Post on 15-Mar-2016
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Ilustrador: Valteir Azevedo da Silva (estudante da Turma)
Curso de Letras
Carinhanha - Ba
Pólo Dona Carmem
Projeto Profissional e Organização do Trabalho Pedagógico
Coordenadora Geral Edna Cristina da Silva
Professora Supervisora: Norma Lucia Neris de Queiroz
Tutora a Distancia Lucia Bezerra F. de Aguiar
Coordenadora do Pólo Jumaria Santos Lima
Tutora Presencial Evanice Ferreira Dias
Coletânea de Cartas
Projeto Profissional do futuro
Professor de letras
Estudantes da Turma UaB 1
Brasília, 2009.
Sumário
1. Eugenia Alkimim 2. Josemar Costa Almeida 3. Iolanda Alves Vargas 4. Andréia Batista 5. Janúsia Bezerra Dias 6. Carla Silva Campolina 7. Valkiria Cordeiro da Rocha 8. Valteir Azevedo da Silva 9. Isabel Pinto da Silva 10. Izabel Ferreira das Neves 11. Marilande de Jesus Silva 12. Cristiane Fernandes de Araujo Nascimento 13. João Santos de Souza 14. Educardo de Souza Freitas 15. Alcilene Dias da Silva 16. Anderson Dias dos Santos 17. Janete Costa do Ouro 18. Waldiléia Ferriera dos Santos do Carmo 19. Alexandra Dourado da Silva 20. Getúlio Ferreira Gonçalves 21. Viviane Gusmão Costa 22. Virdária Viana Magalhães 23. Alessandra Nogueira Magalhães 24. Alane Fernandes Moreira 25. Jucilene da Silva OIiveira 26. Lucia Osório Ribeiro 27. Maridalva Pereira da Silva 28. Laíde Pereira de Souza Almeida 29. Magda Pereira Lima 30. Everson Pereira Magalhães 31. Adailton Pereira Nogueira
32. Evana Ribeiro Cazumbá 33. Ana Lucia Ribeiro Cazumbá 34. Elizabeth Cândida Rodrigues 35. Luciene Roriz Lopes 36. Jacira Pereira Sena 37. Antonio Rodrigues Silva 38. Valdívia Soares da Silva
CARTAS 1.Estudante: Eugenia Alkimim
Carinhanha - Bahia , 30-03-09. Oi amiga Enir, Através dessa carta espero que eu consiga demonstrar toda minha habilidade sobre o meu projeto como profissional docente. Enir acho que escolher a pessoa correta para eu debater sobre esse assunto te conheço tanto como pessoa quanto profissional, pois te admiro muito, você realmente é uma excelente pedagoga, então vamos ao que me interessa certo amiga? Eu como professora adoto como um dos primeiros objetivos especificos motivar o aluno para conteúdo que será trabalhado na unidade, pois o professor tem que programa-se. É conveniente que já no inicio do bimestre sejam planejadas algumas atividades. O professor tem que motivar o aluno sempre, apesar das diferenças teóricas que marcam uma e outra corrente, o que se verifica de comum entre elas é o interesse em renovar o ensino de língua portuguesa, modificando, diversificando e ampliando o ponto de vista sobre o objeto, a língua. Assim, não faltam demonstrações bem sucedidas como trabalhar verbos, adjetivos ou processos de formação de palavras pela perspectivas semântica do texto ou do discurso. O que acha dessa afirmação? Eu como professora de língua portuguesa tenho contato direto com essas propostas e reconheço a pertinência e sempre estou disposta a alterar minha prática. Vejo o ensino-aprendizagem da produção de texto sob a perspectiva dos gêneros leva a reedificação do papel do professor de produção de textos, que, em vez de “professor de redação”, profissional distante da realidade e da prática textual do aluno, passa a ser visto, aqui, como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas de uso social. Isso Enir como profissional me enriquece demais. Essa prática pedagógica citada acima tem o objetivo de formar alunos - escritores capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes. E você concorda Enir? O professor tem que auxiliar o aluno a construiu o seu próprio conceito como cidadão, pois eu dou todas as oportunidades cabíveis para os meus alunos interagir comigo, expondo os seus ideais, participando ativamente das aulas, dialogando, analisando. Enfim todos esses aspectos só me ajudam como profissional, só assim sou capaz de entender o que realmente devo proporcionar para os meus alunos. Então o professor deve estar atento para tomar responsabilidade sobre seus próprios critérios e da sua própria intuição. Não existe receita pronta para como se deve ensinar. É o professor que tem que buscar. O docente deve ser capaz de “decodificar”.
Não existem protocolos que os guiarão após ter sido iniciada a interação entre os alunos e o professor ou professora. Enir este foi um dos propostos do meu trabalho pedagógico. Atuando de forma critica e criativa, para tratar o aluno como pessoa que pode pensar criticamente e autonomamente, é preciso ser uma pessoa que pensa que viveu experiência do pensamento critico e autônomo e que agora revela uma atitude criticamente construtiva com relação ao aluno. Concluo que ser professor é o mais impossível e o mais necessário de todos os ofícios. “Ser professor implica um corpo-a corpo permanente com a vida alheia e com a nossa própria vida”. Tenho certeza como professora que é um esforço diário de reflexão e de partida. E você amiga concorda comigo? Aguardo resposta o mais breve possível.
Beijos da amiga
Eugênia
2.Estudante: Josemar Costa Almeida
Caríssimo colega Getúlio Ferreira Gonçalves, A UAB está me proporcionando colocar em pauta, através desta atividade, debates que enquanto professores residentes na mesma comunidade, fazemos. Isto é sinônimo de prazer poder dividir com mais colegas o que discutimos em nossa caminhada docente. Neste momento gostaria de reforçar que o processo letivo e principalmente a organização deste está sendo trabalhosa, mas é o que nos aproxima ainda mais, com debates, críticas, projetos, discussões, enfim, proporcionando-nos ambientes e condições propícia ao crescimento profissional. Somos cientes que residimos em um município que atende um elevado número de alunos de zona rural e, no nosso caso que já estamos neste meio torna-se mais prazeroso, envolvido, diante dos fatos cotidianos, visíveis a todo o momento. Desculpe pela indiscrição, mas percebo que seu trabalho educativo não se concretiza apenas na escola, você tem um elo educativo com a comunidade que vai além dos muros, oferecendo aos educandos e seus respectivos pais conceitos que contribuem muito para a formação, através de sua tão bem definição cristã e filosófica. Conhecer seus alunos e o meio em que eles vivem e ter consciência que é preciso interferir significativamente na comunidade é dá exemplo de vida, isso você nos ensina todos os dias. Penso em um projeto profissional que busque incutir nos alunos a busca por pesquisas científicas, proporcionando a eles um amplo percurso de leituras reflexivas, tomadas de decisões que exigirão deles mais autonomia, preparando-os para o mundo do trabalho e por uma formação cidadã condizentes ao que espera as leis que regem nosso país. Por hoje é só, amanhã continuaremos com esta conversa.
Abraços!
Josemar Costa Almeida (BLOG: http://agrovila15.blogspot.com)
3.Estudante Iolanda Alves Vargas
Carinhanha, 01 de abril de 2009.
Cara professora escrevo-lhe esta carta com o objetivo de relatar a minha
expectativa de vida como uma professora em busca de aperfeiçoamento para a minha
prática pedagógica para a melhoria da educação, do desenvolvimento social e
econômico do país, apesar de tantas incertezas, violência com os nossos jovens.
Enquanto este país não se libertar de certos preconceitos social e moral, nunca teremos
uma sociedade igualitária e a educação serem prioridade. Tenho muitos sonhos em ver o
meu país livre do analfabetismo, porque acredito na maneira sábia que é posicionar-me
de modo a aprender muito com as outras pessoas com mais experiências. Não meu
pensar ser profissional competente é reconhecer em si seus talentos naturais, superar as
deficiências, dedicar-se, desenvolver-se sempre mais. Sendo que a educação é um
processo contínuo, há sempre algo novo para aprender constantemente. Tenho na mente
a certeza que as coisas podem ser feitas melhor do foram até agora, basta querermos
aprender algo de forma diferente com a finalidade de melhorar tudo aquilo que não foi
bem sucedido e acreditar que um dia a educação seja levada mais a sério e que as
pessoas se juntem num único objetivo, porque a inteligência e a emoção se unem no
entusiasmo do descobrimento e da compreensão, trabalhando e produzindo em conjunto
pode-se chegar até o pleno desenvolvimento do potencial de cada um.
Minha meta como docente é possibilitar o jovem educando a liberdade para
pensar, expressar sua opinião, sua dúvida e pergunta, proporcionando ao aluno o livre
arbitro na busca de recursos do conhecimento para a sua formação moral, cultural e
psíquica, ensinando-o a ouvir, reconhecer e compreender o ponto de vista do outro.
Compreendo que a educação ainda é uma das principais discussões do mundo e
em destaque a educação no Brasil. Com essa concepção muitos tem lutado por uma
educação qualitativa e igualitária para todos e valorização do profissional da educação.
Mas em meios de tantas incertezas ainda se acredita em melhoria para a educação.
Tenho convicção que todo professor quando está disposto a lutar pelos seus ideais na
busca de conhecimentos mais elevados para adequar-se às mudanças no campo
educacional, informações que precisa, deve envolver em pesquisas, visando cada vez
mais melhorar a qualidade do seu conhecimento para que através dele o aluno construa
sua expectativa de vida, sua história como membro integrante da sociedade, elevando
sua auto estima e valorização de sua identidade.
Acredito que um professor reflexivo e investigativo é aquele com bom senso de
suas possibilidades, seu limite, sua capacidade de pensar e refletir sobre suas práticas
pedagógicas, antes de executá-las em seu cotidiano escolar. Mas isso não basta, vale
ressaltar que um trabalho coletivo será de grande êxito no seu desempenho como
profissional da educação. É necessário também lembrar que a qualidade da
aprendizagem do aluno não depende só do docente, é preciso uma união sólida entre
escola, comunidade e pais.
Segundo Mauro Ferreira, autor do livro ENTRE PALAVRAS da língua
portuguesa, diz que a formação acadêmica do professor, a maior ou menor prática
docente as condições cotidianas de trabalho e as diferentes propostas de abordagens são
algumas das variáveis que dão origem a debates e controvérsias sobre o ensino de língua
portuguesa. Assim sendo o professor de língua portuguesa deve desenvolver um
conjunto de estratégias que darão sustentação à atividade docente. Cabe a ele optar pelas
condições baseado na realidade do aluno e para si próprio. Com objetivo de formar os
educando em futuros leitores e escritores. Para isso é preciso que sejam criadas
possibilidades, onde o aluno desenvolva gradualmente seu domínio de uso da norma
culta, variedade essencial para a sua participação na vida social letrada. O aluno é a
peça principal deste contexto de ensino, pois este precisa sempre está interagindo com
as chances que o mundo lhe oferece, por isso o professor é o primeiro mediador das
informações que o aluno precisa saber.
Portanto ter competência é saber mobilizar os saberes. Consiste em aprender a
utilizar os seus saberes para atuar-se, porque se não houver conhecimento, não haverá
aprendizagem. Não basta ter estrutura para por em prática o trabalho pedagógico, o
professor enfrenta também todo tipo de problema, falta condições adequadas para a
execução de seu trabalho, valorização do profissional e remuneração decente. As
possibilidades de realizar meus sonhos são de grandes expectativas, pois eu como
docente acredito que um dia a educação será prioridade, só assim o Brasil terá uma
saída para resolver grande parte dos problemas que assolam o nosso país.
Desde já termino está carta cheia de esperanças a respeito das mudanças que a
educação vai acontecer. Atenciosamente
Iolanda Alves Vargas
4.Estudante: Andreia Batista
Carinhanha 16 de Abril de 2009. Saudades!!!
Querida Valéria estou escrevendo essa carta para saber como você e sua família estão? Pois comigo esta tudo ótimo.
Estou muito feliz com a educação, pois cada vez vem evoluindo, o plano de ensino mudou bastante, esta voltada mais para os assuntos que envolvem a sociedade, a vida em geral do aluno. O professor agora tem que este sempre atualizado para passar informações aos seus alunos, hoje eles tem em mãos os meios de comunicações que tem uma grande influência sobre a sociedade, a mídia como você sabe tem o lado positivo e negativo tem que saber usar para melhorar a aprendizagem dos professores e alunos. Você não acha?
Na nossa escola, Valéria o professor tem que ser uma fonte de informações, diversidade, critico ter responsabilidade profissional, para a segurança do aluno, buscando como, por exemplo, a tecnologia utilizando a internet para melhorar a aprendizagem. Para nós o educador tem que ser um profissional reflexivo, pensar na sua missão social e sua organização para desenvolver a sua atividade, formando cidadãos críticos, criativo com um grande poder de pensamento e reflexão.
Espero minha querida amiga que eu como futura professora, posso está abertas as inovações que surgirem, que tenho competência para analisar o quotidiano dos alunos e interagindo com a sociedade, mostrando a realidade que vivemos.
Por isso lhe desejo boa sorte na sua faculdade, para que si torne um profissional de grande capacidade na sua área. Beijos amiga!!!
5.Estudante: Janúsia Bezerra Dias
Carinhanha, 29 de março de 2009. Querida professora Esta semana vivi uma experiência muito interessante como educadora, a construção de um PDE (Projeto de Desenvolvimento Escolar), no qual me deixou muito pensativa, bastante preocupada, porque percebi que o âmbito escolar apresentava muitos problemas que poderiam ser evitados se houvesse toda uma organização: proposta pedagógica, planejamento, estratégia de ensino, trabalho coletivo e colaborativo por parte de todos: direção, país, alunos, professores, coordenadores, comunidade entre outros. E que tudo isso afetou toda estrutura escolar, com alto índice de reprovação, de evasão escolar além de outros problemas. Sabemos que a escola não caminha sozinha, precisa da colaboração de todos para melhorar a educação no nosso país, uma educação de qualidade, formando cidadãos para vida, com responsabilidade, e habilidades para o mundo contemporâneo. Com essa consciência mudaremos a situação vivenciada dentro da mesma. E o mais gratificante acima de tudo, foi a conscientização da maioria a essa mudança imediata. A escola precisa ser reflexiva, aberta as inovações, as transformações, as realizações, mostrar proposta pedagógica, trabalhos coletivos com a participação de todos, a escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também preocupar-se com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real, se encontra. E neste sentido, compreendemos que nós educadores precisamos entender este nosso cenário educacional, para reconstruir o saber da escola e a formação do educando, e essa atitude caracteriza o docente como um profissional reflexivo que se preocupa com a realização do aluno, quando ele tem consciência do seu trabalho, amor a profissão acima de tudo ele faz a diferença na educação e como professora de língua portuguesa procuro fazer essa mudança independente de alguns colegas que resistem as transformações, a essas mudanças procuro entender os meus educandos, tornando as aulas mais prazerosas, e para isso existem várias competências e habilidades para dominar plenamente a leitura escrita, lidando com seus símbolos e signos e assim beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida. Mostre a magia infinita em uma composição de Mozart convide-os a descobrirem a sonoridade e a harmonia excepcional de um poema de Fernando Pessoa ou de Castro Alves , sendo assim um ser reflexivo, critico, observador, compreender as diversas linguagens. Procura fazer seu aluno conhecer, compreender, interpretar, analisar, relacionar, comparar e sintetizar dados e fatos e situações do cotidiano e através dessa imersão adquiri não somente uma qualificação profissional, mas competências que a tornem apta a enfrentar inúmeras situações. Se lemos um texto na classe e solicitamos que os alunos o repitam, estamos exercitando apenas uma qualidade do pensamento, qualidade essa que se tornará desgastante se a outros alunos exigirmos a mesma operação. Quando, após a compreensão do texto, ensinamos a operacionalização de habilidades reflexivas diferentes- que envolvem a interpretação, análise, síntese, crítica, comparações ou ainda outras habilidade- estamos exercitando qualidades diferenciadas de pensamento e, dessa forma, treinando-o com mais clareza, preparando-o com mais ampla diversidade. A mente que aprende a criticar usa recursos diferentes da que aprende relacionar está se envolvendo de forma mais insinuante com as estruturas mais elevadas do pensamento,
relacionando-o com o objeto do conhecimento que se trabalha e, dessa forma, operacionalizando-o de forma criativa e muito mais significativa. Então querida professora é com essas e outras competências que procuro desenvolver um trabalho pedagógico de qualidade transformando meus alunos em seres críticos, reflexivos através de trocas de experiências vamos fazendo a grande transformação na educação do nosso país. Espero ter passado um pouco dos meus ensinamentos e sonhos a mesma.
