SUPLEMENTO ESCADAS
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Embora o guia trate do projeto e não da construção de escadas, é impossível
discutir o primeiro sem ter noções básicas de construção e de materiais usados
na fabricação de escadas. Ainda que não aborde tais questões em detalhe, esta
seção fornece as regras básicas para tomar decisões durante a construção de
uma escada.
Três questões físicas estão relacionadas à construção de escadas: 1) o sistema de
construção convencional, 2) os materiais, 3) os corrimãos. Evidentemente, as três
áreas se sobrepõem de maneira inevitável. O trecho dedicado à construção trata
dos materiais envolvidos na construção da escada em geral, mas não aborda os
aspectos detalhados daqueles usados nas superfícies de piso e nos corrimãos. O
trecho sobre materiais trata do desgaste dos pisos, mas não de seus apoios. O
trecho sobre corrimãos discute os detalhes dimensionais do corrimão e de seus
apoios, mas não contempla a conexão de tais apoios à estrutura principal da es-
cada.
Para quem está interessado em informações mais completas sobre a construção
de escadas, fornecemos instruções sobre como obter conhecimentos mais espe-
cíficos, incluindo quando e como consultar especialistas.
A CONSTRUÇÃO
Por uma questão de necessidade, as escadas são conectadas à estrutura da edifi-
cação da qual fazem parte. Isso, naturalmente, exige que a construção da escada
seja compatível com a estrutura em questão. Na maioria dos casos, edificações
residenciais com estrutura de madeira ou com construção convencional (pisos
com barrotes de madeira) apresentam escadas compostas por peças de madeira.
Da mesma forma, uma edificação com estrutura de aço tem uma escada ou mais
escadas fabricada com elementos de aço; as estruturas de concreto, em geral,
têm escadas feitas de concreto.
Contudo, há algumas exceções a essa regra. Geralmente, nos Estados Unidos, os
prédios de apartamento pequenos (com dois ou três pavimentos) com construção
convencional (pisos com barrotes de madeira) apresentam escadas de incêndio
feitas de aço, de forma a atender às exigências dos códigos de edificações no que
diz respeito a escadas não inflamáveis. As escadas extremamente escultóricas e
curvilíneas encontradas nos saguões de grandes prédios públicos de pavimentos
múltiplos e estruturas de aço podem ser fabricadas com concreto moldado in
loco, o que confere a elas a aparência fluida típica da plasticidade do concreto.
SUPLEMENTO PARA O PROJETO
DE ESCADAS DE “PLANEJAMENTO
DE ESPAÇOS INTERNOS”, TERCEIRA EDIÇÃO
Construção de escadas
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134 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
Apesar das exceções compreensíveis, a compatibilidade entre uma estrutura e
suas escadas é um bom ponto de partida para tomar decisões sobre a construção
de escadas.
A construção de escadas de madeira, aço e concreto inclui normas que são usa-
das repetidamente. No entanto, muitas escadas incorporam variações dessas nor-
mas. Algumas das variações são discretas, enquanto outras se afastam muito do
padrão, o que resulta em escadas ousadas e inovadoras. Alguns dos livros citados
na bibliografia apresentam muitas fotografias de escadas únicas e criativas, seja
para espaços pequenos ou grandes. Para os fins deste suplemento, os desenhos
detalhados de escadas feitas em madeira, aço ou concreto representam constru-
ções típicas e convencionais, pressupondo-se que a energia e a criatividade do
arquiteto são capazes de produzir resultados interessantes e inovadores.
a. Escadas de madeiraAs escadas de madeira podem ser feitas in loco ou pré-fabricadas. Os carpinteiros
experientes, bem como as carpintarias especializadas em escadas, conhecem as
técnicas convencionais de sua construção, incluindo as diversas variações comuns,
como banzos aparentes ou escondidos, e espelhos inclinados ou bocéis. A Figura
CW–1 mostra uma escada de madeira convencional para uso residencial, que tem
banzos aparentes e balaústres de perfil tubular de aço no corrimão de madeira.
Os detalhes da construção em madeira têm muitas variáveis, além daquelas mos-
tradas aqui. Sempre que os detalhes do projeto de escadas de madeira se afas-
tam muito das técnicas convencionais de construção, é extremamente importante
que o arquiteto explicite todos os aspectos da escada de forma a obter o resultado
desejado.
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135Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
ESCADA DE MADEIRA CONVENCIONALFIGURA: CW–1
ESCADA DE AÇO CONVENCIONALFIGURA: CW–2
ESCADA DE CONCRETO CONVENCIONALFIGURA: CW–3
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136 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
b. Escadas de açoEm geral, as escadas de aço são pré-fabricadas, levadas já montadas em um ca-
minhão até o canteiro de obras, içadas com uma grua e bem posicionadas dentro
da edificação; a seguir, elas são soldadas ou parafusadas permanentemente no lo-
cal desejado. Sempre que a instalação é feita dentro de caixas de alvenaria, a alve-
naria é erguida ao redor da escada de aço, e as vigas ou perfis de apoio da escada
são engastados nas paredes. A escada de aço padronizada também apresenta
algumas variações, que costumam ser produzidas pelos fabricantes de escadas.
A Figura CW–2 mostra uma escada de aço típica que é usada como escada de
incêndio em edificações não habitacionais de pavimentos múltiplos.
Os detalhes da construção de escadas de aço têm muitas variáveis, além daquelas
mostradas aqui. Como ocorre com as escadas de madeira, sempre que se projeta
uma escada de aço extremamente customizada para uma edificação específica,
é extremamente importante que o arquiteto explicite todos os aspectos dela de
forma a obter o resultado desejado.
c. Escadas de concretoAs escadas de concreto costumam ser moldadas in loco utilizando formas padroni-
zadas; em seguida, armaduras de aço são engastadas na laje de piso de concreto
também moldada in loco. Também há escadas de concreto pré-fabricadas, cujos
degraus pré-moldados são amarrados à estrutura principal por meios mecânicos,
ou seja, são apoiados em elementos do piso ou vigas pré-moldadas. Uma vez que
o concreto é um material extremamente plástico e pode proporcionar resultados
muito escultóricos, o projeto de escadas feitas desse material apresenta variações
infinitas. A Figura CW–3 mostra o lanço reto convencional de uma escada de con-
creto, que pode ser tanto pré-fabricado como moldado in loco, e cujas fixações
dos corrimãos foram incorporadas aos pisos.
Os detalhes da construção de escadas de concreto têm muitas variáveis, além
daquelas mostradas aqui.
Além disso, é evidente que as escadas de concreto escultóricas e/ou singulares
exigem um detalhamento meticuloso por parte do arquiteto, de forma a obter o
resultado desejado.
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137Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
Outra estratégia para o projeto de uma escada que não ocupe muito espaço em
uma casa de dois pavimentos mais porão e sem recuos laterais é o uso de uma
escada em U com patamar intermediário. Neste caso, a entrada da casa é pela
fachada maior, sugerindo que o casario esteja implantado de maneira escalonada,
que as casas sejam aos pares (casas geminadas) ou mesmo que esta casa espe-
cífica seja uma das casas em fita das extremidades, como se pode observar nos
desenhos da Figura CW-4. Para simplificar, as alturas de laje a laje são as mesmas
do Estudo de Caso 1, exceto na sala de estar, onde o teto fica rebaixado em rela-
ção ao nível do térreo ou da entrada principal. Para o máximo de aproveitamento
do espaço interno, foi usado um espelho de degrau com a altura máxima permitida
pelo Código de Edificações dos Estados Unidos, ou seja, 18,5 cm, e uma largura
total de escada de 90 cm.
