Seminario PEAD
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1
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOSCurso de Engenharia Química e Produção
PEAD (Polietileno de alta densidade)
Manuel Kiony NzingaMatheusEverson
Trabalho realizado como parte dos requisitos para obtenção da nota de grau B daDisciplina de Química Tecnológica do Curso de Engenharia Química e de
Produção
São Leopoldo2013
2
Sumário
LISTA DE FIGURAS......................................................................
LISTA DE TABELAS........................................................................
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS.....................................
RESUMO..........................................................................................
01 Introdução
02 Objetivo
03 Justificativa
04 Revisão bibliografica
05 Conceito de PEAD
06 Contextos históricos do PEAD
07 Materia prima das embalagens (para detergentes)
08 Pré-formas do PEAD
09 Fabricação do PEAD
9.1 Moldagem por sopro
9.2 Técnicas de moldagem por sopro
9.2.1 Núcleo extrusado
9.2.1.1 Moldagem por sopro: processo de núcleo extrusado
9.2.2 Núcleo injetado
9.2.2.1 Moldagem por sopro:processo núcleo injetado
9.3 Características das ferramentas
9.3.1 Descrição geral do processo
9.3.2 Maquina sopradora: principio de funcionamento
9.3.3 Moldes de sopro
9.3.4 Processo de fabricação / transformação: Moldagem por extrusão-
sopro
9.3.4.1 Extrusão
9.3.5 Processo de fabricação/transformação: moldagempara injeção
sopro
9.3.5.1 Injetora
10 Características das ferramentas/ processo com nucleo injetado
10.1 Bolsa de esmagamento
10.1.1 Eliminação do ar
10.1.2 Refrigeração
3
10.1.3 Linhas de separação
10.1.4 Bicos de sopro
10.2 Materiais para molde
10.3 Comparativos da moldagem por sopro via injeção e moldagem
por sopro via extrusão
11 Características e aplicações das embalagens de detergentes de
PEAD
11.1 Aditivação
11.2 Degradação do PEAD
11.3 Hidrólise
11.4 Degradação térmica
12 Benefícios das embalagens ( detergentes) de PEAD
13 Nomes comerciais e principais fabricantes
14 Reciclagem do plástico de PEAD
15 Discussão
16 Conclusão
Referencias bibliográficas
4
Resumo
O presente trabalho trata-se de um estudo da utilização e tecnologia das de
interesse social em PEAD (polietileno de alta densidade). São descritos
também os seus conceitos historicamente, propriedades, e aplicação do PEAD
na fabricação de tubos de embalagens. A utilização do plástico na engenharia
e demais áreas também visa sanar parte do problema causado pela geração
de resíduos, já que o material empregado é proveniente do fruto da reciclagem.
Este trabalho também apresenta os aspectos construtivos de tubos de PEAD,
sua funcionalidade, vantagens e desvantagens.
Ao longo do trabalho, será possível analisar passo a passo como se dá a
fabricação de embalagens de PEAD, além de ressaltar as principais
características e finalidades, abordando em caráter explicativo todos os seus
aspetos convenientes na formação deste produto.
Devido a crescente utilização do PEAD (polietileno de alta densidade) em
embalagens a necessidade de reciclar este plástico tornou-se imperativa,
decorrente ao fato, que a parte final deste trabalho estará voltado pelo
detalhamento do mesmo, objetivando demonstrar as vantagens de sua
reutilização e a viabilidade de seu reprocessamento.
Palavras-chaves: PEAD (polietileno de alta densidade), Embalagens,
Reciclagem.
5
1. INTRODUÇÃO
A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de
repetição). Assim, um polímero um polímero é uma macromolécula
composta por muitas unidades (dezenas de milhares) de unidades de
repetição denominadas meros, ligados por ligações covalentes em toda
cadeia a matéria prima para a produção de um polimero é o monômero, isto
é, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição (Canevarolo, 2002).
Eles podem ser classificados de acordo com as suas características
térmicas em dois subgrupos importantes: termofixos (ou termorrígidos, são
plásticos que também amolecem uma vez com o aquecimento, sofre um
processo de uma no qual se tem uma reação química irreversível, com
formação de ligação cruzadas tornando-se materiais insolúveis, infusíveis e
não são recicláveis). E os termoplásticos (são plásticos com capacidade de
amolecer e fluir com aumento da temperatura e pressão. Na ausência
dessas variáveis temperatura e pressão o polímero de solidifica em um
produto moldável. A inseção da pressão e da temperatura novamente no
sistema, reinicia o processo, por este fato essa classe de polímeros são
recicláveis, sólidos e possuem cadeias lineares e ramificadas.
6
Os polímeros possuem uma gama de utilidades em diversas áreas da
ciência e da Engenharia, a tabela abaixo ilustra algumas descrições:
Tabela 1: Polímeros e suas aplicações Fonte: www.recicloteca.org.br
7
Para o presente trabalho o polímero que serve como objeto de estudo é o
PEAD (polietileno de alta densidade) que pode ser chamado de um
termoplástico, plástico ou polímero artificial que a uma alta temperatura,
apresenta alta viscosidade podendo ser conformados e moldados.na
atualidade seu maior uso são as embalagens. Foi introduzido no mercado
em meados de 1950, sendo hoje um dos mais vendidos do mundo e mais
recicláveis. Possui alta resistência ao impacto mesmo em baixas
temperaturas e resiste a reagentes químicos (ABPOL, 1999).
Por serem caracterizado como um polímero que pertence a classe dos
termoplásticos, o PEAD pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo
ou por outro processo de transformação e quando aquecidos a
temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser
novamente moldados.
Segundo Antonio Santos em 2008, os matérias plásticos possuem um papel
importante na transformação do estilo de vida das pessoas e é cada vez
mais utilizado na produção e consumo da população mundial. O plástico
tomou possível o fenômeno do crescimento de produtos descartáveis.
Os índices mostram que a utilização do PEAD vêem crescendo juntamente
com o avanço da tecnologia, todos esses aumentos significativos podem
ser explicados, afinal as embalagens de plásticos de PEAD apresentam
uma serie de vantagens em comparação com as embalagens de vidro, por
exemplo. Entre algumas de suas principais vantagens, podemos destacar a
redução de custos, a alta resistência a impactos, o peso reduzido (fator
intrinsecamente importante para redução de custos de frete), a rapidez no
processamento, e o principal levando em conta a enorme redução da
contaminação ao meio ambiente, contando que quando esses materiais
provem de fontes não renováveis, o petróleo, ou seja, levando se em conta
a sustentabilidade do nosso planeta, as embalagens de PEAD são 100%
recicláveis.
A produção e uso de plásticos causa uma serie de impactos ambientais tal
como o grande uso de combustíveis fosseis não renováveis, num contexto
em que o meio ambiente começa a vir para o centro das discussões, alem
dos oscilantes preços do barril de petróleo e da limitação a fornecimento a
longo prazo. Em um cenário em que os custos assumiram um papel vital a
dinâmica econômica mundial, a reciclagem passou a ter um papel-chave
8
para viabilização financeira de empreendimentos ligados ao plástico.
Estima-se que 12% dos aterros sanitários norte americanos é composto por
plásticos diversos e destes 19% são de PEAD, ou seja, uma quantidade
incrível de matéria-prima de baixo custo que pode ser reciclada. Nos paises
desenvolvidos, 7% do lixo domestico residencial é formado por resíduos de
embalagens plásticas (feitas principalmente de PEAD); segundo (Flickr;
P.C. Loadletter).
Figura 1: garrafas plasticas no lixo.Fonte : crédito usuário Flickr; P.C. Loadletter.
As maiores novidades nesse mercado são as embalagens (PEAD) feitas com o
chamado polietileno verde desenvolvido a partir da cana-de-açucar e de
tecnologia desenvolvida pela empresa Braskem. Essa tecnologia inovadora já
que pela primeira vez o PEAD esta sendo produzido por fonte renovável e gera
um produto que tb pode ser 100% reciclado. A outra novidade do mercado vem
da coca-cola que já vinha usando 30% de matéria-prima verde em suas
embalagens de PET, mas que agora também vai fazer as embalagens de
PEAD com uma porcentagem ainda maior do que chamam de matéria-prima
verde. O etileno usado para a produção do polímero para essas embalagens
vem de uma fabrica de bio-etanol brasileira (que acredito ser própria da
Braskem).
De acordo com Motta (2000), a reciclagem tem sido o “caminho” de tratamento
de resíduo plástico que mais tem concentrado esforços no âmbito das
9
estratégias empresariais e governamentais, juntamente com as motivações
econômicas para o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos,
reinserção social dos catadores, economia de energia e de matéria-prima,
redução dos custos de coleta, transporte e disposição final do lixo, reutilização
adequada dos resíduos e proteção ao meio ambiente.
2- Objetivos
Este trabalho tem como objetivo principal o estudo de materiais plásticos
usados para produzir embalagens para uso de detergentes, procurando
incentivar o uso de materiais provindos do processo de reciclagem.
a. Objetivo Geral
O objetivo geral desse trabalho é pesquisar informações técnicas sobre as
propriedades e características do polietileno de alta densidade (PEAD), bem
como o uso deste material aplicado na produção de embalagens para
detergentes. Desse modo, são descritas as vantagens e desvantagens do uso
do material por meio de detalhamento de uma aplicação especifica.
b. Objetivo Especifico
O objetivo especifico é o estudo da aplicação do uso do PEAD em um estudo
de interesse para substituição de materiais usados para a rede de canalização.
Visando, assim, mostrar a versatilidade do material, a questão econômica,
ambiental e social do emprego deste material para esta destinação especifica.