Um grande abraço
Janúsia
6. Estudante: Carla Silva Campolina
Carinhanha, 30 de março de 2009.
Querida colega Luciene,
Saudações!...
Espero que quando está carta chegar às suas mãos esteja gozando de
muita saúde. Aproveito a oportunidade para compartilhar as minhas angústias,
anseios e aflições diante da situação atual em que se encontra a escola. Ela se
depara com uma crise educacional grave, onde o professor é provocado a se
tornar um professor reflexivo.
A proposta desse novo professor necessita de uma pesquisa contínua
dos problemas que cercam a educação e uma ação reflexiva. Para isso, o novo
modelo de professor deve dominar e transmitir conhecimentos, mas, também
ele deve recuperar cotidianamente outros saberes, reinventando diferentes
sentidos para as novidades e desafios que surgem em sala de aula, sendo
necessárias habilidades e competências especialmente ligadas à prática
pedagógica.
Então, Luciene, para que eu incorpore esse novo professor preciso
exercitar as competências necessárias para resolução dos problemas comuns
ao fazer pedagógico, sendo indispensável a mobilização dos conhecimentos,
habilidades e atitudes. E, desse jeito, nessa ação educativa, eu transformo
esses saberes e habilidades em conhecimentos que possam ser transmitidos
aos meus alunos, de modo que eles compreendam e incorporem esses
ensinamentos nos vários momentos de suas vidas.
Como professora de Língua Portuguesa, preciso deter: os
conhecimentos específicos dessa disciplina, em uma perspectiva atualizada e
interdisciplinar; os saberes pedagógicos que envolvem a forma de organizar os
objetivos pedagógicos, preparando os conteúdos e escolhendo os métodos e
os materiais de ensino; os saberes técnicos que se relacionam com as
concepções sobre a atividade educativa, sobre os processos de aprendizagem,
de ensino e de desenvolvimento; e, os saberes práticos que surgem da minha
experiência cotidiana.
Sei que educar nos dias de hoje é um desafio, mas acredito na
possibilidade da transformação através dos alunos que podem assumir papel
de atores críticos utilizando das várias linguagens, permitindo estabelecer com
os outros e com o mundo mecanismos de interação e a compreensão,
preparando-se para a mudança, para a incerteza e para o difícil no mundo em
que vivemos.
Pude nessas poucas linhas desabafar e analisar a situação atual da
educação para que num futuro próximo, possa haver realmente a mudança de
postura da própria escola e dos profissionais dessa área. Eu já comecei a fazer
minha parte, me aperfeiçoando e me capacitando para que cada dia, na minha
escola, eu possa ser e fazer a diferença.
Agora me despeço, com saudade... beijos!
Carla
7.Estudante: VALKIRIA CORDEIRO DA ROCHA
Carinhanha, 30 de março de 2009
Estimada amiga Miriã,
È com imensa alegria lhe escrevo essa carta para contar-lhe as minhas
experiências e anseio como educadora. Você se lembra quando estudávamos
juntas o meu maior desejo era ser professora e fazer faculdade de Letras. Pois
é amiga consegui.
Hoje sou professora há 8 anos e estou no 6 bimestre do curso de Letras
pela UAB_UNB. Sou apaixonada pela Educação, as vezes me pego pensando
como seria a vida sem a presença da educação. Acredito que ninguém foge
dela, seja em casa, no trabalho, na rua ou na escola, todos nós nos
envolvemos com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar.
Para saber, para fazer ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com
a educação.
Querida amiga, no momento atual em que a escola se encontra no
cenário mundial hoje e sendo ela espaço privilegiado de trabalho com o
conhecimento é imprescindível para o docente conhecer a Leis de Diretrizes e
Bases (LDB), conhecer os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e
compreender a necessidade de sempre se capacitar em serviço, buscando em
sua formação superior trabalhar a partir de conflitos, ser flexível e aberto a
mudanças.
Pois amiga aprendi que as características do educador que se mostra
reflexivo e investigativo são vistas no profissional que alavanca novos rumos,
motiva para mudança, procura o autoconhecimento, trabalha em grupos, que
facilita e orienta o questionamento de seus interlocutores (os alunos)
provocando os a desequilibrarem as bases de conhecimentos já existentes
abrindo caminho para a averbação de vários outros conhecimentos.
Sendo assim, no professor de Língua portuguesa essas competências e
habilidades devem ser ainda mais adquiridas tendo em vista a deficiência na
área da leitura e escrita em Língua Portuguesa.
O novo educador especificamente o de língua Portuguesa necessita de
uma nova leitura de mundo, de condições humanas físicas e psicológicas. Pois,
são essas competências que irá desenvolver nossa educação uma dialética
social que tenha como objetividade a formação do conhecimento utilitário, que
visa o desenvolvimento completo do individuo para a vida.
Nesse prisma, um projeto bastante interessante seria a intervenção da
escrita veiculada na internet. Sua rapidez e conseqüências no decorrer dos
anos letivos de ensino-aprendizagem.
Esse projeto contaria com profissionais da área informacional visitar as
classes, fazendo palestras e demonstrações. Os professores de Língua
Portuguesa também trabalharam os padrões da norma culta e suas
possibilidades e deixando claro o perigo de se fragmentar a língua com
subterfúgio de se digitar mais rápido ou fazer entender que essa seria a
linguagem certa dos jovens do século XXI.
Termino essa carta deixando para sua meditação essa frase:
“A educação é o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na
informação, no conhecimento e no aprendizado.”
Aguardo sua resposta a respeito do meu projeto.
Até em breve. Beijos!
Valkiria
8.ESTUDANTE: VALTEIR AZEVEDO DA SILVA
CARINHANHA, 30 DE MARÇO DE 2009.
Olá estimada Isabel, sei como é difícil expor um projeto profissional quando na
verdade nem sei o que é um, quando as incertezas são maiores do que as certezas ,
quando na verdade chego a deduzir que chegarei ao final do bimestre sem saber fazer
um, você entende, não sou professor e nem pretendo ser, esta é uma verdade
indiscutível. Mas, mesmo diante das dificuldades, dos conhecimentos não aprendidos
até agora, sinto na obrigação de lhe expor os meus planos em relação ao meu projeto
profissional que no momento é mais baseado na teoria que na prática.
Levando em consideração os textos, a concepção que se espera do profissional
da educação hoje é de uma pessoa aberta às diversas mudanças advindas dos
processos tecnológicos e da tecnologia da informação cada vez mais presente e
acessível no meio social. Outro aspecto que tem ganhado importância na formação
profissional do professor é a de levar em consideração o contexto sociocultural na
construção e no desenvolvimento das aprendizagens dos alunos. E isso requer do
professor uma atitude diferenciada frente aos processos de aprendizagem, ou seja, é
necessário que os educadores estejam preparados para lidar com diversos tipos de
informação e saber escolher aquelas indispensáveis que ira ajudar na dinâmica das
situações de aprendizagens. Daí que o professor precisa desenvolver competências
que o possibilite a criar, estruturar e estimular as aprendizagens e a autoconfiança dos
alunos para que realmente aprendam e saibam fazer uso dessas aprendizagens no
cotidiano.
O profissional reflexivo e investigativo têm como características a compreensão
do seu ambiente de trabalho como algo que pode ser melhorado a cada dia, ou seja,
este profissional inserido num ambiente cheio de incertezas e que lida com diversos
tipos de problemas, precisa atuar de forma reflexiva e criativa, buscando sempre ser
flexível às novas situações e reagir a elas de forma inteligente e otimista. É importante
salientar que o professor-pesquisador que age de forma reflexiva precisar dá suporte e
atentar para que as informações passadas aos alunos sejam trabalhadas em conjunto
com o contexto em que estão inseridos, pois, só dessa forma, estaremos
transformando informações adquirias na escola em conhecimento a serem utilizados
pelos alunos no dia a dia, ou seja, na medida em que os conhecimentos aprendidos na
escola tiverem importância no seu contexto social, tornando-os cidadãos cada vez
mais letrados e conscientes de seu papel na sociedade, com certeza, eles estarão
caminhando para ter autonomia, e consequentemente, aptos para encarar as
adversidades e os desafios do mundo moderno.
Portanto, estimada Isabel, os desafios para assumirmos o papel de docente são
inúmeros, você sabe disso, mas o importante nesse inicio de caminho é estarmos
dispostos às mudanças e ter consciência que a formação do professor é algo
imprescindível para qualidade da educação.
Abraços e até a próxima!!!!!!
9.ESTUDANTE: ISABEL PINTO DA SILVA
Carinhanha 29 de março de 2009.
Prezada amiga Evanúzia venho escrever-lhe esta com o intuito de troca de
informações a respeito da nossa profissão. Já de início confesso que ser professor nos
dias de hoje é um desafio, e que para vencer estes temos que estarmos pronto para
sermos lapidados. Pois ao contrário do que pensávamos não temos uma formação
sólida, o educador de hoje deve estar em contínua formação, no entanto, deve se
prontificar a acompanhar os processos de mudanças e de inovação.
No exercício da função docente é imprescindível que o educador esteja a par
dos problemas sociais, temos que enxergar além da nossa sala de aula. Pelo que
percebo não estamos preparados o suficiente para lhe dar com os problemas que
afligem a comunidade escolar, tanto os de formação quantos os de outra natureza. Ou
seja, não estamos atendendo os anseios de nossos alunos, e com isso está havendo um
distanciamento muito grande entre escola e realidade.
Evanúzia, não sei que você já percebeu que o professor de hoje não deve ser só
transmissor do conhecimento, como se ele fosse à única fonte de informação. Num
mundo em que as informações chegam como avalanches, tanto são rápidas quanto
são inúmeras, não dar mais para o educador ver seus educandos como meros
receptores, e sim como colaborador investigativo que ajuda a construir a sua
aprendizagem. Tem que haver trocas de aprendizagens, pois se assim não suceder
corremos o risco de estarmos ensinando o que o nosso aluno já sabe, e assim
desestimulá-lo com um ensino monótono e ultrapassado.
Com a velocidade com que as informações nos chegam fica difícil fazer uso de
todas e para dizer a verdade nem é preciso. Só devemos não nos esquecer de que elas
são ferramentas que não vem com manual de instrução, e, portanto, exige cautela na
aquisição. Isso significa que o nosso papel como educador reflexivo é de tentar
despertar o aluno para os perigos de absorver informações de toda natureza, temos
que fazer com que desenvolva nele o senso crítico e assim não deixar que fique a
mercê das multifaces da mídia. Mas também não devemos nos esquecer que as
informações podem ser importantes aliadas nossa, dependendo da maneira pela qual
fazemos uso delas, ou seja, se você souber, pode transformá-las em fontes de
conhecimento.
Olha Evanúzia, o professor reflexivo tem que aprender a criar contexto que
favoreça o desenvolvimento de habilidades para a aprendizagem do aluno, e assim
trabalhar o cognitivo do mesmo. Deve-se estar disposto a ensinar aprendendo,
notando que a escola não é um lugar em que só se transmite conhecimento, mas que
também se cria e se produz.
Amiga, neste mundo capitalista em que prolifera a arte do saber e do poder,
não dar mais para educarmos nossos alunos como fomos, temos que buscarmos
subsídios que nos ajude a lidar com as novas necessidades de ensino e assim
preencher este vácuo. Eu e você como professoras de Língua portuguesa temos que
estarmos em constante processo de formação, ter o gosto pelo novo, desenvolvermos
em nós e também em nossos alunos o gosto pela leitura. Formular novas estratégias
de ensino que inclua o aluno como um ser social capaz de direcionar seu trajeto como
cidadão crítico e autêntico. Sendo assim, no entanto co-autor de sua prática e história
educacional.
Bem amiga depois de constatados os inúmeros problemas, não sendo estes novos,
pois já há a algumas décadas, só nos resta dar soluções para eles. No entanto sugiro
que nós profissionais de educação façamos uma auto-avaliação sobre o nosso papel de
educador como agente ativo na transformação social. Após esta reflexão creio que
muitos de nós iremos perceber que a função a qual nos foi concedida não é tão
simples o quanto alguns acham ser.
Abraços: Isabel Pinto da Silva
10.Estudante: Izabel Ferreira das Neves
Saudações cara amiga...
É com prazer que lhe envio essa carta minha grande amiga, Maria Elizabete,
para lhe comunicar sobre meu bom desenvolvimento e grande progresso como
futura educadora, nesse estágio supervisionado, pude perceber com clareza
como me sinto realizada em ensinar e ao mesmo tempo poder aprender com
meus alunos.
Assim, com essa experiência que estou vivenciando, pretendo como educadora
construir conhecimentos gradativamente minha pratica educacional, a partir
dos desafios cotidianos, da vivência e do trabalho, e ainda da reflexão,
investigação, procura de fontes de informação e confronto de idéias, desse
modo é imprescindível que se garantam espaços para discussão, troca e
reflexão, na sala de aula.
Acredito que o pensar reflexivo e investigativo implica uma ação educativa mais
provocadora e instigante que envolve uma cadeia consecutiva no exame
cuidadoso de toda a crença ou espécie hipotética de conhecimento, aspirando
à construção de significações. Implica, portanto, disciplina construtiva e
liberdade responsável, pois aprender é aprender a pensar e envolve também
intuição e emoção. E, evidentemente, envolve a consciência, fundante da
dimensão ética.
Nesse sentido meu sonho é poder me realizar e realizar meus alunos,
formando indivíduos capacitados, reflexivos, críticos aptos a exercer sua
cidadania e realizados no seu meio profissional, para isso, nós professores de
língua Portuguesa devemos ter uma postura critica, atuando de forma
responsável, não meramente como críticos, mas como sujeitos reflexivos,
capazes de perceber a realidade e a partir dela assumir coerentemente uma
postura educativa, capaz de promover transformações educacionais e sociais,
assumindo a postura de intelectual transformador, capaz de pesquisar e
produzir o próprio conhecimento, tenho em vista esse objetivo, espero que
você continue me dando essa força para a conclusão desse meu sonho tão
grandioso de ser uma grande educadora.
ASS: Isabel Ferreira das Neves.
11.Estudante: Marilande de Jesus Silva
Ao diretor da Escola Municipal Paulo Souto,
A educação nos dias atuais exige um novo padrão de professor mais
qualificado que apresente uma postura mais flexível e com uma metodologia de
ensino voltada para a formação de indivíduos capazes de lidar positivamente
com a contínua e acelerada transformação tecnológica. Visto que no Brasil,
assim como em todo mundo a educação vem acompanhando os avanços
tecnológicos.
Nessa perspectiva, elaborei um projeto profissional, onde se enfatiza como
condição necessária para a época em que vivemos quatro saberes
fundamentais para o pleno desenvolvimento do individuo: aprender a conhecer,
que pressupõe saber selecionar, acessar e integrar os elementos de uma
cultura geral, sendo capaz de aprender a aprender ao longo de toda a vida, ou
seja, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a conviver, onde
prever a compreensão do outro e a percepção das interdependências, realizar
projetos comuns e preparar-se para gerenciar conflitos, no respeito pelos
valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz, ou seja, participar e
cooperar com os outros em todas as atividades humanas; aprender a fazer,
onde o aluno possa adquirir, não somente uma qualificação profissional mas,
de maneira mais ampla, competências que tornem o aluno apto a enfrentar
numerosas situações e a trabalhar em equipe, ou seja, poder agir sobre o meio
envolvente e; aprender a ser, onde enfatiza a importância do
autoconhecimento, com desenvolvimento da autonomia, discernimento e
responsabilidade pessoal, ou seja, formar-se integralmente.
