Senior's in action
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Curso: Mestrado Gestão de Serviços de Clientes
Trabalho elaborado para a Unidade Curricular: Experiências de Consumo
Data: Ano Lectivo 2010 / 2011
Docente: Doutorando Américo Mateus
“SENIOR’S IN ACTION”
Hugo Miguel Soares Pereira; João Paulo Emerenciano Teixeira; Nuno Gonçalo Gomes da Silva
Tasso de Figueiredo; Sandra Sequeira; Cátia Reis
RESUMO: Tendo por base o modelo apresentado por David AaKer no livro Brand Leadership designado Brand Identity model, e a partir de uma visão que se pretende original e que corresponda a uma nova oportunidade de negócio
ou a uma necessidade por satisfazer, apresentamos um conceito de negócio onde se insira a cooperação e uma área que seja benéfica à sociedade e onde se vai incorporar nas conclusões algumas tendências do comportamento do consumidor.
ÍNDICE
1.
Abstract.................................................................................................
..................................4
2.
Metodologia...........................................................................................
.................................4
3. Modelo Teórico “ Brand Identity” de David
Aaker........................................................4
4. Aplicação do Modelo “ Brand Identity” de David
Aaker...............................................5
4.1.
Consumidores........................................................................................
......................................6
4.2.
Concorrência.........................................................................................
.......................................7
4.3. Auto-
Análise...................................................................................................
..............................7
4.4. Sistema de Identidade de
Marca..........................................................................................7
4.5. Identidade da
Marca.....................................................................................................
.........8
Experiências de Consumo 2
4.5.1.Marca como
produto..................................................................................................
..........8
4.5.1.1. Descrição do
Produto..................................................................................................
.......10
4.5.1.2. Utilização do
produto..................................................................................................
.......10
4.5.1.3. País de
Origem...................................................................................................
.................10
4.5.2.Marca e estrutura
organizativa..........................................................................................
11
4.5.2.1. Empresa e
localização.............................................................................................
............11
4.5.3.Personalidade da
Marca.....................................................................................................
.11
4.5.3.1. Relações da marca com os
clientes...................................................................................12
4.5.4.Marca como
Simbolo .................................................................................................
.......12
4.5.4.1. Imagem e
metáforas...............................................................................................
.............13
4.5.4.2. Herança......................................................
…......................................................................13
Experiências de Consumo 3
4.6. Proposta de
Valor......................................................................................................
.........13
5. “SENIOR’S IN ACTION” Mind Map..............………....
………………...............14
6. Arquitectura da
Marca.....................................................................................................
...15
6.1. Portefólio da marca
(hierarquia).......................................................................................16
6.2. Função das marcas no
portfolio.......................................................................................16
6.3. O contexto /
mercado.................................................................................................
.......17
6.4. A estrutura do portefólio
(relação)...................................................................................17
6.5. O Grafismo do
portefólio...............................................................................................
..18
7. Acções Futuras e
Conclusões……...................................................................................19
8. Bibliografia &
Netgrafia................................................................................................
.....20
9. Anexos – Entrevistas a Parceiros e
Séniores..................................................................21
Anexo 1 – guião Entrevista a um representante de uma entidade
pública..............................22
Experiências de Consumo 4
Anexo 2 – guião de perguntas efectuadas a
séniores..................................................................25
Anexo 3 – Respostas a entrevista (entidade pública) e questões
efectuadas a séniores.........26
Anexo 4 – dados
estatísticos.............................................................................................
..............27
Anexo 5 – Pensionistas vão perder até 0,9% do
rendimento....................................................28
Anexo 6 – BRUTO DA COSTA - PRESIDENTE DA COMISSÃO
NACIONAL JUSTIÇA E
PAZ .......................................................................................................
......................29
Experiências de Consumo 5
1. ABSTRACT
Based on the model presented by David Aaker in his book
Brand Leadership designated Brand Identity model, and for a vision
that pretends to be original, which corresponds to a new business
opportunity or a need to satisfy, we present a business concept
where social cooperation benefit fits and on the conclusion
incorporate some consumer behaviour trends.
2. METODOLOGIA
O método de pesquisa que foi adoptado englobou a consulta a
dados secundários (diversas páginas da internet e diversa
documentação) ligados ao tema em análise assim como se fez uma
pesquisa exploratória através de entrevista e inquérito de rua no
sentido de considerar as hipóteses e obter uma visão clara acerca
dos objectivos que estão subjacentes à criação de uma marca,
produto ou serviço com fundamentação através do modelo Brand
Identity de David Aaker e publicado na obra Brand Leadership.
Os dados secundários foram recolhidos e através do
cruzamendo dos mesmos com os resultados da pesquisa exploratória,
enquadrando-os com o modelo acima mencionado assim como com
as têndencias do comportamento do consumidor, ficou-se com uma
ideia abrangente do tema. O trabalho desenvolveu-se após reflexão
sobre os conteúdos e resultados obtidos.
Experiências de Consumo 6
3. MODELO TEÓRICO “Brand Identity de David
Aaker”
Segundo Aaker (1996), a construção sistemática de uma marca
deve começar pelo processo de análise estratégica, o que
compreende uma análise ambiental, definida como: um estudo do
consumidor, da concorrência e uma auto-análise. Isto é, deve incluir
uma investigação interna e externa, que permita definir os traços da
identidade da marca em função das características da empresa em
si, e das promessas que tem possibilidade de manter; em função das
particularidades dos clientes-alvo, suas expectativas e necessidades;
e em função dos traços definidores da concorrência, na procura de
uma diferenciação.
1 “Brand Identity de David Aaker”
1Fonte: Aaker’s Brand Identity Planning Model Experiências de Consumo 7
4. APLICAÇÃO DO MODELO BRAND IDENTITY
MODEL DE DAVID AAKER AO MODELO DE NEGÓCIO
PRECONIZADO
Tendo por base o modelo mencionado apresentamos um
conceito de marca/serviço ou produto estruturado segundo o modelo
proposto. Pretendeu-se elaborar uma análise estratégica da marca
(consumidores, concorrência e auto análise), assim como um sistema
de identidade de marca com a respectiva proposta de valor.
Experiências de Consumo 8
4.1. CONSUMIDORES
Em resposta a questões sociais cada vez prementes pensou-se
num projecto que reutiliza a sabedoria e a experiência dos
“séniores” de uma forma produtiva e com algum relevo social.
No que diz respeito aos consumidores poderemos
segmentá-los, de duas formas:
• Directos – Quem vai usufruír a nossa oferta será, na óptica do
B2B, o consumidor dos serviços prestados pela nossa empresa às
empresas que o vêem como uma mais valia na promoção das suas
actividades. Ou seja, contratam força de trabalho temporária
mas experiente e com uma relação custo benefício
interessante, com uma mais valia social inestimável.