Estudo de caso 1A
Estudos de caso adicionais – 1ª etapa
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138 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
B
B
A
B
A
ASEGUNDO PAVIMENTO
DORMITÓRIODE CASAL
SACADA
SACADADESCE
DESCE
DESCE
DORMITÓRIO 1
DORMITÓRIO 2
CLOSET
BANHEIRO
LAV.
SALA DE ESTAR
ENTRADASALA DE
ESTAR ÍNTIMASALA DEJANTAR
COZINHA
B
BB
BBB
B
A
AA
AA
AA
PAVIMENTO TÉRREOESCALA APROXIMADA = 1:100
ESTUDO DE CASOFIGURA: CW–4
1A
SOBE
BANHEIROPRINCIPAL
CLOSET
TOALETE
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139Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
CORTE TRANSVERSAL BBESCALA= 1:100
NÍVEL DA SALA DE ESTAR
SEGUNDO PAVIMENTO
SEGUNDO PAVIMENTO
PAVIMENTO TÉRREO
PAVIMENTO TÉRREO
SUBSOLO
245
CM24
5 CM
245
CM
10 C
M33
CM
33 C
M
SUBSOLO
NÍVEL DA SALA
DE ESTAR
10 DEGRAUS COM
H = 21,7 CM
9 PISOS DE 21,7 CM
5 DEGRAUS
COM H = 18,6 CM
4 PISOS DE 21,7 CM
8 DEGRAUS
COM H = 18,6
7 PISOS
DE 21,7 CM
7 DEGRAUS
COM H = 18,6 CM
6 PISOS DE 21,7 CM
CORTE DA ESCADA AAESCALA APROXIMADA= 1:75
FIG
URA
: CW
–4
ESTU
DO D
E CA
SO1A
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140 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
As plantas baixas, o corte geral e o corte ampliado da escada de um prédio urbano
são mostrados na Figura CW–4. Apesar de sua simplicidade, a escada em U engloba
várias características e decisões de projeto específicas, que devem ser ressaltadas:
O projeto da escada é compacto e eficiente em termos de aproveitamento de •espaço e ao restringir a circulação a uma área muito reduzida da residência.
Observe, particularmente, a pequena área do núcleo de circulação do segundo
pavimento. Em geral, as escadas em U são caracterizadas pela eficiência es-
pacial e por confinar as circulações a áreas limitadas da edificação. Além disso,
trata-se de um método óbvio, porém útil, para evitar escadas retas desneces-
sariamente longas.
O pequeno lanço da escada, que vai do nível da entrada até o nível da sala de •estar, apresenta degraus com as mesmas proporções encontradas no lanço
principal, que leva ao segundo pavimento. No Estudo de Caso 1, o pequeno
lanço de escada, que vai da sala de jantar até a sala de estar, apresenta dimen-
sões diferentes das encontradas na escada principal, tornando a escada mais
confortável; isso foi possível porque o lanço em questão está a uma distância
significativa da escada principal. No Estudo de Caso 1A, não é possível alterar
as proporções dos degraus porque o deslocamento, pela escada, do segundo
pavimento à sala de estar é contínuo, e a modificação das dimensões geraria
riscos para os usuários.
O pé-direito do patamar que leva ao porão é baixo, mas aceitável. O arquiteto •optou por não acrescentar outro piso ao lanço que vai do nível de entrada à sala
de estar, já que a separação entre o nível do pavimento térreo e o nível da sala
de estar ficaria muito acentuada; ele também aceitou o pé-direito limitado do
patamar que vai do nível da sala de estar ao porão.
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141Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
Quando as escadas de incêndio obrigatórias são utilizadas com frequência pelos
usuários para deslocamentos entre pavimentos, há um número infinito de alter-
nativas de projeto além da escada de incêndio utilitária descrita no Estudo de
Caso 2. Uma alternativa muito simples, quando a configuração geral do prédio
permite, é criar uma grande janela ou parede de vidro na caixa de escada de
resto convencional e sem aberturas, possibilitando que a luz natural e as vistas
sejam aproveitadas, como mostrado na Figura CW-5. Já que serão feitas alte-
rações do tipo a uma escada de incêndio convencional, é natural repensar os
acabamentos e detalhes pobres destas escadas convencionais, mudando-se os
materiais, o detalhamento do corrimão e do guarda-corpo e o sistema de ilumi-
nação artificial; todas estas questões serão minuciosamente tratadas na segun-
da etapa dos estudos de caso.
Estudo de caso 2A
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142 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
BA-NHEIRO FEMINI-NO
BANHEIRO MASCULI-NO
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICAESCALA= 1:400
ESTUDO DE CASOFIGURA: CW–5
2A
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143Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
315
CM
11 DEGRAUS COM H= 16,6 CM
10 PISOS DE 31,1 CM
10 DEGRAUS COM H= 16,6 CM
9 PISOS DE 31,1 CM
CORTE DA ESCADA AAESCALA APROXIMADA = 1:75
146 CM311 CM
177,1 CM146 CM
SOBE
10 DEGRAUS COM H= 16,5 CM
9 PISOS DE 31,1 CM
11 DEGRAUS COM H= 16,5 CM10 PISOS DE 31,1 CM
PLANTA BAIXA AMPLIADA DA ESCADAESCALA APROXIMADA = 1:75
ESTU
DO D
E CA
SO2A
FI
GUR
A: C
W–5
280 CM
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144 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
Este estudo de caso apresenta uma variante óbvia, porém significativa, da escada
de incêndio utilitária. Seu contexto é muito semelhante ao do Estudo de Caso 2,
mas, diferentemente do edifício de escritório com várias economias e inquilinos
comerciais sem relação entre si, esta edificação possui um único proprietário cor-
porativo ou institucional (como um prédio administrativo universitário ou de pes-
quisa), o que requer muita interação diária entre os inúmeros funcionários. Além
das duas escadas nas extremidades da edificação, ou perto delas, foi incorporada
uma escada de incêndio central; essa escada adicional permite que se aumente o
comprimento da edificação, e ainda atende às exigências das normas quanto ao
comprimento da rota de fuga. Com a escada adicional e o núcleo de elevadores no
centro da edificação, cria-se um núcleo de circulação no qual os usuários do pré-
dio podem optar por duas rotas de fuga. Os funcionários que estão a um ou dois
pavimentos de distância até determinado local podem utilizar a escada em vez de
esperar pelo elevador – principalmente se a estrutura da escada propriamente dita
for um espaço interessante e/ou atraente.
A Figura CW–5 mostra a planta baixa do pavimento tipo e a seção transversal
desta edificação. O fechamento de vidro de grande parte da escada e o patamar
intermediário semicircular proporcionam uma experiência de circulação mais inte-
ressante do que em uma escada de incêndio convencional. Observe que as alturas
entre lajes são idênticas àquelas presentes no Estudo de Caso 2, permitindo de-
graus com as mesmas proporções. A planta baixa e o corte da escada em escala
maior (de 1:50) também são mostrados na Figura CW–5.
Para melhorar a circulação, também é possível alterar as dimensões dos degraus,
criando proporções mais confortáveis.
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145Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
O uso de escadas elípticas é uma alternativa muito eficaz ao uso de escadas circu-
lares. As elipses matematicamente corretas costumam ser complexas em termos
de geometria, mas, para fins de construção, é possível executálas com precisão
razoável utilizando-se somente dois raios, conforme mostramos na Figura CW–6.
