Sobre a natureza de um problema em História das Ciências.
A demarcação entre ciência e não-ciência
Gabriel da Costa Ávila*
Não seria um exagero muito grande afirmar que a questão da demarcação entre
ciência e não-ciência figurou como o principal problema da filosofia das ciências na
primeira metade do século XX. A busca por critérios satisfatórios para estabelecer os
fundamentos da ciência e sua distinção de outros campos da vida social alimentou
algumas das mentes mais poderosas do século e fundou as principais correntes
filosóficas do período. Foi também em torno desse problema que muito do debate
crítico se desenvolveu. A corrente principal da nascente sociologia da ciência dedicou
se a estabelecer os critérios que diferenciavam a ciência de outras esferas da vida social
e garantiam a sua autonomia em relação a elas. Na historiografia, o problema da
demarcação conheceu a sua forma de manifestação sob a rubrica da “querela do
internalismo contra o externalismo”. A trajetória das tendências internalistas (a história
intelectual, do conteúdo das ciências) e externalistas (uma história social, do contexto)
na interpretação do passado das ciências nos fornecerá um exemplo da emergência e da
natureza de um problema historiográfico (isto é, um problema que concerne ao
continente História). Essa historiografia não é apenas fruto da discussão filosófica; em
ambos os campos esse debate surge a partir da mesma configuração histórica e, em
especial, da condição da ciência e sua relação com o Estado em dois momentos
distintos: na euforia epistemológica da virada do século XIX para o século XX e na
consolidação da Big Business Science após 1945. Obviamente, os desenvolvimentos na
filosofia, na sociologia e na história das ciências se retroalimentavam na forma de
convergências ou acalorados contrapontos.
Todos esses aspectos elencados acima ajudaram a moldar a História das Ciências
no século XX e suas tensões co-incidiram na maneira como essa disciplina definiu e
encarou um problema como pertencendo legitimamente à sua área de atuação. A
articulação de uma perspectiva disciplinar, de um problema de pesquisa e de um novo
* Professor do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Doutor em História pela UFMG.
2
objeto de estudo é resultado da interação entre diferentes forças que atuam
historicamente. Um novo problema disciplinar não é “descoberto” ou “encontrado”, mas
emerge da reconfiguração de um olhar que passa a perceber como problema algo antes
tomado como natural ou, por vezes, invisível a outras tradições intelectuais. Deste
modo, estou interessado em investigar como a demarcação se constituiu em um
problema para a História das Ciências.
Antes de prosseguirmos, é preciso destacar que a demarcação do campo da
ciência não é uma preocupação exclusiva dos seus analistas (historiadores, filósofos,
sociólogos etc.). Ela interessa diretamente aos próprios cientistas e aos formuladores e
administradores de Políticas de Ciência e Tecnologia (os famosos decision makers).
Esses grupos gastam grande parte do seu tempo com esforços para garantir a
especificidade da ciência em relação a outras atividades técnicas ou intelectuais e
proteger as fronteiras do seu território social e epistêmico. Parte expressiva da
historiografia das ciências nas últimas décadas tem refletido sobre as formas através das
quais os atores sociais envolvidos na produção de conhecimento científico desenham os
contornos de um espaço no interior do qual a prática da ciência é possível. Isso
explica, em parte, o sucesso da expressão “comunidade científica” na historiografia e
em várias modalidades de discursos sobre a ciência. No entanto, não acredito que
devamos insistir em dois tipos estanques e isolados de demarcação: o analítico,
sustentado por filósofos, historiadores, sociólogos, e o prático, fruto da atividade dos
próprios cientistas (GIERYN, 1983). O trabalho analítico é uma atividade prática,
outra frente da mesma batalha. Em algumas circunstâncias, visa endossar e reforçar a
visão dos cientistas, garantindo lhes outras instâncias de legitimidade, outros conjuntos
de argumentos de defesa; em outras, visa criticá-las, atacá-las, substituí-las, reformá-las.
O surgimento da disciplina História da Ciência (no singular e com maiúscula) na
paisagem de divisão intelectual do trabalho relaciona-se à vertiginosa ascensão da
ciência ao posto de fundamento máximo da Modernidade Ocidental, que ocorre entre
meados do século XIX e início do século XX e da qual emana a euforia epistemológica
e o cientificismo que marcam algumas das mais relevantes investigações sobre a ciência
no período. À história das ciências cabia, assim, legitimar o papel central desempenhado
pela ciência, identificá-la com o progresso e com o que há de mais fundamental e
3
precioso no projeto de Modernidade do Ocidente. Um tipo de legitimação diferente
daquele desempenhado pela filosofia, que estava, nesse momento, empenhada em
dissecar a linguagem da ciência e depurá-la da metafísica através da análise lógica dos
enunciados científicos, em busca de um fundamento filosoficamente rigoroso para o
conhecimento científico. A história das ciências recorre à forma narrativa para relatar a
trajetória épica dos heróis do saber, os grandes homens, responsáveis por conduzir a
tocha do progresso e afastar a escuridão. Ela “internalizou os valores e reproduziu os
ideais metafísicos dessas ciências” (MAIA, 2013, p. 13). Se a história é responsável por,
entre outras coisas, forjar subjetividades, construir a identidade dos homens e mulheres
em relação à temporalidade, a história das ciências não escapa a esta sina. Ela seleciona
um determinado aspecto da identidade coletiva no tempo, a relação com o
conhecimento científico, e constrói daí a sua identidade.
No entanto, a história das ciências não é apenas produtora de uma imagem da
ciência, ela é também consumidora de concepções que circulam em determinada
configuração sócio-histórica, funcionando como espaço de reverberação, formulação e
legitimação de certos interesses sociais. A história das ciências, nessa perspectiva, passa
de agente de transformação da imagem da ciência no tecido social para uma posição
mais passiva, de reprodutora de imagens e valores produzidos alhures.
Naturalmente, poderíamos argumentar que a história das ciências fornece um
dos únicos acessos “autorizados” para a ciência do passado, através do uso controlado e
sistemático das fontes originais, o que pretensamente garantiria precisão e objetividade.
