Apresentação cikungunya jg
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Secretaria Estadual de SaúdeSecretaria Executiva de Vigilância em Saúde
Diretoria Geral de Controle de Doenças e AgravosGerência de Prevenção à Dengue e Febre Amarela
NOVEMBRO - 2014
FEBRE CHIKUNGUNYAFEBRE CHIKUNGUNYA20142014
FEBRE DO CHIKUNGUNYA
Atualização periódica do número de casos nesses países pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico: http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_topics&view=article&id=343&Itemid=40931
Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/09/preparacao-e-resposta-virus-chikungunya-web.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/29/Guia-de-Manejo-Cl--nico-da-Febre-de-Chikungunya.pdf
Febre de Chikungunya : Manejo Clínico
Considerações Iniciais• O vírus Chikungunya é um vírus enzoótico encontrado
em regiões tropicais e subtropicais da África, nas ilhas do
Oceano Índico, no sul e sudeste asiáticos.
• Foi isolado pela primeira vez em 1952, na África.
• Seu nome significa “andar encurvado”, na língua
maconde (Tanzânia).
FEBRE CHIKUNGUNYA
Vírus
• Genoma de RNA positivo
de fita simples;
• Família Togaviridae.
•Gênero Alphavírus.
Robinson MC. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1955;49:28-32
3 subtipos:
• West África
•East South- Central África
• Ásia
Vetor
A. aegypti e A. albopictus são os principais vetores.
O A. aegypti está distribuído em regiões tropicais e subtropicias, o A.
albopictus também pode ser encontrado em latitudes temperadas
A ampla distribuição dessas espécies no Brasil torna o país vulnerável à
propagação do CHIKV no território nacional
8
1954
2000
African profile Asian profile
Humans
Peridomestic mosquitoesAe.aegyptiAe.albopictus
Focal urban outbreaksLike DEN
Wild primates
Forest dwelling mosquitoes
Ae. furciferAe. taylori…
Humans
Sporadic casesFocal urban outbreaks
Like YF
Alternance of limited outbreaks and quiescence
Pastorino et al. J Med Virol 2004;74:277-82 Laras K et al. Trans R Soc Trop Med Hyg 2005;99:128-141
Ciclo
SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO CHIKUNGUNYA 2014
Efeito da mutação E1-A226V na disseminação do
CHIKV em glândulas salivares de mosquitos A.
albopictus e A. aegypti
Tsetsarkin KA, (2007) A Single Mutation in Chikungunya Virus Affects Vector Specificity and Epidemic Potential. PLoS Pathog 3(12): e201
Ciclo
SITUAÇÃO DO CHIKUNGUNYA 2004 a 2013
Situação epidemiológica
Região das
Américas
• Final de
novembro
de 2013;
• Cepa
Asiática
The distribution of reported cases of chikungunya infection is updated weekly on PAHO/WHO’s Chikungunya website available at: ttp://www.paho.org/chikungunya
SITUAÇÃO DO CHIKUNGUNYA 2014
Situação epidemiológica - Brasil
Fonte: CGPNCD/SVS-MS. Atualizado em 31/10/2014. sujeito à alterações.
Casos autóctones:
• Notificados = 2.177 Confirmados = 850 Investigação = 1.184
Sem registro
Importados (38)
Autóctones
Bahia:371 de Feira de Santana (21 lab.,350 clínico-epid.); 82 de Riachão doJacuípe; 2 de Salvador; 1 deAlagoinhas; 1 de Cachoeira; 1 deAmélia RodriguesAmapá:390 de Oiapoque (18 por lab.; 372por clínico-epid.)Minas Gerais: 1 de Matozinhos;Mato Grosso do Sul: 1 CampoGrande
Situação epidemiológica - Brasil
Fonte: CGPNCD/SVS-MS. Atualizado em 31/10/2014. sujeito à alterações.
Casos suspeitos de chikungunya, SE 13 a 43. Bahia, 2014
Situação epidemiológica - Brasil
Fonte: CGPNCD/SVS-MS. Atualizado em 31/10/2014, sujeito a alterações.
Casos suspeitos de chikungunya e incidência, por faixa etária.Feira de Santana/BA, 2014.
N=1.151
Situação epidemiológica - Brasil
Fonte: CGPNCD/SVS-MS. Atualizado em 31/10/2014, sujeito a alterações.
