Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda...

77
Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação Departamento de Ações Educacionais Macrorregião 2 Educação Infantil EMEB GILDO DOS SANTOS Projeto Político Pedagógico 2017

Transcript of Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda...

Page 1: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

1

Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação

Departamento de Ações Educacionais

Macrorregião 2 – Educação Infantil

EMEB GILDO DOS SANTOS

Projeto

Político

Pedagógico

2017

Page 2: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

2

SUMÁRIO I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ...................................................................... 3

1 – Identificação dos Funcionários ................................................................................... 4

2 – Quadro de Organização das Modalidades .................................................................. 5

3- Histórico da Unidade Escolar .......................................................................................7

II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ...................................................................................... .10

III- CARACTERIZAÇÃO E PLANOS DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA.....18

1 – Caracterização da comunidade ................................................................................ 19

2 – Comunidade Escolar ................................................................................................. 19

3 – Equipe Escolar ........................................................................................................... 21

4 – Conselho de Escola ................................................................................................... 31

5 – Associação de Pais e Mestres .................................................................................. 34

IV- ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.....................................37

1-Objetivos....................................................................................................................................37

2-Levantamento dos Objetivos Gerais..........................................................................................38

3-Rotina.........................................................................................................................................56

4-Avaliação das Aprendizagens dos Alunos..................................................................................69

5-Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos...............................................................73

6-Ações Suplementares................................................................................................................74

V- CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO..................................................................................75

VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................76

VII- ANEXOS..................................................................................................................................77

Page 3: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

3

Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação

Departamento de Ações Educacionais

Macrorregião 2 – Educação Infantil

EMEB GILDO DOS SANTOS

I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Nome da Escola: EMEB Gildo dos Santos

Rua: Profª Pedra de Carvalho, s/nº - Jardim Lavínia

CEP: 09811-140 – Telefone: 4109-9340 – SBC

E-mail: [email protected]

CIE: 229.908

Equipe Gestora

Diretora Escolar: Patricia Consani de Angelo

Coordenação Pedagógica: Alciana Batista dos S Sobral

Orientadora Pedagógica: Alexandra da Silva

Equipe de Orientação Técnica:

Psicóloga: Denise Monteiro

Fonoaudióloga: Elaine Cristina Paixão da Silva

Assistente Social: Telma de Cassia Bertaçolli Demarchi

Terapeuta Ocupacional: Ana Maria Diniz Canet Modalidade de Ensino: Educação Infantil (0 a 3)

Horário de Funcionamento: das 7h30 às 17h30 – Período Integral

Horário de Funcionamento da Secretaria: das 7h às 18h

Page 4: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

4

1 – Identificação dos Funcionários

Nome Matrícula Cargo /função Horário de trabalho

Período de férias

Patricia Consani de

Angelo 30.949-9 Diretora Escolar

2ª e 5ª feiras das 7h às 16h

3ª feira das 7h às 17h30

4ª feira das 7h às 16h30

6ª feira das 11h30 às 17h30

Janeiro 2018

Alciana Batista dos S. Sobral

30.807-9 Coordenação Pedagógica

2ª, e 5ª feiras das 8h30 às 17h30

3ª feira das 7h às 17h30

44ª feira das 8h às 17h30

6ª feira das 7h às 13h

Janeiro 2018

Ana Cristina R dos Santos

40.520-1 Oficial de Escola 7h às 16h 31/05 a 14/06

Andreia Baldow Falcão

26.660-9 Professora 10h às 18h Janeiro/2018

Claudia Maria Abite Marques

11.004-6 Professora 10h às 18h Janeiro/2018

Queila Maris da Silva 36.546-9 Professora 07h às 15h Janeiro/2018

Elaneida Cristina Pereira

37.107-8 Professora 10h às 18h Janeiro/2018

Espedita Natividade da Silva

36.074-4

Professora 7h às 15h Janeiro/2018

Juliana Gaspar 40.876-2

Professora c/Titularidade s/sala

7h às 15h Janeiro/2018

Vivian Polydoro

Mathias 36.409-9 Professora 7h às 15h Janeiro/2018

Flavia Jardim de

Brito 18.670-0 Professora Substituta 7h às 15h Janeiro/2018

Danila Tertuliano G. Bonilha

37.608-6 Auxiliar em Educação 8h às 17h Janeiro/2018

Claudia Moraes da Rosa

38.925-7 Auxiliar em Educação 8h às 17h Janeiro/2018

Luciana Paula de F.

Adriano 34.750-4 Auxiliar em Educação 8h às 17h Janeiro/2018

Michele Paula Novaes 39.079-3

Auxiliar em Educação

7h30 às 16h30 Janeiro/2018

Page 5: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

5

Léia Alves Costa 39.694-3 Auxiliar em Educação 8h às 17h

Janeiro/2018

Marcia Ivone dos Santos

60.605-4 Auxiliar de limpeza 7h às 16h 09/01 à 08/02

Lourdes Tadeu dos Santos Nunes

19.575-7 Auxiliar de limpeza 8h às 17h 01/03 à 30/03

Creuza Pereira Dias 62.944-1 Auxiliar de limpeza 8h10 às 17h10 18/02 à 19/03

Tais Vicente Silva 61.980-4 Auxiliar de Limpeza 8h às 17h 02/01 à 31/01

Maria Janaina Brandão Cavalcante

_ Auxiliar de cozinha

CONVIDA 7h às 16h48 _

2 – Quadro de Organização das Modalidades

Nesta escola atendemos crianças de 1 ano e 2 meses até 3 anos e 11 meses

em período integral, com horário de entrada entre 7h30 e 8h00 e saída entre 17h00

e 17h30.

Agrupamento Turma Educadores Total de alunos

por turma

Total de alunos por

modalidade

Infantil I A Queila/Elaneida/Michele/Luci

ana 18 18

Infantil II A Espedita/ Claudia/ Danila 22 44

Infantil II B Vivian/Andréia/Claudia 22

Page 6: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

6

2.1- Especificidades das faixas etárias:

Infantil I:

São crianças que nasceram entre janeiro e dezembro de 2014.

Os educadores são responsáveis por dar voz às crianças, observando,

nomeando, dizendo os quereres, desejos, angústias, enfim os sentimentos e

palavras já que a fala ainda está em processo de aquisição.

A exploração do espaço e brinquedos é característica marcante deste grupo e

assim a área externa, quadra e parque chamam a atenção dessas crianças. Elas

gostam de ficar olhando e observando o entorno da escola.

O contato físico, o colo, o acalento, as trocas, fazem parte da faixa etária das

crianças do Infantil I, uma vez que a separação da família, o primeiro contato com

outras crianças e adultos, o desmame, as deixam mais sensíveis e atentas a essas

novas relações que se estabelecem. É preciso atenção individual às necessidades

das crianças.

O momento da alimentação requer atenção especial, é necessário no início

do ano ensinar as crianças a usarem os talheres, a segurarem as canecas.

Infantil II:

São crianças que nasceram entre janeiro e dezembro de 2013, a turma é

constituída de alunos que já frequentavam esta creche e alunos novos.

Algumas características dessa faixa etária são a retirada das fraldas, a

autonomia do uso do banheiro, a grande aquisição de palavras, a verbalização dos

desejos e preferências. Já são capazes de alimentarem-se sozinhos.

É também nessa faixa etária que acontecem as reações de oposição aos

adultos, sejam estes os pais, ou educadoras, etc. Comportamentos esses que

leigamente são conhecidos como birra, mas que demonstram que as crianças estão

desenvolvendo a autonomia e se consideram capazes de realizar algumas coisas

sozinhas e tomarem suas próprias decisões.

Page 7: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

7

3 - HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR

A EMEB GILDO DOS SANTOS foi inaugurada em 1981, na época

denominada Creche Comunitária Jardim Lavínia, sua construção visava criar um

local para deixar as crianças do bairro enquanto suas mães trabalhavam. A

concepção de creche então era totalmente assistencialista.

No final dos anos 80, a Constituição Federal responsabilizou a Educação por

todas as instituições de atendimento a crianças de 0 a 6 anos, e com a evolução das

discussões sobre o papel desse equipamento, não só neste município, mas em nível

nacional, a creche começou a transformar-se. Novos profissionais com papéis

definidos foram contratados, começou-se a dar maior importância para a atividade

da criança.

Em 1991 as creches passaram a integrar o Departamento de Educação na

Secretaria de Educação e Cultura de São Bernardo do Campo. A preocupação com

a estruturação do trabalho pedagógico tem sido constante desde 1990. Desde então

tem acontecido a formação permanente de educadores (através de reuniões

pedagógicas com participação de toda a equipe, reuniões de trio e HTPC’s) e a

sistematização dos instrumentos do educador (registro, planejamento, observação e

avaliação).

Em 1992 foi publicado “UMA PROPOSTA INTEGRADA PARA O TRABALHO

EM CRECHES E EMEIs”, currículo que seria norteador para todas as unidades de

atendimento às crianças de 0 a 6 anos neste município.

Em 1994 vieram as primeiras professoras para trabalhar nesta creche, foi

uma grande conquista para a U.E. enquanto espaço educacional.

Em 1995 esta creche, juntamente com as Creches Municipais Antônio José

Mantuan, Josué de Castro e Vila das Paineiras, elaborou o “PROJETO CRECHE

VIVA” que estruturou o trabalho em três eixos: organização do espaço, organização

da rotina e postura do educador, e tinha como objetivo “proporcionar às crianças

maior possibilidade de liberdade, aprendizagem e prazer considerando sua

individualidade dentro desse espaço coletivo de educação que é a creche”.

Desde 1997 as dirigentes das creches vêm participando de assessorias

contratadas pelo Departamento de Educação e cursos voltados principalmente para

o trabalho com linguagem, foram oferecidos aos educadores da rede. O trabalho

com rotina também foi tema de assessoria e de discussões dentro desta unidade.

Page 8: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

8

Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que

possibilitou um salto na qualidade destes dois momentos.

Esta creche passou por uma reforma que ampliou suas instalações em 1998.

Foram construídas: mais uma sala de aula, diretoria, lactário e foram ampliados o

banheiro das crianças, a lavanderia e a cozinha. Esta obra levou cerca de 8 meses e

durante este período a creche atendeu apenas uma classe de 3 anos na EMEB

Mariana Neves Interliche.

Ao retornar às suas atividades após a reforma, atendeu pela primeira vez

apenas classes de 3 anos, seguindo orientações do Departamento de Educação.

No final de 1998 foi aprovado o novo Estatuto do Magistério, entrando em

vigor em janeiro do ano seguinte, que, entre outras coisas, alterou a jornada de

trabalho dos professores com as crianças e fixou o tempo de formação e estudo.

Com isso a organização dos grupos também foi alterada. Pela primeira vez em 2000,

a creche atendeu duas classes em período parcial.

A partir da reflexão sobre o mundo em que vivemos e como a escola pode

interferir, mesmo que minimamente na realidade, toda a equipe envolveu-se no

“Projeto Cultura” em 2001 elaborado a partir da preocupação com a decadência

cultural e a inversão de valores presentes na sociedade e tinha entre seus objetivos

resgatar elementos da cultura popular e promover a participação dos envolvidos.

Neste ano realizamos a “Festa da Cultura”.

A Associação de Pais e Mestres iniciou efetivamente seus trabalhos em 2002

(apesar de ter sido fundada em 2001), quando contratou engenheiros para

elaborarem um projeto de reforma e ampliação da escola, visando dobrar a

capacidade de atendimento da unidade. Porém esse projeto foi dividido em diversas

fases de acordo com as verbas repassadas.

Em 2003 foi feita uma parte da reforma que consistia em alterar a posição da

lavanderia, construir dois banheiros de adulto, reforma e ampliação do banheiro da

sala de 2 anos.

Em 2004, após chegada da verba, foi finalizada a construção do radier,

alteração da posição da sala de 3 anos (integral) e construção da diretoria e

secretaria.

Fizemos também uma parceria com a presidência da Sede de Moradores do

Bairro para abertura de um portão possibilitando o acesso e a utilização da quadra

de esportes.

