Ana Pimentel
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Health & Medicine
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O ENVELHECIMENTO E A INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL
COM IDOSOS
Cadeira: Gerontologia Clínica
Docente: Prof. Doutor Joaquim Parra Marujo
Discente: Ana Elisabete da Cunha Pimentel
Nº 200615911
OS IDOSOS, O ENVELHECIMENTO E A VELHICE
As expressões idoso, envelhecimento e velhice, nem sempre são tratadas de modo preciso pela psicologia:
devido às dificuldades inerentes à própria delimitação dos conceitos,
devido à ênfase organicista que faz cessar o desenvolvimento no fim da adolescência,
devido à “novidade” do estudo neste domínio.2
Fernández-Ballesteros (2000) introduz a noção de envelhecimento funcional, partindo do princípio que o envelhecimento resulta de um equilíbrio quer entre estabilidade e mudança, quer entre crescimento e declínio, havendo:
algumas funções que necessariamente diminuem de eficácia (natureza física, percepção e memória),
outras que estabilizam (como por exemplo a maior parte das variáveis da personalidade), e outras que, na ausência de doença,
experimentam um crescimento ao longo
de todo o ciclo de vida (ligadas à experiência e conhecimentos prévios).
3
O conceito de envelhecimento funcional é talvez o que mais nos ajuda a encarar o envelhecimento numa óptica desenvolvimental:
porque nos permite olhar para o envelhecimento como algo capaz de ser optimizado através de intervenções nesse sentido,
porque nos permite contrariar a tendência geral existente para desvalorizar as pessoas idosas (“idadismo”).
4
ENVELHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO
O envelhecimento será a “contrapartida” do desenvolvimento.
Desenvolvimento e envelhecimento são dois processos paralelos mas relacionados entre si, duas faces da mesma trajectória de vida.
Nas fases iniciais da vida humana os sinais de desenvolvimento (biofísico, sobretudo) são mais visíveis e os sinais de envelhecimento permanecem adormecidos, ocorrendo o inverso na fase terminal da vida humana. 5
DESENVOLVIMENTO NA 3ª E 4ª IDADES
Psicologia do ciclo de vida – dois grandes princípios:
princípio da multilinearidade, que sustenta que o desenvolvimento psicológico é multilinear, não existindo um período privilegiado de maturidade;
princípio do multideterminismo, que sustenta que o desenvolvimento psicológico é determinado pela acção conjunta e interactiva de factores ligados à idade, à história e a “acontecimentos de vida” 6
Psicologia do ciclo de vida – implicações:
recusa de qualquer forma de determinismo
compreensão “plástica” do desenvolvimento humano
integração de dimensões sociais, biológicas e comportamentais na “produção” desse desenvolvimento
pessoas vão experimentando continuamente processos de mudança, de transição e de adaptação
o potencial para a mudança desenvolvimental está presente ao longo de toda a vida
7
DINÂMICA BIOLOGIA-CULTURA AO LONGO DO CICLO DE VIDAInfluência
Biologia-Genética
Sociedade-Cultura
8 18 50 Envelhecimento Ciclo de Vida
INFLUÊNCIAS DESENVOLVIMENTAIS
“Modelo trifactorial” de influências, cujos efeitos são basicamente os principais responsáveis pelo modo como o desenvolvimento se desenrola:
influências normativas relativas à idade;
influências normativas relativas à história;
influências não normativas relativas a acontecimentos de vida
9
Determinantes Básicos
Influências no Desenvolvimento
10
Biologia
Ambiente
Normativas relativasà idade
Normativas relativas à história
Não-normativas relativas a acontecimentos
de vida
Baltes & Nesselroade (1979)
Interacção
Interacção
As influências normativas relativas à idade correspondem a determinantes correlacionadas com a idade e previsíveis;
As influências normativas relativas à história consistem em determinantes correlacionados com o tempo histórico;
As influências não-normativas relativas a acontecimentos de vida referem-se a determinantes cuja ocorrência e sequência não são aplicáveis a todos os indivíduos
11
INFLUÊNCIAS DESENVOLVIMENTAIS AO LONGO DO CICLO DE VIDA (FORÇA RELATIVA DAS INFLUÊNCIAS)
12 Infância Adolescência Idade Adulta VelhiceBaltes, Reese, & Lippsitt (1980)
Relativas à história
Não-normativas
Relativas à idade
GANHOS E PERDAS DESENVOLVIMENTAIS
A interacção recíproca organismo-ambiente age sobre o desenvolvimento através da consideração da existência de ganhos e de perdas desenvolvimentais;
Estes conceitos descrevem facetas de pluralidade no curso do desenvolvimento [e] promovem um conceito de desenvolvmento que não está fundado num critério simples de crescimento em termos de um aumento geral de eficácia funcional
13
DESENVOLVIMENTO E ADAPTAÇÃO
Não existindo estádios pré-definidos e universais, a psicologia do ciclo de vida aponta como objectivo específico para o desenvolvimento a procura de uma adaptação bem sucedida entre organismo e ambiente;
Esta adaptação tem em conta o facto de o processo de desenvolvimento consistir numa ocorrência conjunta de “ganhos” (que traduzem crescimento) e de “perdas” (que traduzem declínio) na capacidade adaptativa.