Com isso, o repensar de nossas atuações, como professor de português nos
leva a despertar nos alunos a necessidade de aprofundar seus conhecimentos
para continuar aprendendo, aprimorando-os como pessoas humanas e
buscando a formação ética, o pensamento crítico e a autonomia intelectual,
para isso, o professor deve estar constantemente aprendendo, buscando novas
formas de conhecimento para que essa prática reflita nos alunos, que
certamente serão cidadãos melhores, de modo a poder decidir, por si mesmo,
como agir nas diferentes circunstancias da vida.
Atenciosamente, Marilande.
12.Estudante: CRISTIANE FERNANDES DE ARAÚJO NASCIMENTO
Carinhanha, 06 de abril de 2009.
Paz e Bem, professora Hidazélia,
É com muito prazer que compartilho com umas das professoras mais
queridas do Ensino Médio, reflexões feitas acerca do exercício docente no
atual contexto. Como professora preciso ser aprendiz, mediadora, que
promove conexões entre conhecimentos prévios e o escolar e vai além dos
limites da sala de aula. Devo ser pesquisadora, sempre indagando e
buscando novos caminhos para ajudar com mais eficácia o desenvolvimento
das competências cognitivas, afetivas e sócio-culturais dos meus alunos. Pois
ser educadora é acima de tudo ser “sonhadora” e “otimista”, é acreditar que,
apesar dos obstáculos e limitações que permeiam o nosso dia-a-dia,
podemos sempre fazer o melhor, é crer em si mesma e num futuro promissor
para educação, ser amiga dos alunos e percebê-los como pessoas que estão
construindo sua identidade.
Considerando que o educador deve estar disposto a filiar-se ao regime
de formação continuada, então nós como professores devemos ser exemplos
da pesquisa e aprimoramento dos conhecimentos. Assim é possível oferecer
aos nossos educandos o que há de melhor no plano teórico – um
conhecimento atualizado, inovador, com eficácia política.
Portanto, na sociedade da informação e do conhecimento “valorizar-se a
curiosidade intelectual, a capacidade de utilizar e recriar o conhecimento, de
questionar e indagar, de ter um pensamento próprio, de desenvolver
mecanismos de auto-aprendizagem”. Como diz a pedagoga Isabel Alarcão.
Informações essenciais, para o professor manter a competência de continuar
aprendendo ao longo da vida.
Outrossim, ensinar os alunos a escrever e falar são passos
indispensáveis para enriquecermos nossa experiência de vida, pois ele
poderá obter sucesso em oportunidades de emprego, nos relacionamentos
pessoais e nos estudos,visto que tudo isso está intimamente ligado à
capacidade de se expressar devidamente por meio da língua falada e escrita.
Essa habilidade pode ser construída e é uma das questões mais importantes
no dia-a-dia da escola, porque o domínio da língua é um processo.
A escola tem a função de formar leitores críticos, e para chegar a esse
nível é necessário um prolongado convívio com os textos, uma verdadeira
imersão na leitura. Visto que, uma pessoa só escreve com desenvoltura
depois que aprende a pensar na língua escrita.
Diante desse mundo atual, que demanda gente capaz de usar a escrita
para construir conhecimento e se expressar, surge a necessidade de que a
escola precisa investir de fato, em leitura extensiva, formar leitores de obras
literárias, onde a experiência de viver é confrontada e enriquecida, de ensaios
e textos científicos, que ampliam e consolidam o conhecimento.
Penso que ensinar não é transmitir conhecimentos, pois o educador não
tem o vírus da sabedoria. Ele deve orientar a aprendizagem, ajudar a formular
conceitos, a despertar as potencialidades inatas dos indivíduos para que se
forme um consenso em torno de verdades e eles próprios encontrem as suas
opções.
Durante muito tempo, a leitura era entendida simplesmente como um ato
de decodificação, em que se convertiam letras em sons. Em função dessa
visão, a escola formou uma quantidade grande de leitores inaptos a
compreenderem os textos lidos, embora os decodificassem. Porém muitas
mudanças ocorreram na proposta pedagógica, porque antes os professores
elencavam apenas conteúdos gramaticais. Hoje percebemos avanços, pois
nossas práticas em sala de aula estão sendo renovadas, por exemplo, o
professor, centraliza sua percepção na produção do texto, na diversidade de
gêneros, na reescritura do texto, julgando a qualidade e o sentido do mesmo.
Então, como educadora, preciso refletir, pesquisar e elaborar meu
próprio conhecimento. Devo me preparar para estar apta perante os desafios
existentes dentro da sala de aula, estar sempre atenta aos avanços
tecnológicos, aos transbordamentos da ciência e não embrutecer na resposta.
Porque quem ama educa, pois educar é educar-se a cada dia, sem a
pretensão de preparar o aluno para a vida, pois o educador não possui o pode
de adivinhar o futuro. O professor deve sim, orientar para que, em situações
imprevisíveis, se processem alternativas. Logo educar não é ensinar, é
aprender.
Finalizando, penso que o professor deve estar atento a uma frase de um
dos maiores educadores do mundo: “Sem a curiosidade que move, que me
inquieta, que me insere na busca, não aprendo, e nem ensino.” Paulo
Freire
13.Estudante: João Santos de Souza
Olá querida amiga professora Lúcia, tudo bem...
É com gosto que venho por meio desta carta lhe falar sobre o docente.
Lúcia o docente é uma peça essencial para a formação intelectual do ser
humano, ou seja, é a peça principal no processo de desenvolvimento
psicológico dos indivíduos quanto em relação ao ensino-aprendizagem, e
nesse propósito é que o trabalho do docente servirá bem as escolas e toda a
sociedade (é bom lembrar que o docente busca por meio da educação
transformar a sociedade numa sociedade mais digna e justa para todos). Lu,
Creio que o professor de hoje deva primeiramente “se ter informações” visto
que esta é primordial ao exercício da docência, não se pode ser um bom
profissional se não estiver dotado de saberes inerentes ao exercício da
docência. Será por meio das informações que o professor conseguirá lidar e
vencer os desafios de ensinar educandos de vários costumes e culturas. Lu,
percebo também outro aspecto que é o “conhecimento” este é fundamental
para que se possa ter sucesso no ensino, pois o conhecimento favorece o
surgimento de novos métodos, fatos, conceitos e princípios, estas são formas
inovadoras que possibilitam o surgimento de novas técnicas de ensino e é
verdade a inovação é o sucesso do professor. Lu, eu percebo também um
outro conhecimento que o professor deve ter, é a “competência” para assim
poder exercer com plena capacidade determinadas atribuições. Lúcia, eu noto
que o docente só alcança a verdadeira competência quando passa por um
processo de auto formação essencial na vida do mesmo, assim o professor
passa a refletir sobre sua pratica docente.
Lúcia, eu vejo que, para o docente ser um profissional reflexivo e
investigativo o professor deve achar a solução criando condições que permitem
aos educandos aprender a aprender segundo seus ritmos, interesses e
necessidades tentando desenvolver a sua autonomia na aprendizagem e a
assumir um papel responsável.
Lu, acho que o professor deve estar sano e ter consciência da
capacidade pensamento e reflexão do ser humano como criativo e não como
reprodutor de idéias e praticas que lhes são exteriores. Lu, eu creio ainda que o
docente também não deve agir isoladamente na sua escola e na sociedade,
pois não se deve ser um individualista que oculte seus conhecimentos, ele tem
de ser um pesquisador para que possa sempre estar adquirindo uma nova
formação. Lu, o professor age, com sua ação ele demonstra tudo que ele é
capaz de fazer por si e pelos outros, assim alimenta-se cada vez mais seu
psico de reflexão. O conhecimento é uma outra arma e esta leva-o a
compreender os saberes, para assim passar sem falta aos educandos.
Eu vejo Lu, que o professor de língua portuguesa que almeja formar
estudantes leitores e escritores deve-se primeiramente ser um excelente leitor
e escritor, buscar novas estratégias para que o aluno possa ter uma formação
completa dos seus ideias, sonhos e acima de tudo suas realizações como ser
humano, só assim poderá ensinar com qualidade ao passo de atingir o ápice
de seus sonhos educacional, mas também não abrir mão de ser uma boa base
para a formação dos educandos.
14.Estudante: Eduardo de Souza Freitas
Carinhanha, 30 de março de 2009.
Saudações Querida e estimada colega, Luciene Roriz; ou melhor, “Docinho”; é
sempre bom comungar com você o meu sonho de ser professor de Língua
Portuguesa. Pois, o tenho como missão; ou seja, um caminho que precisa de
muita consciência e amor; principalmente, em uma sociedade de crescentes
contrastes sociais.
Ás vezes, eu desanimo com os noticiários perversos e pessimistas que
muitos fazem sobre a nossa educação. Mas, o desafio me faz ser forte; e
entender que o professor da contemporaneidade deve ser ético, construtor do
conhecimento; refletindo e investigando constantemente a sua prática
pedagógica. Sei que você não gostaria de está neste curso, mas tem se
dedicado plenamente na sua formação docente. Isso é importante para
formação de um bom professor; o qual é capaz de criar novas competências.
Tenho esforçado o bastante para consolidação da nova visão do professor,
como: inovador, reflexivo e investigativo.
Pois, investigar significa para eu criar novas competências, viver em
profunda reflexão, autorreflexão; e em coletividade com os outros saberes.
Você, “Docinho”, tem contribuído positivamente nessa perspectiva; pois, temos
entendido essa nova visão sobre a educação.
Talvez esteja lhe incomodando com as minhas palavras; pois, o novo
sempre incomoda; e a mudança é um caminho que precisa de consciência
para enfrentá-la. Sinto-me também, ora incomodado com esse novo conceito
de professor da sociedade moderna; pois, acredito na educação como inclusão
social em meio às tantas mazelas. Sei que o professor não é mais aquele que
simplesmente reproduz um sistema curricular; mas, aquele que leva o
educando a ser cidadão justo. Justo aqui entendido como aquele capaz de
promover a vida. Tenho bastante fé que serei um bom professor; pois, para ser
um bom professor um único conteúdo basta. E o amor é este conteúdo. “Pois,
“recordo amigo “Docinho”, uma frase do grande pedagogo do universo; Jesus
disse:” A vida é um ato de amor”; parafraseando o mestre, compreendo a
educação como um ato deste amor.
São muitos desafios; mas, o grande desafio de um educador é
compreender a sua importância na vida de cada indivíduo que acredita na
educação como transformação de vida. Infelizmente, os nossos cursos de
formação não priorizam algumas vertentes da docência de forma consistente,
como: a leitura e escrita.
Com certeza, neste momento; você deve estar recordando daquelas
gostosas conversas que temos sobre leitura e escrita. Pois, como você sabe,
vivo movido pelas lindas e preciosas palavras de determinados escritores que
conceitua algo. E nós temos a responsabilidades de criar novos cidadãos
capazes de escrever e ler bem. E antes de qualquer coisa, preciso ser este
leitor e escritor competente.
Temos criticamente de lutar para que os nossos cursos priorizem a
leitura e a escrita. Pois, os nossos cidadãos nas nossas salas de aula esperam
para consolidação da cidadania. Sei que você deve estar sorrindo devido a
palavra cidadão; pois, sabe que aluno para mim não é aluno; é cidadão. Que
precisa ser orientado e conduzido a algo que lhe torne melhor.
Por fim, deixo os meus calorosos, íntimos, verdadeiros e cativantes
abraços. E que Deus lhe abençoe a cada dia e a cada instante. Do amigo, ora
“chato” e ora “antipático”.
Edu Freitas.
15.ESTUDANTE: ALCILENE DIAS DA SILVA
Carinhanha-Ba, 28-03-2009.
Querida Lucia,
Atualmente vivemos em uma nova sociedade que passou por diversas
transformações, inclusive na área da educação. Devemos estar atentas e
acompanhar o movimento de mudanças. Devido a alguns avanços, fazemos
parte da era da informação, onde a linguagem perpassa cada uma de nossas
atividades, individuais e coletivas. As linguagens se cruzam, se completam e se
modificam incessantemente, acompanhando o movimento de transformação
dos seres humanos e suas formas de organização social. Como fazemos parte
dessa nova era não podemos nos esquecer que os novos conceitos de ensinar
precisam ser vistos. O cotidiano escolar dos dias de hoje são diferentes dos de
alguns anos atrás, a forma dos alunos, docentes e sociedade se relacionarem,
aos poucos foram sendo modificado em alguns aspectos, como você sabe, os
processos e conhecimentos pedagógicos daquela época são diferentes dos
dias atuais, mas isso não significa que eles foram totalmente abandonados,
mas apenas foram renovados em alguns pontos. Com tudo isso, o professor ou
professora precisa adquirir conhecimentos ou estratégias especificas, se
convertendo em um profissional que participe de forma ativa e criticamente no
verdadeiro processo de inovação e mudança, a partir de e em seu próprio
contexto, em um processo dinâmico e flexível.
Colega saiba também que devido às modificações no decorrer das
décadas, os conhecimentos necessários ao exercício docente nos dias atuais
são que os professores devam agir em sua prática, refletir sobre ela e
reorganizá-la. Ele deve ser um profissional reflexivo e investigativo, um agente
de mudanças na relação com os alunos e a comunidade escolar individual e
coletivamente, deve lutar pela melhoria das condições de trabalho, deve ser um
professor atento ao desenvolvimento de competências e habilidades, incluindo
a participação dos alunos para despertar neles a curiosidade e o interesse para
continuarem aprendendo e permanecendo na escola. Ressaltando ainda que o
professor de língua portuguesa, tendo um conhecimento mais estruturado,
científico e profundo, sobre como a língua pátria é constituída e como a mesma
funciona enquanto instrumento de comunicação com uma dimensão social e
histórica, ele terá melhores condições de decidir o que é pertinente trabalhar
com seus alunos e como estruturar as atividades que os ajudem a atingir um
maior domínio da língua e a ter uma maior e melhor competência comunicativa.
Lú acredita-se que o que caracteriza o docente como um profissional
reflexivo e investigativo é o fato dele está aberto à inovação, buscando sempre
novas estratégias para melhorar o ensino-aprendizado dos educando,
tornando-se criativo e não apenas um mero reprodutor de ideias e práticas que
lhe são exteriores, o mesmo deve atuar de forma inteligente e flexível, situada
e reativa, deve ser um estruturador e animador das aprendizagens e não
apenas estruturador do ensino. Além disso, o docente como um profissional
reflexivo e investigativo, ele repensa o seu papel, tem consciência de que é
apenas uma fonte de informação entre muitas outras, desenvolve a sua
autonomia na aprendizagem ao assumir um papel ativo e responsável. O
professor reflexivo não agir isoladamente na sua escola, no seu local de
trabalho ele, com seus colegas, constrói a profissionalidade docente, o mesmo
reflete em situação e constrói conhecimento a partir do pensamento sobre a
sua prática. Enfim, está sempre a disposição e em busca da inovação com o
propósito de melhorar a educação. Com relação às competências e
habilidades o professor de Língua Portuguesa para formar estudantes leitores
e escritores autônomos, capazes de inserir-se no mundo do trabalho e exercer
sua cidadania de forma critica deve criar, estruturar e dinamizar situações de
aprendizagem e estimular a aprendizagem e a autoconfiança nas capacidades
individuais, o mesmo precisa se recontextualizar na sua identidade e
responsabilidades profissionais, tem de ser um profissional reflexivo numa
comunidade profissional reflexiva, devem exerce funções de motivação, luta
contra a exclusão social, participação, animação de grupos, relações com
estruturas sociais, com a comunidade entre outros. O professor de Língua
Portuguesa deve também confrontar opiniões e pontos de vista sobre as
diferentes manifestações da linguagem verbal, deve compreender e usar a
língua materna, geradora de significação e integradora da organização do
mundo e da própria identidade, aplicar as tecnologias de comunicação e da
informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes da vida.