Page 9: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

9

Em fevereiro de 2005 houve a saída da diretora Rosa Regina de Oliveira

Delgado e chegada da diretora Lúcia Regina Bortoto e também da Professora de

Apoio Pedagógico Ana Lúcia Cézar Moraes, sendo que ambas respondiam por duas

unidades escolares (EMEB Gildo dos Santos e EMEB Lóide Ungaretti Torres).

Este ano também, o grupo de educadores participou de um estudo sobre o

Brincar para a escrita da Proposta Curricular II em HTPC’s e com representação na

comissão de escrita deste tema.

No início de 2006 foram extintas as salas de 3 anos do período parcial e

formada uma nova turma em período integral. Houve ainda a organização da

biblioteca dentro do espaço disponível (antiga diretoria) e parceria com a PABE da

EMEB Teotônio Vilela para a realização de projetos.

Em dezembro de 2006 a Resolução da SEC n° 00/06 de 22/12, determinou a

separação das creches agrupadas em duas unidades com apenas uma diretora ou

dirigente. Na EMEB Gildo dos Santos permaneceu na direção a Diretora Lucia

Regina Bortoto.

Em 2007, ocorreu mais uma reforma, de acordo com o Plano de Trabalho da

APM que contemplou a reforma geral da cozinha e despensa, troca de chuveiros

individuais por cuba de banho e trocador no banheiro coletivo infantil, colocação de

mais um vaso sanitário no banheiro da sala de 2 anos, colocação de chuveiros

adequados às cubas de banho, manutenção no telhado, colocação de beiral sobre

as portas das salas e cobertura na entrada da escola. Pintura geral interna e

externa, troca do alambrado e colocação de piso na área externa e nivelamento,

troca da caixa d’água e reforma no depósito de brinquedos, colocação de bebedouro

no parque, limpeza e tratamento do piso das salas de aula, troca do vitrô da

biblioteca, revisão geral da parte elétrica e hidráulica.

Em 2008, a EMEB recebeu a PAP Ana Nery Alves Pereira Guimarães para

apoio no trabalho pedagógico da unidade escolar. Pela primeira vez a EMEB Gildo

dos Santos teve uma PAP para atuar exclusivamente na unidade, o que veio a

enriquecer o trabalho da equipe docente e contribuir com a formação continuada dos

profissionais desta escola. Em 2010, Andréa Gomes Cortez assumiu o cargo de

Coordenadora Pedagógica no concurso realizado pela Secretaria de Educação em

2009.

Page 10: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

10

Em maio de 2011, a Coordenadora Pedagógica Andréa Gomez Cortês

afastou-se por motivos de saúde, ficando a Professora Renata de Oliveira Lima

responsável pela Coordenação Pedagógica.

No inicio do ano de 2012, a Diretora Lucia Regina Bortoto aposentou-se e

assumiu o seu lugar em 07 de março a Diretora Jussara Almeida Bezerra, também

em 2012, duas professoras que iriam trabalhar no CEU Vila São Pedro, a ser

inaugurado em 14 de abril, estiveram desde o inicio do ano na escola, auxiliando no

período de adaptação e durante a rotina escolar.

Devido ao processo de remoção, no ano de 2013 iniciou os trabalhos a

diretora Patricia Consani de Angelo e a coordenadora Dislene Mercia de O S Ladeia,

também houve uma grande alteração no quadro de professoras e funcionários com

a troca de praticamente 90% da equipe.

No ano de 2014 a equipe gestora se mantém, porém ocorre a troca das

auxiliares em educação devido ao processo de movimentação desta categoria

realizado pela SE.

Em outubro de 2014, a Diretora Patricia Consani de Angelo afastou-se por

motivo de saúde e assumiu a direção a PRD (Professora Respondendo por Direção)

Lilian Martineli que permanece na unidade escolar até dezembro de 2015.

Durante a remoção de 2014, veio para esta EMEB a Coordenadora

Pedagógica Alciana Batista dos S. Sobral, que se encontrava afastada por motivo de

saúde e assumindo seu lugar, temos a PRCP (Professora Respondendo por

Coordenação Pedagógica) Solange M. M. Gomes. Durante está remoção, também

houve mudança de 90% do quadro de professoras.

Em Junho de 2015 a PRCP Solange aposenta e retorna as atividades a

coordenadora Alciana que permanece até a presente data.

Em janeiro de 2016 retorna às atividades a diretora Patricia que permanece

até a presente data.

Outro aspecto a ser mencionado é que a escola é eco ponto, sendo

desenvolvido um trabalho de separação de matérias para coleta específica realizada

pela Prefeitura, onde a comunidade local também pode descartar seus reciclados.

II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM O TRABALHO

Page 11: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

11

Os princípios que norteiam nossa prática pedagógica não se limitam ao

espaço escolar, mas envolvem ações de todos os educadores nas várias relações e

níveis de participação para uma educação de qualidade. A integração e participação

da família na escola é fundamental para a formação da criança em todos os

aspectos: cognitivos, sociais, afetivos, físicos e éticos. Na escola são sistematizadas

situações de aprendizagens onde os envolvidos aprendem de maneira lúdica e são

construtores ativos do seu conhecimento. Convivemos com a diversidade,

procurando acolher a todos em suas necessidades.

Temos como referência para o nosso trabalho na unidade: a Proposta

Curricular de São Bernardo do Campo, baseada nas concepções pedagógicas de

Piaget, Vigotsky e Wallon, a partir da concepção interacionista.

CONCEPÇÕES DE MUNDO, CRIANÇA, EDUCAÇÃO E ESCOLA

Elaborar o Projeto Político Pedagógico da escola nos coloca novamente

frente a questões como: que mundo nós queremos construir e que indivíduos

queremos vivendo e atuando neste mundo. Estas reflexões dão continuidade ao que

já foi iniciado em anos anteriores, pois sabemos que a educação se constrói num

processo contínuo e é enriquecida a cada dia com as reflexões que fazemos sobre a

prática.

Queremos contribuir para a formação de indivíduos críticos, autônomos,

participativos, que valorizem a vida, saibam respeitar o outro, sejam conscientes a

respeito do meio ambiente, saibam lidar com situações diversas e adversas e atuem

para transformar a sociedade.

Queremos um mundo no qual todos possam ter consciência e partilhar de

ações pautadas no compromisso com o nosso planeta e todas as formas de vida

nele existentes.

A ESCOLA

A escola da infância que acreditamos deve ser um ambiente acolhedor,

prazeroso, que oportunize vivências e experiências significativas e interessantes

para as crianças, favorecendo a construção de conhecimento, além de ser seguro,

limpo e organizado. Um ambiente que possa atender às necessidades individuais e

dos grupos de 0 a 3 anos e que seja desafiador, que instigue a exploração e a

curiosidade das crianças.

Page 12: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

12

Acreditamos que a construção de uma escola para um mundo melhor exige

compromisso e envolvimento da própria escola e de toda a sociedade.

AUTONOMIA

Um dos papéis da escola é contribuir para a construção gradativa da

autonomia por parte das crianças, que permita constituírem-se como indivíduos

capazes de atuar para transformação da sociedade, tendo desde cedo oportunidade

de vivenciar situações onde possam expressar seu desejo e fazer escolhas.

Sabemos que a criança de 0 a 3 anos ainda é heterônoma, isto é, legitima as

regras e os valores que provêm de fora, em geral de um adulto a quem ela atribui

força e prestígio. Esta fase é importante, pois contribui para a construção de

princípios a partir dos referenciais externos e a escola tem um papel importante no

processo de construção da autonomia da criança. São as oportunidades que ela tem

de exercitar as escolhas, as tomadas de decisões, que contribuem para o

desenvolvimento de recursos internos que favorecem a construção da autonomia.

Assim, cabe à escola criar condições para este exercício, planejando

atividades que deem oportunidade de escolhas, que tenham regras claras, que

contribuam para que a criança sinta-se segura e com propriedade sobre suas ações.

A intenção de contribuir para a construção da autonomia deve permear todos os

momentos da escola.

Podemos então, planejar três aspectos para que favoreçam a construção da

autonomia: a organização do espaço, a rotina e a postura do educador.

- A organização do espaço deve garantir que a criança se aproprie dele e

possa se “autogerenciar”, escolhendo materiais, utilizando brinquedos, decidindo

sobre os lugares a serem utilizados em suas atividades, reconhecendo suas

preferências e interessando-se por brincadeiras.

- A rotina é também um fator organizador, assim como o espaço, e favorece

a organização interna da criança. A frequência e constância das atividades

contribuem para que conheça o seu dia e possa ter tranquilidade sobre ele, e assim,

exerça maior autonomia.

- A postura que o educador assume pode contribuir muito para o exercício

da autonomia, isto porque, além de dar as referências externas que a criança

precisa, também pode ajudá-la a fazer suas próprias escolhas e a encontrar

soluções para suas dificuldades.

Page 13: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

13

INTERAÇÃO

Um dos eixos que devem nortear todas as ações da escola é a interação, isto

quer dizer que, as atividades e espaços devem ser planejados através de vivências

e experiências que oportunizem as crianças trocas a partir de seus saberes, serem

ajudadas por parceiros mais experientes, ou ajudarem outros na aquisição de novos

conhecimentos.

Interação não é apenas estar junto, mas compartilhar das ações durante as

conversas, as brincadeiras ou as descobertas. Estas ações se constroem na relação

com outras crianças da mesma faixa etária ou de idades diferentes, ou ainda com os

adultos. Os espaços delimitados e os brinquedos organizados para facilitar o acesso

das crianças são fundamentais para promover situações de interação.

As experiências de troca com outros devem ser provocadas pelos

educadores, que devem organizar o espaço e a rotina para isso.

A organização da rotina também deve contribuir para a interação, pois

durante o tempo que a criança fica na escola, deve haver momentos para que

experimente, vivencie, interaja e/ou brinque com crianças da mesma faixa etária que

a sua e outras com quem possa estabelecer relações.

É importante que haja momentos em que a atividade seja realizada com todo

o grupo e outros em que as crianças possam atuar em pequenos grupos. Esta

diversidade visa garantir que um maior número de interações ocorram e com isso a

qualidade da aprendizagem seja melhor.

ATENDIMENTO À DIVERSIDADE

É compromisso da escola incluir todas as crianças, independente de classe

social, etnia, gênero, características individuais ou necessidades educacionais

especiais, que possam aprender juntas numa escola de qualidade que respeita as

diferenças.

O atendimento à diversidade, segundo a Lei 11.645/08, estabelece o estudo

obrigatório da história e cultura afro-brasileira e indígena, valorizando o negro e o

índio na formação da sociedade brasileira.

Refletimos a respeito de como isso se traduz, no dia a dia, na interação de

crianças de 0 a 3 anos:

Page 14: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

14

Proporcionar momentos, atividades, histórias, brinquedos, cantigas, imagens, que

valorizem nossas influências afro-indígenas, como características positivas e

enriquecedoras.

Atentar para as interações adulto-adulto e adulto-criança, aguçando a sensibilidade

para as formas de tratamento, não utilizando de apelidos e rótulos (loira burra, olha a

cor da pele dele, princesinha, é negra ‘mas’ é linda, programa de índio) bem como

para as manifestações físicas da afetividade a uma só criança.

Outro cuidado é sensibilizar para as maneiras como a equipe escolar se refere às

famílias das crianças, evitando comentários desnecessários.

CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

O ingresso da criança na escola favorece a possibilidade de conviver com

outras crianças e adultos que trazem hábitos distintos de seu núcleo familiar.

Portanto, entendemos ser esse um espaço fundamental de contato e respeito às

diferenças, onde a criança se identifica e se distingue do outro, em situações de

aprendizagem, cercadas de sentido, que lhe permitem construir sua identidade e

uma imagem positiva de si, como ser capaz de avançar em relação aos desafios que

enfrenta e construir conhecimento.

CONCEPÇÃO DE CRIANÇA

Entendemos a criança de 0 a 3 anos como um ser em desenvolvimento que

tem o adulto como mediador de suas relações com o mundo. Assim, destacamos

que seu desenvolvimento e aprendizagem ocorrem num ambiente não escolarizado,

mas pensado e planejado de forma a proporcionar situações que lhe sejam

significativas. Tais situações carregam em si, a certeza de que a criança é um ser

capaz de exercer gradativamente sua autonomia e construir aprendizagens na

medida em que explora, experimenta, argumenta, constrói conceitos sobre

diferentes objetivos, situações e interações, ampliando assim a visão de mundo.

