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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO Formando Jovens Autônomos, Solidários e Competentes
ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 02
2º BIMESTRE/2021
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
COMPONENTES CURRICULARES/DISCIPLINAS:
Biologia, Física, Química, Práticas Experimentais de Biologia (PEB), Práticas Experimentais de Física
(PEF) e Práticas Experimentais de Química (PEQ).
PROFESSORES: David Batista, Francisco Mateus, Jodson Glória,
Leonardo Moraes, Marianne Dorneles, Mônica Alves. 2ª SÉRIE
CRONOGRAMA
Período de realização das atividades: 02/08 a 14/08
PARTE 1 - 02/08 a 07/08
PARTE 2 - 09/08 a 14/08
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES
- Física= 8 h/a; - Química= 7 h/a; - Biologia= 7 h/a;
- PEF= 3 h/a; - PEQ= 3 h/a; - PEB= 3 h/a.
TOTAL = 31 horas/aulas.
HABILIDADES ESPECÍFICAS DA ÁREA
(EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de aplicativos digitais
específicos, as transformações e conservações em sistemas que envolvam quantidade de matéria,
de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em
situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável,
o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas.
(EM13CNT102) Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou construir protótipos de sistemas térmicos
que visem à sustentabilidade, considerando sua composição e os efeitos das variáveis termodinâmicas
sobre seu funcionamento, considerando também o uso de tecnologias digitais que auxiliem no cálculo
de estimativas e no apoio à construção dos protótipos.
(EM13CNT202) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de
organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, com ou sem
o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre
outros).
(EM13CNT310) Investigar e analisar os efeitos de programas de infraestrutura e demais serviços básicos
(saneamento, energia elétrica, transporte, telecomunicações, cobertura vacinal, atendimento primário à
saúde e produção de alimentos, entre outros) e identificar necessidades locais e/ou regionais em relação
a esses serviços, a fim de avaliar e/ou promover ações que contribuam para a melhoria na qualidade de
vida e nas condições de saúde da população.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
1. Filos: Helmintos (Platelmintos e Nematelmintos) e Anelídeos
2. Transmissão de calor
3. Termoquímica: reações químicas e entalpia
4. Filos: Moluscos e Artrópodes
5. Estudo dos Gases
6. Energias renováveis
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AVALIAÇÃO
Roteiros impressos:
A avaliação ocorrerá de forma conceitual, procedimental, experimental e atitudinal visando a efetivação
da aprendizagem. Assim, o (a) estudante será avaliado (a) através da observação, por parte do professor,
de sua participação nos grupos de WhatsApp das turmas apresentando dúvidas ou contribuições (no
caso de ter recursos tecnológicos e acesso à internet). Também, por meio da resolução da atividade e
entrega das folhas de respostas à escola, no decorrer de cada semana, de acordo com os prazos
estabelecidos. Dessa forma, prevalecerá a avaliação interdimensional, observando a prática do exercício
do protagonismo e dos 4 (quatro) pilares da educação: Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver.
Roteiros online:
A avaliação ocorrerá de forma conceitual, procedimental, experimental e atitudinal visando a efetivação
da aprendizagem. Assim, o (a) estudante será avaliado (a) através da observação, por parte do professor,
de sua participação/interação nas aulas via Google Meet e nos grupos de WhatsApp das turmas
apresentando dúvidas e/ou contribuições. Também por meio da resolução da atividade e envio das
respostas via Google Forms, no decorrer de cada semana, de acordo com os prazos estabelecidos.
Dessa forma, prevalecerá a avaliação interdimensional, observando a prática do exercício do
protagonismo e dos 4 (quatro) pilares da educação: Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver.
Nós sabemos o quanto é difícil deixar uma zona de
conforto, mas, às vezes, é necessário vencer a inércia
para mostrar que podemos nos desafiar e ir além.
Na vida, a gente peca,
basicamente em dois
aspectos: pela omissão
ou pelo excesso. Prefira
sempre a segunda
opção, pelo menos você
não vai se lamentar de
não ter feito nada.
PARTE 1 – 02/08/2021 a 07/08/2021
HELMINTOS
São animais de vida livre, multicelulares e parasitas do homem, plantas e até mesmo outros animais.
São formados por 3 filos pertencentes ao reino animália: Platelmintos e Nematódeos.
Os Platelmintos são vermes que apresentam o corpo cilíndrico e com tubo digestório completo. Os
nematódeos são vermes que apresentam tubo digestório completo. Já os anelídeos o corpo é formado por
“anéis” e não são parasitas. Geralmente o homem é hospedeiro definitivo dos helmintos, estes se instalam no
intestino e atingem a maturidade.
SUCESSO é o acúmulo de pequenos
esforços repetidos dia após dia. Robert Collier
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Principais helmintos intestinais:
• Filo Platelminto: Hymenolepis nana, Taenia solium, Taenia saginata e Schistosoma mansoni.
• Filo nematódeos: Ascaris lumbricoides Enterobius vermicularis Trichuris trichiura Ancylostoma
duodenale Necator americanus e Strongyloides stercoralis.
Vamos estudar agora cada um deles.
PLATELMINTOS
São animais vermes achatados dorsoventralmente com simetria bilateral, triblásticos, sem tubo
digestório e acelomados. Algumas espécies são parasitas outras de vida livre. Podem ser terrestres ou
aquáticos. Seu tamanho varia de 1 milímetro até metros de comprimento. São pertencentes a este grupo mais
de 25 mil espécies. Ex: Planárias e tênias
Algumas espécies são endoparasitas, ou seja, se desenvolvem no interior do hospedeiro.
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA:
São animais triblásticos e acelomados. São triblásticos, pois apresentam 3 folhetos germinativos: a
endoderme, mesoderme e ectoderme. São acelomados, pois não possuem cavidade na mesoderme.
Nas espécies de vida livre há cefalização que nada mais é do que uma cabeça anterior com mais
órgãos sensoriais e tecido nervoso que as outras parte do corpo do animal. O animal tem metades iguais,
esquerda e direita. A cabeça ajuda na localização das presas.
REVESTIMENTO, SUSTENTAÇÃO E MOVIMENTOS:
Na epiderme dos platelmintos de vida livre existe um muco que facilita o deslocamento com o auxílio
dos cílios, revestimento da face ventral. Ainda possuem cutícula, região protetora de enzimas digestivas. Outra
estrutura presente nesses animais são os ocelos, olhos primitivos que servem para distinguir somente a
presença de luz. Já na cabeça dos parasitas pode apresentar ganchos ou ventosas de fixação.
DIGESTÃO:
Os platelmintos de vida livre geralmente se alimentam de outros invertebrados, portanto são carnívoros,
com tubo digestório incompleto e digestão intracelular e extracelular, porém os resíduos são expelidos pela
boca.
RESPIRAÇÃO, CIRCULAÇÃO E EXCREÇÃO:
O oxigênio é absorvido pela epiderme e se expande no interior do corpo do animal por difusão. Não
possuem sistema circulatório e respiratório.
O alimento é distribuído pelo corpo do animal através da cavidade digestória. Pela superfície do corpo
que a amônia é eliminada. Os órgãos excretores são os protonefrídeos, extremidade interna e aberta.
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COORDENAÇÃO:
O sistema nervoso é formado por gânglios, estes coordenam os movimentos complexos. Além da
cefalização existe um sistema nervoso centralizado, este é responsável pelos movimentos mais sofisticados.
Os ocelos e quimiorreceptores demonstram a presença de substâncias químicas.
REPRODUÇÃO:
A reprodução pode ser assexuada quando o animal pode ser partido ao meio (laceração ou fissão).
Cada uma das partes é capaz de formar um novo animal. Também pode ocorrer reprodução sexuada por
fecundação cruzada (hermafrodita).
CLASSIFICAÇÃO DOS PLATELMINTOS:
São classificados em três: Turbellaria (turbelários), Trematoda (trematódeos) e Cestoda (cestódeos).
Turbellaria
Nessa classe encontramos os platelmintos de vida livre com poucas espécies parasitas e terrestres. O
nome dessa classe é dado pelo turbilhão provocado na água pelos cílios da epiderme. Exemplo: Planária.
Trematoda
Nessa classe temos platelmintos que apresentam ventosas e cutícula revestindo o corpo. Possuem
boca no tubo digestório. Geralmente são hermafroditas. Ex: Esquitossomo, que causa a esquistossomose.
Existe 3 espécies de esquitossomos na África (Schistosoma haematobium), na Ásia (Schistosoma
japonicum) e na América Latina (Schistosoma mansoni). O último é o causador da esquistossomose.
O esquitossomo fêmea mede cerca de 1,5 cm. O macho cerca de 1 cm, porém durante a cópula, o
macho abriga a fêmea. Seu desenvolvimento se torna completo no sistema porta-hepático, ou seja, veias que
ligam o intestino ao fígado do hospedeiro. Neste caso o hospedeiro definitivo é o ser humano.