O contexto deste estudo de caso é um novo conjunto de edifícios de três pavimen-
tos de alto padrão em um bairro com muita densidade urbana. As edificações têm
7,5 metros de largura entre os eixos das paredes-meias e 15 metros de profundi-
dade, conforme mostramos na planta baixa e no corte da Figura 3A. A altura entre
pisos foi definida em 2,85 m. Uma área de piso de 4,85 metros por 1,80 metro
foi reservada para a construção de uma escada elíptica. Para a construção de
escadas curvas neste contexto habitacional, o Código de Edificações dos Estados
Unidos exige:
Altura máxima do espelho: 19,5 cm •
Altura mínima do piso na extremidade menor: 15 cm •
Largura mínima da escada: 90 cm •
O raio menor deve ter no mínimo o dobro da largura da escada •
Para a escada elíptica deste estudo de caso, que ocupa o espaço de 4,85 m (eixo
principal) por 1,80 m (eixo secundário) que fora reservado, além de uma altura en-
tre pisos de 2,85 m, escolheu-se um espelho de 17,8 cm (2,85 m dividido por 17,8
cm resulta em 16 degraus = 17,8 cm x 16 = 2,85 m). O Código de Edificações per-
mite o uso de espelhos mais altos, mas essa alternativa foi rejeitada em benefício
do conforto pessoal que se espera de uma habitação de luxo. Os pisos medem 28
cm a 30 cm de sua extremidade menor. Uma escada com a mesma configuração
leva do pavimento térreo ao segundo pavimento, e, novamente, do segundo ao
terceiro pavimento. Não se repetiu o primeiro piso de degrau ampliado, encon-
trado no pavimento térreo, quando a escada sobe do segundo para o terceiro
pavimento, pois a caixa de escada aberta do segundo pavimento não aceita um
piso maior. A escada que leva ao porão tem lanço reto simples; as dimensões do
piso e dos degraus são determinadas pela altura entre piso do pavimento térreo
até o porão.
Estudo de caso 3A
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146 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
SALA DE MÚSICA
SALA DE ESTAR ÍNTIMO/SALA DE JANTAR
GABI-NETE
SALA DE ESTAR
VESTÍBULO
SACADA
SACADA
SACADA
DORMITÓRIO DE CASAL
CORREDOR SOBE
SOBE
DESCE
DESCE
DORMITÓRIO 1
DORMITÓRIO 2
DEPÓSITO
BANHEIROBANHEIRO DE CASAL
GABINETE
CORREDORDESCE
TERRAÇO
ESTUDO DE CASO3A FIGURA: CW–6
TERCEIRO PAVIMENTO
SEGUNDO PAVIMENTO
PAVIMENTO TÉRREOESCALA APROXIMADA: 1:100
COZINHA
LAVAN-DERIA
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147Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
DADOS O EIXO MAIOR AB E O EIXO MENOR CD, DESENHE A LINHA AC.USANDO O CENTRO DA ELIPSE O COMO CENTRO E OC COMO RAIO, TRACE
UM ARCO INTERCEPTANDO NO PONTO E. USANDO C COMO CENTRO E EA COMO RAIO,TRACE UM ARCO INTERCEPTANDO A LINHA AC EM F. DESENHE O BISSETOR
PERPENDICULAR DA LINHA AF. OS PONTOS G E H, QUE INTERCEPTAM OS EIXOS AB E CD (EXTENDIDO) NO BISSETOR PERPENDICULAR SÃO OS CENTROS DE DOIS DOS ARCOS
QUE FORMAM A ELIPSE. MARQUE OS DOIS OUTROS CENTROS, J E K, REBATENDO OH E OG. PARA MARCAR OS PONTOS DE JUNÇÃO (PONTOS TANGENTES), T, T1 E T3 DOS ARCOS, DESENHE LINHAS QUE PASSEM PELO CENTRO DOS ARCOS TANGENTES. A
FIGURA FORMADA PELOS QUATRO ARCOS DE CÍRCULO NÃO É UMA ELIPSE VERDADEIRA E ESTE MÉTODO NÃO DEVE SER USADO QUANDO ESTA FOR NECESSÁRIA.
167,
5 CM
+/- 2
15 C
M
90,0
CM
90,0
CM
SOBEDESCE
487,5 CM
PLANTA BAIXA AMPLIADA DA ESCADAESCALA 1:50
TERRAÇO
DORMITÓRIO DE CASAL
SALA DE JANTAR/SALA DE ESTAR ÍNTIMO
GABINETE
DORMITÓRIO 1
PORÃO ESTU
DO D
E CA
SO3A
FI
GUR
A: C
W-6
CONSTRUÇÃO DA ELIPSEMÉTODO APROXIMADO DOS QUATRO CENTROS
CORTE LONGITUDINAL AAESCALA: 1:200
Karlen_Suplemento.indd 147Karlen_Suplemento.indd 147 16.04.10 14:16:3116.04.10 14:16:31
148 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
Este estudo de caso baseia-se em uma edificação industrial leve implantada em
uma bairro que está passando por um rápido processo de gentrificação e atraindo
empresas sofisticadas e de alto padrão para atender seus residentes abastados.
O prédio da década de 1920 agora deverá acomodar o showroom local de um
grande fabricante de móveis contemporâneos. Temos uma planta livre com apro-
ximadamente 255 m2 de área de piso, dos quais a metade será usada para o
showroom propriamente dito, uma pequena loja e escritórios. Uma alternativa para
o aumento da área de piso útil é o acréscimo de um pavimento.
Como se pode observar nas plantas baixas e cortes da Figura CW-7, a edificação
pré-existente compartilha paredes-meias com edificações contíguas nas laterais
norte e sul. O prédio ao norte tem quatro pavimentos e é consideravelmente mais
alto do que o prédio que está sendo proposto para o showroom. Já o prédio ao
sul tem dois pavimentos e sua cobertura fica pouco mais de um metro mais alta do
que a do prédio fabril pré-existente que será convertido em showroom. Elevando-
se a parede-meia a sul e as paredes leste e oeste até a altura necessária para o
novo showroom, o prédio poderá atender bem o novo usuário.
Estudo de caso 4A
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149Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
ESTÚDIO
SHOWROOM B
SH
OWRO
OM A
SOBE
SOBE
DESCE
DESCE
ELEV.
ELEV.
VÃO= 300 CMDESCE
SEGUNDO PAVIMENTO
SHOWROOM
VESTÍ-BULO
RECEP-ÇÃO
BALCÃO DE VENDAS
RUA
DE
SER
VIÇO
PAVIMENTO TÉRREOESCALA: 1:200
SOBE 9 CM
115 CM 125 CM
240 CM
EM VÃO= 300 CM
SOBE
SOBE
ESCRITÓRIOS
ESTUDO DE CASOFIGURA: CW–7
4A
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150 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
300
CM
265
CM33
5 CM
30,5
CM
305
CM
30,5
CM
200 CM
ESTÚDIO
548
,5 C
M
120
CM
305
CM
150 CM 515 CM
305
CM36
5 CM
ESCRITÓRIOS
SHOWROOM A
SHOWROOM B
16 DEGRAUS COM H= 15,2 CM15 PISOS DE 34,3 CM
8 DEGRAUS COM H= 15,2 CM7 PISOS DE 34,3 CM
294,
5 CM
416
,5 C
M
305
CM 61 C
M
487,
5 CM
61 C
M
16 DEGRAUS COM H= 15,2 CM15 PISOS DE 34,3 CM
8 DEGRAUS COM H= 15,2 CM7 PISOS DE 34,3 CM
CORTE DA ESCADA PRINCIPALESCALA APROXIMADA: 1:100
CORTE DA ESCADA ENCLAUSURADAESCALA APROXIMADA: 1:100
CORTE LONGITUDINAL AAESCALA: 1:200
510 CM
ESTU
DO D
E CA
SO4A
FIG
URA
: CW
–7
Karlen_Suplemento.indd 150Karlen_Suplemento.indd 150 16.04.10 14:16:3116.04.10 14:16:31
151Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
Uma parte da estrutura do telhado existente será mantida para criar um novo
nível de showroom (o “nível do estúdio”), sendo que o sistema de cobertura sem
apoios intermediários cobre toda a edificação. Na extremidade leste da edifica-
ção, será criada uma área com teto relativamente baixo para o escritório que deve
haver no pavimento térreo, além de dois pavimentos de cobertura levemente mais
altos acima dos escritórios (segundo e terceiro pavimentos), gerando espaço para
showrooms mobiliados.