Quem são? Munícipios, empresas, associações. Ou seja quem tem
necessidade de mão de obra temporária com custos atractivos e com
um vincúlo social de relevo.
• Indirectos – O Estado, Segurança Social, Munícipios, Sistema
Nacional de Saúde. Ou seja, quem beníficia também através da
sua promoção (Dividendos Políticos, Redução de Custos
Associados à terceira idade, .
Quem são? Todas as entidades públicas que ajudarão a promover a
inclusão, reduzir custos de saúde, combater a frustração, solidão e a
insatisfação aproveitando recusros disponíveis.
4.2. CONCORRÊNCIA
Nesta fase, e daquilo que conhecemos, é um serviço quase
inexistente no nosso país. O que se pretende dizer é que
concorrência intratipo é praticamente nula.
Experiências de Consumo 9
No entanto, e de uma forma objectiva, poderemos afirmar que
existe concorrência Intertipo.
O que queremos dizer é que embora não exista oferta igual,
existe oferta idêntica no seu âmbito geral.. Essa oferta pode ser
efectuada por empresas de serviços temporários ou de recrutamento
direccionadas para determinados objectivos.
4.3. AUTO ANÁLISE
A “Senior’s in Action” constituíndo como o nosso objecto de
pesquisa a oferta de um serviço, caracterizada pelo cariz social
e de utilidade pública, bem como na flexibilidade e
abragência.
Por ser uma solução que poderá ser incorporada na
comunicação das organizações públicas e privadas porque o
tema “Responsabilidade Social” está na ordem do dia, consideramos
esta solução acessível para uma adesão rápida e económica visto o
seu elevado grau de inovação e notoriedade associada.
4.4. SISTEMA DE IDENTIDADE DE MARCA
Quanto à comunicação de marca e projecção da sua imagem no
mercado. Sobre a comunicação, considera Aaker (1996) que, depois
de identificadas as dimensões centrais, deveremos atender à
proposta de valor que a marca encerra, preparar os elementos de
credibilidade a incluír e estabelecer as bases de
relacionamento com os públicos.
Antes de proceder à comunicação com o (s) público (s)
consumidor (es), a marca deve identificar qual a sua proposta de
valor. Em função dessa proposta de valor, a marca deve procurar os
elementos que facultem credibilidade à sua promessa, e que
Experiências de Consumo 10
funcionem bem do ponto de vista de projecção no consumo. Pelo
produto e pela comunicação.
Relativamente ao produto, é fundamental que este expresse os
benefícios funcionais da marca/serviço/produto, pelo que a
utilização de mão de obra especializada com cariz social
cumpre os objectivos.
Quanto à comunicação, as opções de meios reflectem a
intenção de propagar, fazer memorizar e conduzir à adesão dos
benefícios emocionais e auto-expressivos. Comunicação
estabelecendo parcerias com os media e entidades políticas, vão ao
encontro do objectivo pretendido e da imagem que se quer passar
“Os Seniores São Úteis” a expressão do seu valor mais forte é a de
cariz social e de inclusão.
Quanto á idêntidade da marca, a mesma deverá tentar reflectir
através do seu logotipo o seguinte:
• Missão – Inclusão e promoção social aliada à rentabilidade
combinada com a necessidade dos utilizadores. Promover a ocupação
do tempo, aproveitamento de recursos e sentimento de utilidade
versus a excelência e o profissionalismo.
• Visão da Marca – Revolucionar a mão de obra temporária com
um cariz social.
• Valores da Marca – Rentabilidade, exclusividade,
participação, preocupação social.
Proposta de Logotipo:
Experiências de Consumo 11
As instalações da empresa e a sua localização, também deverão
ir ao encontro da imagem e dos valores que estão associados à
marca e que possa de alguma forma fortalecer a imagem.
4.5. IDENTIDADE DA MARCA
4.5.1. MARCA COMO PRODUTO
A empresa através do seu nome “SENIOR’S IN ACTION” e da
sua representação gráfica - comunicará a "promessa" de um
produto(s), e a diferença face aos concorrentes. Buscará associar à
marca e ao seu portefólio uma personalidade ou uma imagem
mental. Assim, pretende marcar a imagem na mente do consumidor e
dos parceiros, isto é, associar a imagem ao cariz social da oferta. Em
função disto, a “SENIOR’S IN ACTION” pode formar um importante
elemento temático para o mercado. Possui vários níveis de
significado, entre eles cultura, atributos ou benefícios. É
fundamental entender que o conceito é mais intangível do que
tangível, pois essencialmente estaremos a falar de serviços.
Experiências de Consumo 12
A “SENIOR’S IN ACTION”, é associada a um conjunto de
supostos benefícios conferidos aos serviços, na medida em que dá
garantias aos consumidores sobre a sua qualidade. Quanto aos
valores a praticar estão intrínsecamente ligados ao cariz social
e a uma oferta baseada nesses pressupostos.
O valor da “SENIOR’S IN ACTION” pretende-se forte e bem
conhecido no mercado.
Outro aspecto igualmente relevante refere-se à possibilidade
de gerar negócio adicional alicerçado no bom nome da “SENIOR’S
IN ACTION” assim como da competencia dos seus profissionais
(parcerias). Uma vez implantada e enraízada no mercado torna-se
muito mais fácil agregar novos produtos ou serviços à mesma, ou
garantir o sucesso que resulta da substituição de um tipo de oferta.
A marca criará valor para os consumidores porque :
Fará “contratos” entre a empresa e os seus clientes, para
garantir um nível de qualidade independentemente da forma
de distribuição ou utilização dos recursos;
Identificará a empresa, produto ou serviço, facilitando o
reconhecimento e a fidelização; e diferencia dando sentido ao
portefólio.
Por outro lado, para a empresa a marca e a sua oferta
Constitui um valor comercial, sendo o cariz social uma
vantagem concorrencial quer por os potenciais clientes e
parceiros se ligarem mais a actividades com alguma relevancia
social, o que pode permitir alavancar o marketing garantindo
sustentabilidade;
Experiências de Consumo 13
Constitui um valor institucional, com efeitos positivos ao nível
de atracção e retenção de colaboradores ao nível da vertente
comunicacional da empresa.
4.5.1.1. DESCRIÇÃO DO(S) PRODUTO(S)
O produto, ou a oferta, poderá considerar-se como “Know
How”, ou seja, fundamentalmente será uma força de trabalho
experiente e motivada conjugada com o facto de aproveitar
recursos existentes e abundantes. Utiliza os Seniores numa forma
de parceria “win win” em plataformas de entendimento e
comunicação onde os promotores / utilizadores têm tudo a ganhar:
Relevância por participar em projectos sociais;
Contribuír para a inclusão na sociedade de uma faixa
etária cada vez mais relevante;
Utilização de recursos capazes onde a relação custo
benefício é vantajosa;
Minimizar factores associados a uma terceira idade
inactiva (saúde)
4.5.1.2. UTILIZAÇÃO DO(S) PRODUTO(S)
A “SENIOR’S IN ACTION” e o seu portefólio farão parte de
uma oferta, que embora repartam os mesmos recursos, se podem
dividir em vários tipos. Os mesmos, dada a flexibilidade organizativa
assim como a transversalidade da sua oferta, poderão variar de
acordo com os inputs obtidos nos “briefings”.