Abordou-se o método construtivo e a substituição das técnicas convencionais
de construção, contribuindo com a discussão e banco de dados para possível
normatização técnica.
3- Justificativa
O uso do plástico vem se intensificando na engenharia e demais áreas da
ciência, pois o material oferece aos profissionais do setor combinações de
vantagens não encontrados em outros materiais, com baixo peso
especifico, flexibilidade, versatilidade, resistência, resistência á deterioração
10
por decomposição e ataque de microorganismos, resistência a corrosão,
resistência mecânica, transparência, facilidade de processamento e baixo
custo de manutenção. Alem, disso algumas das suas propriedades podem
ser melhoradas com a utilização de blendas poliméricas ( mistura de
polímeros de mesma família química) e adição de cargas minerais e fibras
de elevado modulo de elasticidade e resistência.
A possibilidade de reciclagem do material é um fator atrativo para a
utilização do plástico como material construtivo, pois é de significativa
importância nos termos ambientais, sociais e econômicos, contribuindo para
geração de emprego e renda, preservação de fontes esgotáveis de matéria-
prima e redução de gastos com a disposição final dos resíduos dentre
outras vantagens existentes ( CANDIAN, 2007).
Os plásticos mais utilizados para reciclagem são constituídos basicamente
por termoplásticos (polímeros artificiais que, a uma data temperatura,
apresentam alta viscosidade podendo ser deformados e moldados), dentre
eles encontra-se o PEAD (polietileno de alta densidade) que é objeto do
presente estudo.
O desenvolvimento deste trabalho visa apresentar os aspectos construtivos
de habitações populares fabricadas em PEAD, para demonstrar sua
funcionalidade, vantagens e desvantagens, expondo o uso do material
aplicado a construção civil e incitar novas propostas para sua utilização.
4- Revisão Bibliográfica
Neste capitulo serão explanadas todas as referencias bibliográficas
utilizadas para fundamentação do estudo de caso proposto nesse trabalho.
5- CONCEITO DE PEAD
Entre os polímeros sintéticos mais usados estão as borrachas e os plásticos. A
palavra plástico origina-se do grego plassein e exprime a característica dos
materiais quanto a moldabilidade, e significa “adequado a moldagem”. A sigla
PEAD deriva das primeiras letras do nome cientifico dado a esse plástico:
polietileno de alta densidade.
11
O PEAD é classificado como um termoplástico quando são analisadas suas
propriedades de solubilidade e fusibilidade. Termoplásticos são polímeros que
podem ser amolecidos, o que permite a deformação desses a partir da
aplicação de pressão. Quando resfriados, tais polímeros retomam a sua rigidez
inicial. O comportamento desse tipo de polímero viabiliza a produção em larga
escala de artefatos através de meios como extrusão e a moldagem por injeção.
Outro importante aspecto desses polímeros é que eles podem ser reciclados a
partir de rejeitos e refugos, já que são facilmente remodelados através da
aplicação combinada a pressão e temperatura. Isso significa depois que,
depois de moldado, o PEAD pode ser remoldado.
O PEAD possui alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o
contato com agentes agressivos. Possui excelente barreira para gases e
odores. Desse modo ele é capaz de conter os mais diversos produtos com total
higiene e segurança.
Seja por ser um produto que é 100% reciclável, como sabe-se também que a
sua composição química não produz nenhum produto tóxico, o qual possui nas
suas estruturas apenas carbono, hidrogênio e oxigênio.
Por ter uma grande aceitação e por ser um produto que pode ser reciclado
facilmente, isso com que as embalagens provenientes de PEAD, vêem
mostrando ser materiais idéias para diversas industrias no mundo todo,
reduzindo os custos dos transportes e produção, evitando desperdícios em
todas as fases de produção e distribuição. Considerando assim essa gama de
vantagem que essas embalagens possuem, proporciona aos consumidores um
produto seguro, acessível e com uma modernidade que atende os padrões da
atualidade no que concerne ao controle de qualidade, e o mesmo pode ser
consumido em diversas classes e níveis sociais.
6- CONTEXTOS HISTÓRICOS DO PEAD
O polietileno foi produzido primeiramente em laboratórios das industrias
Imperial Chemical, Ltd. (ICI), na Inglaterra, em um experimento fortuito onde o
etileno ( e outros elementos químicos que permaneceram inertes) foram
submetidos a pressão de 1400 atm a 170 graus celsius. O oxigênio presente na
reação permitiu que houvesse iniciação no processo de polimerização. O
12
processo foi descrito primeira vez em 1936 por E.W. Fawcett em Staudinger
(BILLMEYER, 1984).
O polietileno (ou polieteno, de acordo com a denominação oficial da IUPAC) é
quimicamente o polímero mais simples. É representado pela cadeia (CH2-
CH2)n.Devido a sua alta produção mundial, é também o mais barato, sendo um
dos tipos de plásticos mais comuns (MANO, E.B, 2003).
O polietileno de alta densidade, mais conhecido pela sigla PEAD, é um
polímero termoplástico, a sua linearidade das cadeias a maior densidade do
PEAD fazem com que a orientação, o alinhamento e o empacotamento das
cadeias sejam mais eficientes; as forças intermoleculares (Van der Waals)
possam agir mais intensamente, e, como consequência, a cristalinidade seja
maior que no caso do PEBD. Sendo maior a cristalinidade, a fusão poderá
ocorrer em temperatura mais alta (Guitián, R – Plástico Moderno, p.45, agosto
(1995).
O PEAD foi introduzido comercialmente da década de 50, e atualmente é o
quarto termoplástico mais vendido e a segunda resina mais reciclada no
mundo. Essa resina tem alta resistência ao impacto, inclusive em baixas
temperaturas, e boa resistência contra agentes químicos. Seu uso se da nos
mais diferentes segmentos da indústria de transformação de plásticos,
abrangendo os processamentos de moldagem por sopro, extrusão e moldagem
por injeção (MIERTSCHIN, 1996).
O polietileno de alta densidade é um termoplástico, como já foi falado
anteriormente derivado do eteno, cuja maior aplicação encontra-se nas
embalagens. O PEAD como foi citado pelo autor “Miertschim” a sua introdução
ao mercado nas décadas de 50, como sendo o quarto termoplástico mais
vendido no mundo, com vendas em 1995 ao redor de US$ 12 bilhões.
Segundo o mesmo autor citado acima afirma que, devido os constantes
aperfeiçoamentos nos catalisadores e no processo produtivo poderão permitir a
produção de numero maior de “grades”, que possibilitarão ao PEAD aumentar
a sua faixa de mercado. Contudo, esta resina enfrenta agora não só a
concorrência dos termoplásticos tradicionais, mais também as do
“metallocenos” (catalisadores para novos compostos). Como exemplo, a Exxon
e a Chem Systems preevem que os metallocenos representarão de 12% a 15%
do mercado de polietilenos em 2005.
13
Segundo o mesmo autor, cita que no senário mundial aproxidamente 30% do
consumo de PEAD é destinado a produtos oriundos da moldagem por sopro,
sendo que a maior parte é representado em frascos para higiene/limpeza e
embalagens de produtos alimentícios. As aplicações cujas origens são via
moldagem por injeção representam 25% do consumo mundial de PEAD,
representando usos diversos, tais como: baldes, bandejas, engradados e
utensílios domésticos. A transformação do PEAD, por extrusão gera produtos
como filmes, laminados e tubos, e que representam 30% do consumo deste
termoplástico. Outros mercados, como fios e cabos por exemplo, representam
os restantes 15%. Em relação aos grandes segmentos de uso final, o setor de
embalagens representa 75% do mercado mundial de PEAD, enquanto que o
setor de construção gira em torno de 10% a 15% deste mercado. Portanto,
pode-se afirmar que o mercado de PEAD é suscetível ás flutuações da
economia.
O mercado mundial cresceu a uma taxa média de 7,8% a.a., no período de
1984/1995 a alcançar uma demanda de 16 milhões de toneladas, e espera-se
que um crescimento significativo dessa resina termoplástica (vide gráfico
2004):
Gráfico nº- Consumo Mundial termoplástico (2004)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php
7- MATÉRIA-PRIMA DAS EMBALAGENS PARA DETERGENTES DE PEAD
Uma amostra representativa de resina virgem de PEAD:
14
Figura 2 amostra de polietileno virgemFonte: dlbona.en.alibaba.com
O petróleo é uma mistura de grande número de substâncias principalmente
constituído de hidrocarbonetos (compostos formados de carbono hidrogênio) e
pequenas quantidades de compostos contendo também nitrogênio, enxofre e
oxigênio. De acordo com algumas teorias propostas, acredita-se que o petróleo
é o resultado da decomposição de matérias orgânicas de plantas e animais
aquáticos que viveram milhões de anos atrás, em mares ou grandes lagos e
esses seres eram formados de compostos de carbono e hidrogênio, nitrogênio,
enxofre e oxigênio (entre outros).a medida que esses animais e plantas
morriam, os mesmos se acumulavam no fundo da água, com há areia e outros
materiais. Com o passar do tempo, novas camadas foram recobrindo as
camadas anteriores e o material orgânico, exposto ao calor e a pressão, foi se
decompondo, dando origem aos compostos que estão hoje no petróleo.
Fluxograma representando o processo:
Figura 3: representação do processo
15
As embalagens de PEAD, no qual constitui como objeto de estudo é
proveniente desse grande grupo de matérias vivas no qual foi citado acima,
ficou parada na rocha sedimentar de um deposito de petróleo por todo esse
tempo. Porem esse deposito foi descoberto a partir de técnicas utilizadas para
aprimoramento para a retirada do mesmo e posteriormente ser levado a
superfície. Onde foi transportado até a uma refinaria, através de
encanamentos, navios petroleiros ou caminhões.
