Histórias em Quadrinhos Autorais e Processos Criativos: Dois estudos de caso
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Universidade Federal de GoisFaculdade de Artes Visuais
Programa de Ps-Graduao em Arte e Cultura Visual - Mestrado
Histrias em Quadrinhos Autorais e Processos Criativos: Dois estudos de caso
Matheus Moura Silva - PPGACV-FAV/UFG-
Edgar Franco - PPGACV-FAV/UFG
Argentina / Brasil2012
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Quadrinhos Autorais so frutos da tcnica aliada expressividade humana capacitada pela criatividade
Mercado de comics -
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A sensibilidade, no entendimento de Ostrower (1977, p.13), no age sozinha sendo
complementada por uma srie de capacidades mentais: conscincia; memria;
associaes; formas e ordenaes interiores; e tenso psquica
A sensibilidade, no entendimento deOstrower (1977, p.13), no age sozinhasendo complementada por uma srie decapacidades mentais:
conscincia;memria;associaes;formas e ordenaes interiores;e tenso psquica.
esto intrinsecamente ligadas ao indivduo ou s prprias vivncias dele
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Phillipe Druillet (1944-)
QuadrinhistaArquitetoDesigner
CengrafoEscultor
existe, nas Histrias em Quadrinhos
Francesas, um 'antes do Druillet' e um'depois do Druillet', principalmenteno que diz respeito a organizao de
elementos numa pgina de quadrinhos(Idem, ibdem: s/p)
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Druillet emprega tendnciasexpressionistas voltadas parao chamado movimento dark,
o surrealismo, o realismofantstico de Escher e at o
barroco, na suamultipolaridade, traduzidapela pluralidade.
(Rahde & Cauduro, 2004:104-105)
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Figura 1:La Nuit(Druillet, 1975: 53-54)
La Nuit(Druillet, 1975: 53-54)
Fiz um lbum totalmente destrutivo,que foi abraado porhard rockers
[] Acho que meu lbum maisimportante [] um lbum difcil, duro
de lidar. Eu estava falando de umaverdade humana, de algo que me essencial, e eu estava com grande
sofrimento, mas transmutei minha dor,como numa alquimia, em algo positivo,
uma homenagem a minha mulher
perdida. Eu estava em tal estgio dedepresso que fiz uma reaoviolenta. No era um dio a morte
definitiva. Os protagonistas de La Nuitso niilistas, drogados, vivem num
mundo sem escapatria, o que osSex Pistols depois chamaram de No
Future
. De repente, escrevendo aquilo,me vi preso a realidade do horror. Edaquilo tentei fazer algo, sublimar.
(Druillet, 2008: s/p)
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Loureno Mutarelli (1964)
QuadrinhistaLiteratoAtor
Roteirista
o artista surpreende seus leitores
com um trao expressionista, muitomais prximo da linguagem docinema que das revistas dehistrias em quadrinhos
(Mutarelli; Vergueiro, 2011: 205)
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Transubstanciao (Mutarelli, 1991: 30)
A minha primeira graphic novel,Transubstanciao (1991), umtrabalho totalmente teraputico.Estava em depresso profunda,
tinha tido muitos ataques de pnico
com agorafobia bem violentos,estava h trs meses deitado nomesmo lugar e era carregado pelosmeus pais trs vezes por semana
para o psiquiatra. Quandoconsegui melhorar, comecei a
fazer esse trabalho, que foi muito
teraputico. A partir da, fiz dezanos de psicanlise freudiana e
tomo medicao h muitos anos.J fui diagnosticado como bipolar,mas, meu atual psiquiatra no temcerteza disso, portanto venho me
medicando somente com
antidepressivos e tranqilizantes.Costumo dizer que meu trabalho
um mergulho. (Mutarelli, 2008: 170).
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as atividades criadoras favorecem aincorporao harmoniosa de novasdescobertas perceptivas, de
experincias emocionais diferentes ede disciplina interna () o indivduo
tem a oportunidade de canalizartenses, conflitos, sentimentos de
frustrao, de insatisfao ou deminusvalia [sic](NOVAIS, 1972: 106).
Salles e o processo de conhecimento(2009, p. 126)
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1- a sensibilidade;
2- a expresso do Eu;
3- a interao conceitual;4- o formalismo;
5- o objetivo;
6- e a necessidade de comunicao
Diferena conceitual ecarregada de preconceito
Sublimao
HQ autoral e Arte
Formalismo
McCloud (2005)-critrios de profundidadepara uma obra de arte
ou quadrinho autoral
R f i
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Referncias:
DRUILLET, P. (2008): O passado, Presente e Futuro de Druillet. [19 de maio, 2008]. So Paulo, + SOMA. Entrevista concedida a JoaquimGhirotti.
GLOTON, R.; CLERO, C. (1971): La creatividad en el nio.
KNELLER, G. F. (1978): Arte e cincia da criatividade.
MAY, R. (1982): A coragem de criar.
MUTARELLI, L. (2008): A estranha arte de produzir efeito sem causa. [20 de agosto, 2008]. So Paulo, Psicanlise e Cultura; v.31 n.47p.170-179. Entrevista concedida a Cludio Rossi.
MUTARELLI, L. (2008): Autor em trnsito. [06 de outubro, 2008]. Recife, O Grito!. Entrevista concedida a Germano Rabello e Paulo Floro.
MUTARELLI, L.; VERGUEIRO, W. (2011): Loureno Mutarelli e a produo de graphic novels no Brasil en VERGUEIRO, W.; SANTOS, R.E dos. (eds.) (2011): A Histria em Quadrinhos no Brasil, So Paulo, Laos, 200-217.
SILVA, N. M. (2002): Fantasias e Cotidiano nas Histrias em Quadrinhos.NOVAES, M. H. (1972): Psicologia da Criatividade.
OSTROWER, Fayga. (1977): Criatividade e Processos de Criao.
RAHDE, M. B. F.; CAUDURO, F. V. (2004): Philipe Druilet e a ps-modernidade, Revista FAMECOS, 24: 100-109.
SALLES, C. A. (2009): Gesto Inacabado: processo de criao artstica.
WAHBA, L. L. (2009): Criatividade, inspirao, possesso e arte en PINTO, G. C. (eds.) (2009): Coleo memria da psicanlise CarlGustav Jung, So Paulo, Duetto Editorial, 82-89.
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Matheus Moura SilvaMestrando do Programa de Ps-Graduao em Arte e Cultura Visual na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Gois (UFG), na linhade Poticas Visuais e Processos de Criao. Matheus Moura ainda jornalista, editor, roteirista e produtor cultural.
Edgar Franco ciberpaj, artista multimdia, criador premiado de histrias em quadrinhos, HQtrnicas, obras de web arte, instalaes interativas, mentor do projeto
musical cbrido Posthuman Tantra. Pesquisador ps-doutor em arte e tecnocincia pela UnB, doutor em artes pela ECA/USP, mestre em multimeios pelaUNICAMP, e professor do Programa de Ps-graduao em Arte e Cultura Visual da FAV/UFG.