Gestão de projectos, parcerias e recursos
Gestão da oferta e integração
Procurement
Formações
FicalizaçãoExperiências de Consumo 14
Outros...
4.5.1.3. PAÍS DE ORIGEM
A origem da marca será Portuguesa a operar no mercado
Nacional. O projecto reconhece a viabilidade de participar em
projectos externos no âmbito das parcerias e do crescimento.
4.5.2. MARCA E ESTRUTURA ORGANIZATIVA
Na “SENIOR’S IN ACTION” podemos considerar uma tipologia
funcional (local) transversal a todo o portefólio, divide-se em
departamentos ou áreas e está subdividida na parte Comercial,
Criatividade, Técnico e Financeiro.
Na nossa opinião, esta estrutura funcional é a mais indicada ao
tipo de empresa que se pretende pois garante a eficácia e eficiência
que se pretende. A “SENIOR’S IN ACTION” aplica esta estrutura
pois esta permite melhorar a coordenação de actividades, assim
como a qualidade e rapidez na tomada de decisão, melhorando a
capacidade de avaliação e de desempenho dos gestores.
O tipo de estrutura está construído em torno de três elementos
principais:
Uma visão comum – dada a estratégia transversal do
portefólio e estrutura comum.
Um objectivo comum - Para impedir … para detectar … e
responder a qualquer “problema”.
Uma estratégia comum - Para executar os processos básicos
que nos permitem realizar nossa visão e nossos objectivos a fim
Experiências de Consumo 15
de manter a cultura da empresa transversalmente a todas as
áreas de actuação.
4.5.2.1. EMPRESA E LOCALIZAÇÃO
As instalações, conforme já acima mencionado no ponto 4.4.,
da empresa e a sua localização, também deverão ir ao encontro da
imagem e dos valores que estão associados à marca.
4.5.3. PERSONALIDADE DA MARCA
Haverá a necessidade de um bom relacionamento entre a
marca e os públicos alvo, os parceiros e um recrutamento não
mercantilista. Uma marca com personalidade tende a atrair mais
fácilmente o consumidor e, consequentemente, gerar o retorno
financeiro. A empresa vai desenhar a personalidade da sua oferta
conforme as características dos seus consumidores, só assim se
conseguirá o feedback desejado.
A Personalidade da marca é uma das formas de fidelizar os
clientes. A “SENIOR’S IN ACTION” será a soma intangível dos
atributos da sua oferta; nome, preço, história, reputação e a
forma como será promovida. A “SENIOR’S IN ACTION” também
será definida pelas impressões dos consumidores sobre as pessoas
que a usam; assim como pela sua própria experiência pessoal. Será
um grande desafio!
4.5.3.1. RELAÇÕES DA MARCA COM OS CLIENTES
A marca e o seu portefólio/oferta deverá estar ajustada ao
protfólio dos clientes, ou seja, flexível para ir ao encontro das
necessidades dos mesmos. Deverá também ter em conta o tempo
médio de vida útil dos clientes (fidelização á marca). O plano de
Experiências de Consumo 16
Marketing deverá ser efectuado em função dos clientes e não da
marca.
A marca e a gestão da carteira de clientes contribuem de
forma diferente na criação de valor. A “SENIOR’S IN ACTION”
facultará o seu “Know How” e a gestão da carteira de clientes
facultará os inputs acerca do que o
cliente/consumidor/parceiro efectivamente necessita.
A marca será apenas uma das componentes na oferta de valor,
ou seja, parte da criação de valor no cliente e não o seu objecto.
Neste caso a “SENIOR’S IN ACTION” actuará,
maioritáriamente em B2B e em dois segmentos distintos. Por
outro lado o portefólio da marca também facultará a flexibilidade
necessária de abordar cada projecto de forma distinta e diferenciada.
Serão estabelecidas em paralelo parcerias com empresas e
entidades públicas, e os clientes directos e indirectos estarão
cientes das redes de relações realizadas pela empresa. A convicção,
interna e externa, terá que ser baseada também na visibilidade que
as parcerias acrescentam à oferta final reforçando a proposta
de valor.
4.5.4. MARCA COMO SIMBOLO
A “SENIOR’S IN ACTION” teve a preocupação de, quer com o
seu simbolo assim como dos simbolos associados a seu portefólio, de
estar equadrada com os seguintes pressupostos:
Marca - Nome, expressão, forma gráfica, que individualiza e
identifica a empresa, o seu portefólio ou a sua oferta.
Logomarca - Marca que reúne graficamente letras do nome
da empresa e elementos formais puros e abstratos.
Experiências de Consumo 17
Logotipo - Grupo de letras fundidas num só tipo, formando a
palavra, representativa da marca comercial.
Símbolo-marca - Símbolo gráfico, geométrico ou figurativo,
utilizado como marca; marca-símbolo; símbolo-marca.
4.5.4.1. IMAGEM E METÁFORAS
Estamos hoje perante mercados sobrepovoados de sinais de
distinção que procuram, a todo o custo, atingir a memória dos
consumidores. Neste contexto, as marcas têm constituído fontes de
valor acrescentado para as empresas e os seus clientes, promovendo
a diferenciação e o apelo ao consumo. Um dos pilares desse capital-
marca assenta na imagem positiva, ou percepção favorável que
conseguem estimular na mente dos públicos-alvo.
Os conceitos marca, valor e imagem, terão que incidir na forma
como a percepção da marca se pode traduzir em valor
simbólico e económico.
4.5.4.2. HERANÇA
Pensamos que por enquanto a questão da Herança não se
coloca na “SENIOR’S IN ACTION” dado que, sob a prespectiva da
herança, as siglas são “hereditárias”, transmitidas por “herança” ou
por compra de uma marca, têm simbolismos associados (positivos e,
ou, negativos) e só os “herdeiros” ou os que compraram a marca
podem usar ou usufruír. No entanto, e relativamente a este tema,
poderemos dar o enfoque da herança “competencia” trazida
pelos seus profissionais!
