UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO ... Rosa...Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia com...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
CURSO DE ZOOTECNIA
BRUNA ROSA BATISTA
DESEMPENHO DE DIFERENTES FAMÍLIAS DE JUVENIS DE TAMBAQUI (C.
macropomum) DA TERCEIRA GERAÇÃO MELHORADO GENETICAMENTE
CUIABÁ
2017
BRUNA ROSA BATISTA
DESEMPENHO DE DIFERENTES FAMÍLIAS DE JUVENIS DE TAMBAQUI (C.
macropomum) DA TERCEIRA GERAÇÃO MELHORADO GENETICAMENTE
Trabalho de Conclusão do Curso de
Gradação em Zootecnia da Universidade
Federal de Mato Grosso, apresentado como
requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Zootecnia.
Orientador: Dr. Marcio Aquio Hoshiba/
UFMT
Co-orientadora: Dra. Janessa Sampaio de
Abreu/ UFMT
CUIABÁ
2017
AGRADECIMENTOS
Grata a Deus pelo dom da vida, pelo seu amor infinito, pelos momentos difíceis
que esteve ao meu lado me fortificando. Agradeço aos meus pais, Marcia e Donizetti,
meus maiores exemplos. Obrigada por cada incentivo e orientação, pelas orações em
meu favor, pela preocupação para que estivesse sempre andando pelo caminho
correto. Ás minhas irmãs Thaila, Leticia e Gabrielly, por toda compreensão, amor e
carinho, e ao meu cunhado Lucas, sempre ajudando quando precisei.
Ao meu namorado, Marcos por todo amor, carinho, paciência, por apoiar minhas
decisões pessoais e compartilhar grandes momentos numa relação de
respeito,cumplicidade e afeto, sendo um grande companheiro e amigo.
Ao meu professor orientador Dr. Marcio Aquio Hoshiba, agradeço pela amizade
construida, conversas e conselhos, auxiliando na minha formação e dedicando do
seu valioso tempo para me orientar nesse trabalho.
À minha querida co-orientadora professora Dra. Janessa Sampaio de Abreu
Ribeiro, uma mãe, sempre disposta a ajudar sem dúvida, meu espelho de profissional.
Á minha querida professora, Dra. Vanessa Sobue Franzo, aquela que me
acompanhou desde o início da graduação, me apoiando e estendendo a mão,
ensinando e me fazendo enxergar que sim, somos capazes de aprender muitas coisas
sozinhos, com grande persistência e dedicação.
A Todos os meus professores de graduação, com muita paciência se dispôs de
todo o seu tempo a ensinar e transmitir todo o conhecimento, conselhos e puxões de
orelhas. Em especial agradeço ao professor Dr. Nelcino Francisco de Paula e escrevo
aqui, o privilégio de prestigiar suas aulas junto com sua excelente didática, e que por
muitas vezes nos instigava a ver a zootecnia de outra forma, nos fazendo refletir por
muitas vezes em sala de aula.
A Bom Futuro Genética de Peixes em especial ao Dr. Darci Carlos Fornari pela
oportunidade do estágio e concessão dos alevinos para realização do experimento,
fornecimento da ração e toda sua estrutura do laboratório para a execução do mesmo.
As minhas colegas de classe, em especial Ludimilla e Sirley, a quem aprendi a conviver
e construir laços eternos. Obrigada meninas pelos momentos de estudos, brincadeiras,
e por serem minhas cúmplices de muitas risadas.
Obrigada a todos que, mesmo não estando citados aqui, tanto contribuíram para
a conclusão desta etapa importantíssima da minha vida.