Apesar da necessidade de um elevador a fim de transportar os móveis e atender aos
visitantes e funcionários com deficiências físicas, a escada central foi projetada para
ser o principal meio de transporte vertical. As escadas são projetadas para fazer
parte da experiência de arquitetura e decoração geral, integrando, também, a expe-
riência de visualização do mobiliário. Um degrau relativamente baixo e confortável,
com altura de 15 cm, foi escolhido para ser usado em toda a obra, junto com um
piso correspondente de 34,5 cm. O piso da estrutura original do telhado foi elevado
por meio de barrotes para ficar a exatamente 5,50 m, ou 36 degraus, acima do pa-
vimento térreo. Os dois níveis de showrooms, A e B, acima dos escritórios, também
foram dispostos a 3,05 m e 3,65 m, respectivamente, para permitir a acomodação
de degraus de 15 cm. Além disso, todos os lanços de escada têm uma largura ge-
nerosa (1,65 m), conferindo uma sensação de liberdade à subida ou à descida.
A edificação exige que uma segunda saída de incêndio e uma nova escada de
incêndio sejam colocadas em sua extremidade nordeste, com acesso direto à
rua de serviços que fica atrás do prédio. Já que será usada principalmente como
saída de incêndio, essa escada recebeu uma abordagem mais básica em termos
de projeto. Devido ao pé-direito de 3,65 m que foi estabelecido entre os pavi-
mentos de showrooms, o menor número de degraus que atende à altura máxima
de 17,5 cm imposta pelo código (3,65 m divididos por 17,5 cm = 20,90) é de 21
degraus de 17,4 cm (3,65 m divididos por 21 = 17,4 cm). É preciso observar que
a altura máxima do degrau também contribui para o objetivo de manter o vão
da escada mínimo, deixando um espaço adequado para o elevador. Ao utilizar
a mesma altura de degrau para descer do pavimento térreo do showroom até o
pavimento térreo, descobrimos que 18 degraus exigem um pé-direito superior
aos 3,05 m disponíveis (18 x 17,4 cm = 3,13 m). Se utilizarmos 17 degraus, o pa-
tamar inferior ficará 8,5 cm abaixo do pavimento térreo (17 x 17,4 cm = 2,96 m).
Pressupondo-se que o nível do terreno nos fundos da edificação é praticamente
idêntico ao nível da entrada principal, a porta de saída para a rua de serviço terá
um pequeno degrau para o exterior. A escada de incêndio também exige uma
pequena rampa na quina nordeste da área de escritórios, para que haja uma
porta dos escritórios à escada.
Karlen_Suplemento.indd 151Karlen_Suplemento.indd 151 16.04.10 14:16:3116.04.10 14:16:31
152 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
Este último estudo de caso da 1ª. etapa, assim como os dois anteriores, lida com
uma situação incomum, mas não rara. A conexão de dois prédios adjacentes (ou,
como é o caso, quase adjacentes), que apresentam níveis de piso desencontra-
dos, é sempre um desafio. Neste estudo de caso, uma loja varejista movimentada
ocupa um prédio com três pavimentos mais subsolo em uma importante avenida
de comércio. A loja também possui um estacionamento exclusivo no terreno de
esquina. Todos os pavimentos do prédio são usados para a exposição de merca-
dorias, e o subsolo é usado por um depósito e pelo escritório administrativo. Nos
últimos anos, as vendas pela Internet e por catálogo aumentaram muito além das
expectativas, tornando os espaços usados pelo escritório e depósito totalmente
insuficientes. Com a perspectiva de aumento continuado do catálogo e das ven-
das online, a empresa comprou um edifício comercial contíguo sem grande valor
estético, com quatro pavimentos e também adjacente ao estacionamento para
clientes. Estas relações de implantação são mostradas na Figura CW-8.
Estudo de caso 4B
Karlen_Suplemento.indd 152Karlen_Suplemento.indd 152 16.04.10 14:16:3116.04.10 14:16:31
153Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
36,5
7 M
15,5
M 11,3
8 M
7,77 M 32,6 M
EDIF
ÍCIO
ADJ
ACEN
TEDEPÓSITO NO SUBSOLO
3 PAVIMENTOS + SUBSOLO
VAREJO – TODOS OS PISOS
NOVA CONEXÃO COM A ESCADA (FECHADA COM VIDRO)
DEPÓSITO NO SUBSOLO
RUA PRINCIPAL
NOVO EDIFÍCIO ADMINISTRATIVO ENCOMENDADO
RUA
SEC
UNDÁ
RIA
16,15 M
14,3
2 M
120
CM
305
CM
EDIFÍCIO ADMINISTRATIVO COM 4 PAVIMENTOS – NOVA FACHADA DE TIJOLOS
EDIFÍCIO DO INÍCIO DO SÉCULO XX COM
TRÊS PAVIMENTOS MAIS SUBSOLO
EDIFÍCIO ADJACENTE
PELE DE VIDRO
ELEVAÇÃO E PLANTA DE LOCALIZAÇÃOSEM ESCALA
4 PAVIMENTOS
ESTUDO DE CASOFIGURA: CW–8
4B
Karlen_Suplemento.indd 153Karlen_Suplemento.indd 153 16.04.10 14:16:3116.04.10 14:16:31
154 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
LESTE
OESTE
6 DEGRAUS COM H= 18,0 CM5 PISOS DE 28 CM
7 DEGRAUS COM H= 17,8 CM6 PISOS DE 28 CM
9 DEGRAUS COM H= 17,8 CM8 PISOS DE 28 CM
9 DEGRAUS COM H= 17,8 CM8 PISOS DE 28 CM
9 DEGRAUS COM H= 17,8 CM8 PISOS DE 28 CM
10 DEGRAUS COM H= 17,3 CM9 PISOS DE 28 CM
-157,5 CM
+158,7 CM
+440,7 CM
+722,7 CM
316
,2 C
M28
2 CM
282
CM28
2 CM
777 CM
+ 729 CM
+ 320 CM
+ 444,5 CM
269,
2CM
320
CM29
9,7
CM+
280,
7 CM
+ 619,7 CM
+ 320 CM
0 0
- 269,2 CM
DESCE 3,8 CM EM 350,5 CM1,08% DE CAIMENTO
DESCE 6,3 CM EM 404 CM1,58% CM DE CAIMENTO
+ 444,5 CM
+ 160 CM
- 160 CM
- 267,8 CM
DESCE 2,5 CM EM 236 CM
DESCE 1,3 CM EM 294,6 CM0,43% DE CAIMENTO
PLANO
PLANO
SOBE 2,5 CM EM 294,6 CM0,86% DE CAIMENTO
SOBE 2,5 CM EM 343 CM0,74% DE CAIMENTO
CORTE DA ESCADAESCALA: 1:100
FIG
URA
: CW
–8
ESTU
DO D
E CA
SO4B
1,07% DE CAIMENTO
6 DEGRAUS COM H= 18,6 CM5 PISOS DE 28 CM
Karlen_Suplemento.indd 154Karlen_Suplemento.indd 154 16.04.10 14:16:3116.04.10 14:16:31
155Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
O principal objetivo da empresa ao adquirir esta edificação específica é conectá-la
ao prédio da loja, facilitando a circulação de funcionários entre a loja e o novo prédio
de expedição e administração. O levantamento cuidadoso de ambas as edificações
estabeleceu os níveis de piso precisos, conforme ilustra o corte da Figura CW–8.