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO 2016

Onde quer que haja mulheres e homens,

há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender. Paulo Freire

Page 15: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

15

A avaliação realizada ao final do ano é um momento de levantar as

informações e refletir sobre a trajetória percorrida pela escola ao longo de 2016 e

fazer projetos para o próximo ano. A avaliação escolar traz a oportunidade do grupo

fazer um levantamento das demandas coletivas, das metas e das ações necessárias

para realiza-las no ano seguinte. Permite elucidar os problemas da escola e envolve

todos na busca de soluções.

Todo processo de avaliação coletivo é trabalhoso, conflituoso e exige tempo,

disposição e muita reflexão. Porém, ao mesmo tempo, ele promete resultados

bastante significativos para toda a escola, os alunos e a comunidade.

Diante deste fato, este ano temos alguns eixos ou diretrizes que foram dados

pela Secretaria de Educação e que nortearam a avaliação deste ano. Dentro destas

diretrizes, tínhamos um compromisso para analisar; deveríamos verificar quais foram

as ações tomadas para cumprir o compromisso, os avanços e por fim quais são os

desafios que precisam ser superados.

O primeiro deles diz respeito à Gestão Democrática, o segundo refere-se à

Qualidade social da Educação por meio da prática pedagógica e por fim, o

terceiro diz respeito ao Acesso, permanência e sucesso escolar.

Tivemos como base a avaliação realizada na nossa unidade escolar no ano

anterior e que foi baseada nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil.

Segue o resultado apontado pelos membros da equipe.

Gestão Democrática – Compromisso: Evidenciar a participação e

corresponsabilidade da comunidade escolar, dando voz a todos os envolvidos de

forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça no documento desde o

acesso, implementação do projeto, tomada de decisões até a avaliação. Propostas

para aperfeiçoar a atuação dos órgãos colegiados. Ações em parceria com

programas, dispositivos da comunidade, dentre outros.

Ação: Participação de todos os segmentos na elaboração e desenvolvimento

do PPP; Acompanhamento da equipe gestora sobre as ações; A efetivação dos

planos de ação: Comunidade escolar, Conselho de escola/APM; A efetivação dos

planos de ação: Professores, Auxiliares Funcionários; Respeito e acolhimento;

Direito das famílias no acompanhamento de vivencias e produções das crianças.

Page 16: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

16

Avanços: Contínua participação efetiva de todos na elaboração do PPP; todas

as propostas foram acompanhadas desde a realização até a conclusão; todas as

propostas para a comunidade escolar e Conselho/APM foram realizadas; Desde o

momento da adaptação a equipe escolar vem demonstrando acolhimento e

envolvimento com as crianças e as famílias; a presença dos pais nas reuniões

melhorou;

Desafios: dar continuidade às ações deste ano e explanar a situação do

espaço físico escolar, trazendo os pais para preocupação e participação nas

mudanças e melhorias, e conscientizá-los quanto à necessidade de cobrarem os

órgãos responsáveis. Planejamento dos professores mensal e mais objetivo.

Efetivação de um mural para divulgação de atividades para visualização de todos.

Sugestão de um responsável para divulgação das informações no dia posterior no

whatsapp; Auxiliares devem receber a pauta dos HTPC’s e o professor responsável

por redigir a ata dos HTPC’s deve divulgar a informação para todos. Explicar a

necessidade de se cumprir horários para as famílias; Dar continuidade as atividades

que aproximem a família na escola; Retomar encaminhamentos médicos de saída

para a UBS;

Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica –

Compromisso: Planos de formação articulados, a partir do levantamento coletivo das

necessidades para todos e cada um, construindo diversos espaços e tempos

formativos. Planos de formação específicos de acordo com as necessidades dos

diversos sujeitos envolvidos na elaboração do PPP. Praticas didáticas significativas,

contextualizadas e inclusivas que garantam o processo de ensino e aprendizagem

de todos e de cada um.

Ação: Formação inicial das professoras; Formação continuada; Condições de

trabalho adequadas; Diferentes propostas e atividades realizadas com as crianças e

as aprendizagens esperadas.

Avanços: Formação com as professoras foi boa, produtiva (continuidade do

ano de 2015). Adequação do horário de HTP para que a Unidade pudesse fechar às

17h30, visando a segurança dos profissionais. Início na rede do HTPC à distancia.

Ganho da titularidade pelos auxiliares. As tardes musicais não aconteceram com

pessoas de fora, no entanto, foram realizadas dentro das salas com os profissionais

Page 17: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

17

envolvidos. A participação dos pais é boa nas festas e reuniões, devido a boa

divulgação realizada na U.E. Passeios aconteceram como previsto; Teatro com

GCM’s, Teatro para bebês; Semana das crianças; Visita de alguns animais em todas

as salas.

Desafios: discussão em grupo sobre os eventos realizados na U.E.; Reunião

de formação (regulares) para os auxiliares; Programação cultural em reunião

pedagógica, com discussão de assuntos comuns a todos; Criação de canal de

comunicação interna incluindo todos os segmentos; Visitas a espaços culturais.

Melhorar o tempo da duração dos passeios; Arrumação do ateliê, almoxarifado,

retirada dos pneus pois estão tendo acumulo de água e bichos ou repensar outra

forma para seu uso; Aumentar as atividades de circuitos; realização de intersalas.

Acesso, permanência e sucesso escolar: Formas de acolhimento aos

educandos, considerando necessidades coletivas e individuais e respeitando as

diversidades de gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência; Organização da

rotina a partir das necessidades dos sujeitos.

Ação: interação adulto/criança quanto ao respeito à dignidade, identidade,

interesses, desejos e ideias, conquistas e produções das crianças; Interação criança/

criança quanto à convivência e a relação. Responsabilidade pela alimentação

saudável das crianças; Limpeza, salubridade e conforto. Segurança. Os espaços e

mobiliários a favor das experiências das crianças e necessidades dos adultos.

Variedade e acessibilidade dos materiais.

Avanços: continua acontecendo as interações adulto/criança e nesse ano

melhorou ainda mais, pois a equipe escolar está colaborando de forma conjunta.

Houve um planejamento mais sistematizado nos trios pensando em desenvolver

atividades nos espaços externos além do uso dos brinquedos de parque

(escorregador e balança). Quanto ao período de adaptação houve uma maior

preocupação em atender as especificidades de cada criança respeitando seu ritmo e

ampliando o período de adaptação para aquelas que apresentavam mais choro ou

algum indício de sofrimento pela separação da família.

Esse ano houve uma maior participação das famílias, principalmente com

relação aos projetos de cada turma. Brinquedos novos, motocas e livros novos.

Page 18: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

18

Desafios: que o grupo continue se responsabilizando pelas crianças,

independente da função que a pessoa exerça e a qual turma a criança esteja

inserida. Intensificar a participação da família. Proporcionar interação criança/criança

nos momentos de intersalas. Ex. hora da história semanais com todas as turmas.

Brincadeiras nos parques e solário. Elaborar um painel informativo para os

professores na sala de HTPC. Elaborar um caderno informativo para que toda

equipe tome ciência dos eventos e deverá permanecer na secretaria para ler e

assinar. Maior variação do cardápio, com pedaços de legumes para que a criança

reconheça e experimente. Providenciar espelhos adequados conforme indicativo no

ano anterior; canto simbólico fixo e voltado para uma atividade mais calma, por conta

do espaço pequeno e movimentado. Colocar sofás de caixas de leite, espelho com

acessórios. Manter a organização do almoxarifado e ateliê. Estante com livros nas

salas para as crianças manusearem qualquer tipo de livro, mas com cuidado,

orientação e supervisão. É necessária a manutenção dos livros danificados como

aqueles que estão rasgados. Rede de proteção entre o parque e o solário e no

corredor entre solário e gás.

A partir dessas considerações, iremos pensar em ações que nos ajude a

avançar e minimizar os impactos desses desafios que temos na rotina da nossa

Unidade Escolar.

III- CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE

ATUAÇÃO DA ESCOLA

1- Caracterização da Comunidade

O Jardim Lavínia fica entre os bairros Assunção e dos Casas. Nos últimos

anos, o bairro vem passando por modificações com a urbanização de núcleos

habitacionais e ampliação da Avenida Presidente João Café Filho, que passa em

frente à unidade escolar, onde foi construída uma ciclovia e uma pista de caminhada

e também a construção do viaduto que liga o bairro ao centro da cidade e a via

Anchieta.

Grande parte das famílias mora nos prédios que foram construídos a partir de

uma proposta de urbanização e também há moradores de bairros vizinhos.

Page 19: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

19

Próxima a nossa escola está localizada a EMEB Mariana Neves Interliche,

que atende crianças de 3 a 5 anos, é prática de nossa escola realizar uma visita

próxima ao término do ano, com as crianças, a fim de conhecer o novo espaço que

frequentarão no próximo ano, pois como continuidade ao atendimento das crianças

da EMEB Gildo dos Santos, elas são encaminhadas para as escolas de educação

infantil da região ou próximas de suas residências, em sua maioria em período

parcial.

Existem outras escolas da Rede Municipal que atendem o Ensino

Fundamental I, além da rede Estadual, que atende fundamental II e médio, bem

como escolas particulares.

Há também um sacolão que é ponto de referência do bairro e a feira livre que

ocorre às sextas-feiras na rua da escola, que muitas vezes é visitada pelas crianças.

Possuímos também uma parceria com a sede da Associação dos Moradores

do Jardim Lavínia, que está localizada ao lado da escola e frequentemente cede o

salão de festas para eventos da unidade e a quadra é utilizada por nossos alunos

todos os dias no período da manhã.

2 – Comunidade Escolar

2.1 – Caracterização

Ao longo dos anos, a comunidade percebia a escola como um local

assistencial e voltado para os cuidados. Hoje, com o crescimento sócio- econômico,

bem como trabalho realizado com os pais em reuniões e eventos abertos à

comunidade, percebe-se que houve uma mudança na concepção de que se tem da

creche, reconhecendo o trabalho pedagógico e as aprendizagens que ocorrem na

unidade.

No primeiro atendimento prestado aos pais, durante o ato da matrícula e

entrevista inicial, observamos as expectativas dos pais relacionadas ao

desenvolvimento e à aprendizagem dos filhos: relatam o desejo de que as crianças

se desenvolvam, aprendam muitas coisas, que melhorem a linguagem; preocupam-

se com questões de segurança, alimentação, cuidados; também manifestam

interesse nas possibilidades de interação da criança, que se relacione com outras

crianças, que aprenda a dividir; se preocupam com o bem estar e o prazer delas,

esperam que a criança goste da escola, que se adapte, seja mais independente, se

desenvolva e amplie o repertório de brincadeiras.

Page 20: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

20

2.2 – Plano de Ação para Comunidade Escolar e educadoras

Público Alvo: Familiares das crianças atendidas pela EMEB Gildo dos Santos e

suas respectivas educadoras

Iniciamos um trabalho com a comunidade escolar no final de 2016, na reunião

com pais novos sobre uma efetiva participação dos mesmos no conselho de escola

e APM, além de explicar a importância destes colegiados incorporamos a

necessidade de melhorias principalmente estruturais que só aconteceriam com a

colaboração deles no sentido de desenvolver ações junto a Secretaria de Educação.

No início de 2017 retomamos este trabalho na primeira reunião com pais do

ano e realizamos a eleição destes colegiados conseguindo uma participação muito

grande. Na prática isso se refletiu com melhorias para o prédio escolar com a mão

de obra de pais, como troca de lâmpadas e limpeza da caixa de água evitando

gastos financeiros para a APM, também aconteceram intervenções junto a

Secretaria de Educação para cobrar serviços urgentes. Este trabalho deve continuar

durante o ano letivo e acontecerá nas reuniões dos colegiados.

Continuamos o trabalho implantado no ano anterior no que se refere a

adaptação, pois foi bem avaliado pelas famílias.