Desse modo, o surgimento da história das ciências como disciplina autônoma e regida
por normas de erudição e coerção do discurso responde à participação cada vez maior
da ciência na construção da “identidade ocidental” a partir de meados do século XIX. A
ciência, não estando mais restrita aos seus praticantes, mas espraiando-se por todas as
esferas da sociedade, precisa ter seu desenvolvimento histórico compreendido,
domesticado e regulado por formas socialmente sancionadas de discurso. A escrita da
história das ciências seria um exercício reflexivo, de auto-conhecimento, uma
racionalização de certas características do sujeito moderno com vias à tomada de
consciência e ao auto-controle.
4
Simultaneamente, esse processo de afirmação, legitimação e cristalização da
posição epistemologicamente privilegiada da ciência, “coincide” com a expansão de
sistemas baseados na ciência no interior dos Estados nacionais. Justamente por essa
época começa a se configurar um movimento que buscava instaurar um novo pacto
entre ciência e Estado. Inaugura-se um processo de construção da Política de Ciência e
Tecnologia como parte das obrigações inegociáveis do Estado, processo que se
aceleraria enormemente após o fim da Segunda Guerra Mundial. No período anterior à
Segunda Guerra Mundial, ciência e tecnologia não eram objeto de políticas públicas
sistemáticas. Obviamente, são bem conhecidos os esforços que fizeram os Estados
nacionais para financiar e apropriar-se dos conhecimentos científicos em áreas
estratégicas, principalmente desde o final do século XVIII, e os esforços de filósofos
naturais e cientistas para tornar estratégicas suas ciências e arregimentar o Estado para a
sua causa. “A ‘racionalização’ progressiva da sociedade depende da institucionalização
do progresso científico e técnico”, afirma Habermas (1987, p. 45, grifo meu). No
entanto, não devemos superestimar o lugar da ciência nos projetos de organização do
Estado antes do século XX, mesmo em países de capitalismo mais avançado, como
Inglaterra, Prússia, Alemanha (depois de 1871) e França (ABIR-AM, 1982;
MOSELEY, 1978; SALOMON, 1977; VELHO, 2011).
Nessa época, especialmente entre os anos 1930 e 1970, a paisagem intelectual da
história das ciências estava dominada pela prevalência de dois modelos ideais e opostos
de escrita da história das ciências. O internalismo e o externalismo, travaram uma
intensa disputa na qual colocavam em questão as condições que tornavam possíveis
uma narrativa histórica sobre as ciências. Ao iniciado no ofício, cabia posicionar-se em
um dos lados da disputa. Essas marcas distintivas da identidade disciplinar da história
das ciências na primeira metade do século XX, estão em direta relação com este projeto
global para a ciência e sua função social. As práticas intelectuais desses historiadores
estão conectadas com o conjunto de práticas sociais em relação às ciências. Isso
significa que é preciso recolocar algumas questões estratégicas. O que se ganha com a
concepção que emerge do internalismo? Quem se beneficia do externalismo? Que
modelos de pacto entre ciência e Estado são construídos, sancionados, reforçados e que
5
modelos são criticados e denunciados pela história das ciências de uma ou de outra
matriz?
Não se trata de uma simples redução da perspectiva internalista, de uma história
intelectual das ciências, aos valores do liberalismo e da lógica do mercado; ou da
história social das ciências, externalista, ao socialismo e à planificação. Não se trata de
perceber essas vertentes como mero verniz historiográfico de atitudes ideológicas em
relação às ciências. Trata-se de perceber como essas correntes emergem no interior de
um campo de possibilidades específico, como elas são fruto de configurações sócio-
históricas que as determinam e com a qual estabelecem variadas formas de relação,
que podem ser de reforço ou de contestação. Nesse período, parecia bastante evidente
aquilo que pertencia ao âmbito interno das ciências e aquilo que se chamava de externo.
O “lado de dentro” das ciências seria composto por pensamento e ideias, teorias e
teoremas, fórmulas e conceitos, hipóteses e leis, resultados experimentais. Em suma, o
conteúdo cognitivo. Do “lado de fora”, por sua vez, fariam parte as instituições de
pesquisa, as agências de fomento e o suporte material no qual o conteúdo se expressa
(periódicos especializados, livros), as comunidades científicas e suas normas, as formas
de sociabilidade e comunicação dos resultados; mas também a estrutura econômica e
social, os regimes políticos, a cultura, a religião, as artes. Em uma palavra, o contexto.
O vocabulário teórico utilizado pela história das ciências foi forjado em meio à
ampla afirmação da ciência como expressão máxima da civilização e o seu cultivo como
obrigação do Estado, uma noção que crescia no imaginário ocidental desde meados do
século anterior. Corresponde a uma necessidade de demarcação e criação identitária
exigida por setores da sociedade que percebiam na ciência, cada vez mais, uma
dimensão importante da sua constituição e que se articulavam em torno de um projeto
de difusão dessa concepção da ciência e da sua relevância fundamental.
Nesse sentido, a história das ciências supre uma função de importância capital
para o projeto de consolidação de certo ideal de ciência. Institucionaliza-se como uma
disciplina com um forte interesse na compreensão do papel da ciência na modernidade
ocidental (daí a sua ênfase na revolução científica) e na criação de um passado que
legitimasse o seu lugar privilegiado na paisagem dos saberes. Embora considerassem
científicas quaisquer tentativas de apreender a “natureza” que fossem (alegadamente)
6
racionais e sistemáticas (como a astronomia das antigas civilizações babilônicas ou
egípcias), esses autores estavam diretamente preocupados com o suposto salto
qualitativo ocorrido na forma de compreender a natureza durante a revolução científica
na Europa dos séculos XVI e XVII, ou seja, no estabelecimento do “método científico”.
Essa história das ciências expressava a profunda crença não apenas na existência do
método científico como também na sua prioridade epistêmica sobre outras formas de
investigação acerca do mundo natural.
Ainda nesse processo, era importante recuperar o viés crítico, aberto e libertador
que a ciência possuía nos séculos XVI, XVII e XVIII, geralmente tratando-o como
essencial à própria definição de ciência e identificando-o com o método científico. No
entanto, trata-se agora de um contexto completamente diferente, de uma configuração
histórica na qual a ciência começa a ocupar o lugar de hegemonia (se não de
monopólio) no interior dos Estados do capitalismo desenvolvido (e na URSS). O
recurso à história da ciência moderna e o reforço da imagem (já há muito transformada)
da ciência como permanentemente dinâmica e aberta a contestações, avessa a
argumentos de autoridade (baseando as suas afirmações em “verdades”), essencialmente
antidogmática, servia para legitimar o seu lugar de fundamento da organização da vida
social. Elas cristalizam, entre o público erudito (mas não só para esse grupo), certos
estereótipos sobre a ciência e os cientistas e se aproximam sobremaneira das narrativas
míticas que julgam destruídas pela ciência que veneram.