Conforme ilustramos na Figura CW–8, não há uma altura de degrau única que pos-
sa conectar os níveis de maneira simples, uma vez que as diferenças de tamanho
entre os pavimentos são extremamente distintas. As tentativas com espelhos de
15, 16,5 e 18 cm comprovaram que a distância de 7,77 m entre as duas edifica-
ções é grande o bastante para que degraus baixos e profundos (com espelhos de
15 cm e pisos de 34,5 cm) não sejam um problema, devido aos vãos relativamente
longos. Tais tentativas incluíram esboços de corte, permitindo que seus resultados
fossem visualizados de forma e gráfica aritmetica. Os 3,20 m entre as lajes do
pavimento térreo e do segundo pavimento da loja permitem o uso de um espelho
de 18 cm (3,20 m divididos por 18 cm = 21 degraus). Depois de experimentar di-
ferentes níveis de patamares intermediários com espelhos de 18 cm, descobriu-se
que as conexões entre os vãos de escada e os pavimentos existentes poderiam
ser vencidas por rampas muito pequenas, quase imperceptíveis (com inclinação
mínima de 0,43 a 1,56%). O corte da nova escada mostra os resultados dessa
solução de projeto.
A solução de arquitetura resultante, que pode ser vista na elevação norte, inclui
uma nova caixa de escada com parede de vidro voltada para o estacionamento
para clientes e para a rua comercial principal. A nova escada recebe iluminação
natural e tem ganhos térmicos controlados no verão; além disso, ela transmite uma
imagem mais forte para o público. A parede sul da nova estrutura é predominan-
temente opaca (hemisfério norte), com pequenas janelas de abrir para ventilação
natural e vistas ocasionais para o sul.
Karlen_Suplemento.indd 155Karlen_Suplemento.indd 155 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
156 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
A escada desenvolvida para o Estudo de Caso 1A no website serve como base para
este estudo de caso. Os desenhos detalhados da ilustração em anexo completam o
processo de projeto. Conforme mostramos aqui, os banzos (aqueles fixados às su-
perfícies das paredes e aqueles que ficam nas extremidades abertas das escadas),
os pisos e os espelhos inclinados são comuns em escadas pré-fabricadas, que são
transportadas para o canteiro de obras e fixadas à laje e ao patamar nas partes in-
ferior e superior de cada vão. O patamar entre o pavimento térreo e o segundo pavi-
mento não costuma fazer parte de escadas pré-fabricadas, e já está pronto quando
a escada chega ao local. O guarda-corpo é feito com perfis tubulares de aço de 3/4
in, que são fixados com dois parafusos aos banzos. Os corrimãos são fabricados
sob encomenda, com peças de madeira maciça de 2 x 6 in (5 x 15 cm), apresen-
tando uma ranhura para os dedos que melhora a empunhadura. No lado da parede,
os corrimãos são fixados a um espaçador de 2 x 2 in, deixando um espaço de 4,0
cm para a empunhadura. No lado aberto, os corrimãos são fixados aos balaústres.
Para facilitar a construção, os balaústres são fixados primeiramente aos corrimãos e,
a seguir, o elemento completo é fixado aos banzos. Os balaústres de aço precisam
ser pintados; os balaústres de alumínio, por sua vez, podem ser pintados ou ter aca-
bamento anodizado de fábrica. Os acabamentos das outras partes da escada serão
descritos no Estudo de Caso 5.
A iluminação natural é fornecida pela claraboia que fica acima da escada. A esca-
da principal entre o pavimento térreo e o segundo pavimento é iluminada por uma
luminária pendente sobre o patamar. A escada que leva ao porão é iluminada por
duas luminárias simples de parede.
Estudo de caso 5A
Estudos de caso adicionais – 2ª etapa
Karlen_Suplemento.indd 156Karlen_Suplemento.indd 156 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
157Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
ESTUDO DE CASO5AFIGURA: CW–9
14 C
M
4 CM
2x 6 in (5 X 15CM)
CORTE DO CORRIMÃOESCALA APROXIMADA: 1:5
CORTE DA ESCADAESCALA APROXIMADA: 1:10
CORTE DA ESCADAESCALA APROXIMADA: 1:10
CORIMÃO DE MADEIRA MACIÇA DE
Karlen_Suplemento.indd 157Karlen_Suplemento.indd 157 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
158 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
SUBSOLO
245
CM24
5 CM
245
CM
33 C
M33
CM
10 C
M
NÍVEL DA SALA DE
ESTAR
PAVIMENTO TÉRREO
SEGUNDO PAVIMENTO
ELEVAÇÃO DA ESCADAESCALA APROXIMADA: 1:75
ESTU
DO D
E CA
SO5A
FI
GUR
A: C
W–9
Karlen_Suplemento.indd 158Karlen_Suplemento.indd 158 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
159Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
A escada desenvolvida para o Estudo de Caso 2A no website é detalhada neste
estudo de caso e ilustrada na figura em anexo. Trata-se de uma típica escada
de incêndio obrigatória, embora seja diferente da escada de incêndio “básica”
do Estudo de Caso 2A. Estima-se que essa escada receberá um trânsito regular
de pessoas entre pavimentos. Os degraus são mais confortáveis e o ambiente
é rico em iluminação natural, oferecendo muitas vistas para o exterior. Os ban-
zos aparentes são vigas-caixão feitas com perfis U de aço. Os degraus são
fabricados com chapas de aço de 1/8 in (3 mm), o que cria elementos de aço
triangulares que formam uma escada com espelhos vazados, em conformidade
com as exigências do código de edificações. Os degraus são revestidos de linó-
leo texturizado colado, tornando a escada mais confortável e segura; o mesmo
linóleo de revestimento de piso é aplicado a todas as superfícies de entrada da
escada e dos patamares. O guarda-corpo foi feito sob medida, com perfis de
alumínio anodizado e perfis de aço extrudado. Os elementos verticais foram
inseridos nos banzos feitos com perfis U de aço, e rematados por um corrimão
de alumínio elíptico. Cabos de aço inoxidável tracionados foram dispostos para-
lelamente ao corrimão a cada 10 cm, a fim de atender às exigências do código
de edificações. As superfícies não envidraçadas da parede foram feitas com o
mesmo tijolo usado na parte externa da edificação. A iluminação é fornecida por
três candelabros decorativos, que foram instalados nas paredes de entrada de
cada pavimento, e por meio de uma luminária pendente sobre cada patamar
intermediário semicircular.
