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O MOVIMENTO ESCOTEIRO NO GRUPO 5 DE AGOSTO DE RIO VERDE-GO: UMA PRÁTICA POUCO CONHECIDA
Cláudia Graner Módes 1
Aida Asunción Arias Gonzáles 2 Jair Pereira de Melo Junior 3
Resumo O Movimento Escoteiro é uma prática existente no mundo todo; criada em 1907 na Inglaterra, porém pouco conhecida e difundida. A prática pedagógica é orientada de maneira informal pelo programa educativo do escoteiro e desenvolvida principalmente ao ar livre, em espaços de socialização. Diante da existência de práticas que contribuam com a educação formal, foi realizado um estudo exploratório de abordagem qualitativa/quantitativa, tendo como referência, o Grupo Escoteiro 5 de Agosto em Rio Verde Goiás. A amostra contendo 30 participantes foi definida pelo critério de aceitabilidade. Os escotistas menores de idade só participaram com autorização dos pais ou responsáveis. A coleta de dados foi realizada em junho de 2015 por intermédio de um questionário previamente elaborado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados foram representados em análise gráfica em termos percentuais das percepções dos integrantes do grupo, por ramos: lobinho, escoteiro, sênior, pioneiro e participantes chefe escotista. Dos participantes do ramo lobinho, 95% relacionaram escotismo a acampamentos e brincadeiras e 5% associaram como lugar de fazer amigos, os demais ramos foram unânimes quanto à aprendizagem. Quanto à importância do grupo 5 de Agosto para a cidade de Rio Verde, todos os ramos responderam que é muito importante, sendo uma referência para a cidade. Todos os participantes afirmaram categoricamente que estão muito satisfeitos de serem membros do movimento escoteiro e 98% asseguraram que as atividades do método escoteiro influenciam no desenvolvimento das próprias virtudes e respeito à natureza. Quando questionados sobre a utilidade do que se aprende no escotismo ser útil para a vida, 100% de todo grupo pesquisado concordaram totalmente.
Palavras-chave: Movimento Escoteiro. Educação não formal. Práticas Educativas. Pesquisa exploratória.
Abstract The Boy Scout Movement is a worldwide practice, created in 1907 in England, but little known and widespread. The Pedagogical Practice is informally oriented by the Boy Scout educational program and is mainly developed outdoors and socialization spaces. Given the existence of practices that contribute to formal education, an exploratory study of qualitative and quantitative approach was conducted, based on the “5 de Agosto Scout Group”, in Rio Verde city, state of Goiás. The sample containing 30 participants was defined by the acceptability criterion. Underage Boy Scouts participated only with permission from parents or guardians. Data collection was performed in June 2015 through a questionnaire previously prepared and approved by the Research Ethics Committee. The results came from the graphical analysis in percentage terms of the group members' perception by section: cub, scout, senior, pioneer and scout leader participants. The cub section, 95% of them, related scouting to camps and play and 5% associated it to a place of making friends. All the other sections were unanimous relating that topic to a way of learning. When all the members were asked about the importance of the 5 de Agosto Scout Group, they answered that it was very important and a reference for Rio Verde. They were categorical that all of them are very pleased to be members of the Scout Movement in their city and 98% assured that the activities and method of this group directly influence the development of their
1 Mestranda em Ciências da Educação, Universidad Interamericana - PY. Professora e Coordenadora de área de ciências humanas. 2 Dra. Aida Asunción Arias Gonzáles - Orientadora. Professora da Universidad Interamericana - PY3 Dr. Jair Pereira de Melo Júnior - Coorientador, Biofísico. Departamento de Biofísica, Universidade de Rio Verde-UniRV.
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own virtues and their sense of respect for the nature. When they were asked about the usefulness of learning in scouting for life, 100% of the group agreed that it was extremely important. Key-words: Boy Scout Movement. Non formal education. Educational practices. Exploratory research.
Introdução � �
É consensual a necessidade de se discutir práticas pedagógicas que contribuam para a
formação integral dos jovens, de modo que sejam cidadãos participativos e responsáveis,
capazes de enfrentar e dar respostas eficazes às dificuldades e desafios encontrados no meio
social. O Movimento Escoteiro apresenta uma proposta pedagógica onde o espaço/lugar
contribui para a formação de crianças e adolescentes.
Assim, faz-se pensar o estudo de práticas pedagógicas alternativas que estimulem a
percepção dos aprendizes em relação ao que acontece no cotidiano do espaço em que vive.
Essas experiências podem�ocorrer fora da sala de aula, a partir de atividades extraescolares que
estimulem os jovens a combaterem a vida sedentária e a dependência de aparelhos tecnológicos
que os deixam cada vez mais reféns da tecnologia.