Cestódeos
Nesse grupo temos as tênias: Taenia solium e a Taenia saginata. O corpo desses animais é formado
por segmentos ou anéis chamados de proglotes. A forma do corpo dá uma ideia de fita. O corpo é denominado
estróbilo. Possuem ventosas de fixação ou coroa de ganchos que permite prender o parasita ao intestino do
hospedeiro.
As tênias possuem cutícula protetora, cordões nervosos e canais excretores. Cada canal é formado
por um sistema hermafrodita que se autofecunda. Não possuem tubo digestório. O alimento é absorvido do já
digerido pelo intestino do hospedeiro.
NEMATÓDEOS OU NEMATELMINTOS
São vermes que apresentam corpo cilíndrico, alongado, pseudocelmados, simetria bilateral e afilado
nas extremidades. Algumas espécies medem milímetros e centímetros de comprimento. Muitas espécies são
microscópicas. São encontrados na água, no solo e parasitam vegetais e animais.
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA
São triblásticos, apresentam uma cavidade denominada pseudoceloma que fica entre a epiderme e o
intestino. Nessa cavidade há o desenvolvimento de órgãos. Existe ainda um líquido preenchendo essa cavidade
que distribui nutrientes e outras substâncias pelo corpo do animal. Além de excretar substâncias e sustentar o
animal. A epiderme do corpo é formada por cutícula resistente e flexível. Não possuem esqueleto rígido e abaixo
da epiderme há uma camada muscular contra a cutícula e o líquido formando o esqueleto hidrostático.
São formados por tubo digestório completo, portanto as fêmeas possuem boca e ânus e os machos
ainda possuem cloaca, abertura do sistema reprodutor e digestório. A digestão ocorre intracelular e extracelular.
Não possuem sistema circulatório e nem respiratório. A superfície do corpo realiza a troca de gases que é
realizada por difusão.
São formados por um para de células alongadas que realizam a excreção. O sistema nervoso é
formado por cordões nervosos longitudinais e centralizado.
Geralmente os sexos são separados. Os machos produzem espermatozoides (testículos) e glândulas
gaméticas. Já a fêmea tem ovários, óvulos, vagina e 2 úteros com fecundação interna. Do ovo sai um organismo
jovem semelhante ao adulto.
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DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATÓDEOS:
1. ASCARIDÍASE:
É uma doença causada pelo Ascaris lumbricoides, este é popularmente conhecida como lombriga e
quando estão na fase adulta mede entre 15 cm e 40 cm de comprimento. O macho e a fêmea acasalam no
intestino delgado do hospedeiro. Uma fêmea pode produzir até 200 mil ovos por dia. Estes são eliminados pelas
fezes do hospedeiro. Sem saneamento básico pode contaminar alimentos e água.
2. ANCILOSTOMOSE
É causada pelo Ancylostoma duodenale e o Necator americanos que na fase adulta pode medir entre
1 cm e 2 cm de comprimento. Uma característica dessa doença é a anemia e a pele amarelada. O
desenvolvimento desses vermes ocorre no intestino delgado humano. Os ovos são eliminados com as fezes
podendo contaminar o solo.
3. FILARIOSE
Essa doença também é conhecida como elefantíase, pois causa inchaço das mamas, pernas ou
escroto, daí o nome. É causada Wuchereria bancrofti ou filária, estes são capazes de se desenvolver nos vasos
linfáticos. É uma doença característica do Brasil, América Latina, América Central, África e Sudoeste Asiático.
A fêmea que produz as larvas que migram para o sangue. Somente os mosquitos do gênero Culex completam
o desenvolvimento. Já no inseto as larvas se alojam no tubo digestório, vão para os músculos. Depois crescem
como larvas capazes de infestar outros indivíduos e se instalam nas peças bucais do inseto.
4. ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE
É uma doença causada pelo Enterobius vermicularis ou Oxyurus vermicularis. Se desenvolvem no
intestino grosso. A fêmea mede 1 cm e o macho 5 mm. A fêmea deposita seus ovos na região do ânus, por
isso, é comum coceira nessa área, principalmente à noite. Ocorre transmissão pela poeira, inalação ou nos
alimentos. A forma de prevenir são medidas de higiene.
ANELÍDEOS
O nome anelídeo (do latim annelus = anel) vem do corpo que é formado por segmentos cilindrícos
repetitivos em forma de anel, estes são chamados de metâmeros. Cada fragmento desse é formado por anéis
além da musculatura. Nos metâmeros ainda temos o celoma que nada mais é que uma cavidade preenchida
por um líquido formando assim um esqueleto hidostático. Além de possuir órgãos de excreção e reprodução.
Estes animais são triblásticos, celomados e com simetria bilateral encontrados nos mais diversos
ambientes: solo (minhocas), no mar (poliquetos ou verme marinhos) ou em água doce (sanguessugas). As
sanguessugas são ectoparasitas de animais vertebrados aquáticos. Ectoparasitas são parasitas externo de
seres vivos.
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Esses animais podem apresentar uma epiderme com cutícula do lado externo. Além de “pelos duros”
denominados cerdas. As cerdas são formadas de quitina e ajudam o animal na locomoção. Já nos poliquetos
(do grego polys = muito; chaîté = cerdas), as cerdas são mais desenvolvidas e mais numerosas e estão
localizadas nos parapódios (do grego para = ao lado de; podos = pé) que funcionam como pernas rudimentares.
A locomoção do animal ocorre devido a epiderme possuir musculatura e as cerdas que apoiam sobre
o solo, uma se estica e a outra encolhe.
Algumas espécies se alimentam de detritos vegetais ou são parasitas ou carnívoros. Possuem tubo
digestório completo e digestão extracelular. As minhocas apresentam papo que tem a função de armazenar
alimento, moela que nada mais é que uma região muscular trituradora do alimento.
O sistema circulatório das minhocas é fechado, ou seja, o sangue percorre somente por dentro dos
vasos. Existe dois vasos principais longitudinais. Um dorsal que contrai e impulsiona o sangue e outro ventral.
Estes dois vãos são ligados por vasos aos pares que são denominados corações laterais. Esses corações
contraem e auxiliam na propulsão do sangue. Existe também vasos laterais ligados aos vasos longitudinais.
Ainda existe os capilares que são vasos ramificados e finos presentes nos órgãos, estes permitem o
transporte de gás carbônico, oxigênio, alimento e excretas.
As minhocas possuem hemoglobina, por isso, o sangue tem coloração avermelhada e aumenta a
capacidade de transporte do oxigênio pelo sangue. A respiração desses animais é cutânea, ou seja, através da
pele e indireta, ou seja, gases transportados pelo sangue. Porém esse tipo de respiração só ocorre se a pele
estiver úmida. A pele das minhocas não possui impermeabilizantes com células produtores de muco para
manter a umidade da pele.
Existe espécies de poliquetos que a circulação e respiração é semelhante as minhocas, porém existem
espécies de maior porte que possuem brânquias, ou seja, lâminas ou fios ricos em vasos sanguíneos para troca
gasosa. Em algumas sanguessugas a respiração é cutânia, porém existe algumas espécies que possuem
brânquias.
O sistema nervoso dos anelídeos é formado por 2 cordões nervosos ventrais com 1 par de gânglios
por segmento. Os poliquetos apresentam ocelos que não são encontrados nas minhocas. Os ocelos são
responsáveis pela percepção de luminosidade. As minhocas e sanguessugas são hermafroditas com
fecundação cruzada.
As minhocas apresentam clitelo (do latim clitellum = cinta) que nada mais é que tegumento segmentado
localizado na região central do corpo do animal. Os óvulos são colocados dentro de um casulo dentro do clitelo.
O casulo vai em direção ao receptáculo seminal para receber os espermatozoides. A fecundação é externa e
ocorre no interior do casulo. Os ovos são depositados no solo úmido. Depois nascem indivíduos jovens com as
características de um adulto.
CLASSIFICAÇÃO DOS ANELÍDEOS:
Os anelídeos são classificados em 3 grupos: Polychaeta (poliquetos), Oligochaeta (oligoquetos) e
Hirudinea ou Hirudinoidea (hirudíneos). Vejamos cada um deles.
Minhoca
Fonte: PIXABAY (2021).
Sanguessuga
Fonte: PIXABAY (2021).
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Poliquetos:
Os poliquetos (do grego poly, muito, e chaite, cerda) apresentam muitas cerdas, ou seja, estruturas
formadas por quitina localizadas nas laterais de cada segmento. Existe espécies capazes de se deslcoar
facilmente são chamados de poliquetos errantes. Já outras espécies vivem em tuneis que eles cavam na areia.
E ainda há os poliquetos tubícolas, ou seja, os que constroem tubos de calcário ou com grãos de areia. Ex:
nereida e Eunice virides (palolo).
Oligoquetos:
Estes animais são caracterizados por possuírem poucas cerdas (do grego oligos, pouco, e chaite,
cerda). Geralmente são animais terrestres. Temos como exemplo as minhocas, porém existem espécies de
água doce. Podem medir entre 5 cm e 10 cm. No entanto existe uma espécie: o minhocuçu que pode atingir
até 2 m de comprimento.
Hirundineos:
São anelídeos que não possuem cerda e com o corpo achatado dorsoventralmente. Podem viver no
ambiente marinho, de água doce, pântanos ou brejos.