14
ENVELHECIMENTO ACTIVO (OMS, 2002)
Processo de optimização de oportunidades para a saúde, participação e segurança,
no sentido do aumento da qualidade de vida durante o envelhecimento.
EnvelhecimentoActivo
Participação Saúde Segurança
15
ENVELHECIMENTO BEM SUCEDIDO
“Envelhecer bem” significa, numa frase, “dar mais vida aos anos” !
Critérios para um envelhecimento bem sucedido (Rowe & Kahn):
saúdebom funcionamento físico/mentalactividade físicaenvolvimento social
Mas… será isto possível na 4ª idade?
16
DA 3ª À 4ª IDADE
As “idades da velhice”: jovens-idosos; idosos; muito idosos;
Distinção entre 3ª e 4ª idade: diminuição da importância da idade cronológica e aumento da importância da idade funcional;
Não há uma idade para se passar à 4ª idade, tudo depende do grau de funcionalidade;
Existência de descontinuidades e de diferenças qualitativas entre as “idades da velhice”;
A relação entre ganhos e perdas na 4ª idade torna-se desfavorável
17
AS “BOAS NOTÍCIAS” DA 3ª IDADE
(BALTES & SMITH, 2003) Aumento da expectativa de vida;
Elevado potencial de manutenção de boa forma (física e mental);
Reservas cognitivas e emocionais;
Níveis elevados de bem-estar pessoal;
Estratégias eficazes de gestão de ganhos e perdas 18
AS “MÁS NOTÍCIAS” DA 4ª IDADE
(BALTES & SMITH, 2003)
Perdas consideráveis no potencial cognitivo;
Reduzida capacidade de aprendizagem;
Aumento de sintomas de stresse crónico;
Considerável prevalência de demências;
Níveis elevados de fragilidade, disfuncionalidade e multimorbilidade 19
DA 3ª À 4ª IDADE: DO ENVELHECIMENTO DIFERENCIAL À DIMINUIÇÃO DA VARIABILIDADE INTER-INDIVIDUAL
3ª Idade (ca. 60-80 Anos) 4ª Idade (ca. 80-100 Anos)
20
Plasticidade elevadaPlasticidade reduzidaDeclínio aumenta em presença de patologia
60 75 80 100 Idade Idade
Baltes (2002)
Self/ Vida social
Cognição
Condição física
Conhecimento
4ª IDADE E DIGNIDADE HUMANA
A 4ª idade não é simplesmente uma continuação da 3ª idade…
A 4ª idade testa as fronteiras da adaptabilidade humana;
Viver mais tempo será um factor de risco acrescido para a dignidade humana?
Daqui saem dilemas e desafios…21
22
Os dilemas…
A tentação para estender os limites do envelhecimento de forma artificial, incrementando formas de “mortalidade psicológica” susceptíveis de ameaçar a intencionalidade, a preservação da identidade pessoal, o controlo sobre o futuro, uma vivência digna da fase terminal da vida.
A “cultura da velhice” transformar-se na principal preocupação das sociedades ocidentais.