Portanto, é necessária a investigação de diferentes métodos pedagógicos, sem ignorar o
imenso valor que a escola tradicional, enquanto instituição formal, tem em relação aos saberes
historicamente acumulados. A educação não acontece apenas na escola, são inúmeros os
espaços educativos.
Dessa perspectiva, chama-se atenção o Grupo Escoteiro 5 de Agosto, uma instituição
de ensino não formal, onde acontecem atividades pedagógicas que extrapolam os limites da
escola e que trabalha com a formação do indivíduo, tendo por base os princípios do escotismo,
despertando um olhar diferenciado e investigativo nos seus integrantes.
Pouco se conhece sobre o método escoteiro, principalmente a existência do Grupo
Escoteiro 5 de Agosto na cidade de Rio Verde - GO, não só como instituição, mas enquanto
prática pedagógica. Associar Movimento Escoteiro como proposta pedagógica que contribui
para a formação de jovens é, ainda, uma realidade muito distante do conhecimento da maioria
das pessoas.
A motivação, para o estudo do método escoteiro, surgiu a partir da necessidade de
encontrar diferentes propostas metodológicas de aprendizagem que ocorram fora dos “muros
da escola” e que despertem nos jovens o senso de autoeducação. Assim, objetivou-se com este
trabalho reportar sobre a influência do Movimento Escoteiro e suas contribuições na educação
não formal, por meio de um estudo exploratório envolvendo os participantes desse movimento.
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O campo de estudo teve como foco o Grupo Escoteiro 5 de Agosto situado na cidade de Rio
Verde - GO.
1. Breve Histórico do Movimento Escoteiro
O Escotismo foi criado na Inglaterra por Robert Stephenson Smith Baden-Powell (1857-
1941), que quando jovem participou de vários agrupamentos militares, era considerado um
estrategista e escreveu alguns livros sobre o tema.
Pensando no público infantil, como futuros soldados e como cidadãos úteis à Pátria,
Baden-Powell passa a ser defensor de um método educacional, que pudesse efetivamente
contribuir para a formação produtiva e forte da juventude britânica, considerando o ponto de
vista moral e físico.
Nesse ambiente, o escotismo, pensado por Baden-Powell, surgiu com o intuito de
combater severamente hábitos viciosos em nome da saúde, da moral, da regeneração dos
cidadãos e da sociedade europeia da época (BADEN-POWELL, 2007).
No Brasil aconteceu algo semelhante, o escotismo surgiu nas primeiras décadas do
século XX, quando a história do Brasil foi marcada por intensas mudanças políticas,
econômicas, sociais e culturais. Ressalta Carvalho (1988) que a República se impõe a partir de
um discurso pejorativo sobre a realidade brasileira imperial, trazendo para si a tarefa de
reconstruir o país e fazer uma nova nação.
Os republicanos com o intuito de construir uma nova nação, receberam com bons olhos
o movimento escoteiro, visando contribuir para a valorização do sentimento nacionalista em
benefício da construção de um Brasil civilizado e desenvolvido nos moldes europeus. Dessa
forma, as ideias originais de Baden-Powell encontraram ressonância nas terras brasileiras
(CARVALHO, 1988).
1.2 - O Movimento Escoteiro em Goiás e o contexto histórico do Grupo 5 de Agosto
O estado de Goiás é composto por 3 Distritos, o sudoeste goiano é o 3º distrito da região,
composto por Jataí, Mineiros, Chapadão de Céu e Rio Verde, estando vinculados, quanto a sua
organização, ao nível nacional (ESCOTEIROS DO BRASIL, 2014).
A expansão do Movimento Escoteiro em Goiás teve a contribuição da transferência da
capital brasileira do Rio de Janeiro para Brasília. Nesse cenário, o escotismo cresceu no Estado
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de Goiás. No sudoeste goiano, surgiu primeiramente na cidade de Jataí. Em agosto de 1961,
fundou-se o “Grupo Escoteiro 5 de Agosto”.
Segundo Machado (2007), um fato que marcou a história do escotismo em Rio Verde
ocorreu em 1972 com a doação de um terreno para a construção da sede, através do prefeito
Eurico Veloso do Carmo. Tudo isso se tornou possível através de doações e campanhas,
juntamente com o apoio de empresas e da comunidade. A sede continua funcionando no mesmo
local. O prédio sede, completou 47 anos em 2019, tornando-se um patrimônio da cidade de Rio
Verde, sendo a parte administrativa ligada à organização mundial dos escoteiros.