Ao ressaltar essa perspectiva, endosso o argumento de que as formas de lidar
com questões de ciência são também formas de encarar a sociedade e as disputas
políticas. Como já afirmei, a história das ciências é sempre um empreendimento
engajado nas causas do seu tempo. Embora as escolhas teóricas sejam por vezes
influenciadas pelas divisões entre os dois grandes sistemas político-econômicos do
século XX, o socialismo e o liberalismo (com o eco das polarizações de outras ordens,
como entre idealismo e materialismo ou entre iluminismo e romantismo), as propostas
não são meras reelaborações das filiações políticas dos seus autores. Para além das
discussões ideológicas, entre a “liberdade individual” do cientista e a necessidade de
planejar o avanço da ciência de acordo com os “interesses da sociedade”, há um grande
7
consenso ideológico (e metafísico) em torno do cientificismo. Nenhuma agenda política
poderia vingar (talvez sequer ser concebida) sem o apelo à autoridade da ciência.
Vista sob esse ângulo, a história da demarcação, a história da delimitação e
atribuição de funções aos fatores “internos” e “externos” da ciência é um aspecto
crucial da história do conceito de ciência. A definição do que vem a ser ciência,
incluindo aí o que foi a ciência no passado, é sempre uma definição política com sérias
implicações. Tal definição autoriza e legitima certas práticas discursivas e epistêmicas,
ao mesmo tempo em que nega e proíbe outras; inclui e exclui sujeitos e grupos; delega
direitos e deveres; impõe condutas e estabelece relações de força; garante acesso a
recursos. Enfim, instaura um campo de positividades específicas de cada definição.
ABIR-AM, Pnina. The discourse of physical power and biological knowledge in the
1930s: a reappraisal of the Rockefeller Foundation’s ‘policy’ in molecular biology.
Social studies of science, Londres e Beverly Hills, 1982, v. 12, pp. 341-382.
ALVARGONZÁLEZ, David. Is the History of Science Essentially Whiggish? History
of Science, Cambridge, mar. 2013, v. 51, n. 170, pp. 85-99.
ASDAL, Kristin, BRENNA, Brita e MOSER, Ingunn. The politics of interventions. A
history of STS.In. ______ (orgs.). Technoscience. The politics of interventions. Oslo,
Unipub, 2007, pp. 7-54.
ÁVILA, Gabriel da Costa. Como conferir historicidade à ciência? Um retorno às
contribuições de Ludwik Fleck e Karl Mannheim. In. MOLLO, Helena Miranda (org.).
Biografia e história das ciências: debates com a história da historiografia. Ouro Preto:
PPGHIS/EDUFOP, 2012. pp. 30-60.
8
______. Epistemologia em conflito: uma contribuição à história das Guerras da
Ciência. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.
BARNES, Barry. Scientific knowledge and sociological theory. Londres: Routledge,
1974.
______. T. S. Kuhn and social science. Londres: Macmillan, 1982.
______. Relativism as a completion of the scientific project. In: SCHANTZ, Richard e
SEIDEL, Markus (orgs.). The problem of relativism in the sociology of (scientific)
knowledge. Frankfurt: Ontos, 2011. pp. 23-39.
BARNES, Barry; EDGE, David. Science in context: readings in the sociology of
science. Milton Keynes: Open University Press, 1982.
BARNES, Barry; BLOOR, David; HENRY, John. Scientific Knowledge: a
sociological analysis. Londres: Athlone Press, 1996.
BERNAL, John Desmond. Science in history. Londres: Johnson’s Court, 1954.
BIAGIOLI, Mario. Introduction.In. ______ (org.). The Science Studies Reader. Nova
Iorque e Londres: Routledge, 1999. pp. xi-xviii.
BLOOR, David. Conhecimento e imaginário social. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
BOGHOSSIAN, Paul. Medo do conhecimento: contra o construtivismo e o
relativismo. São Paulo: Senac, 2012.
BUCHDAHL, Gerd. On the pressupositions of the historians of science. History of
Science, Cambridge, 1962, v. 1, pp. 67-77.
BUNGE, Mario. In praise of intolerance to charlatanism in academia. In: GROSS, Paul;
LEVTT, Norman; LEWIS, Martin. The flight from science and reason. Annals of
New York Academy of Sciences. Nova Iorque: The New York Academy of Sciences,
1995, pp. 96-115.
BURTT, Edwin. As bases metafísicas da ciência moderna. Brasília: Editora
Universidade de Brasília, 1983.
BUSH, Vannevar. Science – the endless frontier. A report to the president by
Vannevar Bush, director of the Office of Scientific Research and Development, July
1945. Washington: United States Government Printing Office, 1945.
BUTTERFIELD, Herbert. The whig interpretation of history. Londres: G. Bell, 1931.
______. The historian and the history of science. Bulletin of the British Society for
the History of Science. Cambridge, abril 1950, v. 1, n. 3, pp. 49-58.
9
______. Los origenes de la ciencia moderna. Madrid: Taurus, 1982.
BUTTS, Robert E. e HINTIKKA, Jaakko (orgs.). Historical and philosophical
dimensions of logic, methodology and philosophy of science. Dordrecht: D. Reidel,
1977.
CALLON, Michel. As reestruturações industriais em torno dos programas de pesquisa-
desenvolvimento. In.WITKOWSKI, Nicolas (org.). Ciência e tecnologia hoje. São
Paulo: Editora Ensaio, 1994, pp. 78-81.
CAMENIETZKI, Carlos Ziller. A cruz e a luneta: ciência e religião na Europa
moderna. Rio de Janeiro: Access Editora, 2000.
CANGUILHEM, Georges. Estudos de história e de filosofia das ciências:
concernentes aos vivos e à vida. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
CASTELFRANCHI, Yurij. As serpentes e o bastão: tecnociência, neoliberalismo e
inexorabilidade. Tese de Doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em
Sociologia da Universidade de Campinas. Campinas, 2008.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense-Universitária,
2006.
CHALHOUB, Sidney; TEIXEIRA, Francisco. Sujeitos no imaginário acadêmico:
escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980. Cadernos
AEL, Campinas, 2009, v. 14, n. 26, pp. 13-47.