Nesse grupo temos como exemplo as sanguessugas. Estas podem se alimentar de sangue de animais
vertebrados. Elas possuem duas ventosas de fixação, uma ao redor do corpo e outra na outra extremidade.
Elas podem perfurar seres sem causar dor devido a ação de uma substância anticoagulante produzida pelas
glândulas salivares.
TEXTO-BASE PARA A ATIVIDADE PRÁTICA (PEB)
O esquistossoma ou chistossoma (Schistosoma mansoni ou Shistosoma americanum) é um
platelminto da classe trematóide causador da esquistossomose, uma verminose bastante perigosa e comum
em áreas com saneamento precário.
Sua descrição completa foi feita pelo médico brasileiro Pirajá da Silva, em 1908, com base em suas
pesquisas sobre um paciente, em 1904.
O esquistossomo pertence a um grupo de platelmintos denominados trematoda e tem sexos
separados. A fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho cerca de 1 cm. O macho possui um
canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução, o chamado canal ginecóforo.
Na fase parasitária, o esquistossomo vive geralmente nas veias que ligam o intestino ao fígado das
pessoas. A presença desses vermes e de uma grande quantidade de ovos pode provocar um rompimento
dessas veias. Além disso, ocorre um aumento no volume abdominal devido ao crescimento desproporcional do
fígado e do baço, causado pelo vazamento de plasma através das veias rompidas. Por isso, a esquistossomose
é também conhecida como barriga-d'água.
Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais,
cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo.
Inicialmente o esquistossomo põe seus ovos nas veias do intestino do hospedeiro definitivo (homem).
Esses ovos atravessam as paredes das veias e do intestino (veias mesentéricas) e são eliminados juntamente
com as fezes. Os ovos que caem na água transformam-se em larvas, os miracídios. Estes penetram no corpo
de um caramujo do gênero Biomphalaria e ali transformam em larvas com cauda, chamadas cercárias. Depois
de formadas, as cercárias saem do caramujo e passam novamente para a água. As cercárias, então, podem
penetrar a pele humana, atingindo a corrente sanguínea e, finalmente, as veias que ligam o intestino ao fígado,
onde se desenvolvem e se transformam em vermes adultos, fechando o ciclo. São encontrados nas águas de
rios, açudes, lagos, várzeas ou represas
TRANSMISSÃO DE CALOR
PROPAGAÇÃO DE CALOR
A propagação ou transmissão de calor pode ocorrer de três maneiras:
a) Condução Térmica
b) Convecção Térmica
c) Irradiação Térmica
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Vale lembrar que o calor, também chamado de energia calorífica, é um conceito da área da física que
determina a troca de energia térmica entre dois corpos. Essa transferência de energia tem a finalidade de atingir
o equilíbrio térmico entre dois corpos, ou seja, a mesma temperatura. Assim, um corpo mais quente transfere
calor para um corpo mais frio até que ambos tenham a mesma temperatura.
a) Condução Térmica: A energia calorífica é transmitida por meio de corpos sólidos que aquecem, seja pelo
calor do fogo, ou pelo contato com outro mais quente. Assim, quando aquecemos um corpo sólido, a energia
cinética aumenta e consequentemente, a agitação das moléculas.
Exemplos:
● Aquecimento de uma barra de metal
● Aquecimento de uma colher de metal pousada numa panela
● Aquecimento do cabo de metal de uma panela
● Aquecimento de uma xícara de chá ou café
● Aquecimento da roupa pelo ferro elétrico
b) Convecção Térmica: esse tipo de transmissão de
calor ocorre em substâncias que estejam no estado
líquido ou gasoso. Criam-se correntes circulares
chamadas de "correntes de convecção", as quais são
determinadas pela diferença de densidade entre o
fluido mais quente e o mais frio.
Exemplos:
● Aquecimento de líquidos numa panela
● Geladeira e congelador
● Ar-condicionado
● Aquecedores
● Correntes de ar atmosférico
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c) Irradiação Térmica: por meio das ondas eletromagnéticas ou ondas de calor de um corpo ocorre a
transferência de energia térmica. Não necessitando de um meio material para propagação, podendo ocorrer
também no vácuo.
Exemplos:
● Energia solar
● Placas solares
● Assar alimentos no forno
● Fogo das lareiras
● Estufas das plantas
TERMOQUÍMICA: REAÇÕES QUÍMICA E ENTALPIA
Termoquímica é a parte da química que estuda a quantidade de calor (energia) envolvida nas reações
químicas.
Quando uma reação libera calor, ela é classificada como exotérmica. A absorção de calor em uma
reação, faz com que ela seja endotérmica.
A termoquímica estuda também a transferência de energia em alguns fenômenos físicos, tais como as
mudanças de estados da matéria.
TERMOQUÍMICA E CALOR
Nas reações químicas pode haver absorção ou liberação de energia. Essa transferência de calor é feita
a partir do corpo que tem a temperatura mais alta para aquele que possui a temperatura mais baixa.
Transferência de calor do corpo quente (A) para o corpo frio (B)
No conteúdo abordado no item anterior deste Roteiro de Estudo, você verá conceitos
importantes para nosso estudo sobre Termoquímica: calor, equilíbrio térmico, formas de propagação
ou transmissão do calor. É preciso se apropriar desses conceitos para seguirmos adiante em nosso
conteúdo.
É possível utilizar um tipo de energia para utilizar as transformações e conservações em sistemas que
envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre
seus comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o
desenvolvimento sustentável.
Reações Endotérmicas e Exotérmicas
Chama-se reação endotérmica a reação em que há absorção de calor. Dessa forma, um corpo absorve
calor do meio em que ele está inserido. É por isso que a reação endotérmica provoca uma sensação de
resfriamento.
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Exemplo: Ao passar álcool no braço, o braço absorve o calor dessa substância. Mas, ao soprar para o
braço depois de ter passado álcool, sentimos um friozinho, sensação que é resultado da reação endotérmica.
Já a reação exotérmica é o inverso. Trata-se da liberação de calor e, assim, a sensação é de
aquecimento.
Exemplo: Num acampamento, as pessoas se colocam junto de uma fogueira para que o calor liberado
pelas chamas aqueça quem está à volta.
Fluxo de calor nas reações endotérmicas e exotérmicas
As trocas térmicas também acontecem nas mudanças de estado físico. Ocorre que, na mudança do
estado sólido para o líquido e do líquido para o gasoso, o processo é endotérmico. De maneira oposta, é
exotérmica a mudança do estado gasoso para o líquido e do líquido para o sólido.
Reações Endotérmicas e Exotérmicas
Reações Endotérmicas e Exotérmicas são grandezas que medem a quantidade de calor (energia)
absorvida e liberada durante as reações químicas. Elas são estudadas pela termoquímica.
Qual a diferença entre elas?
Reação Endotérmica é aquela em que há absorção de energia. Nesse processo, a energia é produzida
e, de forma independente, é mantida.
As aves e os mamíferos têm a capacidade de manter a estabilidade da temperatura do corpo. Por esse
motivo eles são chamados de animais endotérmicos, popularmente, “animais de sangue quente”.
Reação Exotérmica é aquela em que há liberação de energia. Nesse processo, a produção de energia
somente persiste mediante o fornecimento contínuo de energia.
A mudança de estados físicos, nessa ordem: gasoso, líquido e sólido, é um exemplo de reação
exotérmica. Cada um deles ocorre na medida em que a energia é liberada, ou seja, quando há menos calor.
Repare que ao invertemos essa ordem (sólido, líquido e gasoso), existe produção de energia (mais
calor). Neste caso, a reação é endotérmica.
ENTALPIA
Entalpia (H) é a energia trocada nas reações de absorção e de liberação de energia, respectivamente,
endotérmica e exotérmica.
Não existe um aparelho que seja capaz de medir a entalpia. Por esse motivo, mede-se a sua variação
(ΔH), o que é feito considerando a entalpia do reagente (energia inicial) e a entalpia do produto (energia final).
Os tipos de entalpia mais recorrentes são:
Entalpia de Formação Energia absorvida ou liberada necessária para formar 1 mol de uma
substância.
Entalpia de Combustão Energia liberada que resulta na queima de 1 mol de substância.
Entalpia de Ligação Energia absorvida na quebra de 1 mol de ligação química, no estado gasoso.
Enquanto a entalpia mede a energia, a entropia mede o grau de desordem das reações químicas.
Entalpia (H) é a quantidade de energia que se encontra nas substâncias e que pode ser alterada
mediante reações químicas. Essas reações podem ser exotérmicas (aquelas que liberam calor) ou
endotérmicas (aquelas que absorvem calor).
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Variação de Entalpia
Não é possível calcular a energia contida em uma substância, mas sim a variação da entalpia mediante
as suas reações.
Para esse cálculo foi estabelecida a entalpia padrão, que é igual a zero (H = 0). Nessa forma padrão,
as substâncias podem ser comparadas pois se encontram a uma temperatura de 25º C sob a pressão
atmosférica de 1atm.