2. O método escoteiro e o ensino � �
A partir da leitura do projeto educativo escoteiro, percebeu-se algumas características e
elementos de métodos educativos defendidos e colocados em prática por teóricos da educação.
Rousseau (2004) propõe estimular a criança a fazer perguntas, respeitando sua liberdade
de expressão com o intuito de formar um homem livre. Pestalozzi (1946, p.15), fundamenta-se
na educação pela observação, pela experiência e pelo sentido, características estas do método
intuitivo. Segundo ele, se aprende a fazer e a conhecer fazendo. Já para Montessori (1965), com
o Método Ativo, estimula-se a atividade física e manual para o desenvolvimento da criança.
Tais teóricos trazem reflexões sobre a educação integral do jovem, onde a autoeducação
acontece ao realizarem atividades que envolvam lugares fora do espaço da escola, como no
movimento escoteiro. Isso, todavia, não desconsidera o imenso valor que a educação escolar
desempenha, enquanto instituição formal, na construção dos conhecimentos historicamente
acumulados.
O projeto educativo escoteiro apresenta uma proposta diversificada, onde o jovem
recebe instrução contínua e é estimulado a tornar um protagonista jovem. Nesse sentido,
fundamenta-se em uma educação não formal, onde se entende que ocorrem atividades e
experiências diversas, praticadas fora da escola e que complementam a aprendizagem escolar.
As atividades escoteiras são planejadas e executadas de acordo com o seu Projeto
Educativo, respeitando a organização do grupo, o qual contém orientações gerais para que cada
ação realizada reproduza a essência do escotismo. O conhecimento é construído coletivamente,
por meio de ações e interações entre todos os integrantes do grupo, proporcionando várias
problematizações sobre um determinado assunto.
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Os integrantes participam efetivamente da elaboração do programa de ensino, o qual,
no geral, se resume a jogos, brincadeiras, práticas educativas e atividades desenvolvidas para
que ocorra a mediação da aprendizagem frente ao objetivo da instrução técnica.
O Método Escoteiro propõe ações educativas que contribuem para o equilíbrio das
diversas áreas da personalidade dos jovens, para a formação do caráter, requisito para o êxito
em qualquer profissão, na formação da família e na vida em sociedade (UEB, 2012).
As ideias de Pestalozzi e Montessori para o escotismo
Baden-Powell o fundador do escotismo, ao pensar sua metodologia pedagógica, colocou
em prática elementos de aprendizagem plantados e pensados por educadores famosos como
Pestalozzi, que influenciou a educadora contemporânea Montessori.
Pode-se verificar no surgimento do método educacional, proposto por Pestalozzi (1946),
que as experiências com crianças nas cidades de Neuhof (1780) e Stanz (1799), na Suíça,
indicam aproximação entre os dois segmentos educacionais, ou seja, o método educacional de
Pestalozzi e o escotismo de Baden-Powell.
Percebe-se a identidade do pensamento de Pestalozzi na metodologia pensada por
Baden-Powell no escotismo, não só pela vivência da prática com crianças e jovens, mas também
sobre o discurso de fazer analogia com a natureza.
Como o educador, Pestalozzi iniciou seu trabalho em 1767, na de cidade de Berna, na
Suíça. Sua proposta pedagógica, inspirada em Jean Jacques Rousseau (1712-1768), tem por
referência a concepção da educação como processo que deve seguir a natureza. Fundamenta-se
em princípios como liberdade e bondade, características inatas ao ser, além de valorizar a
personalidade individual de cada criança.
Pestalozzi defendeu a educação não repressiva, o ensino como meio de desenvolvimento
das capacidades humanas e o cultivo do sentimento, da mente e do caráter. Seu propósito era
descobrir leis que propiciassem o desenvolvimento integral da criança e, para isso, concebeu
uma educação com as dimensões intelectual, profissional e moral, estreitamente ligadas entre
si (PESTALOZZI, 1946).
Tanto o Escotismo, quanto as primeiras publicações de Pestalozzi, propunham a ideia
de instrução libertária, ou seja, as duas abordagens tinham como proposta uma educação que
levasse o indivíduo ao conhecimento de maneira autônoma para a sua formação.
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A educação deve ser uma forma de ação que permita a cada um trilhar sua formação
naquilo que se deseja ser. Pestalozzi enfatiza que a função da educação é viabilizar um projeto
de autonomia para os sujeitos (PESTALOZZI, 1946). Tal ideia, encontra-se no método
escoteiro, onde cada integrante tem total liberdade e autonomia para fazer escolhas a respeito
de sua formação dentro do grupo e de sua formação social.