Casos suspeitos de chikungunya e incidência, por faixa etária.Oiapoque/AP, 2014.
N=628
Epidemias recentes• Taxa de ataque: 38 a 63%
• Ásia: áreas com 766 mil habitante: 47.000 casos em 1
semana
• Grandes surtos com impacto na saúde pública são descritos
a partir do ano 2000, na República Democrática do Congo
• Grande Comore: 215.000 casos de 341.000 residentes
• Ilhas Reunião: de 2005 até abril de 2006: 244.000 casos
foram registrados, correspondendo a 1/3 da população, com
203 mortos
FEBRE DO CHIKUNGUNYA
CASO SUSPEITO:
•Febre de início súbito > 38,5ºC •Artralgia ou artrite intensa com início agudo, não explicada por outras condições, E
•Residente ou ter visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas.
Manifestações clínicas• Infecção semelhante à do vírus da dengue
• Incubação:
• Intrínseco – média de 3 a 7 dias (1 a 12)
• Extrínseco – 2 a 10 dias
• Viremia: 2 dias antes da apresentação dos sintomas, pode
persistir por até 10 dias
• Imunidade duradoura e protetora contra novas infecções
• Nem todos os indivíduos infectados com o vírus
desenvolvem sintomas. Análises sorológicas indicam que de
3% a 28% das pessoas com anticorpos antiCHIKV
apresentam infecção assintomática.
Manifestações clínicas
• Inicialmente os sintomas iniciam-se entre 4 e 8
dias após a picada do mosquito
• A febre tem início súbito, é alta, associada a
poliartralgia e artralgia intensa. Podem ocorrer
mialgia, cefaleia, exantema e bradicardia
• Pode cursar com 3 fases clínicas distintas: fase
aguda (7 dias), subaguda (a partir do 10º dia) e
crônica (a partir do 60º)
Presença de co-circulação de DEN e CHIK
Mortalidade CHIKV é baixa em comparação com DENV, porém a morbidade é elevada, sobretudo quando somada a comorbidades, que levam a agravamento na fase aguda
CHIKV tem um duplo impacto sobre os serviços de saúde: 1. primeira onda de casos agudos e 2. casos crônicos com artralgia persistente ....
SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO CHIKUNGUNYA 2014
• Evidências em humanos e em modelos animais sugerem que a
resposta inflamatória do hospedeiro faz parte da doença induzida
pelo vírus
• Citocinas pró-inflamatórias, interleucinas 1 e 6 estão ativas em
pacientes com formas graves da doença
• Há uma desregulação da resposta inflamatória
• Há persistência do vírus no tecido conectivo
• O vírus se replica nos tecidos articulares e é essa replicação que
recruta células inflamatórias, como monócitos, macrófagos e
células natural-killer
• A artralgia crônica pode ser pela persistência viral
Patogenia
Fase Aguda Frequência de sintomas agudos da infecção por CHIKV
Sinal ou SintomaFaixa de frequência
(% de pacientes sintomáticos)
Febre 76-100
Poliartralgia 71-100
Cefaleia 17-74
Mialgia 46-72
Dor nas costas 34-50
Náusea 50-69
Vômito 4-59
Exantema 28-77
Poliartrite 12-32
Conjuntivite 3-56
Febre• O paciente recorda a hora de início da febre
• Pode haver um único pico ou ser bifásica
Poliartralgia• É a principal característica de infecção pelo vírus
• É um sintoma debilitante
• Usualmente simétrica e compromete mais de uma
articulação
• Edema e dor prevalecem a outros sinais flogísticos
• Pode persistir por meses ou anos
Fase Aguda
Thiberville S-D. Chikungunya fever: a clinical and virological investigation of outpatients on Reunion Island, South-West Indian Ocean. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7(1):e2004.