De acordo com a Lei de Hess, a variação da entalpia é a entalpia final (depois da reação) menos a
entalpia inicial (antes da reação):
ΔH = Hf – Hi É o mesmo que dizer que a variação da entalpia resulta da diferença entre a entalpia do produto e a
entalpia do reagente.
Esse cálculo é feito a partir da seguinte fórmula:
ΔH = Hp – Hr Onde,
ΔH = variação de entalpia
Hp = entalpia do produto
Hr = entalpia do reagente
De acordo com a fórmula, a variação da entalpia é positiva quando a entalpia do produto é maior do
que a entalpia do reagente. Isso indica a ocorrência de uma reação endotérmica, pois nesse caso houve
absorção de calor.
Por outro lado, a variação é negativa quando a entalpia maior é a entalpia do reagente, o que indica a
ocorrência de uma reação exotérmica. As reações exotérmicas liberam calor.
Tipos de Entalpia
Há vários tipos de entalpia. Os principais são:
• Entalpia de formação: é a energia que resulta de uma reação química endotérmica ou exotérmica de uma
substância, a qual é calculada considerando a entalpia padrão.
• Entalpia de combustão: é a liberação de energia. Ela é sempre fruto de uma reação exotérmica.
• Entalpia de ligação: é a absorção de energia utilizada no rompimento da ligação de átomos.
Qual a Relação entre Entalpia e Entropia?
A entropia, tal como a entalpia, é uma grandeza física. Enquanto a entalpia mede a energia,
a entropia mede a desordenação das reações químicas.
Lei de Hess
Germain Henry Hess estabeleceu que:
A variação de entalpia (ΔH) em uma reação química depende apenas dos estados inicial e final da reação,
independente do número de reações.
A variação da energia, de acordo com a Lei de Hess, é estabelecida através da seguinte fórmula:
ΔH = Hf – Hi Onde,
• ΔH: variação da entalpia
• Hf: entalpia final ou entalpia do produto
• Hi: entalpia inicial ou entalpia do reagente
A partir disso, concluímos que a variação da entalpia é negativa quando estamos diante de uma reação
exotérmica. Por sua vez, a variação da entalpia é positiva quando estamos diante de uma reação endotérmica.
Como a Lei de Hess pode ser calculada?
A variação da entalpia pode ser calculada subtraindo a entalpia inicial (antes da reação) da entalpia final
(depois da reação):
ΔH = Hf – Hi
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Outra forma de calcular é através da soma das entalpias em cada uma das reações intermediárias.
Independente do número e tipo das reações.
ΔH = ΔH1 + ΔH2 Uma vez que esse cálculo considera apenas os valores inicial e final, conclui-se que a energia intermédia
não influencia no resultado da sua variação.
ATIVIDADES PROPOSTAS – PARTE 1
Agora que você já estudou o Roteiro de Estudo e compreendeu o conteúdo abordado, vamos solucionar
os exercícios?! A prática das atividades te ajudará a fixar o conteúdo aprendido. Responda-os, no seu
caderno, com responsabilidade. Depois, acesse os links do Google Forms e transcreva as respostas
para entrega-las aos seus professores.
BIOLOGIA
1) (UFMG) Organismos que apresentam corpo dividido em proglotes, com escólex na parte anterior e sem tubo
digestivo, podem parasitar o homem através de:
a) Contato com água contaminada;
b) Ingestão de carne malcozida;
c) Pés descalços;
d) Picada de inseto;
e) Transfusão de sangue.
2) (UFPR/2020) Para aumentar a produção agrícola em uma região marcada por forte sazonalidade climática,
com períodos de seca prolongados, foram construídas barragens para melhorar a irrigação. A produção de
alimentos aumentou, de fato. Porém, dadas as condições ruins de saneamento básico, também houve aumento
de uma parasitose comum em países subdesenvolvidos. Qual foi a parasitose que aumentou como
consequência dessa alteração feita pelo homem?
a) Difteria.
b) Teníase.
c) Hanseníase.
d) Esquistossomose.
e) Doença de Chagas.
3) (UFMS) Quando um determinado organismo é triblástico, celomado, com simetria bilateral e o corpo
segmentado em metâmeros, é correto afirmar que esse animal pertence ao Filo:
a) Annelida
b) Porifera
c) Nematoda
d) Platyhelmintes
e) Cnidária
PRÁTICA EXPERIMENTAL DE BIOLOGIA (PEB)
Faça em seu caderno um esquema (desenho ou com palavras) do ciclo de vida do Schistosoma mansoni.
FÍSICA
1. Analise as proposições apresentadas a seguir.
I. O calor do Sol chega até a Terra por irradiação.
II. A convecção é um processo de propagação do calor que ocorre devido à diferença de densidade das
partículas no fluido considerado.
III. Uma moeda metálica, bem polida, fica mais quente do que uma outra idêntica, revestida de tinta negra,
quando ambas são expostas ao Sol, por um tempo suficiente para absorção de calor.
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Escolha a alternativa correta:
a) Apenas a proposição III é falsa.
b) Todas as proposições são corretas.
c) As proposições II e III são corretas.
d) As proposições I e III são corretas.
e) Todas as proposições são falsas.
2. Selecione a alternativa que supre as omissões das afirmações seguintes:
I - O calor do Sol chega até nós por _________________________.
II - Uma moeda bem polida fica __________ quente do que uma moeda revestida de tinta preta, quando ambas
são expostas ao sol.
III - Numa barra metálica aquecida numa extremidade, a propagação do calor se dá para a outra extremidade
por ________________________.
a) radiação - menos - convecção.
b) convecção - mais - radiação.
c) radiação - menos - condução.
d) convecção - mais - condução.
e) condução - mais - radiação.
3. A lã é um material muito usado na confecção de agasalhos por ser um isolante térmico. Assim, a pessoa que
utiliza o agasalho de lã permanece protegido do frio, mesmo quando a temperatura encontra-se muito baixa.
Além da lã outros tecidos podem se usadas na produção de agasalhos, pois possuem o mesmo modo de ação.
Os agasalhos são capazes de aquecer os indivíduos em baixa temperatura, porque eles:
a) ajudam o hipotálamo a regular a temperatura do frio.
b) impedem a passagem de frio para o interior do corpo.
c) produzem o calor que mantem o corpo bem aquecido.
d) reduzem a perda de calor do corpo para o ambiente.
PRÁTICA EXPERIMENTAL DE FÍSICA (PEF)
Pesquise e explique o que é Efeito Estufa e quais são seus impactos para os habitantes da Terra.
QUÍMICA
1- (UFBA) Em relação aos aspectos energéticos envolvidos nas transformações químicas, pode-se afirmar:
a) a queima da parafina de uma vela exemplifica um processo endotérmico.
b) a vaporização da água de uma piscina pela ação da luz solar exemplifica um processo endotérmico.
c) a combustão do álcool hidratado em motores de automóveis exemplifica um processo endotérmico.
d) a formação de um iceberg a partir da água do mar exemplifica um processo endotérmico.
e) o valor de ΔH de uma transformação depende exclusivamente do estado físico dos reagentes.
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2- (Fatec) Considere as afirmações a seguir, segundo a Lei de Hess.
I – O calor de reação (ΔH) depende apenas dos estados inicial e final do processo.
II – As equações termoquímicas podem ser somadas como se fossem equações matemáticas.
III – Podemos inverter uma equação termoquímica desde que se inverta o sinal de ΔH.
IV – Se o estado final do processo for alcançado por vários caminhos, o valor de ΔH dependerá dos estados
intermediários através dos quais o sistema pode passar.
Conclui-se que:
a) as afirmações I e II são verdadeiras.
b) as afirmações II e III são verdadeiras.
c) as afirmações I, II e III são verdadeiras.
d) todas são verdadeiras.
e) todas são falsas.
3- (UFMG) Ao se sair molhado em local aberto, mesmo em dias quentes, sente-se uma sensação de frio. Esse
fenômeno está relacionado com a evaporação da água que, no caso, está em contato com o corpo humano.
Essa sensação de frio explica-se corretamente pelo fato de que a evaporação da água:
a) é um processo endotérmico e cede calor ao corpo.
b) é um processo endotérmico e retira calor do corpo.
c) é um processo exotérmico e cede calor ao corpo.
d) é um processo exotérmico e retira calor do corpo.
e) é um processo endotérmico e exotérmico de fora do corpo.
PRÁTICA EXPERIMENTAL DE QUÍMICA (PEQ)
Para analisarmos sua compreensão, represente, as transformações e conservações em sistemas que
envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre
seus comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o
desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as
suas formas. Dê um exemplo de energia renovável.
ATIVIDADES NO GOOGLE FORMS – PARTE 1
Entrega até 07/08
➢ Biologia e PEB: https://forms.gle/HsMgdzcZ7D98V3Mz6
➢ Física e PEF: https://forms.gle/KRs4FWxmzpsFAczx6
➢ Química e PEQ: https://docs.google.com/forms/d/1FrH-9a8tR5Cg2p2h-
BBnzEjAdhCu0BJjq6mVWfx8SYc/edit
PARTE 2 – 09/08/2021 a 14/08/2021
MOLUSCOS
O nome moluscos (do latim mollis = mole) se dá devido o corpo desses animais ser “moles”. Neste
filo os animais geralmente são marinhos, porém com espécies de água doce ou terrestre. Muitas espécies
marinhas são utilizadas na alimentação humana: caracol, ostra, polvo, mexilhão, etc, esses animais
normalmente são conhecidos como “frutos do mar”.