Política de envelhecimento orientada para o futuro deve evitar centrar-se exclusivamente na população idosa;
Gastos associados aos idosos e muito idosos podem “fazer falta” a outros grupos etários;
Não existem fases do ciclo de vida que pssam ser consideradas prioritárias em termos de necessidade de cuidados
23
24
Os desafios…
Face a menores capacidades e/ou a problemas de saúde, a adaptação pode resultar dificultada e exigir a optimização do meio físico e social, tendo em vista aumentar a qualidade de vida do sujeito que envelhece.
A institucionalização deve responder à necessidade de ser restabelecido um equilíbrio mais favorável entre ganhos e perdas (compensação).
NÚMERO DE PESSOAS QUE NECESSITAM DE CUIDADOS DIÁRIOS (NÍVEIS MAIS ELEVADOS DE INCAPACIDADE) E CUJA NECESSIDADE DE INSTITUCIONALIZAÇÃO É MAIS PROVÁVEL (OMS)
60+ Popul. %Pop. % Idosos
2000 209.4 10 015 2.1%2010 229.7 10 082 2.3%2020 255.9 9 939 2.6%2030 290.1 9 715 3.0%2040 330.7 9 428 3.5%2050 322.6 9 005 3.6%
25
Observatório Nacional de Saúde (2001)
8% da população idosa (65+) é muito dependente;
12% necessita de apoio sistemático para realizar actividades de vida diária;
20% necessita de algum tipo de apoio diário;
Estudo de Sousa & Figueiredo (2002) 46% das pessoas com 75 mais anos necessita de
algum tipo de apoio diário 26
EQUIPAMENTOS PARA PESSOAS IDOSAS (CARTA SOCIAL 2003)
Centros de Convívio 506 Centros de Dia 1790 Lares 1376 Residências 43 Apoio Domiciliário 2055 Atendimento Temporário 13 Centros de Noite 6
27
QUANTAS PESSOAS IDOSAS RESIDEM EM LARES? (OMS; CARTA SOCIAL 2003)
Estimativa (1376 x média de 50 pessoas* = 68 800)
Cerca de 4% dos maiores de 65 anos estarão a residir em lares
* Com base na média de utentes de 10% dos lares registados.
28
QUEM SÃO AS PESSOAS IDOSAS QUE VIVEM EM LARES?
Terão um elevado índice de incapacidade?
Avaliação (funcional) dos idosos no momento da entrada e periodicamente
Fizeram uma opção?Escolha pessoal, “empurrados”, inevitabilidade (“internamentos sociais”)…
Há uma resposta adaptada às necessidades do(s) idoso(s) por parte das instituições?
29
PARA QUE SERVEM OS LARES DE IDOSOS?
Perspectiva assistencial/asilar, associada a um modelo biomédico do envelhecimento
versus
Perspectiva de melhoria de qualidade de vida e de prevenção/recuperação do declínio
30
ÁREAS MAIS DEFICITÁRIAS NOS
LARES DE IDOSOS Serviços especializados para pessoas com demência e
outras perturbações mentais;
Participação das pessoas idosas na vida da instituição e da comunidade envolvente;
Controlo de problemas comportamentais e gestão de conflitos;
Optimização de capacidades no sentido do envelhecimento activo.
31
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS A
IDOSOS
Responder a necessidades pessoais Promover os contactos sociais Encorajar a autonomia Encorajar a aceitação de riscos Promover a auto-estima Respeitar a individualidade Proteger a privacidade
32
CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS PARA TRABALHAR COM IDOSOS DEPENDENTES
Envelhecimento normal: modificações biológicas, psicológicas e sociais
Perturbações mentais, incluindo demências
Perturbações de humor e ansiedade Mudanças no envelhecimento que
requerem tratamento psiquiátrico: tipos de tratamento, medicação, interacção de fármacos
Problemas sociais e físicos: luto, perda de papéis, dor física, perturbações do sono, etc
33
QUALIDADES PESSOAIS PARA TRABALHAR COM IDOSOS
DEPENDENTES Capacidade de confronto com os seus
próprios sentimentos sobre envelhecimento Ser capaz de actuação flexível e ampla Gostar de trabalhar em equipa com outros
profissionais Ter paciência e habilidade para informar e
apoiar as decisões de cariz médico e social Aceitar objectivos terapêuticos limitados (não
ficar desencorajado) Valorizar pequenos ganhos Ser capaz de manter optimismo face a um
mau prognóstico Encarar o idoso como um indivíduo em
desenvolvimento 34
INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL COM IDOSOS
Intervenção nos problemas antes que estes se manifestem
Aquisição de conhecimentos que permitam alterar hábitos e desenvolver habilidades ou competências
Intervenção individual ou grupal35
Direccionada para uma situação problemática ou uma alteração da normalidade que já está instaurada, pretende impedir o desenvolvimento de resultados mais desfavoráveis
Promoção de competências para enfrentar problemas
Intervenção imediata após diagnóstico
Melhoria, neutralização ou erradicação do factor promotor da crise 36
Quadros graves de incapacidade já instaurada.