No decorrer do ano, manteremos o diálogo com os pais na entrada, na saída,

através de agenda, telefonemas, bilhetes, cartazes, sábados letivos, mostra das

produções das crianças, reunião com pais e sempre que houver necessidade. Todas

estas ações têm como objetivo a aproximação, a construção de vínculos e parceria

com a comunidade.

No ano de 2016, houve a proposta do Departamento de Pós Graduação em

Psicologia da Universidade Metodista de realizar uma pesquisa junto aos bebês das

creches de São Bernardo do Campo, entre 0 e 36 meses, de terem verificados os

diversos aspectos de seu desenvolvimento: cognitivo, motor, linguagem, sócio-

emocional e comportamento adaptativo. Este ano este projeto será finalizado em um

dia da semana para a devolutiva das pesquisadoras somente com as crianças que

necessitam de encaminhamento para especialista. A família será convidada a

comparecer um dia agendado com a pesquisadora na escola para receber o

encaminhamento, conversar com a pesquisadora e tirar duvidas.

2.3 – Avaliação

Page 21: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

21

A avaliação será contínua durante os encontros por meio de registros,

discussões e apontamentos realizados pelo grupo de onde partirão os

encaminhamos para o próximo ano.

3– Equipe Escolar

3.1 – Professores

3.1.1 – Caracterização

O nosso quadro de professores é composto por oito profissionais com

experiência na Educação. Devido ao processo de remoção em 2014 recebemos 7

professoras novas em 2015, sendo que uma teve experiência apenas com turmas de

Infantil II, as demais já trabalharam em creche. Entre as professoras temos uma

professora efetiva sem classe e uma substituta volante.

Nossos momentos de formação dividem-se entre os HTP’s, HTPC’s e

reuniões pedagógicas. Os HTPC’s acontecem todas as terças-feiras das 7h00 às

10h00 e das 15h00 às 18h00. Este ano teremos 9 reuniões pedagógicas.

PROFESSORES

Nome

Situação funcional

Escolaridade Graduação/

Pós- Graduação

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Andreia Falcão

Efetiva Pedagogia e Educação Artística

Pós em Educação Infantil

17 anos e 10 meses

2 anos e 3 meses

Juliana Efetiva Pedagogia 2 anos e 8 meses

2 anos e 3 meses

Vivian Efetiva Pedagogia 6 anos e 1 mes

2 meses

Flavia Substituta Pedagogia e Gestão 12 anos e 8 meses

2 meses

Claudia Maria

Efetiva Pedagogia 30 anos e 9 meses

3 anos e 11 meses

Queila Efetiva Pedagogia

6 anos e 1 mes

2 meses

Elaneida Efetiva Pedagogia 5 anos e 10 meses

2 meses

Espedita Efetiva Pedagogia/Psicopedagogia Pós em Educação Artística

6 anos e 7 meses

5 anos

“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”

Paulo Freire

Page 22: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

22

3.1.2 Plano de Formação para os Professores

Justificativa

É por meio das formações continuadas que os professores repensam e qualificam

suas práticas, aprimorando a sua atuação para atingir melhores resultados no cuidar e

educar das crianças pequenas. Neste sentido o Plano de Formação faz-se de extrema

importância, pois constitui-se em espaço coletivo para discussão, sistematização e

apropriação da práxis de instrumentos teórico-metodológicos, que permitam a todos os

envolvidos reafirmar suas posições e avaliar suas práticas, ressignificando-as. Nessa

perspectiva, o Plano deve ser concebido, assumido e vivenciado no cotidiano da prática

social docente como um resgate dos princípios que embasam a prática pedagógica, num

processo de ação-reflexão-ação, como base para a estruturação pedagógica da escola.

Deve-se garantir o desenvolvimento de competências profissionais relacionando a teoria à

prática através da reflexão sobre a atuação profissional. Podemos definir as necessidades

formativas detectadas junto ao grupo docente através de observações, acompanhamento

dos Planos de Ação e também pelo levantamento de expectativas formativas realizada

com os professores ao longo do ano letivo.

Em 2016 fizemos as formações baseadas nas necessidades apontadas em

questionário pelo grupo, e também em alguns assuntos que foram avaliados pela equipe

de gestão como necessários. O grupo de professoras apontou em sua grande maioria

que desejavam estudar as Especificidades das faixas Etárias com seus objetivos e

conteúdos revisitando a nossa Proposta Curricular. Esse foi o tema principal, mas tivemos

outros assuntos de importância relevantes que permearam as formações, como o

desenvolvimento infantil e as questões das birras, acolhimento entre outros.

Em 2017 também tivemos algumas indicações por parte dos professores que

apontaram a necessidade de estudar o desenvolvimento infantil, resolução de conflitos,

artes, expressão corporal, e também os campos de experiências. Este último tema é o

tema elencado pela gestão, pois já está em documentos oficiais estas mudanças de

Áreas do Conhecimento para Campos de Experiências, por isso se faz necessário o

estudo desse tema para tomarmos conhecimento e para futuras mudanças no nosso

PPP. Junto com os Campos de Experiências também iremos estudar o Desenvolvimento

Infantil, Avaliação na Educação Infantil e relatórios e também vivenciaremos a

socialização de boas atividades práticas de Artes e Movimento.

Page 23: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

23

O Plano de Formação é flexível, está aberto a mudanças e deve ser um instrumento

orientador das ações, objetivando aprofundar e refletir a prática pedagógica, mesmo por

que este ano de 2017 tivemos mudanças na administração e acredito que teremos

formações organizadas pela Secretaria de Educação.

ACOLHIMENTO

A entrada da criança na escola, em qualquer época do ano, é um processo que

pressupõe adaptação a uma situação nova por parte da criança, da família e da

instituição. Cabe à escola propiciar condições para que esse processo transcorra da

forma mais tranquila e natural possível. É importante ressaltar que a adaptação não é

somente uma questão de tempo, mas principalmente de investimento e de planejamento

cuidados e que ocorre durante todo o ano, não só quando a criança ingressa, como

também de algum afastamento médico, ou algo similar. Pensando nestas questões

queremos ter o cuidado com esse momento e período e buscarmos soluções para fazê-lo

menos sofrido para todos os envolvidos.

CAMPOS DE EXPERIÊNCIA

Nossa responsabilidade com as infâncias é contribuir com a cultura infantil e o

desenvolvimento de corpo, emoção e inteligência. A Base Nacional Comum Curricular

partiu das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil que está

fundamentada em experiências a serem oferecidas, preparadas, efetivadas com as

crianças de forma a garantir esses direitos de aprendizagem das crianças. O currículo da

Educação Infantil é concebido com um conjunto de práticas que buscam articular as

experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do

patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o

desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Na Educação Infantil, em consonância com as formas de pensar e agir no mundo

que as crianças de até seis anos possuem, a BNCEB (Base Nacional Comum da

Educação Básica) rearticulou as Áreas de Conhecimento (como eram denominadas)

para Campos de experiências, ou seja, em conjunto de experiências.

Os campos de experiências, organização interdisciplinar por excelência, devem

oferecer as crianças oportunidades de atribuir um sentido pessoal aos saberes e

conhecimentos que vão a ele articulados como uma rede e construídos na complexidade

e transversalidade dos patrimônios da humanidade.

Page 24: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

24

Se a criança EXPERIMENTA brincando e se expressando, é por meio da brincadeira

e da expressão que os diversos campos serão desenvolvidos articuladamente. Esses são

os campos de experiências:

O eu, o outro, o nós;

Corpo, gestos e movimentos;

Escuta, fala, pensamento e imaginação;

Traços, sons, cores e imagens;

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações;

A priori, temos a intenção de iniciar esses estudos para entendermos a concepção

do ensino nesta nova organização. Posteriormente iniciar a reformulação da escrita da

parte II Concepção Pedagógica – Princípios que Norteiam o trabalho e Concepções de

mundo, criança, educação e escola, para substituição no nosso PPP no próximo ano.

SOCIALIZAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DOCENTES

As práticas pedagógicas tornam-se campo de mobilização de saberes e de produção

de conhecimento, levando à formação do professor e à construção de sua identidade,

visto que os professores em seu trabalho participam de um processo reflexivo ao

confrontar e ressignificar saberes diversos. Nesse sentido, o professor é entendido como

um protagonista das práticas educativas e de sua formação profissional, capaz de

construir a si próprio, de repensar criticamente sua prática, em consequência de suas

experiências cotidianas no ensino. Por meio das boas práticas pedagógicas exercidas

pelos professores, uma gama de saberes é retomada de forma crítica e, dentre esses

saberes que constituem o saber docente, atribuímos especial valor àqueles provenientes

da própria experiência do professor. Assim, teremos alguns momentos de HTPC que

serão destinados a essas socializações.

AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E RELATÓRIOS

Faz-se necessária uma reflexão sobre os instrumentos de registro do processo de

aprendizagem dos bebês e das crianças pequenas, atestando os ganhos do processo

observados ao longo do ano e indicativos para continuidade do processo de

desenvolvimento integral.

Organização dos encontros:

Page 25: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

25

Conforme acordado em Reunião Pedagógica de fevereiro, nossos HTPC’s da creche

sempre acontecerão às terças-feiras no período da manhã e da tarde, considerando o

contra turno da atividade docente do professor; Sempre que for possível (quando tivermos

o quadro completo de professores e auxiliares), um auxiliar participará dos encontros;

A ata do HTPC deverá ser digitada pelos responsáveis de cada encontro e lida no início

do encontro subsequente ao grupo para retomada das discussões anteriores. Após a

leitura, a mesma será entregue para arquivo, junto à Equipe Gestora. Os responsáveis

pela ata do encontro, ainda organização indicações literárias para acolhimento no início

das reuniões formativas e contribuição para ampliação do repertório literário e cultural dos

docentes.

Solicitamos o comprometimento a pontualidade dos professores e respeito aos horários,

estando nos locais pré-estabelecidos das reuniões.

Os materiais formativos de suporte às discussões e referências (aporte teórico) serão

socializados pela Coordenadora Pedagógica (impressos ou compartilhados digitalmente).

ETAPAS DE TRABALHO E ESTRATÉGIAS:

Fevereiro: HTPC e Reunião Pedagógica: 01,02 e 03 – Reunião Pedagógica: Atribuição, acolhimento no CENFORPE dos

educadores, planejamento da semana de adaptação, planejamento da reunião com pais,

organização da sala para receber as crianças, organização de acolhimento aos pais.

07 - discussão do calendário escolar, reuniões pedagógicas, sábados letivos,

reuniões com pais, formação do Conselho de escola e APM.

14 – Combinados do HTPC, e leitura do texto a construção do grupo – Madalena

Freire.

21 - Avaliação do período de adaptação. Montagem do instrumento que será

entregue aos pais para avaliarem este período e o que podemos melhorar. Montagem dos

horários das rotinas da turmas, inclusive com horários alternativos para dias chuvosos.

Março:

01 – Reunião Pedagógica – Vídeo: Novo é sempre novo – Terezinha Rios. Revisão

do Projeto Político Pedagógico. Palestra com a TO Ana Maria Diniz sobre postura na

creche.

Page 26: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

26

07 – Relatório da turma sobre o período de adaptação. Combinados para o bom

funcionamento escolar.

14 – Tabulação da avaliação do período de adaptação; Paralisação contra a reforma

da previdência e pauta coletiva para a reunião com pais.

21 – Reunião com pais.

28 – Formação: entre adaptar-se e ser acolhido – Cisele Ortiz.

Abril

04 – Oficina de brinquedos com sucatas;

11 – Início dos estudos: Base nacional comum e avaliação nacional da Educação

Infantil: Desafios para a formação docente – Apresentação de PP de Zilma de Moraes

Ramos de Oliveira.

18 – BNCEB – A Etapa da Educação Infantil;

25 – Leitura: Pressupostos e concepções norteadoras para o Currículo: O que

significa considerar a criança como sujeito?

Maio

02 – Análise e comentários sobre o texto lido a semana anterior.

09 – Após pesquisa de dificuldades na rotina, foi apontado que o momento da

alimentação é um dos mais dificultosos. Assim tivemos a leitura do texto: Alimentação na

creche do livro: Educação de 0 a 3 o atendimento em creche de Elinor Goldschimied e

Sonia Jackson.

