Seu Ivanildo, uma história de lutas e recomeços
Agosto/20141890
O Agricultor Ivanildo Ferreira de Araújo, de 59 anos, mais conhecido como Bililiu, vive com sua esposa, Luciana Ferreira de Araújo (30), que popularmente é chamada de Dida. Eles moram com seus dois filhos, Taciana (09), e V i c e n t e ( 0 4 ) , n a c o m u n i d a d e d o a s s e nta m e nto J a c ú , q u e f i ca a s ete quilômetros do município de Pombal, no alto sertão Paraibano. Ele conta com muito orgulho como é viver e produzir no que é seu, onde morou com seus pais, grande parte de sua vida, porém era apenas morador.
Em busca de melhores condições para sobreviver, foi tentar a sorte em outras regiões, mas não conseguiu muita coisa. Trabalhei 27 anos como vaqueiro e nunca conseguir nada mais que uma camisa, até fome meus filhos passaram – diz seu Ivanildo. Homem de muita determinação, nunca desistiu de seus ideais, foi tentar na cidade outros meios para sobreviver, sem muitas opções e para não passar necessidades, resolveu trabalhar como moto taxi, porém mais uma vez, não obteve sucesso.
Anos mais tarde, o agricultor teve mais
uma oportunidade de recomeçar sua vida e
desta vez como proprietário em sua terra.
Hoje, a família mora em uma área de 14
hectares, com duas tecnologias sociais,
conquistadas através dos programas da ASA.
Uma delas foi adquirida pelo Programa Um
Milhão de Cisterna (P1MC), e tem capacidade
de armazenar 16 mil litros de água, captada
pela chuva e serve para o consumo da casa,
inclusive beber e cozinhar. A outra é a cisterna -
calçadão, que se trata de uma implementação
com capacidade bem maior, 52 mil litros também captados
pela chuva, sendo que o local de armazenamento é ligado a
um calçadão de 200 metros quadrados, responsáveis pela
captação da água. A mesma adquirida através do Programa
Uma Terra e Duas Águas (P1+2) onde todo liquido conseguido
é usado na produção agrícola e criação animal. Com a cisterna
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calçadão ficou muito melhor, em tempos
atrás a gente carregava água em duas latas
d’água com uma vara suspensa, hoje termos
ela limpa e bem perto de casa inclusive nas
torneiras – diz seu Ivanildo.
Com muita satisfação e orgulho, o
agricultor e sua esposa mostram a produção
de hortaliças com pimenta de cheiro,
pimentão, alface, coentro, tomate e maxixe,
de frutas têm o mamão e limão. Na criação
animal, tem bovinos, caprinos e algumas aves,
como galinhas e patos.
Toda plantação de seu Ivanildo é
manejada de forma natural , l ivre de
agrotóxicos, servindo para o consumo de toda
família. Parte que fica de alguns produtos
como, coentro, alface, maxixe e tomate já tem
destino certo, o programa compra direta do
governo federal. Ele Também trabalha com o
beneficiamento do leite, gerado pela sua
criação de vacas, uma parte é
destinada para o consumo da família,
outra é vendida na cidade e o que fica ele faz
queijo de coalho que tem o mesmo destino do
leite.
Luciana faz questão de citar, como a
cisterna grande é importante para ela, que usa
a água da mesma para os serviços domésticos,
inclusive para beber, quando acontece da
pequena secar – Antes eu tinha medo de
morrer de sede, hoje tenho medo de morrer
afogada – diz com muita alegria a agricultura.
Ao falar das expectativas para o futuro,
seu Ivanildo é bem objetivo, não pensa em
aumentar a produção, prefere conservar o que
já conseguiu, pois tudo que têm dá para suprir
suas necessidades e ter uma renda extra no
orçamento, o que possibilita a segurança
alimentar da família e o bem estar de todos.
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