A pedagogia do método escoteiro também buscou a proposta de uma educação onde as
crianças e jovens pudessem ter mais liberdade e, ao mesmo tempo, aprendessem os valores
humanos que muitas vezes são esquecidos ou mal aplicados nos currículos escolares, pois são
a base para a formação de uma sociedade equilibrada e feliz.
Neste contexto de entendimento da construção e aplicação do método escoteiro,
considera-se também a contribuição do pensamento de Montessori acerca da concepção de
educação da criança e do jovem.
Sobre Montessori e a identidade de seu trabalho, percebe-se que sua metodologia na
educação utiliza elementos como o aprender fazendo, vida em equipe, valorização de um código
de ética próprio e de atividades progressivas, atraentes e variadas. Para Montessori, �
[...] educação não é empregada aqui no sentido de ensinamento, mas no de auxílio ao desenvolvimento psíquico da criança. Acredita-se atualmente que a criança possui desde o nascimento, uma autêntica vida psíquica, pois faz-se distinção entre consciente e subconsciente. Essa ideia de um subconsciente cheio de impulsos e de realidades psíquicas praticamente já entrou para a linguagem popular (MONTESSORI, s.d., p. 41-42)
Seu trabalho é decidir como aplicar tudo o que aprendeu nas várias situações da vida e,
somado ao trabalho de sua consciência, implica no exercício de sua responsabilidade. A
educação pensada por Montessori propicia liberdade para que as crianças coordenem suas
ações; esta prática também é contemplada no método do escotismo.
3.1- Paulo Freire no viés libertador da pedagogia e o diálogo com o escotismo
Paulo Freire, nascido em Recife (PE), em 1921, é autor de mais de 20 livros, sendo
reconhecido internacionalmente como um dos maiores educadores do Século XX. A obra de
Paulo Freire é referência para educadores que se dedicam à investigação e criação de
pedagogia crítica que tenha compromisso com a humanização, com a liberdade e com a
justiça social (NÓVOA, 1988).
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Não há nenhuma referência documentada e publicada no Escotismo que remonte aos
ideais do pernambucano Paulo Freire. No entanto, tal fato é justificado pelo contexto histórico,
político e social em que ocorreu a origem do movimento escoteiro e o momento em que surgem
as ideias de Freire no cenário atual da educação.
Essa não referência documentada, explica-se pelos diferentes momentos históricos e
contextos que precederam as correntes de ensino em questão. Enquanto o escotismo teve origem
em um contexto de expansionismo britânico, a ideia de Freire refere-se ao paradigma emergente
da atualidade. Portanto, o intuito é construir pontes entre a epistemologia de Paulo Freire e as
ideias do escotismo.
Foi de interesse dessa pesquisa relacionar a ideia freireana com a proposta do escotismo.
Observa-se que o diálogo é utilizado no escotismo para criar um ambiente onde todos possam
participar e dar suas opiniões, criando um espaço aberto.
O diálogo para Freire implica numa troca de saberes, mas não se esgota nela. É condição
para a construção de conhecimento, porque na situação dialógica a comunicação entre os
sujeitos que estão dialogando problematiza o objeto de conhecimento, questionando, criticando,
avaliando, trazendo novos aportes de informação, enfim, ampliando as dimensões do que é
possível saber sobre o objeto a ser conhecido. Para Paulo Freire:
O diálogo deve ser entendido como algo que faz parte da própria natureza histórica dos seres humanos. É parte de nosso progresso histórico do caminho para nos tornarmos seres humanos. Está claro este pensamento? Isto é, o diálogo é uma espécie de postura necessária, na medida em que os seres humanos se transformam cada vez mais em seres criticamente comunicativos. O diálogo é o momento em que os humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal como a fazem e refazem (FREIRE, 1986, p.64).
O diálogo está presente no escotismo e, por meio dele, é possível a construção de
conhecimento de forma coletiva e colaborativa. Esse modo de construir conhecimento permite
trabalhar de forma integrada. O aprendizado de conceitos, valores, habilidades e atitudes vão
sendo construídos através do diálogo e da troca de saberes que são indispensáveis na educação
integral.
No escotismo os chefes e aprendizes conseguem se colocar na posição do outro, tendo
a consciência de que, ao mesmo tempo, são educandos e educadores, chefes escotistas e
escoteiros no processo de construção da cidadania. Nesse aspecto, a pedagogia freireana
aproxima-se do escotismo, pois este é um recorte claro da importância do diálogo e da troca de
saberes no processo de formação do indivíduo (FREIRE, 1986). �
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3. Procedimento experimental
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Tendo em vista o objetivo da pesquisa, a abordagem utilizada foi a
qualitativa/quantitativa e o estudo exploratório. Nesse sentido, a metodologia adotada
possibilitou retratar a realidade de forma contextualizada, considerando as interações,
percepções, sensações das pessoas relacionadas às situações específicas onde ocorreram.