A maior parte do petróleo extraído em poços ao redor do mundo é utilizado
como combustível. Cerca de 10% do petróleo processado, no entanto, é
utilizado nas industrias químicas, produzindo detergentes, remédios, tinta, além
de plásticos e borracha sintética.
Para se chegar ao desejado, desde as substancias que incluem os
componentes de petróleo em embalagens plásticas, é necessário se fazer uma
separação utilizando métodos físicos (operações unitárias), vale lembrar que
nesta fase é onde entram as refinarias respectivamente.
Segundo teorias publicadas, quando o petróleo é levado a refinaria e passa
pelos processos de separação física obtém-se compostos com propriedades
diferentes, pois esse fenômeno dá-se devido a temperatura na qual elas
passam para o estado gasoso (temperatura de ebulição). Um dos grandes
motivos para que isso venha ocorrer é devido a disposição do números de
átomos de carbono e hidrogenio, de modo geral, quanto maior for o número de
átomos de carbono, maior será a temperatura de ebulição para aquela dada
espécie estrutural. Isso nos leva a um fenômeno que merece destaque ”quando
aquecemos uma amostra de petróleo, as substancias irão se vaporar uma após
a outra, dependendo da quantidade de números de carbonos envolvidos na
espécie química, tudo isso da origem a varias frações do petróleo, exemplo
desses produtos a gasolina, o querosene, o óleo diesel, etc.
Figura 4: Amostra de PetróleoFonte: Museu Nacional da Geologia UFRJ
16
De modo que a matéria-prima das embalagens por PEAD podem ser formadas
também a partir de outros compostos, ou seja, o polietileno de maneira geral
existem vários tipos de polietilenos e o seu método de obtenção para ambos é
o mesmo, podendo apenas varias no tipo de catalisador empregado e as
variáveis tais como a pressão e a temperatura.
Durante muito anos foram levados a cabo inúmeras experiências para
converter o etileno em combustível liquido para motores, onde eram
empregadas pressões elevadas, as quais o etileno se prestava pelo fato de ser
um gás. Nestas pesquisas não se chegou a obter o procurado combustível
liquido. Em contrapartida obteve-se um novo plástico denominado
POLIETILENO. A obtenção do polietileno, segundo este processo, apresenta
serias dificuldades, em conseqüência das altas pressões (1000 a 1500 atm) e
temperaturas requeridas (250 a 300 graus cilsius) com o incoveninte da reação
ser exotérmica.
Em 1953, o professor Ziegler na Alemanha conseguiu obter um polietileno á
pressão atmosférica e a temperaturas muito inferiores, em torno de 50 graus
Celsius a 70 graus Celsius, com emprego dos catalisadores metálicos de titânio
(tal como TiCl4). Ao polietileno obtido através deste processo dá-se o nome de
Polietileno de Alta Densidade.
A fabricação do polietileno convencionalmente ocorre a partir do monômero
etileno (C2H4), que se encontra no estado gasoso. Nessa reação, a dupla
ligação em cada molécula de etileno “abre” e dois dos elétrons originalmente
nessa ligação são usados para formar uma nova ligação simples C-C com duas
outras moléculas de etileno, de forma a se poderem obter macromoléculas de
massa molecular elevada (polímero).
A polimerização que ocorre pelo acoplamento de monômeros usando suas
ligações múltiplas é chamada de polimerização por adição.
Figura 5: Representação esquemática da polimerização por adição do polietilenoFonte: PUC-Rio, certificação digital Nº 0521456/CA.
17
Exemplo de embalagem plastica de alimentos usados em supermercados feita
de PEAD:
Figura 6: sacos plásticos
Embora a nossa matéria-prima escolhida seja as embalagens de detergentes
mais vale lembrar que é necessário o detalhamento de outros produtos que
provém desse polímero em estudo, pois nos permitirá um maior grau de
abragência do mesmo.
Embalagens para detergentes e óleos automotivos, garrafeiras, tampas,
utilidades domésticas, sacolas de supermercados, garrafeiras, etc.
Figura 7: embalagens plásticas.
Fonte: www.logismarket.pt
18
As embalagens de PEAD podem ser obtidas também de outras substancias,
como exemplo o “plástico verde”, que é o polietileno obtido a partir do álcool
etílico (etanol) da cana-de-açucar, isto é uma fonte renovável. Para sua
produção primeiramente se faz desidratação intramolecular do etanol para
produzir o eteno:
Figura 8: representação da reação do polietileno verde
Posteriormente, o eteno sofre a polimerização, formando o polietileno:
Figura 9: representação da reação do polietileno verde
O esquema abaixo mostra as etapas necessárias para a produção do plástico
verde:
Figura 10: representação da reação do polietileno verde
Posteriormente, o eteno sofre polimerização, formando o polietileno:
Figura 11: representação da reação do polietileno verde produto final
19
Abaixo é apresentado uma embalagem verde feita de polietileno:
Figura 12: plástico verde
Fonte: http://lesteplastic.com.br
Esse polímero é idêntico ao polietileno normal e ainda apresenta o enorme
benefício de ser de fonte renovável, enquanto que o petróleo é uma fonte finita
e cujo processamento não apresenta nenhum benefício ambiental. Ele não é
biodegradável, porém é denominado de plástico verde porque enquanto o
petróleo joga uma enorme quantidade de carbono na atmosfera -
principalmente o gás carbônico (CO2) que é um dos principais responsáveis
pelo aquecimento da Terra e do efeito estufa, a cana-de-açúcar retira o gás
carbônico da atmosfera para se desenvolver, pelo processo da fotossíntese.
No entanto, o que seria uma melhoria, a princípio, pode representar também
um problema, pois muitos questionam o fato de as plantações de cana-de-
açúcar no Brasil já possuírem uma grande utilização, tanto para a produção de
açúcar como para a produção de álcool. Assim, precisaria de uma expansão
dessa monocultura, o que levaria à ocupação de áreas que poderiam estar
sendo utilizadas para a produção de outros alimentos.
Todos esses fatores devem ser levados em consideração para que o meio
ambiente não saia prejudicado de uma forma ou de outra.
A partir do final da primeira metade do século XX, a tecnologia gerada pela
intensiva atividade cientifica aliada á disponibilidade de petróleo barato
impulsionou a industria química e petroquímica na produção de grande
20
variedade de polímeros e a difusão de técnicas para sua transformação e
convenção, que se propagaram.
Os materiais plásticos obtidos na transformação de polímeros foram aplicadas
de imediato na fabricação de embalagens e a embalagem plástica tornou-se
fator fundamental para o desenvolvimento da sociedade moderna e um
componente importante da atividade econômica na era industrial, servindo
inclusive, como um parâmetro do nível desta atividade. A embalagem é, por
assim dizer, filho predileto da sociedade de consumo e pode se observar que a
maioria dos assentamentos humanos, mesmo os pequenos, é dependente das
embalagens plásticas para assegurar a proteção e a distribuição de
mercadorias, bens e alimentos.
O baixo custo do petróleo disponível para a produção de combustível e
matérias primas levou o equivoco de acreditar-se em uma fonte infindável que
suportasse a civilização humana, mesmo sabendo que os ciclos
biogeoquimicos da terra levaram bilhões de anos para isolar o gás carbônico e
o metano da atmosfera.
Nesses mesmos ciclos foram necessários milhões de anos para converter o
excesso de biomassa em carvão e petróleo, mais a civilização humana está
sendo capaz de devolver este estoque de carbono ao ar novamente em cerca
de dois séculos, promovendo perigosas mudanças climáticas (IPCC, 2007B).
8- PRÉ-FORMAS DO PEAD
Porém, a mangueira e tubo são outras denominações populares para a
preforma. A preforma como o nome sugere, é a forma predefinida do material
que vai para a matriz, com um mandril vertical móvel ou fixo. O mandril fixo é
ajustado no cabeçote por uma porca e contraporca de pressão no topo do
cabeçote. O material móvel é ajustado no cabeçote por sistema hidraúlico
controlado por programação eletrônica.
A uniformidade de espeçura e peso da preforma é de fundamental importância,
o que influi nessa uniformidade é a temperatura do matrial, principalmente.
Salienta-se que a monitoração da qualidade dos moldados é efetuada pelo
peso, o prfil de temperatura da extrusora e do corpo da matriz da preforma
devem ser pilotados para que a fluidez seja contínua. Desse modo pode se
concluir que a regularidade do peso é condição “sine qua non” no processo.
21
Entretanto, maior atenção deve ser despendida porque se o plástico for
excessivamente aquecido, ao deixar a matriz pode grudar na saída e não
descer por gravidade como se espera.
O PEAD é obtido industrialmente a partir de usos de catalisadores (que visam
acelerar a reação), e algumas transformações químicas denominadas reações
de polimerização, onde moléculas menores(os chamados monômeros) sofrem
uma quebra de ligações por intermédio desses catalisadores dando origem a
macromoléculas (denominadas de polímeros) no caso do objeto de estudo
essa macromolécula seria o polietileno de alta densidade.
É sabido também que existe uma classe de polietilenos, onde o reação de
polimerização para cada um desses polímeros dá-se do mesmo jeito, podendo
apenas ser diferenciada entre elas no tipo de iniciadores(catalizadores)
utilizados para polimerizar sob pressões próximas a atmosfera no qual foram
descobertos por Ziegler e Natta. Portanto, o polietileno de alta densidade é
obtido a pressão atmosférica e temperaturas inferiores. ao passo que o
processo de obtenção do polietileno de baixa densidade pode ser obtido de
forma diferente.