‘’Não é sobre ter
Todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar
Alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar
Mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida
Que cai sobre nós
É saber se sentir infinito
Num universo tão vasto e bonito
É saber sonhar
E, então, fazer valer a pena cada verso
Daquele poema sobre acreditar
Não é sobre chegar no topo do mundo
E saber que venceu
É sobre escalar e sentir
Que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo
Em todas as situações
A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso, eu prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe
Pra perto de mim
Não é sobre tudo que o seu dinheiro
É capaz de comprar
E sim sobre cada momento
Sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr
Contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera
A vida já ficou pra trás
Segura teu filho no colo
Sorria e abrace teus pais
Enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir’’
Trem Bala - Ana Vilela
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Exemplar juvenil de tambaqui (Colossoma macropomum curvier
1998).............................................................................................................................6
Figura 2. Planta da Piscicultura Bom Futuro Genética de Peixes, disposições dos
tanques reservatórios e
barracão........................................................................................................................8
Figura 3. Disposição das 16 caixas utilizadas para o condicionamento dos juvenis de
tambaqui........................................................................................................................9
Figura 4. Ração com granulometria de 1mm, para peixes
onívoros.........................................................................................................................9
Figura 5. Realização da limpeza das caixas d’agua com auxílio de
mangueira....................................................................................................................10
Figura 6. Mensuração de juvenis de Colossoma macropomum com o auxílio do
ictiômetro.....................................................................................................................11
Figura 7. Local da realização das biometrias e materiais
utilizados......................................................................................................................11
Figura 8. Representação gráfica da relação dos valores de ganho de peso final entre
as diferentes famílias...................................................................................................16
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Quantidade produzida e valor da produção de peixes, segundo a espécie
ou grupo de peixes-Brasil, 2016...............................................................4
Tabela 2. Parâmetros físico-químicos de qualidade da água mensurados durante os 30
dias de experimento nas caixas da agua dos alevinos de tambaqui..........13
Tabela 3. Valores de mortalidade entre as diferentes famílias geneticamente
melhoradas de juvenis de tambaqui Colossoma macropomum...............15
Tabela 4. Valores de comprimento, peso, conversão alimentar , consumo e ganho de
peso entre famílias de tambaqui melhoradas geneticamente....................15
LISTA DE ABREVIATURAS
CA Conversão alimentar aparente
CI Comprimento inicial
CF Comprimento final
GP Ganho de peso
GIFT Genetically Improved Farmed Tilapia
OD Oxigênio dissolvido
PF Peso final
Ph Potencial hidrogeniônico
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2. OBJETIVO ............................................................................................................... 3
3. REVISÃO ................................................................................................................. 4
3.1. SITUAÇÃO ATUAL DA AQUICULTURA BRASILEIRA..........................................4
3.2.TAMBAQUI - COLOSSOMA MACROPOMUM (CUVIER, 1818)............................5
3.3.MELHORAMENTO GENÉTICO DE PEIXES ........................................................7
4. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 8
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 13
6. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 17
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 18
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 19
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho de juvenis de tambaqui (C.
macropomum) da terceira geração do programa de melhoramento genético para taxa
de sobrevivência, ganho de peso, biomassa final e comprimento, entre quatro
diferentes famílias melhoradas. Foram utilizadas quatro diferentes famílias de
tambaqui na fase juvenil, do programa de melhoramento genético, procedentes da
piscicultura Bom Futuro Genética de Peixes, em que cada família possuía quatro
repetições com 12 animais, totalizando 48 animais por família, com peso inicial médio
7,17g, distribuídos aleatoriamente em dezesseis caixas com capacidade para 1000
litros, abastecidos com água dos reservatórios presentes na propriedade, com
renovação total diária. Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia com ração
comercial extrusada para peixe onívoros, com teor de proteína bruta 45% e
granulometria 1mm. Ao decorrer do experimento foram realizadas duas
biometrias,uma no início e a outra no fim, semanalmente realizaram-se análises de
qualidade da água assim como limpeza das caixas da água. Os resultados obtidos
foram submetidos à análise de variância e comparações de médias pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade e analisados pelo programa estatístico SAS
(1999). Os parâmetros de qualidade de água avaliados ao longo do período
experimental apresentaram - se dentro do adequado para piscicultura em ambos
tratamentos, com exceção da alcalinidade e temperatura. Ambas as famílias de
tambaquis melhoradas não diferiram dos parâmetros avaliados, tais como, conversão
alimentar, ganho de peso, consumo de ração e sobrevivência, entretanto para o
parâmetro ganho de biomassa foram encontradas diferença, demonstrando que a
família 1 foi a família que obteve maior ganho final no decorrer do experimento.
Palavras-chaves: aquicultura, espécie nativa, melhoramento genético.
