados pelo bicudo. As fazendas e consultorias que inte-gram estes dois novos grupos são apresentadas a seguir:• Regiões de Placas/Bela Vista: Fazendas (São Marcos, SantoAntônio, Nossa Senhora do Carmo, Conquista, Oilema, Bo-

nanza, Rio de Janeiro e Rancho Fundo) e consultorias (Ino-vação Agrícola, BBC Agro, Círculo Verde e JCO);• Região de Ouro Verde: Fazendas (Barcelona, Barcelona II,Freire, Higaki, Independência I, Lazzari, Lote 27, Nossa Se-nhora Aparecida, Nova Esperança, Novo Horizonte, Pedras,Planalto, Primavera, Reunidas, Santa Fé, São José e Vila Ve-lha) e consultorias (Oro, BBC Agro, Equipe, Círculo Verde eIde).

Com base nos bons resultados que vêm sendo obtidospelos cinco Núcleos já existentes, e com a certeza da serieda-de e profissionalismo das pessoas envolvidas nesses doisnovos grupos (Placas/Bela Vista e de Ouro Verde), temos acerteza que avançaremos muito no controle desta importantepraga em nossa região.

DIA DE CAMPO DE MILHO 2008

Nome DataFlávia Simone Magerl 01.02Jovaldir Battezini 01.02Leonildo José de Faveri 01.02Jorge Fukuda 02.02Deocleciano José Ferreira Filho 03.02Luciano Maffa de Vasconcellos 03.02Marcelino Flores de Oliveira 03.02Augusto B. G. da Fonseca Neto 04.02Celso José Santin 04.02Júlio César Busato 04.02Armando Franzlau 05.02Leônidas Fernandes Lima 05.02Milton Fernando Kolling 05.02Armando Juliani 06.02Antônio de Lima Alino 07.02Gilmar de Souza 07.02André Casol Lopes 08.02Irineu José Schmidt 08.02Adroaldo Juliani 09.02Marcelo Hiroshi Shirabe 09.02Ademir Gonçalves Gomes Poliseli 10.02Amarildo Mario Gemelli 10.02Egon Schwingel 10.02Leomar José Reckers 10.02Ian David Hill 11.02Eduardo Acylino Costa 11.02Modesto Aldo Spillari 12.02Carlos Roberto Seibel 13.02Flávio Luiz Gomes de Pinho 13.02José Queiroz Barreto Neto 13.02Ikuo Ichida 14.02Neimar Walker 14.02Alberto Antônio Zanini 15.02Jorge Reiji Tabusadani 15.02Júlio Mikio Watanabe 16.02Michelli Riedi 16.02Antônio Ferreira 17.02João Antônio Franciosi 18.02Marcelo Favaro Garcia 18.02Darcio Paulo Willms 19.02José Milton da Silva 19.02José Antônio Dal Molin 20.02Dirceu Montani 22.02Valdemar Pedro Pelissari 22.02Armin Kliewer 23.02Jarbas Luiz Frizon 23.02Sérgio José Brock 23.02Lucio Stracci 24.02Martin Dowich 24.02Valdir Pimenta da Silva 24.02Flávia Resende Bortolin 25.02Mário Hideyaki Kuroda 26.02Werno Elger 26.02Emilio Joldemir Puton 27.02Militino de Mattia 27.02Cesar Luiz Luccere 28.02Edison Roberto Dipp 28.02Nelson José de Marchi 28.02Tyler Joseph Bruch 28.02

29 de fevereiro, Fazenda Strobel, Vila Panambi – Região da Garganta15 de março, Agropecuária Ceolin – Região do Rosário

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No período de 10 a 15 de dezembrofoi conduzido pela equipe do Progra-

ma Bicudo um trabalho muito importantede controle das plantas tigüeras de algo-dão, às margens da rodovia BR020/242.Essas plantas indesejáveis alastram-se àbeira das rodovias e também das estradasvicinais, tendo sua origem no transporteinadequado do algodão em capulho e, prin-cipalmente, do caroço de algodão que saidas algodoeiras. O momento escolhido paraa realização da operação pode ser conside-rado como ideal, uma vez que a grandemaioria das sementes já havia germinado,e as plantas mais velhas ainda não apre-sentavam botões-florais ou outras estru-