Como professoras de Língua Portuguesa, podemos desenvolver competências
e habilidades na sala de aula criando um ambiente motivador, desenvolvendo
situações de aprendizagem em que o aluno tenha papel ativo na construção do
conhecimento, usando adequadamente os recursos didáticos, a avaliação
formativa, as estratégias de ensino e o conteúdo, proporcionando atividades
desafiadoras como confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes
manifestações da linguagem verbal, aplicar as tecnologias de comunicação e
da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes da vida,
levá-los a pensar sobre a linguagem que já conhece para que eles
compreendam e saibam utilizar-la adequadamente nos variados contextos
sociais. Para isso é importante que conheçamos o aluno e sua história devida
para ficarmos próximo dele, saber seus interesses e sonhos para a partir daí,
prepararmos aulas atrativas e significativas que atenderão as necessidades e o
interesse da turma, sabendo que devemos ser o principal agente motivador.
Espero que tenha gostado, e se tem algo a acrescentar, estou pronta
para escutar, pois estou aberta as inovações.
Abraços!
16.Estudante: Anderson Dias dos Santos
Carinhanha, 16 de abril de 2009.
Professora Lúcia,
Oi professora, tudo bem? Espero que sim. Diante da pouca prática pedagógica
vivenciada por mim e depois dos estudos na disciplina PP; percebi o quanto
fiquei e ainda estou angustiado acerca da prática docente, mais precisamente
do meu agir como professor. Reconheço que tal ofício sempre foi algo muito
exigente e continua até hoje.
Sei que como profissional da área educacional, devo saber observar a
realidade desse mundo informatizado e globalizado, reconhecendo que devo
ter como prioridade não somente os saberes referentes à disciplina que ensino,
mas sim, antentar-se a outros temas. Contudo, como é de seu conhecimento,
nós professores ou em qualquer outra área profissional não conseguiremos ser
os detentores do saber.
Sabe professora, mesmo reconhecendo nossa limitação, percebo também que
nesse saber que não sabemos tudo, temos a certeza de que sempre enquanto
vivermos deveremos buscar saber um pouco mais para melhor educar. Nesse
sentido, sei que devo a todo instante usar da minha capacidade de ler e
interpretar o mundo de forma consciente e buscando sempre que essa seja
uma capacidade teórica e prática. Com tal ação, talvez consiga provocar com
que os meus alunos construam em conjunto com a proposta educacional sua
própria aprendizagem e conhecimento.
Analisando tal ação de refleti acerca da realidade circundante, espero ser visto,
mesmo reconhecendo minhas limitações, como um professor disposto a
investigar para a efetuação do meu plano teórico e refletir constantemente a
minha prática pedagógica, para tentar melhor auxiliar meus alunos no processo
ensino-aprendizagem.
Portanto, sei que como graduando em Letras e destinado se possível a ser
professor de Língua Portuguesa, preciso ter a competência de conhecer bem o
que me foi proposto a ensinar, ou ser humilde e ter consciência que preciso
buscar conhecer melhor tal conteúdo. Devo também saber usar das minhas
habilidades de organização, inovação e criatividade, pois elas serão
mecanismos de incentivo para ambas as partes no campo de ensino-
aprendizagem. Espero que minha prática mesclada de outras vertentes
pedagógicas ajude não somente na autonomia das palavras, da fala ou da
escrita pelos meus alunos, mas também no exercício constante da cidadania.
Desde já, muito obrigado professora por ter me incentivado a lhe reescrever,
pois foi muito bom. Qualquer novidade acerca desse assunto me informe.
Fique com Deus e até outra oportunidade.
17.Estudante: Janete Costa do Ouro
A educação é o maior e único caminho que nos levará a acompanhar e a
enfrentar globalização que está presente no atual mundo do conhecimento.
Assim, essa sociedade é caracterizada por várias tecnologias que leva um
aceleramento das informações em nosso meio e vem causando um grande
impacto no ensino-aprendizagem. Compreender a importância desse cenário é
fundamental para a ampliação e desenvolvimento da educação. Nesse
processo, esse é o ponto de partida para realizar reflexões acerca do processo
de formação que atenda as expectativas da sociedade do conhecimento. Com
essas mudanças é necessário de um olhar crítico, reflexivo e inovador
valorizando as atitudes individuais e principalmente as coletivas em que a
cooperação por parte de todos envolvidos na comunidade escolar é um ponto
crucial para o desenvolvimento de todo sujeito.
Nessa perspectiva, a educação da atualidade precisa além de criar
conhecimento, propiciar ao individuo a conhecer e a ter acesso a essas
informações que circulam em todo meio social. Com base nos estudos
realizados fica perceptível que os conhecimentos necessários para o exercício
do atual profissional estão baseados na ação/reflexão/ação, sendo que essa
reflexão contribuirá na formação de práticas próprias e inovadoras não sendo
um reprodutor de conhecimentos acabados e prontos a ser depositado nos
sujeitos. Além de ser um docente que colabore com a participação coletiva nas
ações desenvolvidas em uma instituição. Um docente que esteja informado dos
acontecimentos que circulam no mundo e principalmente que seja instruído a
manipular essas novas tecnologias, atuando de maneira coletiva. É importante
destacar que o professor de Língua Portuguesa necessita de várias
competências, mas é essencial que o mesmo tenha a competência reflexiva,
pois a reflexão está baseada na capacidade de perceber, observar, pensar e
analisar sendo capaz de distinguir as informações certas ou erradas o que é
bom ou ruim construindo conhecimentos que são fundamentais para a
formação humana. Além das competências pedagógicas que todo profissional
deve dominar para um bom desenvolvimento de seu trabalho como educador,
essa competência está voltada nas questões teóricas e práticas que envolvem
a educação.
Dessa forma o profissional da língua portuguesa formará sujeitos capazes de
entender, e compreender o mundo, como nas palavras de LIBÂNEO “As
pessoas mudam com as organizações e as organizações mudam com as
pessoas”.
Enfim, o docente do atual mundo contemporâneo precisa adotar os pontos
principais discutidos nos estudos desse tópico.
CARINHANHA, 05 DE ABRIL DE 2009.
Estimada mana Sara,
É com imensa alegria que escrevo está carta, espero que você se encontre
bem. Não vou prolongar muito a conversa, pois estou preocupada tenho que
desenvolver um projeto. E sabe como você está cursando pedagogia pela
UAB/UNB acredito ser a pessoa certa para colaborar na execução e correção
do mesmo. Esse trabalho é uma atividade da disciplina Organização do
Trabalho Pedagógico do curso da mesma faculdade. Sabe mana de inicio
quando a professora solicitou esse trabalho fiquei sem rumo que até perdi a
data de entrega, mas a professora é muito compreensível e me deu uma outra
oportunidade então peço a sua ajuda.
Para iniciar a construção de um projeto acredito que é necessária a escolha de
um tema o escolhido é o seguinte: Saberes Fundamentais para o Profissional
da Língua Portuguesa na Sociedade Atual. E aí minha irmã? O que você achou
do tema?
Olhe só Sarinha, eu li o material, refleti e acho que como objetivo geral o
presente projeto pode ser conscientizar o docente sobre as competências
essenciais para a formação de sujeitos conscientes de sua ação no mundo.
Enquanto os específicos são eles desenvolver práticas inovadoras, baseado no
atual cenário educacional, analisar as situações e as transformações ocorridas
discernindo as essenciais para a vida, conhecer as transformações ocorridas
no mundo, acompanhar utilizando as novas redes de tecnologia informacional,
investigar a realidade para saber que rumo seguir.
Ei minha querida irmã! O que você achou desses objetivos?
Sabe por que trabalhar tudo isso? Vou tentar justificar esse projeto. Visto que a
atual sociedade do conhecimento está cada vez mais complexa, apresentando
uma imensa diversidade de transformação e principalmente no que se refere
na maneira como essas informações giram aceleradamente no meio social. É
nesse sentido que surge a necessidade de formar profissionais competentes
que atendam a essas novas demandas e tendo destacadamente em vista uma
formação acadêmica eficaz para que assim os mesmos formem cidadãos
justos e mais humanos.
É importante mana destacar a metodologia a ser desenvolvida. Em um primeiro
momento cursos de capacitação, formação continuada, a leitura de grandes
teóricos como Paulo Freire, Libâneo, Moacir dentre outros. Prosseguindo
debates, trocas de experiência em momentos coletivos e a ação reflexão e
ação só assim poderá perceber os erros e acertos.
Olha só mana Sarinha, a avaliação irá acontecer ao passo que o docente for
adquirindo conhecimentos, o mesmo colocará em prática demonstrando o que
foi aprendido e apresentando para a sociedade sujeitos de bem. Em falar nisso
minha irmã precisa de recursos não é isso?Ah! Então espero que utilize todas
as informações que circulam no mundo globalizado. Ei Sara! Será que como
culminância poderá ser apresentada o IDEB com a média que todo o país
deseja alcançar? Se pode então essa é a nossa culminância se todos os
profissionais abraçar essa causa com muita garra.
Bem minha querida irmã está aí!!! O que você acha desse meu projeto?Vou
esperar sua resposta rápida, porque só assim poderei intervir na melhoria da
nossa educação.
Beijos e abraços afetuosos!
De sua estimada irmã Janete.
18.Estudante: WALDILÉIA FERREIRA DOS SANTOS DO CARMO
Olá, querida colega Lucinete, Estou aqui escrevendo esta carta pra lhe contar algumas descobertas que estou fazendo
trabalhando como professora e sendo aluna também Lu hoje fazendo parte da UAB
percebo o quanto estou aprendendo e o quanto ainda tenho que aprender para fazer um
bom trabalho em sala de aula, nos dias de hoje nós como professores devemos saber o
possível e o impossível para da conta de uma sala de aula ainda mais que professor
hoje virou alvo das violências dos alunos, a criatividade nunca deixou de ser o requisito
importante dentro de uma sala de aula, hoje contamos com a tecnologia que está ai
competindo conosco enquanto, e nossos alunos estão tendo acesso a toda essa
informação e cabe a nós intermediar para fazer com que eles não entenda tudo errado
essas descobertas que a mídia oferece a toda hora, ai colega entra o profissional
reflexivo onde podemos atuar, e comandar o espetáculo ao mesmo tempo, e estou
fazendo o entendimento da poesia assim tentarem estudar amizade o amor com os
colegas e alunos.
Afinal, me pergunto, o que caracteriza o professor como um professor reflexivo?
Acho que a resposta está em nossas ações, pois o docente que busca cada vez mais
qualificar os seus alunos e estar colaborando para uma pedagogia de sucesso. Afinal
quando se busca uma nova realização de trabalho, estou buscando uma melhor
participação nas minhas aulas, através das condições concretas presentes na escola.
Para o professor é muito importante construir um projeto pedagógico próprio e cultivá-
lo como fonte de inspiração criativa e crítica. Tento buscar o desenvolvimento da
comunidade escolar para criar utopia pedagógica que rompe com o individualismo e
estabelece a parceria e o diálogo franco. De uma forma ou de outra, existem os
educadores que tem buscado o caminho da coerência entre o pensar e o fazer, acho que
eu encaixo nesse conceito de pelo menos tentar cada vez mais, aprimorar os meus
métodos educacionais para qualificar sempre as minhas aulas de forma rica e coerente.
19.Estudante: Alexandra Dourado da Silva
Povoado do Capinão, 30 de março de 2009.
Oi querida amiga ,tudo bem? Espero que sim!
É com muita alegria que escrevo para você,quero poder compartilhar contigo
meu projeto de trabalho com língua portuguesa do fundamental II. Drica,tenho
várias coisas em mente para serem trabalhadas na sala de aula,mas
primeiramente gostaria de refletir sobre o meu papel como educador:Qual
minha função na sociedade? Que papel exerço na minha escola? Que tipo de
cidadão ajudarei formar? Enfim,são várias as reflexões que devo fazer para
escolher os conteúdos,objetivos,metodologias que serão úteis e necessárias
para resolver situações problemas do cotidiano . Devo está atenta ao processo
tecnológico,pois quero proporcionar aos meus alunos conhecimentos e
habilidades para discernir conhecimento de informação. Você sabia que o
Conselho Municipal de Educação do nosso município aprovou como parte
diversificada do currículo as disciplinas de Filosofia e Ensino Tecnológico? Pois
é amiga,além de eu estar fazendo uma faculdade a distância, agora terei o
privilégio de orientar meus alunos quanto a importância desse novo método de
ensino EAD,que é essencial numa sociedade tecnológica,multimídia e
globalizada,quero que eles adquiram conhecimentos
científicos,tecnológicos,desenvolvendo habilidades para operá-los,revê-
los,reconstruí-los com sabedoria,analisando-os,questionando-os,confrontando-
os e contextualizando-os.
Adriana, tenho um projeto de resgate de cultura na comunidade através
de músicas antigas,causos,contos,crendices,lendas,quero resgatar a arte de
bordar, tecer esteira, crochetear,as cantigas de roda, brincadeiras de criança
entre outras coisas que hoje já não vemos mais. Quero começar com uma
pesquisa na comunidade, mas quem vai fazer são os próprios alunos,as turmas
serão divididas em grupos,cada um ficará com um tema,uns farão entrevista
com os moradores mais velhos,outros irão atrás dos artistas,outros vão buscar
objetos antigos para fazermos uma exposição,é um processo,depois te mando
outra carta detalhando sobre esse meu projeto. Tenho também a pretensão de
trabalhar o cordel como variação linguística, para que os alunos entendam que
a maneira que eles falam não é errada e sim diferente da norma padrão, criada
pelo homem,quero que reflitam acerca da utilização da linguagem dos
livros,das gramáticas em situações e locais nos quais exigem que essas sejam
utilizadas,sistematizando a linguagem popular com o domínio da língua
oral,garantindo a eles os conhecimentos necessários para o exercício da
cidadania.Vou acompanhar a aprendizagem deles por meio de registros,
possivelmente eles construirão um portfólio com suas produções textuais.
Estou ansiosa Dri, para ler os textos deles e poder instruí-los a
refazer,corrigir,comparar,e por fim,serem produtores de seus próprios
textos,para isso quero que eles experimentem e conheçam uma grande
diversidade de gêneros textuais para dar embasamento em suas produções
escritas. Quero promover debates, pois nossos alunos da zona rural às vezes
se sentem discriminados e se recuam diante de questionamentos,mas quero
que eles se sintam importantes e capazes de se expressar .
Amiga, não sei se você concorda, mas para que esse e outros projetos deem
certo é necessária a participação da comunidade,dos colegiados,ou seja não
posso trabalhar isolada preciso fazer parcerias com esses segmentos,bem
como preciso dos meus colegas para transcedermos os temas. É assim que
penso,a escola precisa fortalecer as relações,dividir responsabilidades para
encontrar possíveis soluções para os problemas sociais da nossa comunidade.
Quero terminar minha carta com um poema que é um sonho que tenho para
realizar :a qualidade da educação pública no nosso país.
Viaje nas palavras do nosso Drummond de Andrade.
Me escreva e diga o que achou do meu projeto pedagógico.
Beijos mil!!!!!
"Para Sara, Raquel, Lia e para todas as Crianças"
Carlos Drummond de Andrade
Eu queria uma escola que cultivasse
a curiosidade de aprender
que é em vocês natural.
Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos: que possibilitasse seu crescimento físico e sadio. Normal
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo. Deus.
Mas que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação. E que dessas coisas lhes ensinasse não só o conhecer, como também a aceitar, a amar e preservar. Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa história e a nossa terra de uma maneira viva e atraente. Eu queria uma escola que lhes ensinasse a usarem bem a nossa língua, a pensarem e a se expressarem com clareza. Eu queria uma escola que lhes ensinassem a pensar, a raciocinar, a procurar soluções. Eu queria uma escola que desde cedo usasse materiais concretos para que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáticos, os conceitos de números, as operações... pedrinhas... só porcariinhas!... fazendo vocês aprenderem brincando... Oh! meu Deus! Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos. Deus que livre vocês de decorar sem entender, nomes, datas, fatos... Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos "prontos", mediocremente embalados nos livros didáticos descartáveis. Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo, repetindo, repetindo...
Eu também queria uma escola que ensinasse a conviver, a cooperar, a respeitar, a esperar, a saber viver em comunidade, em união. Que vocês aprendessem a transformar e criar. Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem cada sentimento, cada drama, cada emoção. Ah! E antes que eu me esqueça: Deus que livre vocês de um professor incompetente.