CHALMERS, Alan. A fabricação da ciência. São Paulo: Editora UNESP, 1994.
CHESNAIS, François. A mundialização do capital, natureza e papel da finança e
mecanismos de “balcanização” dos países com recursos ambicionados. In. LIMA,
Marcos Costa (org.). Dinâmica do capitalismo pós-Guerra Fria: cultura tecnológica,
espaço e desenvolvimento. São Paulo: Editora Unesp, 2008, pp. 17-39.
CICCOTTI, Giovanni, CINI, Marcello e MARIA, Michelangelo de. The production of
science in the advanced capitalist society. In. ROSE, Hilary e ROSE, Steven (orgs.).
The political economy of science: ideology of/in the natural sciences. Londres: The
Macmillan Press, 1976a, pp. 73-104.
COHEN, I. Bernard. O nascimento de uma nova física. Lisboa: Gradiva, 1988.
______. Revolucion em la ciencia. Barcelona: Gedisa, 1989.
COLLINS, Harry. Son of Seven Sexes: the social destruction of a physical
phenomenon. Social Studies of Science, Londres e Beverly Hills, 1981, v. 11, pp. 33-
62.
10
______. Comment on Kuhn. Social Studies of Science, Londres e Beverly Hills, 2012,
v. 42, pp. 420-423.
COLLINS, Randall e RESTIVO, Sal. Development, Diversity, and Conflict in the
Sociology of Science. The Sociological Quarterly, 1983, v. 24, n. 2, pp. 185-200.
COMTE, Auguste. Sur l’histoire des sciences. In. BRAUNSTEIN, Jean-François (org.).
L’histoire des sciences. Méthodes, styles et controversies. Paris: Vrin, 2008, pp. 33-48.
CONDÉ, Mauro Lúcio Leitão. O Círculo de Viena e o empirismo lógico. Caderno de
filosofia e ciências humanas, v. 5, 1995. Disponível em
http://www.fafich.ufmg.br/~mauro/art_mauro2.htm. Acesso em 28 maio 2010.
______ (org.). Ludwik Fleck: estilos de pensamento na ciência. Belo Horizonte: Fino
Traço, 2012.
______. “Um papel para a história”. O problema da historicidade da ciência. No
prelo.
CONDÉ, Mauro Lúcio Leitão e PENNA-FORTE, Marcelo do Amaral (orgs.). Thomas
Kuhn: a estrutura das revoluções científicas [50 anos]. Belo Horizonte: Fino Traço,
2013.
CONDÉ, Mauro e OLIVEIRA, Bernardo Jefferson de. Thomas Kuhn e a nova
historiografia da ciência. . Thomas Kuhn e a historiografia da ciência. Ensaio. Pesquisa
em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 4, n.2, 2002.
DAHL, Robert Alan e LINDBLOM, Charles Edward. Política, economia e bem estar
social: planejamento e sistemas político econômicos reduzidos a processos sociais
básicos. Rio de Janeiro: Lidador, 1971.
DASTON, Lorraine. Objective and escape from perspective. Social Studies of Science,
Londres e Beverly Hills, 1992, v. 22, pp. 597-618.
______. Imagens da objectividade: a fotografia e o mapa. In: GIL, Fernando. A ciência
tal qual se faz. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1999. pp. 79-103.
______. Science studies and the history of science. Critical Inquiry. Chicago, verão
2009, n. 35, pp. 798-813.
______. L’économie morale des sciences modernes. Jugements, emotions et valeurs.
Paris: Éditions La Découverte, 2014.
DEAR, Peter. Fifty years of Structure. Social Studies of Science, Londres e Beverly
Hills, 2012, v. 42, pp. 424-428.
11
ENGELS, Friedrich e MARX, Karl. A ideologia alemã. São Paulo: Expressão Popular,
2009.
FERNÉ, Georges. A ciência é uma mercadoria. In. WITKOWSKI, Nicolas (org.).
Ciência e tecnologia hoje. São Paulo: Editora Ensaio, 1994, pp. 365-366.
FEYERABEND, Paul. A ciência em uma sociedade livre. São Paulo: Editora da
Unesp, 2011.
FIRST ANUAL REPORT 1994. Max-Planck-Institut für Wissenschaftsgeschichte,
Berlin, 1994. Disponível em: http://www.mpiwg-berlin.mpg.de/ANNREP94.HTM#C1.
Acesso em 28 maio 2015.
FORMAN, Paul. The primacy of science in modernity, of technology in postmodernity,
and of ideology in the history of technology. History and Technology, 2007, v. 23, n.
1, pp. 1-152.
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: PUC: NAU,
1999.
______. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2
de dezembro de 1970. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
FREIRE JUNIOR, Olival. Sobre “As raízes sociais e econômicas dos ‘Principia’ de
Newton”. Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência, São Paulo, 1993,
n. 9, pp. 51-64.
FREUDENTHAL, Gideon e MCLAUGHLIN, Peter (orgs.). The social and economic
roots of the scientific revolution. Texts by Boris Hessen and Henry Grossman.
Heidelberg e Berlin: Springer, 2009.
FULLER, Steve. Being there with Thomas Kuhn: a parable for postmodern times.
History and theory, Middletown, out. 1992, v. 31, n. 3, pp. 241-275.
______. The secularization of science and a new deal for science policy. Futures,
Londres, 1997, v. 29, n. 6, pp. 483-503.
______. From Conant’s education strategy to Kuhn’s research strategy. Science and
education. Amsterdam, 2000, v. 9, pp. 21-37.
______. Learning from error: an autopsy of Bernalism. Science as culture, Londres,
2007, v. 16, n.4, pp. 463-466.
GALILEI, Galileu. Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo ptlomaico e
copernicano. São Paulo: Discurso Editorial, 2001.
12
GALISON, Peter. Image and logic. A material culture of microphysics. Chicago: The
University of Chicago Press, 1997.
______. Culturas etéreas e culturas materiais. In: GIL, Fernando. A ciência tal qual se
faz. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1999. pp. 395-414.
GARCIA, José Luís; MARTINS, Hermínio. O ethos da ciência e suas transformações
contemporâneas, com especial atenção à biotecnologia. Scientiae Studia. São Paulo,
2009, v. 7, n. 1, pp. 83-104.