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Lesma terrestre
Ostra
Nautilo
Fonte: PIXABAY (2021)
As principais características desse grupo são celomados com simetria bilateral e triblásticos.
Em animais adultos o celoma gera uma cavidade que fica localizada entre o tubo digestório e a
epiderme. Essa cavidade tem função de esqueleto hidrostático, transporte de substâncias e local para
desenvolvimento de órgão.
Os moluscos são divididos em 3 partes: cabeça, pé e massa visceral. Na cabeça estão os gânglios
cerebrais e órgãos sensoriais. O pé pode ser musculoso e até formar braços como ocorre no polvo. Já a massa
visceral é formada pelos órgãos internos. Sendo revestida pelo manto que nada mais é que uma dobra da
epiderme. Essa dobra delimita uma cavidade entre a cavidade palial e a massa visceral. Nessa cavidade tem
abertura do sistema excretor, digestório, brânquias ou pulmões.
A epiderme do manto produz glândula que gera uma concha calcária. O polvo e a lesma não tem
concha. A lula apresenta concha interna.
Os moluscos possuem tubo digestório completo. Geralmente as espécies apresenta boca. Esta boca
é semelhante a uma língua e possui dentes de quitina (rádula). A rádula absorve alimentos presos nas rochas,
raspa algas e conduz ao tubo digestório.
Geralmente tem respiração branquial. Nos caracóis e caramujos, a cavidade palial é irrigada de sangue
funcionado como um “pulmão”, ou seja, captando o oxigênio atmosférico. Nas lesmas a troca gasosa pode ser
cutânea, ou seja, através da pele.
A maioria das espécies de moluscos a circulação é aberta, portanto o sangue não pecorre somente
por vasos. O sangue passa pelo coração, órgão musculoso e dorsal, e é oxigenado pelas brânquias. Porém o
polvo possue circulação fechada.
As excretas são eliminadas por um rim formado por tubos, chamado de metanefrídios. Já o sistema
nervoso é formado por cordões nervosos e vários pares de gânglios.
Há dois moluscos com olhos bem desenvolvidos: polvo e lula. Estes formam imagens. Já em outras
espécies como o mexilhão e ostra os órgãos vizuais somente captam luz.
Dentre os moluscos existe espécies com sexos separados e hermafroditas. Nas hermafroditas,
normalmente a fecundação é cruzada, podendo haver em algumas espécies autofecundação. A fecundação
geralmente é externa com desenvolvimento indireto e direto.
As 3 classes mais comuns dos moluscos são Gastropoda (gastrópodes), Bivalvia (bivalves) e
Cefalophoda (cefalópodes).
GASTRÓPODES
O termo gastrópode (do grego gaster = ventre; podos = pés) é devido o pé está localizado na região
ventral. Exemplos: lesmas e caracóis (água doce e terrestres) e caramujos (aquáticos).
Em algumas espécies possuem concha em forma de espiral outras não possuem como exemplo as lesmas
terrestres. Existe espécies que a concha é interna (lesma-do-mar).
BIVALVES
O nome bivalves é dado pela concha apresentar duas valvas fechadas por músculos e ligadas. Ex:
Mexilhões e ostras ou mariscos.
Geralmente apresentam pé em forma de machado.
São capazes de se fixar ao substrato por intermédio de substâncias adesivas dos filamentos.
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CEFALÓPODES
Nesta classe (do grego kephalé = cabeça) encontramos os moluscos com pés modificados em braços
siando da cabeça. Ex: lula, polvo, choco e náutilo. O polvo não possui concha e a lula possui uma concha
interna e reduzida. Já o náutilo a concha é externa.
Mexilhão
Polvo
Lula
Fonte: PIXABAY (2021)
ARTRÓPODES
São animais que apresentam simetria bilateral, celomados, triblásticos, exoesqueleto, apêndices
articulados, corpo segmentado e desenvolvimento protostômico. O nome desses seres é dado devido as “patas
articuladas” (arthron = articulação; podos = pé). Por isso, que esses animais possuem uma locomoção eficiente.
O exoesqueleto é o “esqueleto externo”.
Os artrópodes são formados por 4 subfilos: crustácea, hexapoda, chelicerata e myriapoda.
METAMERIA
O corpo é segmentado formando tagmas. Tagmas são regiões funcionais que se fundem formando
regiões distintas. Os insetos possuem 3 tagmas: cabeça, tórax e abdome. A cabeça possue órgãos sensoriais
e a boca. No tórax encontramos as asas (quando possui) e pernas. O abdomem possui os órgãos internos, as
vísceras. Já em outros artrópodes como o camarão e aranha possuem cefalotórax (do grego kephalé = cabeça),
ou seja, cabeça fundida ao tórax. Existem outros animais: lacraia e embuá que possuem somente cabeça e o
tronco.
EXOESQUELETO
É o revestimento do corpo dos artrópodes formado por quitina e proteínas. Nos artrópodes terrestres
há uma cera impermeável que tem a função de evitar a desidratação.
O exoesqueleto serve para apoiar os músculos e em algumas regiões do corpo do animal pode ser
dobrável e fino.
Nos insetos os apêndices articulados, pernas e músculos realizam a locomoção: natação, marcha ou
voo. Os apêndices possuem as funções: mastigar o alimento, pegar o alimento, sugar o néctar, etc. Já as
antenas funcionam como órgãos de sentidos, tato e olfato.
CRESCIMENTO POR MUDAS
O exoesqueleto é um fator limitante para o crescimento dos artrópodes. Devido esse fator o crescimento
desses animais se dá por ecdises ou mudas (do grego eckdysis = despojar). A ecdisona também conhecido
como hormônio da muda realiza o crescimento e o desenvolvimento. Nesse caso a epiderme um líquido entre
o exoesqueleto e a epiderme. Após a epiderme gera um esqueleto frágil e flexível para permitir o crescimento
do animal. Quando o exoesqueleto está velho é denominado de exúvia (do latim exuviae = roupa desprezada,
despojos) arrebenta e é abandonado. O animal então cresce e exoesqueleto endurece.
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Fonte: https://images.app.goo.gl/jiNarVEwugXo5jJH6
INSETOS
Essa classe abrange o maior número de espécies dos artrópodes do ambiente terrestre. O voo ajuda
na dispersão, defesa e captura de alimento por essas espécies. Possuem excreção capaz de economizar água,
a epiderme é impermeável e o ovo tem casca esta característica permite sobreviver em ambientes secos.
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS INSETOS
Os insetos possuem 3 pares de pernas e 1 par de antenas. Seu corpo é formado por 3 tagmas: cabeça,
tórax e abdomem. As antenas tem função sensorial, ou seja, serve como tato e capta cheiros. Na região próxima
a boca possuem os apêndices destinados à alimentação. Os apêndices bucais são formados por quitina que
permitem comer e cortar partes duras das plantas.
As asas dos insetos estão presas aos tórax. Geralmente possuem 2 pares de assas. Já as moscas e
mosquitos possuem somente 1 par funcional. No caso dos cupins e formigas as asas só ocorrem na fase
reprodutiva. Existem espécies que não possuem asas como por exemplo: piolho, traça e pulga.
A digestão é extracelular e tubo digestório completo. Os aparelhos bucais estão relacionados a
alimentação. Aparelho bucal sugador (mariposas e borboletas), mastigador (gafanhotos) e picador-sugador
(percevejos e mosquitos).
A respiração é traqueal por tubos ramificados. Estas ramificações se tornam bem finas e atigem os
tecidos. Nos tecidos não há transporte de gases pela hemolinfa (grego haîma = sangue; lympha = fluido).
No abdomem possuem orifícios para a entrada do ar. Estes orifícios são o 1 par de espiráculos.
Portanto a troca dos gases ocorre dentro do animal.
O coração bombeia a hemolinfa para a orta. O coração se encontra na região dorsal do abdomem. A
hemolinfa ainda percorre por um sistema de lacunas denominadas hemoceles, (do grego haîma = sangue;
koîlos = cavidade) esta banha os órgãos. Volta ao coração pelos óstios (orifícios). Quando o coração se contrai
os óstios se fecham, o que faz a hemolinfa percorrer somente pela aorta.
O sistema circulatório é aberto ou lacunar, ou seja, não possui capilares, por isso a hemolinga sai dos
vasos direto para as células.
O sistema excretor é por túbulos de Malpighi. As excretas são eliminadas pelas fezes, antes lançadas
no instestino e absorvidas nos túbulos de Malpighi. A principal substância excretada é o ácido úrico, pastoso e
insolúvel. O ácido úrico diminui a perda de água.
O sistema nervoso é formado por gânglios ventrais e cerebrais. Os gânglios ventrais estão unidos por
cordões nervosos.