PROGRAMA BICUDO REALIZA AÇÕES DE CONTROLEDAS TIGÜERAS DE ALGODÃO NAS MARGENS DAS

RODOVIAS NO OESTE DA BAHIAMarco A. Tamai (Coordenador do Programa Bicudo - Fundação Bahia) / Paulo E.R. Prado (Eng. Agrônomo - Fundação Bahia) / Ravi R.M. França (Eng. Agrônomo - Fundação Bahia) /

Lind Berg G. Pinto (Assistente Técnico - Fundação Bahia) / Eilson Santos (Assistente Técnico - Fundação Bahia) / Tarcísio Cruz (Assistente Técnico - Fundação Bahia) /Lucy C. Lopes (Coordenadora Regional da Adab) / Nailton S. Almeida (Gerente da Adab-LEM)

Tabela 1. Trechos da rodovia BR020/242 onde foramexecutados os trabalhos de destruição dasplantas tigüeras de algodão. Dezembro/2007.

turas que pudessem servir de fonte de mul-tiplicação do bicudo e outras importantespragas da cultura do algodão.

A operação foi conduzida com uso depulverizadores agrícolas (Uniport, Colum-bia e outros), produtos químicos, e com-bustíveis, cedidos pelos produtores per-tencentes aos "Núcleos Regionais de Con-trole do Bicudo", Fundação Bahia, CírculoVerde e Fundeagro. Na aplicação, foi utili-zada uma mistura de herbicidas e insetici-das visando ao controle do algodão tigüe-ra e de possíveis bicudos, lagartas e per-cevejos. A faixa de aplicação foi de 5,0m,a partir do acostamento da pista, local ondese concentrava aproximadamente 95% das

plantas tigüeras, etambém onde haviapoucas árvores e/ououtros tipos de obs-táculos naturais (ar-bustos, faixa do bar-ranco, etc) que pu-dessem dificultar aoperação. O trechotrabalhado foi deaproximadamente175,0 Km de exten-são, com início pró-ximo à Emape, até aRoda Velha (Tabela1). Para esta opera-ção, houve o apoioda Polícia Rodoviá-ria Federal (Delega-cia 10/10), que au-xiliou na organizaçãoda operação, pro-moveu a escolta doequipamento de pul-verização e, maisimportante, conferiusegurança à equipede trabalho e aosusuários da via (Fi-guras 1 a 3). Emanos anteriores, essalimpeza foi realizadaatravés de capinamanual, porém, ométodo se mostrouinapropriado devidoà grande exposiçãodos trabalhadores aoperigo do intenso

tráfego nas rodovias e à morosidade dotrabalho.

Reiteramos que qualquer medida paraeliminação das plantas tigüeras de algodãonas margens das estradas é apenas paliati-vo, pois qualquer meio utilizado para suarealização não apresenta 100% de eficiên-cia, além de colocar em risco a vida daspessoas envolvidas na operação e ter cus-to elevado. O caminho para solucionarmosdefinitivamente o problema dessas plantas

em nossas estradas passa obrigatoriamen-te pelo compromisso que precisa existirde todos os envolvidos diretamente notransporte do caroço e da pluma de algo-dão. No caso das algodoeiras, é exigido oaprimoramento continuo dos procedimen-tos de transporte da produção (coberturae amarração da carga, etc) e sua fiscaliza-ção, e o mais importante, impedir o carre-gamento e a saída de caminhões com car-gas mal acondicionadas.

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As linhas gerais do ano de 2007para a soja no Brasil

De forma geral, o ano de 2007 para o complexo sojabrasileiro foi marcado por profundas alterações em ter-mos de resultados nos comparativos com os anos ante-riores. No âmbito externo, tivemos como destaque maisuma vez a grande volatilidade na evolução das cota-ções da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT nasigla em inglês), mas, com movimento fortemente as-cendente, até atingir o maior patamar desde junho de1973 e o segundo maior da história. Para se ter uma idéiado movimento, basta citar que terminamos o ano na casados US$ 11,60/bushel, com alta superior a 70% sobre osUS$ 6,70 do encerramento de 2006. No primeiro semes-tre foram dois grandes picos. O primeiro, em fevereiro,tendo como fundamento a percepção geral do mercadode que a área de soja nos EUA teria queda expressiva ehistórica. E o segundo, já no começo do segundo semestre, em cima das especulaçõescom o clima irregular existente na região de produção nos EUA e pela percepção de quea área caiu mais do que o esperado. No segundo semestre, foram também dois grandespicos. O primeiro, em setembro, com as perdas de rendimento observadas nos EUA e asespeculações com o clima na América do Sul, especialmente com o atraso do plantio noBrasil. E o segundo foi o pico do final do ano, combinando incrível solidez na demandacom nervosismo sobre o clima na Argentina e forte movimento especulativo financeiro.