4.6. PROPOSTA DE VALOR
Proposta de valor acrescentado intégra, em função das
necessidades apresentadas pelo consumo e de forma a ser distinta
Experiências de Consumo 18
da concorrência, práticamente inexistente (por enquanto). Essa
proposta assenta numa primeira fase nos benefícios funcionais e
sociais, emocionais e auto-expressivos representados pela inovação
marca/produto/serviço de cariz social. Sugere-se a qualidade
superior do produto / comunicação / criatividade, como vectores
principais da sua proposta de valor funcional. Capacidade de
satisfazer as necessidades do (s) seu (s) target (s). O cariz social, e
a operacionalidade e a promoção como benefícios emocionais,
e também particulares e motivadores do mercado. E finalmente
o prestígio como benefícios auto-expressivos dada a utilização
de recursos existentes e disponíveis.
Complementando, a proposta única de valor global transforma
o “core business” da empresa num conjunto de credênciais
objectivas que permitem melhorar a cadeia de valor. Assim sendo as
variáveis de Marketing de maior significado serão:
Reputação da Empresa
Desempenho da oferta; soluções e serviços
Marcas ajustadas ao portefólio dos clientes
Desenvolvimento de parcerias públicas e privadas
5. MIND MAP
Experiências de Consumo 19
6. ARQUITECTURA DA MARCA
Para Aaker (1991) o “brand equity” pode ser agrupado em
cinco dimensões ou categorias:
Conhecimento do nome da marca : Uma marca conhecida
tem maior possibilidade de ser
Competitiva, uma marca conhecida terá sempre vantagem
sobre uma desconhecida.
Lealdade à marca: Fidelizar o consumidor relativamente a
uma determinada marca, produto ou categoria pode-se
entender como um dos maiores objectivos de qualquer
empresa.Uma vez esta presente, a força da marca cresce, ao
passo que a atractividade para os concorrentes investirem
diminui.
Qualidade percebida ou percepcionada: A percepção da
qualidade da marca interfere directamente na escolha e
preferência dos consumidores. Além da possibilidade de ter Experiências de Consumo 20
preços mais elevados, este valor ainda permite uma extensão
da marca para outros produtos.
Associações da marca: O valor de uma marca está também
associada a um conjunto de ligações estabelecidas na mente de
seus consumidores, o que pode também interferir na sua
simpatia/preferência pela marca.
Outros activos da empresa: Relações com os canais de distribuição
que constituem outros activos que a empresa pode possuír a fim de
agregar valor e/ou proteger sua marca.
6.1. PORTEFÓLIO DA MARCA (HIERARQUIA)
Iremos sub-dividir o negócio em várias áreas de actuação:
Experiências de Consumo 21
6.2. FUNÇÃO DAS MARCAS NO PORTEFÓLIO
O gestor de portefólio de marcas precisa de três tipos de
ferramentas:
Uma visão do valor que pretende criar e um leque claro de
objectivos de desempenho.
Diretrizes estratégicas para o portefólio geral.
Um conjunto específico de ferramentas de trabalho e de
abordagens tácticas para melhorar o desempenho do
portefólio.
No caso da “SENIOR’S IN ACTION” e o seu portefólio (sub-
marcas) “SENIOR’S IN ACTION Procurement”, “SENIOR’S IN
ACTION Partnership” e “SENIOR’S IN ACTION Audit and Training”
Experiências de Consumo 22
a função das mesmas tem a ver com a gestão de cada área de
actividade com maior eficácia, ou seja, um enfoque naquilo que é a
sua área de actuação embora as bases sejam comuns,“utilização de
mão de obra especializada e competitiva .
6.2. O CONTEXTO / MERCADO
Naquilo que diz respeito á “SENIOR’S IN ACTION” e o seu
portefólio, o contexto e o mercado têm exclusivamente a ver
com a inovação ao nível da gestão e exploração da oferta,
utilizando parcerias públicas e privadas que, poderão
representar uma mais valia para empresas da área sem grande
vocação para essa abordagem assim como para clientes finais
que ficam com soluções “feitas á medida das suas
necessidades”.
6.3. A ESTRUTURA DO PORTEFÓLIO (RELAÇÃO)
As ofertas foram agrupadas numa arquitectura que procura
organizar o portefólio segundo um critério lógico, compreensível
claramente pelos diferentes stakeholders, buscando a organização
sob uma perspectiva externa, baseada nas necessidades dos clientes,
e não na estrutura organizacional. Para isso foi adoptada a estrutura
matrícial, considerando a relação empresa-mercado, definindo
para o mercado e as suas necessidades, as oferta da
“SENIOR’S IN ACTION” e o seu portefólio de uma forma
consolidada e as suas soluções específicas.
Actualmente a Sociedade não consegue assimilar o volume de
conhecimento e tecnologia criados por entidades académicas e
empresas. A visão, do mundo no geral e epresarial no particular, da
“SENIOR’S IN ACTION” está ligada à transformação e a
conscialização acerca da responsabilidade social do no
Experiências de Consumo 23
cotidiano das pessoas e do mercado. E as “forças da marca”,
foram:
Paixão/ Vocação - A paixão pela aplicação do conhecimento e
a cooperação a favor do “homem” e do mercado.
Cooperação - Cooperar, colaborar, ajudar e apoiar. Somente a
cooperação explícita e constante pode manter um ambiente criativo
nesta área de negócio onde a cooperação entre os mais diversos
actores é fundamental (recursos, parcerias e clientes).
Imparcialidade - Fruto da sólida formação académica dos
seus colaboradores, a imparcialidade e a isenção face a situações de
conflicto entre clientes e concorrentes permitem actuar com
liberdade e fiabilidade em todo o mercado.
Portugal - Quer seja no momento de criar e consolidar a infra-
estrutura interna ou de apoiar a inserção do país no cenário
competitivo internacional.
Lucro como meio e não como fim - O lucro é uma das
principais variáveis para se medir a eficácia e a competitividade das
empresas. No entanto, para a “SENIOR’S IN ACTION” gerar lucro
não é a única função, pois muitas vezes o lucro de curto prazo não
garante o futuro. Mais do que o lucro, a palavra-chave é “Valor”
para a sociedade em geral.
6.4. O GRAFISMO DO PORTEFÓLIO
A proposta da “SENIOR’S IN ACTION” face ao grafismo do
seu portefólio tem a ver com alguns princípos que se julgaram
fundamentais. Incidiram fundamentalmente na linguagem visual
destacando as características da linguagem icónica, ou seja, a
imagem pretende transmitir a essência da actividade. Em
Experiências de Consumo 24
termos técnicos será necessário conhecer o que está subjacente a
cada área de negócio para depois saber utilizá-la na sua plenitude.
Em todas as componentes está subjacente a planificação e o
desenvolvimento, dada a interligação de todos os factores.
Grafismo moderno nos símbolos e logos são assim
fundamentais, para a estratégia pré-determinada.