16 – Passeio a BEI do teatro Elis Regina;

23 – Continuação da leitura do texto sobre a alimentação;

30 – Análise e comentários sobre o texto e discussão sobre o que poderemos mudar

para melhorar nossa rotina na alimentação./ Avaliação e Relatórios.

Junho

06 – Escrita de relatórios.

13 – Organização do sábado letivo.

20 – Leitura: Como ocorre o processo de apropriação e transformação do mundo

pelas crianças?

23 – Reunião Pedagógica: Palestra SAMU: primeiros socorros e organização do

sábado letivo;

28 - Análise e comentários sobre o texto lido a semana anterior.

Julho

04 – Avaliação do semestre e confraternização;

Page 27: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

27

07 – Reunião Pedagógica: pintura do muro;

25 – Retomada dos projetos planejamento do semestre; Leitura do texto: Como

ocorre o processo de apropriação e transformação do mundo pelas crianças?

29 – Reunião Pedagógica – Saída cultural;

Agosto

01 – Análise e comentários do texto do HTPC anterior. Leitura: Qual o papel da

escola nesse processo? Qual o papel da educação infantil?

08 – Análise e comentários do texto anterior;

15 – Socialização de boas práticas: Diversificada.

22 – Texto: Como uma instituição de Educação infantil pode organizar seu currículo?

25 – Reunião Pedagógica – pauta a ser definida;

29 – Análise e comentários do texto lido no encontro anterior;

Setembro

05 – Início da escrita para alterações necessárias no PPP.

12 – Continuação da escrita para alterações no PPP.

19 – Organização do currículo por Campos de Experiência

26 - Continuação de Campos de Experiências;

Outubro

03 – Preparação da semana das crianças;

10 – Organização para o Sábado Letivo;

17 – Socialização de boas práticas;

20 – Reunião pedagógica para organização do Sábado Letivo;

24 - Continuação: Campos de Experiências;

25 – Reunião Pedagógica – pauta a ser definida pela equipe;

31 – Continuação: Campos de Experiências;

Novembro

07 – Continuação: Campos de Experiências;

14 – Continuação: Campos de Experiências e fechamento dessas discussões;

21 – Avaliação e Relatórios;

28 – Escrita de Relatórios;

Dezembro

02 – Reunião Pedagógica: Avaliação

05 – Organização e pauta para Reunião com pais;

12 – Avaliação do ano letivo;

Page 28: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

28

19 – Confraternização.

3.1.3 – Avaliação do Plano de Formação

A avaliação do plano de formação ocorrerá de forma continua e as reflexões

realizadas passarão a compor o PPP desta unidade, registrando assim o processo de

aprendizagem vivenciado por esse grupo de professoras, além disso, realizaremos

avaliações periódicas:

Auto avaliação: através de reflexões propostas nas quais as professoras poderão

pensar sobre sua prática, percebendo avanços e novos desafios a serem superados;

Avaliação pelo grupo de professores e equipe de gestão das estratégias formativas

(nutrições literárias e visuais, dinâmicas, leituras, discussões, etc.).

Acompanhamento da prática através de observações e leitura dos registros

reflexivos e planejamento como estratégias avaliativas que favorecerão a equipe de

gestão a perceber avanços nas práticas das educadoras que incluem o

planejamento de propostas que considerem os saberes e promovam construção de

novos conhecimentos.

3.2 – Auxiliares em Educação

3.2.1 – Caracterização

Temos 5 auxiliares distribuídas da seguinte forma: duas no infantil I devido ao inicio

destas crianças na escola e a dificuldades em se adaptarem e uma auxiliar em cada

turma de infantil II. Além delas, contamos com uma auxiliar volante, que faz rodízio entre

todas as turmas. Todas apresentam formação superior e nenhuma encontra-se em

probatório.

AUXILIARES EM EDUCAÇÃO

Nome

Situação funcional

Escolaridade Graduação/

Pós- Graduação

Tempo na PMSBC

Tempo na

escola

Claudia Morais Soldi Efetiva Pedagogia 3 anos e

11 meses

3 anos e

11 meses

Danila T. Guida Efetiva Psicologia 5 anos e 1 1 ano e 2

Page 29: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

29

Bonilha mes meses

Leia Alves Costa Efetiva Pedagogia e

Pós em

psicopedagogia

4 anos e 2

meses

4 anos e 2

meses

Luciana Paula de F.

Adriano

Efetiva Graduação em

comunicação

social

7 anos e 7

meses

5 anos e 4

meses

Michelle Paula

Novaes

Efetiva Pedagogia e

Letras

4 anos 1 ano e 2

meses

3.2.2 – Plano de Formação para os Auxiliares em Educação

Público Alvo: Auxiliares em educação

Período: 03/2017 a 12/2017

Periodicidade: última quarta-feira do mês.

Espaço formativo: Reuniões Pedagógicas/ reuniões esporádicas.

Justificativa:

O discurso nas escolas de educação infantil de 0 a 3 anos, salienta a

responsabilidade de todos os funcionários como educadores de crianças pequenas. A

indissociabilidade entre cuidado e educação e a importância da formação continuada

nesse contexto, no entanto, embora o auxiliar em educação tenha atuação direta no

atendimento às crianças, não é previsto para ele um espaço que garanta sua formação

em serviço, buscando maior compreensão e qualidade no desempenho de seu trabalho.

Objetivos:

Com os estudos realizados esperamos que auxiliares em educação desta escola

tenham ampliado o seu saber acerca do desenvolvimento infantil e de seu papel na

relação com a criança, permitindo dessa forma que suas intervenções sejam mais

intencionais considerando as características da criança nessa faixa etária.

Conteúdos:

Desenvolvimento Infantil;

Rotina;

Page 30: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

30

Relação adulto – criança;

Estratégias:

Apontamentos teóricos;

Apreciação e análise de boas situações de aprendizagem;

Encaminhamentos para escrita do PPP;

Troca de experiências.

3.2.3 – Avaliação do Plano de Formação

Ocorrerá de forma contínua, através do exercício da reflexão sobre a prática e das

estratégias utilizadas pela equipe de gestão como acompanhamento de registros e

planejamento e observações de práticas.

3.3 – Funcionários

3.3.1. – Quadro de Funcionários

Nome Situação Funcional

Escolaridade Tempo na PMSBC

Tempo na Escola

Maria Janaina Brandão Cavalcante

Terceirizada Médio _ 1 ano

Creuza Pereira Dias Efetiva Médio 5 anos 1 ano

Lourdes Tadeu dos Santos Nunes

Efetiva Médio 11 anos e 2 meses

2 anos e 1 mês

Marcia Ivone dos Santos

Efetiva Médio 11 anos e 5 meses

8 meses

Tais Vicente Silva Efetiva Médio 08 anos 8 meses

Ana Cristina Rosalen dos Santos

Efetiva Médio 2 anos e 11 meses

11 meses

Caracterização

O quadro de funcionários de apoio desta unidade é composto, em sua maioria,

por funcionárias antigas na rede: auxiliares de limpeza e funcionárias da empresa

Convida. O nível de escolaridade varia do fundamental ao nível superior. Suas

expectativas com relação ao trabalho na escola apresentam desejos de trabalho

coletivo, espírito de colaboração e clima de respeito entre todos, especialmente no trato

com as crianças.

3.3.2 – Plano de Formação dos Funcionários

Page 31: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

31

O trabalho de todos os membros da equipe escolar na busca de uma educação

de qualidade para as crianças, requer que todos estejam envolvidos no exercício da

formação e na construção de um profissional reflexivo, pesquisador e que tenha o perfil

de um profissional de educação da creche, como educadores que somos.

Acreditamos ser de extrema importância o envolvimento de toda a equipe no

estudo de temas de interesse do grupo, oportunizando a reflexão sobre o compromisso

da escola de período integral com a criança de 0 a 3 anos, visando a melhoria constante

da qualidade do ensino.

Justificativa

Objetivos

Ações Propostas

Responsáveis

O envolvimento de todos no

propósito de um trabalho coletivo

na escola, o trabalho em

equipe destacando a

importância do papel educativo de cada função na realização

deste trabalho.

Envolver todos os funcionários no

trabalho coletivo.

Trazer à luz do conhecimento o

papel de cada um e a sua

importância no fazer pedagógico da rotina escolar.

Encontros para discussão em

Reuniões Pedagógicas e

encontros mensais

Análise de Vídeos e textos.

Equipe gestora.

3.3.3 – Avaliação do Plano de Formação

A avaliação será durante todo o processo de formação por meio de observação

do envolvimento dos funcionários e de encontros reflexivos e registro e da ação dentro

da rotina escolar.

4 – Conselho de Escola

4.1 – Caracterização

O Conselho de Escola é um órgão colegiado composto por diversos segmentos

da comunidade escolar. Contribui para a criação de um novo cotidiano escolar, onde a

escola e a comunidade se identificam em função de atuar, articuladamente, no processo

de gestão pedagógica democrática e de qualidade.

Page 32: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

32

Por meio do Conselho, todas as pessoas ligadas à escola podem se fazer

representar e decidir sobre os aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos

da Instituição.

Nome

Segmento Função Mandato

Heliomar Coelho

Silva Junior

Pai de Aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Eliandro da

Fonseca Oliveira

Pai de aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Cosma dos

Santos Oliveira

Mãe de aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Alexandra Destro

Camacho

Mãe de Aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Marilin dos

Santos Oliveira

Mãe de Aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Paulo Cesar

Vieira da Costa

Pai de Aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Paulo Rogério

Garcia

Pai de Aluno Suplente 01/04/2017 a

31/03/2018

Solange Jesus da

Conceição

Mãe de Aluno Suplente 01/04/2017 a

31/03/2018

Patricia Consani

de Angelo

Diretora Escolar Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Andreia Baldow

Falcão

Professora Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Claudia Maria

Abite Marques

Professora Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Alciana Batista

dos S. Sobral

Coordenadora Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Claudia Moraes

Soldi

Auxiliar em Educação Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Marcia Ivone dos

Santos

Auxiliar de Limpeza Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Page 33: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

33

Ana Cristina R.

dos Santos

Oficial de Escola Suplente 01/04/2017 a

31/03/2018

Léia Alves Costa Auxiliar em Educação Suplente 01/04/2017 a

31/03/2018

4.1.2 – Plano de Ação do Conselho de Escola

Objetivos Ações Propostas (metodologia)

Responsáveis Estratégias

- Proporcionar participação efetiva do Conselho de Escola na deliberação de questões pertinentes ao Plano de Trabalho da APM.

- Tornar as reuniões mais frequentes e produtivas

- Oportunizar espaços para reflexão, planejamento e execução de atividades culturais com a comunidade escolar.

- Encaminhar sugestões para melhoria no atendimento à comunidade.

-Participar das decisões de melhoria e manutenção do prédio escolar

- Assembleia para eleição da nova composição dos membros.

- Reuniões previstas no calendário e/ou extraordinárias.

- Participação nas atividades realizadas na escola.

- Registros.

-Atuar efetivamente na manutenção do prédio escolar

- Equipe Gestora.

-Pais

- Envio de bilhetes em forma de edital, para os pais, bem como afixação em mural informativo da U.E.

- Discussão das atividades realizadas na escola, como: sábados letivos e atividades extraclasse entre outros.

-Crias grupo do Conselho no watsap para facilitar a comunicação e participação de todos os membros.

- Apresentação da função do Conselho de Escola em reuniões de pais no ano anterior da eleição (pais novos)

- Levantamento das expectativas dos membros com relação ao projeto educacional da unidade escolar.

- Elaboração e execução de projeto para pintura do muro da escola.

- Planejamento, execução e reflexão de atividades culturais com a comunidade

Page 34: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

34

previstas em calendário escolar.

-Discussão dos Princípios Norteadores de Qualidade – Proposta Curricular;

- Discussão dos Indicadores de qualidades para o atendimento de Educação Infantil

- Avaliação da atuação do conselho.

4.1.3 – Avaliação

A avaliação acontecerá em todos os encontros por meio de discussão e

registro para sistematizar os encaminhamentos deste ano e para o início do próximo.

5 – Associação de Pais e Mestres

5.1 – Caracterização

É uma Instituição Jurídica, sem fins lucrativos, que gerencia as verbas

repassadas à escola para atender suas necessidades, com objetivo da melhoria na

qualidade do ensino.