Estudo de caso 6A
Karlen_Suplemento.indd 159Karlen_Suplemento.indd 159 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
160 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
1 ¼ in (3,2 CM
)10 CM
10 CM10 CM
¼ in
(0,6 CM)
1 in
3 CM
28 CM
10 C
M
17,4
5 CM
7,3
CM
ELEVAÇÃOESCALA: 1:10
CORTE DA BALAUSTRADAESCALA APROXIMADA: 1:10
DETALHE DO DEGRAUESCALA APROXIMADA: 1:5
ESTUDO DE CASO6AFIGURA: CW–10
(2,5 CM)
Karlen_Suplemento.indd 160Karlen_Suplemento.indd 160 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
161Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
ELEVAÇÃO DA ESCADAESCALA APROXIMADA: 1:33
PAVIMENTO DEACESSO À ESCADA
PATAMARINTERMEDIÁRIO
LUSTRE PENDENTE DE VIDRODE 30 CMDE DIÂMETRO
FIG
URA
: CW
–10
ESTU
DO D
E CA
SO6
A
Karlen_Suplemento.indd 161Karlen_Suplemento.indd 161 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
162 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
Para dominar o projeto de escadas, é preciso ter muita experiência. Esta seção
apresenta exercícios adequados a fim de obter a experiência necessária para atingir
esse objetivo. Os exercícios são sequenciais, ou seja, eles ficam cada vez mais com-
plexos à medida que são apresentados. Eles também incluem ambientes residen-
ciais e edificações não habitacionais maiores, e possibilitam o uso de escadas um
tanto complexas ou escultóricas. Além dos exercícios, é possível adquirir mais expe-
riência usando alguns dos vários exemplos já publicados de soluções para o projeto
de escadas, que servirão como contexto para suas próprias soluções de projeto.
Todos os exercícios apresentados aqui são desenvolvidos em duas etapas. A
Parte A requer soluções básicas de planejamento de escadas. A Parte B, por sua
vez, demanda o projeto de detalhes de arquitetura, incluindo a seleção de mate-
riais e uma solução esquemática de projeto de iluminação. Em sala de aula, seria
interessante criar um painel de apresentação com críticas para cada exercício,
permitindo a visualização, a análise e a discussão de várias soluções a partir de
perspectivas tanto estéticas como técnicas.
Exercícios para desenvolvimento de habilidades
Karlen_Suplemento.indd 162Karlen_Suplemento.indd 162 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
163Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
Esta casa de dois pavimentos sem recuos laterais é uma variação daquela que
fazia parte do Estudo de Caso 1A (página 5). Uma parte do pavimento térreo e do
segundo pavimento foi reprojetada e renovada por meio da remoção da escada
central (exceto pelo pequeno lanço que leva à sala de estar rebaixada), com a
finalidade de acrescentar uma nova escada na parte externa da edificação, perto
da porta de entrada. O porão foi eliminado. A nova escada conectará o pavimento
térreo ao segundo pavimento. A planta baixa indica as modificações internas no
pavimento térreo e no segundo pavimento; a localização proposta para a nova
escada é representada por uma linha tracejada. A altura de laje a laje é de 2,85
m entre o pavimento térreo e o segundo pavimento; a espessura do entrepiso é
de 33 cm.
PARTE A – Planeje e projete a nova escada, mantendo-se dentro da linha trace-
jada. O formato e o tamanho específico da escada não foram estipulados, mas o
tamanho total da caixa de escada não pode ultrapassar 11 m²; isso não inclui as
paredes externas que, de acordo com a escolha feita pelo arquiteto, podem ter
uma espessura de 15 a 23 cm. Inclua o uso de iluminação natural na caixa de es-
cada. Desenhe as plantas baixas e um corte geral do pavimento térreo através do
telhado, na escala de 1:50 ou 1:25.
PARTE B – Conclua o projeto da escada acrescentando os detalhes necessários,
como pisos, espelhos e guarda-corpos; além disso, encontre uma solução es-
quemática para o projeto de iluminação e selecione todos os materiais. Faça um
corte detalhado pela escada na escala de 1:20 ou 1:10, e inclua nele as conexões
e/ou relações da escada com o piso e a parede adjacentes. Faça os detalhes do
guarda-corpo na escala de 1:5.
Exercício 1
Karlen_Suplemento.indd 163Karlen_Suplemento.indd 163 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
164 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
DORMITÓRIO 2
BA-NHEI-RO
BANHEIRODE CASAL
CLOSET CLOSET
DORMITÓRIO 1
ÁREA DA NOVAESCADA
DORMITÓRIODE CASAL
475 CM
440
CM
A
TELHADO DAGARAGEM
B
SEGUNDO PAVIMENTOESCALA: 1:200A
A
B
GABINETE
TOA-LETE
SALA DE ESTAR ÍNTIMO
COZINHA
475 CM
440
CM
ÁREA DA NOVA ESCADA
VESTÍBULO
SALA DEJANTAR
GARAGEM
LAVAN-DERIA
PAVIMENTO TÉRREOESCALA: 1:200A
A
PILARES DE AÇOB
A
ÁREADA NOVAESCADA
SUBSOLOESCALA: 1:200
B
SALA DE ESTAR
EXERCÍCIO DE PROJETO DE ESCADAFIGURA: CW–11
1
B
B
Karlen_Suplemento.indd 164Karlen_Suplemento.indd 164 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
165Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
CORTE BBESCALA APROXIMADA: 1:130
264
CM28
4,5
CM25
4 CM
SALA DE ESTAR
DORMITÓRIO 1PISO(EM VISTA)
ÁREA DA NOVA ESCADA
PILAR(EM VISTA) SUBSOLO
SALA DEJANTAR
DORMITÓRIODE CASAL
GARAGEM
CORTE AAESCALA: 1:200
264
CM PILAR(EM VISTA)
SUBSOLO
ÁREADA NOVA ESCADA
PISO (EMVISTA)
284,
5 CM
254
CM
SALA DEESTARÍNTIMO
BANHEIRODE CASAL
FIG
URA
: CW
–11
EXER
CÍCI
O D
E PR
OJE
TO D
E ES
CADA
1
Karlen_Suplemento.indd 165Karlen_Suplemento.indd 165 16.04.10 14:16:3216.04.10 14:16:32
166 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
O contexto deste problema de projeto de escada é uma casa unifamiliar de su-
búrbio típica, com estrutura de madeira, vestíbulo e núcleo de circulação central.
A área geral reservada para a escada é indicada por uma linha tracejada dentro
de um espaço com pé-direito duplo, que inclui o pavimento térreo e o segundo
pavimento. A escada que leva ao porão não precisa ser enclausurada, assim, uma
grande abertura no térreo não foi prevista. O planejamento da escada deve aco-
modar rotas de circulação convenientes, incluindo o acesso fácil ao vestíbulo, à
sala de estar, à sala de jantar e à sala de estar íntima no pavimento térreo, além de
uma conexão adequada com o vestíbulo dos dormitórios no segundo pavimento.
A altura de laje a laje entre o pavimento térreo e o segundo pavimento é de 2,95
m; entre o pavimento térreo e o porão, ela é reduzida para 2,65 m. O entrepiso é
de 33 cm.
PARTE A – Planeje e projete a nova escada, mantendo-se dentro da linha traceja-
da. Ainda que a iluminação natural entre pelas janelas da parede ao sul (no hemis-
fério norte), é interessante inserir uma claraboia. Desenhe as plantas baixas e pelo
menos um corte na escala de 1:50 ou 1:75.
PARTE B – Conclua o projeto da escada acrescentando os detalhes necessários,
como pisos, espelhos e guarda-corpos; além disso, encontre uma solução esque-
mática para o projeto de iluminação e selecione todos os materiais. Faça pelo me-
nos um corte detalhado pela escada na escala de 1:50 ou 1:20. Faça os detalhes
do guarda-corpo na escala de 1:5.
