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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.31de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
3. HIDROSTTICA
3.1. Lei Hidrosttica de Presses
Therearenoshearstressesinfluidsatrest;henceonlynormalpressureforcesarepresent.Thereforethepressureatanypointinafluidatrestisthesameineverydirection.
Ahidrostticaocupasedoestudodefluidosemrepouso,razopelaqualaforadecontacto
exercida sobre uma rea tem apenas a componente vertical (normal). Designase por
pressoaforaaplicadaporunidadedesuperfcie(rea).
Admitindo um corpo de volume, limitado pela superfcie A, mergulhado numa massalquida; e considerando que dA representa um elemento de rea nessa superfcie e dF a
foraperpendicularqueactuasobreareaelementar(dA),verFigura3.1,apresso(p)
expressapor:
dAdFp = (3.1)
Ateno: a fora sempre perpendicular a superfcie,conformeilustraafiguraaolado.
Quando se considera toda a rea, o efeito da pressoproduzirumaforaresultante(impulsooupressototal)queobtidapelaequao:
=A
pdA ,ouquandoapressoamesmaemtodaarea pA= .
Figura3.1Representaodapressoexercidasobreumareaelementar.
DeacordocomaleidePascal(estabelecidaporLeonardodaVinci)emqualquerponto
nointeriordeumlquidoemrepouso,apressoamesmaemtodasasdireces.
Vamos demonstrar a lei considerando um prisma imaginrio de dimenses elementares:
comprimento dx, altura dz e espessura dy (ver Figura 3.2). O p a presso mdia em
qualquerdireconoplanodepapel,pxepzso,respectivamente,aspressesmdiasnas
direceshorizontalevertical.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.32de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
x=cosz=sen
22 zx +=
xzarctg=
(a) Presso nas faces perpendiculares ao plano dopapel
(b)Revisobsicadatrigonometria
Figura3.2Prismaimaginrionointeriordeumlquidoemrepouso.
Pelofactodoprismaestaremequilbrio,osomatriodasforasnulo.
Portanto,paradirecodeX:
Destemodo,
sendypddydzpx = ,com ddzsen =
ddzdypddydzpx =
pdydzdydzpx = ppx =
ParadirecodeZ:
0=zF Destemodo,
dxdydzcosdypddxdypz 21+= ,com d
dxcos =
O terceiro termo
dxdydz21 de ordem superior em relao aos outros dois termos e
podeserdesprezado1.
1 Nota: na demonstrao acima desprezouse o peso pelo facto do prisma ser de dimenses elementares. A foracorrespondenteaopesodotringulodadapor:*readoprismatriangular*largura(i.e.*dxdz*dy).
dxdzdy
0=xF
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.33de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
ddxdypddxdypz =
pdxdydxdypz = ppz =
Finalmente,temseque
ppp zx == Nota:nademonstraoacimadesprezouseopesopelofactodoprismaserdedimenseselementares.
DeacordocomaleideStevin(pressoexercidaporumacolunalquida)adiferenade
pressesentredoispontosdemassadeumlquidoemequilbrioigualdiferena
deprofundidademultiplicadapelopesovolmicodolquido(e.g.gua=9800N/m3).
O somatrio das foras que actuam, navertical,sobreoprismadeveser:
0=yF Logo,
021 =+ AphAAp hpp = 21 hpp =
21
Figura3.3Ilustraodapressoexercida,porumacolunalquidaemrepouso,numprismaideal.
Finalmente,importareferirqueaHidrostticaestudafluidosemrepouso,considerandoa
massavolmicaconstante(=constante).
Portanto, de acordo com a Lei Hidrosttica de Presses, a presso num lquido emrepousoser:
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.34de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
tetanconszp =+ ou tetanconszpg =+1
(3.2)
onde:
ppressonumdadoponto(PascalouN/m2).Nota:1kgf/m2=9,8N/m2e
1bar=1,012*105N/m2;
zcotageomtricadoponto,aqueserefereapresso,emrelaoaumplanohorizontaldereferncia(m);
pesovolmico(N/m3);zp + cota piezomtrica em relao a um plano horizontal de referncia (assume uma
valorconstanteemtodosospontosdeumlquido)(m);e palturapiezomtrica(oude
presso)(m).