É constituída por pais de alunos e professores, com funções deliberativas,

executivas e fiscais.

A EMEB Gildo dos Santos recebe recursos municipais para ampliação do seu

atendimento. Para que esse recebimento aconteça, é celebrado anualmente o

convênio entre a Prefeitura e a Instituição. A partir disso, ocorrem trimestralmente

repasses de verbas em categorias e natureza distintas.

Além dos recursos municipais, a instituição também conta com o repasse

anual de verba do Governo Federal, denominada PDDE.

Objetiva-se que todos participem de forma democrática conforme o Estatuto

da APM, visando melhorias para a escola de acordo com os princípios e diretrizes da

Secretaria de Educação do Município.

Page 35: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

35

As expectativas dos membros são, em sua maioria, o desejo de contribuir

para o funcionamento da escola, colaborando com melhorias nos aspectos físicos/

materiais e participando das atividades e propostas pedagógicas.

MEMBROS DA APM 2016

NOME SEGMENTO FUNÇÃO MANDATO

Diretoria Executiva

Everton Pinheiro de Jesus

Lima

Pai de aluno Diretor Executivo

01/04/2017 a

31/03/2018

Eliandro da Fonseca de

Oliveira

Pai de aluno Vice-Diretor Executivo

01/04/2017 a

31/03/2018

Salete Alves dos Reis Mãe de aluno 1ª Tesoureira 01/04/2017 a

31/03/2018

Rubens Pinheiro Ribeiro Pai de aluno 2º Tesoureiro 01/04/2017 a

31/03/2018

Elaneida Cristina Pereira Professora 1ª Secretária 01/04/2017 a

31/03/2018

Espedita Natividade da Silva Professora 2ª Secretária 01/04/2017 a

31/03/2018

Conselho Deliberativo

Queila Maris da Silva Professora Presidente 01/04/2017 a

31/03/2018

Juliana Mello Moraes Mãe de Aluno 1ª Secretária 01/04/2017 a

31/03/2018

Caroline Alice Chagas Mãe de aluno 2ª Secretária 01/04/2017 a

31/03/2018

Cristiane Matos Amorim Mãe de aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Patricia Consani de Angelo Diretora de Escola

Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Conselho Fiscal

Juliana Gaspar Professora Presidente 01/04/2017 a

31/03/2018

Page 36: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

36

Jéssica Ferreira da Silva Mãe de aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

Irene Maria de Sousa Mãe de Aluno Membro 01/04/2017 a

31/03/2018

5.2 – Plano de Ação da Associação de Pais e Mestres

Objetivos Ações Propostas

(metodologia)

Responsáveis

Estratégias

- Favorecer a compreensão do funcionamento da

APM e a importância de sua atuação na

comunidade escolar. - Esclarecer à equipe

escolar e pais de alunos o

funcionamento e gerenciamento do

repasse de verbas da APM.

- Destacar a importância da

participação da APM na execução das

atividades pertinentes a estes órgãos

para o desenvolvimento do

trabalho administrativo e pedagógico da

escola.

- Reuniões

previstas no

calendário

e/ou

extraordinárias

.

- Registros.

- Avaliação.

Equipe gestora.

- Assembleia para eleição

da nova composição dos

membros.

- Apresentação da função

da APM.

- Gestão financeira:

planejamento e organização

para o bom gerenciamento

dos recursos da nossa

instituição.

- Apresentação do Plano de

Trabalho / categorias de

gastos (custeio,

manutenção, etc).

- Levantamento das

necessidades da unidade

escolar.

- Reflexão e planejamento

de atividades culturais com

a comunidade, previstas em

calendário escolar.

- Socialização de encontros

de APMs.

- Prestação de contas.

-Discussão dos Princípios

Norteadores de Qualidade –

Proposta Curricular;

- Discussão dos Indicadores

de qualidade para o

atendimento de Educação

Infantil

- Acompanhamento de

Page 37: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

37

projetos coletivos da U.E.

- Planejamento da Semana

da Criança.

- Avaliação do

semestre/ano.

5.3 – Avaliação

A avaliação ocorrerá em todos os encontros por meio de reflexão e

analisando as ações na relação com o atendimento as necessidades da escola.

IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1 – Objetivos – Bases legais para o trabalho da Educação Infantil

Lei 9.394 de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases.

Da Educação Básica

LDB: Título V – Dos Níveis e das Modalidades de educação e Ensino

Capítulo II

Seção I

Art. 22º - “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurando–lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Art. 26º §2º - “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos

diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural

dos alunos.” e § 4º “O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições

das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente

das matrizes indígena, africana e europeia.”

Seção II

Da Educação Infantil

Page 38: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

38

Art. 29º - “A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a

cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino

Fundamental), e em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade.”

Lei 9.795 de 27/04/99 Art. 1º 2º e 3º com o inciso II

Art. 2º - “A Educação Ambiental é componente essencial e permanente da Educação

Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e

modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.”.

2 – Levantamento de Objetivos Gerais

Objetivos Gerais da Escola

Promover a construção do conhecimento num ambiente agradável e seguro,

onde as crianças desenvolvam a autoestima, o brincar, a autonomia e a criatividade.

Incentivar a curiosidade das crianças através de propostas que possibilitem

ampliação de conhecimento, oralidade e coordenação motora.

Desenvolver o conhecimento do próprio corpo, valorizando hábitos

saudáveis de higiene.

Respeitar os direitos de todos, valorizando o ser humano em sua

diversidade.

Áreas de Conhecimento / Temas

Entendemos que o trabalho com a faixa etária de 0 a 3 anos não tem um currículo

específico e sim temas a serem desenvolvidos. Na verdade, acreditamos na construção

de um currículo que oportunize vivências e experiências para que as crianças possam

aprender, respeitando a individualidade, o ritmo de cada criança de acordo com o seu

desenvolvimento.

Brincar

Page 39: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

39

""TTooddaa ccrriiaannççaa tteemm oo ddiirreeiittoo aaoo ddeessccaannssoo ee aaoo llaazzeerr,, ee aa ppaarrttiicciippaarr ddee aattiivviiddaaddeess ddee

jjooggoo ee rreeccrreeaaççããoo,, aapprroopprriiaaddaass àà ssuuaa iiddaaddee,, ee aa ppaarrttiicciippaarr lliivvrreemmeennttee ddaa vviiddaa ccuullttuurraall ee

ddaass aarrtteess..””

Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da ONU

No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil a brincadeira é

considerada como uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da criança

pequena, sobretudo para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Enquanto

brincam, as crianças desenvolvem importantes capacidades, como atenção, imitação,

memória, imaginação. O brincar é um espaço privilegiado onde a criança pode se divertir

e sentir prazer de interagir com seus pares, sejam eles adultos ou outras crianças,

aprendendo assim a se socializar e vivenciar regras de convivência de forma

significativa e contextualizada.

Quando brincam de faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade porque

podem experimentar outras formas de ver e pensar, ampliando suas concepções sobre

as coisas e pessoas, ao desempenhar papéis sociais ou personagens. É nesse contexto

também que as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de

uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes

e perceptíveis para ela, pois no cenário do brincar as crianças tornam-se capazes não

só de imitar a vida como também de transformá-la.

As possibilidades de brincadeira são as mais diversas, pois as crianças brincam

quando chutam uma bola, montam um quebra-cabeça, dão mamadeira para a boneca,

mas também brincam de formas mais simples que nem sempre são reconhecidas como

brincadeira, como quando trocam objetos de lugar, desenham ou jogam um lápis para o

ar. Nestas ações as crianças, além de brincar, estão conhecendo o mundo ao seu redor

por meio dos sentidos.

Não podemos esquecer, portanto, que embora o brincar pareça um comportamento

espontâneo da criança, ele é um terreno fértil para aprendizagens, não só no que diz

respeito a outros conteúdos, como também em relação à própria brincadeira, ou seja, o

brincar é aprendido e se aprende brincando. É papel da escola, enriquecer em

quantidade e qualidade as oportunidades de brincadeiras das crianças durante o seu

tempo de permanência neste espaço.

Page 40: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

40

Objetivos

Desenvolver autonomia;

Desenvolver sua identidade;

Compreender o mundo estabelecendo relações com o cotidiano, através da

brincadeira;

Expressar suas necessidades e desejos;

Participar de situações em que as regras sejam significativas e contextualizadas;

Interagir com crianças e adultos;

Ampliar sua capacidade imaginativa.

Orientações didáticas

Garantir espaço diário para a brincadeira simbólica seja em atividades diversificadas,

em momentos específicos para ela ou na intersalas;

Utilizar a observação das brincadeiras como instrumento que apoie as decisões

referentes ao planejamento e intervenções nas mesmas;

Selecionar, a partir de observação, quais materiais serão utilizados na brincadeira e

disponibilizar os que mais se adéquem ao tema, sem exigir que eles tenham o uso

pensado pelo educador;

Organizar previamente o espaço da brincadeira, de acordo com o tema definido no

planejamento, a partir da observação do grupo. Ex: Um ambiente que simule um

supermercado com materiais que são normalmente encontrados neste espaço

(carrinhos, embalagens de produtos, sacolas etc.);

Não reforçar questões de gênero, como, por exemplo, oferecer carrinhos para os

meninos e bonecas para as meninas;

Ampliar as possibilidades de brincadeiras na área externa trazendo novos elementos

para a brincadeira com motocas, por exemplo, criando ruas, corridas, trajetos com

desafios, etc.;

Para o parque, introduzir bolas, cordas, diferenciando e enriquecendo a brincadeira

que acontece cotidianamente neste espaço.

Linguagem oral e escrita

Page 41: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

41

O aprendizado da linguagem é um elemento importante para a inserção da

criança no mundo e sua participação nas diversas práticas sociais, pois é através da

linguagem que a criança se torna capaz de expressar seus desejos, desagrados e expor

suas ideias, estabelecendo comunicação com seus interlocutores.

Aprender a falar, portanto, é muito mais do que decorar sons e palavras, é inserir-

se num meio social, apropriando-se da sua cultura com todas as nuances e

complexidade que lhe são características. Cada grupo tem seu vocabulário, maneira de

falar, entonação e histórias que lhe são próprias. Na medida em que tem acesso a esse

grupo e sua linguagem, a criança vai sendo inserida nesse contexto, aprendendo sobre

si e o outro e construindo sua identidade.

O desejo e esforço para estabelecer uma comunicação com as pessoas que a

cercam, ficam claros desde os primeiros meses de vida. Basta ouvir e observar os bebês

emitindo sons para chamar a atenção dos adultos com quem se relacionam ou mesmo

chorando para indicar seus desconfortos como fome, sono, etc. e, é na resposta dada

por estes adultos e nas conversas que se estabelecem na sua presença, que a

complexidade da linguagem vai sendo apresentada ao novo integrante daquele grupo, o

bebê. Desta forma, a criança vai se aproximando das características reais da língua e as

utiliza nas suas tentativas de se comunicar.

Portanto, a interação com o outro é fundamental para o aprendizado da língua,

situação está, em que além de aprender a falar, a criança também aprende sobre

posturas, gestos e sinais, que completam a função comunicativa.

Linguagem Oral

No processo de apropriação da fala, muito antes de saber comunicar-se

convencionalmente, entendendo o outro e fazendo-se entendida, a criança já estabelece

comunicação e constrói conhecimento sobre a linguagem. Para tanto, usa o choro, o

riso, as expressões faciais e gestos. Em outros momentos, procura descobrir nas

regularidades que constituem a língua, como sons, palavras, expressões, elementos que

lhe permitam inserir-se no mundo e compreende-lo.

Com o ingresso da criança na educação infantil de 0 a 3 anos, os interlocutores

deixam de ser, em sua maioria, da família, pois são apresentadas a um grupo muito

maior, que inclui além dos educadores e funcionários, outras crianças. A escola passa a

Page 42: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

42

ser, portanto, um espaço privilegiado para comunicação, onde a criança vivencia

situações nas quais é desafiada a experimentar a linguagem, como em rodas de

conversas, rodas de música, escuta e reconto de histórias, brincadeiras, etc.