Limitação da incapacidade.
Reabilitação.
37
1. Estabelecimento de uma relação com o idoso
2. Avaliação
3. Planeamento
4. Intervenção
5. Avaliação
6. Finalização 38
Objectivos: o que se pretende alcançar para cada uma das áreas identificadas como problemáticas
Procedimentos: estratégias e metodologias para cada objectivo a alcançar
Revisão de literatura
Estabelecimento de acordo com idoso39
1. Estabelecimento de uma relação com o idoso
2. Avaliação
3. Planeamento
4. Intervenção
5. Avaliação
6. Finalização 40
Objectivo: mediação da resposta Recursos pessoais: saúde, competências sociais,
personalidade, recursos económicos Recursos sociais: rede social informal (parentes, vizinhos,
amigos) e formal (sistema saúde)
Papel dos técnicos: Promoção da adaptação às novas condições de vida Prevenção: Antecipação ou moderação de disfunções
humanas, mitigando ou eliminando as causas das desordens (Coie et al, 1993)
Intervenção multimodal e multidisciplinar
Adaptação às características do idoso
41
Manutenção de níveis adequados de saúde e bem-estar Promoção das competências e detecção das debilidades
Conhecimento dos processos de envelhecimento
Compreensão e aceitação das mudanças como normativas
Antecipação das dificuldades e geração de alternativas: serviços comunitários
Promoção da saúde Exercício Dieta Acidentes Stress Utilização indevida da medicação
42
Intervenção na memória (Fernandez-Ballasteros et al.,1992):
Treino individual: recuperação de listas, mnemónicas (método de loci, método das palavras gancho, categorização, agrupamento).
Modificação do ambiente: disposição do contexto, disposição de pistas (e.g.: relógio, agenda)
43
Possíveis áreas problemáticas:i. Stress
• Mudança; Solidão; Dificuldades sexuais; Problemas conjugais e familiares; Viuvez; Reforma
ii. Problemas mentais• Depressão; Ideação suicida; Luto patológico
iii. Alcoolismo
iv. Doenças físicas44
Stress derivado da mudança Diferentes tipos de mudanças Mudanças ambientais moderadas (alteração do
contexto físico mas não do contexto social)
Intervenção:1. Antecipação, planificação e preparação da
mudança2. Geração de alternativas
45
Solidão e isolamento social Ausência de actividades estimulantes e
interacções satisfatórias
Intervenção:1. Modificação das atitudes que mantêm o
comportamento2. Promoção das competências sociais3. Análise das perdas e dos ganhos4. Estabelecimento de oportunidades de interacção
46
Dificuldades sexuais Pressupostos e estereótipos sociais dificultam
manutenção de comportamento sexual
Intervenção:1. Explicação das alterações fisiológicas
decorrentes do envelhecimento2. Normalização dos desejos sentidos3. Encaminhamento para um terapeuta
47
Problemas conjugais e familiares Existentes desde longa data ou resultantes do
envelhecimento
Intervenção:1. Estabelecimento de tarefas em conjunto e a sós2. Realização de grupos de debate3. Terapia conjugal
48
Viuvez Problemas emocionais, associados a factores
adicionais de risco: diminuição recursos económicos, isolamento social, debilitação saúde
Intervenção:1. Ligação com instituições promotoras de
voluntariado2. Grupos de auto-ajuda3. Treino em resolução de problemas
49
Reforma Adaptação a múltiplas mudanças: pessoais,
relacionais, sociais, económicas…
Intervenção:1. Promoção de ocupação de tempos livres2. Voluntariado3. Grupos de auto-ajuda4. Relacionamento conjugal
50
Depressão Subdiagnóstico Desvalorização sintomas Sintomas atípicos
Intervenção:1. Utilização de todos os recursos do idoso2. Compreensão da situação actual e evidências
contra3. Estabelecimento de actividades significativas4. Grupos de auto-ajuda5. Psicoterapia
51
Ideação suicida Homens caucasianos, >60 anos, que vivem sós Comportamentos parasuicidas
Intervenção:1. Detecção de casos de risco2. Encaminhamento para unidades hospitalares3. Acompanhamento
52
Luto patológico Após perda, incapacidade para aceitar