O projeto de pesquisa foi elaborado no 1º semestre de 2015, após submissão ao Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Rio Verde UniRV, via Plataforma Brasil e
devidamente aprovado em 11/06/2015.
A pesquisa foi realizada tendo como espaço amostral o Grupo Escoteiro 5 de Agosto
situado na rua 2, Qd. A, Lt. 13 na Vila Moraes, localizado na cidade de Rio Verde em Goiás.
Atualmente há 55 (cinquenta e cinco) escotistas cadastrados distribuídos nos ramos: 20
lobinhos, 12 escoteiros, 10 sêniors, 2 pioneiros e 11 adultos escoteiros e chefes.
Como forma de preservar a identidade dos participantes, optou-se por usar o estudo
classificado em ramos do grupo escoteiro: lobinho, escoteiro, sênior, pioneiro e chefe escotista,
mantendo assim, o sigilo de suas identidades.
Utilizou-se como critérios de inclusão, a aceitabilidade de todos os membros e ramos e
ter mais de um ano de participação no grupo. Para todos os escotistas que consentiram participar
da pesquisa foi disponibilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os
maiores de idade, onde o mesmo foi assinado em duas vias, ficando uma com o pesquisado.
Para os participantes menores de idade o TCLE foi assinado pelos pais ou responsáveis. Foi
feita uma Carta de Anuência onde os chefes responsáveis pelo Grupo Escoteiro 5 de Agosto
assinaram autorizando a pesquisa.
Utilizou-se a pesquisa bibliográfica para elaborar a construção histórica do Grupo
Escoteiro 5 de Agosto e toda a fundamentação teórica e, a pesquisa exploratória por apresentar
maior afinidade com o tema. Como a prática educativa do movimento escoteiro envolve todos
os que estão ativos no grupo, tornou-se importante conhecer a percepção relativa de cada
participante. Assim, através de um questionário contendo questões objetivas, utilizou-se uma
amostra de trinta (30) escotistas, sendo, nove (9) do ramo lobinho, sete (7) ramo escoteiro, cinco
(5) ramo sênior, um do ramo (1) pioneiro e oito (8) participantes chefes escotistas.
O questionário foi aplicado objetivando coletar as percepções dos sujeitos pesquisados,
bem como configurar o contexto em que emergem os significados, as crenças e os valores
elaborados por eles, que serviram para instrumentalizar suas concepções referentes à temática
estudada. Coletou-se dados que possibilitaram categorizar as variáveis fundamentais da
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investigação. O questionário foi aplicado no espaço da sede do Grupo Escoteiro 5 de Agosto no
horário das atividades do movimento escoteiro.
Durante o processo de pesquisa de campo para coleta de dados a postura foi de não
intervenção nas situações vividas, pois se assume, no desenvolvimento da pesquisa, uma atitude
indireta da realidade estudada.
Com o volume de informações obtidas, procurou-se desenvolver um formato de análise
que ajudasse a compreender as variáveis abordadas, permitindo estabelecer relações entre o
referencial teórico e o material empírico coletado.
Os questionários foram analisados por ramos do GRE 5 de Agosto, considerando todos
os escoteiros entrevistados. A partir das respostas obtidas foram elaborados gráficos para
representar a ideia dos participantes e em seguida a discussão dos mesmos.
O tratamento dos dados, ou seja, a interpretação dos resultados gráficos foi feita com
base nas ideias de referenciais teóricos, como por exemplo, Paulo Freire e a Pedagogia
Libertadora (FREIRE, 1996) dentre outros.
Por meio de hipóteses e inferências, a partir das respostas dos sujeitos envolvidos na
pesquisa foi possível verificar e identificar concepções, crenças e significações sobre a
influência do movimento escoteiro na formação dos participantes do grupo e a importância
desse movimento escoteiro para a cidade de Rio Verde.
4. Resultados e discussão
O espaço da sede do Grupo Escoteiro 5 de Agosto é um patrimônio da cidade de Rio
Verde, sendo a parte administrativa ligada à organização mundial dos escoteiros e propõe aos
participantes atividades que estão no método escoteiro. Para esta pesquisa, observou-se trinta participantes com idades entre 7 e 55 anos,
distribuídos em quatro ramos do grupo escoteiro: lobinho, escoteiro, sênior, pioneiro e os
participantes do grupo chefe escotista, como pode ser visto no gráfico 1. �
Gráfico 1 - Distribuição dos participantes no Grupo 5 de Agosto
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Foi observada a percepção de cada ramo e o grupo de chefe escotista em relação aos
princípios do método escoteiro. Todos os participantes da pesquisa têm mais de um ano de
vivência no Grupo 5 de Agosto de Rio Verde-GO. Não há limites de idade para ingressar neste
movimento e uma vez que o participante se torna escoteiro é livre para desligar quando sentir
vontade, a autonomia é totalmente respeitada.