A seleção da massa molar media é um importante parâmetro para a utilização
das embalagens de PEAD como matéria prima na produção de produtos de
plástico. Um exemplo que pode ser aqui apresentado, nas industrias de
embalagens a utilização das embalagens de PEAD a massa molar média pode
ser estimada conhecendo as sua densidade ( que varia na faixa 0,945 a 0,96
g/cm3), já que ele é caraterizado por apresentar longas moléculas lineares.
O PEAD possui uma cristalinidade entre 85 e 95%, dependendo ainda do peso
molecular e sua distribuição, além das condições da cinética de cristitalização,
tem maior mobilidade e não possui ramificações, tendo maior facilidade de
movimentar-se entre outras cadeias e participar da formação da região
ordenada (cristal).
O controle da massa molar que se quer obter é feito por intermédio da variação
de parâmetros de processamento, o caso da temperatura sendo uma variável
capaz de alterar a característica de qualquer substancia. Para isso a amostra
de PEAD é submetida a um tratamento térmico na presença de reatores aquela
que foi estabelecida por Ziegler e Natta.
Vale lembrar ainda que por ser um termoplástico a presença de oxigênio induz
um processo de degradação oxidativa e a degradação térmica com umidade
22
provoca quebra das cadeias, causando assim a redução na massa molar do
polímero. Desse modo antes dessa embalagem estar no estado de
acabamento final conforme visualizamos nos mercados, é necessário produzir
uma pré-forma (pois trata-se de uma peça em forma de tubo-com rosca –
constituída de vários pedações plásticos, ou mesmo independente da natureza
do que se quer projetar daquele material, para dar a performance do produto).
Figura 11: Pré-formas da embalagens (para detrgeente) feitas de PEAD
Fonte: a-blow-molding-machine.en.alibaba.com
Observamos esses produtos em qualquer supermercado uma grande
variedade de produtos que provem do polietileno de alta densidade, desde os
frascos para detergentes, shampo, bolsas para supermercados, caixotes para
peixes, refrigerantes, cervejas, e tambores etc. Cada produto exige um
determinado desempenho de sua embalagem desde, a resistência mecânica e
química, como vimos a partir do PEAD, foram desenvolvidas vários produtos
com pré-formas diferentes e que cada uma deve ter a sua característica
diferente em relação ao outros.
O que se quer explicar aqui para melhor entendimento é que cada produto o
modo final deve ser diferente, seja embora o polietileno de alta densidade
produza frascos para detergentes e consequentemente a rolha desse fraco
pode não vir a ser da mesma linhagem. Com isso, ganham consumidores, a
indústria e o meio ambiente já que o uso de material será sempre
racionalmente pensado para cada caso. A produção das pré-formas do PEAD é
23
normalizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas através da ABNT
NBR 15588:2008.
9- FABRICAÇÃO DO PEAD
Quando utilizamos as embalagens provenientes de PEAD, muitas vezes não
percebemos qual é a tecnologia envolvida no seu processo produtivo, desde a
etapa de extração da matéria-prima envolvida até a fase de acabamento final
do produto. Antes de termos uma embalagens quanto vimos em diversos
supermercados, é necessário termos uma pré-forma, trata-se de uma peça em
forma de tubo-com rosca, que será posteriormente soprada para chegar ao
acabamento final do produto –um frasco, uma garrafa produzida com PEAD, e
a isso ocorre na maioria dos produtos de embalagens de PEAD existentes.
De modo geral, podemos afirmar baseando sempre nas contribuições de
diversos autores, na produção de embalagens (seja sacos plásticos e até
mesmo garrafas) de PEAD, podemos afirmar que as empresas de primeira
geração são as fabricantes de matérias primas, tais como (Braskem, a
Petrobrás) o etileno que é o monômero que dará origem ao meu polímero. Já
as empresas de segunda geração são as que veem representar o setor de
resinas plásticas (caso da Braskem) e o segmento de terceira geração pelas
industrias de transformação, que poder fabricar os produtos para o consumidor
final.
O processo se dá inicialmente coma extração e o refino de petróleo de onde
se produz a nafta, que segue para ser manufaturada e através de processos de
separação aplicadas na refinaria obtem-se desse jeito o eteno. E a partir desse
eteno obtido é submetido a reações de craqueamento onde as duplas ligações
do eteno são quebradas pela ação de catalizadores aquele usado por Ziegler e
Natta para obtermos assim o nosso polietileno de forma geral, porém o nosso
polímero de estudo é obtido usando-se pressões e temperaturas inferiores.
Os produtores de embalagens (sacos plásticos ou mesmo frascos de PEAD)
compram o PEAD virgem no produtor local, a resina sofre um processo de
injeção na qual obtem a pré-forma das embalagens.
9.1 Moldagem por Sopro
24
A moldagem por sopro é a terceira maior técnica de processamento para
termoplásticos. Com esta técnica específica, o processo de dar forma ao
produto é muito similar á técnica do formação do vidro, exceto pelas
temperaturas de moldagem relativamente baixas. Assim como na manufatura
de recipientes de vidro, a moldagem por sopro é frequentemente usada para
recipientes de plástico. Dentre eles, vários produtos comerciais, incluindo
peças automotivas, as quais podem ser economicamente fabricadas por este
método. (Engineers, Material Science for-pág.490)
A moldagem por sopro é um processo de transformação utilizado para se
produzir artigos ocos fechados ou com gargalhos, tais como garrafas,
brinquedos e recipientes diversos.
Este processo de transformação pode estar ligado sequencialmente a uma
extrusora ou a uma máquina injetora de rosca reciprocativa. Uma seção de um
tubo polimérico moldado (psrison) é extrudado para dentro da configuração do
molde. Está técnica é amplamente usada para a manufatura de garrafas e
artigos similares. No caso de grandes artigos, como as garrafas de bebida de 2
litros, o parison pode ser previamente moldado no processo de injeção e
orientado para fornecer uma força adicional para o produto final soprado.
(Polymer Science, Textbook of-pág.459)
As embalagens funcionais e algumas delas estéticas são relativamente
econômicas quando produzidos em larga escala, e os mesmos uma grande
parte deles é destinado a produtos indústriais têm como principal fonte de
matéria-prima material plástico pelo processo conhecido como moldagem por
sopro. O processo de transformação de plásticos por sopro nos dias de hoje
está mais voltado no segmento de embalagens para diversos produtos. Os
produtos soprados carregam com ele mesmo vantagens em relação ás
embalagens convecionais, exemplo no aumento resistância a quedas, aliado
ao baixo custoque pode conter no seu acabamento final frente a alta
produtividade e a segurança que o método oferce.
O processo é simples, consiste de forma básica na expansão de uma prefoma
aquecida de material plástico, sob ação do ar comprimido no interior de um
molde bipartido, ao contato com o molde o material resfria e endurece,
permitindo uma abertura da ferramenta e a extrusão da peça produzida.
25
9.2Técnicas de Moldagem por Sopro 9.2.1 Núcleo extrusado
Nessa técnica, a mais disseminada, utiliza-se uma extrusora convencional para
produzir a preforma, ou o núcleo na forma de tubo,que é extrusado entre as
duas metades do molde. Ao ser atingido o comprimento adequado, o molde
fecha, esmagando a extremidade inferior do tubo. De modo que, com tempo
uma faca corta o mesmo rente á saída da extrusora, permitindo o transporte do
molde, com o núcleo aprisionado a uma nova posição, na qual um mandril de
sopro é inserido na abertura superior, tapando-a.
Após o sopro ocorre uma expansão e resfriamento, o molde abre, a peça é
extraída e o ciclo pode ser repetido.
Figura 12: Moldagem por sopro: processo do núcleo extrudadoFonte: amigosnerd.net/exatas/enganharia/extrusão-por-sopro
9.2.1.1 Moldagem por sopro: processo do núcleo extrudado.
Essa técnica não utiliza a capacidade plena da extrusora, e a produção é
limitada. O ciclo tem uma longa duração e os custos da operação focam
bastante elevados. Mas a técnica se justifica para pequanos trabalhos de
desenvolvimento ou para trabalhos de laboratório.
26
As características dos materias moldados por sopro, pela de núcleo extrudado
e a variação inevitável de espessura de parede ao longo da peça resultante,
em função do diferente nível de expansão e que ficam sujeitas diferentes
regiões do núcleo, até entrarem em contato com o molde, e do resfriamento a
que o material fica sujeito naquelas regiões em que o contato ocorre. De modo
que as peças resultam mais finais nas regiões que apresentam mudanças
bruscas de direção. O afinamento, que irão demandar alteração do projeto da
peça ou aumento da espessura do núcleo.
Doutro lado os recipientes produzidos por esta técnica têm como característica,
fundos espessos, via de regra impositivo para se garantir boas condições de
soldagem na bolsa de esmagamento, situada na parte inferior da ferramenta. A
variável físico-química usada no processo de sopro normalmente estão na faixa
de 0,2 a 2 Mpa, sendo mais usual a faixa de 0,5 a 1 Mpa. Essa magnitude de
pressão exige uma força de fechamento dos moldes que variam em torno de
100 kN por unidade de pressão e por metro quadrado de área projetada do
moldado na direção do fechamento.
Os estudos que veem sendo desenvolvidos atualmente , vem-se procurando
eliminar a necessidade de uma operação posterior ao corte do excesso do
material da extremidade inferior do molde (rebarbação) incorporando-a ao
próprio processo de fechamento do molde. Desse modo, essa solução deve ser
conseguida mediante a garantia de uma prévia e eficiente soldagem do fundo.