Exercício 2
Karlen_Suplemento.indd 166Karlen_Suplemento.indd 166 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
167Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
B
CLOSET CLOSETBANHEIRO
LAVAN-DERIA
DORMITÓRIO 2
DORMITÓRIO 1
SACADA
FIGURA: CW–12
EXERCÍCIO DE PROJETO DE ESCADA2
BSACADA
SEGUNDO PAVIMENTOESCALA APROXIMADA: 1:130
DORMITÓRIODE CASAL
A
A
A
B SALA DEESTAR
DESCE
TOALETE DESPENSACOZINHA
SALA DE ESTAR ÍNTIMO
SALA DE JANTAR
VESTÍBULOAR-MÁ-RIO
APAVIMENTO TÉRREO ESCALA: 1:130
B
PROJETE A ESCADANESTA ÁREA
BANHEIRODE CASAL
A LOCALIZAÇÃO DESTAPAREDE É VARIÁVELCONFORME O PROJETODA ESCADA
Karlen_Suplemento.indd 167Karlen_Suplemento.indd 167 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
168 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
CORTE BBESCALA APROXIMADA: 1:100
NÍVEL DA SALA DE ESTAR
PAVIMENTO TÉRREO
SEGUNDO PAVIMENTO
CORTE AAESCALA APROXIMADA: 1:100
PAVIMENTOTÉRREO
SEGUNDOPAVIMENTO ÁREA
DA NOVAESCADA
FIG
URA
: CW
–12
EXER
CÍCI
O D
E PR
OJE
TO D
E ES
CADA
2
Karlen_Suplemento.indd 168Karlen_Suplemento.indd 168 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
169Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
O contexto deste exercício de projeto de escadas é um prédio universitário de
ciências com cinco pavimentos, que inclui salas de aula, laboratórios, escritórios e
dois grandes auditórios no térreo. Há duas escadas de incêndio obrigatórias nas
extremidades do corredor em L. A edificação tem uma estrutura de aço simples
com sistema de piso de perfis I de aço e uma laje de concreto moldado in loco
de 7,5 cm, com formas de aço incorporadas (steel deck). As paredes da escada
enclausurada devem ter duas horas de resistência ao fogo. As duas escadas de-
vem levar diretamente para o exterior, sendo que, no caso da Escada No. 1, isso é
mais fácil devido à sua localização na extremidade da edificação. Apesar do núcleo
central de elevadores, é preciso considerar que as escadas serão muito usadas to-
dos os dias, e não servirão somente para fins emergenciais. Embora seja possível
construí-las em concreto, deve-se pressupor que as escadas serão feitas de aço,
como costuma ocorrer nesse tipo de prédio. Observe que, nos pontos de entrada
de ambas as escadas, há espaço suficiente para um grande patamar. Além disso,
note que a Escada No. 2 deve ter saída para o exterior a partir do corredor do
pavimento térreo – e também para os usuários que vêm de cima. A altura entre os
pisos dos pavimentos tipo é 3,65 m. A altura entre a laje do pavimento térreo e a
do segundo pavimento é 4,85 m; os pés-direitos variam conforme as necessida-
des de uso de forro (plenos).
PARTE A – Planeje e projete uma escada para as Condições No. 1 e No. 2, lem-
brando-se de que elas precisam ser muito parecidas acima do pavimento térreo.
A Condição No. 2 possibilita a entrada de muita iluminação natural por meio da
colocação de janelas nas paredes ao norte e ao oeste. Desenhe as plantas baixas
das duas escadas e, no mínimo, um corte de cada escada nas escalas de 1:50
ou 1:75.
PARTE B – Conclua o projeto das escadas acrescentando os detalhes necessá-
rios, como pisos, espelhos e guarda-corpos; além disso, encontre uma solução
esquemática para o projeto de iluminação e selecione todos os materiais. Faça um
corte detalhado pela escada na escala de 1:20. Faça os detalhes do guarda-corpo
na escala de 1:5.
Exercício 3
Karlen_Suplemento.indd 169Karlen_Suplemento.indd 169 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
170 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
ALTERNATIVA 2
ALTERNATIVA 1
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
LABO-RATÓRIO
SALA DE REUNIÕES
SALA DOS ALUNOS
SANITÁRIO FEMININO
SALA DE AULA
SALA DE AULA
LABO-RATÓRIO
LABO-RATÓRIO
LABO-RATÓRIO
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
ÁREA DA
ÁREA DA NOVA ESCADA
AUDITÓRIO GRANDE
SAGUÃO DOS
ELEVADORES
90 CM254 CM
60 CM285 CM
488 CM
365 CM
SEM ESCALAPLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA
CORTE AASEM ESCALA
EXERCÍCIO DE PROJETO DE ESCADAFIGURA: CW–13
5
SANITÁRIOMASCU-
LINO
NOVAESCADA
PAVIMENTOTIPO TYP
Karlen_Suplemento.indd 170Karlen_Suplemento.indd 170 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
171Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
SALA DE AULA
610
CM
ÁREA DA NOVA
ESCADA
ÁREA DA NOVA ESCADA
234 CM
SALA DE REUNIÕES
SALA DE AULA
223.
5 CM
ALTERNATIVA 2ESCALA APROXIMADA: 1:130
ALTERNATIVA 1ESCALA APROXIMADA: 1:130 EX
ERCÍ
CIO
DE
PRO
JETO
DE
ESCA
DA3
FIG
URA
: CW
–13
Karlen_Suplemento.indd 171Karlen_Suplemento.indd 171 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
172 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
O contexto deste exercício de projeto de escada é um edifício de sete pavimentos,
que foi projetado para acomodar um instituto internacional de pesquisa e um labo-
ratório de ideias. A escada central foi criada para ser tanto um veículo de interação
pessoal como um meio de circulação vertical no interior da edificação. Sua locali-
zação central está associada à capacidade de oferecer vistas para o exterior, além
de um descanso em relação aos limites da edificação. A área que fica dentro da
linha circular tracejada não busca sugerir o formato da escada, mas indica a loca-
lização genérica de um anexo ao edifício. Aproveite essa oportunidade e crie uma
solução de projeto mais ousada, já que há espaço suficiente para ser generoso em
termos de largura da escada, tamanho dos patamares e altura reduzida dos de-
graus. As paredes externas adjacentes à escada não precisam, necessariamente,
ser feitas a partir do mesmo material de tijolo aparente encontrado nas demais pa-
redes externas. Ainda que possa ser fechada por portas em todos os pavimentos,
a escada também pode permanecer aberta, atendendo às exigências do Código
de Edificações dos Estados Unidos (IBC) no que se refere aos sistemas de retirada
de fumaça e/ou sistemas de ventilação interna. Todas as alturas entre lajes são
3,85 m; os pés-direitos variam de acordo com as necessidades de plenos.
PARTE A – Estude e projete uma escada para este contexto. Tire proveito da falta
de limitação espacial. Desenhe as plantas baixas e no mínimo um corte nas esca-
las de 1:50 ou 1:75.
PARTE B – Conclua o projeto das escadas acrescentando os detalhes necessá-
rios, como pisos, espelhos e guarda-corpo; além disso, encontre uma solução
esquemática para o projeto de iluminação e selecione todos os materiais. Apesar
da área envidraçada que é possibilitada pelas paredes de fechamento, não se
esqueça da necessidade de iluminação noturna. Faça pelo menos um corte deta-
lhado da escada na escala de 1:20. Faça os detalhes do guarda-corpo na escala
de 1:5.