1
1. INTRODUÇÃO
A produção mundial de pescado em 2016 foi de aproximadamente 175 milhões
de toneladas, dos quais 93,6 milhões de toneladas provenientes da captura de peixes
movimentando U$ 132, 6 bilhões no total (GLOBEFISH, 2016). Estes também
mostram que a produção de organismos aquáticos provenientes da aquicultura foi de
81,4 milhões de toneladas. Estima-se que a produção de organismos aquáticos em
2025 deve crescer até alcançar 195,9 milhões toneladas, produção superior de 21
milhões de toneladas a mais de peixe quando comparado com a produção de 2016 e
todo esse aumento vai acontecer por meio da aquicultura (SOFIA, 2016).
Com uma população de 207 milhões de habitantes (IBGE 2017), o Brasil possui
grande potencial agropecuário sendo proporcional às suas dimensões considerado
um dos países de maior potencial para aquicultura, graças as indústria de rações boa
disponibilidade hídrica, forte mercado doméstico e áreas favoráveis para a construção
de tanques e açudes (KUBITZA ,2015). Apesar da grande produção em avicultura,
bovinocultura e suinocultura, a aquicultura foi o setor de carnes que apresentou um
maior incremento percentual de 8% anual, em produção entre 2004 a 2014, contra
4,1% para o frango, 2,9% para suínos, 5,1% para bovinos.
Dentre as espécies nativas cultivadas no Brasil, a produção dos peixes
“redondos” (espécies e híbridos do gênero Colossoma e Piaractus) responde por 84%
do total, sendo o tambaqui o responsável por grande parte desta produção (IBGE,
2015). O tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) é um peixe de escamas
nativo da Amazônia com hábito alimentar onívoro filtrador, apresenta bom
desempenho zootécnico, rusticidade, alta produtividade, tolerância a baixas
concentrações de oxigênio dissolvido e elevado valor de mercado (CHAGAS et al.,
2004; GOMES et al, 2010). Sua produção é realizada principalmente em tanques
escavados em sistema semi-intensivo, por conta do aproveitamento natural de
alimentos disponíveis no tanque (CHAGAS et al., 2007;COSTA, 2013). Na região
norte e centro oeste o cultivo de tambaqui desponta como a principal espécie de peixe
cultivada (IBGE, 2015). A elevada produtividade do tambaqui vem sendo explorada
na produção de peixes híbridos, onde o processo de hibridação aproveita a heterose
de grupos geneticamente distantes, onde a média dos filhos é superior à média dos
pais (PEREIRA,2004).
Um cruzamento que vem sendo muito utilizado em piscicultura com objetivo de
obter tais características desejáveis é entre a fêmea do tambaqui com o macho do
2
pacu (Piaractus mesopotamicus) que resulta no híbrido tambacu; e com macho da
pirapitinga (Piaractus brachypomus), originando o híbrido tambatinga, também é
realizado o cruzamento entre a fêmea do pacu e macho de tambaqui resultando no
hibrido paqui, entretanto não há relatos sobre seu desempenho na literatura.
(RESENDE et al., 2008).
De acordo com Resende et al., 2008, a hibridização tem como objetivo
aproveitar o possível vigor de heterose e características desejáveis tais como,
obtenção de híbridos que podem ser mais rústicos, precoces, produtivos, melhor
adaptados ao cultivo, resistentes a doenças, ganho de peso acelerado e resistentes a
baixas temperaturas.
Apesar das condições de produção, esses híbridos podem apresentar uma
maior produtividade em relação a tilápia, porém cabe enfatizar que este ganho é
restrito apenas a uma geração (PONZONI et al., 2005), já o programa de
melhoramento genético do tambaqui tem como objetivo principal aumentar a
produtividade aplicando para um grande número de gerações, diferentemente da
hibridação. Pesquisas demonstram que o melhoramento genético para tilápias tem
mostrado um potencial de ganho de 15% na taxa de crescimento por geração, e
redução de dois meses a menos na fase de engorda em tanques escavados
(PONZONI et al., 2005). Foi observado na tilápia GIFT um ganho de 28 % por geração,
com redução no tempo de cultivo de 21 dias em sistemas de tanques-rede,
(HILSDORF et al.,2014) e redução dos custos fixos e custos de produção é o principal
benefício do melhoramento genético para taxa de crescimento devido ao maior lucro
na atividade e consequentemente menor requerimento para a manutenção. O
conjunto dos vários elos da cadeia produtiva permitirá o desenvolvimento de
estruturas capazes de produzir, reproduzir e distribuir material genético melhorado
para os produtores, trazendo os progressos genéticos para mais perto do produtor e
consumidor.