GIERYN, Thomas. Boundary-Work and the demarcation of science from non-science:
strains and interests in professional ideologies of scientists. American Sociological
Review, dez. 1983, v. 48, n. 6, pp. 781-795
GINGRAS, Yves. Naming without necessity: on the genealogy and uses of the label
“historical epistemology”. Revue de synthèse, Paris, 6ª série, 131-133, pp. 439-454.
GOLINSKI, Jan. Making natural knowledge. Constructivism and the history of
science. Chicago e Londres: The University of Chicago Press, 2005.
GRAHAM, Loren. The Soviet Academy of Sciences and the communist party, 1927-
1932. Princeton: Princeton University Press, 1967.
______. The socio-political roots of Boris Hessen: soviet Marxism and the history of
science. Social Studies of Science, Londres e Beverly Hills, nov. 1985, v. 15, n. 4, pp.
705-722.
GRUPO KRISIS. Manifesto contra o trabalho. São Paulo: Conrad, 2003.
HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como “ideologia”. Lisboa: Edições 70, 1987.
______. O discurso filosófico da Modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
HACKING, Ian. Artificial phenomena. The British Journal for the History of
Science, Cambridge, jun. 1991, v. 24, n. 2, pp. 235241.
______. Making up people. In. BIAGIOLI, Mario (org.). The Science Studies Reader.
Nova Iorque e Londres: Routledge, 1999, pp. 161-171.
______. Representar e intervir: tópicos introdutórios de filosofia da ciência natural.
Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.
HALL, A. Rupert. A revolução na ciência 1500-1750. Lisboa: Edições 70,1988.
HARVEY, David. O neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Edições
Loyola, 2013.
13
HESSEN, Boris. As raízes sociais e econômicas dos “Principia” de Newton. In. GAMA,
Ruy (org.). História da técnica e da tecnologia: textos básicos. São Paulo: T. A.
Queiroz e EdUSP, 1985.
HILL, Christopher. Lênin e a Revolução Russa. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.
HOBSBAWM, Eric. A era do capital, 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
______. A era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Companhia
das Letras, 2006.
HODGKIN, Dorothy. John Desmond Bernal. 10 May 1901 - 15 September 1971.
Disponível em: http://rsbm.royalsocietypublishing.org/content/26/16.full.pdf. Acesso
em: 20 jul. 2013.
HOLLINGER, David. Free enterprise and free inquiry: the emergence of laissez-faire
communitarianism in the ideology of science in the United States. New Literary
History, outono 1990, v. 21, n. 4, pp. 897-919.
JAUBERT, Alain e LÉVY-LEBLOND, Jean-Marc (orgs.). (Auto)critique de la
science. Paris: Editions du Seuil, 1973.
JOLIOT-CURIE, Irène. Souvenirs et documents, publiés par l’association Fréderic
et Irène Joliot-Curie. Paris: Association Fréderic et Irène Joliot-Curie, S/D.
KOHLER, Robert. Partners in science: foundations and natural scientists, 1900–1945.
Chicago: University of Chicago Press, 1991.
______. Moral economy, material culture, and community in Drosophila genetics. In.
BIAGIOLI, Mario (org.). The Science Studies Reader. Nova Iorque e Londres:
Routledge, 1999, pp. 243-257.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado. Contribuição à semântica dos tempos
históricos. Rio de Janeiro: Contraponto e Editora PUC-Rio, 2006.
______. “História” como conceito mestre moderno. In. KOSELLECK, Reinhart et al. O
conceito de história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013, pp. 185-222.
______. História dos conceitos e história social. In. ______. Futuro Passado.
Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto e Editora
PUC-Rio, 2006. pp. 97-118.
KOYRE, Alexandre. Galileu e Platão e do mundo do “mais ou menos” ao universo
da precisão. Lisboa: Gradiva, 1990.
______. Estudos de história do pensamento filosófico. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1991.
14
______. Do mundo fechado ao universo infinito. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2006.
______. A contribuição científica da Renascença. In. ______. Estudos de história do
pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011a, pp.43-53.
______. As origens da ciência moderna: uma nova interpretação. In. ______. Estudos
de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011b,
pp. 55-81.
______. Galileu e a revolução científica do século XVII. In. ______. Estudos de
história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011c, pp.
197-213.
______. Traduttore-traditore: a propósito de Copérnico e de Galileu. In. ______.
Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2011d, pp. 283-285.
______. Perspectivas da história das ciências. In. ______. Estudos de história do
pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011e, pp. 415-425.
KRAGH, Helge. The new rays and the failed anti-materialistic revolution. In.
BEVILAQUA, Fabio; HOFFMAN, Dieter; STUEWER, Roger. The emergence of
modern physics. Proceedings of a conference commemorating a Century of physics.
Pavia: Università degli Studi di Pavia, 1996, pp. 61-77.
KUHN, Thomas. The structure of scientific revolutions. Chicago: The University of
Chicago Press, 1970.
______. A revolução copernicana. Lisboa: Edições 70, 1990.
______. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001.
______. O caminho desde A estrutura. In. ______. O caminho desde a Estrutura.
Ensaios filosóficos, 1970-1993, com uma entrevista autobiográfica. São Paulo: Editora
UNESP, 2006a, pp. 115-132.
______. O problema com a filosofia histórica da ciência. In. ______. O caminho desde
a Estrutura. Ensaios filosóficos, 1970-1993, com uma entrevista autobiográfica. São
Paulo: Editora UNESP, 2006b, pp. 133-151.
______. Reflexões sobre meus críticos. In. ______. O caminho desde a Estrutura.
Ensaios filosóficos, 1970-1993, com uma entrevista autobiográfica. São Paulo: Editora
UNESP, 2006c, pp. 155-216.
15
______. A história da ciência. In. ______. A tensão essencial: estudos selecionados
sobre tradição e mudança científica. São Paulo: Editora UNESP, 2011a, pp. 127-144.
______. Objetividade, juízo de valor e escolha de teorias. In. ______. A tensão
essencial. Estudos selecionados sobre tradição e mudança científica. São Paulo: Editora
UNESP, 2011b, pp. 339-360.
LAFFITTE, Pierre. Discours d’ouverture du cours sur l’histoire générale des sciences
au Collège de France. In. BRAUNSTEIN, Jean-François (org.). L’histoire des
sciences. Méthodes, styles et controversies. Paris: Vrin, 2008, pp. 49-65.