20.ESTUDANTE: GETÚLIO FERREIRA GONÇALVES
Agrovila 15, Carinhanha – Ba, 30 de março de 2009. Ao meu digno companheiro de ofício Josemar Costa Almeida Quero aqui comentar sobre o exercício do professor e sua preparação, bem como
o avanço mais acelerado das ciências e do conhecimento no mundo contemporâneo, que
vem exigindo do professor uma preparação mais apurada e uma atualização que deve
ser permanente, devemos dominar bem as áreas de conhecimentos que trabalhamos no
dia a dia com o aluno na escola, dentre elas destaco, linguagens e códigos. Compreendo
que a ciência básica da educação ajuda o professor a compreender e atuar diante da
diversidade que caracteriza o aluno, grupos, comunidades, sociedades, culturas, povos,
religiões, países, o mundo.
Josemar, felizmente sendo professor você não está sozinho no seu trabalho, há
contigo agentes e instituições que atuam dentro e fora da escola e do sistema escolar, a
que pertence à mobilização destes para o apoia-lo. Lembre-se a língua se transforma
para atender as novas necessidades da comunidade e sofre variações adaptativas com
relação as diferentes situações do cotidiano. Estou confiante que no exercício do meu
trabalho em sala de aula contribuirei para a formação do cidadão autônomo, crítico-
organizado e com liberdade de expressar os seus pensamentos, sendo sujeito de
participação e construção da história processual da humanidade.
Estou à espera de um retorno contendo as novas práticas e perspectivas que tens
adotados no seu trabalho escolar.
Abraços!
Getúlio Ferreira Gonçalves
21.Estudante: Viviane Gusmão Costa
Carinhanha, 01 de maio de 2009.
Querida professora Antonieta,
Hoje estive pensando sobre o desempenho negativo dos nossos alunos
no último Exame Nacional do Ensino Médio ENEM, que demonstra como
grande parcela dos nossos jovens não é capaz de fazer uso eficaz da leitura e
da escrita. Acredito que isto aconteça devido a forma que se tem conduzido o
ensino da língua materna, não estamos dando condições para que os alunos
use a língua com eficiência. A maneira como o Português tem sido ensinado
afasta a língua da vida e de seu uso real.
O que podemos fazer para sermos bons professores de Língua
Portuguesa? Como podemos ser professores que permitem aos alunos o
domínio das habilidades do uso da língua em situações concretas de interação,
entendendo e produzindo diferentes enunciados nas diversas situações
comunicativas das quais participam em seu dia-a-dia?
O que será que vale mais, o aluno conhecer e dominar as regras da
gramática normativa ou sua competência em ler, compreender, interpretar,
produzir textos orais e escritos?
Quero desenvolver minhas ações buscando desenvolver em meus
alunos que farão com que eles aprendam sempre mais e melhor, buscando
desenvolver competências e habilidades de língua portuguesa, sobre as quais
temos conhecimento com o estudo dos PCN.
É importante que os alunos reconheçam as linguagens como elementos
integradores dos sistemas de comunicação e construam uma consciência
crítica sobre os usos que se fazem delas. Que eles também tenham a
habilidade em recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens para resolver
problemas sociais e do mundo do trabalho; em comparar diferentes variedades
lingüísticas, verificando sua adequação em diferentes situações comunicativas,
posicionando-se criticamente sobre os usos sociais.
De posse dessas competências e habilidades o aluno estará apto a usar
sua língua com eficiência.
Será que o professor munido apenas do desejo de ensinar fará um bom
trabalho? De que forma poderei superar as dificuldades e as impossibilidades
deste processo?
Não consigo me imaginar uma boa docente de Língua Portuguesa se
não for, sobretudo, reflexiva e investigativa.
Sendo reflexiva enfrento a minha falta de conhecimento e analiso
minhas experiências, revejo minha prática, procurando meios de melhor
exercer meu papel de mediadora. Examino constantemente as
fundamentações que embasam as minhas ações e procuro as causas dos
conflitos vividos no processo de ensinar e aprender, ponderando,
cuidadosamente, as conseqüências de meu ensinar.
É neste contexto que considero como ponto central de minha prática o
despertar das competências e habilidades da oralidade em meus alunos. Por
que a oralidade?
Por que os nossos alunos não demonstram a capacidade de atuar
oralmente nos mais diferentes contextos sociocomunicativos. Acredito que seja
importante que o aluno saiba distinguir as várias maneiras de se dirigir ao
interlocutor, variando de acordo com as situações formais ou não de interação.
Além disso, o estudo da oralidade está estreitamente ligado com a escrita,
influenciando nas diversas fases de sua aquisição.
Encontro apoio nos PCN para essa minha predileção pelo
desenvolvimento da oralidade, é só dá uma olhadinha no item “Que fala cabe a
escolar ensinar?”
A visão da língua abordada nessa passagem oferece-nos uma boa ajuda
na elaboração de materiais que valorizem o ensino da oralidade e que,
principalmente, contribui com o fim do preconceito disseminado na sociedade
em relação aos diversos falares do nosso Brasil. A escola deve ser o local de
enfrentamento deste preconceito como parte do objetivo da educação para o
respeito as diferenças.
Acredito que terei um ótimo resultado aliando o trabalho com a oralidade
ao trabalho com gêneros, inovando assim as formas tradicionais do ensino da
Língua Portuguesa, em prol de um ensino mais significativo para a vida dos
alunos.
O trabalho com gêneros permite o contato com as diversas
manifestações da linguagem, permite que o aluno seja capaz de responder as
diversas situações com que se confrontam e cria condições para que eles
reflitam sobre a linguagem e sejam sujeitos ativos do processo de produção
oral e escrita. Para isso é preciso que os alunos sejam expostos a diferentes
textos dos gêneros discursivos, que eles terão como referência e modelo para
a utilização e construção dos gêneros em sua vida prática.
Como a professora de português que considerei marcante e decisiva no
processo que me levou a exercer conscientemente minhas ações
comunicativas, considero-a a pessoa ideal para me orientar nesta formação, a
indicar os pontos em que devo mudar ou investir. Seja sincera e diga se estou
no caminho certo, caso contrário sei que não poderei ser uma boa professora.
Despeço-me com muitas saudades do meu tempo de aluna, quando a
senhora era uma das minhas referências.
Viviane G. Costa
22.Estudante: Virdária Viana Magalhães
Venho através desta comunicar aos professores da rede publica municipal de
Malhada - Bahia algumas contribuições necessárias ao exercício da docência,
sugerindo que todo professor tenha consciência da sua importância no
contexto sócio-educacional de uma determinada comunidade. Tenha certeza
de que o oficio docente está relacionado com a vida de inúmeras pessoas, pois
ninguém se faz professor de modo isolado. A formação e a pratica docente
exigem pré-disposição ao inacabamento.
Seguindo estas orientações todo professor do inicio da aula não será mais o
mesmo após o seu termino. O planejamento da aula, o contato com os alunos,
o desenvolvimento do conteúdo enfim, a sua ação pedagógica cotidiana o faz
permanentemente um ser em construção.
O professor, enquanto agente social presente na escola, instituição
responsável pela educação formal das pessoas, deve contribuir na formação
do aluno, priorizando sua aprendizagem e o exercício da cidadania. É muito
comum ouvirmos respostas do tipo: eu nasci para ser professor; é a minha
vocação; eu levo jeito. Ou, então, as respostas caminhariam para o seguinte
contexto: não havia outra opção; era a mais fácil naquele momento; pensei no
mercado de trabalho, pois sempre precisam de professor. No imaginativo
popular, até mesmo pelo contexto histórico em que a educação escolar
brasileira se encontra, verificamos duas percepções quanto á presença do
professor em nosso meio: é aquela pessoa que não encontrou outro caminho a
seguir ou é aquele profissional que é apaixonado pelo seu trabalho. A palavra
paixão pode ser definida como sendo um gosto muito vivo; acentuada
predileção por alguma coisa. Assim podemos dizer que, quando uma pessoa
escolhe tal profissão por paixão, a faz porque possui determinada preferência
por tal carreira, o que não significa que ela tenha disposição natural para tal
profissão.
Assim a profissão docente, mesmo partindo de uma esfera individual, está
relacionada diretamente ao aspecto social de nossas vidas. É no
direcionamento social do seu trabalho que observamos a competência do
professor.
Segundo Rios (2002), competência significa saber fazer bem. Mesmo sendo
fundamentais os aspectos técnicos e políticos da profissão docente, é
necessário que haja um elo entre o saber e o fazer. Essa mediação se dá pelos
princípios éticos no exercício profissional.
A dimensão técnica está diretamente ligada ao domínio de conhecimentos
científicos sistematizados e elaborados. Já a dimensão política está ligada ao
compromisso que o professor tem com o coletivo. É preciso ter uma visão
política ampla, no sentido da ressignificação da sua pratica pedagógica,
pensando na formação do aluno enquanto cidadão crítico, sabedor dos seus
direitos e deveres em prol da construção de uma sociedade transformada, mais
justa e igualitária.
Em relação às competências e habilidades deste profissional Freire (1998)
relacionou uma serie de saberes que são necessários á pratica educativa:
pesquisa, rigorosidade, bom senso, criticidade, alegria, tolerância, humildade,
amorosidade, etc. Muitos desses saberes estão relacionados á convivência no
ambiente escolar.
Enfim, a questão da relação, da convivência, entre professor e alunos precisa
ser contextualizada, inclusive, a partir das diretrizes sugeridas pela comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI, criada pela Unesco, que
aponta quatro pilares norteadores para o processo de ensino-aprendizagem:
aprender a conhecer, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conviver
(DELORS, 1999).
Como profissional o professor deve considerar as demais áreas da sociedade
(política, saúde, tecnologia, habitação, esporte, meio ambiente, economia,
industria, comercio, cultura etc.) que, juntas com a educação, vão organizando
e dando um rumo á vida das pessoas , apontando perspectivas quanto ao
futuro.
Como futura professora de Língua Portuguesa, anseio por aulas dinâmicas,
com grandiosos projetos de leituras e literatura que enriqueça o vocabulário
dos educandos e desperte nos mesmos suas competências e habilidades que
os tornarão pessoas criticas, questionadoras , autônomas e participantes do
meio o qual estarão inseridos, ou seja, um ensino diferente do qual tive em
toda a minha trajetória escolar.
Pra que tudo isso ocorra é necessário que haja em suas aulas investigações,
pesquisas, debates, seminários, exposições, de trabalhos, registros
sistemáticos, exercícios, leituras, estudo do meio. Estes são exemplos das
possibilidades metodológicas que o professor dispõe para o desenvolvimento
do seu trabalho.
Aderindo a estes métodos educacionais vocês perceberão o quanto melhorará
suas praticas pedagógicas.
Enfim desejo-lhes sucessos em suas atividades.
Beijos Virdaria
23.Estudante: Alessandra Nogueira Montalvão
Carinhanha – Bahia, 30-03-2009.
Olá amiga Jumária, Estou te escrevendo para expor as minhas ideias, acho que escolhi a pessoa
certa, pois sei da sua formação docente e como professora de língua
portuguesa e acadêmica pretende trilhar cada vez em prol de uma educação
acima de tudo qualificada certo?
Ser professora é uma tarefa árdua, mas é muito gratificante, sei que nem todos
os professores pensam como “eu” ou como “nos”, isso às vezes me entristeci,
pois gostaria do fundo do meu coração que todos os corpos docentes lutassem
por uma educação onde eles devem conhecer seus processos e suas
preferências de aprendizagem, para poder criar uma melhor adequação entre o
que irá propor em aula e a abordagem de cada aluno.
Tudo isso já é muito importante o que você acha?
Outra coisa muito interessante que eu acho é que como professora tenho
sempre que ajudar o discente a ter acesso a cultura, refletir, imaginar, criar,
atribuir valor, criticar e desenvolver a consciência, assim sei que estarei
ajudando o meu aluno a crescer como pessoa, afinal de contas sou uma
formadora.
Jumária gostaria também de questionar com você a situação de muitos
professores, como constatamos, está difícil; procuram então alternativas. O que
fazer? Tal procedimento é absolutamente razoável. Ocorre que acabam
buscando fora de si à resposta; não percebem que a alternativa tem que fazer
do seu plano de ação, tem de entrar no seu movimento reflexivo. Além disso,
não conseguem perceber o que de bom já fazem, não valorizam a própria
prática que seria o ponto de partida para novos avanços. Isso eu sinto no
ambiente do meu trabalho.
Eu procuro mapear a minha realidade, compreende-la. Conhecer a realidade
não é colecionar rótulos e estigmas. É necessário também buscar a clareza em
relação às finalidades, ao sonho, ao ideal, a utopia. Quero ser capaz de
“desgrudar” do que está dado, alçar vôos, vislumbrar novos horizontes.
Questiono-me varias vezes, procurando saber se eu estou nom caminho certo,
mas sinto que e por ai... O que acha?
Sendo assim um dos maiores projeto profissional que eu carrego comigo é
ação metodológica desencadeada por mim, por isso tem que ser pautada no
plano elaborado e a avaliação deve acompanhar todas as dimensões da
atividade docente.
Na medida em que eu ajudo o discente a ter acesso à cultura, a criar e
desenvolver a consciência sei com a produção de sentido, tendo ai um papel
decisivo para a formação dos meus alunos como ser humano. O que você me
responderia sobre essa questão?
Outra coisa que tenho como grande sonho que estou colocando em prática
é poder ajudar os meus alunos a conhecer sua preferência. Este, por sua vez,
vai contribuir para que fico mais consciente da minha própria preferências de
aprendizagem e dos alunos. Essa espiral pode iniciar a realização do meu
sonho como professora de conhecer as minhas próprias preferências de
aprendizagem e as maneiras como elas se explicitam nas minhas aulas
diversificando a forma (verbal escrita ou falada, imagem estática ou dinâmica
esquemas etc.).
Assim vou conhecer os meus alunos e ajuda-los a torna-se consciente das
suas preferências de aprendizagem. A minha ideia é que o próprio aluno ao
longo de sua vida na escola (e fora dela) possa ir certificando-se de como
aprende e desenvolvendo habilidades e estratégicas que o tornem um aprendiz
mais eficiente nos diferentes ambientes de aprendizagem que encontrar.
Abraços Alessandra
24.Estudante : Alane Fernandes Moreira
Caríssima professora e amiga Rita de Cássia,
Estou lhe enviando essa carta para lhe comunicar e convidar-lhe para minha
formatura que acontecerá no próximo mês, finalmente estou concluindo meu
curso de Letras pela UNB, foram dias difíceis, mas valeu a pena, e os estudos
não acabaram por aqui não, pois para mim o ato de aprender a ensinar é um
processo permanente que ocorre ao longo de toda a profissionalização
docente, assim a formação é um processo, no qual cada educador é sujeito
histórico que constrói novas práticas e referenciais teóricos e, portanto,
conhecimentos educacionais.
Eu como educadora pretendo construir conhecimentos no dia-a-dia de minha
pratica educacional, a partir dos desafios cotidianos, da vivência e do trabalho
colaborativo, e ainda pressupõe reflexão, investigação, procura de fontes de
informação e confronto de idéias. Assim, é imprescindível que se garantam
espaços para discussão, troca e reflexão, na sala de aula.
Meu sonho é poder um dia como docente formar cidadãos capacitados, críticos
e reflexivos, aptos a exercer sua cidadania, não ser apenas uma simples
professora de língua portuguesa que vai para frente da sala de aula impor
regras e ensinar aos alunos a codificar sinais, mas sim formar indivíduos, no
sentido de compreender e interpretar aquilo que ele lê.
Nós, como professores de Língua Portuguesa, temos de adotar uma postura
crítica frente à realidade que aí está, atuando de forma responsável, partícipes
do contexto social no qual estamos inseridos, não meramente como críticos,
mas como sujeitos reflexivos, capazes de perceber a realidade e a partir dela
assumir coerentemente uma postura educativa, capaz de promover
transformações educacionais e sociais, assumindo a postura de intelectual
transformador, capaz de pesquisar e produzir o próprio conhecimento, você
sabe do que estou falando, pois tenho você como um grande exemplo de
educadora, que para me tem todas essas qualificações que uma professora de
língua deve ter, por isso foi minha motivadora e que me inspirou a seguir essa
profissão tão nobre que é a de educadora, me sinto muito lisonjeada por saber
que vou ensinar a língua materna e ser responsável pela formação de futuros
cidadãos.