Exercício 4
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173Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
EXERCÍCIO DE PROJETO DE ESCADA4FIGURA: CW–14
ÁREA DANOVA ESCADA
A
A
A
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA DO PAVIMENTO TIPOSEM ESCALA
SAGUÃO DO 5o. PAVIMENTO
SAGUÃO DO 4o. PAVIMENTO
SAGUÃO DO 3o. PAVIMENTO
SAGUÃO DO 2o. PAVIMENTO
SAGUÃO DE ENTRADA
370
CM(P
AVIM
ENTO
TIPO
)
370
CM(P
AVIM
ENTO
TIPO
)
CORTE AAESCALA: 1:200
PISOEM VISTA
ÁREADA NOVAESCADA
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174 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
ESCADA DE INCÊNDIO CON-VENCIONAL
ÁREA DA NOVA ESCADA
SAGUÃO DE ENTRADA
FIG
URA
: CW
–14
EXER
CÍCI
O D
E PR
OJE
TO D
E ES
CADA
4
A
A
A
E SAGUÕES DOS PAVIMENTOS SUPERIORES
PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREOESCALA: 1:200
Karlen_Suplemento.indd 174Karlen_Suplemento.indd 174 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
175Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
O contexto deste exercício de projeto de escada é um condomínio de casas ur-
banas sem recuos laterais cuja construção é convencional nos Estados Unidos;
elas têm paredes externas de alvenaria e um sistema de piso com barrotes de
madeira, além de chapas de aglomerado e forro de gesso cartonado. As casas
não possuem porões. Conforme mostramos na figura em anexo, a altura do forro
inclinado da sala de estar varia de 2,35 m na extremidade norte do compartimento
a 4,90 m na extremidade sul. Observe que o Corte AA indica as claraboias em re-
lação à cobertura. A escada solta que conecta o pavimento térreo ao vestíbulo de
dormitório do segundo pavimento deve ficar dentro da área do círculo tracejado,
que se encontra na quina sudeste da sala de estar. Dê condições de segurança
no corredor do segundo pavimento, dando continuidade ao corrimão da escada
e transformando-o em guarda-corpo ao longo do corredor que dá para a sala de
estar com pé-direito duplo. Como alternativa de projeto, é possível conectar a es-
cada (seja parcialmente ou por completo) à parede leste da sala de estar. A altura
do pé-direito do pavimento térreo é 2,60 m; a espessura total da laje do segundo
pavimento é 30 cm.
PARTE A – Planeje e projete a nova escada. É possível reposicionar as janelas que
se encontram na parede leste da sala de estar, bem como as claraboias que ficam
acima dela, a fim de obter a condição de iluminação natural ideal para a escada.
Faça uma planta baixa e um corte geral nas escalas de 1:50 ou 1:75.
PARTE B – Conclua o projeto das escadas acrescentando os detalhes necessá-
rios, como pisos, espelhos e guarda-corpos; além disso, encontre uma solução
esquemática para o projeto de iluminação e selecione todos os materiais. Desenhe
o corte detalhado da escada na escala de 1:20 ou 1:10. Faça os detalhes do
guarda-corpo na escala de 1:5.
Exercício 5
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176 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
BA-NHEIRO
CLO-SET
BANHEIRO DODORMITÓRIODE CASAL
DORMITÓRIODE CASAL
B
B
EXERCÍCIO DE PROJETO DE ESCADAFIGURA: CW–15
5 A
VÃO
ÁREADA NOVAESCADA
DORMITÓRIO2 DORMITÓRIO
1
SEGUNDO PAVIMENTOESCALA: 1:200
SALA DE ESTAR
ÁREADA NOVAESCADA
SALA DEJANTAR
COZINHA
LAVANDERIA
TOALETE
PAVIMENTO TÉRREOESCALA: 1:200
PÁTIO
BB
A
A
B B
A
MURETADE TIJOLO
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177Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
ÁREA DA NOVA
ESCADA
ÁREA DA NOVA
ESCADA
CORTE AAESCALA APROXIMADA: 1:130
CORTE BBESCALA APROXIMADA: 1:130
EXER
CÍCI
O D
E PR
OJE
TO D
E ES
CADA
FIG
URA
: CW
–15
5
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178 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
O contexto deste exercício de projeto de escada é o saguão de entrada de um
hotel de oito pavimentos, localizado na periferia de uma cidade, que apresenta um
restaurante e um bar no mezanino. Há dois elevadores centrais que atendem ao
mezanino e aos apartamentos acima. As escadas enclausuradas que ficam em
ambos os lados do saguão e do mezanino atendem somente a essas áreas da
edificação; as escadas de incêndio que atendem aos pavimentos de apartamentos
se encontram muito além da estrutura do saguão e do mezanino. A edificação tem
estrutura de aço; o sistema de piso do mezanino é composto por perfis I de aço,
uma laje de concreto com forma de aço corrugado incorporada (steel deck) e um
forro de placas acústicas resistentes ao fogo. A espessura total do piso do me-
zanino é de 60 cm, incluindo o pleno para dutos e instalações. Uma escada solta
que conecta o térreo ao mezanino deve ser construída dentro da área limitada pela
linha tracejada, que é mostrada na planta baixa em anexo. A altura de laje a laje
entre o pavimento térreo e o mezanino é de 3,0 m. O proprietário do hotel solicitou
uma escada especial, capaz de valorizar esse ambiente de luxo.
PARTE A – Planeje e projete uma escada escultórica para a área designada. Faça
uma planta baixa e um ou dois cortes nas escalas de 1:50 ou 1:75.
PARTE B – Conclua o projeto da escada acrescentando os detalhes necessá-
rios, como pisos, espelhos e guarda-corpo; além disso, encontre uma solução
esquemática para o projeto de iluminação e selecione todos os materiais. Desenhe
o corte detalhado da escada na escala de 1:20 ou 1:10. Faça os detalhes do
guarda-corpo na escala de 1:5.
Exercício 6
Karlen_Suplemento.indd 178Karlen_Suplemento.indd 178 16.04.10 14:16:3316.04.10 14:16:33
179Fundamentos de Projeto de Escadas || ||
BAR
ÁREA DA NOVA ESCADA
ÁREA DA NOVA ESCADA
VÃO VÃO
RESTAURANTE
GUARDA-CORPO
CENTRO DE CONFERÊNCIAS
SAGUÃO ÁREA DE CIRCULAÇÃO
RECEPÇÃO
FLOREIRAPROJEÇÃO DO MEZANINO
SALA DE ESTAR
ADMINISTRAÇÃO DO HOTEL E RESTAURANTE
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA DO NÍVEL DE ENTRADASEM ESCALA
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA DO MEZANINO
SEM ESCALA
EXERCÍCIO DE PROJETO DE ESCADA6FIGURA: CW–16
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180 || Planejamento de Espaços Internos com Exercícios
ÁREA DA NOVA ESCADA
ÁREA DA NOVA ESCADA
ÁREA DA NOVA ESCADA
ÁREA DA NOVA ESCADA
VÃO
NÍVEL DO MEZANINOSEM ESCALA
VÃORESTAURANTE
CENTRO DE CONFERÊNCIAS
CORTE BBESCALA APROXIMADA: 1:200
RECEPÇÃO
SAGUÃO
NÍVEL DA ENTRADASEM ESCALA
ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO
RECEPÇÃO
ÁREA DE
CIRCU-LAÇÃO
RESTAURANTE
MEZANINO
CORTE AAESCALA APROXIMADA: 1:200
PLANTA BAIXA ESQUEMÁTICA DO PRÉDIOSEM ESCALA
FIG
URA
: CW
–16
EXER
CÍCI
O D
E PR
OJE
TO D
E ES
CADA
6
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