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
Fase Aguda
Fonte: José Cerbino
Lesões de pele
• Normalmente estão presentes durante a fase
aguda
• Acometem tórax, membros e face
• A frequência pode chegar a até 50%
• A manifestação mais comum é um exantema
maculopapular que dura de dois a três dias
• Pode haver lesões aftosas, vesicobolhosas,
descamação e vasculite
• Surgem entre o D2-D5
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
PRINCIPAIS SINTOMAS EM ADULTOS COM CHIKUNGUNYA
PRINCIPAIS SINTOMAS EM ADULTOS COM CHIKUNGUNYA
PRINCIPAIS SINTOMAS EM ADULTOS COM CHIKUNGUNYA
PRINCIPAIS SINTOMAS EM ADULTOS COM CHIKUNGUNYA
Crianças
• Risco de manifestação grave
• Pode haver transmissão materno- fetal
• Nesses casos, o comprometimento do
sistema nervoso é grave e frequente
• Não há transmissão via leite materno
• Neonatos: manifestações hemorrágicas e
instabilidade hemodinâmica
• Febre e dor • Alimentação por sonda (dor mandibular) • Descartar Meniginte e outras infecções (LCR) • Tratamento de dor, muitas vezes com morfina
PRINCIPAIS SINTOMAS EM CRIANÇAS COM CHIKUNGUNYA
CRIANÇAS (<3 meses)
Rash e manifestações cutâneas bolhosas
PRINCIPAIS SINTOMAS EM CRIANÇAS COM CHIKUNGUNYA
Crianças
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Fase agudaDistribuição dos sinais e sintomas dos casos confirmados de chikungunya. Feira de Santana/BA, 2014.
N= 304
Fonte: CGPNCD/SVS-MS. Atualizado em 06/10/2014. sujeito à alterações.
Fase aguda
Fonte: CGPNCD/SVS-MS. Atualizado em 06/10/2014. sujeito à alterações.
Distribuição dos sinais e sintomas dos casos confirmados de chikungunya. Oiapoque/AP, 2014.
Fase Aguda
Fonte: http://prezi.com/kbo1_z1nf9om/chikungunya-nas-americas/ / cedido por Vitor Laerte
• Trombocitopenia leve – geralmente acima de
100.000 / mm3
• Leucopenia – geralmente menor que 5.000
células
• Linfopenia – menor que 1.000 células
• Elevação discreta das transaminases
• Proteína C Reativa e VSH elevados
• 2-3 meses após a fase aguda (a partir de 10 dias)
• Poliartrite distal
• Exarcebação da dor
• Tenosinovite hipertrófica subaguda (tornozelos e punhos)
Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37
Fase subaguda
Formas crônicas• Semelhante à artrite reumatoide
• Mesmas articulações da fase aguda
• Evolução variável (meses a anos)
• Fatores de risco: idade maior de 45, intensidade da
doença na fase aguda; lesões reumáticas prévias
• Persistência dos sintomas
• África do Sul: 12 – 18% (18 meses a 3 anos)
• Índia: 49% após 10 meses
• Ilhas Reunião: 80 – 93% após 3 meses; 57% aos 15 meses e
47% após 2 anos
• Sintomas persistem após 3 meses
• Artralgia inflamatória nas mesmas articulações
afetadas durante a fase aguda
• Pode desenvolver artropatia / artrite (artrite
reumatóide)
• Fadiga
• Depressão
Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37
Fase crônica
Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37
Fase crônica
Persistência dos sintomas
Sistema Manifestações Clínicas
Neurológico Meningoencefalite, encefalopatia, convulsões, síndrome de Guillain-Barré, síndrome cerebelar, paresia, paralisia, neuropatia.
Ocular Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite, uveíteCardiovascular Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmias,
instabilidade hemodinâmica
Dermatológico Hiperpigmentação fotossensível, úlcera aftosa intertriginosa, dermatose vesículo-bolhosa
Renal Nefrite, insuficiência renal agudaOutro Discrasias hemorrágicas, pneumonia, insuficiência respiratória,
hepatite, pancreatite, SSIHA, hipoadrenalismo
Adaptado por Rajapakse et al. 20
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Formas Atípicas• Efeitos diretos do vírus, resposta imunológica e
toxicidade dos medicamentos
• Estima-se 2% dos casos
Formas Atípicas
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Formas Atípicas
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Formas Graves
1. Extremos de idade: < 1 ano e > 60 anos
2. Uso de Aspirina e outros AINEs
3. Comorbidades