Não deixe de comparecer em minha formatura, sua presença é indispensável,
estarei lhe aguardando, obrigada por tudo a senhora foi muito importante nessa
minha escolha profissional serei eternamente grata.
ALANE FERNANDES MOREIRA.
25.Estudante: Jucilene da Silva Oliveira
Carinhanha, 04 de abril de 2009.
Caríssima Lucineide, Como vai você? Espero que esta te encontre em perfeita paz juntamente com todos da sua família. O motivo do qual eu lhe escrevo é para saber noticias de como esta acontecendo a educação aí em Carinhanha, principalmente na escola Luís Viana Filho fica localizada em Angico, povoado desse município, na qual você é diretora. Sabemos que a educação é a base do processo de transformação de qualquer Estado ou nação. Ela não faz milagres é claro, mas é possível por meio dela aperfeiçoar-se como ser um humano num contexto histórico-social e porque não arriscar, individualmente. E o trabalho dos professores ai como anda? Vivemos hoje na sociedade da informação, a era digital. Contudo, muitos de nossos professores, devido a sua formação ainda enfrentam dificuldade em assimilar essa “digitalização” com sua prática pedagógica. E saber que nessa era a escola e principalmente seus professores não são únicas e exclusivas fonte de sabedoria. Entre as competências para lidar com a informação na sociedade da aprendizagem estão capacidade com que se utiliza a informação de maneira rápida e flexiva. Como você já deve saber Lucineide, sala de aula deixou de ser um local onde o professor deposita seus conhecimentos para se transformar em um lugar onde o conhecimento acontece de forma recíproca. Temos o novo saber docente que é o professor reflexivo e também pesquisador. Este por sua vez, tem o objetivo de oferecer aos alunos uma educação que se adéqüe melhor aos dias atuais. O ensino, hoje, tem que ser contextualizado par que assim possa existir realmente uma educação de qualidade. Para que tudo isso aconteça a escola e a sociedade tem que caminhar de mãos dadas com a sociedade e o professor não deverá jamais ficar isolado. Tenho aqui uma proposta para você. Que tal construirmos junto com os professores e todos os membros da comunidade escolar um projeto ?Mas não pra se somente mais um projeto no armário da escola ou mais um que a secretaria da educação enviou, Seria o projeto construído por toda a comunidade escolar com a participação de alguns membros da sociedade local e entidades organizadas, que conheçam realmente a realidade da escola de sua comunidade e que seja voltado para suprir suas necessidades reais. Este projeto tem por objetivo proporcionar aos professores(e também aos alunos) não somente o pedagógico mais também o lúdico.
O professor precisa despertar para uma nova realidade que assola em nosso país e trazer isso para dentro da sala de aula alternando o didático com a realidade em que vive seus alunos. Além disso, tem que se tornar um especialista na área da pesquisa e isso será dado por cursos todo final de mês que irá interagir o professor com as novas tecnologias e como levá-las para a sala de aula.Um encontro com trocas de experiências feitas por professores de outras escolas que irão apresentar as atividades realizadas e que deram certo e as que não deram para que juntos possamos buscar uma novo meio. Como educadores e também membros da instituição escolar, nos compete a importantíssima tarefa de promover a reflexão sobre a realidade e proporcionar experiências de intervenção Assim amiga espero que o sonho de se fazer por meio da educação um país mais justo e mais competente deixe de existir somente nas linhas desta carta . “Não se pode mudar tudo com a educação, Mas seela nada poderemos fazer.”
26.Estudante: Lúcia Osório Ribeiro
Carinhanha, 30 de março de 2009. Querida amiga Alcilene, Escrevo para compartilhar com você o meu projeto profissional, a qual, a
disciplina PP está contribuindo bastante, com indicações de leituras de autores
qualificados e possibilitando ótimas pesquisas.
Você bem sabe que sou professora de Língua Portuguesa do ensino
fundamental, e busco sempre está inovando a minha prática pedagógica. Mas
diante a tantas exigências em relação ao profissional da educação, estou
sentindo a necessidade de tá tendo mais conhecimento, habilidades,
competência e saberes pedagógicos. Até porque, os desafios da globalização,
da tecnologia e das novas ordens sociais exigem: posicionamento, autonomia e
saberes necessários à docência.
Amiga, posso afirmar que estou adquirindo a cada dia mais habilidades
e experiências e o curso de Letras tem me auxiliado muito neste desafio.
E neste meu projeto enfatizo trabalhar a articulação de expectativas
contemporâneas aprender a se ensinar e principalmente a produção em oficinas
de textos de diferentes gêneros, a qual a escrita deva ser tratada como um
processo. E apresente orientações para a aprendizagem de procedimentos
próprios desses processos. Como o planejamento e a revisão.
Para isso, utilizarei projetos como recursos para contextualizar as
produções, ampliando os horizontes de trabalho. Além disso, Alcilene as
propostas de projetos dizem respeito a situações concretas de produção e de
recepção de textos. E com essa concepção organizarei todos os meus trabalhos
escolar tentando o máximo engajar toda a equipe escolar e a comunidade. Afim
de que as relações entre as áreas do conhecimento e os conteúdos vão ao
encontro das necessidades de soluções de conflitos e problemas.
Enfim um trabalho de produção de textos contextualizado, onde o aluno
construirá seu conhecimento com autonomia e liberdade. Podendo determinar
melhores estratégias para aprender desenvolvendo valores, a partir de
experiências diretas e concretas.
E assim, colega vou buscar sempre ser um agente da educação,
envolvendo no meu projeto profissional as teorias do grande mestre Paulo
Freire de ter criticidade, estética, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma
de discriminação, reflexão crítica sobre a prática e exigir sempre o
reconhecimento de identidade cultural dos meus alunos.
Você aprovou? Me escreva, pois estou ansiosa para saber sua opinião e
sugestões.
Abraços apertados.
Lúcia Osório Ribeiro
27.Estudante: MARIVALDA PEREIRA DA SILVA
Carinhanha, 30 de março de 2009.
Estimada amiga Janete,
Tenho estado bastante ocupada com meus trabalhos que nem tive tempo para
conversar contigo, mas tirei esse tempo para escrever-lhe esta carta. Como
está, poderíamos pensar uma viagem nas férias o que acha, pense depois me
liga, estou tão cansada.
Bem outra coisa que queria falar com você é pedir uma ajuda num projeto que
fiz, não sei como ficou, por isso, vou mandar para que você possa ver como
está. Este projeto trata da profissionalização docente: os conhecimentos
necessários para o exercício desse docente. Como objetivo geral tem a
preocupação de formar professores conscientes que refletem sua prática numa
perspectiva de transformação de ações em que não houve bons resultados. E
especificamente ver a educação como sendo uma ponte para o
desenvolvimento dos indivíduos. Investigar a realidade como um recurso para o
seu trabalho em sala de aula. Ter conhecimento sabendo usar competências
de acordo com a realidade em que vive.
Coloquei apenas estes objetivos será que ta faltando mais alguma coisa? Ah!
Vou para a justificativa, já falei muito.
Penso que de falatórios já estamos cheios nessa profissão e formação sempre
estão na boca de muitos sendo discutido o futuro como se o professor não
tivesse seus próprios sonhos. Porém, só vemos discussões, pois o professor
continua sem muitas alternativas de trabalho e com desvalorização profissional.
Assim, esse projeto procura conscientizar o professor da necessidade de sua
formação constante, do que ele do que ele precisa saber teoricamente e na
prática para que possa atuar de forma a contribuir para a formação também se
seus alunos. Levando em conta principalmente a realidade vivida por essa
sociedade, ampliando o trabalho em cima do que vive.
Janete, que acha dessa justificativa ta pequena não ta, mas depois dou outra
revisada, agora tenho que ir à proposta.
Então em meio ao que analisei percebo que se não haver um planejamento no
qual o docente esteja diante da prática, agindo, refletindo o que pode ser feito
não se terá bons resultados.
Num primeiro instante, Janete eu acho que o professor ele deve ter
conhecimentos do que está acontecendo à sua volta como atualmente que
vivemos numa era tecnológica, dessa forma o professor precisa estar
antenado, a saber, que o aluno irá para sala de aula já com esses
conhecimentos. Precisa este ter um pensamento organizado para poder agir,
um espírito crítico para com este incitar os alunos a ter essa competência.
Também saber compreender e conviver com as outras pessoas será um
grande passo para seu próprio rendimento e dos alunos.
Outra coisa Janete você não acha que o professor também deve utilizar sua
experiência para retomar suas ações educacionais, é o que penso.
Dessa forma, o professor deve ser uma pessoa criativa, reflexiva e que
compreenda que as coisas novas surgem, mas que ele pode mudar à medida
que descobre essas transformações. Desta maneira as metas para uma
educação de qualidade terá um novo olhar.
Com isso tudo, espero que leia minha carta e veja o que posso mudar neste
projeto e o que você acha dele sinceramente, sua opinião é muito importante
para mim.
Ah! Tenho umas fotos para te mostrar ficaram um arraso. O Marcos ta tão
engraçado precisa ver.
Abraços
Marivalda P. Silva
28.Estudante: LUCINETE PEREIRA DE JESUS
CARINHANHA, MARÇO DE 2009.
Oi, professora Lúcia,
Estou me esforçando ao máximo na minha faculdade, pois quando concluir o curso de
letras, quero entrar para a sala de aula , mudar o rumo de nossa educação e mudar para
melhor, de uma forma interessante, comprometida com muita seriedade. O meu maior
sonho é que nas escolas, comecem a modificar a forma de ensinar e de aprender. Uma
forma de ensinar muito mais compartilhada, orientada e coordenada pelo professor.
Pretendo ser uma facilitadora, para meus alunos e deixar bem claro que podem sempre
contar comigo no que for preciso dentro e fora da sala estarei de prontidão para auxiliá-
los. A educação na verdade precisa de mudanças estruturais para conseqüentemente mudar o
trajeto educacional com seguridade e eficácia.
Nós futuros professores de Letras devemos adotar habilidades que dão enfoque a leitura,
interpretação de textos, equilíbrio individual e social. Deveremos também ensinar os
alunos a usar os aparelhos tecnológicos de maneira atraente e benéfica interpretando,
relacionando e contextualizando.
Como professora, irei trabalhar para preparar os alunos para a sociedade vigente.
Eu como futura professora de Letras quero levar sempre em conta que o aluno é um
cidadão em desenvolvimento e a minha personalidade será decisiva para o bom
resultado do ensino-aprendizagem.
A minha esperança é que futuramente teremos jovens com um futuro promissor ou seja
uma carreira profissional digna, que sejam capazes de traçar metas em suas vidas, terem
foco e conseguir vencer na vida como grandes cidadãos e cidadãs.
29.ESTUDANTE LAÍDE PEREIRA DE SOUZA ALMEIDA
Agrovila 15, Carinhanha, 17 de abril de 2009.
À vice-diretora:
Jacira Pereira Sena
Desejo aqui abordar assuntos sobre as práticas pedagógicas no cotidiano do
professor, assim como, retratar algumas mudanças que vem ocorrendo na área
da educação, que tem exigido dos profissionais nesta área uma melhor
preparação neste campo, pois um bom professor deve se adequar a essas
mudanças, adquirindo conhecimentos que o torne capaz de desenvolver o seu
trabalho no dia a dia juntamente com a comunidade escolar.
Jacira, sei do seu compromisso com a educação, tenho observado seu esforço
junto ao grupo que contigo tenta desenvolver um trabalho eficiente, ou seja,
que demonstre resultados. Sabemos que antigamente a escola se preocupava
mais com a transmissão dos conhecimentos específicos, esquecendo de atuar
no desenvolvimento dos processos psicológicos pelos quais adquirimos o
conhecimento. Hoje, observo que é através da reflexão e da seleção da
diversidade de informações que podemos chegar ao conhecimento, e
consequentemente recuperarmos a auto-estima dos alunos e o prazer pela
leitura, sendo que ela deve ser livre, espontânea e que venha ser significativa
no contexto sociocultural do aluno.
Portanto colega, nós professores de Língua Portuguesa, precisamos optar pela
metodologia através de projetos, pois estes permitem tornar o ensino mais
significativo para o aluno inclusive estabelecendo relação com as diversas
disciplinas do currículo. Na busca da realização do meu projeto profissional
ampliei a construção do conhecimento, ou seja, como professora desejo
problematiza o sujeito, meu aluno, fazendo-o pensar, refletir e elaborar
hipóteses. Todos nós professores de língua portuguesa somos co-
responsáveis pela fluente adequação da linguagem na escola. E nessa
perspectiva como professora devo estar propensa a desenvolver habilidades
na valorização do contexto no processo de desenvolvimento dos alunos.
Sendo assim, colega, conto com a sua colaboração na elaboração de projetos
que visem à aprendizagem eficaz do aluno, onde o planejamento é um forte
instrumento na construção de uma comunidade escolar organizada. Conto com
sua contribuição do grupo de professores que atuam juntamente com você
para desenvolvermos nossos projetos em prol da educação.
Abraços!
Laíde Pereira de Souza Almeida
30.ESTUDANTE: MAGDA PEREIRA LIMA
Carinhanha, 24 de abril de 2009.
Querida amiga e professora, Hidazélia,
Hoje com o avanço do mundo tecnológico e comunicacional tem posto
novas exigências em relação à escola e ao professor, e diferente de
antigamente onde a preocupação era somente copiar novas praticas, hoje o
entendimento é que a educação é composta por um conjunto de diferenças
culturais, religiões, crenças, saberes, valores. Diante disso a leitura tem sido
um grande desafio para escolas e educadores não devendo ser tratada como
algo estático que aponta para um horizonte. Concorda?
Sendo amiga, considero de suma importância o trabalho com diferentes
tipos de gêneros textuais, pois no ensino da linguagem o ensino dos diversos
gêneros que socialmente circulam entre nós, além de ampliar sobremaneira a
competência lingüística e discursiva dos alunos, aponta-lhes inúmeras formas
de participação social que eles como cidadãos, podem ter fazendo uso da
linguagem, certo que, no plano do ensino-aprendizagem de produção de texto,
equivale a dizer que o conhecimento e o domínio dos diferentes tipos de
gêneros textuais por parte do aluno, não apenas o preparam para eventuais
praticas lingüísticas, mas também vai ampliar sua compreensão da realidade,
apontando-lhes formas concretas de participação social como cidadão. Por
exemplo, minha cara, ao aprender como são feitas cartas argumentativas de
solicitação e de reclamação, o aluno não apenas se apropria de informações
sobre o seu conteúdo, estrutura e sobre a linguagem mais adequada a esses
gêneros, mas também toma consciência de que os cidadãos devem reclamar
seus direitos e solicitar providencias das autoridades competentes, não acha?
O mesmo ocorre quando se aprende, por exemplo, a produzir gêneros
como a carta do leitor, o editorial e textos argumentativos em geral, por meio
dos quais, o aluno toma consciência de que pode, como cidadão, manifestar
seus pontos de vista, opinar e interferir nos acontecimentos do mundo
concreto. Estou confiante nesse projeto, pois compreendo que a aprendizagem
se dar em espiral, onde os gêneros devam ser periodicamente retomados,
aprofundados e ampliados de acordo a serie, com o grau de maturidade dos
alunos,com suas habilidades lingüísticas e com a área temática de seu
interesse. Optar trabalhar esse projeto, favorece também o trabalho em grupo,
a organização e a troca de contribuições com vistas a se atingir um objetivo
comum, onde os alunos inibidos têm oportunidades de se manifestar, os que
ainda não se expressam na escrita podem expressar oralmente; os que têm
outras habilidades, como desibinição para entrevistar pessoas, ilustrar,
desenhar, sentem-se valorizados.