Em relação ao sexo não há distinção para ingressar no grupo, tornando-se escotista as
regras são as mesmas para migrar de ramo, o critério utilizado é a faixa etária da criança ou
adolescente. O adulto pode se tornar membro do grupo com qualquer idade.
Outro fator avaliado foi a visão e a percepção dos integrantes do 5 de Agosto, para
entender o que eles pensam em relação ao movimento escoteiro. Sabe-se que esse método
escoteiro tem o intuito de proporcionar uma educação complementar. O gráfico 2 mostra a
ideia dos participantes do grupo 5 de Agosto sobre o que eles pensam a respeito do escotismo.
Gráfico 2 - Respostas dadas em termos percentuais quanto ao conceito de escotismo
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�De acordo com o gráfico o conceito sobre escotismo variou de acordo com a percepção
de cada ramo escoteiro e do grupo de chefe escotista, sendo este conceito representado em
termos percentuais. Nota-se que no ramo dos lobinhos (30%), formado por participantes com
idade entre 7 e 10 anos, 33% responderam que quando pensam em escotismo o que vem à
cabeça é acampamento, 33% brincadeira, 24% responderam que pensam em fazer amigos e
uma parcela menor equivalente a 10% disseram que escotismo está relacionado com
aprendizado.
Como visto no gráfico 1, 23% dos participantes são do ramo escoteiro, 30% deles
(gráfico 2) entendem que o escotismo está relacionado com acampamento. Neste ramo, a faixa
etária é de 10 a 14 anos, caracterizada por atividades ligadas a aventura, onde o fundo motivador
da proposta do ramo é aprender com aventura.
Ainda no ramo escoteiro (gráfico 2), 70% dos participantes entendem que o escotismo
está relacionado ao aprendizado. O método escoteiro propõe aprender com jogos e brincadeiras,
portanto, a maioria dos participantes desse ramo escoteiro, apontou que aprendizagem é o que
vem à cabeça quando falam em escotismo.
Do ramo sênior com número de entrevistados de 17% do total, com idade entre 14 e 17
anos (gráfico 1), pode-se notar que no gráfico 2, 18% relacionaram escotismo com
acampamento e 18% oportunidade de fazer amigos, e a maioria, 64% apontam como resposta,
o aprendizado. O estudo mostra, também, que todos os participantes (gráfico 2) do ramo
pioneiro com 3% do total dos entrevistados (gráfico 1), relacionaram escotismo com
aprendizado.
Os integrantes do grupo chefe escotista que representam 27% dos participantes (gráfico
1), quando questionados com relação ao que pensam sobre escotismo, todos eles (gráfico 2)
responderam que escotismo remete ao aprendizado. No gráfico 3, solicitou-se aos participantes
que informassem a importância do Grupo Escoteiro 5 de Agosto para a cidade de Rio Verde-
GO.
Gráfico 3 - Contribuição do Grupo 5 de Agosto para a cidade de Rio Verde-GO
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O gráfico 3 mostra que 90% dos participantes do ramo lobinho e todos os ramos:
escoteiro, sênior, pioneiro e os participantes do grupo chefe escotista, reconhecem que o grupo
5 de Agosto é muito importante para a cidade de Rio Verde, apenas 10% do ramo lobinho não
souberam responder. Considerando a faixa etária desse ramo entre 7 e 10 anos, nota-se que o
ramo lobinho já têm a percepção da importância do grupo 5 de Agosto para sua cidade.
A proposta do método escoteiro é contribuir para que os jovens aprendam bons
princípios e que sejam bons cidadãos. O gráfico 4 mostra o nível de satisfação em termos
percentuais dos ramos e os chefes escotistas.
��Gráfico 4 - Nível de satisfação quanto à participação no grupo de escoteiros
A maioria dos membros do ramo lobinho, 57% estão muito satisfeitos e 33% se
declararam satisfeitos, uma parcela muito pequena, equivalente a 10% responderam estarem
pouco satisfeitos. Esse percentual de insatisfação pode ser explicado pela faixa etária dos
lobinhos, já que de 7 a 10 anos de idade a criança não está muito disposta a seguir disciplinas e
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regras. Todavia, com a maturidade isso muda levando em conta os benefícios adquiridos, pois
se sentirão mais íntegros e capazes.
