Vida e morte, saúde e doença,

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Vida e morte, saúde e doença, religião e medicina popular ANZAI, Leny Caselli. Vida cotidiana na zona rural do município de Goiás 1888-1930. Goiânia, 1985. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal de Goiás.

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Vida e morte, saúde e doença, religião e medicina popular

ANZAI, Leny Caselli. Vida cotidiana na zona rural do município de Goiás 1888-1930.

Goiânia, 1985. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia,

Universidade Federal de Goiás.

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• Atualmente, Leny Caselli Anzai figura como pró-reitora de Pós-Graduação da UFMT.

• Possui Graduação e Mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás, e Doutorado em História pela Universidade de Brasília. Professora do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso desde 1981, tem experiência em História do Brasil colonial, com ênfase em práticas culturais nas relações de fronteira no centro-oeste sul americano, atuando principalmente nos seguintes temas: fronteiras luso-espanholas; Amazônia; doenças e práticas de cura; expedições científicas; missões religiosas;festas e cerimônias.

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• Analisar a vida cotidiana dos trabalhadoresrurais do Município de Goiás, no período de1888 a 1930.

Objetivo Geral

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Objetivos Específicos• Compreender a importância do estudo do cotidiano,

enquanto expressão do complexo de procedimentos e demodos de ação de cada indivíduo ou de cada grupo humanoe, também, como lócus para o livre jogo das representaçõessociais, espontâneas, inconscientes, informais;

• Situar historicamente as informações coletadas através dosdepoimentos dos trabalhadores rurais de Goiás.

• Apresentar um quadro sobre o desenvolvimento histórico domunicípio de Goiás, privilegiando a situação dostrabalhadores rurais.

• Apresentar a vida cotidiana dos trabalhadores do campo, emGoiás, entre 1888 e 1930.

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• Período Inicial: 1888 (significado mais pungente da Aboliçãoda Escravidão ao contrário da Proclamação da República);

• Período Final: 1930 (o “novo tempo” como “presente” dogoverno “revolucionário” de Pedro Ludovico, a conquista do ire do vir – pensamento presente em todos os depoimentos).

• Base bibliográfica: estudos sobre cultura material, vidafamiliar, religiosa, econômica, social, sociabilidade, cotidiano,materialismo histórico;

• Fontes documentais: informações coletadas de trabalhadoresrurais, iconografia (fotos, imagens de santos, objetos dedecoração ou de uso pessoal, caderno de receita e caderno derezas)

Metodologia

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Vida e morte, saúde e doença, religião e medicina popular

ANZAI, Leny Caselli. Vida cotidiana na zona rural do município de Goiás 1888-1930.

Goiânia, 1985. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia,

Universidade Federal de Goiás.

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• A cura de vários tipos de doenças contraídas devidoà má alimentação ou à hábitos deficientes de higieneera encargo dos próprios trabalhadores rurais,porque havia falta de assistência médica este eraum problema recorrente não só no campo, bemcomo, na própria Vila Boa (vide relato de Saint-Hilaire e Sigaud);

• Medicina popular relacionada com a religião (oficialou rústica) questões fundamentais (vida e morte) religião como base da compreensão do mundo dosertanejo;

Medicina Popular

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• Conhecimento da fauna e flora medicinais conhecimento oriundo da prática (observação,seleção e manipulação) transmissão via oralidade;

• Aspecto mágico da cura simpatias, rezas,benzimento, fé são fundamentais para a eficácia damedicina;

• Medicina popular óleos e resinas provenientes deraízes, cascas, frutos, folhas, sementes couro,gordura, excrementos minerais e substânciasquímicas industrializadas (medicamentoshomeopáticos), em menor escala.

Medicina Popular

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• Uso de patuás e amuletos de proteção, oraçãopronunciadas nos momentos de perigo ou antes deenfrentá-los e benzeduras impedir o mau olhado,a ação maléfica do ar, das mordidas de cobra, dastempestades e do vento, da maleita e do sezão, dorde dente, etc.

• Fé, requisito indispensável para o bom resultado.

• Predomínio de uma consciência religiosa ingênua navida do roceiro familiaridade com os santos,relação sem mistério e irreverente.

A Fé para a Cura

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• Falta de interesse/ausência de atenção da Igreja nasmanifestações religiosas da comunidade rural aceitação desde que respeitasse o proceder religioso imaginação popular pululava;

• Aspecto fantástico ou assombrado visões eaparições de demônios, sombras de mortos,mulheres brancas e vozes a supremacia dacredulidade e a dificuldade da Igreja em combater assuperstições credulidade: explicação para oilógico, para o mistério, para o desconhecido;

A religião e a assombração

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• Elementos de religiosidade nas festas da roça festas, símbolos do divertimento, do encontro e daparticipação comunitária mescla do religioso e doprofano;

• Períodos de desobriga época para se casar(legitimar famílias já constituídas em concubinato),para se batizar e celebrar missas;

• A força espiritual do padre.

As Festas Religiosas/Profanas

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• A morte, destino de todos nós preocupação como corpo e com a alma (evitar sua permanência entreos vivos);

• Local de sepultamento: fazendeiro (entrada dafazenda), trabalhador rural (no meio do mato);

• Equipamentos e vestimentas fúnebres: mortalhas,lençol, cor da roupa, banguês, caixão.

• O Luto.

A Morte

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• http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794111P6• ANZAI, Leny Caselli. Vida e morte, saúde e doença, religião e medicina

popular. In: Vida cotidiana na zona rural do município de Goiás 1888-1930. Goiânia, 1985. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal de Goiás.

• http://www.brasiliana.com.br/obras/viagem-as-nascentes-do-rio-sao-francisco-e-pela-provincia-de-goias-2-vol/pagina/83

• Cantoria de Folia de Reis, rec. Mossâmedes, Goiânia e Americano do Brasil, Go. In: Cantorias de Natal, Stella.

Referências Bibliográficas