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Existem espécies que apresentam olhos simples outras apresentam olhos compostos. Os olhos simples
não são capazes de formar imagens. Já os olhos compostos são extremamente sensíveis ao movimento.
Os insetos podem se comunicar por feromônios, ou seja, laçam odor para indivíduos da mesma espécie.
Algumas fêmeas produzem feromônios para atraírem o macho.
REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS INSETOS
A fecundação dos insetos é interna e o sexo são separados. Geralmente os insetos tem metamorfose
e de acordo com o grau de metamorfose são classificados em hemimetábolos, holometábolos e ametábolos.
Os hemimetábolos possuem metamorfose incompleta, ou seja, o animal nascido do ovo difere pouco do adulto.
Ex: gafanhoto. Os holometábolos passam pelas fases de larva, pupa e adulto, ou seja, a metarmofose é
completa. Ex: borboleta. Ametábolos (do grego a = sem) não sofrem metamorfose, ou seja, o ovo gera um
animal parecido com o animal jovem. Ex: traça.
CRUSTÁCEOS
Nesse subfilo encontramos animais que na sua maioria são aquáticos, marinhos. Ex: siri, camarão,
cracas e carangueijo. Porém, existe espécies de ambientes bastante úmido: tatuzinho-de-jardim e sésseis:
cracas.
O nome crustáceo vem do latim crusta = pele grossa ou crosta, pois esses animais possuem
exoesqueleto formado por sais de cálcio. Existem grupos que o animal é formado por cabeça, tórax e abdome.
Já em outros grupos como do siri, lagosta e camarão a cabeça e o tórax formam o cefalotórax, ou seja, cabeça
junto ao tórax. A quantidade de apêndices locomotores varia de espécie para espécie. No cefalotórax da lagosta
e do siri tem 5 pares de pernas. Isso os permite “andar” no fundo do mar.
As antenas possuem órgãos táteis. Na região bucal existe órgãos olfatórios e 2 olhos compostos.
Os crustáceos geralmente apresentam desenvolvimento direto com fases larvais e sexos separados.
Lagosta
Camarão
Fonte: Pixabay (2021).
ARACNÍDEOS
São animais que vivem geralmente em ambientes terrestres. Existem espécies predadoras, carnívoras
e peçonhentas. Ex: escorpiões e aranhas.
Esses animais possuem cefalotórax e abdome. Os escorpiões possuem o aguilhão que se localiza na
parte posterior do abdomem. O agulhão é responsável por injetar a peçonha.
No cefalotórax possuem 4 pares de pernas e 1 par de quelíceras, nas aranhas é utilizada para injetar
veneno na presa. Não possuem mandíbulas e antenas. Além de pedipalpos que servem como preensores ou
apêndices sensoriais.
Os ácaros são ectoparasitas podendo afetar mamíferos e aves e transmitir doenças aos seres
humanos. As doenças causadas por esses animais são escabiose ou sarna (Sarcoptes scabeii), cravo agente
parasitário (Demodex foliculorum) das glândulas sebáceas ou folículo piloso. Além de alergias respiratórias
causadas por ácaros que vivem na poeira de ambientes domésticos.
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As aranhas possuem as fiandeiras que são apêndices abdominais. Esses apêndices secretam uma
substância que ao entrar em contato com o ar forma um fio. É nesse fio que a aranha faz seu casulo, armazena
alimento e faz sua teia.
Esses animais podem sugar o alimento. A digestão dos escorpiões e aranhas é extracorpórea. Já os
carrapatos possuem muitas espécies hematófogos podendo transmitir doenças aos seres humanos ou gado.
Em pequenos aracnídeos, aranhas pequenas, o transporte de gases ocorre de forma traqueal. Nos
escorpiões e aranhas de maior porte há traqueias modificadas que formam cavidades mais amplas.
A excreção ocorre por glândulas coxais e túbulos de Malpighi. Tanto o sistema nervoso quanto
circulatório segue ao mesmo padrão dos artrópodes. Possuem órgãos táteis e olhos simples.
A fecundação é interna com sexo separados. O desenvolvimento é direto nas aranhas e escorpiões.
Já no ácaro nasce uma larva com 3 pares de pernas.
QUILÓPODES E DIPLÓPODES
Nesse grupo possuem cabeça, olhos simples e 1 par de antenas, tronco formado por segmentos ou
anéis. Os quilópodes são formados pelas centopeias e lacraias. As lacrais possuem 1 par de pernas por anel.
Já os diplópodes do grego (diploos = duplo). são formados pelos piolhos-de-cobra e embuás. Os
embuás possuem 2 pares de pernas por anel, não há no primeiro segmento e são herbívoros.
As lacrais são carnívoras e possuem forcípulas que são apêndices do tronco capazes de inocular
veneno. O veneno desse animal é capaz de matar pequenas presas. Já nos seres humanos pode gerar
vermelhidão, dor, inchaço, reações locais, vômitos e febre. É recomendado atendimento médico.
O sistema nervoso é ganglionar e ventral, sistema circulatório aberto e possuem traqueia e túbulos de Malpighi.
Possuem sexos separados com fecundação interna e desenvolvimento indireto. Além de cerdas táteis e ocelos.
TEXTO-BASE PARA A ATIVIDADE PRÁTICA EXPERIMENTAL (PEB)
Zoólogo ou Zoologista é o cientista que dedica a sua vida ao estudo dos animais, ou no seu todo, ou
apenas partes. Eles podem trabalhar dentro de um laboratório, ou então podem atuar no campo, a lidar com os
animais no seu habitat natural.
O que faz um Zoólogo?
O zoólogo dedica-se ao estudo dos animais, por isso é importante que este profissional goste de todo
o tipo de animais e que tenha habilidades que ajudem na pesquisa científica.
Assim como outras profissões, os zoólogos usam uma série de métodos científicos e equipamentos,
por isso é fundamental que tenha uma boa habilidade para usar tecnologia.
Além das características físicas, estes profissionais estudam os seus comportamentos, as dietas, a
interação entre eles e o impacto que o Homem tem sobre eles.
Podem estudar os animais em cativeiro, ou no seu habitat natural, investigando o seu comportamento,
as interações entre eles e com outras espécies, a reprodução, doenças, pragas, ou mudanças de habitat.
Quais as suas funções?
Conceber e desenvolver projetos de pesquisa; Realizar a análise de dados recolhidos in loco ou em
cativeiro; Escrever relatórios e artigos para revistas científicas; Promover a conservação de espécies; Educar
as pessoas para a preservação e conservação das espécies animais; Assegurar o bem-estar dos animais;
Desenvolver e participar em programas de criação de animais em cativeiro. Além de poder especializar-se em
grupos de animais, como répteis, mamíferos, aves, poderá estudar um tipo particular, como mamíferos
marinhos, por exemplo.
Saídas no mercado de trabalho
Existem várias oportunidades de emprego para o zoólogo, especialmente em zoológicos, parques
marinhos, oceanários (aquários), e instituições de ensino e pesquisa. No entanto, também é possível trabalhar
em museus, instituições para a conservação ambiental, e também em empresas de consultoria.
Onde estudar Zoologia
No Brasil, deve, também, concluir o curso universitário em Biologia, seguindo a especialização de
Zoologia, que é a área da biologia que se dedica ao estudo dos animais. É importante seguir uma pós-
graduação em zoologia para poder atuar plenamente na área. Embora os biólogos também possam
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desempenhar determinadas funções, é fundamental essa especialização para lhe abrir o máximo de portas
possíveis. Nas universidades: USP, UFRGS e UFMG. Se quer ser Zoólogo, então não desista dos seus sonhos
e invista na sua formação. Vale a pena cada segundo e todo o seu esforço será recompensado.
ESTUDO DOS GASES
O estudo dos gases compreende a análise da matéria quando se apresenta no estado gasoso, sendo
este o seu estado termodinâmico mais simples. Um gás é composto por átomos e moléculas e nesse estado
físico, um sistema apresenta pouca interação entre suas partículas.
Devemos notar que um gás é diferente do vapor. Normalmente consideramos um gás quando a
substância se encontra no estado gasoso em temperatura e pressão ambiente. Já as substâncias que se
apresentam no estado sólido ou líquido em condições ambientes, quando estão no estado gasoso são
chamadas de vapor.
Variáveis de estado
Podemos caracterizar um estado de equilíbrio termodinâmico de um gás através das variáveis de
estado: pressão, volume e temperatura. Quando conhecemos o valor de duas das variáveis de estado
podemos encontrar o valor da terceira, pois elas estão inter-relacionadas.
Volume
Como existe uma grande distância entre os átomos e moléculas que compõem um gás, a força de
interação entre suas partículas é muito fraca. Por isso, os gases não possuem forma definida e ocupam todo
o espaço onde estão contidos. Além disso, podem ser comprimidos.
Pressão
As partículas que compõem um gás exercem força sobre as paredes de um recipiente. A medida dessa
força por unidade de área representa a pressão do gás. A pressão de um gás está relacionada com o valor
médio da velocidade das moléculas que o compõem. Desta forma, temos uma ligação entre uma grandeza
macroscópica (pressão) com uma microscópica (velocidade das partículas).
