Quedas em Idosos Prof. Ricardo Monteiro. DEFINIÇÃO Eventos que são encontrados em toda a...
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Quedas em Idosos
Prof. Ricardo Monteiro
DEFINIÇÃO
• Eventos que são encontrados em toda a população sendo muito mais frequentes em indivíduos idosos.
• Elas não são conseqüências inevitáveis do envelhecimento, mas sinalizam o início de uma fragilidade ou, anunciam uma doença aguda, além de serem causa importante de lesão, incapacidade e morte.
INCIDÊNCIA
• Varia com a faixa etária, o sexo e o local de moradia dos idosos.
• A incidência anual de quedas em idosos da comunidade aumenta de 25% aos 70 anos de idade para os 35% a partir dos 75 anos.
• Mulheres caem mais que os homens pelo menos até os 75 anos;
• Em pacientes institucionalizados o índice de quedas pode chegar a 50% apesar do ambiente ser menos complicado e mais protegido os pacientes são mais frágeis.
CAUSAS MAIS FREQUENTES DE QUEDAS
• Desordens de marcha/ equilíbrio/ fraqueza muscular
• Tontura ou vertigens• Acidente/fator ambiental• Confusão• Desordens visuais• Hipotensão postural
CONSEQUÊNCIAS
• As quedas são um problema importante entre os idosos, não só por sua freqüência, mas,principalmente, por suas conseqüências físicas, psicológicas e sociais:– Lesões físicas;– Imobilidade pós queda;– Danos sociais e psicológicos.
• Trauma de crânio;• Perda da consciência;• Luxações e subluxações articulares;• Entorses;• Hemartroses, hematomas;• Cortes, lacerações graves;• Esfoliações.
CONSEQUENCIAS DA IMOBILIDADE OCASIONADA PELA
QUEDA
• Atrofia muscular;• Escaras de decúbito;• Trombose venosa profunda;• Tromboembolismo pulmonar;• Pneumonia;• Infecção urinária;• Hipotermia ou morte.
ABORDAGEM CLÍNICA DO PACIENTE QUE SOFREU QUEDA
• A história da queda;• Sintomas;• Medicação;• Exame físico;• Exame músculo-esquelético;• Avaliação da marcha e do equilíbrio;• Exame do estado mental.
FATORES QUE DETERMINAM SE UMA LESÃO IRÁ OCORRER
• Área de impacto durante a queda;• Ausência de reflexos de proteção;• Ausência de acolchoamento natural do corpo;• Resistência e rigidez da superfície sobre a qual
se cai;• Densidade óssea;• índice de massa corpórea menor;
• Uso de restrições;• Maior estatura;• Idade;• Sexo feminino
INTERVENÇÃO E PREVENÇÃO
• PREVENÇÃO: Prevenir quedas é de suma importância, tendo em vista as graves conseqüências do processo de cair.
• INTERVENÇÃO ÚNICA: É aquela que procura modificar um único fator de risco, como um programa de melhoria do equilíbrio postural, ou um programa de aumento de força muscular de MI.
• INTERVENÇÃO MULTIFATORIAL: É aquela que trabalha simultaneamente vários fatores de risco.
• APÓS A IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS, A INTERVENÇÃO SE FAZ NECESSÁRIA PARA PREVENÇÃO DE OUTRAS E A MANUTENÇÃO DE UMA VIDA SAUDÁVEL E SEGURA AO IDOSO.
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
• O processo de envelhecimento da população está associado com um aumento da prevalência de doenças mentais e neurológicas, como doença de Parkinson, demências, depressão e ansiedade.
• Distúrbios do sono também são altamente prevalentes entre pessoas idosas, não somente devido á associação com demência, ansiedade e depressão, mas também, devido á co-morbidades relacionadas á idade e mudanças na estrutura do sono.
– As doenças cardiovasculares, que estão associadas com síncope e quedas, particularmente as arritimias, a hipotensão ortostática, a síndrome do seio carotídeo e a síndrome vasovagal, devem ser devidamente diagnosticadas e tratadas.
– O paciente também deve ser questionado com relação a sua visão, e , se houver anormalidades, estas devem ser avaliadas e tratadas.
– Outras doenças estão associadas ao aumento do risco de quedas, portanto seu tratamento traz um grande benefício para o idoso.
MANUSEIO DE MEDICAMENTOS
– As drogas psicoativas devem ser revisadas quanto á sua real necessidade, e sua dosagem, sempre que possível, deve ser reduzida.
– O uso de medicamentos psicoativos a quedas em idosos, chegou á conclusão de que drogas prescritas, como os ansiolíticos (benzodiazepínicos de meia-vida longa), antidepressivos (todos tricíclicos), anticonvulsivantes ( a maioria barbitúricos) e anti-hipertensivo (alfa metildopa), são inadequados para esta faixa etária e sua utilização está relacionada á ocorrência de quedas.
FISIOTERAPIA X EXERCÍCIOS
• Os componentes do exercício variaram em caráter, duração, frequência e intensidade, em uma ou mais áreas de endurance, flexibilidade, plataforma de equilíbrio, Tai Chi (equilíbrio dinâmico) e resistência. Outros tratamentos incluíram componentes comportamentais, alterações de medicação, educação, atividade funcional e suplementos nutricionais.
• Os exercícios podem ajudar a reduzir o número de quedas e lesões conseqüentes das mesmas. Aquelas intervenções que utilizam exercícios de equilíbrio, treino de força e exercício aeróbico de baixo impacto podem ser as mais efetivas.
AVALIAÇÃO DOMICILIAR E VIGILÂNCIA AMBIENTAL
– É de suma importância, obter informações sobre o ambiente em que o idoso vive. O paciente e seus familiares devem receber orientações com relação aos locais, dentro e fora da casa, que oferecem perigo de queda.
• Na casa, deve-se deixar os caminhos livres, retirar tapetes soltos, retirar cordões e fios do assoalho, prender tacos soltos e bordas e bordas soltas de carpetes , não encerar pisos, usar de preferência pisos antiderrapantes, colocar iluminação adequada para a noite, ), colocar corrimão nas escadas, faixa na borda dos degraus, boa iluminação, substituir ou consertar móveis instáveis, evitar cadeiras muito baixas,
• camas muito altas, uso de chinelos, roupas compridas, guardar itens pessoais e objetos mais usados ao nível do olhar ou um pouco abaixo. No banheiro, deve-se instalar barras de apoio, instalar vaso sanitário mais alto, usar capachos e tapetes antiderrapantes.
– Fora de casa deve-se consertar calçadas e degraus quebrados, limpar caminhos e remover entulhos, instalar corrimões em escadas e rampas, colocar piso antiderrapante, instalar iluminação adequada em calçadas, portas e escadas.
MANUSEIO DO TRAUMA PSICOLÓGICO
• O manuseio do trauma psicológico provocado por uma queda abrange a avaliação do impacto da queda sobre o paciente, seus hábitos e seus familiares.