Quanto mais a criança vivencia experiências diversificadas e ricas, envolvendo os

diversos usos possíveis da língua, maior se torna sua capacidade de usá-la de forma

cada vez mais competente. Desta forma, o educador planeja situações de fala, escuta e

compreensão da linguagem, participando da construção da linguagem pela criança, se

mostrando também como um ouvinte interessado na sua fala e ajudando-a a elaborar

sua narrativa.

Além da importância em si, a linguagem oral tem um papel de destaque no

processo de ensino, pois permeia todos os conteúdos trabalhados na escola em todas

as áreas de conhecimento.

Objetivos da linguagem oral para crianças de 0 A 3 anos:

Participar de situações de comunicação oral;

Desenvolver a oralidade melhorando a pronúncia;

Expressar sentimentos e necessidades através da linguagem;

Relatar pequenos fatos e experiências significativas;

Interessar-se por ouvir diferentes textos, demonstrando prazer nesta

atividade;

Utilizar algumas formas convencionais de intercâmbio social, como

saudações, despedidas, solicitações, agradecimentos, etc.;

Reproduzir jogos verbais como parlendas, trava-línguas, quadrinhas, poesias,

etc.

Apreciar a leitura de histórias, vivenciando emoções;

Fazer reconto de histórias conhecidas;

Ampliar vocabulário;

Participar da roda de conversa, falando e ouvindo o outro;

Apresentar questionamentos, argumentos e conclusões próprias.

Conteúdos

Jogos verbais como: parlendas, adivinhas, quadrinhas, poesias, notícias,

gibis, etc.;

Page 43: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

43

Relatos de experiências significativas;

Diálogos em diferentes momentos;

Histórias;

Reconto.

Linguagem Escrita

Desde muito cedo a criança está em contato com escritas diversas. Ao seu redor

estão símbolos gráficos que comunicam coisas. Depara-se com rótulos dos materiais

que manipula, visualiza outdoors na rua, está em contato com leitores, enfim, a escrita

permeia seu cotidiano. Começa, então, a desenvolver seu interesse pela escrita e a

perceber gradativamente sua função social.

O trabalho com linguagem escrita é importantíssimo, pois contribui para que a

criança passe a compreender a função da escrita, possa perceber a diferença entre a

escrita e o desenho e comece a utilizar este conhecimento nas suas brincadeiras.

Trabalhar linguagem escrita também significa inserir a criança no mundo de

leitores e desenvolver o gosto dela pela leitura e seu interesse por textos diversos.

Objetivos:

Manusear materiais impressos;

Imitar atos de escrita em suas brincadeiras;

Reconhecer a escrita de seu próprio nome;

Desenvolver interesse pela leitura, apresentando comportamentos leitores.

Conteúdos:

Observação e manuseio de materiais impressos;

Participação de situações de letramento;

Reconhecimento do próprio nome e outros que lhes sejam significativos;

Textos coletivos.

Orientações didáticas

Faça uso de diferentes estratégias para estimular o desenvolvimento da

linguagem como, a música, jogos verbais e contação de histórias, etc.;

Utilize imagens que estimulem as crianças a se expressarem através da fala

nos momentos de roda ou expostas na própria sala como, figuras de animais, fotos

dos próprios alunos ou da família, etc.;

Page 44: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

44

Procure manter um diálogo natural com as crianças sem a necessidade de

utilizar diminutivos ou falas infantilizadas para se fazer entendido;

Como ainda estão desenvolvendo a capacidade de se comunicar, em muitos

momentos a professora precisará “traduzir” em palavras, os gestos e ações das

crianças;

Ofereça escuta atenta às formas de expressão da criança como, choro, grito,

procurando entender o que ela deseja comunicar;

Aproveite os momentos de atendimento individual, como por exemplo, as

trocas e o momento de alimentação para conversar com a criança.

Acreditamos que para construir conhecimento sobre as noções matemáticas,

a criança de 0 a 3 anos precisa vivenciar experiências contextualizadas,

contrariando assim, a crença ultrapassada de que a aprendizagem nessa área

estava intimamente ligada às práticas de memorização e repetição dos conteúdos

apresentados isoladamente. Para aprender, as crianças precisam de experiências

que lhe permitam “pensar, observar, criar hipóteses, usar de diferentes estratégias”.

No entanto, apenas experimentar não é suficiente para construir

aprendizagens e continuar avançando, nesse contexto a figura do educador é

fundamental, por perceber conhecimentos que as crianças já trazem e outros que

precisam desenvolver e com base nessa observação, propor de forma intencional e

planejada situações que desafiem as crianças a dar sentindo ao que já conhecem e

ampliar seus saberes, organizadas nas diferentes modalidades: projetos,

sequenciadas, atividades permanentes e independentes.

A escolha de estratégias pelo professor se baseia no intuito de promover a

aproximação entre a criança e as noções matemáticas que estão presentes em

nosso cotidiano como a contagem, a quantificação, a relação espacial entre outros.

Para tanto, podemos fazer uso de diferentes estratégias como jogos, brincadeiras,

calendário, exploração de brinquedos e objetos.

MATEMÁTICA

Page 45: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

45

As possibilidades de trabalho são bem variadas sendo importante ao realizar

o planejamento, lembrar-se de que não deve se restringir apenas ao Sistema De

Numeração, pois esse é apenas um dos blocos de conteúdos, tendo também

Espaço e Forma e Grandezas e Medidas.

Objetivos

Ampliar sua capacidade de utilizar a contagem oral, noções de

quantidade, tempo e espaço;

Recitar a sequência numérica coletiva e/ou individualmente;

Resolver situações problema em seu cotidiano que envolvam juntar,

tirar, repartir;

Manipular e explorar objetos e brinquedos para descobrir suas

propriedades, características e possibilidades, empilhar, rolar, encaixar;

Ter contato com diversos objetos que a levem a perceber diferentes

formas, tamanhos;

Fazer uso de expressões como dentro, fora, em cima, embaixo, frente,

atrás, etc.

Conteúdos

Utilização da contagem oral, da quantificação e do registro em diferentesentes

contextos como música, jogos, brincadeiras, calendário, etc;

Recitação da sequencia numérica em situações de uso real;

Exploração do espaço, objetos e brinquedos, com diferentes

características como formas, tamanhos, etc.

Relação entre parte e todo.

Orientações Didáticas

Considerando que as crianças pequenas estão começando a conhecer o

mundo e estabelecendo as primeiras aproximações com objetos e espaço, as

situações cotidianas devem ser utilizadas para o desenvolvimento do trabalho,

tais como: o calendário para marcar datas importantes como aniversários,

passeios; músicas e parlendas que trazem ideias matemáticas e recitação dos

números;

Page 46: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

46

É de fundamental importância que o professor proporcione atividades

que contemplem recortar, colar, montar e desmontar para que a criança

perceba que o todo pode ser dividido em partes menores e que depois pode

voltar a ser o todo inicial, como por exemplo: quebra-cabeça e brinquedos de

encaixe.

A hipótese que a criança elabora na tentativa de compreender o mundo,

aproxima-a gradativamente do uso ideal e o erro que acontece nessa tentativa

deve ser percebido como uma possibilidade de novas intervenções pelo

professor.

É de suma importância a execução de atividades que estimulem a

percepção espacial. Isso pode ser feito por meio de atividades em que o aluno

se situe no espaço, desloque-se nele, dele receba instrução de localização,

compreenda e utilize termos como esquerda, direita, giro, distancia,

deslocamento, acima, ao lado, na frente, atrás, perto, etc.

A divisão da turma em pequenos grupos deve ser uma estratégia

utilizada para diminuir o tempo de espera nas situações de jogos e

brincadeiras.

“Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música

não começaria com partituras, notas e pautas.

Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria

sobre os instrumentos que fazem a música.

Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria

que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.

Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas

para a produção da beleza musical.

A experiência da beleza tem de vir antes".

Rubem Alves

A música é uma linguagem que está presente desde os primeiros meses

de vida de uma criança e pode estar relacionada à grande número de

situações, pois há músicas para dormir, acordar, dançar, chorar, celebrar, etc.

Um conteúdo tão presente no cotidiano, não poderia ser desconsiderado

na escola de educação infantil e para ser aprendido de forma significativa

MÚSICA

Page 47: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

47

temos que considerar os conhecimentos trazidos pelas crianças e garantir a

possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais.

Desta forma, ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda,

realizar brinquedos sonoros, são estratégias que despertam e estimulam o

desenvolvimento do interesse pela atividade musical, além de atenderem as

necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e

cognitiva.

Objetivo

Desenvolver capacidade de escuta e concentração;

Descobrir o universo sonoro (som e silêncio) e apreciá-lo;

Experimentar situações de interação da música com o movimento;

Explorar materiais adequados à confecção de materiais sonoros;

Desenvolver habilidades como socialização e expressividade;

Movimentar-se espontaneamente ao som de músicas com ritmos

variados;

Desenvolver a capacidade de imitar em situações contextualizadas

(danças, gestos);

Explorar, repetir e reproduzir sons vocais e não vocais (natureza, carro,

avião, etc.);

Cantar músicas diversas;

Ampliar repertório musical;

Aprimorar a linguagem oral através das músicas, cantigas de roda e

parlendas;

Escutar a si e ao outro;

Utilizar diversos tipos de sucata como fonte de produção de som;

Confeccionar instrumentos;

Fazer música (por meio da improvisação) com os instrumentos

confeccionados pela turma.

Conteúdos

Exploração de brinquedos sonoros, bandinha e outros materiais que

Page 48: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

48

produzem som;

Participação em brincadeiras, jogos cantados e rítmicos que utilizem

música com ou sem movimentos corporais;

Escuta de repertório musical variado;

Confecção de material sonoro.

Orientações didáticas:

Reconhecer a música como linguagem cujo

conhecimento se constrói;

Considere os conhecimentos prévios das crianças, bem como seu gosto

musical e o amplie apresentando outras possibilidades;

Não esqueça que música é descontração, brincadeira e alegria.

“Nosso corpo é uma unidade múltipla de expressões. Quando falamos de corpo,

motricidade e movimento humano, falamos de nosso próprio ser, da vontade, do desejo, de

nosso raciocínio, da nossa força... do nosso presente, passado e futuro... das perspectivas, do

nosso imaginário e das nossas dores...

Falamos de ser humano!!!”

Ricardo Melani

Na história da humanidade, o corpo humano é visto como instrumento

através do qual o homem manifesta e comunica sensações antes mesmo de poder

fazê-lo por meio da linguagem oral, seja através de gestos ou da expressão, até

mesmo uma criança pequena procura se fazer entender por aqueles com quem

convive.

A função da locomoção, conquistada por volta do primeiro ano de vida

também é um importante ganho que possibilita ao corpo a ação sobre os objetos,

basta observar bebês que desde muito cedo já se esticam, rolam, engatinham e

posteriormente andam na busca intensa de descobrir o mundo, agir sobre ele e

apropriar-se de suas características.

CORPO E MOVIMENTO

Page 49: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

49

Na medida em que vão vivendo diversas experiências, as crianças adquirem

cada vez mais controle sobre o seu próprio corpo e sobre as possibilidades de

interação deste com o meio. Ao movimentar-se expressam sentimentos, emoções e

pensamentos, o movimento é por tanto, mais do que deslocar-se no espaço, é uma

linguagem que permite a criança agir sobre o mundo mobilizando as pessoas por

meio do teor expressivo do movimento.

Tais observações nos permitem compreender o importante lugar que o corpo

ocupa na relação que a criança estabelece com o mundo. No entanto, por longo

tempo fomos levados a acreditar que a aprendizagem só poderia acontecer de forma

satisfatória na imobilidade e deixamos o corpo e seus movimentos num lugar

secundário na escola. Discussões recentes provocam mudanças nesta concepção e

o corpo volta gradativamente a ocupar o lugar importante que lhe é próprio na

educação, sobretudo quando se fala do atendimento à crianças tão pequenas, que

tem no movimento a característica de sua expressão e importante ferramenta de

aproximação e conhecimento do mundo que a cerca.