3
2. OBJETIVO
Avaliar o desempenho de juvenis de tambaqui de diferentes famílias da
terceira geração do programa de melhoramento genético de juvenis de tambaqui (C.
macropomum) para, comprimento, ganho de peso, taxa de sobrevivência e biomassa
entre quatro diferentes famílias melhoradas.
4
3. REVISÃO
3.1. Situação atual da aquicultura Brasileira
A produção total da piscicultura brasileira em 2015, foi de
483.241 toneladas, com aumento de 6,2%nas Regiões Norte, 12,7% no Sudeste,
13,1% na região Sul, já no Nordeste e Centro-Oeste foram registradas quedas de
19,7% e 4,7% respectivamente. A primeira posição do ranking ficou para o estado de
Rondônia permanecendo com 84.491 mil toneladas de peixes despescados,
somando um aumento de 12,6% em relação ao ano anterior. Com a despesca de
69.26 mil toneladas o Paraná assumiu a segunda posição, demonstrando um
aumento de 20,8% comparado à produção de 2014, o Estado de Mato Grosso,
registrou queda de 22,2%, dados IBGE (2016).
No ano de 2013, a tilápia foi à espécie mais produzida (43,1%) seguida pelo
tambaqui e seus híbridos. Esses tiveram uma representação de 38,01%, equivalente
a 149.182 toneladas produzidas (MUÑOZ et al., 2015). Nas regiões Centro-oeste,
Nordeste e Norte são regiões que concentram quase toda a produção nacional dos
peixes redondos, onde são cultivados principalmente em viveiros escavados e
barragens (FILHO et al., 2016). Podemos observar segundo os dados do IBGE 2016
, que a produção de redondos e seus híbridos chegam a 190 toneladas
correspondendo a uma produção de 39,2% como mostra a tabela 1.
Tabela 1. Quantidade produzida e valor da produção de peixes, segundo a espécie
ou grupo de peixes no Brasil em 2016.
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O Estado de Roraima está entre os cinco principais produtores de peixes
redondos, ocupando o terceiro lugar na produção (IBGE, 2015). Os produtores do
estado trabalham com tambaqui em áreas superiores a 400 hectares de lâmina
d’agua, apresentando um perfil diferente dos de outros
estados, que produzem um produto com peso final por volta de 2,0 kg (FILHO et al.,
2016).
Pesquisas apontam que a aquicultura possui um potencial promissor, devido a
existência de vários fatores positivos, como potencialidades naturais; indústrias de
processamentos e transformações de produtos aquícolas, grandes disponibilidades
de estruturas qualificadas para capacitação técnica (OSTRENSKY, 2007). Rabobank
(2016) fez uma projeção para 2020 e salienta que a produção no Brasil irá ultrapassar
920 mil toneladas (de tilápia e tambaqui) e o país poderá se tornar um fornecedor
mundial de espécies de peixes nativos e tilápias. Reafirma também, que a aquicultura
será responsável por 70% da oferta de pescado
destinados ao consumo humano. Com isso, o principal desafio será atender
esse considerável aumento na demanda, pelo aumento do consumo de pescado pela
crescente população mundial.
3.2. Tambaqui - Colossoma macropomum (CUVIER, 1818)
O tambaqui Colossoma macropomum (CUVIER, 1818) (Figura 1) é uma espécie
de peixe pertencente à classe Osteichthyes, subclasse Actinopterygii, ordem
Characiformes, que inclui as piranhas, a pirapitinga e os pacus; família Characidae,
Subfamília Serrasalminae e gênero Colossoma, é um peixe de escamas com rastros
branquiais longos e numerosos, corpo romboidal, nadadeira adiposa curta com raios
na extremidade; boca prognata forte com dentes molariformes e incisivos , que
durante o período de inundação o permite quebrar castanhas e sementes de
seringueiras e palmeira (ARAÚJO-LIMA e GOULDING, 1982; IZEL et al., 2004) A
coloração, geralmente, é parda na metade superior e preta na metade inferior do
corpo, mas pode diferenciar pela cor da água que será cultivado (DAIRIKI E AND
2011).