Temperatura
A temperatura de um gás representa a medida do grau de agitação das moléculas. Desta forma, a
energia cinética média de translação das moléculas de um gás é calculada através da medida da sua
temperatura. Utilizamos a escala absoluta para indicar o valor da temperatura de um gás, ou seja, a
temperatura é expressa na escala Kelvin.
Gás Ideal
Sob determinadas condições, a equação de estado de um gás pode ser bastante simples. Um gás que
apresenta essas condições é chamado de gás ideal ou gás perfeito.
As condições necessárias para que um gás seja considerado perfeito são:
● Ser constituído por um número muito grande de partículas em movimento desordenado;
● O volume de cada molécula ser desprezível em relação ao volume do recipiente;
● As colisões são elásticas de curtíssima duração;
● As forças entre as moléculas são desprezíveis, exceto durante as colisões.
Na verdade, o gás perfeito é uma idealização do gás real, entretanto, na prática podemos muitas vezes
utilizar essa aproximação.
Quanto mais a temperatura de um gás se distanciar do seu ponto de liquefação e a sua pressão for
reduzida, mais próximo estará de um gás ideal.
Transformações gasosas
As transformações gasosas consistem em submeter uma massa fixa de um gás a diferentes condições
enquanto uma grandeza é mantida constante. Os tipos são:
● Transformação isobárica: mudança com pressão constante;
● Transformação isotérmica: mudança com temperatura constante;
● Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: mudança com volume constante.
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As grandezas físicas associadas aos gases (pressão, temperatura e volume) são denominadas
variáveis de estado e uma transformação sofrida por um gás corresponde a variação de pelo menos duas
destas grandezas.
O estudo dos gases foi difundido entre os séculos XVII e XIX por meio de cientistas que desenvolveram
as leis dos gases. As leis foram obtidas através da manipulação das grandezas associadas e utilizando um
modelo teórico chamado de gás perfeito, criado para estudar o comportamento de substâncias no estado
gasoso.
Transformação isobárica:
Na transformação isobárica a pressão da massa fixa de um gás é mantida constante, enquanto
temperatura e volume variam.
Portanto, no estudo dos gases, a pressão de um gás corresponde à força exercida através dos choques
das moléculas nas paredes internas do recipiente.
A transformação isobárica foi estudada, de forma independente, pelos cientistas Jacques Charles
(1746-1823) e Louis Joseph Gay-Lussac (1778-1850). A partir de suas observações, foi formulada a Lei de
Charles Gay-Lussac:
“Quando a pressão de uma massa fixa de gás é constante, seu volume é diretamente proporcional à
sua temperatura absoluta”.
Confira a fórmula para a Lei de Charles Gay-Lussac a seguir.
𝑽
𝑻 = K1
Onde,
V: volume do gás.
T: temperatura.
K: constante da pressão.
Transformação isotérmica:
Na transformação isotérmica a temperatura da massa fixa de um gás é mantida constante, enquanto
pressão e volume variam.
A temperatura é a grandeza que mede o grau de agitação das moléculas, ou seja, sua energia cinética.
Este tipo de transformação foi estudado por Robert Boyle (1627-1691), que formulou a lei:
“Quando a temperatura de um gás é constante, a pressão do gás é inversamente proporcional ao
seu volume”.
A Lei de Boyle é expressa matematicamente da seguinte forma: P.V = K2
22
Onde,
P: pressão do gás.
V: volume do gás.
K: constante de temperatura.
Transformação isovolumétrica:
Na transformação isovolumétrica, isocórica ou isométrica, o volume de um gás é mantido constante,
enquanto pressão e temperatura variam.
O volume de um gás corresponde ao volume do recipiente que ele ocupa, pois as moléculas preenchem
todo o espaço disponível.
A transformação com o volume constante foi estudada por Jacques Charles (1746-1823), que postulou
o que veio a ser conhecido como Lei de Charles:
“Quando o volume de um gás é mantido constante, sua pressão varia na mesma proporção que a
temperatura da amostra”.
O enunciado da Lei de Charles é matematicamente expresso por: 𝑷
𝑻 = K3
Onde,
P: pressão do gás.
T: temperatura do gás.
K: constante de volume.
ENERGIAS RENOVÁVEIS
As fontes renováveis de energia utilizam-se de recursos não esgotáveis, tais como a radiação solar,
os ventos, a energia hidráulica, a biomassa, o calor geotérmico e outros.
As fontes renováveis de energia são aquelas formas de produção de energia em que suas fontes são
capazes de manter-se disponíveis durante um longo prazo, contando com recursos que se regeneram ou que
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se mantêm ativos permanentemente. Em outras palavras, fontes de energia renováveis são aquelas que
contam com recursos não esgotáveis.
Existem vários tipos de fontes renováveis de energia, das quais podemos citar a solar, a eólica, a
hídrica, a biomassa, a geotérmica, a das ondas e a das marés. Veja um breve resumo sobre cada uma dessas
energias não esgotáveis:
Energia solar
Consiste no aproveitamento da radiação solar emitida sobre a Terra. Trata-se, portanto, de uma fonte
de energia que, além de inesgotável, é altamente potente, pois uma grande quantidade de radiação é emitida
sobre o planeta todos os dias. A sua principal questão, todavia, não é a sua disponibilidade na natureza, e sim
as formas de aproveitá-la para a geração de eletricidade.
Existem duas formas de utilização da energia solar, a fotovoltaica, em que placas fotovoltaicas
convertem a radiação solar em energia elétrica, e a térmica, que aquece a água e o ambiente, sendo utilizada
em casas ou também em termoelétricas através da conversão da água em vapor, este responsável por
movimentar as turbinas que acionam os geradores.
Estação de captação de energia solar
Mapa Mental: Fontes Alternativas de Energia
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Energia eólica
Utiliza-se da força promovida pelos ventos para a produção de energia. Sua importância vem
crescendo na atualidade, pois, assim como a energia solar, ela não emite poluentes na atmosfera. As usinas
eólicas utilizam-se de grandes cataventos instalados em áreas onde a movimentação das massas de ar é
intensa e constante na maior parte do ano. Os ventos giram as hélices, que, por sua vez, movem as turbinas,
acionando os geradores.
Estação de produção de energia eólica
Embora essa fonte de energia seja bastante eficiente e elogiada, ela apresenta algumas limitações,
como o caráter não totalmente constante dos ventos durante o ano, havendo interrupções, e a dificuldade de
armazenamento da energia produzida.
Energia hídrica ou hidroelétrica
Por sua vez, a energia hidroelétrica utiliza-se do movimento das águas dos rios para a produção de
eletricidade. Em países como Brasil, Rússia, China e Estados Unidos, ela é bastante aproveitada pelas usinas
que transformam a energia hidráulica e cinética em eletricidade.
Usina hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo
Como é necessário o estabelecimento de uma área de inundação no ambiente em que se instala uma
usina hidrelétrica, a sua construção é recomendada em áreas de planalto, onde o terreno é mais íngreme e
acidentado, pois rios de planície necessitam de mais espaço para represamento da água, o que gera mais
impactos ambientais.
Por um lado, as hidroelétricas trazem vários prejuízos ambientais, não só pela inundação de áreas
naturais e desvio de leitos de rios, como também pelo dióxido de carbono emitido pela decomposição da matéria
orgânica que se forma nas áreas alagadas. Por outro lado, essa é considerada uma eficiente forma de geração
de eletricidade, além de ser menos poluente, por exemplo, que as termoelétricas movidas a combustíveis
fósseis.
Energia da biomassa
A biomassa corresponde a toda e qualquer matéria orgânica não fóssil. Assim, pode-se utilizar esse
material para a queima e produção de energia, por isso ela é considerada uma fonte renovável. Sua importância
está no aproveitamento de materiais que, em tese, seriam descartáveis, como restos agrícolas (principalmente
o bagaço da cana-de-açúcar), e também na possibilidade de cultivo.
25
A biomassa é utilizada como fonte de eletricidade e também como biocombustível
Existem três tipos de biomassa utilizados como fonte de energia: os sólidos, os líquidos e os gasosos.
- Combustíveis sólidos: podemos citar a madeira, o carvão vegetal e os restos orgânicos vegetais e animais.
- Combustíveis líquidos: o etanol, o biodiesel e qualquer outro líquido obtido pela transformação do material
orgânico por processos químicos ou biológicos.
- Combustíveis gasosos: aqueles que são obtidos pela transformação industrial ou até natural de restos
orgânicos, como o biogás e o gás metano coletado em áreas de aterros sanitários.
Energia geotérmica
A energia geotérmica corresponde ao calor interno da Terra. Em casos em que esse calor se manifesta
em áreas próximas à superfície, as elevadas temperaturas do subsolo são utilizadas para a produção de
eletricidade.
Basicamente, as usinas geotérmicas injetam água no subsolo por meio de dutos especificamente
elaborados para esse fim. Essa água evapora e é conduzida pelos mesmos tubos até as turbinas, que se
movimentam e acionam o gerador de eletricidade. Para o reaproveitamento da água, o vapor é novamente
transportado para áreas em que retorna à sua forma líquida, reiniciando o processo.