3.1.1. Presses Absolutas e Relativas
Entreapressoabsolutaerelativaexisteaseguinterelao:
aatmosfricrelativaabsoluta ppp += (3.3)Apresso exercidana superfcie de um lquido exercidapelos gases sobrejacentes (e.g.
pressoatmosfrica).
Considerandoapressoatmosfrica(verFigura3.4),temseaseguintesituao:
11 hpp a +=
212 hpp +=
( )212 hhpp a ++= Figura3.4Representaodapressonumpontonointeriordeumlquidoemrepouso.
Na hidrulica, geralmente, trabalhase com presses relativas (tambm pode receber a
designaodepressomanomtricaoupressoefectiva)vistoqueoqueinteressacalcular
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.35de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
oumediradiferenadepressoentreospontos.Assim,comoapressoatmosfricaactua
de igualmodo em todos os pontos comum no ser considerada. Ver a Figura3.5 que
correspondeumasituaoemquesepretendedeterminarapressoexercidapelamassa
lquidanaparededoreservatrio.
Figura3.5Pressoexercidapelolquido,emrepouso,naparededoreservatrio.
Comoapressoatmosfricaactuadeambososladosdaparede,elaanulasenoponto.Nota Importante: nocasodeestudodosgasesapressoatmosfricadeverser sempre
considerada. Salientese que a presso atmosfrica normal (i.e.correspondendo ao nvel mdio do mar) assume o valor de1,012x105 N/m2 (1,033x104 kgf/m2) que equivale uma altura de
colunadeguade10,33m(i.e., 3310,pa = m).
Exerccio3.1(modificadodeQuintela,2005:14)
Considereumreservatriodegua,comsuperfcie livrepressoatmosfricanormal,noqualmergulhamosextremosdeumtuboemUinvertido,cheiodegua(verFigura3.6).
Figura3.6ReservatriocomtuboemUinvertido(cheiodegua).
a) Calcularapresso(absolutaerelativa)nopontoAnointeriordotubo,situado6,0macimadasuperfcielivre.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.36de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
b) CalcularaalturamximahparaquenohajavaporizaodaguanopontoB(ev=2450N/m2).
Resoluo:nasaladeaulas.
3.1.2. Medio das Presses: Tubo Piezomtrico e Manmetros Atcnicamaissimplesparamediodapressoconsistenousodeumtubopiezomtrico
(tambmconhecidocomopiezmetro).
Para o caso de escoamento sob presso no interior de um conduto (i.e. escoamento de
lquidosemsuperfcielivre),aalturapiezomtrica( p)correspondealturaaquesubiria
asuperfcielivredolquido(acimadoconduto),numtubo(geralmentevertical)depequeno
dimetro (convmque o dimetro seja>1cm para ser desprezvel os efeitos da tenso
superficialoudacapilaridade)designadoportubopiezomtrico(verFigura3.7).
Figura3.7Ilustraodotubopiezomtricoinseridonumcondutohorizontal.
Manmetro um instrumento utilizado para medir a presso. Utilizase uma coluna de
lquido para medir a diferena de presso entre um ponto e a atmosfera, ou entre dois
pontos,dosquaisnenhumestpressoatmosfrica.
O tubo piezomtrico supracitado s aplicvel em situaes em que se pretende medir
pequenaspresses(manomtricas)emlquidos(verFigura3.7).Porm,quandosetratade
presseselevadasprecisorecorreramanmetrosdelquido.
Omanmetro de coluna lquida (tcnicamuito antiga) pode ser simplesmente um tubo
transparente com a forma deU no qual se coloca uma certa quantidade de lquido (ver
Figura3.8).Olquidointroduzidonotuboterquerespeitarsseguintescondies:
i) ser imiscvel com o lquido (cuja presso se pretende medir) que se encontra nocondutoourecipiente;
ii) possuirdensidadesuperioradolquidoqueseencontranocondutoourecipiente.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.37de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
OsmanmetrosdecolunalquidapodemseremU(sassimserpossvelmedirpresses
negativas)outerumanicacolunaquepodeserverticalouinclinada.