6
Figura 1. Exemplar juvenil de tambaqui (Colossoma macropomum curvier 1998).
Fonte: Arquivo pessoal.
Originária da América do Sul, das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, é uma
espécie considerada como o segundo maior peixe de água doce de escamas, atrás
apenas do pirarucu Arapaima gigas (SANTOS et al. 2006). De acordo com IBGE
(2016), é a principal espécie nativa cultivada no Brasil.
Segundo Gomes et al (2010), durante o período de cheias e
enchentes dos rios, o tambaqui se alimenta preferencialmente de frutos e sementes,
e na época da seca e vazante, essa espécie consome especialmente o zooplâncton.
Porém, outros elementos como insetos, algas, macrófitas, moluscos e até mesmo
outros peixes também podem ser consumidos, muitas vezes ingeridos como a
principal fonte da dieta, sendo considerado por esse motivo, onívoro-oportunista
O tambaqui, possui boa adaptabilidade ao cativeiro, fácil manejo, grande
aceitação de rações comerciais, grãos e subprodutos agroindustriais, rápido
crescimento e boa conversão alimentar (ARAÚJO-LIMA ;IZEL et al., 2004; GOMES et
al.,2006). Apresenta várias características desejáveis ao confinamento, sobressaindo
sua rusticidade, que permite grande tolerância a condições diversas de estresse e
oscilações em parâmetros físico-químicos da água, tolerância a concentrações baixas
de oxigênio dissolvido na água, devido a uma adaptação morfológica o prolapso labial,
onde consegue expandir seu lábio inferior, conseguindo capturar maior quantidade de
oxigênio dissolvido na superfície da agua (ROCHA, 2013).
7
3.3. Melhoramento genético de peixes
Brasil vem se destacando com a produção de peixes em cativeiro
pelas diversas características climáticas, dimensionalidade continental, espécies com
características zootécnicas adequadas ao cultivo, entre outros fatores biológico e
logísticos (BRASIL, 2013). No entanto, o consumo de pescado per capita não
ultrapassa os 12,00 kg habitante ao ano, abaixo do que se é recomendado pela
Organização Mundial de Saúde que estabelece um consumo por habitante
anualmente de 12 kg (FAO, 2013).
A elevada produtividade do tambaqui vem sendo explorada através da
produção de peixes híbridos, aonde o processo de hibridação é utilizado, com o
objetivo de aproveitar a heterose de grupos geneticamente distantes, em que a média
dos filhos é superior à média dos pais (PEREIRA, 2004). A presença de híbridos na
estatística de produção, aponta algumas preocupações sobre sua introgressão
genética com as populações selvagens e o escape destes híbridos (HASHIMOTO et
al., 2010), pela grande dificuldade de contenção híbridos em cativeiro e a fertilidade
de alguns podem ocasionar ameaças a longo prazo da integridade dos recursos
genéticos das populações selvagens, podendo provocar grandes acidentes genéticos.
Por falta de tecnologias, muitos produtores vêm utilizando híbridos com o objetivo de
obter maiores ganhos, mas que se mostram permanente a uma única geração, pois
há necessidade constante de efetuar essas hibridações.
Acredita se que, o melhoramento genético é a chave
para o desenvolvimento da piscicultura com espécies nativas do Brasil, assim como,
o salmão do Pacífico, bagre do canal, e da truta arco-
íris têm sido melhoradas por meio de tecnologias genéticas (RESENDE et al, 2008)
Ribeiro & Legat (2008) discutem que a
tecnologia de melhoramento genético em animais aquáticos tem sido menor quando
comparado aos animais terrestres mesmo com demanda crescente de alimentos de
origem animal crescendo de forma exponencial. Para isso, políticas públicas são de
extrema importância para o desenvolvimento assim como a organização do setor para
se adequar ao desenvolvimento tecnológico.
