Revista da Papelaria 210
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RJ
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631-
004
R$ 12,90
Lojas virtuais são a realidade do séc. XXI e
movimentaram R$ 43 bilhões em 2014.
A participação das papelarias é tímida,
mas ainda há tempo para mudar
Admirávele-commerce novo
ano XXII - fevereiro/2015 - nº 210 - www.revistadapapelaria.com.br
Revista da Papelaria 3fevereiro de 2015
26
34
20
Nesta edição
Editorial ..............................................4
Circulando .......................................... 6
Varejo .................................................10
InfoPaper: inovação e longevidade.
Tecnologia ........................................12
Outsourcing é alternativa para redução de custos.
Capa ....................................................16
Vendas on-line: realidade atual que garante potencial de crescimento.
Negócios .......................................... 20
Lei Anticorrupção para PMEs.
Representantes na Alemanha.
Entrevista ..........................................24
Heloísa Capelas, autora de O Mapa da Felicidade.
Giro no mix ......................................26
R$ 1 bilhão na Abrin 2015.
Dicas para conservar livros.
Mercado .............................................30
Conhecimento por meio de feiras de negócios.
Internacional ...................................34
Destaque............................................38
Representante ..................................42
MRNI Zampaglione Representações.
10
16
12
6
Editorial
Rosangela Feitosa [email protected]
A internet é o meio mais efi ciente para você ampliar mercados. Sem falar que é muito mais barato do que sair abrindo fi liais pela cidade ou país
Negócios em todo lugar
Você já deve estar mais do que exausto de ouvir dizer que a internet
é fundamental na vida e nos negócios, que toda empresa deve ter
seu site, de preferência com e-commerce, e deve atuar sistema-
ticamente nas redes sociais. Lamento te dizer que a reportagem de capa
desta edição vai mencionar tudo isso mais uma vez. No entanto, vai te
mostrar também que a internet é o meio mais eficiente para você ampliar
mercados. Sem falar que é muito mais barato do que sair abrindo filiais pela
cidade ou país. Além de registrar a experiência de duas papelarias com o
e-commerce, o repórter Luiz Moura mostra que há pouca participação do
mercado de papelaria nos R$ 43 bilhões de negócios
gerados nas plataformas digitais durante 2014. Vale a
leitura ao menos para inspirar o questionamento: por
que não garantir uma fatia nesse bolo?
Mas é claro que os negócios não estão somente na in-
ternet. E, nessa edição, mostramos o potencial das feiras
de negócios para criar relacionamentos e fortalecer os
vínculos comerciais, sem mencionar as oportunidades.
Assim como a internet, as feiras são democráticas, no
sentido de que são acessíveis a quase totalidade dos
empresários, seja para visitar, seja para expor.
Os negócios também estão presentes na seleção
de produtos que fizemos para Destaque. Você tem em
mãos uma revista inteirinha com dicas de oportunidade para alvancar
suas vendas num ano que começou com tantas notícias ruins: corrupção,
racionamento de água e energia e incertezas econômicas. Diante desse
cenário, é imprescindível que você possa contar com...
você. É isso mesmo! Invista na sua atualização e no seu
relacionamento com o mercado para seguir adiante o
mais ileso possível. Compartilhe a leitura desta edição
com sua equipe e bons negócios!
Ano XXII – FEVEREIRO/2015 – Nº 210ISSN 1516-2354
Direção-GeralJorge Vieira e Rosangela [email protected]
JornalismoEdição: Rosangela FeitosaCoordenação: Rachel RosaRedação: Carol Pamplona, Joyce Freitas, Luiz Moura e Rachel RosaRedes sociais: Carol Pamplona e Joyce Freitas
Revisão: Laila Rejane CoelhoColaboração: Felipe [email protected]
ArteDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia RodriguesAtendimento ao [email protected]
AdministraçãoGuilherme Braz e Thamires [email protected]
PublicidadeDireção comercial: Jorge Vieira
Atendimento Comercial em São PauloEricson Ortelan(11) 2978-8841 e (11) 99145-4181
Ivo Trevisan(11) 2099-4356 e (11) 98215-8322
Distribuição nacionalPapelarias, atacadistas, distribuidores, repre-sentações e indústrias do setor e departa-mento de compras de corporações.Conselho editorialRegião Norte: Ana Ruth da Silva Valin (Li-near Representações) e Rosangela Cunha (Livraria Concorde) | Região Nordeste: Pau-lo Fernando de Lima Mahon (Mahon Repre-sentações) e Carlos Nascimento (Shopping
do Estudante) | Região Centro-Oeste: Jorge Marcondes (Marcondes & Marcondes Re-presentações) e Wilson da Silva Oliveira (Pa-pelaria Grafitte) | Região Sudeste: Max Hen-rique Couto Faria (Escolar Representações) e Alexandre Caiado (JLM Papelaria) | Região Sul: Ismael Boeira (IFG Representações) e Mauricio Rodrigues (Zuliza Papelaria)[email protected]
Sede própriaAv. das Américas, 5001/309, Barra da TijucaRio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel/fax: (21) 2431-2112
www.revistadapapelaria.com.br
Análise estatística de árvoresRapidez e agilidade no acesso a informações sobre árvores plantadas e colhidas eram uma neces-
sidade da Klabin, fabricante de papéis para embalagem. Em busca desses aprimoramentos, a empresa
implementou o SAS Analytics Pro, ferramenta de análise estatística e elaboração de relatórios. Com a
plataforma, os levantamentos sobre amostragem de árvores, antes um processo demorado, agora são
disponibilizados em, aproximadamente, cinco minutos. “Com a adesão das ferramentas do SAS, evo-
luímos de um processo mais mecanizado para uma análise avançada de dados em tempo real”, revela
Luiz Gastão Bernett, especialista do setor de mensuração florestal da Klabin.
Segundo a Klabin, novas plataformas trouxeram ganhos operacionais na verificação de informações ligadas a coleta de campo, como altura, diâmetro, bifurcação e outros traços das árvores que necessitam de monitoramento
Circulando
6 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Suzano planta eucaliptos no ParáA Suzano iniciou em janeiro o
plantio de mudas de eucalipto em
duas fazendas no Estado do Pará. As
áreas, que pertenciam ao Programa
Vale Florestar, foram adquiridas no ano
passado, quando a empresa comprou
a totalidade das quotas do Fundo Vale
Florestar. Apenas durante o mês de
janeiro, a Suzano plantou 900 hectares
na Fazenda Conquistadora, no mu-
nicípio de Ulianópolis, e na Fazenda
Arizona, em Dom Eliseu, onde estão
em brotação outros 220 hectares. Ao
todo serão 1.120 hectares de novas
áreas plantadas.
Ferramenta de comparação de preçosO Zoom é uma plataforma virtual de comparação de
preços, que pode servir de aliado para os que buscam tanto
uma melhor oferta – no caso dos consumidores – quanto
avaliar os preços em relação à concorrência – útil para os
varejistas. O site aponta grandes diferenças de valores em
produtos similares, que podem gerar impacto de mais de
60% no valor final de uma lista de material escolar. Além da comparação de valores, o site disponi-
biliza espaço para comentários, o que também pode servir como ferramenta para o lojista checar a
própria imagem junto ao mercado.
A japonesa Tomy será responsável pela produção dos brinquedos em alusão aos
filmes Divertida Mente e The Good Dinosaur, que serão lançados pela Disney Pixar
no meio deste ano e início do ano que vem, respectivamente. Segundo a Disney
Consumer Products, segmento de negócios da Walt Disney Company, a companhia
foi escolhida pelo enfoque inovador e forte presença nos mercados internacionais.
“Nós colocamos nosso coração nesses filmes, portanto, é extremamente importante
que os parceiros na fabricação de brinquedos se envolvam e sejam fiéis a essas per-
sonagens que conhecemos tão bem”, afirma John Lasseter, diretor criativo da Walt
Disney e Pixar Animation Studios.
Quando visitei a sede da Tomy, no Japão, fi quei impressionado por seu compromisso com a qualidade e acabamentoJohn Lasseter
Diretor criativo da Walt Disney e Pixar Animation Studios
lança produtos para filmes da Pixar
Revista da Papelaria 7fevereiro de 2015
Tilibra aproxima fãs e ídolosCom o conceito ‘Quem é fã vai de Tilibra’, a companhia quer deixar
o público e as estrelas do pop mais próximos. Para isso, lançou um app
(para iOS e Android), no qual é possível tirar selfies com os personagens
preferidos, compartilhando a foto em redes sociais. Lançada no pro-
grama Pânico, da TV Band, a campanha também é veiculada na revista
teen Capricho e nos canais a cabo Discovery Kids, Cartoon Network,
Disney Channel, Disney XD e Nickelodeon.