LAKATOS, Imre. História da ciência e suas reconstruções racionais e outros
ensaios. Lisboa: Edições 70, 1998.
LAPYDA, Ilan. A “financeirização” do capitalismo contemporâneo: uma discussão
das teorias de François Chesnais e David Harvey. Dissertação de Mestrado defendida no
Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo. São Paulo,
2011.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Ensaio de antropologia simétrica. São
Paulo: Editora 34, 1994.
______. A esperança de Pandora. Ensaios sobre a realidade dos estudos científicos.
Bauru: EDUSC, 2001.
LÊNIN, Vladimir. Materialismo e empiriocriticismo. Notas críticas sobre uma teoria
reacionária. Lisboa e Moscou: Edições Progresso e Edições Avante, 1982.
LÉVY-LEBLOND, Jean-Marc. Ideology of/in contemporary physics. In. ROSE, Hilary
e ROSE, Steven (orgs.). The radicalisation of science: ideology of/in the natural
sciences. Londres: The Macmillan Press, 1976b, pp. 137-175.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. São Paulo: José Olympio, 2004.
LÖWY, Michael. As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen:
marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. São Paulo: Cortez, 2000.
MAIA, Carlos Alvarez. Por uma história das ciências efetivamente histórica. O combate
por uma história sociológica. Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência,
São Paulo, 1992, n. 7, pp. 47-52.
______. A domesticação da história das ciências pelo sistema das ciências. In.
SOARES, Luiz Carlos (org.). Da revolução científica à big (business) science: cinco
ensaios de história da ciência e da tecnologia. São Paulo e Niterói: Hucitec e UFF,
2001, pp. 201-246.
16
______. Mannhein, Fleck e a compreensão humana do mundo. In. CONDÉ, Mauro
Lúcio Leitão (org.). Ludwik Fleck: estilos de pensamento na ciência. Belo Horizonte:
Fino Traço, 2012, pp. 51-76.
______. Kuhn, ator conservador ou ator revolucionário? In. CONDÉ, Mauro Lúcio
Leitão e PENNA-FORTE, Marcelo do Amaral (org.). Thomas Kuhn: a estrutura das
revoluções científicas [50 anos]. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013, pp. 37-54.
______. História das Ciências: uma história de historiadores ausentes. Rio de Janeiro:
EdUERJ, 2013.
MANNHEIM, Karl. Essays on the sociology of Knowledge. Nova Iorque: Oxford,
1952.
______. Ideologia e utopia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
MARICONDA, Pablo Rubén. Introdução: o Diálogo e a condenação. In: GALILEI,
Galileu. Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo ptlomaico e
copernicano. São Paulo: Discurso Editorial, 2001, pp. 15-70.
MARKOVA, Ludmila A. Difficulties in the historiography of science. In. BUTTS,
Robert E. e HINTIKKA, Jaakko (orgs.). Historical and philosophical dimensions of
logic, methodology and philosophy of science. Dordrecht: D. Reidel, 1977.
MARTIN, Brian. The critique of science becomes academic. Science, Technology, &
Human Values, v. 18, n. 2, abril 1993, pp. 247-259.
MARTINS, Hermínio. The Kuhnian “revolution” and its implication for sociology. In.
HANSON, A. H.; NOSSITER, T. J.; ROKKAN, Stein. Imagination and precision in
the social sciences. Essays in memory of Peter Nettl. Londres: Faber &faber, 1972. pp.
13-58.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Volume II. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1996.
MAYER, Anna-K. Setting Up a Discipline: Conflicting Agendas of the Cambridge
History of Science Committee, 1936–1950. Studies in History and Philosophy of
Science, Londres, 2000, v. 31, n. 4, pp. 665–689.
______. Setting up a discipline, II: British history of science and ‘‘the end of ideology’’,
1931–1948. Studies in History and Philosophy of Science, Londres, 2004, v. 35, n. 1,
pp. 41–72.
MENDONÇA, André Luis de Oliveira. Por uma nova abordagem da interface
ciência/sociedade: a tarefa da filosofia da ciência no contexto dos science studies. Tese
de Doutorado em Filosofia defendida no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008.
17
MERTON, Robert King. Science, technology & society in seventeenth century
England. Nova Jersey e Sussex: Humanities Press e Harvester Press, 1970.
______. Ensaios de sociologia da ciência. São Paulo: Associação Scientiae Studia e
Editora 34, 2013.
MERTON, Robert King e THACKRAY, Arnold. On Discipline Building: The
Paradoxes of George Sarton. Isis, Chicago, dez. 1972, v. 63, n. 4, pp. 472-495.
MÉSZÁROS, István. Estrutura social e formas de consciência I: a determinação
social do método. São Paulo: Boitempo Editorial, 2009.
MEYERS, Bart, RADINSKY, Len, ROTHENBERG, Mel e ZIMMERMAN, Bill. Une
science pour le peuple. In. JAUBERT, Alain e LÉVY-LEBLOND, Jean-Marc (orgs.).
(Auto)critique de la science. Paris: Editions du Seuil, 1973, pp. 65-89.
MOLLO, Helena Miranda (org.). Biografia e história das ciências: debates com a
história da historiografia. Ouro Preto: PPGHIS/EDUFOP, 2012.
MOSELEY, Russell. The origins and early years of the National Physical Laboratory: a
chapter in the pre-history of British science policy. Minerva, verão 1978, v. 16, n.
2, pp. 222-250.
OLIVA, Alberto. O relativismo de Kuhn é derivado da história da ciência ou é uma
filosofia aplicada à ciência? Scientiae studia, São Paulo, 2012, v. 10, n. 3, pp. 561-592.
OLIVEIRA, Bernardo Jefferson de. Francis Bacon e a fundamentação da ciência
como tecnologia. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
PESTRE, Dominique. Por uma nova história social e cultural das ciências: novas
definições, novos objetos, novas abordagens. Cadernos IG/UNICAMP, Campinas,
1996, v. 6, n. 1, pp. 3-56.
______. Néolibéralisme et gouvernement. Retour sur une catégorie et ses usages. In.
______ (org.).Le gouvernement des technosciences. Governer le progrès e ses dégâts
depuis 1945. Paris: Éditions La Découverte, 2014a, pp. 261-284.
______. Conclusion. Le gouvernement du progrès e de ses dégâts. Un essai de lecture
globale. In. ______ (org.). Le gouvernement des technosciences. Governer le progrès
et ses dégâts depuis 1945. Paris: Éditions La Découverte, 2014b, pp. 285-315.