Querida, tive a honra de ser sua aluna, por isso posso afirmar que foi
uma excelente professora, amiga dos alunos, procurava conhecer a realidade
de cada um, respeitando-os e sempre tratava a todos por igual, e hoje concluí
que a senhora naquela época já tinha uma visão avançada do que é educar, ou
seja foi uma professora que soube fazer a diferença, e eu como futura
professora quero espelhar em seus conceitos, acreditando que a minha tarefa
é repensar, questionar, reconstruir os conceitos de bom e ruim para adequado
e não adequado, urge voltar o nosso olhar para a leitura, não como obrigação e
martírio, mas essencialmente como informação, entretenimento, relaxamento,
enfim por prazer. Concorda comigo?
Diante do exposto, aguardo resposta e espero poder contar com sua
ajuda no momento de minhas dúvidas.
Saudações.
Magda.
31.Estudante: Everson Pereira Magalhães
Carinhanha, 03 de abril de 2009.
Querida colega professora, tendo o PPP projeto político pedagógico
como item indispensável na organização do trabalho educacional atual.
Descrevo aqui algumas indagações, reclamações, inquietações, para com a
elaboração de projetos feitos em nosso país. Uma das minhas inquietações
principais é a respeito da lei reguladora do sistema de ensino, o que dificulta a
elaboração e na eficácia funcional desse tipo de projeto. Apesar de acreditar
muito na educação, nota-se que sua principal meta é na verdade esquecida
pelas leis e pelos dirigentes de nosso país, e sabemos que isso faz parte da
nossa realidade.
Vejo as leis estudantis e projetos que apenas maquiam, iludem, mas que
não tem nada de objetivo, as leis vêm dos altos escalões do governo com um
estimulo ilusório e enganador, transmitindo descaso ao ensino, desvalorização
da profissão de educador, barateamento generalizado da mão de obra do
trabalhador da educação com isso acarretando desestimulo, desprezo e
despreparo ao aluno. A pouca exigência e grandes direitos que os alunos têm
nos dias de hoje são incentivos para que os mesmos não valorizem ao
professor e nem o aprendizado. Na verdade o que existe inserido no contexto
educacional de modo geral é fundo omisso, como já havia falado que vem de
cima para baixo, corrompendo todo o sistema de ensino e o pobre nobre
professor é obrigado a acreditar, fazer a diferença, batalhar, brigar pela
educação como se fosse ele o culpado de tudo.
A nossa realidade é alunos passando de uma serie para outra, por todo
o tipo de critério. Por que vários critérios de aprovação e desaprovação se o
intuito da é educação único transmitir conhecimento. Muitas vezes a finalidade
essencial da escola, o aprendizado de qualidade, é anulada por direitos que as
leis oferecerem aos alunos, e com isso nulificam todo o trabalho, todo
planejamento, toda busca e dedicação do professor.
Com base nos dias atuais, às vezes pergunto, qual a principal
deficiência da educação nacional? Onde esta seu epicentro?
São os professores, é a sociedade, são as leis estudantis, são os
alunos. Onde esta o vírus, que desvaloriza o magistério, que coroe a educação
Pública nacional.
Como é de conhecimento de todos que a educação unca foi prioridade
nacional, e que a qualidade da mesma nunca existiu, por estaria no professor,
na sala de aula, no estabelecimento de ensino a causa de um problema de
porte nacional.
Cara colega sendo assim o PPP é uma peça fundamental no
desenvolver do trabalho escolar, mas entendo que não esta basicamente na
escola como estabelecimento a solução para muitos enigmas da educação.
Um grande abraço, muitas felicidades!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Atenciosamente Everson
32.Estudante: Adailton Pereira Nogueira
Carinhanha-Ba 13 de abril de 2009. Prezada professora Luzia, minhas saudações. Venho por meio desta misiva, comunicar a Senhora que devido a grande
carência existente na educação em nosso país, a falta de compromisso e
atitude de nossos colegas, a falta de estrutura em muitas escolas; sem deixar
de mencionar salários, os quais não são nada animadores, com isso, devo
dizer o quanto estou determinado e que nenhum desses fatores negativos, será
motivo de desistir dos meus objetivos. Com tudo, gostaria que soubesse que
pela oportunidade a qual estou tendo e pelos conhecimentos que estão sendo
oferecidos em prática no dia-dia do meu exercício docente, pois pretendo
contribuir com o desenvolvimento dos meus alunos, podendo fazer assim
interferências necessária com qualidade, avaliando - os no decorer de todo
período escolar.
Dentro dos meus planos estão incluídos os trabalhos dentro dos meus
conhecimentos sólidos, acerca da linguagem com pratica social e cultural; os
saberes pedagógicos, procurando sempre agir dentro do exercício do meu
trabalho, refletindo sempre sobre a minha forma de trabalho, buscando da
melhor maneira a organização e a reorganização. Quero, entretanto, fazer a
diferença, causa de mudança no convívio dos estudantes e comunidade
escolar, seja no âmbito individual ou coletivo. Neste sentido quero também
colocar - me a serviço na luta por melhores condições de trabalho e sem me
intimidar dentro da lei, defender sempre essa classe trabalhadora, a qual é
muito massacrada.
33.Estudante Evana Ribeiro Cazumbá
Carinhanha, 05 de abril de 2009 Olá Lucinete, Tudo bem?
Ao iniciar esta carta desejo que esta lhe encontre com saúde e em paz.
Como você sabe colega eu estou fazendo o curso de letras pela UNB.
Eu estou fazendo o Projeto Profissional como professora de Língua
Portuguesa, visando desenvolver habilidades no sentido de reconhecer o
caráter dialógico da linguagem.
Compreender a Língua Portuguesa como geradora de múltiplos significados.
Considerar a língua como representação simbólica da realidade humana.
Compreender o funcionamento da língua. Entender a linguagem como a
capacidade humana de articular significados e compartilhá-los em sistemas de
representação simbólica.
Na elaboração do Projeto Profissional é importante também desenvolver
atitudes, no sentido de aplicar as tecnologias da comunicação e da informação
na sua futura profissão.
Saber buscar informações para resolver problemas e mobilizar conhecimentos
para as atividades e desafios do futuro trabalho.
Apreender os recursos lingüísticos do português.
Usar a língua como instrumento de acesso e de inclusão social.
Usar a linguagem como ferramenta de interação.
Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e
condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas,
manifestadas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.
Lucinete, termino esta carta mandando um abraço para você.
Evana Ribeiro Cazumbá
34.Estudante:Ana Lúcia Ribeiro Cazumbá
Carinhanha, 05 de abril de 2009. Olá Lúcia! Tudo bem?
Como você sabe amiga, estou fazendo o curso de letras pela Universidade de
Brasília, UAB – UnB, no momento estou elaborando o meu Projeto Profissional
como professor de Língua Portuguesa, ressaltando nele os conhecimentos
essenciais as atividades profissionais do ensino do magistério. Neste projeto
Lúcia, viso desenvolver algumas habilidades como: entender a Língua
Portuguesa como geradora de múltiplos significados. Examinar os significados
das expressões lingüísticas do português. Ponderar a língua como
representação simbólica da realidade humana. Compreender a linguagem
como a capacidade humana de articular significados e compartilhá-los em
sistemas de representações simbólicas. Quanto às atitudes, viso saber buscar
informações para resolver problemas e mobilizar conhecimentos para as
atividades e desafios do futuro trabalho, e aprender os recursos lingüísticos do
português. Ajuntar as tecnologias da comunicação e da informação na sua
futura profissão. Aplicar com autonomia os conhecimentos adquiridos.
Empregar a linguagem como ferramenta de interação. Considerar a Língua
Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e como
representação simbólica de experiências humanas. Olha Lúcia, ser professor
de português é ter de permanentemente lidar com a linguagem e, num
processo que inclui os alunos, produzir reflexão e conhecimento sobre ela. Tal
reflexão e tal conhecimento devem desvelar como a linguagem é a um só
tempo parte inalienável e também produto do universo “das significações” e
das “ações concretas e reais dos seres humanos que atuam na história”. A aula
de português se deve constituir, portando, em trabalho, socialização e
simbolização: com a linguagem e sobre a linguagem, age-se, é-se político
(participa-se da vida social, busca-se adquirir consciência sobre essa
participação), interpretam-se e criam-se símbolos. Então amiga, assim será o
meu Projeto Profissional como professor da Língua Portuguesa, o que você
achou? Depois me escreva dando sua opinião. Ficarei muito grata com a sua
resposta. Aguardo notícia sua. Finalizo com um forte abraço da sua amiga.
Ana Lúcia Ribeiro Cazumbá.
35.Estudante: Elizabeth Cândida Rodrigues. Juvenília, 13 de Abril de 2009.
Ao Senhor Gerolino Gonçalves
Meu caro e estimado Gerolino, escrevo-lhe apesar de saber que ainda não pode decifrar estas letras, que para você representam apenas sinais indecifráveis num papel sem pauta. Escrevo-lhe na esperança de que um dia, ainda possa com seus próprios sentidos compreender a dimensão desta, pois mesmo possuindo todas as condições fisiológicas humanas necessárias para tal empreita, infelizmente ainda não pode fazê-lo, sem a tutela de um terceiro, que irá palavra, por palavra ler esta carta que lhe endereço.
O motivo que me traz à esta estrada é o mesmo que me levou conhecer o senhor: quais os saberes necessários ao exercício docente nos dias de hoje? Tenho para mim que antes de mais nada, precisamos ter sonhos, acreditar no ser humano e em sua capacidade transformadora, o docente precisa saber que o conhecimento não está nele e sim no mundo, que o conhecimento pertence à humanidade, e que todos nós temos o que ensinar e o que aprender. Quem me ensinou isso, foi o senhor, no auge de seus 72 anos.
Tem gente que diz: “Mexer com gente é a pior coisa que tem, melhor é lidar com bichos!”, mas tem gente que consegue entender os bichos e as pessoas, não é mesmo Sr. Gerolino? Isto chamam de espírito reflexivo e investigativo necessários a um professor, quer dizer, a capacidade de analisar os fenômenos, pensar sobre eles, descer do cavalo e olhar as flores de perto, só assim podemos distingui-las.
Os astrônomos não nascerem sabendo, eles já foram crianças, assim como nós e pensavam que as luzes dos corpos celestes eram estrelas que ficavam piscando, mal sabiam que algumas luzes que viam no céu, eram de corpos celestes que nem ao menos existiam mais! Mas o que o senhor tem a ver com isso? O que eu, tenho a ver com isso?
Que assim como os astrônomos aprenderam passo a passo, através de vários estudos, várias tentativas, planos, projetos e anos de esforço científico, como funcionavam as estrelas, como alcançá-las, como compreendê-las num universo tão diverso, como interpretá-las, como se envolver em seu movimento, entender suas contradições, eu, enquanto professora também preciso e tenho o dever de me preparar para compreender e atuar com pessoas como o senhor, tão sábias porém analfabetas e também como as crianças, tão curiosas e tão vulneráveis, mas que possuem o futuro em suas pequenas mãos. Estou sinceramente convencida, que estas são as habilidades necessárias para a prática docente. As competências, dependem disso, de certas decisões!
A língua? O que quer
O que pode Esta língua?
Foi Caetano Veloso que cantou isso. E esta língua tem poder, por isso precisamos dominá-la, porque diferente dos bichos que o senhor adestra tão bem, ela nunca se mansa, parece querer devorá-lo, cada vez que precisa dela. Mas eu tenho uma boa notícia: os linguistas disseram que a língua não é o que se escreve, mas o que expressamos enquanto nos comunicamos, eu te entendo, você me entende e vírgula, porque pra o conhecimento, não existe ponto final! Um grande abraço;
De sua eterna aluna, Elizabeth Cândida Rodrigues. Matrícula: 69015
36.Estudante: Luciene Roriz Lopes
Carinhanha-Ba, 0/03/09.
Espero que esta carta lhe encontre com alegria.
Caro colega, Eduardo, estou lhe escrevendo para contar sobre a minha
situação, a necessidade que sinto de você, os meus anseios. Como eu havia
comentado contigo por telefone, estou me afastando do campo educativo por
alguns meses devido inúmeros motivos, como você sabe. Estou com vários
problemas e infelizmente isso está afetando até em meu relacionamento
familiar; eu não me sinto preparada para trabalhar como realmente devia. Eu
me vejo em desespero quando estou diante do resultado negativo de tudo o
que faço naquela escola, só posso estar fazendo o oposto, não tenho
progresso em nada.
Tenho refletido muito sobre a minha prática pedagógica e preciso fazer
um curso de capacitação. Ao tentar mudar sem ter conhecimento me senti
como se estivesse pisando em crateras e areias movediças. Quero me sentir
uma profissional, uma professora com uma bagagem preparada para enfrentar
os meus anseios, capaz de resolver as situações-problemas que encontro na
escola. Tenho certeza que com o conhecimento que vou adquirir posso orientar
muito melhor os meus alunos e ajuda-los a crescer.
Edu,sei que estou sendo frágil parando por alguns meses, mas preciso
cuidar um pouco da minha saúde e assim que o meu curso começar quero
voltar para a sala de aula e ir estudando e colocando em prática o que for
aprendendo, ficarei mais feliz com o meu retorno com métodos inovados.
Quero tornar a minha aula mais motivadora, farei das investigações algo
comum em meu cotidiano...ahh...Edu vou fazer um curso técnico em
informática, acredito que tornarei promovedora a atenção dos alunos
satisfazendo-os e ficando mais satisfeita também, concorda?
Como adoro Língua Portuguesa que é a disciplina que trabalho, me
aprofundarei bastante na área e estarei na busca constante, pois o saber não
se esgota nunca. Sempre ouvi você falar isso, Edu. Chega de avaliar os meus
alunos com aquela bendita prova. Que horror!!!! Tenho consciência que esse
não é o único método de avaliar, mas me falta a criatividade para diversificar.
Vi num livro, que o professor não é o único transmissor do saber, devo mudar,
eles não são mais os receptáculos a deixarem rechear-se de conteúdos, pois,
eles têm de aprender a gerir e a relacionar informações para transmitirem nos
seus conhecimentos e nos seus saberes.
Dentro desse tempo de desespero, pensando em descansar a mente um
pouco e prepara-la para o novo, aprendi que não há conhecimento sem
aprendizagem. Tenho que realizar o meu sonho... vou estudar muito. Diante de
tanta informação que há hoje, se eu não organizá-las, não constituirei em
conhecimento. Mas além de informações e do conhecimento que tenho eu
quero mais, eu quero a sabedoria.
Estou lendo o livro que você me enviou, nele encontro respostas para
muitas das minhas dúvidas. Amigo, ser um professor reflexivo e investigativo
não é fácil,hen?!!! As exigências são inúmeras, mas com amor e dedicação são
metas alcançáveis. Sei que você ,assim como eu, adora ser professor,
obrigada pelos conselhos; realmente temos que buscar cada vez mais a
capacidade de pensamento e reflexão, temos que ser criativos e não meros
reprodutores de ideias e práticas que nos são exteriores,não devemos também
trabalhar isolados. Gostaria muito que os meus colegas de trabalho não
esperassem a situação ficar tão difícil como ficou para mim e procurassem
mudar seus métodos mais cedo..... Imagine aí, Edu, seria um trabalho
colaborativo e muito gratificante. Cansei-me daquela monotonia na escola: não
há encontro com os colegas de trabalho, não fazemos projetos e não
trabalhamos sobre a cultura, análises de casos, elaboração de portfólios, não
há confronto de opiniões, grupos de discussão, perguntas pedagógicas. Se
acontecesse o oposto tanto eu quanto os meus colegas tornaríamos mais
competentes para analisarmos as questões do nosso quotidiano e para sobre
elas agirmos, não nos quedando apenas pela resolução dos problemas
imediatos, mas situando-nos num horizonte mais abrangente que perspectiva a
nossa função e a da escola na sociedade em que vivemos.