A campanha ‘Quem é fã vai de Tilibra’ busca ressaltar não só a variedade de produtos criados pela marca, mas também a diversidade de personagens e temas presentes nos materiais
Por que dói tanto cortar o dedo com papel?
Quem trabalha em pape-larias, escritórios ou mesmo qualquer pessoa distraída acaba cortando o dedo com folhas de papel. E por menor que seja o ferimento, ele costuma arder bastante e causar desconforto.
Parte da razão está no fato de as mãos possuí-rem muitos instrumentos sensoriais que passam in-formações sobre tempera-tura, dor e pressão para o cérebro. Um pequeno corte na perna, por exemplo, não seria tão dolorido por ter menos nervos.
Mas isso não acaba com o mistério. Cortes com faca normalmente não doem tanto quanto os feitos com folhas de papel, embora possam causar maiores danos. A explicação mais aceita aponta para as bei-radas flexíveis e mal afiadas da folha. Apesar de cortes de pouca profundidade pa-recerem menos doloridos, os especialistas dizem que, no caso do papel, esse tipo de ferimento é pior. Isso porque as bordas do papel não cortam a carne do dedo, mas acabam rasgando-a, fazendo com que o dano microscópico seja maior. Além disso, essa lesão im-perceptível aos olhos hu-manos atinge mais nervos, que enviam mais sinais de dor ao cérebro!Fonte: megacurioso.com
Curiosidades
Boas previsões para o papel-cartão
Otimismo é a palavra de ordem
para o nicho de papel-cartão. Ou,
pelo menos, para a Ibema, terceira
maior fabricante do produto no Bra-
sil, que calcula registrar aumento de
até 8% na receita líquida em relação
a 2014. A companhia paranaense
fechou o ano passado com 90 mil
toneladas de papel-cartão
produzidas – o que
significou aumento de
10% na geração de lu-
cros e crescimento de
8% nas vendas. “Cada
quilo de papel vendido
terá importância muito
maior do que nos anos
anteriores”, projeta Lu-
cas Avelino, gerente
comercial da Ibema.
Dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) mostram que o setor de embalagens responde por, aproximadamente, 40% da produção da indústria gráfica
Circulando
8 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Redução de preços de material escolar tem parecer favorável
Mais um passo rumo à redução de impostos sobre ma-
terial escolar foi dado. O relator da Comissão de Finanças
e Tributação da Câmara Federal, deputado André Moura
(PSC–SE), foi favorável ao projeto de Lei nº 6.705/2009, que
tramita há cinco anos na Câmara Federal, e dispõe sobre
a isenção do IPI e alíquota zero de PIS/Pasep/Cofins para
materiais escolares. Além dessa, há a PEC 24/2014, que
estabelece o fim dos impostos sobre os materiais escola-
res. As medidas vão ao encontro do lema que, segundo a
presidente Dilma Rousseff, vai conduzir o Brasil a partir de
agora: “uma pátria educadora”.
Varejo
10 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Inovação e diversificação de produtos é a receita para a longevidade do pequeno empreendimento
TEXTO: FELIPE SANTOS
Fundada em 1994,
em São Paulo/SP, a
Infopaper! sempre
teve como principal
objetivo vender produtos
diferentes que tivessem
estilo e qualidade, além de
oferecer o que há de mais
moderno e sofisticado em
papelaria e design. Já na
década de 1990, a gama de
opções era ampla: moleski-
nes, papéis de presente,
objetos de decoração e ma-
teriais de escritório.
Hoje, sob o comando de
Tanio Jario Boscolo, a pa-
pelaria oferece aos clientes
muito mais que produtos
convencionais. Além das
muitas opções de supri-
mentos de informática, –
como mouse pads com de-
sign diferenciado, pen dri-
ves, canetas especiais para
tablets e smartphones –, a
linha usual de presentes,
canetas finas e artigos es-
pecíficos para profissionais
preenchem as prateleiras.
Tanio aponta que um dos
principais fatores que as-
Sofisticação para o sucesso
seguraram a sobrevivência
e o sucesso da Infopaper!
ao longo dos anos, em um
mercado tão competitivo,
foi a capacidade da empresa
de acompanhar as tendên-
cias, novidades e atuar em
novos mercados como a
venda on-line. “Adaptação
e capacidade de mudanças
são fatores extremamente
importantes para o empre-
endedor”, afirma.
Apesar da trajetória po-
sitiva, a Infopaper! ainda
enfrenta desafios que são
comuns a todos os pequenos
e microempreendedores,
dos mais diversos setores no
país: a falta de incentivo do
governo, alta carga tributária
e altos custos fixos. Mesmo
com esse contratempo, o ce-
nário é promissor. A empresa
tem expectativa de aumento
no volume de vendas, com
uma política diferenciada de
promoções e descontos para
atrair mais clientes.
Para garantir bom resul-
tado, a empresa aposta no
que foi o principal divisor
Revista da Papelaria 11fevereiro de 2015
Empresa tem expectativa de aumento no volume de vendas, com uma política diferenciada de promoções e descontos para atrair mais clientes.
de águas para as mudanças
e modernização da estrutura
de vendas: a loja virtual. A
inovação, além de atrair
novos clientes pela como-
didade das compras on-line,
proporcionou a diversifica-
ção da carteira de clientes
e ampliou as vendas da pa-
pelaria, já que não há mais
restrição apenas à “venda de
Direto da Revenda
Nome da empresa: Infopaper!Localização: São Paulo/SPFundação: 1994 Número de funcionários: 12 Região que abrange: Zona Sul de São Paulo (loja física) e território nacional (loja virtual) Área: 60 m² Produtos e serviços oferecidos: gifts, material de papelaria, produtos específi cos para desenhistas e arquitetos. Parcerias com colégios da cidade de São Paulo, com montagem e entrega de material escolar O que precisa ter na vitrine: gifts Principais fornecedores: AZ Design, BIC, Ghazzaoui, Herweg, Limoeiro, Ludi, Tilibra, Trevisan, Trousses e YesPara saber mais: www.ifpaper.com.br Como chegar: Avenida Brigadeiro Faria Lima 2232, loja H5, Jardim Paulistano, Shopping Iguatemi
balcão”, podendo atender a
todo o Brasil.
“O investimento em mí-
dias digitais foi fundamental
para o crescimento de 80%
nas vendas da loja em 2014.”
aponta Boscolo. Para 2015, a
Infopaper! projeta aumento
ainda maior na comerciali-
zação de produtos em rela-
ção ao ano anterior.
Tecnologia
Impressão follow-me: Após enviar um arquivo por meio da rede local ou pela web, a apresentação de algum modo de identificação (biometria, cartão magnético ou login) permite a impressão
O outsourcing de
impressão permi-
te a terceirização
dos serviços grá-
ficos de uma empresa, com
objetivo de otimizar custos
e a qualidade do serviço.
Presente no mercado há
cerca de dez anos, a solução
é encontrada em inúmeras
empresas de grande porte, e
começa a se espalhar para os
pequenos e médios empre-
endimentos.
“As empresas que não tem
outsourcing lidam com cus-
tos invisíveis. Funcionários
perdem tempo produtivo
Tecnologia reduz custos com papel e tinta
Consolidado entre grandes empresas,
outsourcing de impressão surge como alternativa
para pequenos negócios em busca
de economia e organização
Recentemente estabe-lecidos no que hoje cha-mamos de Europa, os “homens das cavernas” começaram a ilustrar, nas paredes de cavernas, passagens de momentos cotidianos. Os registros, conhecidos como pin-turas rupestres, foram se tornando cada vez mais complexos, até que...
... os sumérios desen-volvem a escrita. Simpli-ficando as formas e tra-
duzindo sons em símbo-los, o povo que habitava os territórios de Kuwait e Iraque passou a regis-trar esses símbolos em placas de argila, em uma técnica conhecida como escrita cuneiforme. Foi, durante um milênio, o ápice de tecnologia gráfica conhecida pela humanidade.
Os egípcios começam a utilizar o papiro. A fabricação das folhas,
feitas a partir do corte da planta Cyperus papyrus, foi a ‘mídia’ utilizada por mais tempo pelo ser humano para registrar leis e histórias. Sua su-premacia se estendeu por quase três milênios, até que...
... o pergaminho se tor-nou a forma de registro mais popular. Devido à popularização dos li-vros, que começavam a ser cada vez mais con-
feccionados graças à popularização das uni-versidades, o baixo custo da invenção dos turcos da cidade de Pérgamo a transformou na preferi-da do mundo medieval durante quatro séculos.