8
4. MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi conduzida no laboratório de reprodução e alevinagem da
Piscicultura Bom Futuro Genética de Peixes, (Figura 2) localizada no distrito do
Coxipó do ouro, a 60 km de Cuiabá/MT, com duração de 37 dias.
Figura 2. Planta da Piscicultura Bom Futuro Genética de Peixes; disposições dos tanques reservatórios e barracão.
Fonte: Darci Fornari (2017).
Para a determinação dos índices zootécnicos foram utilizados juvenis de
tambaqui da 3º geração do programa de melhoramento genético, procedentes da
piscicultura Bom Futuro Genética de Peixes, foram utilizadas 48 peixes de cada
família ( 1,2,3 e 4) com peso inicial médio de 7,17g, distribuídos aleatoriamente em
dezesseis caixas com capacidade para 1000 litros, abastecidas com água dos
reservatórios presentes na propriedade, com renovação total diária, vazão de
1,2L/min e a aeração constante, (Figura 3).
9
Figura 3. Disposição das 16 caixas utilizadas para o condicionamento dos juvenis de tambaqui.
Fonte: Arquivo pessoal, (2017).
Os peixes foram alimentados com ração comercial extrusada para peixe
onívoros, com teor de proteína bruta 45% e granulometria 0,8- 1mm, (Figura 4) e os
tratos foram divididos em duas vezes ao dia, às 09 h no período da manhã e as 15 h
período da tarde, com um percentual de 8% em relação ao peso vivo dos peixes
(KUBITZA, 2004).
Figura 4. Ração com granulometria de 1mm, para peixes onívoros.
Fonte: Arquivo pessoal, (2017).
Os parâmetros físico-químicos da água foram avaliados semanalmente
através de analises de oxigênio dissolvido (OD) e temperatura monitorados com
oxímetro digital (Yellow Spring Instruments -YSI 550A) amônia, dureza, pH e
10
alcalinidade, monitorados através de Kit colorimétricos (Alfakit®) e semanalmente foi
realizada a limpeza das caixas, com a finalidade de retirar excesso de fezes, matéria
orgânica e compostos nitrogenados,(como mostra a Figura 5).
Figura 5. Realização da limpeza das caixas d’agua com auxílio de mangueira.
Fonte: Arquivo pessoal,( 2017).
Ao longo do experimento foram realizadas duas biometrias (Figura 6) sendo
uma inicial e uma ao final, com o objetivo de avaliar o ganho de peso entre as
diferentes famílias e a sobrevivência das mesmas. Anteriormente ás biometrias, os
peixes ficaram em jejum por um período de 24 horas e, posteriormente foram
anestesiados com eugenol para reduzir os efeitos de estresse durante a manipulação
dos peixes, (50 mg/L), conforme metodologia de Inoue e Moraes (2011). Em seguida,
todos os peixes de cada caixa foram capturados, pesados (balança eletrônica UD
1500/0.1 LE) e medidos com auxílio de um ictiômetro, (Figura 7) para avaliação do
comprimento total de cada indivíduo (CT).
11
Figura 6. Mensuração de juvenis de Colossoma macropomum com o auxílio do ictiômetro.
Fonte: Arquivo pessoal, (2017).
Figura 7. Local da realização das biometrias e materiais utilizados.
Fonte: Arquivo pessoal, (2017).
Ao final do período experimental, foram avaliadas características de
desempenho, como:
-Ganho de peso (g): peso médio final – peso médio inicial;
-Consumo estimado de ração (g): ganho de peso x conversão alimentar aparente;
12
-Ganho de biomassa (kg): biomassa final – biomassa inicial;
-Sobrevivência (%): nº final de peixes/nº inicial de peixes x 100;
-Conversão alimentar aparente - CAA: quantidade de alimento consumido no
período/ganho de biomassa no período;
Os dados obtidos foram submetidos à análises de variância e comparações de
médias pelo teste de Tukey a 8% de probabilidade e analisados pelo programa
estatístico SAS (1999).
13
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os parâmetros de qualidade de água avaliados ao longo do período
experimental apresentaram - se dentro do adequado para piscicultura em ambos
tratamentos, com exceção da alcalinidade e temperatura (MORO et al.,
2013) como mostra a Tabela 2.