O ramo escoteiro tem como um dos objetivos educativos a formação da autonomia;
neste ramo 56% estão satisfeitos e 44% muito satisfeitos, considera-se a faixa etária 11 a 14
anos. Isso reforça que a satisfação está ligada ao nível de maturidade dos participantes.
De acordo com gráfico 4, o grupo sênior e o pioneiro estão muito satisfeitos em
participarem do 5 de Agosto, já o grupo do chefe escoteiro apresentou o resultado onde 50%
estão satisfeitos e 50% muito satisfeitos. Os chefes são adultos que oferecem seu trabalho
voluntário, sem vínculos político-partidários, pois o grupo não visa fins lucrativos. Chefes são
integrantes que colaboram com movimento escoteiro para realizarem a proposta do projeto
educativo.
Quanto a opinião dos participantes sobre a existência de valores humanos, como:
respeito, disciplina e confiança no movimento escoteiro, o gráfico 5 mostra em termos
percentuais a percepção de cada um dos entrevistados.
Gráfico 5 - Opinião quanto à existência de valores humanos no escotismo
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Como pode ser visto no gráfico 5, a maioria concorda totalmente que existem valores
humanos presentes nas atividades do escotismo. O ramo lobinho 77% concordam totalmente,
12% concorda um pouco e 11% não tem opinião formada sobre a existência de valores humanos
no escotismo. Este ramo é formado por integrantes que estão envolvidos com a fase das
brincadeiras pela faixa etária que se encontram. O gráfico 6 mostra os resultados da opinião dos
participantes sobre a contribuição do escotismo para o desenvolvimento social e afetivo dos
participantes͘�
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Gráfico 6 - A contribuição do escotismo para o desenvolvimento social e afetivo
O gráfico 6 mostra que 90% do ramo lobinho concordam totalmente com a contribuição
do escotismo para o desenvolvimento social e afetivo do participante, apenas 10%
manifestaram que não tem opinião formada.
Do ramo escoteiro, 86% dos participantes concordam totalmente que o escotismo
desenvolve habilidades sociais e afetivas, enquanto que uma parcela menor, 14% concordam
um pouco. O gráfico 7 mostra a percepção dos participantes do grupo escoteiro 5 de Agosto em
relação às próprias virtudes e respeito à natureza.
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Gráfico 7 - Opinião dos participantes em relação às próprias virtudes e respeito à natureza
�
A análise inicial do gráfico 7 reporta aos princípios do escotismo que estão definidos na
“Promessa Escoteira”, base moral que se ajusta aos progressivos níveis de maturidade da pessoa
humana, onde o participante desenvolve suas próprias virtudes, com participação no
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desenvolvimento da sociedade com respeito à dignidade do homem e da Natureza, segundo a
Organização Mundial do Movimento Escoteiro (UEB, 2012).
Do ramo lobinho, 90% concordam totalmente que o escotismo envolve a questão do
desenvolvimento das próprias virtudes e respeito à natureza. Somente 10% não tem opinião
formada sobre o tema. Considerando o ramo escoteiro, 43% concordaram totalmente e 57%
concordam um pouco.
Dos entrevistados do ramo sênior, 78% concordam totalmente e somente 22% disseram
que concordam um pouco. Todos do ramo pioneiro e chefe escotista concordam totalmente que
o desenvolvimento das próprias virtudes acontece no escotismo. Para avaliar a contribuição do
que se aprende no escotismo à aspectos da vida pessoal dos entrevistados, foram feitos alguns
questionamentos como mostra o Gráfico 8.
Gráfico 8 - Utilidade do que se aprende no escotismo na vida pessoal
Observa-se que 90% dos lobinhos concordam totalmente que o aprendizado que
adquirem no escotismo é útil para sua vida e apenas 10% do ramo lobinho concorda um pouco,
o que quer dizer que todos concordam. No caso do segundo grupo, o ramo escoteiro, 86%
concordam totalmente de acordo com as informações e somente 14% concordam um pouco. Os
grupos dos ramos sênior, pioneiro e chefe escoteiro, todos concordam totalmente que o
aprendizado do escotismo é útil para suas vidas.
Ao interpretar os resultados do gráfico 8, tendo em vista o que propõe a UEB (2012),
quanto ao método escoteiro, deve-se entender que no escotismo se aprende fazendo e as tarefas
são desenvolvidas em equipe. Estas são habilidades de autogerenciamento para a formação ética
dos participantes.
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Os resultados do estudo apresentados no gráfico 8 estão de acordo com as ideias de
Baden-Powell (2007), onde cada jovem participante desenvolve habilidades que contribuem
para se tornarem cidadãos saudáveis e úteis para a sociedade.