Os árabes chegaram com uma invenção chi-nesa à Europa. Criado por volta do ano 100 d.C. no Oriente, o papel chegou à forma final no início da Idade Média.
Da caverna
com pequenos problemas
que as impressoras apre-
sentam. Grandes empresas
– com mais de 100 fun-
cionários –, em geral, têm
30.000a.C. 3.500a.C. 2.500a.C. 300d.C.
12 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
No entanto, as técnicas artesanais de gravura já não conseguiam mais atender à demanda do Velho Mundo. Foi quan-do...
... Johannes Gens-fleisch von Guttenberg revolucionou a escrita ao inventar os tipos mó-veis. Guttenberg adap-tou uma prensa para a produção em série e, então, deu à luz o pri-meiro livro 100% im-presso da história: uma
Bíblia (na verdade, 200 Bíblias). Durante cinco séculos, a impressão in-ventada pelo alemão foi o modo mais utilizado para o armazenamento e propagação de mate-rial escrito. Até que tudo mudou...
... quando as chama-das estações de DTP, ou simplesmente desktops, se tornaram comuns. A qualidade das impres-sões melhorou vertigi-nosamente com a di-
gitalização dos meios de criação e produção gráfica. A digitalização crescente levou a uma maior troca de infor-mações, ampliando a necessidade de modos diferentes de armazena-mento e transporte. Esse cenário explodiu...
... com a primeira apli-cação ‘oficial’ do concei-to de cloud computing – a nossa conhecida computação em nu-vem. O site Salesforce.
com foi o primeiro a oferecer aplicativos de negócios a partir de um site, sem necessidade de instalação no desktop, transformando a nuvem num modelo de negócio viável. A partir de en-tão, servidores passam a atender à demanda de tráfego e armazenamen-to remoto, o que permite que uma impressora em Hong Kong imprima algo digitado no Rio de Janeiro, por exemplo.
outsourcing implementado.
No entanto, as pequenas
empresas são pouco ex-
ploradas”, revela Alexandre
Gomes, gerente de canais da
Reis Office, empresa espe-
cializada no serviço.
A implementação de um
sistema de outsourcing de
impressão é feita em etapas.
O primeiro passo é fazer o
levantamento sobre quais
tipos de materiais (papéis,
tintas e impressoras) são
imprescindíveis para as ne-
cessidades de determinada
empresa. Depois, se analisa
onde podem ser feitas au-
tomações nos processos
para, então, implementar os
equipamentos certos para
funções específicas.
MudançasDe acordo com Alexan-
dre, a busca por novos pú-
blicos se dá pelo momento
que o setor de outsourcing
atravessa. Com a revolução
tecnológica efervescente
deste início de século, infor-
mações antes armazenadas
em mídias analógicas são
cada vez mais digitalizadas.
à nuvem
E o custo do serviço, antes
calculado por página, sofre
as consequências da queda
na demanda.
“Há dez anos, sem ta-
blets, celulares ou nuvem,
a impressão era a principal
fonte de organização. Hoje,
vivemos um momento no
qual as empresas querem
impressão segura, impres-
são na nuvem ou ‘follow
me’. Esse é o grande dilema:
como manter a importância
do papel ao mesmo tempo
em que nos adaptamos às
novas plataformas”, con-
trasta Alexandre Gomes.
“Quem continuar pensan-
do como no passado, vai
ter dificuldades no futuro.
As empresas que puderem
se adaptar a essa mudança
permanecerão no mercado”,
finaliza o gerente.
Assim como os carros, impressoras
também precisam de manutenção
preventiva
751 1450 1970 1999
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Revista da Papelaria 13fevereiro de 2015
Tecnologia
Cupons de desconto impulsionam e-commerceO crescimento de 20% do setor de e-commerce no Brasil em 2014 sentiu o impacto positivo do aumento da participação dos cupons de desconto. A categoria, que proporciona redução dos preços de produ-tos comprados on-line, alcançou R$ 45 milhões no somatório do ano passado. O valor coloca o Brasil como quarto maior consumidor da modalidade no mundo, com o ticket médio de R$ 377,97 gasto por pessoa. De acordo com levantamento realizado pelo portal CupoNation, o Brasil é o único país em que os segmentos de esportes e eletrodomésticos figuram entre as top 3 categorias de itens preferidos para as compras com cupons de desconto no varejo virtual.
Cartas de um robôA ideia de que cartas seriam um método de comu-nicação ultrapassado foi questionada pela Bond, criadora de um robô que produz manuscritos com a caligrafia do usuário. Equipado com uma caneta tinteiro que utiliza pressão vari-ável – para dar ainda mais realismo à escrita –, o resultado é praticamente igual a uma carta escrita por uma pessoa. Ao preço de US$ 199, os frios e-mails, SMS ou inbox podem ser substituídos pela boa e velha carta, com tecnologia em forma retrô.
Interatividade em site ‘feito à mão’A nova plataforma digital da Faber-Castell oferece interação entre consumidores e produtos da marca por meio da exploração das possibilidades e compartilhamento em redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter). A ferramenta segue o mote da estratégia “Ideias Feitas à Mão”, alinhadas com as iniciativas da empresa, que oferece instrumentos para os consumidores retrata-rem a criatividade no papel. A comunicação desenvolvida pela Faber é mais um ponto a reforçar esse posicionamento, como um
exercício de criatividade.
A procura pode ser justifi cada pelo fato dos produtos terem alto valor agregado, fazendo com que o uso de um cupom gere uma economia relevante para o consumidor em valores absolutosMaria Fernanda Antunes Junqueira – CEO do CupoNation
mu-d,
os ídos
a retrô.
14 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Capa
16 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
TEXTO: LUIZ MOURA
As empresas bra-
sileiras faturaram
R$ 43 bilhões com
o e - c o m m e r c e
em 2014. Segundo pesquisa
divulgada pela consultoria
Conversion após análise de
100 milhões de visitas, as
transações em lojas virtuais
cresceram 26% no ano pas-
sado. A tendência de cres-
cimento dessa modalidade
de comércio já impacta as
papelarias, que buscam nas
ferramentas on-line modos
de ampliar a área de atuação.
“Implementamos o e-
-commerce há uns oito
anos. Como não tínhamos
como vender para outras
cidades e estados, adota-
E-commerce é diferencial competitivo
Plataforma de compras via internet permite expansão de papelarias, que usam a ferramenta como complemento a lojas físicas
17Revista da Papelaria fevereiro de 2015
mos a ferramenta justamente
para alcançar esse público”,
explica Jakson Kirsten, pro-
prietário da catarinense Su-perinteressante. Ele comple-
ta: “Atualmente, já vendemos
para cidades de Minas Gerais
e São Paulo”.
A atuação na internet é
vista pelos empresários de
papelaria como um dife-
rencial competitivo. Em um
mercado fortemente mar-
cado pela presença física no
ponto de venda, as lojas vir-
tuais funcionam como uma
expansão desses espaços,
que se limitam a horários e
disponibilidade dos clientes.
“Temos a ferramenta de
e-commerce estabelecida há
cerca de seis anos. Eu vinha
acompanhando o movimen-
to do comércio, que já se
aliava às novidades no setor
de tecnologia. E tudo apon-
tava para essa tendência. Se
eu não fizesse isso, perderia
o bonde da oportunidade”,
revela Vera Christina, pro-
prietária da Papel Fantasia,
de São Paulo.
Implementada com in-
vestimento inicial de R$
2.500 em 2009, a loja virtual
da Superinteressante res-
ponde, atualmente, por 15%
do faturamento da pape-
laria. Jakson revela alguns
cuidados básicos na imple-
mentação e gerenciamento
da plataforma, cujo “habitat
natural” exige dinamismo.
“Eu passei o que queria a
uma empresa especializada,
que tocou o projeto. Essa
empresa montou o site e,
após isso, contratamos um
funcionário para abastecer
e administrar o conteúdo
com produtos e promoções”,
relembra.
A estrutura básica pensada
por ele baseia-se no destaque
à marca da empresa no topo
da página, que é seguida,
logo abaixo, pelas principais
categorias, em ordem de
importância. Primeiro os
grupos principais, onde estão
os fabricantes e, depois, os
subgrupos, onde aparecem os
produtos oferecidos. Mas essa
não é uma fórmula fechada.