No quadro interno, o ano foi também interessante, embora em proporções bem maismodestas. Tudo em função do novo recuo observado na taxa de câmbio, que, influenci-ada pelo grande afluxo de capitais no país, teve queda superior a 15% no ano, passandoda casa dos R$ 2,14 no final de 2006 para R$ 1,80 no final de 2007. Mesmo assim,influenciados pela alta internacional, os preços internos tiveram um primeiro semestrena média do Brasil na casa dos R$30,00, mais de 35% superiores ao primeiro semestre de2006. E no segundo semestre as bases médias do país melhoraram ainda mais, pulandoaté R$42,00, com aumento acumulado desde o final do ano passado em mais de 40%.Com esse fato, combinado ao excelente resultando obtido em termos de produtividademédia e com a redução ocorrida nos custos de produção, o ano foi marcado pela recupe-ração das margens do setor soja, depois de três anos negativos, com obtenção delucratividades brutas consideravelmente positivas.

O SENTIMENTO PARA 2008

Em linhas gerais, o sentimento para o mercado do complexo soja neste novo ano quese inicia é novamente positivo, com chances grandes de superar o desempenho médiode 2007. Apesar de não termos como precisar sobre o sucesso ou não da safra sul-americana, e termos a tendência de incremento da área na nova safra dos EUA, existeuma combinação de fatores outra vez positivos para os preços, especialmente no ladodo consumo, que não deve permitir o aumento expressivo dos estoques globais. Comisso a tendência de resultado financeiro é outra vez positiva para o setor em 2008. Sãoeles: estoques mundiais e norte-americanos com queda expressiva em 2007/08 e comrecuperação apenas limitada para 2008/09. Apesar de num ritmo menor, a economiamundial deve continuar crescendo forte neste novo ano, mantendo no alto os númerosde consumo para todo o setor soja e complexo oleaginoso; preços médios na Bolsa deChicago superiores às médias de 2007; expectativa de câmbio relativamente neutro paraa temporada, com alguma chance desta vez de inverter a posição de prejuízo aos produ-tores brasileiros. Como reflexo dessa combinação, teríamos mais um ano de margensbrutas positivas aos produtores, mantendo a linha de recuperação iniciada em 2007.

Entretanto, para que os preços continuem a escalada observada neste último anopara patamares muito acima dos atuais, necessariamente, será preciso que ocorram per-das significativas nas safras sul-americana e/ou dos EUA. O que é uma variável comgrandes possibilidades em tempos de La Nina, pelas previsões de chuvas mais modes-tas e irregulares. Já no lado negativo, a maior limitação e ameaça para esse cenáriopositivo viria por alguma alteração brusca no comportamento da economia mundial,diante das incertezas geradas pela crise do setor imobiliário norte-americano. Aindaassim, mesmo com todas essas hipóteses baixistas para os preços, o mercado internaci-onal ainda se manteria em patamares muito superiores à média histórica.

Flávio Roberto de França Junior - Economista, Analista de Soja e Diretor deProdução - SAFRAS & Mercado – Especial para o Informaiba e Boletim Agrinotícias.

FUNDAÇÃO BAHIAPROGRAMAÇÃO DOS DIAS DE

CAMPO - 1º SEMESTRE DE 2008

DIA DE CAMPO DE MILHO - 29 de Fevereiro de 2008 (Sexta-feira)Horário: 8hLocal: Fazenda Strobel S.A - Vila Panambi – Região da GargantaProprietário: Jorge StrobelEstimativa de público: 200 pessoas entre produtores, pesquisadores,empresas agrícolas, consultores, etc.

PASSARELA DA SOJA 2008 – 08 de Março de 2008 (Sábado)Horário: 8hLocal: Fazenda Maria Gabriela - Roda VelhaProprietário: Célio ZuttionEstimativa de público: mil pessoas, entre produtores, pesquisadores,empresas agrícolas, consultores, etc.

DIA DE CAMPO DE MILHO - 15 de Março de 2008 (Sábado)Horário: 8hLocal: Agropecuária Ceolin – Roda Velha.Proprietário: Clóvis CeolinEstimativa de público: 400 pessoas entre produtores, pesquisadores,empresas agrícolas, consultores etc.