PFETSCH, Frank. Scientific organisation and science policy in imperial Germany,
1871–1914: the foundation of the Imperial Institute of Physics and Technology.
Minerva, jan. 1970, v. 8, pp. 557-580.
18
PICKERING, Andrew (org). Science as Practice and Culture. Chicago: University of
Chicago Press, 1992.
______. The mangle of practice. In. BIAGIOLI, Mario (org.). The Science Studies
Reader. Nova Iorque e Londres: Routledge, 1999, pp. 372-393.
______. The world since Kuhn. Social Studies of Science, Londres e Beverly Hills,
2012, v. 42, pp. 467-473.
PIMENTEL, Juan. Qué es la historia cultural de la ciencia? Arbor. Ciencia,
Pensamiento y Cultura, 2010, v. CLXXXVI, pp. 417-424.
POLANYI, Michael. Science, faith and society: a searching examination of the
meaning and nature of scientific inquiry. Chicago: The University of Chicago Press,
1964.
PRICE, Don Krasher. The scientific estate. Cambridge e Londres: Harvard University
Press, 1965.
REIS, José Carlos. História & Teoria: Historicismo, Modernidade, Temporalidade e
Verdade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
______. Teoria & História: tempo histórico, história do pensamento histórico ocidental
e pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.
REISCH, George. Did Kuhn Kill Logical Empiricism? Philosophy of science, Chicago,
jun. 1991, v. 58, n. 2, pp. 264-277.
______. Planning Science: Otto Neurath and the International Encyclopedia of Unified
Science, British Journal for the History of Science, Londres, 1994, n. 27, pp. 153-
175.
RENN, Jürger. Historical epistemology and interdisciplinarity. Preprint. Max-Planck-
Institut für Wissenschaftsgeschichte, Berlin, 1994, v. 2, pp. 1-13.
RHEINBERGER, Hans-Jörg. Introduction à la philosophie des sciences. Paris:
Éditions La Découverte, 2014.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. 3 vols. Campinas: Papirus, 1994.
______. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da Unicamp,
2007.
ROOSEVELT, Franklin. President Roosevelt’s Letter. Disponível em:
http://www.nsf.gov/od/lpa/nsf50/vbush1945.htm. Acesso em: 18 nov. 2013.
19
RORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Rio de Janeiro: Relume-
Dumará, 1994.
ROSE, Hilary e ROSE, Steven. The incorporation of science. In. ROSE, Hilary e
ROSE, Steven (orgs.). The political economy of science: ideology of/in the natural
sciences. Londres: The Macmillan Press, 1976a, pp. 49-71.
ROSE, Hilary e ROSE, Steven (orgs.). The political economy of science: ideology
of/in the natural sciences. Londres: The Macmillan Press, 1976a.
ROSE, Hilary e ROSE, Steven (orgs.). The radicalisation of science: ideology of/in
the natural sciences. Londres: The Macmillan Press, 1976b.
ROSSI, Paolo. Os filósofos e as máquinas, 1400-1700. São Paulo: Companhia das
Letras, 1989.
______. A ciência e a filosofia dos modernos: aspectos da revolução científica. São
Paulo: Editora UNESP, 1992.
SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela
no escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
SANTOS, Laymert Garcia dos. Tecnologia, perda do humano e crise do sujeito de
direito. In. ______. Politizar as novas tecnologias: o impacto sociotécnico da
informação digital e genética. São Paulo: Editora 34, 2003, pp. 229-245.
SARTON, George. L’Histoire de la Science. Isis, Bruxelas, jan. 1913, v. 1, n.1, pp. 3-
46.
______. The teaching of the history of science. The scientific monthly, Nova Iorque,
set. 1918, v. 7, n. 3, pp. 193-211.
______. War and civilization. Isis, Chicago, set. 1919, v. 2, n. 2, pp. 315-321.
______. The life of science. Essays in the history of civilization. Nova Iorque: Henry
Schuman, 1948.
______. A guide to the history of science.A first guide for the study of the history of
science with introductory essays on science and tradition. Waltham: The Chronica
Botanica Company, 1952.
SCHAFFER, Simon. As instituições científicas: a geografia histórica dos laboratórios.
In. GIL, Fernando (org.). A ciência tal qual se faz. Lisboa: Edições João Sá da Costa,
1999, pp. 415-436.
20
SCHAFFER, Simon e SHAPIN, Steven. Leviathan and the air-pump. Hobbes, Boyle,
and the experimental life. Princeton e Oxford: Princeton University Press, 2011.
______. El Leviathan y la bomba de vacío. Hobbes, Boyle y la vida experimental.
Bernal, Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 2005.
SCHLICK, Moritz. The foundation of knowledge. In. AYER, A. J (org.). Logical
Positivism. Nova Iorque: The Free Press, 1959, pp. 209-227.
SCHÖTTLER, Peter. Scientisme. Sur l’histoire d’un concept difficile. Revue de
Synthèse, Paris, 2013, Tomo 134, 6ª Série, n. 1, pp. 89-113.
SHAPIN, Steven. History of science and its sociological reconstructions. History of
Science, Cambridge, 1982, v. 20, pp. 157-211.
______. Understanding the Merton thesis. Isis, Chicago, dez. 1988, v. 79, n. 4, pp. 594-
605.
______. Discipline and bounding. The history and sociology of science as seen through
the externalism-internalism debate. History of Science, Cambridge, 1992, v. 30, pp.
334-69.
______. Here and everywhere: sociology of scientific knowledge. Annual Review of
Sociology, 1995, v. 21, pp. 289-321.
______. The scientific revolution. Chicago: University of Chicago Press, 1998.
______. Baixando o tom na história da ciência: um chamado nobre. In. ______. Nunca
pura: Estudos históricos da ciência como se fora produzida por pessoas com corpos,
situadas no tempo, no espaço, na cultura e na sociedade e que se empenham por
credibilidade e autoridade. Belo Horizonte e Campina Grande: Fino Traço e EDUEPB,
2013a, pp. 1-14.
______. A casa da experiência na Inglaterra do século dezessete. In. ______. Nunca
pura: Estudos históricos da ciência como se fora produzida por pessoas com corpos,
situadas no tempo, no espaço, na cultura e na sociedade e que se empenham por
credibilidade e autoridade. Belo Horizonte e Campina Grande: Fino Traço e EDUEPB,
2013b, pp. 60-89.