9.2.2 Núcleo injetado
O problema do afinamento localizado na parede do moldado pode ser
contornado quando se usa a técnica de núcleo injetado, na qual se utiliza uma
pré-forma injetada que é transferida para a estação de sopro, onde é soprada,
27
resfriada e extraída. O material já é moldado ao redor de um pino, que serve de
mandril de sopro. Figura 13: representação de injetora
9.2.2.1 Moldagem por sopro: processo com núcleo injetado
Dentro de certas limitações é possível abrigar tanto o molde de injeção como o
de sopro num mesmo par de placas. A transferência automática do núcleo
através de mecanismos adequados envolve um mínimo de trabalho.
A principal vantagem está em que as peças podem ser conformadas de um
molde de injeção encarece o processo. Enquanto que essa técnica apresenta
como desvantagem principalmente em termos econômicos, a necessidade de
um molde de injeção encarece o processo.
9.3Características das ferramentas
Alguns pontos específicos precisam merecer consideração especial no projeto
do moldes para a moldagem por sopro, e serão aqui comentadas.
9.3.1 Descrição geral do processo
A unidade de produção para um processo de moldagem por sopro é composto
dos seguintes componentes:
a) A máquina utilizada para se obter o plástico (uma extrusora para o
processo EBM ou uma injetora para o processo IBM);
b) O sistema para fomar o parison ou a préfoma (matrizes de extrusão em
EBM ou moldes de injeção em IBM);
c) O molde de sopro.
28
Portanto, todos os processos de moldagem por sopro consistem de 3 fases:
1) Plastificação do granulado de resina termoplástica, normalmente através
de uma extrusora monorosca;
2) Produção de uma pré-forma fundida-ou um tubo extrudado ou parison,
no caso da chamada moldagem por extrusão-sopro, ou uma pré-forma
moldada por injeção, no caso da chamada moldagem por injeção-sopro;
3) O sopro do parison ou pré-forma (normalmente com ar) no molde,
seguindo da extração e da operação de rebarbação da peça. (Moldagem
por sopro, Manual de processamento de-pág.6)
O primeiro passo é a produção da pré-forma (parison ou pré-forma
injetada), depois a pré-forma aquecida é depositada dentro do molde de
sopro que fecha sobre a mesma e em seguida é soprada (inflada) contra as
paredes do molde, adquirindo a fomra para ser refrigerada e expelida como
produto final após o estágio de refrigeração, em muitos casos o produto
necessita de uma operação de acabamento posterior, como por exemplo,
rebarbação, impressão, etiquetagem, enchimento, etc. porém, com
equipamento moderno, muitas dessas operações de acabamento podem
ser executadas dentro do molde.
9.3.2 Máquina Sopradora (princípios de funcionamento)
O princípio de funcionamento de uma máquina sopradora (figuraxj), em termos
de alimentação e aquecimento do material plástico é praticamente idêntico ao
funcionamento de uma máquina injetora e uma máquina extrusora de plástico.
29
Figura 14: Máquina Sopradora
O material é colocado no funil da máquina, onde o mesmo afunila o material,
passando-o para o cilindro (canhão da máquina que, envolvido por
resistências, aquece o material. O mesmo é transportado para o cabeçote da
sopradora por uma rosca sem fim, matriz, que por sua vez da o fomrato
desejado ao material, que sai em forma de mangueira (parisonou pré-forma
(figura h), sendo prensado pelo molde, cortado e soprado em seguida,
formando a peça desejada.
Figura 15: Parison e pré-formas
Junto ao cabeçote da sopradora existe um programador que controla o
movimento do pino móvel, que por sua vez, determina a espessura da parede
do parison, conforme o necessário. A rosca da máquina geralmente tem sua
velocidade controlada, onde determina, também, a velocidade de saída do
parison. (Injeção, Moldes – pág. 176)
9.3.3 Moldes para sopro
Nos processos de moldagem por sopro geralmente são utilizados materiais
termoplásticos, principalmente o PE (polietileno), PP (polipropileno), PVC
(policloreto de vinila) e o PET (politereftalato de etileno). Materiais como
polímeros de engenharia também são soprados em menor escala.
Aproximadamente 50% dos produtos soprados são PEAD (polietileno de alta
densidade). Em especial temos as embalagens de refrigerante que em volume
representam grande parte dos produtos soprados e são fabricadas em PET. O
30
PP tem a vantagem de ser facilmente modificado (agentes de enchimento¹ e
elastômeros).
Os termoplásticos podem não ser apropriados para algumas aplicações,
porque o material plástico é permeável e permite o vazamento do produto
através das paredes da peça, ou permite a penetração de um meio do
ambiente, como o oxigênio por exemplo. Para um tipo de plástico determinado
existem várias maneiras de superar esse problema. Por exemplo, aumentando
a espessura de parede do produto, colocando uma camada de material mais
impermeável (PE de estrutura molecular cruzada, PVDC², ou mais comumente
uma camada de EVOH³).
9.3.4 Processo de fabricação/transformação: Moldagem por extrusão-sopro
Segundo Michaeli/Greif/Kaufmann/Vossebürger, extrusão é “a fabricação de
um semimanufaturado contínuo de plástico. O espectro de produtos estende-se
de simples semimanufaturados como tubos, placas e filmes até perfis
complicados. Também é possível um processamento adicional direto do
semimanufaturado ainda quente, por exemplo, por sopro ou calandragem.
Como o plástico é completamente fundido durante a extrusão e adquire uma
forma completamente nova, classifica-se a extrusão como processo de
moldagem”, o qual é, por sua vez, classificado como processo de fabricação.
(Plásticos, Tecnologia – pág. 88).
Com base na definição acima, mais especificamente na expressão “ um
processamento adicional direto do semimanufaturado ainda quente, por
exemplo, por sopro...” é que será estudado o processo de fabricação /
transformação por extrusão-sopro. Para melhor compreensão desta fusão de
processos é necessário entender como se realiza basicamente o processo de
extrusão, começando pela máquina denominada extrusora. Na sequência
veremos a junção dos processos de extrusão e sopro, conhecendo também as
particularidades da máquina onde são realizados.
9.3.4.1 Extrusão
A máquina extrusora é o componente padrão em todas as instalações e
processos baseados em extrusão. Tem como função produzir um fundido
31
homogêneo do plástico alimentado, normalmente na forma de granulado ou em
pó, e conduzí-lo com a pressão necessária através da ferramenta.
Figura 16:Esquema de uma unidade de extrusão
A extrusora é basicamente composta das seguintes partes:
Funil
Rosca
Cilindro
Sistema de Aquecimento
9.3.5 Processo de fabricação/transformação: Moldagem por injeção-sopro
Um dos processos mais versáteis e modernos no campo da transformação e
processamento dos polímeros é, sem dúvida, o da moldagem por injeção.
(Termoplásticos, Processamento de – pág. 277)
A injeção é o principal processo de fabricação de peças de plástico. Cerca de
60% de todas as máquinas de processamento de plástico são injetoras. Com
elas podem ser fabricadas peças desde miligramas até 90 Kg. A injeção
classifica-se como um processo de moldagem, ou seja, um processo de
fabricação. (Plásticos, Tecnologia dos – pág. 104)
O processo de injeção é adequado para produção em massa, uma vez que a
matéria prima pode geralmente ser transformada em peça pronta em uma
única etapa. Esta afirmação não é válida para o processo de injeção-sopro já
que possui duas etapas, sendo a primeira etapa a injeção da pré-forma e a
segunda etapa o sopro desta pré-forma dando origem ao produto final.
32
Existem diversas técnicas envolvendo o processo de injeção como, por
exemplo, injeção convencional, injeção a gás e injeção com água. Neste
estudo nos concentraremos nas técnicas de injeção-sopro existentes.
9.3.5.1 Injetora
Injetoras são, em geral, máquinas universais. Sua função abrange a produção
descontinuada de peças, preferencialmente a partir de fundidos
macromoleculares, apesar de a moldagem ocorrer sob pressão. (Plásticos,
Tecnologia dos– pág. 105) O preenchimento destas funções é executado pelos
diferentes componentes de máquinas injetoras que, basicamente, são:
Unidade de Injeção
Unidade de Fechamento
Molde
Figura 17: unidade de injeção
10 Características das ferramentas/processo com núcleo injetado
10.1 Bolsa de esmagamento
O fundo dos recipientes produzidos por moldagem por sopro, a partir de
núcleos extrudados, apresenta uma concentração de material devida ao
esmagamento do tubo. É essencial assegurar a moldagem das faces opostas
do tubo e prover espaço para o excesso de material, que forma uma rebarba a
ser removida após a moldagem. A prática tem consagrado o desenho do fundo
33
da ferramenta como uma plataforma de esmagamento de largura tal que não
venha a provocar o corte do tubo, sem prover uma moldagem adequada. Essa
plataforma é seguida de uma parte angular e de uma bolsa, onde fica retido o
excesso de material. A fim de melhorar as condições soldagem,especialmente
no caso de grandes espessuras da parede, é conveniente assegurar uma certa
acumulação de material na região da solda, o que pode ser conseguido de
distintas maneiras.
Figura 18: molde para moldagem por soproFonte: alibaba.com
Se caso o ângulo de esamagamento for muito grande pode prejudicar o
resfriamento do fundo do recipiente moldado, produzindo fundos
esbranquiçados e sem brilho. Já com ângulos muito reduzidos pode ocorrer
que o material já excessivamente resfriado seja empurrado para dentro da
cavidade do molde, dando um fundo aparentemente resistente, mas na
verdade alojando regiões de soldagem enfraquecida, que funcionam como se
fossem fissuras.