PASSARELA DA SOJA 2008 - Piauí / 29 de março de 2008 (Sábado)Horário: 8hLocal: Fazenda Manganeli – Bom Jesus do PiauíProprietário: Valtério ManganeliEstimativa de público: 500 pessoas entre produtores, pesquisadores,empresas agrícolas, consultores, etc.

1º ENCONTRO TÉCNICO DO GIRASSOL - 15 de Maio de 2008(Quinta-feira - data sujeita a alteração, em função das condiçõesclimáticas do período)Horário: 8hLocal: Fazenda Nossa Senhora Aparecida – CoaceralProprietário: Heder SujukuEstimativa de público: 200 pessoas entre produtores, pesquisadores,empresas agrícolas, consultores, etc.

DIA DE CAMPO DE ALGODÃO (data sujeita a alteração medianteas condições climáticas da safra)1ª parte (sexta) 06/06/08 à noite com palestras;2ª parte (sábado) 07/06/08Horário: 8hLocal: Fazenda Acalanto – Roda Velha. Proprietário: Walter HoritaEstimativa de público: 1.2 mil pessoas entre produtores, pesquisadores,empresas agrícola, consultores etc.

PARA MAIS INFORMAÇÕES, LIGAR PARARODRIGO ALVES (77) 3613-8029.

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Um mutirão de voluntários da As-sociação de Agricultores e Irrigan-

tes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dosProdutores de Algodão (Abapa), Funda-ção Bahia e Fundo para o Desenvolvimen-to do Agronegócio do Algodão (Fundea-gro), além de jovens integrantes do Pro-jeto Correndo das Drogas, arregaçou asmangas para distribuir 2,6 mil cestas dealimentos, e quase 1,7 mil brinquedosentre associações de moradores, entida-des de assistência social e bairros caren-tes dos municípios de Barreiras, LuísEduardo Magalhães, Riachão das Neves,Baianópolis, Rosário (Correntina), SãoDesidério e Wanderley, na região Oesteda Bahia. A ação fez parte da CampanhaNatal Solidário, uma das frentes em Res-ponsabilidade Social desenvolvidas pelasquatro entidades representantes dos pro-dutores da região.

Além de alimentos e brinquedos,também foram distribuídos roupas e ma-terial escolar. Só em alimentos, dentroou fora dos kits da cesta, foram totali-zadas 18 toneladas de gêneros, o dobro

Campanha Natal Solidário distribuiu18 toneladas de alimentos nas

comunidades carentes doOeste da Bahia

do ano de 2006.Foram dois dias de muito trabalho até

entregar o último donativo, lembra o vo-luntário José Oliveira, da Aiba. "Mas esseesforço sempre compensa, quando vemosa felicidade estampada no rosto das pes-soas", afirmou. Segundo uma das coor-denadoras da Campanha Natal Solidário,a assessora administrativa Veridiane Car-valho, a iniciativa vem se superando acada edição, com a adesão de novosdoadores.

"É uma maneira simples de contribuirpara tornar mais feliz o Natal de centenasde pessoas, em especial, de crianças, que,de outra maneira, dificilmente seriam con-templadas com um presente. Sabemos queainda é muito pouco, diante das grandesnecessidades que elas têm, mas faz a di-ferença em uma época tão simbólica,quanto o Natal", afirma Veridiane.

Este ano, a Campanha Natal Solidáriotambém contou com a parceria da Com-panhia de Desenvolvimento do Vale do SãoFrancisco (Codevasf) e do Projeto Cor-rendo das Drogas.

PASSARELA DA SOJA 2008

Uma portaria do desembargador JoãoPinheiro, corregedor-geral da Justiça doEstado da Bahia, ameaça a propriedade demais de 300 mil hectares de terras na regiãoda Coaceral, no município de Formosa doRio Preto, região Oeste da Bahia, a 1mil kmde Salvador.

O documento determinou o cancela-mento das matrículas de número 726 e 727,mantidas no Cartório do Registro Imobiliá-rio do município de Santa Rita de Cássia. Aanulação destas duas matrículas causou ocancelamento de centenas de outras, ori-ginárias dessas, já que as áreas originaisforam fragmentadas e vendidas em muitaspropriedades menores. A decisão do desem-bargador levou diversos associados da As-sociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia(Aiba) a buscar apoio da entidade sobrecomo proceder para manter suas terras.

