Definir acesso venoso central
Discutir indicações e contraindicações
Descrever principais técnicas e materiais
Apresentar principais complicações
Realizar oficina prática
Define-se por canulação venosa central o posicionamento de um
dispositivo apropriado de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia
cava superior ou inferior, independentemente do local da inserção
periférica.
monitorização hemodinâmica invasiva
infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas;
terapêutica substitutiva renal de urgência;
nutrição parenteral prolongada;
quimioterapia;
reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia;
estimulação cardíaca artificial temporária;
acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins.
Infecção, ferimentos e queimaduras
Anatomia local distorcida
Extremos de peso
Vasculites / lesão vascular
Canulação prévia de longo termo
Injeção de agentes esclerosantes e/ou radioterapia prévias
Distúrbios de sangramento
Terapia trombolítica ou anticoagulação
Cateter de acesso central duplo lúmen
Guia metálico
Fixadores do cateter
Agulha introdutora do guia 18G + seringa de 5ml
Seringa e agulha para anestesia local
Bisturi 11 e dilatador
Campos estéreis, incluindo um fenestrado
Material para sutura (pinça, porta agulha, tesoura)
Fio mononylon 3-0
Cuba para soro fisiológico Gazes, compressas, campos cirúrgicos Lidocaína 2% sem vasoconstritor Clorexidina ou iodopovidona Avental e luvas estéreis, máscara, gorro e óculos de
proteção
Do material
Do ambiente: iluminado e com bastante espaço para mobilidade do operador em caso de intercorrência.
Do paciente: posição supina Trendelenburg nas abordagens subclávia e jugular Coxim interescapular no acesso subclávio lateralização da cabeça Do operador: higienização e paramentação com gorro, óculos, máscara e avental estéril.
Posicionamento do paciente
Assepsia e antissepsia
Anestesia local
Colocação de campo estéril
Punção do sítio venoso e implantação do cateter segundo técnica de Seldinger e fixação
Conferir posicionamento do cateter e a presença de complicações
Identificar pontos de referência
• Na abordagem subclávia, o local de inserção é o ponto de
interseção do terço medial (ou proximal) e médio da clavícula.
• a veia subclávia é mais superficial que a artéria
• a agulha deve ser apontada para a fúrcula esternal.
Preferência ao lado direito:
• Cúpula pleural D é mais baixa (menor risco de
pneumotórax, especialmente na punção de subclávia)
• O trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor
possibilidade de mau posicionamento do cateter,
especialmente pela jugular interna)
• Ducto torácico desemboca na subclávia esquerda
(menor risco de quilotórax)
Vantagens:
Anatomia fixa
Não “colaba” no choque hipovolêmico
Local relativamente móvel
Desvantagens:
Complicações potencialmente fatais
Local não compressível
Melhores resultados com experiência do operador
Identificar pontos de referência
• Ápice do triângulo formado pelas cabeças do músculo
esternocleidomastóideo e a clavícula como base
• A veia jugular é lateral em relação a Carótida
• A agulha deve ser apontada para o mamilo ipsilateral.
Vantagens:
Menor risco de complicações graves em relação à subclávia.
Relativamente superficial
Local compressível manualmente
Possível em discrasias sanguíneas de moderada gravidade
Desvantagens:
Punção difícil em pessoas com pescoço curto e em obesos.
Anatomia menos fixa.
Tende a colabar na hipovolemia
Local é muito móvel
• Identificar artéria femoral, veia posiciona-se medialmente
• A veia pode ser canulada até cerca de 5cm abaixo
do ligamento inguinal.
• O membro inferior deve ser levemente abduzido
• A agulha é introduzida cranialmente, num ângulo de 45º
em relação à pele, em direção ao umbigo
• Distância de 0,5cm medialmente à artéria femoral.
Vantagens:
superficial e de fácil acesso
menor risco de complicação e sem complicações fatais
permite cateteres calibrosos
pode ser realizado na PCR
Desvantagens:
Local móvel
Local úmido, potencialmente contaminado
Maior risco de complicação infecciosa e trombótica
• Após conectar SF 0.9%, abaixar o frasco para permitir
refluxo de sangue
• Auscultar pulmão
• Solicitar RX de tórax:
• A extremidade do cateter deve estar na veia cava superior
• Avaliar presença de complicações
• Curativo e identificação
• Avaliar trocar acesso se punção realizada em condições de
urgência sem condições estéreis adequadas
Punção arterial Pneumotórax / hemotórax / quilotórax Trombose Flebite Hematomas / hemorragias Comprometimento de via aérea Lesão cardíaca pelo guia Embolia aérea Punção de traqueia / nervo laríngeo recorrente Sepse
Pneumotórax Após Punção da Veia Jugular Guiada por Ultrassom para Acesso
Venoso Central em Radiologia Intervencionista: quatro anos de experiência.
Oner B, Karam AR, Surapaneni P, Phillips DA. Journal of Intensive Care
Medicine, 18/07/2011
Total 1.262 punções venosas
Os autores concluem sugerindo que uma taxa extremamente baixa de
pneumotórax com a ultra-sonografia para obtenção do acesso venoso central
(0% no estudo), a rotina radiografia de tórax pós-procedimento para excluir
pneumotórax pode ser dispensada, a menos que seja suspeita por parte do
operador, ou se o paciente se torna sintomático.
Procedimento médico
Profissional experiente
Cuidados com complicações imediatas e tardias
Realização da técnica e preparação corretas
Reavaliar paciente
ARAÚJO, S. Acessos Venosos Centrais e Arteriais Periféricos – Aspectos Técnicos e Práticos. RBTI. 2003; 15(2): 70-82.
• AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life Suport - ATLS. 9 ed. , 2013.
• NAEMT & ACS. Prehospital Trauma Life Support (PHTLS): atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. Editora Elsevier. 8 ed., 2017.
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