Figura3.8Ilustraodomanmetro(delquido)emU.
Questo:ComodeterminariaaspressesemX,Yeapressop(apressonalinhamdiado
conduto)dolquidoAnointeriordoconduto?
ApressoemX: pghphp aAaX +=+= ApressoemY: bBby ghhp == (porqueaextremidadedotuboestemcontactocomaatmosfera)
Apressonointeriordoconduto,p: bBaAyx ghpghpp =+= Para aprofundar este assuntodever consultar, por exemplo AzevedoNetto et al. (1998:
2729) e Massey (2002: 8384). O ltimo autor descreve (ver p. 9091) um outro
dispositivousadonamediodepresso,obarmetro.
QuandoofludoAgasosoeoBlquido,podesedesprezaroA.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.38de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
Figura3.9 Manmetro. (a) Paramedir diferena de pressop em lquidos ou gases. (b) Paramedirpnoslquidosapenas(adaptadadeDaughertyetal.,1985:36). 3.1.3. Prensa hidrulica e o Macaco hidrulico Ofactodeumaumentodepresso,numfludoconfinado,ser transmitidouniformemente
atravs do fludo, aproveitado em dispositivos hidrulicos (e.g. prensa hidrulica e o
macacohidrulico)(Massey,2002:8485).
Figura3.9Prensahidrulica.
AoaplicarumapequenaforaFasobreumpistodereaAa(verFigura3.9)exerceseum
foraFB,sobreumpistodereaAB,sujeitandooaumapresso BB A/Fp = .
a
BaB
a
a
B
B
AAFF
AF
AF ==
(3.4)
B
BAA pzsyzp =+
syzzpp BABA +=
syypp BA +=
( )yspp BA 1=
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.39de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
3.2. Impulso Hidrosttica Por impulsohidrosttica (ousimplesmente impulso)entendesea foraaplicadasobre
superfciesmergulhadas.
Aspectosateremconsiderao:
apressodolquidoprovocaforassobreasuperfciecomaqualcontacta;
asforasdistribudassobreasuperfcietmumaresultante(estaforaresultantequenaprticainteressadeterminaragrandeza,adirecoealinhadeaco);
quandoa superfcieplanaehorizontal, o contacto como lquidoemrepousodorigem uma fora resultante (ou fora total) que corresponde ao produto da
presso(p)pelareadasuperfcie(A)(verFigura3.10)
ghApA == (3.5)
Nessasituao: i)adirecodeactuaodafora perpendicular ao plano (no sentidodo fludo para o plano); ii) o ponto deactuaodaforaocentride(centrodegravidade)doplano.
Figura3.10Pressoeimpulsosobresuperfciehorizontal.
quandoasuperfcienohorizontal,apressovariadepontoparaponto,sobreasuperfcie,eoclculodaforatotal(impulso)menossimples.
Ocentridedovolume,correspondeaocentrodeimpulso,dependedaformadovolumeconsiderado.Importareferirqueno exactamenteomesmoqueo centrodagravidade do corpoquedependedomodo comoopesoestdistribudopelocorpo(verMassey,2002:116).
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.310de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
3.2.1. Impulso sobre superfcie plana
Considereumasuperfcieplana,mergulhadanumlquidoemrepouso,quefazumngulocomasuperfcielivredolquido(verFigura3.11).
Figura3.11Impulsohidrostticasobresuperfcieplanainclinada.
Questo:comodeterminaraforaresultante(impulso)sobreumasuperfcieplanaeinclinada?
Regrasbsicas:
1. considerarqueoeixoOycoincidecomoplanoinclinado;
2. oeixoOxperpendicularaoeixoOy(i.e.Oxperpendicularaoplanoinclinado);
3. ter em ateno que qualquer rea elementar (ou poro) da superfcie submersa
estsobaacodeumaforadevidopressodolquido;
4. saber que sobre qualquer poro de superfcie (superfcie elementar) dA
mergulhadaaumaprofundidadehactuaumapressopquedadapor ghp = .Logo,aforacorrespondentesobreaporodasuperfcieser:
AghAp == ,com ysenh = (3.6a)
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.311de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
Agysen = (3.6b)onde: a fora elementar; h a profundidade da poro da rea A que serelacionacomacoordenadaypor ysenh = .