“Teremos algumas peque-
nas modificações. Depois do
Disney lança canal de vendas exclusivo a PMEsO e-commerce ProdutosDisney.com foi inaugurado em janeiro, com foco na
venda de produtos licenciados Disney exclusivamente às pequenas e médias empre-
sas (PMEs) de varejo do Brasil, que atuem nos segmentos de brinquedos, papelaria,
material escolar, bebês, vestuário, decoração, cama, mesa e banho.
Licenciada pela The Walt Disney Company Brasil, a loja virtual B2B conta com
produtos Disney, Disney-Pixar, Marvel e Lucasfilm. Entre as principais vantagens
aos varejistas estão a flexibilização de pedidos mínimos e listas de compras sugeridas
de acordo com as tendências de mercado.
“O lançamento desse canal de vendas on-line traz uma solução de acesso e logís-
tica e nos dará a oportunidade de levar a magia dos produtos com os personagens
favoritos de Disney, Disney·Pixar, Marvel e Lucasfilm a todas as famílias brasileiras”,
pontua Miguel Vives, country manager da The Walt Disney Company Brasil.
D
v
s
m
p
a
d
t
f
p
Capa
18 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
O Estado de São Paulo responde por 50% do
total de pedidos e por 45% da movimentação financeira nos sites de
comércio eletrônico do Brasil: O Estado gerou
R$ 19,8 bi em 2014
Como elaborar uma boa estratégia on-line
O crescimento contínuo do e-commerce torna cada vez
mais necessário que se criem novas estratégias e diferenciais
competitivos. Assim, algumas pequenas dicas elaboradas
pelo blog DNA Digital podem ajudar na administração de
lojas virtuais.
Dispositivos móveis seguem em alta O Google prioriza cada vez mais os sites com acessibilidade
a dispositivos móveis. Isso atende a uma política da empresa,
que acompanha o progresso de tablets e smartphones no
cotidiano global.
Inbound marketing: a arte da conquista O inbound marketing se baseia em conquistar o público-alvo
por meio de despertar o interesse. Blogs ou perfis em redes
sociais que deem dicas são uma boa forma de cativar potenciais
clientes, que consumirão seguindo padrões de afinidade.
Cada cliente é especial Em um mundo globalizado, a maioria das empresas se
comunica com grupos. Aquelas que personalizam ofertas de
acordo com cada cliente levam vantagem competitiva.
Diálogo é a chave do negócio Contar histórias e envolver o público nelas constrói um
relacionamento. Ao dialogar, laços são estreitados, tornando
os clientes mais satisfeitos a cada compra. E cliente satisfeito
é cliente fiel.
Publicidade é investimento Adwords e Facebook Ads são ferramentas baratas e que trazem
resultados reais a curto prazo. A publicidade on-line, mais que
um gasto, é um investimento.
Uma nova geração chegou Mesmo que pareça ter sido criada há
pouco tempo, a internet tem idade
o suficiente para que uma geração
tenha sido criada nela. E esta geração
começa a ter poder de escolha e de
compra, obrigando a adaptação
para uma linguagem compreensível
a esses novos consumidores.
Mesm
pou
o
t
c
c
p
a
19Revista da Papelaria fevereiro de 2015
volta às aulas, por exemplo,
adicionaremos um espaço
para o orçamento de listas.
Atualmente, só temos os
produtos listados de modo
individual, o que restringe as
opções oferecidas ao consu-
midor”, projeta Jakson.
Volta às aulasOs períodos de volta às
aulas são o ponto alto do
movimento nas papelarias
brasileiras. Munidos das lis-
tas de materiais repassadas
pelos colégios, pais saem
à caça das melhores ofer-
tas dos produtos desejados
pelas crianças. Mesmo que
o foco principal ainda seja
em pontos de venda físicos,
as lojas virtuais já exercem
papel relevante no cenário.
“A loja física ainda vende
mais que a virtual. Já fizemos
algumas ações de e-mail
marketing e estamos pen-
sando em outras formas
de investimentos, além de
melhorar a visibilidade do
site. A expectativa é de esta-
bilidade neste volta às aulas”,
calcula Vera.
A visão estratégica da em-
presária paulistana é corrobo-
rada por Jakson, dono de um
dos melhores e-commerces
do Paraná, segundo elogios
feitos por clientes e reprodu-
zidos por ele. O papeleiro re-
vela que a modalidade virtual
não é majoritária, mas tem
um bom futuro.
“Para este volta às aulas, o
e-commerce ainda não tem
uma participação expressiva.
Mas, com o passar dos anos, a
tendência é crescer. Com os
avanços na segurança, novas
promoções e a familiarização
do cliente com a ferramenta,
em breve poderemos ter até,
quem sabe, duas lojas: uma
física e outra virtual”, projeta
o empreendedor.
ProgressoO e-commerce ganhou
real popularidade a partir
de 1995, com a criação do
primeiro portal de compras
via internet: o Amazon.com,
nascido em Seattle, nos EUA.
Desde então, o crescimen-
to e popularização da rede
mundial de computadores
impulsionou as compras
feitas através dela, em um
movimento natural.
A partir de então, a mo-
dalidade foi crescendo ano
a ano. Atualmente, as ferra-
mentas de e-commerce são
utilizadas com dois intuitos.
De um lado, existem aquelas
que atuam exclusivamente
em âmbito virtual. Do outro,
as que atuam como extensões
das lojas físicas. Esta modali-
dade se encaixa à realidade do
setor de papelaria, que passa
pela fase de adaptação aos
novos tempos.
“O início foi complicado,
até porque tínhamos a ques-
tão da segurança. Muitas
pessoas tinham medo de
comprar pela internet. Mas,
hoje em dia, o e-commerce
é uma ferramenta essencial
para a Superinteressante,
e quem não tem está per-
dendo”, alerta o empresário
catarinense.
Relatório da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico revela que, em 2014, 10,2 milhões de pessoas fizeram compras via internet pela primeira vez na vida
Negócios
20 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Lei que combate o crime em âmbito empresarial é cada vez mais obedecida no país
A Lei Anticorrupção tem, em 2015,
um ano essencial para ter o sucesso
medido. Sancionada em 1º de agos-
to de 2013, a Lei nº 12.846/2013
aguarda a regulamentação federal, mas, já de-
vidamente orientada em alguns estados, traz
às empresas brasileiras a possibilidade de um
salto de qualidade por meio da organização
de mecanismos de defesa a práticas nocivas.
“A Lei Anticorrupção também é conhecida
como ‘Lei Empresa Limpa’. Ela é uma revo-
lução, pois prevê responsabilidade objetiva à
pessoa jurídica na instauração de processos
em atos de corrupção – que não envolve só
2015: ano decombate à corrupção
Dez passos para se adequar à Lei Empresa LimpaA adoção de medidas para obedecer às regras de compliance pode parecer complicada para empresas de pequeno ou médio porte. No entanto, a estrutura coesa desses empreendi-mentos facilita a implementação das políticas, que são um investimento em imagem, orga-nização e prevenção de riscos.
1 Criação de política interna eficaz, ma-peando os pontos sensíveis no ramo de
atuação da empresa
2 Formulação, aplicação e divulgação do planejamento estratégico da empresa.
Isso dificulta possíveis desvios a esse pla-nejamento
3 Criação e adoção de manuais de con-duta e códigos de ética
4 Realização e atualização de treinamen-tos e cursos
5 Canais de comunicação abertos pelos próprios colaboradores. Os funcioná-
rios devem comunicar o que concordam e o que discordam
6 Adoção de práticas contábeis de acordo com a legislação. Normalmente, atos
de corrupção estão fora dos livros. Quando se tem todos os dados contabilizados, é mais fácil detectar a corrupção
7 Acompanhamento das mudanças constantes na legislação
8 Realização periódica de auditorias in-ternas e externas
9 Apoio e orientação do departamento jurídico. A empresa não precisa neces-
sariamente ter um departamento específico, pois existem assessorias especializadas em adequadação a normas de compliance
10 Rigidez e eficácia no manuseio e armazenamento dos documentos da
empresa
Revista da Papelaria 21fevereiro de 2015
favorecimentos, mas também sonegação
de impostos. Com todo o ambiente político,
neste ano teremos uma grande adoção dessas
práticas”, explica José de Souza Lima Neto,
sócio do escritório Rodrigues, Onesti & Lima
Neto Advogados.
Segundo o especialista
em direito empresarial,
a aplicação das medidas
previstas deve ser vista
como um investimento
feito pelas empresas, em
vez de um custo sem re-
tornos. Ao adotar as regras de compliance
estabelecidas no decreto, os dados da com-
panhia são catalogados e ficam mais facil-
mente disponíveis para auditorias internas e
externas, atenuando o julgamento em casos
de acusação sobre supostas irregularidades.