Tabela 02. Parâmetros físico-químicos de qualidade da água mensurados nas caixas
de água durante o período experimental.
Os valores médios encontrados para as temperaturas foram de 23,14 sendo
este um fator que interfere na ingestão de alimentos pelos peixes, pois por serem
animais exotérmicos, quando fora da faixa de tolerância térmica possuem uma
redução do consumo de alimento e consequentemente, causa diminuição no
metabolismo do animal, o que leva a piores índices zootécnicos como relatado por
MORO et al. ( 2013). Segundo o autor a faixa de conforto térmico para tambaqui está
entre 27 a 32ºC (C. mocropomum) e relata que, quando a temperatura da água se
encontra próximo a 22°C, o animal fica pouco disposto a alimentação.
Como o sistema de renovação era contínuo, e a água presente nas caixas se
renovava totalmente a cada 7 horas, não houve concentração de amônia presente,
sabe-se que a exposição dos peixes em concentrações com altos níveis de amônia
resulta em baixo crescimento, baixa eficiência alimentar e menores taxas de
sobrevivência. A amônia é um produto oriundo da excreção nitrogenada dos peixes e
da decomposição microbiana da matéria orgânica. Ela ocorre de duas formas: NH3,
forma não ionizada e tóxica aos peixes; NH4+, forma ionizada que é pouco tóxica aos
peixes (ONO et al., 1999). Outra explicação para a não permanência de compostos
14
nitrogenados foi a limpeza das caixas realizada uma vez na semana, onde retirava-se
excreção e sobras de ração nos tratamentos. Condições inadequadas em relação à
qualidade da água são prejudiciais ao
crescimento, à reprodução, a sanidade, a sobrevivência e a qualidade desses peixes
criados (KUBITZA, 2003). Izel et al. (2014) relatam que o oxigênio é um dos
parâmetros mais importantes. Este foi avaliado uma vez por semana permanecendo
durante todo o período avaliado, dentro do aceitável. A dureza 39 mg CaCo/L assim
como o pH, que durante a pesquisa se manteve constante, mantendo-se dentro do
desejável para a criação de peixes.
A alcalinidade total é a capacidade da água de neutralizar a acidez, é expressa
em mg/L de carbonato de cálcio (CaCO3). É uma quantidade expressiva de valores
bases, entretanto, os bicarbonatos e carbonatos, são considerados as mais
importantes. A alcalinidade da água das caixas se manteve a 18 mg CaCO3/L Inferior
ao recomendado, de( 20 mg CaCO3/L), reduzindo assim o seu poder tampão o que
pode causar variações de pH geradas principalmente pela transformação do gás
carbônico em ácido carbônico (KUBITZA 1988), no entanto não foram observados
variações do pH durante o experimento.
Não houve diferença estatísticas entre a sobrevivência. Os peixes das famílias
1,3 e 4 mantiveram sobrevivência em 100% já os da família 2 a taxa de sobrevivência
foi de 97,2%. Corroborando com AGUIAR (2015) que avaliou a sobrevivência em
juvenis C.macropomum estocados em hapas de (2m x 5m) oriundos do programas
de melhoramento genético, resultados próximos também foram encontrados para
tilápia-do-Nilo criadas em tanques, com um densidade de 1 peixe/m².
Tabela 3. Valores de sobrevivência entre as diferentes famílias geneticamente
melhoradas de juvenis de tambaqui Colossoma macropomum.
Obs: Medias seguidas de mesma letra, não diferem entre si ao nível de 5% de significância.
Fonte: Dados da Pesquisa,2017.
Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) no desempenho dos
peixes das diferentes famílias (Tabela 4). Numericamente os peixes da família 4 foram
os que obtiveram maior ganho de peso (32,45g). Marcos et al. (2016) avaliou o ganho
15
de peso de sete famílias de tambaquis melhorados procedente da primeira seleção do
programa de melhoramento genético para ganho de peso e descreveu a existência de
diferente desempenho entre famílias da mesma geração de seleção, sendo que duas
famílias demonstraram o pior desempenho do que o grupo sem nenhuma seleção
genética.