______. Bomba e circunstância: a tecnologia literária de Robert Boyle. In. ______.
Nunca pura: Estudos históricos da ciência como se fora produzida por pessoas com
corpos, situadas no tempo, no espaço, na cultura e na sociedade e que se empenham por
credibilidade e autoridade. Belo Horizonte e Campina Grande: Fino Traço e EDUEPB,
2013c, pp. 90-118.
______. “A mente é o seu próprio lugar”: ciência e solitude na Inglaterra do século
dezessete. In. ______. Nunca pura: Estudos históricos da ciência como se fora
21
produzida por pessoas com corpos, situadas no tempo, no espaço, na cultura e na
sociedade e que se empenham por credibilidade e autoridade. Belo Horizonte e
Campina Grande: Fino Traço e EDUEPB, 2013d, pp. 121-143.
______. Um scholar e um cavalheiro: a identidade problemática do praticante científico
na Inglaterra do século dezessete. In. ______. Nunca pura: Estudos históricos da
ciência como se fora produzida por pessoas com corpos, situadas no tempo, no espaço,
na cultura e na sociedade e que se empenham por credibilidade e autoridade. Belo
Horizonte e Campina Grande: Fino Traço e EDUEPB, 2013e, pp. 144-183.
SHINN, Terry e RAGOUET, Pascal. Controvérsias sobre a ciência: por uma
sociologia transversalista da atividade científica. São Paulo: Associação Filosófica
Scientiae Studia e Editora 34, 2008.
SILVA, Francismary Alves da. Historiografia da revolução científica: Alexandre
Koyré, Thomas Kuhn e Steven Shapin. São Bernardo do Campo: Editora da UFABC,
2015.
______. Um irredutível diálogo entre a história e a história das ciências: Lucien Febvre
e Alexandre Koyré. In. ARANHA, Gervácio Batista e FARIAS, Elton John da Silva
(orgs.). Epistemologia, historiografia & linguagens. Campina Grande: EDUFCG,
2013. pp. 147-173.
SISMONDO, Sergio. Fifty years of The Structure of Scientific Revolutions, twenty-five
of Science in Action. Social Studies of Science, Londres e Beverly Hills, 2012, v. 42,
pp. 415-419.
SNOW, Charles Pierce. As duas culturas e uma segunda leitura. São Paulo: Edusp,
1995.
SOARES, Luiz Carlos (org.). Da revolução científica à big (business) science: cinco
ensaios de história da ciência e da tecnologia. São Paulo e Niterói: Hucitec e UFF,
2001.
SOKAL, Alan. Transgredindo as fronteiras: em direção a uma hermenêutica
transformativa da gravitação quântica. In: BRICMONT, Jean e SOKAL, Alan.
Imposturas Intelectuais: o abuso da ciência pelos filósofos pós-modernos. Rio de
Janeiro: Record. 1999, pp. 231-273.
SPRINGER DE FREITAS, Renan. Desnaturalizando Kuhn. Estudos Avançados, São
Paulo, v. 12, n. 33, 1998, pp. 185-196.
______. O eclipse da filosofia da ciência na história da ciência. In. ANDRADE, Ana
Maria Ribeiro de (org.). Ciência em perspectiva: estudos, ensaios e debates. Rio de
Janeiro: MAST/SBHC, 2003, pp. 117-130.
22
STATEMENT OF AIMS OF MONT PELERIN SOCIETY. Disponível em:
https://www.montpelerin.org/montpelerin/mpsGoals.html. Acesso em: 8 nov. 2014.
STENGERS, Isabelle. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Editora 34,
2002.
STOKES, Donald. O quadrante de Pasteur: a ciência básica e a inovação tecnológica.
Campinas: Editora da Unicamp, 2005.
STUMP, James. History of science through Koyré’s lenses. Studies in history and
philosophy of science, 2001, v. 32, n. 2, pp. 243–263.
SURVIVRE. La nouvelle église universelle. In. JAUBERT, Alain e LÉVY-LEBLOND,
Jean-Marc (orgs.). (Auto)critique de la science. Paris: Editions du Seuil, 1973, pp. 51-
61.
TURNER, Stephen. Whatever happened to knowledge? Social Studies of Science,
Londres e Beverly Hills, 2012, v. 42, pp. 474-480.
VAN DAMME, Stéphane. Lorraine Daston et la nouvelle histoire intellectuelle des
sciences. In. DASTON, Lorraine. L’économie morale des sciences modernes.
Jugements, emotions et valeurs. Paris: Éditions La Découverte, 2014.
VELHO, Léa. Conceitos de ciência e a Política Científica, Tecnológica e de Inovação.
Sociologias, Porto Alegre, jan./abr. 2011, v. 13, n. 26, pp. 128-153.
VEYNE, Paul. Os gregos acreditavam em seus mitos? São Paulo: Editora Unesp,
2013.
WALLERSTEIN, Imannuel. O universalismo europeu: a retórica do poder. São Paulo:
Boitempo, 2006.
WEART, Spencer. Scientists in power. Cambridge e Londres: Harvard University
Press, 1979.
WERSKEY, Gary. The Marxist critique of capitalist science: a history in three
movements? Science as culture, Londres, 2007, v. 16, n.4, pp. 397-461.
WHEWELL, William. History of the inductive sciences, from the earliest to the
present times. Nova Iorque: D. Appleton & Company, 1875.
WILLIAMS, Michael. Problems of knowledge: a critical introduction to epistemology.
Oxford: Oxford University Press, 2001.
WILLIAMS, Raymond. Base e superestrutura na teoria cultural marxista. REVISTA
USP, São Paulo: mar./maio 2005, n.65, pp. 210-224.
23
WOOD, Ellen Meiksins. A origem do Capitalismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
2001.
ZAMMITO, John H. A nice derangement of epistemes. Post-positivism in the study of
science from Quine to Latour. Chicago e Londres: University of Chicago Press, 2004.
ZILSEL, Edgar. The sociological roots of science. Social Studies of Science, Londres e
Beverly Hills, 2000, v. 42, n. 6, pp. 935-949.
ZIMAN, John. Is Science losing its objectivity? Nature, 1996, v. 382.
______. Real Science: What It Is and What It Means. Cambridge: Cambridge
University Press, 2000.
Top Related