Caro amigo e colega de profissão, eu gostaria que você viesse para cá,
aqui precisa de professores como você, um homem que tem competência e
habilidade no que faz. Eu sei que assim como em outras áreas as
competências não são simples, mas para mim como professora de Língua
Portuguesa, tenho que ter a capacidade de escutar, observar, pensar, utilizar
as várias linguagens, compreender, adaptar, organizar, aprender com o
sucesso e com os erros, valorizar, mobilizar os saberes e muito mais; são
várias as competências e elas se assentam num conjunto de capacidades.
Quero estar disposta a tudo isso e por em prática.
Em muitas de minhas tentativas de incentivar os meus alunos, Edu, eu
dizia a eles que numa “sociedade que aprende e se desenvolve”, como
caracterizou Tavares (1996), ser aluno é ser aprendente em constante
interação com as oportunidades que o mundo lhe oferece. Tem de se
convencer de que tem de ir à procura do saber. Ao falar isso me sinto mais
encorajada para ir à busca do saber, talvez eu encontre uma maneira de
mostrar aos meus alunos o caminho com mais clareza.
Quero aprender para ensinar, quero que os meus alunos passem a
depender menos do professor, a serem mais auto-determinados, a terem maior
consciência crítica, a serem mais responsivos perante os contextos, a
valorizarem mais as suas capacidades, a terem o sentido de prazer que deriva
da consciência do seu próprio progresso. Assim formarei estudantes leitores e
escritores autônomos, capazes de inserir no mundo do trabalho e exercer sua
cidadania de forma crítica. Tudo isso não é utopia é um sonho e eu vou
realizar, afinal com o desejo e que tenho há toda possibilidade disso acontecer.
Olha meu amigo, se eu for contar para você todos os meus anseios, vou
escrever um livro para você. Estou ansiosa para revê-lo.
Luciene.
37. Estudante:JACIRA PEREIRA SENA
CARINHANHA, Março DE 2009
Saudações!
Querida professora Lúcia é com muita satisfação que redijo esta carta para
ressaltar-lhes da importância do professor na formação de cidadãos críticos, reflexivos
em busca constante do conhecimento em prol de uma educação de qualidade, bem como
o desenvolvimento de práticas pedagógicas que visem o desenvolvimento da
aprendizagem do aluno.
Professora como é de seu conhecimento vivemos em meio a novas
tecnologias, onde a cada dia a sociedade perpassa por mudanças que influenciam na
educação de nossos alunos, sendo necessário que o professor esteja preparado para lidar
com tais situações, ser um pesquisador de sua própria prática, não sendo necessário
apenas informar o aluno sobre o que ele precisa aprender e sim organizar de maneira
coerente como será transmitido os conhecimentos, pois o professor reflexivo é aquele
mediador de conhecimento, da aprendizagem; sabe professora às vezes mim pergunto
por que a educação vai mal, se hoje as oportunidades são maiores e o ensino passou por
mudanças significantes, ao mesmo tempo percebo que muitos profissionais estão na
educação por falta de opção, mas por outro lado temos profissionais competentes que
acreditam em uma educação que vise a qualidade e não a quantidade.
Em uma citação de Pimenta, a autora alavanca pontos importantes na
proposta do professor reflexivo, como a valorização da escola e de seus profissionais
nos processos de democratização da sociedade brasileira; a contribuição do saber
escolar na formação da cidadania..., nós como educadores temos de definir prioridades
que desejamos trabalhar com o grupo específico, idealizando os meios que irar nos
conduzir a realização do projeto; problematizando as questões e contribuindo para a
organização do trabalho, buscando o envolvimento de todos os componentes nas
definições de responsabilidades e no desenvolvimento de todo o trabalho, bem como
intervir adequadamente conforme nossos objetivos como mediador entre o aluno e o
conhecimento. Formar nossos alunos para o gosto literário, para que conheça a tradição
literária local e oferecer instrumento para uma penetração mais aguda nas obras,
motivando-os a leitura de livros que tenham para eles uma finalidade imediata escolar,
ou seja, que se reconheçam como leitor, ou que veja nisso prazer, encontre espaço para
compartilhar suas impressões de leitura com os colegas e professores, tornando assim
necessárias as praticas de leitura, ele leia porque sentiu motivado a fazer algo que deseja
e ao mesmo tempo começará a construir um saber, o próprio gênero, a levantar
hipóteses de leitura, a perceber a repetição e as limitações do que lêem, os valores e as
diferentes estratégias narrativas.
Não posso deixar de ressaltar também que o profissional de língua
portuguesa precisa incluir em seu projeto profissional os conhecimentos necessários
como prática social e cultural, ser um pesquisador da sua prática pedagógica, onde o
planejamento é de suma importância, ter domínio sobre os conhecimentos lingüísticos,
ter um conhecimento estruturado, científico sobre como a língua funciona enquanto
instrumento de comunicação em suas dimensões social e histórica, estruturando assim
atividades que possibilitem os alunos a ter domínio da língua, melhorando sua
competência comunicativa.
Ainda assim querida professora nos dias atuais é complicado ser um
profissional competente, mas eu tenho feito o possível para contribuir com educação do
município, no entanto, sozinhos não podemos mudar a qualidade da educação sem uma
transformação do sistema e das instituições em que trabalhamos e que o ensino público
e as escolas não podem mudar sem que melhoremos o nosso desempenho profissional,
pois a educação depende de nós e a nossa escola pública mais ainda.. Encerro minhas
palavras com votos de satisfação, espero sua resposta, pois precisava trocar palavras
com alguém.
Devemos sempre lembrar a frase de Gadotti para podermos refletir sobre o
que realmente é melhor para os nossos alunos, “O aluno aprende quando se torna sujeito
da sua aprendizagem, quando a escola faz parte de seu projeto de vida”.
Abraços de sua aluna que muito lhe estima.
Jacira Pereira Sena
38.Estudante:Antonio Marcos Sena Batista
Carinhanha, 28 de março de 2009. Olá colega Adinalva, tudo bem? Estou precisando me expressar com alguém, quero falar da leitura que tive nos últimos
dias indicadas pela disciplina PP do meu curso, o material contribui muito para nossa
formação. E escolhi você para partilhar desse conhecimento. As leituras foram de
capítulos das obras: Professores reflexivos em uma escola reflexiva, de autoria da
professora Isabel Alarcão, publicado em 2005 e Formação docente e profissional:
formar-se para mudança e incerteza do pesquisador da Universidade de Barcelona
Francisco Imbernón, publicado em 2006.
A partir destas leituras e alguns conhecimentos que adquire em outras disciplinas
consegui enxergar com mais clareza minha formação, meu projeto profissional e as
tendências para o atual e futuro exercício docente. Falar da minha formação não é tão
difícil, pois estou inserido nela e a formatação do curso que faço já é voltada para a
educação de nossos tempos, que é democrática, social, reflexiva, flexível e autônoma,
ou seja, nossa universidade não perde tempo, está sempre acompanhando as novas
tendências e procura passar esse processo para nós que estamos construindo as bases de
nossa formação.
Esta formação que nos é passada deve ser constante em toda nossa vida profissional,
visto que o mundo atual requer profissionais atuantes diante das diversas situações e que
atendam as mudanças que cada vez se apresentam mais rápidas, ou seja, o docente de
nosso tempo é estudante permanente e só assim pode atender as necessidades sociais
diferencias e mutáveis com o tempo.
Algumas das características de peso que marcam este novo profissional são a reflexão e
a investigação. É através da reflexão que ele vai avaliar seus métodos de ação e
conhecer o entorno do seu ambiente de trabalho, assim se comportando de forma
coerente com seu projeto e comunidade educativa na busca de melhores resultados. E a
investigação caminha junto à reflexão ela constrói as bases para a pesquisa que é
voltada para conhecer problemas no intuito de solucioná-los, isso acontece com muita
discussão, uma vez que este trabalho é colaborativo e sempre voltado para o social e não
para o individual. O professor não pode mais ficar estático aceitando situações negativas
como naturais ou colocando a culpa no sistema, ele tem sim que refletir sobre sua
prática, investigar com auxílio da pesquisa e trabalhar em conjunto na busca do objetivo
primordial que é produzir conhecimento com seus alunos de forma contextualizada e
crítica.
São ações com o cunho reflexivo e investigativo que vão despertar em cada estudante o
prazer pela leitura em busca do conhecimento. Diante desse comprometimento, mais
cedo ou mais tarde, o docente consegue tocar no íntimo do educando que passa a ver
sentido na busca pelo saber.
Sintetizando esta parte, quero dizer que o profissional reflexivo e investigativo é aquele
que avalia seu trabalho fazendo autocrítica, desenvolve trabalhos colaborativos, esta em
constante pesquisa no objetivo de entender e resolver problemas e vive na incerteza
buscando adaptação nas adversidades. Não poderia deixar de falar também da
competência, pois sem competência para aplicar os conhecimentos de nada adiantará a
investigação, a flexibilidade e a discussão. O docente deve desenvolver competências
para organizar o trabalho de forma que leve os discentes a estruturarem seu caminho
para a aprendizagem. Sem competência o trabalho não é efetivado com qualidade.
Confesso a você que adorei estas leituras, visto que, o discutido é bem parecido com
meu projeto como profissional. Desde o início da minha formação sempre pensei no uso
da criatividade para solucionar problemas, como: estimular a autonomia, internalizar a
democracia e transformar as relações sociais através do trabalho coletivo. O que percebi
de diferente e que a partir de agora incluo no meu projeto é a pesquisa, porque sempre
tive resistência a ela. Quem não me conhece direito iria dizer que não, mas você que já
foi minha companheira de batalha sabe disso, pois sempre usei muito a intuição, porém
isto não é certo nem suficiente é apenas um complemento em nossas investigações.
Abraços, espero te ver logo.
39.Estudante:Eliety Rodrigues Silva
Esperanças e sonhos no ensino da Língua Portuguesa!
Deixo aqui registrada minhas perspectivas em torno deste assunto, pois
futuramente estarei exercendo a docência nesta área.
Penso em continuar sendo uma profissional com compromisso com a
educação, tenho muito medo, pois isto hoje esta difícil, vimos a cada dia
como nossa profissão se banalizou com alunos indisciplinados que agridem
professores, matam colegas, levam armas para a sala de aula.
Nos,como educadores, formadores de cidadãos podemos ajudar a acabar
com isso a partir do momento que trabalharmos a auto estima do aluno, ser
mais companheiro deles aprender a ouvis e conversar com os mesmos,
sem reprimir apenas o fazendo a ver o mundo com outros olhos, mas como
ver isso? Creio eu que a partir da leitura, do ato de ler podemos
proporcionar novos caminhos a vida de uma pessoa.
O professor de língua portuguesa tem uma boa chance de mudar o rumo da
educação, não é apenas sonhar, mas transformar um sonho em realidade.
Construindo projetos nos quais trabalhe o socialismo, como fonte principal,
pois assim formaremos profissionais, não delinqüentes.
Sonho em trabalhar em uma escola com estrutura completa com alunos
limpinhos
Que tenham pais para participar de reuniões, mais minha realidade é outra
sempre trabalhei em escola desestruturada, mas isso não mudou e nem vai
mudar minha forma de trabalho, isso as vazes tira o incentivo do
profissional, mas não podemos ver por este lado, são estas crianças que
precisam de nos. Adoro minha profissão se eu falasse que não importo par
o salário seria hipócrita, mas também se fosse por ele já havia desistido.
Isso não é tudo é ver o aluno falar que entendeu determinado assunto ou
que aprendeu algo que foi você que ensinou. Isso sim é o melhor
pagamento, é o que faz com que eu continue a trabalhar e cada vez me
empenhando em ensinar e aprender com meus alunos.
40.Estudante:VALDIVA SOARES DA SILVA
Carinhanha, 30 de março de 2009.
Prezada amiga Alcilene,
Estou-lhe escrevendo para que você possa conhecer o meu projeto profissional como
professora de língua portuguesa, nesta carta está especificada todo o conhecimento a
respeito da língua. Ressaltando as qualificações para o desempenho da profissão que são
diversas tais como: compreender fenômeno, dominar linguagens, enfrentar situações
problemas, construir argumentar e elaborar proposta entre outras; e tendo também
diversas habilidades em cumpri todas elas relacionando informações, representadas em
diferentes formas e conhecimento, transformando em situações concretas.
Durante muito tempo atuo nesta área; para ser mais precisa cerca de 10 anos, como
professora de língua portuguesa tenho muita experiência como docente pude programar
alguns projetos que veio melhorar o uso da língua. Agora estou realizando o meu maior
sonho que é a minha licenciatura em letras .
Há muito tempo atrás ao professor cabia apenas o conhecimento dos respectivos
conteúdos da disciplina que ensinava sem maiores cobranças , hoje com as diversas
mudanças ,mudanças estas cada vez mais rápidas, o professor é forçado a todo instante
se capacitar para estar atualizados com as novas informações que aparece numa
velocidade frenética. .
O educador deve ser um profissional reflexivo e investigativo um agente de mudanças
trazendo consigo um leque imenso de conhecimentos que fará necessário para o
exercício de sua profissão não é fácil ser professor nos dias de hoje diante de tantas
cobranças e dificuldades que a própria sociedade nos impõe. Mas sabe-se que a
educação é exercício indispensável à sociedade que estamos inseridos , portanto faz-se
necessário que o profissional de educação seja competente ,dinâmico , inovador e
comprometido com a formação dos seus alunos e a comunidade como um todo.
Segundo (FanciscoImbernón) .Passamos a pensar a educação como uma demanda que
se aproxime mais dos aspectos éticos, coletivos , comunicativos , comportamentais ,
que emocionais , dentre outros , todos eles necessários para se alcançar uma educação
democrática dos cidadãos . Essa necessária renovação da instituição educativas e esta
nova forma de educar requerem uma redefinição importante da profissão docente e que
se assumam novas competências profissionais no quadro de um conhecimento
pedagógico , cientifico e cultural revistos .Hoje mais do que nunca o que se espera de
um professor e que ele seja pesquisador, que busque a todo instante outras competências
pedagógicas para seu enriquecimento contínuo.Para que isso ocorra é mais que
necessário introduzir novos processos para que haja uma inovação educativa na
profissão docente.De acordo com Francisco Imbernón é interessante analisar a relação
entre inovação educativa e profissão docente . Entendida como pesquisa educativa na a
inovação requer novas e velhas concepções pedagógicas e uma nova cultura profissional
forjada nos valores da colaboração e do processo social , considerado como
transformação educativa e social .O professor não deveria ser um técnico que
desenvolve ou implementa inovações prescritas , mas deveria converter –se em um
profissional que deve participar ativa e criticamente no verdadeiro processo de
inovações e mudança ,apartir de e em seu próprio contexto ,em um processo dinâmico e
flexível.Tudo isso implica considerar o professor como agente dinâmico , cultural,social
e curricular ,capaz de tomar decisões educativas .Para o desempenho da profissão
docente nos dias de hoje são necessários algumas competências profissionais e
imprescindivel e de grande relevância como o domínio dos conhecimentos de sua área
,conhecimento pertinente tendo o devido cuidado para que este conhecimento venha
condizer com a realidade do seu aluno ,que seja compreensivo ,que possa desenvolver
habilidades éticas no sentido de formar cidadãos críticos capazes de ser o sujeito da sua
história e não ser arrastado por ela . Estes saberes são colocados de acordo com os
pensamentos de alguns importantes estudiosos como Masetto Morin, Paulo Freire e
Edgar Morin.
Geralmente estes saberes estão intimamente ligados ao profissional reflexivo e
investigativo que segundo (Isabel Alarcão )baseia –se na consciência da capacidade de
pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não como mero
reprodutor de ideais praticas que lhe são exteriores . Em outras palavras o docente
reflexivo tem que ser capaz de transpor o seu conhecimento de maneira criativa. Neste
contexto o professor de língua portuguesa terá que ser um incansável leitor capaz de
desapertar em seu aluno esta mesma paixão para que eles possam desenvolver e utilizar
a linguagem oral e escrita nas diversas situações comunicativas .E que apartir daí como
segundo( Paulo Freire)o educador deve compreender que a educação é uma forma de
intervenção no mundo .
Não tendo mais nada a dizer fico por aqui com o coração cheio de saudade .Um forte
abraço da sua amiga.
Valdiva