O compliance já é bastante utilizado em
grandes empresas, mas ainda não é uma
Compliance: ato ou procedimento para assegurar o cumprimento das normas reguladoras de determinado setor.
realidade tão presente em
pequenos e médios empre-
endimentos. No entanto, a não
adoção dessas políticas internas
é prejudicial às PMEs, pois são
utilizadas como
critério de avalia-
ção para negocia-
ções comerciais com
multinacionais.
“As multinacionais já
aplicam largamente por
causa das interações com
outros países onde o compliance já é esta-
belecido. Mas as empresas que atuam in-
ternamente devem se inteirar mais a partir
deste ano”, afirma o advogado, que faz um
apelo: “É preciso pensar como empreende-
dor. Vamos mudar o pensamento de que no
Brasil as leis não pegam. Isso vai ser bom
para nós”.
Negócios
22 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Francal Feiras leva vencedores de sorteio
à Paperworld Frankfurt
Os representantes
comerciais Pau-
lo Mahon, Erwin
Schleu e Karina
Provenzano fazem uma
imersão na Paperworld
Frankfurt, maior feira de
negócios do setor papeleiro
no mundo. Acompanhados
por Luciana Ramos, geren-
te de negócios da Francal Feiras, os três vencedores
da promoção realizada du-
rante o evento “A Escolar dá
bola para você”, no primei-
ro semestre de 2014, já se
mostravam otimistas com a
possibilidade do intercâm-
bio à época.
“Com certeza, irá me mu-
nir de informações que po-
derei dividir com meus clien-
tes”, exultava Karina, logo
após o sorteio.
A expectativa da represen-
tante de Salvador/BA é endos-
sada pelos outros vencedores.
“Espero ver novidades,
coisas diferentes”, projetara
Erwin, para ser comple-
mentado por Paulo Mahon:
“Será muito bom para os
representantes”.
Os pacotes de viagem
para os três representantes
incluem passagem e hospe-
dagem de seis noites, com
todas as despesas patrocina-
das pela Francal Feiras.
Na próxima edição da
REVISTA DA PAPELARIA, você
confere o resultado expe-
riência dos representantes
em terras alemãs.
Representantes na Alemanha LIVRO:
A Startup de $ 100Chris Guillebeau lista 1.500 pessoas que abriram um negócio com menos de 100 dólares e, hoje, geram mais de 50 mil.
EVENTOS: Paperworld Middle East
6.429 compradores, 271 expositores, 105 países vi-sitantes e 37 países exposi-tores. A Paperworld Middle East de 2015 será realizada entre 2 e 4 de março em Dubai. www.paperworld-me.com
APLICATIVO:
Microsoft OutlookCompatível com as plata-formas Outlook/Hotmail, Gmail, iCloud e Yahoo! Mail, a atualização do app de ge-renciamento de e-mails da Microsoft se renova com uma interface baseada em gestos, além de permitir anexar arquivos do Google Drive, OneDrive e Dropbox. Disponível para iOS.
SITE: Numbeo
A plataforma colaborativa fundada por um ex-fun-cionário da Google lista o custo de vida em milha-res de cidades ao redor do mundo, formando uma teia de informação global.www.numbeo.com
AntenaPara você ficar ligado
Entrevista
Revista da Papelaria24 fevereiro de 2015
A felicidade está em si mesmo
O caminho para o autoconhecimento é longo e, muitas vezes, difícil. Por isso, Heloísa Capelas, especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental, lançou o livro O Mapa da Felicidade (Ed. Gente), no qual propõe a autopercepção como estratégia para reciclar pensamentos e comportamentos destrutivos. Afinal de contas, já diria Mario Quintana: “O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você”. Que tal começar o ano com novas aspirações?
O que indica a necessidade de uma reciclagem compor-tamental?
Tudo o que desejamos
mudar em nosso modo de
agir que gera resultados ne-
gativos, desconfortos ou di-
ficuldades é o que devemos
reciclar. A questão é que
nem sempre temos ciência
de nossas próprias negativi-
dades. Você pode achar que
é o máximo ser assim. No
entanto, isso pode gerar con-
flitos, perdas e até solidão em
volta de você. Pode também
ser aquele que agrada todo
mundo a todo momento,
mas que não consegue se
dedicar ou ter tempo para si
mesmo. Há muitos sinais dos
quais temos conhecimento,
apenas para citar alguns:
mau humor, indisposição,
insônia, baixa autoestima e o
desinteresse em algum setor
de sua vida. Tudo isso indica
a necessidade de reciclagem
no comportamento, ou seja,
uma revolução na maneira de
agir, tanto na esfera pessoal,
quanto na profissional.
Como detectar quais mu-danças são necessárias?
Observação e percep-
ção, principalmente de si
mesmo. Até quando a outra
pessoa lhe incomoda muito
com determinado modo de
agir, é você quem precisa
reciclar esse incômodo
para que o aborrecimento
não tome conta de todo seu
dia, sua semana ou até da
Revista da Papelaria
padrões do comportamento
que costumam ser seguidos
e que não trazem nenhum
benefício.
Quais os principais erros cometidos por quem quer mudar de vida, mas não tem certeza de como fazer isso?
As pessoas geralmente
querem pular etapas e con-
seguir as mudanças em um
passe de mágica, mas para
mudar de vida é necessário
passar por alguns estágios.
Isso leva tempo e persistên-
cia, não é de uma hora para
outra. Há quem desista de
mudar de vida sem nem ao
menos tentar. Existe também
quem evite se questionar.
Esse é um exercício a ser
praticado constantemente
para que possamos alcançar
aquilo que buscamos por
meio do autoconhecimen-
to. Já outros insistem em
colocar a culpa em fatores
externos, que estão fora do
seu controle.
Qual é o segredo da felici-dade?
Ter consciência de tudo
o que somos e de como nos
constituímos é o melhor
caminho para que possa-
mos alcançar a felicidade
tal como a enxergamos. É
preciso resgatar sua própria
história para que consiga
descobrir quais das escolhas
têm trazido consequências
positivas e quais deixam a
desejar. Da mesma forma, é
necessário identificar onde,
sua vida. Ao outro, cabe se
observar e reciclar o compor-
tamento dele.
Quais os primeiros passos para quem deseja passar por uma reciclagem?
Como eu cito em meu
livro O Mapa da Felicidade,
procurar o autoconhecimen-
to é o primeiro passo para
uma reciclagem ou mudança
de padrões no comporta-
mento. O autoconhecimento
envolve, como primeiro pas-
so, a percepção de si mesmo.
Comece a observar como age
no dia a dia, tome consciên-
cia de seus comportamentos.
Esteja aberto para ouvir, sen-
tir e identificar as respostas.
É um treino e aprendizado
constante. E lembre-se: o
foco é sempre você e não o
outro. Questione-se e, para
não se perder, seja específico.
Pergunte a si mesmo o que
está sentindo em relação a
“algo” ou a “alguém”. Algu-
mas perguntas podem ajudar
nesse processo: Como você
expõe seus pensamentos?
Como expressa sua raiva,
alegria ou medo? De que
jeito é que você disputa ou
compete com as pessoas? É
importante saber disso para
harmonizar suas expressões.
O segundo passo é investigar
os comportamentos negati-
vos. Como surgiram? Com
quem os aprendeu? Em que
momentos os usa? Depois
disso, é necessário colocar
em prática mesmo, buscan-
do atitudes diferentes dos
como e com quem aprendeu
esses comportamentos cujos
resultados têm sido pouco
positivos, para que possa de-
saprendê-los e iniciar novos
comportamentos. Quando
tem essa consciência, você
se torna apto a perdoar a si
mesmo pelo que não deu
certo, o que também é essen-
cial para a felicidade. Reforço
que, a partir de todas essas
informações sobre si mesmo
e novas habilidades que nas-
cerão a partir do seu desejo
em ser feliz, você descobrirá
o que a felicidade significa de
fato para você e saberá como
e o que fazer para desfrutá-la
diariamente.
r de vida sem nem ao
s tentar. Existe também
evite se questionar.
é um exercício a ser
ado constantemente
ue possamos alcançar
o que buscamos por
do autoconhecimen-
outros insistem em
ar a culpa em fatores
os, que estão fora do
ntrole.
é o segredo da felici-
consciência de tudo
somos e de como nos
ituímos é o melhor
nho para que possa-
lcançar a felicidade
mo a enxergamos. É
o resgatar sua própria
ia para que consiga
brir quais das escolhas
azido consequências
vas e quais deixam a
r. Da mesma forma, é
sário identificar onde,
e o que fazer para desfrutá-la
diariamente.