O gráfico 8 reflete, também, a ideia de Pestalozzi (1946) que concebeu uma educação
com dimensões, intelectual e moral, ligadas entre si e estão em sintonia com a proposta da
prática no Grupo Escoteiro.
Dessa forma, sobre o aprendizado no grupo ser útil para a vida, os entrevistados em sua
maioria declaram que concordam com a ideia, o que está de acordo com o pensamento de Freire
(1996) no que tange a formação da autonomia do cidadão. Portanto, nota-se que ao participarem
do grupo escoteiro 5 de Agosto, os integrantes recebem ensinamentos que são úteis para a vida
em vários aspectos.
Considerações finais
A partir do estudo sobre a influência do Movimento Escoteiro, algumas contribuições
foram observadas, não só para a formação dos jovens, mas para cidade de Rio Verde onde
localiza o grupo estudado.
A primeira delas refere-se à concepção que os participantes têm do escotismo, que é de
um espaço em que se aprende com jogos, brincadeiras, atividades ao ar livre na companhia de
escoteiro de vários ramos e da companhia supervisionada e amiga dos chefes escoteiros.
Isso converge para a efetivação da ideia de que toda instrução dentro do espaço escoteiro
acontece sob a premissa da utilidade e da prática, unindo também valores pessoais como o
desenvolvimento autônomo e solidário do aprendiz, que desperta para aprender e conhecer
através das atividades escoteiras.
A pesquisa mostrou também que o Movimento Escoteiro mantém vivo o seu ideal e seu
método, atravessando gerações e gerações e se mantém aberto, ativo e com um programa de
aplicação do método escoteiro, que nasceu do ideal de Baden-Powell, a partir do seu espírito
alegre e criativo, que foi se reestruturando para atender às mudanças sociais e locais.
Em relação à importância do escotismo para Rio Verde, o movimento escoteiro é
caracterizado como um processo educativo informal, onde quer que ele ocorra, sendo que os
participantes do grupo 5 de Agosto consideram o grupo importante e uma referência para a
cidade, pelos valores que passam esta instituição aos jovens, uma formação que não é obtida na
escola, cumprindo assim, a função de complementação à instrução escolar.
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Tendo a contribuição de oferecer atividades diversas, motiva os participantes a pensar
o que está acontecendo em sua cidade e sua região e também influencia o integrante do grupo
a “desgrudar” um pouco dos eletrônicos. Nessa perspectiva, deduz-se que é uma entidade de
complementação educacional e uma referência para as famílias.
Verificou-se, ainda, a percepção dos participantes sobre o movimento, que estão muito
satisfeitos em sua maioria e que o conhecimento é otimizado de forma criativa, que trabalha
com o relacionamento interpessoal, o que favorece a educação com a participação do meio
social.
Assim, percebe-se que o Método Escoteiro é formado por um conjunto de métodos
educacionais guiados por valores éticos, que contribuem para a formação do crescimento de
crianças e jovens como pessoa, ser humano e, portanto, participantes do seu papel social perante
sua comunidade e diante do mundo, para uma sociedade equilibrada.
Nota-se, também, que os participantes exprimiram a necessidade de preparar os jovens
retomando os valores enfraquecidos pela sociedade, porém desejados e necessários para as
mudanças sociais do século XXI, para a construção da fraternidade, cidadania, criatividade,
ética, a compreensão, a amizade ao próximo e com os povos e a esperança no ser humano.
Este estudo evidenciou a importância de se propor atividades que retomam a
aprendizagem e o conhecimento de forma significativa através de uma Pedagogia Libertadora
e incentivadora da autonomia, tendo a parceria do Método Escoteiro, a contribuição da
educação informal e institucionalizada com objetivos e princípios próprios e normalmente
oferecida pelo terceiro setor, com o trabalho de adultos voluntários, como é o caso do
Movimento Escoteiro.
Sugere-se que o método escoteiro seja conhecido por um maior número de jovens,
podendo despertar neles o interesse em ingressar no movimento, visando acrescentar a eles
mudanças positivas que contribuam para sua formação integral.
Em uma sociedade sedentária e ligada à tecnologia e eletrônicos é de extrema
importância compartilhar lições sociais e ambientais, além de exercitar corpo e mente das
crianças e jovens que estão em processo de formação.
Referências
BADEN-POWELL, R. S. S. Caminho para o sucesso: edição comemorativa ao centenário do escotismo. Tradução de Bonifácio Antônio Borba. 5.ed. Curitiba: Editora Escoteira, União dos Escoteiros do Brasil, 2007.
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