A Aiba acionou a sua assessoria jurí-dica, que tem à frente os advogados Felis-berto e Felipe Córdova, os mesmos que as-sumiram outras ações, como a que envolveos litígios nas fronteiras da Bahia com To-cantins, Goiás e Piauí. Os advogados esti-veram em Formosa do Rio Preto para levan-tar a situação e promoveram duas reuniõescom os produtores envolvidos, nos dias 22e 25 de janeiro, na sede da Aiba. Mais de 30produtores participaram dos encontros.

Os advogados da Aiba apontaram al-ternativas para os produtores, que tambémtiveram a oportunidade de tirar muitas dú-

DECISÃO DA JUSTIÇA BAIANAAMEAÇA PRODUTORES DEFORMOSA DO RIO PRETO

vidas. Segundo Felisberto Córdova, as al-ternativas são diferentes, dependendo decada caso, e os produtores dispõem devários instrumentos jurídicos para defen-der suas propriedades. Apesar disso, se-gundo ele, é importante manter a tranqüili-dade: "Os produtores detêm a posse, emmuitos casos, há mais de 20 anos. O sim-ples cancelamento das matrículas não dá aninguém o direito de se dizer dono das ter-ras, sobremodo, quando supostos titula-res outros de direitos sobre essas terras,senão aventureiros, desafiam opor-se aosadquirentes de boa fé", afirmou.

O presidente da Aiba, Humberto SantaCruz, assegurou aos produtores que a Aibacumprirá seu papel de zelar pelos direitosdos associados: "acionaremos nosso cor-po jurídico e iremos ao Governo, nas esfe-ras Estadual e Federal, para resolver estasituação que, mais que um problema dosprodutores, representa um problema soci-al gravíssimo para a região Oeste da Bahia".

Também participaram da segunda reu-nião, na Aiba, a deputada federal JusmariOliveira e o prefeito de Luís Eduardo Ma-galhães, Oziel Oliveira, que disponibilizoureforço jurídico para trabalhar em uma even-tual ação coletiva na Aiba, caso os produ-tores optem por esta medida.

Ao final da segunda reunião, foi cons-tituída uma comissão de produtores da re-gião, que discutirá com a Aiba alternativaspara sanar o problema.

08 de março, Fazenda Maria Gabriela – Roda Velha

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ANO XIV Nº 153 Janeiro/08I mrofn 8

Desde dezembro de 2007,o produtor teve infor-

mações na mídia de que umadas mais importantes doen-ças da cultura da soja já ha-via sido constatada nessasafra em lavouras do MatoGrosso do Sul. Era a ferrugemda soja, constatada no dia 3,na cidade de Aral Moreira, emsoja no estádio reprodutivoR3 (canivetinho). A partir des-sa data, mais 54 casos foramregistrados nesse mês, emdiversos estados brasileirosprodutores desta oleaginosa,e, como em safras anteriores,com a proximidade do está-dio reprodutivo da cultura eo aumento das chuvas no mês de janeiro, a doença teve seudesenvolvimento facilitado. Prova disso foram as 127 ocor-rências registradas pelo Consórcio Antiferrugem(www.consorcioantiferrugem.net) no mês de janeiro deste ano(até o dia 14), sendo 122 destas observadas em soja no está-dio reprodutivo e apenas cinco, em soja no estádio vegetati-vo. Estes registros se referem a cinco estados: Mato Grossodo Sul (109 registros), Paraná (56 registros), Goiás (11 regis-tros), Mato Grosso (três registros) e Rio Grande do Sul (trêsregistros).

Apesar desses vários relatos da ferrugem nesses estados,até a presente data, ainda não se tem registro da doença emlavouras do Oeste da Bahia. Tal fato pode ser em função doatraso das primeiras chuvas na região e, consequentemente,do atraso da semeadura da soja. Além disso, ocorreram chuvaslocalizadas ("chuvas de manga") que resultaram em lavouras

Panorama atual da ferrugem asiáticada soja na safra 2007/2008

de soja de várias idades na região, o que exige maior atençãopor parte dos produtores. Os produtores devem realizar o mo-nitoramento constante de suas lavouras e intensificá-lo a par-tir dos estádios reprodutivos, ou seja, após o florescimento dasoja (estádio R1). Vale lembrar que a correta identificação dadoença é um dos pontos chave para o sucesso no seu controlee, em caso de dúvidas, os produtores podem enviar as folhassuspeitas aos laboratórios de diagnose rápida, MINILABBASF e SOS SOJA BAYER, distribuídos nos diversos municí-pios da região, como descrito no Sistema de Alerta(www.aiba.org.br).