5. ter presente que no so exercidas foras tangenciais sobre o plano da superfcie
porque o lquido est em repouso. Logo, a fora perpendicular ao elemento (ou
poro) da superfcie que por ser plana faz com que todas as foras elementares
sejamparalelasentresi.
Portanto,aforatotal(impulsohidrosttica)queactuanumdosladosdasuperfcieplana
vemexpressadaseguintemaneira:
AygsenAgysenAA== (3.7a)
Nota: AyA omomentoestticodareaerespeitaacondio
0AyAyA
= (3.7b)onde:Aareatotaley0 ( )y ,x acoordenada(ouposio)docentrodegravidade.Finalmente,
AhgAygsen == 0 ,com 0ysenh = (3.7c)Alm dos aspectos supracitados, preciso conhecer a linha de aco da fora total
(perpendicularaoplano)edeterminaropontonoqualalinhadeacodaforaencontrao
plano.EstepontodesignaseporCentrodeImpulso(CI)ouCentrodePresso.
AdistnciaqueseparaoCIdasuperfciemedidasobreoplanoinclinadoeiguala:
distnciaaocentrodegravidade+umadistnciad (3.8a)
0AyId 'GG= (3.8b)
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.312de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
onde: IGG omomentode inrcia2dareadasuperfcieplanaemrelaoaoeixo0x,A a
readasuperfciee 0y acoordenadadocentrodegravidade(medida,desdeasuperfcie,sobreoplanoverticalouinclinadoemqueseencontraaplaca).
Quintela(2005:22)apresentaumatabelacomaposiodocentrodegravidade,reaeo
momentodeinrciaparavriasfigurasplanas.
QUADRO3.1Momentodeinrcia(IGG)ereadeformasgeomtricascomuns.
Designao Esquema rea(A) IGG
Rectngulo
ba 123baI 'GG =
Tringulo ba21
36
3baI 'GG =
Crculo
2R 44RI 'GG
=
Semicrculo
( )82 2R
8
4R
Parbola
bh32
3
2hb
2Momentodeinrciamedeadistribuiodamassadeumcorpoemtornodeumeixoderotao.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.313de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
3.2.1.1. Impulso sobre superfcie plana premida em duas faces
No caso de superfcies planas premidas nas duas faces (i.e. nos dois lados) pelo mesmo
lquido e com superfcie livre do lquido exibindo uma diferena de nvelhs (ver Figura
3.12),aresultantedasforasdepressoser:
( ) dAhdAppdF s== 12 (3.9)onde:ehssoconstantes.
Figura3.12Superfcieplana(a)everticalpremidasnasduasfaces.
A impulso resultante, comopontodeaplicao (centrode impulso) coincidente como
centrodegravidadedasuperfcie,expressapelaequao:
Ahs = (3.10)Aequao(3.10)svalidaquandosedesprezaaespessuradasuperfcieondeexercidaa
impulsoexceptoquandosetratadeparedevertical.
3.2.2. Impulso sobre superfcie curva
Ao contrrio do que acontece com a superfcie plana, no caso das superfcies curvas a
resultante do sistema de foras de presso no uma fora nica. Nesse caso temse:
impulsovertical(v)eimpulsohorizontal(h).O clculo da impulso hidrosttica numa superfcie curva tem procedimento diferente
relativamente ao caso das superfcies planas (no se trata de algo complexo como vem
referido em muitos livros! apenas diferente!). O procedimento diferente devido aos
seguintesfactos:
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.314de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
1) asforasqueactuamsobrereaselementares(poresdasuperfcie)nosotodas
paralelas;
2) como as foras no so paralelas a simples soma algbrica das respectivas
grandezasnotemsignificado;
3) apenaspodemsersomadasascomponentesdasforasactuantes,segundodireces
especificadas, separadamente de modo a calcular as componentes da fora
resultante;
4) necessrio determinar as componentes horizontal e vertical da fora resultante
(total).