10.1.1 Eliminação do ar
A qualidade dos moldados por sopro depende fundamentalmente de se dispor
de uma boa eliminação da massa de ar que fica aprisionada entre o núcleo e o
molde, por ocasião do fechamento. Ele precisa ser eliminado a fim de permitir
que o núcleo, ao expandir, possa entrar livremente em contato com as paredes
das cavidades do molde. Se isso não ocorrer, o ar aprisionado e comprimido
inevitavelmente formaria bolhas, restringindo o fluxo do material e danificando a
peça moldada.
Em muitos casos, a eliminação do ar separação dos moldes. Preferivelmente
devem ser previstos canais de saída de ar, usinados na superfície de contato
34
com um dos moldes, ou simplesmente rasgos rebaixados, com uma
profundidade de 0,1 mm, e cerca de 1 ossa é feita exclusivamente pela
superfície de 10 mm de largura.
Nos cantos e rebaixos são muitas vezes saída de ar, terminando, na superfície
do molde, em furos com 0,1 ou 0,2 mm de diâmetro. O acesso a esses furos
maiores, com 0,5 a 1,5 mm de diâmetro. Em outros casos, furos grandes são
levados até a superfície do molde e cobertos dando-se a saída do ar por meio
de duros requeridos recursos adicionais para 20 com 21 buchas sextavadas
que deixam seis canais de saída de ar com largura da ordem de 0,1 mm.
Finalmente, são usadas, às vezes, placas sinterizadas, que por serem porosas,
permitem a eliminação do ar.
10.1.2 Refrigeração
A extração dos moldados só pode ser feita após terem sido suficientemente
resfriados, e de uma maneira uniforme, que não venham a promover
contrações localizadas que possam deformar os mesmos. Variações de
temperatura nas peças extraídas podem provocar distorções, como
empenamentos do fundo, concavidades nas paredes laterais, bocais
assimétricos e perda de tolerância. Esses defeitos, por seu turno, podem afetar
a rigidez esperada do moldado.
As inevitáveis variações de espessura do moldado se traduzem, também, em
variações no conteúdo calorifico das diferentes regiões do moldado. O sistema
de refrigeração provido no molde deve levar em conta essas variações, de
forma a promover troca mais intensa de calor nas regiões mais espessas. Na
prática isso se traduz em pelo menos três circuitos independentes de
refrigeração, para o bocal, o corpo e o fundo do recipiente, respectivamente.
Adicionalmente é necessário prover um jato de ar frio para resfriar a rebarba
abaixo da linha de esmagamento.
10.1.3 Linhas de separação
No projeto de uma ferramenta para a moldagem por sopro, a linha
deseparação entre as duas placas do molde deve ser alojada no plano mais
adequado para a peça pretendida, levando em conta considerações como o
uso e a estética da mesma. Quando possível esse plano deve dividir a peça em
35
duas partes iguais. Em peças que apresentam planos de simetria, a solução de
torna trivial. Para peças assimétricas, ou de configuração complexa, a decisão
sobre a linha de separação fica condicionada à posição do bico de sopro e,
também, às condições de extração da peça moldada, muitas vezes dificultada
pela presença de rebaixos. Sob certas circunstâncias pode se tornar
necessário prover insertos que possam girar ou escorregar para uma aposição
que possibilite a extração.
Na concepção envolvendo insertos é necessário ter especial atenção com
aqualidade da usinagem, já que pequenos desníveis na linha de separação
entre dois insertos, ou entre um inserto e o corpo do molde, podem traduzir-se
em linha visíveis, e indesejáveis, na superfície dos moldados. Idealmente essas
linhas de separação entre insertos devem ser alojadas nos locais em que
termina o processo de deformação (arestas ou transições curvas entre duas
superfícies).
10.1.4 Bicos de sopro
O mandril do sopro pode servir não apenas para introduzir o agente de
deformação. Em certas circunstâncias ele pode ser usado para calibrar a
dimensão da abertura da peça no bocal, ou para conferir um formato
determinado à porção superior do bocal.
10.2 Materiais para Molde
Os materiais empregados para moldes de sopro podem ser selecionados em
uma gama ampla, de acordo com a produção que é pretendida.
Nas pequenas produções, ou para moldes-protótipo, são comumente utilizadas
resinas fundidas, submetidas a tratamento de recobrimento superficial. Com
isso podem ser obtidas drásticas reduções de custo, relativamente a moldes
metálicos, sem problemas substanciais de dano da ferramenta dentro da vida
pretendida.
Para grandes produções, contudo, exclusivamente moldes metálicos são
empregados. Moldes de menor porte, para a produção de recipientes até o
limite máximo de dez litros, são fabricados em aços ferramenta.
36
Moldes de maior porte tornar-se-iam demasiado pesados se confeccionados
com aço. Eles são, por isso mesmo, executadas em ligas leves (alumínio,
zinco, berílio) fundidas. Ao baixo peso se associa a vantagem adicional de boa
condutividade térmica, assim como a da facilidade de manufatura.
10.3 Comparativos da Moldagem por sopro via injeção e Moldagem por sopro via extrusão
Normalmente, os investimentos para a moldagem injeção-sopro é maior do que
para a moldagem extrusão-sopro, e este é um parâmetro importante. Por outro
lado, a qualidade da peça moldada por injeção-sopro é melhor do que a
qualidade da peça moldada por extrusão-sopro. (SENAI-RS, 2002).
10.3.1Extrusão-sopro
a) Rebarbas; Entre 5% e 30% da rebarba gerada pode ser moída e
misturada ao polímero virgem. Esta reciclagem aumenta o custo do
equipamento e de sua manutenção, além de causar variações de viscosidade
no polímero fundido, resultando em instabilidade do processo.
b) Transparencia; Podem aparecer linhas de extrusão em alguns tipos de
materiais, ou se a matriz não tiver um acabamento perfeito.
c) Orientação molecular; Exceto em sopradoras de dois estágios, todo
parison extrudado é soprado e temperaturas muito elevadas, a fim de
possibilitar a orientação molecular, aumentando-se a resistência mecânica do
produto.
d) Custos (moldes/matrizes) Custo dos moldes é de 30% a 40% menor que
no caso da injeção-sopro.
e) Custo das máquinas; Para produção de garrafas / containers de
tamanho médio, o custo é similar às máquinas de injeção-sopro.
10.3.2 Analogamente para injenção-sopro
a) Normalmente não há geração de rebarbas, eliminando a necessidade de
37
operações secundárias. A geração de rebarbas pode vir durante o setup da
máquina ou erros no acerto da cor. A incorporação desta rebarba ao material
virgem não altera o processo.
b) Praticamente não há linhas ou manchas de processo.
c) O processo de injeção-sopro gera orientação durante o preenchimento
da cavidade.
d) Os moldes são caros e precisos; contudo, seu alto custo é justificado
pela maior eficiência e qualidade de acabamento do moldado.
e) Custo por 1000 garrafas/h cai sensivelmente se o número de cavidades
no molde for entre 10 e 14 com ciclo de 10s.
Algumas vantagens e desvantagens dos processos de injeção a sopro e do
processo de extrusão a sopro aparecem a seguir:
Vantagens:
a) Moldagem por sopro via injeção (e injeção com estiramento)
Moldados sem rebarba;
Bom controle de espessura do gargalo e da parede;
Mais fácil de produzir objetos não-simétricos;
b) Moldagem por sopro via extrusão
Moldados com rebarbas;
Deforma lentamente;
Altas velocidades de produção;
Maior versatilidade com respeito à produção;
Desvantagens
a) Moldagem por sopro via injeção (e injeção com estiramento)
Processo lento;
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Mais restrito no que concerne à escolha dos moldados;
São necessários dois moldes para cada objeto.
b) Moldagem por sopro via extrusão
Mais difícil de controlar a espessura da parede;
Necessária a operação de corte.
11 CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES DAS EMBALAGENS DE DETERGENTES DE PEAD.
A linearidade das cadeias e conseqüentemente a maior da densidade do PEAD
fazem com que a orientação, o alinhamento e o empacotamento das cadeias
sejam mais eficientes; pois as forças intermoleculares (Van der Waals) possam
agir mais intensamente, e, como a conseqüência, a cristalinidade, a fusão
poderá ocorrer em temperatura mais altas. (Guitián, 1995)
As características mecânicas e elétricas do polietileno de alta densidade são
apresentadas na tabela (rf). Enquanto as propriedades elétricas são pouco
afetadas pela densidade e pelo peso molecular do polímero, as propriedades
mecânicas sofrem uma forte influencia do peso molecular, do teor da
ramificação, da estrutura morfológica e da orientação.
O peso molecular tem influencia sobre as propriedades do PEAD,
principalmente devido ao seu efeito na cinética de cristalização.o efeito do peso
molecular depende de sua extensão, o PEAD de baixo peso molecular é frágil
e quebra sob baixas deformações, sem desenvolver “pescoço” (neck) no
ensaio de tração. Na faixa de peso molecular entre 80.000 e 1.200.000, típica
para o PEAD comercial, sempre ocorre formação de “pescoço”.
Além disso, o peso molecular também exerce influencia sobre a resistência ao
impacto. O PEAD tem qualidades relevantes como sua grande durabilidade,
estanqueidade, resistência a corrosão e ductibilidade. Devido a flexibilidade o
PEAD é menos suscetível a danos causados por oscilações extremas, como
vibração a choques. NBo aspecto técnico não existem restrições para a
reciclagem do PEAD.
39
Normalmente são empregados 1,75 kg de petróleo para fazer 1 kg de PEAD.