Brincadeira de gente grande
inovações. Data e local já es-
tão marcados: entre 7 e 10 de
abril, no Expo Center Norte,
em São Paulo, o mercado co-
nhecerá os produtos que o se-
tor vai comercializar durante
os oito meses seguintes do
ano. São 1.500 novos artigos à
disposição dos compradores,
entre brinquedos diversos,
pedagógicos, puericultura
(desenvolvimento infantil)
leve e pesada, eletrônicos,
artigos para colecionador e
muito mais.
De acordo com Synésio
Batista da Costa, presidente
da Abrinq, os brinquedos
são importantíssimos para a
manutenção financeira das
papelarias, que não podem
mais depender apenas do
volta às aulas como inves-
timento financeiro do ano
todo. “O brinquedo vem se
tornando cada vez mais rele-
vante no mix das papelarias
e é um dos itens que ajuda o
estabelecimento a lidar com
a questão da sazonalidade do
material escolar. A Abrin tem
um grande número de fabri-
cantes do tipo de brinquedo
mais comum em papelarias,
Alguns expositores:Baby Brink | Crayola | Sunny
Brinquedos | Hasbro | Lolly
Baby | Magic Toys | Multiki-
ds | Zoop Toys | Papaléguas
Livros | Maral | Grupo SGS |
Innac | Simoplast
Abrin, maior feira de brinquedos da América Latina, calcula movimentar mais de R$ 1 bilhão na edição deste ano
TEXTO: CAROL PAMPLONA
Pode até parecer brin-
cadeira de criança,
mas não é. A tradicio-
nal feira de brinque-
dos Abrin, organizada pela
Abrinq (Associação Brasileira
de Brinquedos) em parceria
com a Francal Feiras chega à
32ª edição com a expectativa
de atrair 15 mil profissionais
do setor varejista, que mo-
vimentarão até R$ 1 bilhão
em busca de tendências e
Giro no mix
26 janeiro de 2015 Revista da Papelaria
como pelúcias, brindes e
didáticos. Por isso, para o
papeleiro a feira oferece pra-
ticamente as mesmas opor-
tunidades que para o dono
de uma loja de brinquedos”,
afirma. Destaque para a varie-
dade de opções que, segundo
o entrevistado, atende desde
pequenas papelarias e lojas de
brinquedos do interior até as
grandes redes.
Licenças nacionais como
Galinha Pintadinha, Patati
Patatá e a Turma da Mônica
terão grande destaque entre
as opções oferecidas na feira
– a alta do dólar é apontada
como um dos motivos para
o fortalecimento do produto
nacional, segundo os organi-
zadores. A fabricante Sunny Brinquedos, por exemplo, re-
velou em primeira mão para
a REVISTA DA PAPELARIA alguns
dos brinquedos que irá ex-
por. Destaque para o Patrulha
Canina Carrinhos, que possui
seis modelos diferentes com
os personagens do desenho
(na foto cima, o bravo pastor
alemão Chase); a areia de
modelar Kinectic Sand que,
além de evitar a sujeira, ajuda
no desenvolvimento motor
infantil – disponível nas cores
bege, verde, azul, rosa e viole-
ta; e também a superfamosa
Galinha Pintadinha, que ga-
nha projetor musical – basta
juntar os pés da personagem
e ver e ouvir a música –, e
o galinheiro musical, que
apresenta três personagens
com duas músicas cada um e
um porta-joias. Na Crayola, o
Doodle Magic – uma espécie
de tapete para colorir – cha-
ma atenção.
Costa afirma que, mais do
que conhecer os lançamentos
do mercado, o papeleiro que
comparecer ao evento terá
grandes oportunidades de
negócios. “A feira apresenta
novidades que vão abastecer
o varejo durante todo o ano,
especialmente nas datas mais
importantes do setor: Dia das
Crianças e Natal. A Abrin re-
presenta uma oportunidade
única de entrar em contato
com esses lançamentos em
primeira mão”, finaliza.
Doodle Magic, um tipo de tapete para colorir, é o
trunfo da Crayola.
Galinha Pintadinha, sucesso entre os pequenos, apresentará novidades na Abrin: projetor musical e galinheiro musical.
Revista da Papelaria
O acúmulo de
livros é algo
natural para a
maioria de nós.
Com o passar dos anos,
obras com valor sentimen-
tal e de qualidade inques-
tionável para os donos ficam
cada vez mais tempo nas
estantes, acumulando poeira
e se deteriorando pouco a
pouco. Pensando nisso, confira
sete dicas da autora de ‘Sebas-
tiana Quebra-Galho’, Nenzinha
Machado Salles, para conservar
melhor as publicações.
Dicasconservar livros
para
Pão e saladaMiolo de pão não serve apenas para ser retirado antes
de fazermos um sanduíche. As
manchas de dedos das páginas podem
ser removidas se esfregadas com ele.
Já o vinagre, além de temperar a salada,
também serve para limpar manchas de
mofo.
Vida de inseto
Cansado de insetos devorando aquelas obras preciosas? Encharcar as es-tantes com querosene man-tém os bichos longe. Repita a operação a cada três meses.
Algodão pelas estantes
Pedaços de algodão embebidos em essência de terebintina protegem os livros da umidade – que vira mofo em pouco tempo. Espalhe--os pela estante, mas não esqueça de trocá-los.
-n-
a
aosvira spalhe-
Escoveos livros
Passe uma escova de roupa na parte superior dos
livros e nas páginas para retirar a poeira acumulada. O procedimento deve ser
feito ao menos duas vezes por ano.
Giro no mix
28 janeiro de 2015 Revista da Papelaria
Éter: a solução idealUma solução de éter e óleo de linhaça
é ideal para manter com boa aparência os
livros com encadernação de couro. Já as
lombadas seguem com o aspecto original
quando limpas com pomada branca
para calçados. Cobrir o couro
com uma camada de vase-
lina melhora ainda mais o
resultado.
Here comes the Sun
A exposição ao Sol, é
a solução ideal para des-
grudar páginas coladas pela
umidade. Mas, cuidado! Para que
as folhas não se curvem no processo de seca-
gem, é preciso colocar um peso sobre elas.
Gasolina não é só para
o carro Combustível é o melhor
inseticida contra traças que corroem os livros, sem
danificar as folhas.
Mercado
30 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Participação em eventos é boa estratégia para atualização e promoção de empresas de pequeno porte
É dia defeira
A participação em
feiras é essencial
para qualquer em-
preendedor. Ao
reunir, no mesmo espaço,
empresas de diversos ta-
manhos e com propostas
distintas entre si, esse tipo
de evento permite o inter-
câmbio entre todas as esfe-
ras do cenário empresarial
do modo mais democrático
possível: o contato pessoal.
“Em feiras, o empresário
encontra parceiros, con-
correntes e fornecedores, o
que permite a leitura ideal
do que está acontecendo
no cenário em que atua. É o
tipo de evento que permite a
apresentação ao mercado de
pequenos e grandes empre-
endedores em condições de
igualdade”, fundamenta Ar-
mando Campos Mello, pre-
sidente executivo da Ubrafe (União Brasileira dos Promo-
tores de Feiras).
A troca de experiências
entre o setor empresarial
Além da oportunidade de aprender e ensinar com outros homens de negócios, as feiras também podem atuar como ótimos divulgadores de produtos
proporcionada pelos eventos
é ainda mais efetiva em um
ambiente como o brasileiro.
Em um país de proporções
continentais, visitar presen-
cialmente cada região para se
atualizar sobre tendências é
algo humanamente impossí-
vel. No entanto, a reunião de
diversas vertentes no mesmo
espaço facilita essa missão.
Além da oportunidade de
aprender e ensinar com ou-
tros homens de negócios, as
feiras também atuam como
mídia divulgadora de pro-
dutos – a chamada mídia
presencial. Segundo Arman-
do, desenvolver uma boa es-
tratégia em um evento pode
alavancar vendas estagnadas
ou até mesmo criar novos
modos de atuação.
“Ver, tocar, movimentar e
utilizar o produto dá a sensa-
ção de contato direto com a
empresa que o oferece. Isso
auxilia a promoção do item.
Ou, caso a companhia esteja
enfrentando dificuldades
As principais feiras do setor no Brasil (de cima para baixo): Escolar Offi ce Brasil, Natal Show e Abrin.
Revista da Papelaria 31fevereiro de 2015
com alguma oferta, o repo-
sicionamento com incentivo
adequado irá ajudar a vendê-
-la”, pontua Armando.