Analisemos os casos ilustrados nas figuras seguintes (Figura 3.13, 3.14) para melhor
compreenderasituao.
(a)Impulsosobresuperfciecurva (b)Componenteverticalehorizontaldaimpulso
(c) Volume vertical (L) e a projecoortogonaldarea(Apo)
Figura3.13Impulsohidrostticasobresuperfciecurva.
A impulso vertical (v) Acomponenteverticalda impulso igual aopesodovolumede lquido (L)delimitadopela superfciepremida,pelasprojectantesverticais tiradaspelo contornoda superfciee
pelasuperfcielivre(videequaodevnaFigura3.13b).
Lv = (3.11)A impulso horizontal (h) A componente horizontal da impulso igual impulso hidrosttica exercida sobre a
superfcie plana correspondente projeco ortogonal da superfcie curva num plano
perpendicular(videequaodehnaFigura3.13b).
L Apo + = 90 C
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.315de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
poCGh Ah = (3.12)onde: hCG altura da coluna do lquido at a centro da gravidade da superfcie plana
correspondenteprojecoortogonaldasuperfciecurva,Apoareadasuperfcieplana
correspondenteprojecoortogonaldasuperfciecurva,conformeindicaaFigura3.13b.
A impulso resultante ( fora total ou global, ) A impulso resultante, quando as componentes horizontal e vertical da fora so
coplanares3,obtmseatravsdaequao:
22hv += (3.13)
Adirecoda impulsodeterminadaatravsdongulo formadocomoplanohorizontal
(verFigura3.13a):
=
h
vtg ,sendo
=
h
varctg (3.14)
Ocasoanterior(representadonaFigura3.13)refereseumacomportacncava.Iremos
agora analisar uma situao correspondente impulso exercida sobre uma superfcie
cilndricaconvexa.
3Forasqueactuamnomesmoplano.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.316de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
(a)Impulsosobresuperfciecilndrica (b)Forasactuantes
(c)Volume(L1)correspondenteaforaverticalv1 (d)Volume(L2)correspondenteaforaverticalv2
Figura3.14Impulsohidrostticasobresuperfciecurva.
A impulso vertical (v) DeacordocomaFigura3.14c,d:
21 vvv = ,com 11 Lv = e 22 Lv = (3.15)Aimpulsohorizontal(h)DeacordocomaFigura3.14b:
21 hhh = ,com 111 poCGh Ah = e 222 poCGh Ah = (3.16)
onde: hCG altura da coluna do lquido at a centro da gravidade da superfcie plana
correspondenteprojecoortogonaldasuperfciecurva,Apoareadasuperfcieplana
correspondenteprojecoortogonaldasuperfciecurva.
Nota:resolvaosexercciosdaFichas2B.Apsaresoluopoderconsiderarseumexpert
noassunto.
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.317de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
3.2.3. Impulso sobre corpos mergulhados
Conceitosasabersobreimpulsosobrecorposmergulhadosnumlquidoemrepouso:
umcorpototalouparcialmentemergulhadonumlquidoficasobaacodeumaforaglobalparacima(designadaporimpulso);
a impulso, para cima, exercida pelo lquido e devese ao facto da presso nasregiesinferioresdocorpo(Finf)sersuperiorpressonasregiessuperiores(Fsup)
verFigura3.15b;
aimpulsonotemcomponentehorizontalporqueasforasexercidaspelofludoemcadaladodocorposoiguais(equilibramse)Figura3.15b;
(a)CorpomergulhadocomcontornoABCD (b)Forasactuantes
Figura3.15Impulsosobrecorpomergulhado.
aforaparacima(representadanaFigura3.15bporFin,DAB)correspondeaopesodovolumedolquidodelimitadopelalinhaDABXXD;
a fora para baixo (exercida na superfcieDCB) corresponde ao peso do lquido naregioDCBXX;
olquidoexercesobreocorpoumaforaresultanteparacimaque:
( ) ( )( ) ( )( )X'DCBXlquidopesoX'DABXlquidopesoABCDemlquidoPeso = (3.17a)ABCDABCD g= (3.17b)
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.318de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
aimpulsoaresultantedaforaascendente(paracima)exercidapelolquidosobreocorpo( corpog= ).DeacordocomoprincpiodeARQUIMEDES4, aimpulso exercidasobreumcorpomergulhadoigualaopesodovolumedolquidodeslocado.