Seu símbolo de reciclagem é o “2”. Em 2007 o mercado do PEAD chegou a 30
milhões de toneladas. (WWW.scielo.br). O PEAD possui excelente resistência
a agua sem segurar o oxigênio ou o gás carbônico. A reciclagem do PEAD
provém de uma infinidade de origens como embalagens plásticas. Barris em
PEAD, brinquedos, utilidades, sacolas em PEAD e outros produtos que
selecionados, limpos, moídos, secados e transformados em granulado.
O PEAD é um material que apresenta a propriedade única dentre os
termoplásticos de atoxidade. Esta recomendada para uso em contato com
alimentos, tais como balcões para desossa de carnes e peixes, bem como para
o preparo de alimentos no lar, impermeável a líquido e gases, com absorção de
umidade praticamente nula, excelente resistência e propriedades químicas, e
baixo coeficiente de atrito são algumas de suas características.
Principais Características :
- Baixo coeficiente de atrito;
- Excelente resistência química;
- Soldável, moldável e estampável;
- Pode ser aditivado;
- Baixo peso específico (0,95 g/cm3);
- Anti-aderente;
- Auto-lubrificante;
- Boa resistência dielétrica;
- Boa resistência ao impacto
40
Tabela 1: propriedades térmicas, físicas, elétricas e mecânicas do PEAD.
Tabela comparativa entre o PEAD e o PEBD:
Tabela 2: tabela comparativa das principais características do PEAD e PEBD.
11.1 Aditivação
Os aditivos têm com função conferir propriedades especificas aos plásticos, no
sentindo de melhorar seu desempenho na linha de compostos para
termoplásticos de uso geral e de Engenharia:
Concentrados estabilizantes de luz ultravioleta (anti-Uv)
Se a luz solar que recebemos diariamente fosse constituída somente por ondas
visíveis não causaria nenhum problema á matéria plástica. Entretanto, junto
41
com o espectro de luz, percebemos também uma faixa de onda chamada de
ultravioleta, e que é responsável pela ruptura das cadeias moleculares, e
conseqüentemente degradação e perda das propriedades mecânicas, térmicas,
etc., do plástico. A presença da chuva, sol e outros ambientes agressivos
aceleram esse processo.
Existem certos aditivos que, quando adicionados ao plástico,durante seu
processamento (extrusão, injeção etc.), em proporções balanceadas na forma
de concentrados, darão ao plástico uma proteção, como se fosse uma barreira,
contra os efeitos nocivos da luz solar. Eles são chamados protetores contra a
luz ultravioleta e mantêm a característica do polímero durante a sua vida útil.
Contudo, há diversas versões com propriedades especiais que podem conter:
Reforço com fibra de vidro;
Reforço com fibra de vidro mais modificadores de impacto para tornar a
resina mais tenaz;
Reforço com fibra de vidro mais aditivos anti-chama;Reforço com fibra
de vidro mais mica;
Reforço com fibra de vidro mais resina reciclada;
Reforço com fibras longas de vidro;
Aditivos condutores de eletricidade (para que a resina barre radiações
eletromagnéticas) mais fibras de carbono para reforço;
Obviamente, corantes e pigmentos são utilizados para colorir as resinas. No
caso de filmes, podem ser usados aditivos para controlar a rugosidade
superficial e, conseqüentemente, o coeficiente de atrito da superfície do filme.
Outros aditivos podem ser usados para controlar o grau de transparência e de
reflexão superficial.
11.2 Degradação do PEAD
Define-se degradação como o conjunto de reações que envolvem a quebra de
ligações primárias da cadeia principal do polímero, e formação de outras, com
conseqüente mudança da estrutura química e redução da massa molar
(CANEVARÓLO JR., 2002).
A degradação do PEAD pode ocorrer em qualquer estágio, desde a sua
produção até o seu uso final, mas, para a maioria das aplicações, a fase em
42
que ocorre a maior degradação e de forma mais rápida é durante o
processamento, quando o polímero é exposto a condições severas de
cisalhamento e temperatura. Esta degradação foi muito versátil, existindo
diferença com a sua tecnologia de obtenção (reatores de polimerização,
pressão, temperatura, catalisador utilizado, etc) e também sendo influenciada
por fatores como temperatura de processamento, cisalhamento, quantidade de
oxigênio presente, resíduos catalíticos e tipo de estabilizantes ulizados.
11.3 Hidrolise
O PEAD é um polímero que apresenta uma estrutura linear, A presença de
água em temperaturas inferiores a 180°C é bem tolerada pela resina, porém,
acima desta temperatura, ou no estado fundido (250 - 280°C) as moléculas de
água promovem intenso ataque nas ligações éster, formando moléculas de
baixa massa molar, como o ácido carboxílico, e outros grupos funcionais.
Esses ácidos posteriormente catalisam novas reações de hidrólise, tomando o
processo de degradação um circulo vicioso (WIEBECK, PIVA, 2004).
Recomenda-se que a umidade presente no material, não seja superior a
0,005% , para que a reação de hidrólise não promova reduções elevadas na
massa molar do polímero.
11.4 Degradação térmica
Se a cadeia principal de um polímero tiver alguma ligação química, com
energia de ligação mais baixa que a da ligação simples C-C (83 Kcal/mol), esta
pode ser desestabilizada termicamente e ser atacada por uma molécula de
baixa massa molar (oxigênio, água). Este ataque normalmente gera a cisão da
cadeia principal neste ponto. Considerando-se a cadeia polimérica como um
todo, esses ataques podem ser distribuídos de maneira aleatória na cadeia
principal, gerando uma degradação térmica com cisão de cadeia aleatória
(CANEVAROLO JR., 2002).
Quando mantido por muito tempo em temperaturas superiores a 190°C o PET
sofre degradação termo-oxidativa, provocando o amarelecimento dos grãos ou
flakes.
43
12 BENEFÍCIOS DAS EMBALAGENS (DETERGENTES) DE PEAD
Quando o consumidor opta por um produto, a embalagem, naturalmente, vai
junto. Ela faz parte do produto e muitas vezes não pode ser separada antes
dotérmino do consumo daquilo que realmente interessa: o que está dentro da
embalagem. Neste momento o consumidor pode optar entre simplesmente
jogar sua embalagem no lixo ou dar a ela o destino correto, para o qual foi
concebida: a reciclagem.
100% recicláveis e de ótima performance ambiental, as embalagens de PET
representam o mais moderno conceito de embalagem e oferecem inúmeros
benefícios ao longo da cadeia de produção e consumo.
Para o consumidor:
São extremamente leves, permitindo que grandes volumes sejam
carregados com facilidade;
Transparentes, permitem visualizar o produto que será consumido;
Possuem sistemas de fechamento eficientes;
Inquebráveis, permitem que crianças possam usá-las;
Preservam o produto até o fim do consumo;
Evitam desperdício.
Democrática, está presente em artigos destinados a todas as classes;
Com o barateamento dos custos de produção, os produtos tornaram-se
mais acessíveis;
São recicláveis e podem ser facilmente separadas de outros produtos.
.Para a indústria e o comércio:
São brilhantes e chamativas;
O sistema produtivo versátil permite variedade de formas;
Não quebram na linha de produção;
Evitam desperdício de material, embalagem e produto;
Todos podemos contribuir para que as embalagens de PET sejam efetivamente
recicladas, aumentando e potencializando todos os benefícios acima: basta
encaminhar as garrafas e frascos para a reciclagem.
13 NOMES COMERCIAIS E PRINCIPAIS FABRICANTES
44
A introdução do PEAD no mercado de embalagens plásticas abriu caminho
para que muitas empresas surgissem e tivessem ativa participação no
mercado. As pré-formas do PEAD foram adotadas, pois possibilitavam um
grande índice de redução de custos de embalagens para as empresas que
consomem esse polimero, afinal elas reduziam o peso de muitos materias,
diminuíam os custos do transportes por serem mais compactas, além de
permitirem designs específicos para cada tipo de produto.
Existem diversas empresas especializadas na fabricação de pré-forma de
embalagens PEAD no Brasil. Segue abaixo relação de algumas dessas
empresas:
Nome da Empresa: Embrapack Ind. Sopro e Injeção Ltda. Localização: cidade de Betim, região metropolitana de Minas GeraisNome da Empresa: Plásticos arakenLocalização: cidade de São PauloProduto: fabricação de embalagens flexíveis de PEAD.
Nome da empresa: Prisma Localização: cidade de São PauloProduto: embalagens de PEADNome da empresa: ABet Produtos PlásticosLocalização: cidade de São PauloProduto: embalagens plásticasNome da empresa: Rosil EmbalagensLoclização: cidade de São PauloProduto: embalagens plásticas.
Tabela 3: relação de alguns produtores de pré-formas Brasileiros.
14 RECICLAGEM DO PLÁSTICO PEAD
Reciclar consiste em vários processos pelo qual deve passar um determinado
material, após já ter sido fabricado ou utilizado e descartado, para que retorne
novamente ao ciclo de produção e possa ser transformado num bem de
consumo, assim economizando energia e preservando os recursos naturais e o
meio ambiente (Silva e Miranda, 2003).
Os processos de reciclagem mecânica, são mais comuns, os quais consistem
em moagem, derretimento, corte e granulação de resíduos plásticos.
Inicialmente, as peças plásticas devem ser selecionados em tipos iguais de
materiais antes do inicio efetivo do processo. O plástico selecionado é derretido
e moldado em uma nova forma ou cortado em pequenos grânulos (chamados
de granulados) que serão posteriormente utilizados como matéria-prima para
45
praticamente qualquer finalidade, nos quais são excluídos hospitalar e
alimentar.
Na reciclagem de plásticos deve-se observar que ao derreter polímeros
diferentes, estes não se misturam facilmente, pois é necessário que sejam de
um mesmo material para que o processo de mistura seja homogêneo. Plásticos
diferentes tendem a não se misturar, entretanto em muitos compostos pode ser
usar um agente compatibilizante.