Silva et al. (2017) avaliou indicadores zootécnicos e econômicos do tambaqui
(C. macropomum) de duas famílias da segunda geração do programa de
melhoramento genético para ganho de peso durante a criação semi-intensiva, e os
resultados demonstraram diferenças na produtividade dos peixes das diferentes
famílias.
Já AGUIAR et al. (2015) não encontrou diferença no ganho de peso entre
juvenis de tambaqui (C. macropomum) oriundos do programa de melhoramento
genético e pisciculturas convencionais (não melhoradas).
Tabela 4. Valores de comprimento, peso, conversão alimentar e ganho de peso
entre famílias de tambaqui melhoradas geneticamente.
Não houve diferença (P>0,05) entre conversão e comprimento inicial para os
peixes das diferentes famílias estudadas. Abdel ghany (1997) descreve a conversão
alimentar máxima 1,90 e mínima 1,35 para a tilápia Oreochromis niloticus, na faixa
de peso de 3 a 40g, enquanto KUBTIZA et al. (2012) relatam a conversão de 1,6 a
2,2, para produzir tambaquis de até 2kg.
As diferenças entre os valores de biomassa final dos diferentes tratamentos se
mostraram significativos para tukey (P<0,08) demonstrando que dentre as famílias, a
família 1 com 9,28 g foi a quem obteve o maior ganho de peso, diferindo da família 3
com menor peso final 8,57g
16
Figura 8. Representação gráfica da relação dos valores de peso final entre as diferentes famílias.
Fonte: Dados da pesquisa, (2017).
Como a conversão alimentar e o peso inicial se mantiveram igual para todas as
famílias ao logo de todo o experimento assim como os outros parâmetros zootécnicos
observados, esse ganho de biomassa final pode ser atribuído pelo processo de
melhoramento genético, em que a superioridade de uma família em relação a outra,
está intimamente atribuída ao acasalamento dos peixes que deram origem a essas
famílias. Marcos et al. (2016) ao avaliar o ganho de peso de sete famílias de tambaquis
melhorados procedente da primeira seleção do programa de melhoramento genético
para ganho de peso, demonstra em seus resultados que até 250 dias de vida, os
peixes das sete famílias estudadas apresentaram ganho de peso e crescimento
semelhante, e após esse período o grupo melhorado geneticamente apresentou maior
ganho de peso e taxa de crescimento até o final do período experimental avaliado, de
481 dias, diferente do que foi encontrado no presente trabalho, onde os animais da
família 1 já se mostraram superiores a família 3, o que poderia indicar um grande
potencial de crescimento dessa família
9,28
8,698,57
9,08
F 1 F 2 F 3 F 4
Peso final
17
6. CONCLUSÕES
Os indicadores zootécnicos observados demonstram que os juvenis de
tambaquis geneticamente melhorados da família 1 se mostraram superiores a família
3, indicando maior ganho de peso final.
18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência do estágio foi válida e extremamente enriquecedora. Embora o
estágio tenha sido realizado em uma fazenda de reprodução e alevinagem, e os
peixes não se encontravam em período reprodutivo as instalações se encontravam
ociosas, o que por outro lado foi um bom fator, pois possibilitou executar o
experimento. Para realizar o trabalho de conclusão de curso há necessidade de
continuidade do experimento por um maior tempo, para a obtenção de forma mais
significativa das demais variáveis analisadas, aumentando a acurácia na avaliação
das as diferentes famílias melhoradas.
Dentre os 50 dias de estágio foi possível verificar alguns pontos que poderiam
ser melhoradas no intuito de tentar otimizar a produção. Tais como utilização de
medidas preventivas para redução da mortalidade e aumentar o volume de água dos
tanques da propriedade para reduzir oscilações bruscas de temperatura.
Também foi possível conviver e observar a rotina dos zootecnistas que
dispuseram de tempo para ajudar e responder muitas perguntas o estágio possibilitou
não só aprender, mas também pude aplicar o que já havia aprendido. Possibilitou
conhecer na faculdade pessoas e aprender como se relacionar com elas no ambiente
de trabalho levando o amadurecimento tanto profissional quanto pessoal que será
extremamente importante para o meu futuro como zootecnista.
19
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young-old and old-old. The Journal of Consumer Affairs, 31, 90-112.
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