IniciantesImportantes para em-
presas já estabelecidas, as
feiras são fundamentais
para os empreendedores
que estão começando nos
negócios. De acordo com
o presidente executivo da
Ubrafe, os espaços são fon-
tes de conhecimento para
quem chega ao mercado ao
permitir ampliar horizontes.
“Em um primeiro mo-
mento, não é necessário ser
expositor. Mas qualquer re-
presentante de um setor deve,
no mínimo, visitar as feiras da
área na qual atua. Com reu-
niões, congressos e rodadas
de negócios, esses eventos
disseminam conhecimentos
e são importantes fontes de
aprendizado”, argumenta.
Para aqueles que preten-
dem participar, planejamen-
to é a palavra-chave. Fazer
um checklist cerca o em-
presário de segurança, mi-
nimizando possíveis riscos e
maximizando a possibilidade
de um bom resultado ao fi-
nal do evento. Uma boa lista
contém pontos básicos que,
muitas vezes, são esqueci-
dos com o corre-corre dos
preparativos gerais e com a
grande oferta que um evento
específico de setor é capaz de
proporcionar.
“Você fez mais cartões?
Tem uma tabela de preços
exposta? Imprimiu folhetos?
Fazer um checklist cerca o empresário de segurança, minimizando possíveis riscos e maximizando a possibilidade de um bom resultado ao final do evento
Dez razões para participar de feiras
Promover produtos e serviços utilizando o fator presencial.
Participar de feiras se trata de ver e ser visto
Apresentar novas propostas, ainda não vistas pelos clientes
Mapear fornecedores e compradores para fechar pedidos no ato,
auxiliado pelo fator presença
Fazer pesquisas de mercado para reciclar o posicionamento da
empresa, além de se integrar a novas tendências e tecnologias
Criar ou reforçar a imagem da marca
Fechar parcerias estratégicas
Estabelecer novas relações e encurtar o ciclo de compras
Gerar retorno de mídia
Fortalecer o mercado
Reforçar planos de marketing e medir a eficácia de campanhas
promocionais
Treinou a equipe para repre-
sentar a empresa? Organizou
a vida do estande, sincro-
nizando pausas e saídas de
modo que o local sempre
tenha alguém presente? São
pequenas atitudes que de-
vem ser bem pensadas, para
que se obtenha uma boa res-
posta”, enumera Armando.
O Brasil realizou 2.222
feiras no ano passado. A ex-
pectativa da Ubrafe é que o
número se mantenha neste
ano, abrindo oportunidades
para os empreendedores de
plantão. No setor de papela-
rias, três se destacam: Abrin
(entre os dias 7 e 10 de abril,
em São Paulo), Natal Show
(de 30 de maio a 2 de junho,
também na capital paulista)
e Office Brasil Escolar (que
levará o setor novamente à
Terra da Garoa, de 19 a 22 de
julho). As oportunidades es-
tão ao alcance daqueles que
as busquem.
Mercado
32 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
TEXTO: JOYCE FREITAS
Levante a mão quem nunca molhou um
caderno e manchou a folha. O “imper-
meável” lembra roupas e acessórios,
mas, e se a indústria chegasse ao pon-
to de criar papel desse tipo? Sim, o mercado
começa a oferecer opções para quem molha
o bloquinho na chuva até quem, literalmente,
trabalha embaixo d’água.
A tecnologia em si é pouco revelada –
apenas se sabe que são materiais especiais.
No exterior há algumas iniciativas, como da
francesa Petzl, especializada em equipamen-
tos de montanhismo e
segurança em técnicas
verticais. Pensando no
primeiro e fiel público de
exploradores de cavernas,
criou um caderno para
os praticantes dessa ati-
vidade, a espeleologia. O
Carnet tem tamanhos A6 (15 x 10,5 cm) e A5
(21 x 15 cm), 40 páginas em poliéster, capa se-
mirrígida e espiral. É à prova d’água e resistente
a rasgos. Mas não é barato: na internet, custa
em média R$ 200.
A norte-americana Rite in the Rain levou
o conceito de resistência à água para todos os
produtos. Mais do que isso, idealizou mate-
riais para serem usados em condições climá-
ticas precárias. Além de cadernos, blocos e
até papel milimetrado, a empresa centenária
fornece canetas especiais. A Pink Clicker, por
exemplo, não só escreve em papel molhado
como suporta temperaturas extremas – de
O foco em artigos resistentes à água e situações extremas vem crescendo, principalmente em tecnologia – como celulares e câmeras
A gota d’água
aproximadamente -35°C até 120°C.
No Brasil, o passo mais concreto foi dado
pela Tilibra com o caderno Neon Acqua. “É
ideal para locais úmidos ou próximos da água,
pois a tecnologia garante maior durabilidade
às informações escritas no papel”, afirma Kari-
na Marchini, gerente de produtos da empresa.
As páginas têm secagem rápida e não man-
cham quando escritas com esferográfica. Por
enquanto, existe apenas o formato ¼, mas é
possível ampliar a linha. “A Tilibra está sempre
em busca de produtos inovadores e que aten-
dam uma necessidade
não explorada”, garante
Karina.
Segundo a gerente,
o público aceitou bem
a novidade. “A recep-
ção está positiva, pois
ele possui um design
diferenciado e moderno, além da resistência
à água”, comenta. Isso significa que pode ser
um nicho muito interessante (e lucrativo) para
os papeleiros, principalmente se apostarem
em profissionais que possam usar o produto.
O foco em artigos resistentes à água e situa-
ções extremas vem crescendo, principalmente
em tecnologia – como celulares e câmeras.
Mas o avanço para a papelaria está nas pe-
quenas coisas que compõem o mix e podem
facilmente atrair o público. Para aventureiros,
cientistas, exploradores ou aquela pessoa que
vive derramando o copo de água na mesa, a
solução pode estar na sua prateleira.
Se o problema é molhar e danificar algum material, a solução começa a nascer: cadernos impermeáveisSe o problema é molhar e danificar algum material, a solução começa a nascer: cadernos impermeáveis
Internacional
34 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Os 1.877 brasileiros presentes à
NRF Big Show 2015 formaram a
delegação estrangeira mais nu-
merosa presente na maior feira
de varejo do mundo. Realizada entre os dias
11 e 14 de janeiro na cidade de Nova York, a
feira teve 30 mil participantes vindos de 30
diferentes países ao redor do Globo.
Esta foi a 104ª edição do evento, que
contou com ciclos de palestras, networking
e conteúdo ligado ao varejo com presenças
ilustres como a de Ben Bernanke, presiden-
te do Federal Reserve (o Banco Central dos
EUA) por dois mandatos, de 2006 a 2014.
“A saúde financeira do consumidor
americano é a melhor desde 2006 e 2007,
antes da crise financeira internacional”,
Mais de 1.800 brasileiros foram à NRF Big Show 2015, a delegação estrangeira mais numerosa a visitar evento norte-americano
Brasil domina maior feira de varejo do mundo
NRF Big Show foi realizada entre 11 e 14
de janeiro, na cidade de
Nova York
Faturamento do varejo geral dos EUANatal: US$ 616,9 bilhões(R$ 1,762 trilhão)
Volta às aulas: US$ 74,9 bilhões(R$ 214 bilhões)
Dia das Mães: US$ 19,9 bilhões(R$ 56,8 bilhões)
Dia dos Namorados: US$ 17,3 bilhões (R$ 49,4 bilhões)
Páscoa: US$ 15,9 bilhões(R$ 45,4 bilhões)
Dia dos Pais: US$ 12,5 bilhões(R$ 35,7 bilhões)
Internacional
36 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
Feira em Hong Kong comemora recorde de visitas
A 15ª edição da Hong Kong International Stationery Fair, realizada entre 12 e 15 de janeiro, quebrou o próprio recorde de visitas em 2015. As 20.482 pessoas que estiveram presentes no Centro de Convenções e Exibições de Hong Kong vieram, principalmente, do Leste Asiático e dos Estados Unidos. O evento ainda atraiu 225 expo-sitores, de 13 países: China, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, Taiwan, Estados Unidos, além dos estreantes Itália, Paquistão e Polônia. A feira foi dividida em zonas temáticas, que incluíam soluções em artigos feitos à mão, gifts de papelaria, infantis, instrumentos de escrita e itens de escritório. A próxima edição já está marcada para o período de 11 a 14 de janeiro de 2016.
afirmou Bernanke, que completou: “Se o
Congresso não estivesse brigando com a
Casa Branca por conta do teto da dívida
pública, o mercado estaria em uma posição
ainda melhor”.