7. ACÇÕES FUTURAS & CONCLUSÕES
7.1. ACÇÕES FUTURAS
Depois de confirmar a viabilidade do proejecto em termos de
aceitação social, pelos organismos públicos e privados assim como
observando a vontade generalizada dos “Séniores”, existem alguns
passos fundamentais para operacionalizar os processos que devem
ser tomados em conta:
Segmentar a oferta por área de acção (Limpezas; Auxiliar de
educação; Apoio administrativo; Portarias, etc.);
Verificar os valores da oferta que possam ser atractivos, ou
como valor acrescentado, tanto para quem usa o serviço,
quem o presta e quem o administra;
Recrutamento;
Formação;
Prospecção e promoção;
Estabelecimento de parcerias público-privadas.
Experiências de Consumo 25
7.2. CONCLUSÕES
Séniores (acima dos 65 anos) representam cerca de 17,87% da
população (anexo 4);
Taxa de natalidade (9,40%) é inferior à da de mortalidade
(9,80%) (anexo 4);
Pensionistas perdem constantemente poder de compra
(anexos 5 e 6);
De acordo com Bruno da Costa (anexo 6) as pensões são
baixas; o subsídio de desemprego insatisfatório no montante
ou na duração assim como baixos níveis de escolaridade e
qualificação.
Séniores de acordo com as questões colocadas (resultados em
anexo 3) consideram que um projecto nesta vertente é muito
válido para as questões que os apoquentam, tais como:
a) Sociedade mais justa e solidária (22%);
b) Forma de adicionar uma Compensação monetária a
faixas etárias onde esses recursos são mais escassos
(20%);
c) Inclusão (15%)
d) Combate os problemas de Solidão (15%);
e) Promove o sentimento de Utilidade (9%);
f) Combate os problemas de Frustração e Insatisfação
(8%);
g) Recusos (7%);
h) Fomenta a Mente sã (2%);
i) Experiência (2%).
Pensamos que os responsáveis das entidades público-privadas
(de acordo com entrevista em anexo 1) consideram que um
projecto nesta vertente é muito válido para:
Experiências de Consumo 26
a) Aproveitamento de Recursos disponíveis
b) A Experiência é um contributo positivo
c) O reforço de uma Sociedade mais justa e solidária
d) Na velha máxima mente sã em corpo são, e dados os
recursos escassos no Serviço Nacional de Saúde,
eventualmente contribui para o alívio das taxas de
internamento e de prestação de serviços de saúde;
e) Ajuda a credibilizar as instituíções público-privadas
que se associarem a esta iniciativa, numa sociedade
desconfiada acerca dos verdadeiros propósitos da tão
apregoada aos ventos “Responsabilidade Social”;
f) Num País onde as despesas de Protecção Social
consomem 95,33% dos seus recursos (anexo 4), tudo o
que venha ajudar nessa relação de equilíbrio precário é
positivo.
8. BIBLIOGRAFIA & NETGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
AAKER, J.; JOACHIMSTHALER, E., (2000). ``Brand Leadership'',
Brandweek, February, vol. 41, nº 8
AAKER, D., (1996). Building Strong Brands, New York: The Free
Press.
AAKER, D., (1991). Managing Brand Equity - Capitalizing on the
value of a brand name, New York: The Free Press.
Experiências de Consumo 27
NETGRAFIA
Dnoticias.pt - Bruto da Costa, exclusão social, pobreza -[em
linha], 2010,
http://www.dnoticias.pt/multimedia/video/233541-entrevista-a-
bruto-da-costa [consultado em 16-10-10]
Económico com Lusa - Pensionistas vão perder até 0,9% do
rendimento-[em linha], 2010,
http://economico.sapo.pt/noticias/pensionistas-vao-perder-ate-
09-do-rendimento_104094.html [consultado em 16-10-10]
INE – Dados Estatísticos [em linha], 2010,
http://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_princindic&contexto=pi&selTab=tab0
[consultado em 16-10-10].
Rosa, R. Namorado - Fórum Social Europeu, em Paris, 2003
“Trabalho científico e capital em confronto” [em linha], 2010,
http://resistir.info/rui/trabalho_cientifico_e_capital.html
[consultado em 16-10-10].
Ruão, Teresa - Universidade do Minho - Uma investigação
aplicada da identidade da marca -[em linha], 2010,
http://bocc.ubi.pt/pag/_texto.php3?html2=ruao-teresa-
investigacao-aplicada-da-identidade-da-marca.html [consultado
em 16-10-10]
9. ANEXOS
ANEXO 1 - ENTREVISTA A UM REPRESENTANTE DE UMA
ENTIDADE PÚBLICA OU DE SOLIDARIEDADE SOCIAL
Experiências de Consumo 28
Âmbito da entrevista: Esta entrevista pretende sustentar o
trabalho sobre a viabilidade e sustentabilidade deste projecto
empresarial de cariz social utlizando recursos humanos “Séniores”.
Local da Entrevista:. Centro de dia
Duração da entrevista: 1 hora.
Presentes na entrevista Sector Público: Responsável do
Centro
De acordo com a apresentação de 2Rosa, R. Namorado (2003)
no Fórum Social Europeu, em Paris, 2003 “Trabalho científico e
capital em confronto” ...”a cada vez maior concentração e o poder
das grandes corporações assenta numa ...“estratégia que é
veiculada por governantes, funcionários e tecnocratas dos dois
lados do Atlântico que procuram lavar o cérebro da opinião
pública com sua retórica neoliberal, assumida ou sub-reptícia,
categórica ou dissimulada, construída sobre neologismos tais
como: “responsabilidade social das empresas”, “sociedade
civil” e “stakeholders”, com “diálogo” à mistura.”... Por outro
lado as grandes empresas, assim como algumas pequenas, têm
consciência que a sua reputação tem que ser imaculada ...” a
responsabilidade social das empresas faz parte do discurso
oficial e vai-se instituindo em ordem económico-política, é
necessário que elas velem pela respectiva reputação
empresarial”... logo investem em planos de comunicação porque
...” A gestão da reputação tornou-se ultimamente num
componente importante do negócio; frequentemente trata-se
de uma mera actividade de relações públicas que pouco tem a
ver com responsabilidade social”... ...” Reputação é um conceito
2 Rosa, R. Namorado - Fórum Social Europeu, em Paris, 2003 “Trabalho científico e capital em
confronto” [em linha], 2010, http://resistir.info/rui/trabalho_cientifico_e_capital.html [consultado em 16-
10-10].
Experiências de Consumo 29
que comporta confiança, credibilidade, responsabilidade e
transparência. Mas essencialmente localiza-se no plano das
percepções, tal como a imagem pública, pois que a maioria das
pessoas fora do círculo da administração de uma empresa,
incluindo os seus trabalhadores, não tem acesso a informação
certa e completa. As empresas valorizam o seu capital de
reputação. Empresas com melhor reputação tendem a demonstrar
melhor desempenho em termos económicos, como seja na
retribuição do capital accionista ou no valor financeiro dos seus
títulos”...