sucedido ou continuar com o quotidiano
Intervenção:1. Falar sobre o sucedido, de modo empático2. Estabelecimento de actividades satisfatórias3. Psicoterapia 4. Medicação
53
Alcoolismo Considerando que não têm empregos, não
conduzem e vivem sozinhos, muitos idosos desenvolvem problemas de alcoolismo que não são detectados
Intervenção:1. Aprendizagem sobre as consequências do álcool2. Grupos de auto-ajuda
54
Doenças físicas: Problemas de índole físico e com consequências
psicológicas, muitas vezes sem o acompanhamento médico necessário
Intervenção:1. Estar alerta aos sinais precoces, para
diagnóstico e encaminhamento adequado2. Ensinar ao idoso e aos seus familiares o modo
mais adequado para minimizar impacto doença (estilo de vida, hábitos alimentares, alterações ambientais)
3. Grupos de auto-ajuda55
Quadros Clínicos Doenças mentais crónicas Doenças físicas crónicas
Âmbitos de acção Desenvolvimento de trabalho clínico-social Programas psicológicos especializados
Promoção do funcionamento psicossocial; Intervenção psicológica em lares de idosos; Tratamento individualizado
56
Promoção do funcionamento psicossocialPromoção do funcionamento psicossocial
Terapia ambiental Programas intergeneracionais Terapias por meio de animais de companhia Orientação à realidade
57
Intervenção precoce no desempenhoIntervenção precoce no desempenho Terapia da remotivação Grupos de reminiscência Arte Terapia e Musicoterapia Psicoterapia de Grupo Grupos de auto-governo Tratamento de validação - fantasia
Tratamento individualizadoTratamento individualizado Terapia comportamental Terapia orientada à visão interior
58
Terapia Ambiental
Apresentação dum ambiente diário activo e estimulante, desinstitucionalizando as estruturas, físicas e sociais
Medidas arquitectónicas e decorativas
Acesso facilitado a meios de comunicação (correio, telefone, internet, e-mail, etc)
Celebrações pessoais e contacto com familiares
Acesso a actividades físicas externas (e.g.: exercícios aquáticos)
59
Programas Intergeracionais
Estabelecimento de uma relação de carácter individual entre duas gerações
Alteração de atitudes intergeracionais, muitas vezes enviesadas e promoção e garantia da transmissão de tradições culturais
Partilha de recursos e a resolução de problemas sociais, como o abandono escolar, abuso de substâncias e vandalismo
(Bostrum et al., 2004)
60
Terapia com animais de companhia
Responsabilidade diária por parte dos utentes dos lares
Mecanismo de comunicação e companhia
61
Orientação à Realidade
Reorganização das estruturas físicas e sociais da instituição para permitir aos utentes ter um comportamento mais orientado
Dois componentes diferentes:
1. Orientação à realidade durante as 24 horas
2. Grupos de orientação à realidade
62
Orientação à Realidade durante as 24 horas
Todas as pessoas que comunicam com o utente informam-no acerca da realidade (tempo, lugar e pessoa)
O pessoal auxiliar deverá apresentar-se dizendo o seu nome, chamar o doente pelo seu nome, e indicar a hora do dia e explicar o motivo da comunicação
Também se deve utilizar apoios ambientais que ofereçam informação acerca da orientação para a realidade (sinais, relógios, calendários, setas de direcção, etiquetas de objectos, diários e fotografias)
63
Grupos de Orientação à Realidade
Organização dos grupos consoante funcionamento cognitivo prévio dos sujeitos
Encontros de 90m, 5 vezes por semana
Mediante uma série de ajudas visuais, assim como de artigos concretos do mundo diário como peças de vestuário e alimentos, o monitor oferece uma descrição da realidade, e os doentes aprendem a identificar e lembrar os artigos reais e a sua utilização
Em sujeitos menos confusos, temáticas mais complexas 64
Terapia de Remotivação
Orientação de tratamento de grupo que se utiliza para estimular as pessoas que tem perdido o interesse pelo presente e futuro.