Misturadores recentes realizam a mistura de plásticos colocada em tonéis que
giram com alta velocidade, o que gera calor pela fricção das partes de
plásticos, fazendo com que as partes de plástico homogeneízem-se
independente de sua natureza trata-se de uma importante nova tecnologia, que
vem reduzindo custos e processos da reciclagem.
Inicialmente o PEAD não sendo reciclado, seu descarte na natureza provocava
muita sujeira ee poluição ambiental. Atualmente,a reciclagem de PEAD é
praticada em larga escala por cooperativas e empresas de reciclagem. O
processo de reciclagem do PEAD passa pelas seguintes etapas:
1) Os produtos de PEAD são lavados e passam por um processo de
prensagem;
2) Os fardos de PEAD são triturados, gerando flocos;
3) Os flocos passam por um processo de extrusão, gerando grãos
aglomerados;
4) Os grãos com aditivos são pellitizados.
15- DISCUSSÃO
A utilização do PEAD traz inúmeros benefícios e vantagens, pois elas são
facilmente recicláveis e oferecerem uma ótima performance ambiental.
Segundo a ABIPET (site, 07/06/2012) as principais vantagens associadas a
esse tipo de polímero estão abaixo relacionadas:
Para o consumidor:
São extremamente leves, permitindo que grandes volumes sejam
carregados com facilidade;
Transparentes, permitem visualizar o produto que será consumido;
Possuem sistemas de fechamento eficientes;
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Inquebráveis, permitem que crianças possam usá-las;
Preservam o produto até o fim do consumo
Evitam desperdício;
Democrática, está presente em artigos destinados a todas as classes;
Com o barateamento dos custos de produção, os produtos tornaram-se
mais acessíveis;
São recicláveis e podem ser facilmente separadas de outros produtos.
Para a indústria e o comércio:
São brilhantes e chamativas;
O sistema produtivo versátil permite variedade de formas;
Não quebram na linha de produção;
Evitam desperdício de material, embalagem e produto;
Possuem ótima resistência química, permitindo o envase dos mais
variados produtos;
Leves, tornam o transporte mais eficiente;
Para o Meio Ambiente
A resistência permite carregar muito mais produto que embalagem – as
Embalagens de PEAD têm a melhor relação peso/conteúdo do
mercado;
Num caminhão carregado, as embalagens de PEAD ocupam apenas
um espaço que não de grande significância da carga, enquanto algumas
embalagens ocupam até 48% do peso – ocupando desnecessariamente
o lugar do produto;
Nos sistemas retornáveis, esse peso morto ainda tem que voltar para
a fábrica do produto, gerando ainda mais emissões de CO2 e outros gases de
efeito estufa;
Sistemas retornáveis utilizam até 6 litros de água para cada litro
produzido. Isso é devido à água necessária para a lavagem das garrafas e
dos engradados que as transportam;
O sistema de fechamento eficiente evita desperdício, o que também é
ambientalmente correto;
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São inertes e não geram chorume em lixões e aterros, o que preserva
a água subterrânea e os rios;
Por serem leves, usam o mínimo de matéria-prima na sua fabricação,
além de economizar muito combustível e evitar a emissão de gases de efeito
estufa.
A maior parte dos plásticos pós-consumo é comprada suja (contaminada
por resíduos orgânicos), pois poucos municípios possuem coleta seletiva, o
que onera custos e, muitas vezes, até torna inviável essa
forma de reciclagem.
Quanto as aspecto de desvantagens, podemos citar alguns aspectos que
dificultam o processo de reciclagem, se constituindo nesses os principias
malefíciosem relação ao uso do PEAD
A maior parte dos plásticos pós-consumo é comprada suja (contaminada
por resíduos orgânicos), pois poucos municípios possuem coleta seletiva, o
que onera custos e, muitas vezes, até torna inviável essa forma de reciclagem.
A grande maioria dos catadores nunca foi treinada e seus
conhecimentos sobre o assunto são adquiridos na prática do dia a dia.
Ausência do código de identificação das resinas em muitos produtos
plásticos de acordo com a norma ABNT NBR 13.230. Este item dificulta a
separação dos diferentes tipos de plásticos, recorrendo-se, dessa forma, às
diferenças das características físicas e de degradação térmica, tais como:
densidade, comportamento ao calor e/ou teste da chama. Existe tecnologia
para separação dos plásticos, porém, com custo muito elevado. É importante
salientar que o PEAD não aceita misturas. Portanto, aqueles que desejam se
dedicar à revalorização dessa resina devem ter unidades para uso específico
da mesma.
Embora as pessoas estejam predispostas a serem consumidores conscientes e
a colaborar com o meio ambiente, as mesmas rejeitam de forma geral produtos
reciclados, associando-os a má qualidade. São poucos os produtos fabricados
com plásticos reciclados cujo marketing se baseia nessa característica.
Como pode ser observado, o poli (tereftalato de etileno) apresenta uma série
de vantagens bem maior que as desvantagens. E, se analisadas
cuidadosamente, podemos perceber que essas últimas são resultados de uma
sociedade sem muito envolvimento com a cultura da reciclagem, são pessoas
48
que sabem o quanto esse processo é fundamental, mas enquanto não forem
afetadas pelos malefícios dos seus atos, não se colocarão dispostos a ajudar.
Cabe ressaltar que muitos vezes, essa não é uma postura direta da pessoa, e
sim um conceito que foi internalizado desde a infância, por influência de pais
que talvez não foram instruídos adequadamente, ou de um governo que ainda
não possuía a plena visão desse patamar. Dessa forma, cabe a todos, a velha
e a nova geração, se empenharem em prol de um presente e um futuro mais
saudável para o planeta, parando de se preocupar com situações supérfluas e
reconhecendo a necessidade de um posicionamento imediato frente a tantas
questões importantes, onde podemos começar pela reciclagem.
16- CONCLUSÃO
Após um estudo geral do processo de moldagem por sopro podemos afirmar
que esta técnica de processamento está entre as três técnicas mais utilizadas
na produção de produtos plásticos, juntamente com a moldagem por extrusão e
a moldagem por injeção. Dentre as classificações referentes aos processos de
materiais plásticos existentes, a moldagem por sopro está classificada como
processo de transformação devido ao fato de não fabricar produtos a partir de
grânulos de polímeros e sim de matérias primas semi-manufaturadas,
originárias de processos sincronizados.
Estes processos são a moldagem por extrusão e a moldagem por injeção os
quais geram produtos semi-manufaturados como o parison e a pré-forma
respectivamente, fabricando-se assim a matéria prima para a transformação
dos mesmos em produto final através das técnicas de moldagem por sopro.
Estas técnicas são diversas e cada uma apresenta características específicas,
diferenciando-se pelo ferramental utilizado, máquinas e produtos fabricados
através delas.
Tal variedade de técnicas se justifica pela variedade de produtos exigidos pelo
mercado consumidor que demanda produtos soprados com utilizações distintas
desde produtos comuns como embalagens domésticas até peças técnicas
como reservatórios para uso automobilístico. Dentre estes produtos podemos
citar um que se destaca pelo alto volume consumido e também pela sua
49
resistência mecânica, este produto é a garrafa PET, comumente utilizado como
embalagem para refrigerantes.
Desta forma a moldagem por sopro se mostra como um processo de
fundamental importância para o processamento de diversos produtos plásticos
com alta demanda de mercado, em diversas áreas de aplicação, e que por si
só não fabrica produtos finais, mas é extremamente dependente de outros
processos para transformar matéria prima semi-manufaturada em produtos
para o mercado.
Segundo o autor (Martin, 2009) o PEAD é o de maior produção mundial
alcançando em 2007 o volume aproximado de 30 milhões de toneladas. De
acordo (Siresp,2009), divulgou que só no Brasil a produção do PEAD em 2008
foi aproximadamente 925.000 toneladas, representando cerca de 43% dos
polietilenos. E o seu principal uso consiste na fabricação de filmes, que
correspondem a cerca de 40% de seu volume; já o autor (Pradella, 2009) relata
que enquanto os artigos soprados representam 35%, peças injetadas 12% e
outras aplicações 13%.
Baseando nas comparações feitas por estes autores, quanto a produção do
PEAD e o mondo com que ele vem se destacando no mercado, espera-se que
um crescimento de produção ainda até os próximos anos. Visto que o PEAD
apresenta propriedades que permitem o mesmo ser transformado com grande
facilidade.
Devido a grande produção industria do PEAD, o entendimento e o controle de
sua degradação durante o processamento é um importante objeto de estudo
tanto para a industria como no âmbito acadêmico.
A degradação do PEAD pode ocorrer em qualquer estagio, desde a sua
produção ate ao seu uso final, mais, para a maioria das aplicações, a fase em
que ocorre a maior degradação e de forma mais rápida é durante o
processamento, quando o polímero é exposto a condições severas de
cisalhamento e temperatura. Esta degradação pode ocorrer de acordo com a
sua tecnologia de obtenção (reatores de polimerização, pressão, temperatura,
catalisador utilizado, etc) e também sendo influenciada por fatores como
temperatura de processamento, cisalhamento, quantidade de oxigênio
presente, resíduos catalíticos e tipo de estabilizantes utilizados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CRUZ, S. , “Moldes de Injeção Termoplásticos”. São Paulo, SP, Editora Hemus Ltda.
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51
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Reto, M.A.S. – Revista Plástico Moderno, p.22, Agosto (2000).
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http://www.recopet.com.br/producao-em-2012/garrafas-pet/ - 26.05.2012 – 18:41h