Quandoaimpulsomaiorqueopesodocorpo,esteflutua;
seocorpoestiverparcialmentemergulhadoaimpulsoserigualaopesodovolumedapartemergulhada(Figura3.16);
(a)Corpoparcialmentemergulhado (b)Partemergulhada
Figura3.16Impulsosobrecorpoparcialmentemergulhado.
quandoumcorpomergulhadonoestapoiado,oequilbrioapenasocorrequandoaimpulsosobreocorpoforrigorosamenteequivalenteaoseupeso.Seaimpulsofor
superioraopeso(e.g.ocasodobalonoar,bolhadearnagua)ocorposobeatque
asuamassavolmicamdiasejaequivalenteadofludoenvolvente.
3.2.4. Equilbrio de corpos flutuantes
Um corpo flutuante apresenta, necessariamente, o peso inferior ao peso do volume do
lquidoquepodedeslocar.
Portanto,paraqueocorpoflutueasuamassavolmicatemqueserinferioradolquido.
Nessecaso,opesototaldocorpovaiser igualaoprodutodovolumesubmersopelopeso
volmico(ouespecfico)docorpo.Aporosubmersadocorpodesignada,naliteratura
brasileira,porcarenaouquerena.
aindacomumdesignarseocentrodegravidadedapartesubmersaporcentrodecarena
quecorrespondeaopontodeaplicaodaimpulso.
Existemtrsestadospossveisdeequilbrio:
i. Equilbrio estvel quando sujeito a um deslocamento o corpo retoma a posio
original;
4SitecomilustraesdoprincpiodeArquimendes:http://www.grow.arizona.edu/GrowGrowResources.php?ResourceId=197
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.319de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
ii. Equilbrioinstvelnessecasoocorponoregressaaposioinicial,afastandose
cadavezmais;
iii. Equilbrio neutro ou indiferente quando sujeito a um deslocamento e depois
abandonado,permanecenanovaposio(noregressaposiooriginalenemse
afasta).
Para garantir oequilbrioestvel dum corpo flutuante necessrio que se cumpram as
seguintescondies:
ocentrodegravidade(CG)docorpodevesituarseabaixodaposiodometacentro(MC),i.e.CG
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.320de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
Exerccio 1
Considereumprismarectangulardemadeiracomasdimenses indicadasnaFiguraededensidade0,82.Verifiqueseoprismaflutuaremcondiesestveisnaposioindicada.
Figura3.17Corpoflutuante.
Resoluo:
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.321de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
Exerccio 2
Pretendese colocar uma bia cilndrica de 80 kg, com 1,50 m de altura e 1,0 m dedimetro, a flutuar com o eixo na vertical, em gua do mar com massa volmica 1026kg/m3. Agarrado ao centro da superfcie de topo da bia est um corpo com 10 kg demassa. Pretendese mostrar que haver instabilidade inicial, com a bia a flutuarlivremente.
Figura3.18Corpoflutuante.
Resoluo:
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Ficheiro:Hidrostatica.doc Pg.322de322 Herlander MATA-LIMA, PhD
REFERNCIAS AZEVEDO NETTO, J.M., FERNANDEZ Y FERNANDEZ, M., ARAUJO, R., ITO, A.E. (1998).ManualdeHidrulica.8Edio,EditoraEdgarBlcher,SoPaulo.
DAUGHERTY, R.L., FRANZINI, J.B. & FINNEMORE, E.J. (1985). Fluid Mechanics withEngineeringApplications.8thEdition,McGrawHill,NewYork.
MASSEY,B.S.(2002).MecnicadosFluidos.FundaoCalousteGulbenkian,Lisboa.
QUINTELA,A.C.(2005).Hidrulica.9Edio,FundaoCalousteGulbenkian,Lisboa.