A “posição ainda melhor” a que o ex-
-dirigente se referia foi corroborada pela
divulgação de números que colocam a
economia local em xeque. O Departamen-
to de Comércio dos EUA revelou recuo de
0,9% nas vendas do varejo em dezembro de
2014 em relação ao mesmo mês do ano an-
terior. No entanto, os dirigentes varejistas
argumentam que o resultado não deve ser
analisado de forma negativa.
“Nenhum varejista ficou imune à es-
tagnação vista no primeiro trimestre e,
como resultado, o crescimento anual foi
impactado. Entretanto, tivemos muitas
evidências de que a segunda metade do
ano foi melhor, com os consumidores se
sentindo mais otimistas quanto ao cenário
econômico”, assegura o CEO da National
Retail Federation (NRF), Matthew Shay.
Saúde fi nanceira do consumidor americano é a melhor desde 2006 e 2007.Ben Bernanke, ex-presidente do Banco Central dos EUA
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Destaque
38 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
SUCESSOS INFANTISA Foroni traz produtos licenciados das maiores “febres” entre crianças para o volta às aulas. Peppa Pig, Operação Big Hero, Bob Esponja, Malévola, Candy Crush e Barbie trazem os sucessos às linhas de cadernos da companhia. Para os mais crescidos, temas como South Park ou Ferrari são alternativas. R$ 14,13 a R$ 18,29. (11) 2067-2000
MOCHILA PARA TABLETS O crescimento do uso de tablets levou a Fico a produzir mochilas especial-mente para quem deseja armazenar o gadget com segurança. Feitas com poliéster e interior totalmente for-rado, as mochilas Clever da linha Smart Collection têm modelos nas cores azul, cinza e vermelho. R$ 199. (11) 2842-4242
SOM ATÉ EMBAIXO D’ÁGUAA linha Cool Colors, da Leadership, apresenta headsets resistentes à água e suor. Compatíveis com PCs, tablets e smartphones, os modelos contam com hastes ajustáveis e acolchoadas, além de botão multifuncional integrado ao cabo para atender a chamadas telefônicas ou acio-nar as funções play, pause, avançar e retroceder das músicas. R$ 45. 0800 722 2208
POST-ITS PARA TODAS AS OCASIÕESOs tradicionais Post-its da 3M são levados ao mercado em três modelos diferentes. Os Super Flags Reposicionáveis (25 mm x 38 mm), Flags Reposicionáveis (12 mm x 43 mm) e os Flags Reposicionáveis de Papel (12,7 mm x 44,4 mm). R$ 11,90 a R$ 25,90. 0800 013 2333
RÉGUAS DIVERTIDASA linha de réguas FUN!, da Acrimet,leva design criativo e motivos infantis aos produ-tos, que prezam pela qualidade. A fabricante apre-senta, ainda, conjuntos de esquadros e conjuntos escolares, com esquadros, régua e transferidores. Preço sob consulta. (11) 4343-5577
APOSTA EM NOVIDADESCom 12 linhas – nove femininas e três masculinas – compostas por fichários, estojos, bolsas, cadernos, malote com botão, pastas catálogo e bloco de folhas, a DAC soma duas novidades ao portfólio: o caderno de uma matéria e a pasta catálogo em papel plastificado. Preço sob consulta. (11) 2404-9000
Destaque
40 fevereiro de 2015 Revista da Papelaria
COLAS PARA TRABALHOS MANUAISA Cola Silicone Líqui-da e o adesivo Ren-dbond são as solu-ções oferecidas pela Rendicolla para tra-balhos manuais. Em embalagens de 20 g, 50 g e 100 g, os produtos colam de papel a metal, adap-
tando-se a quase qualquer ne-cessidade. Pre-ço sob consulta.(42) 3252-3051
Produto do mêsMarcadores
A VMP Papéis traz mar-cadores em vários tama-nhos. Os mini são vendidos em blister com seis opções de cores ou, na opção, frasco com design diferente uns dos outros; os marca-textos em gel vêm em blisters com três cores diferentes; além desses, os mar-cadores plus e jumbo, com 12 unidades cada, estão disponíveis nas cores verde, pink, laran-ja e amarela (também na cor azul para a linha jumbo). Os marcadores permanentes, de quadro branco e, cd com ponta du-pla ainda são trunfos da empre-sa – todos nas cores azul, pretae vermelha.
Em cores vibrantes, o V-Super Color da Pilot é indicado para uso em papel, madeira, vidro, CD/DVD, metal, plástico, vinil, cerâmica. Seu cons-tante fluxo de tinta líquida conta com o sistema que permite a escrita imediata sem a necessida-de de agitar ou bombear, proporcionando uma excelente qualidade de uso do começo ao fim. O marcador é parte da linha Be Green, que conta com produtos fabricados a partir de plástico re-ciclado. Além da versatilidade, o refil da carga e troca da ponta são apostas da Pilot para a linha.
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ORGANIZAÇÃO A Waleu joga as fichas na diversi-ficação do portfólio com seis di-ferentes tipos de pranchetas com características distintas, feitas de componentes diversos como MDF, metal e plástico. Além dos organizadores, a empresa tam-bém apresenta chaveiros com etiquetas, ideais para o uso em
escritórios. Preço sob consulta.(11) 4070-5798
Revista da Papelaria
Representante
TEXTO: FELIPE SANTOS
Ai l t o n M a r c e l o
Gonçalves Zam-
paglione é um
bom exemplo de
superação e sucesso profis-
sional. Iniciou trajetória em
1995, quando teve o primei-
ro contato com o mercado
papeleiro. Nesse período,
trabalhou em uma loja de
artesanato e papelaria na
zona sul do Rio de Janeiro.
Após um ano de trabalho
duro, passou a ser o respon-
sável pela área de compras
da empresa. Foi assim que a
história começou a mudar.
Durante o tempo de tra-
balho na papelaria, Ailton fez
diversos contatos entre repre-
sentantes comerciais e muitos
amigos. Até que foi informado
sobre uma vaga de vendedor
externo na Pilot Pen do Brasil. Em 1999, começou a trabalhar
com a venda externa na em-
presa. Apesar das dificuldades
iniciais, Ailton afirma que a
principal motivação e inspira-
ção para superar os obstáculos
foi a família.
relacionamento representa
80% do negócio, pois, hoje
em dia, com tanta concor-
rência e a globalização, não
existe mais a necessidade do
lojista ser obrigado a com-
prar as marcas A, B ou C”,
afirma Ailton. Ou seja, se o
representante não tiver bom
relacionamento com o clien-
te, ele pode ser substituído a
qualquer momento.
Outro contratempo na
rotina diária são os altos
valores da carga tributária
do país que, dependendo
do produto, passa de 50% do
custo. Mais uma dificuldade
é a concorrência desleal com
o mercado papeleiro das
grandes redes de lojas e os
hipermercados que invadem
esse mercado no melhor
momento, que é período
de volta às aulas. Para isso,
segundo ele, a papelaria pre-
cisa diversificar o negócio
para sobreviver.
Apesar dos obstáculos
dos dias de hoje, Ailton des-
taca que o representante
comercial que trabalha com
comprometimento e pre-
ocupação com o negócio
do lojista – e não só com a
intenção em apenas “tirar
pedidos” – terá sempre a
fidelidade do cliente.
Em 2003, já com duas
filhas, Ailton decidiu mudar
novamente. Em busca de
melhor qualidade de vida,
resolveu ir para o litoral nor-
te do Estado do Rio. Pouco
tempo depois, em 2004,
realizou o principal objetivo:
a abertura da MRNI Zam-paglione Representações.
Ali, teve início a trajetória
de representante comercial,
que só vem crescendo e se
fortalecendo com represen-
tações de grandes empresas
do ramo da papelaria a cada
ano que passa.
Ailton acredita que o se-
gredo desse sucesso está na
sinceridade e transparência.
Para ele, o essencial para
um bom representante é o
dinamismo na realização
de várias funções, compro-
metimento com o cliente e
sempre se atualizar para levar
informações importantes
que possam melhorar o re-
lacionamento e o negócio
dos clientes.
“No meu ponto de vista, o
O valor da perseverançaDinamismo, comprometimento e versatilidade são ingredientes para um bom representante comercial
MRNI Zampaglione Representações Área de atuação: interior do Estado do Rio de Janeiro | Tempo de estrada: 15 anos | Empresas
que representa: Cromos, Foroni, Polibras, VMP Papéis.
sentantes comerciais
amigos. Até que foi in
sobre uma vaga de v
externo na Pilot Pen Em 1999, começou a
com a venda extern
presa. Apesar das difi
iniciais, Ailton afirm
principal motivação e
ção para superar os ob
foi a família.
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