Reuniões de grupo 1/2 vezes por semana, durante 12 sessões
Cada sessão centra-se sobre um tema diferente e deve contemplar 5 passos: Apresentação; Leitura em voz alta de um artigo; Desenvolvimento de um tema à escolha; Discussão do funcionamento e interacções; Satisfação com a reunião e planeamento da seguinte. 65
Terapia pela Arte e pela Música
Expressão dos sentimentos através da arte e da música
A utilização destas estratégias diminui as defesas do idoso, tornando mais fácil a partilha das suas emoções e dificuldades
(Shapiro, 1969)
66
Psicoterapia de Grupo
Habitualmente dirigidos para a obtenção de objectivos sociais específicos (e.g.: integração na instituição)
Estratégias do tipo comportamental funcionam melhor com idosos
Idosos tornam-se mais independentes e envolvidos
67
Grupos de Reminiscência
Promoção da utilização da memória e da criatividade
Em grupo (5 a 9 elementos), cada idoso relata uma experiência do seu passado, enquanto que os outros são convidados a recordar uma situação de vida similar
Cada sessão pode ter um tema específico (e.g.: Revolução de Abril; as cheias de 79), seleccionado pelos membros no início da sessão
O técnico deve estar preparado para lidar com eventuais sentimentos negativos que surjam 68
Grupos de Auto-governo
Conselho composto por representantes dos residentes, que se reúne de forma regular, e onde podem expressar a sua satisfação ou descontentamento
O papel do técnico consiste em motivar os idosos a formar e a manter o grupo
69
Terapia de Validação-Fantasia
Crítica à orientação para a realidade, por considerar que esta impõe e realidade dos técnicos ao idoso
Considera as fantasias do idoso como um mecanismo de coping, uma estratégia para lidar com a nova realidade
O técnico deve tentar uma ligação entre as fantasias e o passado, validando a confusão mas sem negá-la
70
Terapia Comportamental
O objectivo é que o idoso aprenda a realizar tarefas para as quais não se sente capaz
Explicação do funcionamento e objectivos
Através de exercícios simples, de role play ou de modelagem, técnico ensina estratégias específicas ao idoso
Sempre que o idoso demonstre aprendizagem, técnico reforça através de elogios
71
Terapia Orientada para a Visão Interior
Aplicação dos princípios da recordação para promover a resolução de problemas emocionais
Através da recordação, idoso é capaz de aceder a memórias passadas, fonte do sofrimento actual
72
1. Estabelecimento de uma relação com o idoso
2. Avaliação
3. Planeamento
4. Intervenção
5. Avaliação
6. Finalização73
Avaliação contínua
Fase transversal a todo o processo: garantir que os objectivos estão a ser alcançados
Avaliação resultados
Após finalização do processo: avaliação aprofundada das estratégias, para perceber os pontos fracos e os pontos fortes
74
1. Estabelecimento de uma relação com o idoso
2. Avaliação
3. Planeamento
4. Intervenção
5. Avaliação
6. Finalização 75
Finalização
Prevista desde o início da intervenção, através de uma estimativa do tempo de trabalho
Discutida antecipadamente com o idoso, prevenindo possíveis dificuldades após retirada do técnico
Colaboração com a restante equipa
76
Barreiras Gerais Conhecimento sobre envelhecimento Resistência da comunidade
Barreiras Sociais Mecanismos de financiamento
Barreiras Administrativas Recursos existentes Atitudes curativas mais do que preventivas
77
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