Mais uma vez, os técnicos do Programa Ferrugem, se co-locam a disposição para a realização de treinamentos na iden-tificação da doença e esclarecimentos de dúvidas (contato77 3613-8029), além de desejar a todos uma excelente safra.

1 Técnicos do Programa Ferrugem

Mônica C. Martins, Pedro V. L. Lopes, Newton S. Andrade, Nailton S. Almeida1

Dando início a uma série de treinamentos de capacitaçãopara produtores, agrônomos e técnicos agrícolas na

identificação da ferrugem da soja na região, técnicos doPrograma Estratégico de Manejo da Ferrugem Asiática da Sojano Oeste da Bahia, em parceria com a BASF, ministraram oprimeiro treinamento do ano na região, no dia 17 de janeiro, naFazenda D. Pedro (Grupo Maeda), região de Roda Velha. Naocasião, participaram 29 estudantes de agronomia que estavamrealizando estágio na propriedade. No dia 23 foi aplicado o mesmotreinamento para 43 pessoas, entre funcionários e técnicos dogrupo Irmãos Franciosi, na comunidade Novo Horizonte, nomunicípio de Barreiras. Os treinamentos foram aplicados pelostécnicos do Programa da Ferrugem da soja, Mônica C. Martins –Fundação Bahia e Newton S. Andrade – Adab.

Programa da Ferrugem da Soja iniciatreinamentos no Oeste da Bahia

Equipe Programa Ferrugem Soja Oeste Bahia (da esquerda para a direita: FernandoC. Abreu, Newton Souza Andrade, Mônica C. Martins, Brasilino Garcia e Bruno Zanni)

Parte prática do treinamento em Roda Velha,Fazenda Dom Pedro, Grupo Maeda

Com uma agenda que incluiu a inauguração do sis-tema de abastecimento de água do programa Água paraTodos, no povoado de Mocambo de Cima, e a inaugu-ração de um colégio estadual no município de Wander-ley, o Governador Jaques Wagner realizou no dia 10 dejaneiro sua primeira visita do ano ao Oeste da Bahia. Foio primeiro encontro com os produtores da região, des-de que anunciou, no final do ano passado, o início dosestudos de viabilidade técnica e a previsão para 2009do começo das obras da Ferrovia Bahia Oeste.

Wagner, que em muitas oportunidades deixou claraa sua especial atenção ao cerrado baiano, grande gera-dor de renda e emprego no estado, foi convidado pelosrepresentantes da Aiba, Abapa, Fundação Bahia e Fun-deagro a participar da Bahia Farm Show, que vai acon-tecer entre 3 e 7 de junho, em Luís Eduardo Magalhães.

Uma semana após essa primeira visita, o governa-dor voltou ao Oeste, a convite da empresa Multigrain,para o lançamento da pedra fundamental da usina dedescaroçamento de algodão, cuja produção começaráem julho deste ano. A planta industrial está localizadano município de Correntina, a cerca de 300 km de Barrei-ras, e faz parte de um projeto maior, um complexo agro-industrial, no qual haverá também produção e proces-samento de cana-de-açúcar e soja, com uma usina deetanol e outra de biodiesel.

Wagner faz primeirasvisitas do ano ao Oeste

Já saiu o Edital deEstudos Ambientais paraa Ferrovia Bahia Oeste

O marco inicial para a construção da Ferrovia BahiaOeste foi consolidado este mês. O passo foi dado coma publicação, em jornais de grande circulação, do editalpara a contratação de empresa especializada na realiza-ção de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e o Relató-rio de Impacto Ambiental (Rima). O edital está sob aresponsabilidade da Engenharia, Construções e Ferro-vias S.A. (Valec). A previsão de início das obras é em2009, com recursos totais de R$ 2,5 bilhões. As propos-tas deverão ser entregues no dia 26 de fevereiro, às 10h,no auditório do 3o andar do Edifício Núcleo dos Trans-portes, em Brasília. Para mais informações, consulte ossites www.stn.fazenda.gov.br e www.valec.gov.br.