Nota Bibliográfica acerca do entrevistado:
Nome Quis manter anonimato
Idade 58
Cargo /
Posição Responsável de Centro de dia
Formação Licenciatura
Experiência
10 anos em instituíções de
solidariedade social
Conteúdo da Entrevista:
No seguimento do texto apresentado, e de acordo com os
pressupostos inscritos neste projecto empresarial de cariz social,
gostariamos de lançar as seguintes questões para a discussão:
1. Hoje em dia que tanto se fala de responsabilidade social não
acha estranho que, cada vez mais, existam críticas quanto ao
aproveitamento abusivo do termo?
È uma realidade que infelizmente esse tema, e de acordo com o
texto que me deram a ler, existem inúmeros aproveitamentos
Experiências de Consumo 30
políticos e comerciais acerca da responsabilidade social. Sou
obrigada a concluír que a hipocrisia reina na nossa sociedade.
2. Concorda que os alvos das críticas mencionadas passam muito
pelo poder político e pelo poder das grandes corporações?
Pode assinalar algumas razões para este facto?
No seguimento da questão anterior, acho normal a população
associar essas questões mais ao poder político dado que
normalmente até deve ser o mesmo a pugnar por boas políticas
sociais sem interesses pessoais e partidários associados.
Infelizmente a Política não tem sido capaz de provar que é digna de
confiança e em última instância o estado em inúmeras situações,
evidenciadas pela comunicação social, não se tem comportado como
uma “pessoa de bem”.
Razões para este facto não as conheço em profundidade no
entanto tenho, como minha opinião pessoal, que se deve
fundamentalmente a práticas eleitoralistas e de escassez de recursos
económicos.
3. O apoio a projectos com verdadeiro cariz social poderiam
ajudar a revitalizar a confiança que agora é ténue? Poderia
reforçar o porquê?
Todas as acções, ou iniciativas, que ajudem a credibilizar as
instituíções público-privadas são bem vindas. A confiança é
necessária à vida em sociedade, por outro lado é importante passar a
mensagem que os oportunistas cada vez mais são mais identificados,
dando assim mais espaço de manobra a quem efectivamente quer
praticar o bem.
Experiências de Consumo 31
4. Considera que o projecto em questão é verdadeiramente um
projecto “win win” onde todos têm a ganhar? E assinale por
favor as razões fundamentais.
Penso, até pela a amabilidade de me terem disponibilzado a
leitura do mesmo, que é um projecto onde todos têm a ganhar. A
Sociedade torna-se mais equilibrada com projectos desta natureza.
Algumas das razões fundamentais passam por o aproveitamento
de Recursos disponíveis, os anos de “saber” disponíveis ou seja a
experiência é um contributo muito positivo. Por outro lado o reforço
de uma Sociedade mais justa e solidária e na velha máxima mente
sã em corpo são, e dados os recursos escassos no Serviço Nacional
de Saúde, eventualmente contribui para o alívio das taxas de
internamento e de prestação de serviços de saúde. Por último
penso que é um contributo forte na credibilização das instituíções
público-privadas que se associarem a esta iniciativa, numa
sociedade desconfiada acerca dos verdadeiros propósitos da tão
apregoada aos ventos “Responsabilidade Social”;
ANEXO 2 – INQUÉRITO DE RUA A SENIORES
Âmbito da entrevista: Este inquérito pretende sustentar o
trabalho sobre a viabilidade e sustentabilidade deste projecto
empresarial de cariz social utlizando recursos humanos “Séniores”.
Local da Entrevista:. Centro de dia para reformados
Duração da entrevista: 5 minutos.
Presentes na entrevista: TranseuntesExperiências de Consumo 32
Conteúdo da Entrevista:
1. Os Séniores ainda poderiam dar o seu contributo laboral
para a sociedade?
2. Diga, das frazes abaixo, quais as que lhe parecem ir ao
encontro dos objectivos de uma actividade laboral
vocacionada para os Séniores:
O reforço da Inclusão
Combate os problemas de Solidão
Combate os problemas de Frustração e Insatisfação
Fomenta a Mente sã
Aproveitamento de Recursos disponíveis
A Experiência é um contributo positivo
Promove o sentimento de Utilidade
Forma de adicionar uma Compensação monetária a
faixas etárias onde esses recursos são mais escassos
O reforço de uma Sociedade mais justa e solidária
As entidades públicas e privadas só têm a ganhar em
apoiar projectos deste género
ANEXO 3 – RESPOSTAS A ENTREVISTA (ENTIDADE PÚBLICA)
E QUESTÕES EFECTUADAS A SÉNIORES
Resultados das questões colocadas nas conversas com os séniores:
Universo: 100
Método: Questões colocadas de forma dissimulada de forma a aferir,
mediante as variáveis consideradas (inscritas no guião), o que
Experiências de Consumo 33
consideravam mais importante num projecto com esta vertente.
Entrevista presencial levada a cabo num centro de dia para
reformados.
X YSoc. + justa solidária 22
Comp. € 20inclusão 15solidão 15
Utilidade 9Frust. Insat. 8
Recursos 7Mente sã 2
Experiência 2Soma de controlo 100
Dados Questionário
22%
20%
15%
15%
9%
8%
7% 2%2%
Soc. + justa solidária Comp. €inclusão solidãoUtilidade Frust. Insat.Recursos Mente sãExperiência
ANEXO 4 – 3Dados demográficos
Àrea Valor %Nº de Camas nos Hospitais (2008) 35.762
3 INE – Dados Estatísticos [em linha], 2010, http://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpid=INE&xpgid=ine_princindic&contexto=pi&selTab=tab0 [consultado em 16-10-10].