Usina de energia geotérmica
O principal problema da energia geotérmica é o seu impacto ambiental através de eventuais emissões
de poluentes, além da poluição química dos solos em alguns casos. Somam-se a isso os elevados custos de
implantação e manutenção.
Energia das ondas e das marés
É possível utilizar a água do mar para a produção de eletricidade tanto pelo aproveitamento das ondas
quanto pela utilização da energia das marés. No primeiro caso, utiliza-se a movimentação das ondas em
ambientes onde elas são mais intensas para a geração de energia. Já no segundo caso, o funcionamento
lembra o de uma hidrelétrica, pois cria-se uma barragem que capta a água das marés durante as suas cheias,
e essa água é liberada quando as marés diminuem. Durante essa liberação, a água gira as turbinas que ativam
os geradores.
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As fontes de energia renováveis utilizam-se de elementos sempre disponíveis na natureza.
ATIVIDADES PROPOSTAS – PARTE 2
Agora que você já estudou o Roteiro de Estudo e compreendeu o conteúdo abordado, vamos solucionar
os exercícios?! A prática das atividades te ajudará a fixar o conteúdo aprendido. Responda-os, no seu
caderno, com responsabilidade. Depois, acesse os links do Google Forms e transcreva as respostas
para entrega-las aos seus professores.
BIOLOGIA
1) (UFU-MG) A produção de pérolas requer a introdução artificial de pequenas partículas estranhas ao manto.
Este circunda o corpo estranho e secreta camadas sucessivas de nácar sobre ele. Os animais são mantidos
em cativeiro por muitos anos até que as pérolas sejam formadas. Os animais utilizados nesse processo
pertencem, respectivamente, ao filo e à classe:
a) Mollusca e Gastropoda;
b) Arthropoda e Crustacea;
c) Arthropoda e Insecta;
d) Molusca e Cephalopoda;
e) Molusca e Pelecypoda.
2) (MED. TAUBATÉ) Nos gastrópodes, a excreção é feita por:
a) tubos de Malpighi
b) nefrídeos transformados em "rins"
c) néfrons
d) solenócitos
e) glândulas verdes
3) (PUCRS-2005) O canal de televisão fechada "National Geographic Channel" divulgou um documentário que
trata de artrópodes, indicando que o grupo dos insetos era o mais desprestigiado do reino animal, por apresentar
espécies que causam repugna ao homem. Dos exemplares relacionados abaixo, o único a NÃO ser
apresentado no documentário, por tratar-se de um aracnídeo, ao invés de um inseto, é:
a) o cupim.
b) o percevejo.
c) a pulga.
d) o carrapato.
e) a barata.
4) (UEMS) Artrópodes que apresentam corpo marcadamente dividido em cabeça, tórax e abdome,
apresentando três pares de apêndices locomotores.
a) Chilopoda.
b) Arachnida.
27
c) Crustacea.
d) Insecta.
e) Diplopoda.
5) (UFES/2005) As formigas respiram por meio de:
a) estômatos
b) traquéias
c) pulmões foliáceos
d) brânquias
e) túbulos de Malpighi
PRÁTICA EXPERIMENTAL DE BIOLOGIA (PEB)
Faça uma pesquisa sobre a profissão de zoólogo. Quais as suas atribuições? Qual a média salarial?
FÍSICA
1. De acordo com a lei de Robert Boyle (1660), para proporcionar um aumento na pressão de uma determinada
amostra gasosa numa transformação isotérmica, é necessário:
a) aumentar o seu volume.
b) diminuir a sua massa.
c) aumentar a sua temperatura.
d) diminuir o seu volume.
e) aumentar a sua massa
2. Um balão que contém gás oxigênio, mantido sob pressão constante, tem volume igual a 10 L, a 27°C. Se o
volume for dobrado, podemos afirmar que:
a) A temperatura, em °C, dobra.
b) A temperatura, em K, dobra.
c) A temperatura, em K, diminui à metade.
d) A temperatura, em °C, diminui à metade.
e) A temperatura, em °C, aumenta de 273 K.
3. Um carro-tanque transportou gás cloro para uma estação de tratamento de água. Sabe-se que o volume do
tanque que continha gás cloro era de 30 m3, que a temperatura era mantida a 20oC para a pressão ser de 2
atm e que, na estação de tratamento de água, esse cloro foi transferido para um reservatório de 50 m3 mantido
a 293 K. Ao passar do carro-tanque para o reservatório, o gás sofreu uma transformação........e a pressão do
reservatório era..............
As lacunas são completamente preenchidas, respectivamente, com os dados:
a) isotérmica, 1,2 atm.
b) isométrica, 117 atm.
c) isobárica, 2 atm.
d) isocórica, 2 atm.
e) isovolumétrica, 1,2 atm.
PRÁTICA EXPERIMENTAL DE FÍSICA (PEF)
Pesquise duas situações cotidianas que ocorrem uma transformação gasosa e as descreva.
QUÍMICA
1- (Enem) Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais recomendável para a diminuição dos
gases causadores do aquecimento global?
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a) Óleo diesel
b) Gasolina
c) Carvão mineral
d) Gás natural
e) Vento
2- (IFS) Marque a alternativa que indica as principais fontes ou tipos de energias renováveis:
a) Petróleo, biomassa, eólica e solar
b) Gás natural, petróleo, nuclear e hidroelétrica
c) Biomassa, eólica, petróleo e gás natural
d) Eólica, hidroelétrica, solar e biomassa
e) Hidroelétrica, solar, petróleo e gás natural
3- (PUC-SP)
“A energia que move a máquina Terra provém da gravidade, do interior da Terra e do próprio movimento do
planeta, mas em grau muito superior provém do Sol, da radiação solar”.
(David DREW. Processos interativos Homem-Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994, p.20).
A energia solar é uma das fontes de energia que atua no planeta Terra. Ela é, no planeta,
a) o principal fator construtor das estruturas e formas de relevo.
b) um item secundário na formação das coberturas vegetais.
c) um fator de desequilíbrio que altera as dinâmicas terrestres.
d) o elemento essencial que dá origem aos sistemas e tipos climáticos.
e) uma fonte em vias de extinção, daí o valor de outras formas de energia.
PRÁTICA EXPERIMENTAL DE QUÍMICA (PEQ)
Para analisarmos sua compreensão, relate detalhadamente o que você entendeu sobre a fonte de energia
renovável biomassa.
ATIVIDADES NO GOOGLE FORMS – PARTE 2
Entrega até 14/08
➢ Biologia e PEB: https://forms.gle/u5cFRheaA8KUnWjA6
➢ Física e PEF: https://forms.gle/jBEdUr33SZNNsH4z7
➢ Química e PEQ:
https://docs.google.com/forms/d/1V1pHmz5hwtBjLOiMuQc_nLy8TgJ8IMdsUot4jIaD1BE/edit
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
VÍDEO-AULAS – BIOLOGIA
Parte 1:
https://www.youtube.com/watch?v=MWNNy4kBypA
https://www.youtube.com/watch?v=BifQ3731tak
Parte 2:
https://www.youtube.com/watch?v=OrwpVJXvMqg
https://www.youtube.com/watch?v=TVlwv7zRnwQ
29
QUÍMICA
Exercícios sobre Termoquímica. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/exercicios-termoquimica/
Vídeo aula sobre termoquímica. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=61iYsJLZ9sU
https://www.youtube.com/watch?v=IZOyl1ifTn8
Vídeo aula sobre Energias Renováveis:
https://www.youtube.com/watch?v=A0bPm_Vl_JM
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: moderna. 1ª Edição. São Paulo: Moderna, 2016. 352 p. v. 2.
2. BIZZO, N. BIOLOGIA: Novas Bases. 1ª. ed. São Paulo: IBEP, 2016. 288 p. v. 2.
3. CATINHEIRAS, T. M. P. P.; MARTINS, F. S. V. Infecções por Helmintos e Enteroprotozoários. 2000-
2003 Disponível em: http://www.cives.ufrj.br/informes/helmintos/hel-0ya.pdf. Acesso em: 27 out. 2020.
4. LINHARES, S; GEWANDSZNAJDER, F; PACCA, H. Biologia Hoje: Os Seres Vivos. 3ª. ed. São Paulo:
Ática, 2016. 384 p. v. 2.
5. PIXABAY. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/>. Acesso em: 20 nov. 2020.
6. https://www.qconcursos.com/questoes-do-enem/disciplinas/fisica
7. http://www.eletrodomesticos.blog.br/como-funciona-o-chuveiro-eletrico
8. https://brasilescola.uol.com.br/fisica
9. Toda matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/termoquimica/
10. Toda matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/propagacao-de-calor/
11. Toda matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/reacoes-endotermicas-e-exotermicas/
12. Toda matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/lei-de-hess/
13. Toda matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/entalpia/
14. PENA, Rodolfo F. Alves. "Fontes renováveis de energia"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-renovaveis-energia.htm. Acesso em 21 de junho de
2021.
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