• História de convulsão febril
• Diabetes, Hipertensão Arterial Sistêmica, Asma
• Insuficiência cardíaca
• Alcoolismo
• Doenças reumatológicas
• Anemia falciforme, talassemia
Manifestações Clínicas Graves - Fatores de Risco
Óbitos
• Normalmente ocorrem na fase aguda
• 1/1000 pacientes
• Neonatos, idosos e adultos com comorbidades
• Causas: falência cardíaca, falência múltipla de
órgãos, hepatite e encefalite
• Difícil relação causal entre a infecção do vírus e
o óbito
MALARIA
DENGUE FEVER
CHIKUNGUNYA FEVER
Jaundice Renal failure
Fever
Myalgia
RashBleedings
Retro-orbital pain
Transient arterial hypotension
Acute polyarthritis Tenosynovitis
Anemia
LEPTOSPIROSIS
Adapted from Simon et al, Schwartz, Infections in travelers, Ed 2009
BACTERIALSEPSIS
MyalgiaMyocarditis
ADRS
Diagnóstico Diferencial – Fase Aguda
Diagnóstico diferencial
Comparação das Características Clínicas e Laboratoriais de Infecções do vírus de Chikungunya e Dengue1
Características Clínicas e Laboratoriais
Infecção pelo vírus de Chikungunya
Infecção pelo vírus da Dengue
Febre (>102°F ou 39°C) +++ ++
Mialgias + ++Artralgias +++ +/-Cefaleia ++ ++2
Erupção cutânea ++ +Discrasias hemorrágicas +/- ++Choques - +Leucopenia ++ +++Neutropenia + +++Linfopenia +++ ++Hematócrito elevado - ++Trombocitopenia + +++1 Frequência média dos sintomas de estudos onde as duas doenças foram diretamente comparadas entre pacientes que procuravam ajuda; +++ = 70-100% dos pacientes; ++ = 40-69%; + = 10-39%; +/- = <10%; - = 0% 32,
33
2 Geralmente retro-orbitalTabela modificada por Staples et al.34
Diagnóstico Diferencial
Tratamento• Fase aguda
‒ Não existe tratamento específico
‒ Tratamento sintomático
‒ Paracetamol e dipirona / refratários: codeína, morfina
‒ Repouso
‒ Exercícios leves / Fisioterapia
‒ Ingestão de líquidos (oral) / formas graves (volêmico)
‒ Compressas frias
• Fase sub aguda/crônica
‒ Terapia antiinflamatória
‒ Corticoterapia
‒ Fisioterapia graduada
AÇÕES PROGRAMADAS
Tratamento
Tratamento
Tratamento
Diagnóstico Laboratorial
• isolamento viral
o Coletar até o terceiro dia de início de sintomas
• PCR
o Coletar do primeiro ao oitavo dia de início de sintomas
• Sorologia por (Mac)Elisa, Neutralização por redução de placas
o Coletar a partir do oitavo dia de início de sintomas
• Amostras negativas na 1ª coleta: coletar nova amostra a partir
do 15º dia de início de sintomas ou 10 dias após 1ª amostra.Parola P, et al. Emerg Infect Dis 2006; 12:1493-9
Rede Laboratorial
Região UF Laboratório
Norte PA Instituto Evandro Chagas
Nordeste
CE Lacen
PE Lacen
Sudeste
SP Instituto Adolfo Lutz (IAL)
MG Fundação Nacional Ezequiel Dias (Funed)
RJ Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Centro-oeste DF Lacen
Sul PR Lacen
Ampliação rede laboratorial
ORIENTAÇÕES A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
•Divulgar aos profissionais de saúde as informações relativas aos aspectos
clínicos da infecção pelo vírus Chikungunya, enfatizando a importância do
diagnóstico diferencial para dengue e outras viroses.
•Divulgar os países e estados brasileiros com transmissão autóctone de
Chikungunya
•Notificar imediatamente os casos suspeitos
•Coletar amostras dos casos suspeitos e encaminhar ao Lacen-PE
•Preencher ficha de notificação Chikungunya no SINAN e Ficha de Investigação
no FormSUS conforme instrutivo disponibilizada no link:
notifica.saude.pe.gov.br,
•Intensificar as ações de prevenção e controle vetorial em áreas urbanas e peri-
urbanas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais do Programa Nacional
de Controle da Dengue.
Comunicação
Notificação de casos:
• Portaria MS 1271 de 06 de junho de 2014
Comunicação em 24 horas
Disque notifica 0800-644-6645 – plantão 24 horas
E-mail: [email protected]
[email protected]: 31840217 – [email protected]
Ouvidoria SES: 0800 286 2828
Notificação
http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Documentos/SinanNet/fichas/Ficha_conclusao.pdf
Notificação
RESULTADOS DOS RESULTADOS DOS LIRAaLIRAa
20142014
OBRIGADO