Experiências de Consumo 34
Enfermermeiros por 1000 habitantes (2009) 5,60 Médicos por 1000 Habitantes (2009) 3,80 Densidade populacional (nº / Km2) 115 Despesas de Protecção Social (2008) 43.027.663.000 95,33%Receitas de Protecção Social (2008) 45.134.367.000 População (2010) 10.637.713 População activa (2010) 5.581.400 52,47%População Desempregada (2010) 589.800 10,57%População Sénior 1.901.153 17,87% Taxa bruta de Natalidade (2009) 9,40%Taxa bruta de Mortalidade (2009) 9,80%
ANEXO 5 – PENSIONISTAS VÃO PERDER ATÉ 0,9% DO
RENDIMENTO
Experiências de Consumo 35
Experiências de Consumo 36
ANEXO 6 – ENTREVISTA A BRUTO DA COSTA - PRESIDENTE
DA COMISSÃO NACIONAL JUSTIÇA E PAZ FOI UM DOS
INTERVENIENTES NO SEMINÁRIO 'POBREZA E EXCLUSÃO
SOCIAL'
4Veio à Madeira falar de pobreza. Que conceitos de pobreza abarca
esta definição? Quando falamos de pobreza falamos do quê? Quando
falo de pobreza falo no sentido seguinte: A pobreza tem duas
componentes. Por um lado implica uma situação de privação, em que
as pessoas não têm as suas necessidades humanas básicas
satisfeitas. E necessidades humanas básicas não são só materiais,
são culturais, são sociais, são espirituais. Mas é preciso que essa
situação de carência seja devida a falta de recursos. Porque se não
for devido à falta de recursos, o problema não representa um
problema de pobreza mas um problema social, que até pode ser
grave, mas não é pobreza. Daí que eu diga que a luta contra a
pobreza tem de resolver dois problemas: O problema da privação
(uma pessoa que não tem para comer, tem que ter para comer), sob
o signo da emergência. Mas, além disso, tem que ajudar a pessoa a
conquistar a sua autonomia financeira, a sua autonomia em matéria
de recursos. Senão a pessoa fica eternamente dependente de meios
extraordinários e isso não é libertá-la da pobreza. A pessoa só fica
liberta da pobreza quando tem meios próprios para viver como as
outras pessoas.
É por isso que o professor defende que "a pobreza é a cauda da
desigualdade"? A desigualdade não é só em matéria de recursos. A
desigualdade abrange todos os aspectos que interessam à vida das
sociedades e das pessoas. A desigualdade tem uma cauda. E essa
cauda, segundo um autor inglês, define e pobreza como sendo a
cauda da desigualdade. Porque a desigualdade, enquanto conceito, é
4 Dnoticias.pt - Bruto da Costa, exclusão social, pobreza -[em linha], 2010,
http://www.dnoticias.pt/multimedia/video/233541-entrevista-a-bruto-da-costa [consultado em 16-10-10]
Experiências de Consumo 37
um conceito comparativo. É uns têm mais do que outros. Ao passo
que a pobreza não. Ela, além de ser, 'outros têm mais do que os
pobres', há o problema de que, aquilo que o pobre tem, não chega
para satisfazer as necessidades humanas básicas.
É por isso que o paradigma mudou e hoje é "os pobres são pobres,
porque os ricos são ricos"? Esse é um paradigma que um economista
está a lançar neste momento. Precisamente porque ele deu conta de
que o paradigma anterior que falava do ciclo de pobreza como sendo
'os pobres são pobres porque os pobres são pobres'. Por outras
palavras: uma vez entrado na pobreza é muito difícil sair dela. Este
conceito não tem em conta o reflexo da desigualdade sobre a
pobreza. Ele quer que a gente analise a pobreza, também à luz da
desigualdade. É por isso que diz que o paradigma novo tem de ser 'o
pobre é pobre, porque o rico é rico'.
O professor defende que é preciso 'dar o peixe e também a cana'?
Exactamente. Estamos um pouco habituados a ver o problema em
termos de alternativa. Ou o peixe ou a cana. O problema não se põe
assim. É preciso 'o peixe' porque a pessoa tem de comer
imediatamente e não pode 'ir pescar'. É preciso dar o 'peixe' mas não
basta porque a pessoa fica sempre dependente de quem o vá
'pescar'. É por isso que, além de 'dar o peixe' é preciso 'dar a cana'
para que ele se torne autónomo.
Qual o diagnóstico da situação? Quais são os factores geradores de
pobreza? Não tenho o conhecimento do que se passa em particular
na Madeira. Mas pelo que se passa em Portugal, em geral, há três
áreas onde é preciso actuar para combater a pobreza: A área da
Educação e Formação Profissional; a área do Mercado de Trabalho e
sistema de salários. Há pobres que estão empregado. E, portanto, o
problema não é do desemprego, é de baixo salários. O desemprego
não estava muito representado entre os pobre mas agora, com a
Experiências de Consumo 38
crise, vai passar a estar. Só que ainda não temos estatísticas sobre a
pobreza depois da crise. Estou à espera que se publiquem para ver
qual a importância do desemprego entre os pobres. E, finalmente, o
Sistema de Segurança Social. 1/3 dos pobres portugueses são
pensionistas. Porque as pensões estão abaixo do limiar da pobreza.
Sem 'mexer' com a Segurança Social por forma a que a pensão
mínima tenha, pelo menos o valor do limiar de pobreza, também não
se pode resolver a pobreza dessas pessoas.
Tem-se por assente, e as estatísticas valem o que valem e cada um as
usa como quer, mas tem-se por assente que, à volta de 20% da
população portuguesa é pobre. Estamos a falar à volta de dois
milhões de habitantes... Sim. Há quem fale em 17%, 18%, 20%.
Ultimamente tem sido mais à volta de 18%.
Mas a tendência de 2002 para cá tem sido de decrescer para atingir,
em 2015... Se continuarmos a esse ritmo, em 2015 ainda seremos à
volta de um milhão e meio de portugueses pobres. À volta de 15% da
população.
E na União Europeia, qual é o panorama? Na União Europeia, o
objectivo que está definido pelo Conselho Europeu é que, dos 80
milhões de pobres que há na UE, passem para 60 milhões no ano de
2020.
E com as políticas que estão a ser traçadas, com a crise económica
que aí temos, é possível atingir esse objectivo? Não sei se será
possível ou não. Acho que é um objectivo pouco ambicioso mas foi o
que o Conselho Europeu decidiu.
No estudo que fez, em relação à Madeira, o professor apresentou um
gráfico... Sim, mas o estudo não é sobre a Madeira...
Experiências de Consumo 39
Sim, mas há um gráfico indicativo sobre a pobreza em que teríamos
cerca de 30% de pobres persistentes [ao longo dos seis anos que
durou o estudo] e 88% de pobres de longa duração [em situação de
pobreza durante dois ou mais anos]. Tem dados mais recentes sobre
a realidade madeirense? Isso é durante o período de 1995 a 2000.
E estaria disposto a fazer um estudo sobre a realidade? Isso não
depende de mim. Depende das pessoas que promovam a feitura de
um estudo. Que pode ser uma entidade pública ou privada. Isso não
depende de mim e depende das condições de trabalho com que se
poderia fazer um estudo desses.
É o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz. Havia uma
representação na Região, qual o ponto da situação? Seria bom
termos cá uma representação? As comissões regionais são comissões
diocesanas que não têm nenhuma relação com a comissão nacional.
A Comissão que tinham na Madeira era de Justiça e Paz da Diocese
do Funchal. Não se integra na nacional. Tem total autonomia,
independência mesmo em relação à Comissão nacional.
E a Comissão Nacional, o trabalho que tem feito... É sobretudo
divulgar problemas de justiça e paz à luz da doutrina social da Igreja.
E em relação à Rede Europeia Anti-Pobreza. Existe um coordenador
português, o Pe. Jardim Moreira... O Pe. Jardim Moreira é
coordenador da delegação portuguesa da Rede. A Rede tem um
presidente que é irlandês.
Há alguma ligação entre a Comissão Justiça e Paz... tem
acompanhado o trabalho dessa rede? Por alto.
Estudo 1995/2000 1995/2000 30% das famílias madeirenses pobres
Experiências de Consumo 40
No estudo 'Um Olhar Sobre a Pobreza- Vulnerabilidade e exclusão
social no Portugal contemporâneo', a equipa coordenada por Bruto
da Costa monitorizou, durante seis anos (entre 1995 e 2000), todos
os anos, as mesmas famílias da amostra do estudo. E concluiu que,
na Madeira, 88% das famílias da amostra incluíam-se na chamada
'pobreza de longa duração' (passaram pela experiência da pobreza
em dois anos ou mais dos seis observados).
O estudo também concluiu que, ao longo do conjunto dos seis anos, a
Madeira registou uma taxa de pobreza de 30%, só superada pelo
Algarve (40%).
O estudo de 208 páginas editado pela 'Gradiva Publicações' foi
elaborado por Alfredo Bruto da Costa, Paula Carrilho, Pedro Perista
e Isabel Baptista.
Ministro da Coordenação Social e dos Assuntos Sociais por seis
meses
Alfredo Bruto da Costa é presidente da Comissão Nacional Justiça e
Paz (CNJP). Foi ex-ministro com responsabilidades nas áreas sociais:
ocupou o cargo de Ministro da Coordenação Social e dos Assuntos
Sociais no V Governo Constitucional (7 de Julho de 1979 a 3 de
Janeiro de 1980). Era Primeira-ministra Maria de Lurdes Pintassilgo.
Alfredo Bruto da Costa é licenciado em Engenharia Civil. Tem larga
experiência de estudo e investigação no domínio da pobreza, tema do
seu doutoramento na Universidade de Bath (Reino Unido) com a tese
"The Paradox of Poverty - Portugal 1980-1989".
Académico de renome, leccionou em diversos cursos de licenciatura
e mestrado.
Experiências de Consumo 41
Foi membro do Comité Europeu de Direitos Sociais, do Conselho da
Europa e presidente do Conselho Económico e Social.
Foi coordenador do estudo 'Um Olhar Sobre a Pobreza-
Vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo'
(publicado em 2008) e do livro 'Exclusões Sociais'.
No 'Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social (2010)
veio à Madeira a 28 de Outubro falar no seminário "Pobreza e
Exclusão Social... Olhar, Reflectir e Agir".
À MARGEM
"Os pobres são pobres porque os ricos são ricos"
Bruto da Costa defende que o combate è pobreza exige, em
simultâneo, uma atenção às desigualdades sociais.
E o combate às desigualdades implica uma relação de proximidade
com os problemas. Mas também a criação de oportunidades iguais
para todos. Não apenas nas condições de acesso (por exemplo à
Educação) mas no "sucesso".
Aliás, desde o séc. XII, os monarcas portugueses se mostraram
preocupados com a pobreza. Já nessa altura foram criadas
instituições e leis a proteger os pobres. 'É nosso mister defender os
pobres contra os poderosos', apregoava o monarca.
E a assistência aos mais carenciados é um direito, decorre da lei.
Cabe ao Estado dar o peixe e dar a cana. Um não exclui o outro. E
eficácia de um projecto de combate à pobreza mede-se com o facto
de ele ter o germe da sua morte.
Mas, afinal, o que é a pobreza? Os conceitos oscilam entre "uma
virtude" e "um mal social a combater". Bruto da Costa divide o
Experiências de Consumo 42
conceito em duas componentes: Privação (carências básicas
múltiplas) e Falta de recursos (rendimentos, bens e serviços, poder,
rede de relações, etc.).
O próprio Banco Mundial usa uma definição que não é consensual. E
há um ciclo vicioso da pobreza ou também designada 'armadilha da
pobreza' porque os Estados, Países e Instituições mundiais não têm
todas as mesmas oportunidades/capacidades.
Porque, reitera, "a pobreza é a cauda da desigualdade" e o novo
paradigma deixou de ser "os pobres são pobres porque são pobres"
para ser "os pobres são pobres porque os ricos são ricos".
Estatísticas devem ser analisadas com prudência
A luta contra a pobreza é um problema técnico-científico mas
também político e cultural.
Bruto da Costa considera, por isso, que é mais importante os
políticos ('latu sensu') preocuparem-se com o seu real combate do
que com as fraudes, no exemplo, no Rendimento Social de Inserção.
Segundo a definição da União Europeia (UE) pobre é aquele que tem
um rendimento inferior a 60% do rendimento médio de um país ou
de uma Região.
Mas nem sempre foi assim, Bruto da Costa explica que a UE já testou
vários modelos de definição da pobreza onde já entraram as
percentagens de 40% ou 50% do rendimento médio e até a mediana.
Também já se ensaiaram expressões do género 'em risco de pobreza'
ou 'no limiar da pobreza' mas os modelos, quaisquer que eles sejam,
esbarram nas pressões políticas dos países ditos desenvolvidos.
Experiências de Consumo 43
É por isso que Bruto da Costa sugere prudência na análise das
estatísticas porque poderemos estar a comparar realidades
incomparáveis. E dar-se o caso de países ocidentais terem taxas de
pobreza superiores a países africanos.
A Europa tem actualmente 80 milhões de pobres
O Conselho Europeu definiu como objectivo ter menos 20 milhões de
pobres em 2020. Para Bruto da Costa o objectivo é "pouco
ambicioso" pois é o reconhecimento de que, nessa data, ainda haverá
60 milhões de europeus pobres.
Desde 1986, altura em que Portugal aderiu à CEE, o país tem
integrado sucessivos programas europeus contra a pobreza e
exclusão social. Mas a marcha tem sido lenta e, se o ritmo for o que
foi imprimido até agora, em 2015, Portugal terá ainda 15% da
população pobre.
Por outro lado, a chamada 'taxa de desigualdade' está a decrescer
desde 2002 (com um 'pico' em 2007) mas Portugal é ainda um dos
países da Europa onde o fosso entre ricos e pobres é maior.
Acresce que, entre 1995 e o ano 2000, 47% das famílias portuguesas
passaram pela pobreza em pelo menos um desses anos.
E os factores geradores de pobreza estão referenciados: salários
baixos; rendimentos baixos nalgumas actividades; pensões baixas;
subsídio de desemprego insatisfatório no montante ou na duração;
rendimentos de outros inactivos. A pressionar tudo isto estão os
baixos níveis de escolaridade e qualificação.
Experiências de Consumo 44
Experiências de Consumo 45