Objetivos

Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;

Confiar nas próprias capacidades e habilidades motoras como correr, andar, pular,

deslocando-se com destreza no espaço;

Conhecer culturas corporais por meio de jogos e brincadeiras, ampliando assim seu

repertório;

Expressar-se nas brincadeiras e demais situações de interação, por meio da

exploração de gestos e ritmos corporais;

Explorar objetos que permitam desenvolver habilidades de preensão, encaixe,

lançamento;

Realizar diferentes movimentos individuais e em grupo;

Vivenciar situações com regras em brincadeiras, jogos e na interação com crianças

e adultos.

Conteúdos

Desenvolvimento de atitudes de confiança nas próprias habilidades;

Desenvolvimento da capacidade de manuseio de diferentes materiais;

Page 50: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

50

Conhecimento de culturas corporais, através de jogos brincadeiras e danças;

Exploração de movimentos corporais;

Vivencia de jogos de regras.

Orientações didáticas

Faça uso de fontes (fotos, vídeos, livros, revistas etc.) para pesquisa a respeito de

danças e brincadeiras;

Respeite as especificidades de cada criança, seja em relação aos movimentos ou à

participação em propostas;

Utilize diferentes materiais para estimular movimentos variados;

Favoreça momentos em que as crianças desenvolvam sua própria coreografia;

Diversifique momentos em que apresente dança e brincadeiras de outras culturas;

Aproveite o repertório de danças e brincadeiras que as crianças já trazem;

Elabore circunstâncias que favoreçam a vivência contextualizada de regras.

O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos

naturais e sociais indissociáveis, diante do qual elas se mostram curiosas e

investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no

qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo fazendo perguntas e procurando

respostas às suas indagações e questões.

Dessa forma é fundamental que o trabalho seja desenvolvido de maneira onde

as informações não tenham um fim em si mesmo, mas sim que sirvam ao aluno como

instrumentos para a busca da compreensão da realidade, para que ele desenvolva

atitudes e procedimentos que colaborem para a descoberta de ações que transformem

esse meio e a si próprio.

É importante destacar que a elaboração de hipótese pela criança vai ter as

características relacionadas ao pensamento sincrético, no qual crianças pequenas

articulam realidade e fantasia na intenção de entender e explicar a realidade. O trabalho

com ciências e educação ambiental deve considerar que as ideias prévias dos alunos,

CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Page 51: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

51

são pontos de partida importantes e necessários para o trabalho pedagógico, a fim de

permitir que os conhecimentos se desenvolvam e se transformem.

O trabalho com esta área de conhecimento na educação infantil consiste em

possibilitar a observação, a reflexão e a busca de informações sobre o meio ambiente

natural e social onde as crianças estão inseridas, permitindo que elas estabeleçam

relações que possam situar-se melhor em sua realidade.

Objetivos

Ter contato com diferentes culturas;

Valorizar sua própria cultura e ampliar seu universo cultural;

Estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos,

manifestando curiosidade e interesse;

Estabelecer gradativamente relações de cooperação, participação e socialização em

diferentes situações de interação;

Valorizar a vida sobre suas mais diversas formas, adotando posturas de respeito e

convívio;

Vivenciar alguns procedimentos de pesquisa, observando, levantando

hipóteses, buscando respostas para indagações e socializando-as com o grupo.

Conteúdos

Os conteúdos a serem trabalhados deverão partir da necessidade e interesse

de cada grupo, respeitando-se a faixa etária. E a transposição dos conteúdos para a

prática deve consolidar-se através do despertar da curiosidade das crianças, do

incentivo à observação e pesquisa, experimentação, socialização e registro das

hipóteses das crianças, finalizando com a validação e constatação:

Desenvolvimento de atitudes e comportamentos cooperativos e solidários;

Construção da identidade a partir da convivência com pessoas de seu grupo;

Conhecimento do próprio corpo através de jogos, brincadeiras e pesquisas;

Observação e comparação de plantas e animais;

Cidadania: participação e interação nos diversos grupos sociais, levando a

construção do eu (autoestima, autonomia, conhecimentos de suas capacidades e

limites).

Page 52: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

52

Artes Visuais

A arte vem sendo produzida pelo ser humano desde que ele, pela primeira

vez, realizou um registro gráfico em sua caverna, emitiu um som ou um gesto e a ele

atribuiu significado.

Por meio da arte temos acesso aos sentimentos e aos pensamentos das

comunidades de qualquer época, povo, cultura ou país. Produzindo arte nos

conhecemos melhor e nos damos a conhecer ao outro.

O trabalho com a ARTE garante às crianças o acesso a informações sobre

linguagens artísticas seja, por meio de apreciação de obras de arte, visitas à

exposições, passeios, contato com músicas, teatro, dança ou por imagens da nossa

realidade.

As linguagens artísticas podem ser o estudo das cores, das formas, dos

tamanhos, das proporções, das relações, das perspectivas, do som, do ritmo, da

melodia, da harmonia, do gesto expressivo, da cenografia e sonoplastia.

O conhecimento implica em sentir, pensar, construir, compreender, comparar,

relacionar, selecionar, simbolizar. Ora, se em arte estão presentes todos esses

aspectos: sentimento, razão, produção, comparação, seleção, construção,

simbolização, representação de um mundo e expressão, poderíamos então afirmar

com segurança que “ARTE É CONHECIMENTO E LINGUAGEM”.

Se arte é linguagem, pressupõe leitura e é nessa decodificação que o

apreciador torna-se quase um coautor. Cresce em conhecimento de si mesmo, de

mundo e em humanidade.

No trabalho com arte em nossa escola as crianças têm a oportunidade de

utilizar diversos materiais, meio e suporte, expressando assim sua sensibilidade,

imaginação, criatividade e interação.

Objetivos

Utilizar diversos materiais sobre diferentes superfícies explorando suas

características e possibilidades para ampliar suas formas de expressão e

comunicação;

Desenvolver o gosto pelo fazer e apreciar artes visuais;

ARTES VISUAIS

Page 53: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

53

Interessar-se e valorizar suas próprias produções e as de outras crianças;

Interessar-se por obras artísticas, ampliando seu universo cultural e seu

conhecimento de mundo;

Perceber seu próprio corpo e o espaço como subsídio para produção artística;

Desenvolver a leitura de imagens a partir das observações das obras de arte

contribuindo para a realização de suas próprias produções;

Desenvolver a autoconfiança na produção dos trabalhos visuais bem como as

atitudes de cooperação e solidariedade;

Cuidar das próprias produções e das demais crianças;

Desenvolver seu percurso criador.

Conteúdos

Exploração e manifestação de diferentes materiais gráficos e suportes variados;

Exploração de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas

gráficas;

Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente

ou em grupo;

Apreciação de atividades artísticas (das próprias crianças e de artistas

consagrados ou não).

Orientações didáticas

Possibilitar o acesso à diversidade de produções artísticas;

Propiciar troca de experiências, socializando observações e comentários;

Encarar a arte como linguagem de ideias e sentimentos;

Propiciar momentos de prazer no trabalho individual ou em grupo, desenvolvendo a

autoconfiança;

Garantir oficinas de percurso como atividade permanente para que sejam

realizados projetos pessoais;

Proporcionar às crianças o contato sistemático com atividades de apreciação de

diferentes modelos de imagem sejam elas das próprias crianças, de artistas

(qualquer linguagem) e artesãos de diferentes culturas;

Apresentar diversos modelos para que o aluno desenvolva seu próprio gosto

estático pessoal;

Page 54: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

54

Visitar espaços de exposição, tais como: museus, galerias, ateliê de artistas, etc.,

convencionais ou não (bancos, praças, etc.);

Oferecer aos alunos contato com reproduções de obras vindas de diferentes

fontes;

Veicular informação através de exposições das crianças convidando outras

classes, pais e comunidade;

Conhecer e entender o desenvolvimento gráfico para compreender as produções

das crianças, valorizando-as;

Trabalhar com atividades sequenciadas ou com projetos, garantindo uma

apropriação dos conteúdos de forma significativa;

Criar constantemente atividades que possibilitem soluções investigadoras e

criativas para as crianças;

Os trabalhos das crianças devem ser expostos no espaço escolar.

Orientações gerais

O tempo didático em Artes Visuais pode ser dividido em:

ATIVIDADES PERMANENTES: oficina de percurso, apreciação do próprio

trabalho e dos colegas;

ATIVIDADES SEQUENCIADAS: figura humana, figuras geométricas,

paisagens, artistas, etc.;

PROJETOS: investigação com produto final.

Características da Oficina de Percurso

Objetivos

Valorização da marca pessoal;

Aprimorar seus procedimentos;

Autonomia para escolher meios e suportes;

Pesquisa de diferentes materiais;

Possibilidades de criação.

Papel do professor

Organizar a sala e os materiais;

Fazer intervenções individuais;

Apreciar com respeito as produções das crianças;

Page 55: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

55

Expor os trabalhos dando destino a eles;

Socializar os trabalhos por meio de exposições e apreciações.

Tempo

O bom senso do professor deve nortear seu planejamento, pois é ele que

conhece as características da sala que está trabalhando (a faixa etária) deve ser

levada em consideração;

Espaço de tempo regular (frequência sistemática) uma vez por semana;

O trabalho pode ser continuado na próxima semana.

Espaço físico

Classificar os materiais por cor, tamanho e forma;

Atentar para que os materiais fiquem sempre no mesmo lugar, assim as

crianças não ficarão perdidas procurando.

Materiais

Colocar os materiais em bancadas para facilitar o acesso das crianças;

Apresentar aos alunos, antes da oficina, como estão organizados;

Antes de colocar um material diferente na oficina, o professor deve familiarizar

as crianças nos trabalhos coletivos como proposta;

Adequar meio e suporte, e intervir quando os materiais não forem

compatíveis.

Organização das crianças

Organizar o espaço de modo a permitir fácil acesso aos materiais e a

possibilitar a circulação das crianças;

Destino dos trabalhos (sugestões)

Troca dos trabalhos entre classes;

Exposição de artes;

Decoração para o refeitório e espaços da escola;

Presentear alguém;

Cartão postal e convites para as festas em geral;

Page 56: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

56

Ilustração de livros.

3 – ROTINA

ADAPTAÇÃO

O momento que a criança ingressa na escola é um dos principais períodos de

adaptação e é sobre ele que nos detemos. Porém, não é o único. A passagem de um

grupo para outro, a mudança de escola, ou mesmo a volta de um período de afastamento,

seja por férias ou por alguma doença, são também momentos importantes que devem ser

tratados com atenção.

O inicio do ano suscita diversos sentimentos e exige grande esforço por parte não só

da criança, mas também da família, dos professores e da unidade escolar que irá recebê-

la. Nesta ocasião as pessoas ficam mais sensíveis e esta sensibilidade pode ajudar ou

dificultar este processo. Pode ajudar as pessoas a estarem mais flexíveis e mais abertas

a escutarem o que os outros têm a dizer, mas também pode produzir um nível de

ansiedade muito grande dificultando o entendimento.

Em geral, a criança convive com poucas pessoas em casa. Está habituada com o

ambiente, com os objetos que possui, os cômodos da casa e as pessoas que ali vivem.

Ao entrar na escola, terá que conviver com um número grande de pessoas, materiais,

rotina e espaços novos e ainda ficar separada de seus pais e conhecidos. Esta mudança

lhe causa estranheza e muitas vezes a assusta, ou a amedronta.

Os educadores precisam conhecer cada criança e suas famílias, acolher cada uma

delas, observar os conhecimentos e interesses da criança, descobrindo pouco a pouco

estas novas pessoas que estão chegando.

A escola também, ao receber as crianças e as famílias recebe novas culturas, novos

costumes e assim é alterada nesta interação, além de precisar se estruturar, organizar

espaço, rotina, material, pessoal para esta recepção.

Como se vê, este período contém uma grande gama de sutilezas que precisam ser

compreendidas e a maior implicada neste processo é a criança.

Ainda aprendendo a lidar e expressar os sentimentos que foram provocados por

estas alterações na sua vida, a criança reage à separação de diferentes maneiras: com o

choro, ficando muito calada ou quieta, pode recusar-se a comer, a dormir ou a brincar,

Page 57: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

57

pode agredir outras crianças ou mesmo adoecer com maior frequência. Estas são

reações naturais, e precisam ser entendidas e acolhidas para que possam ser superadas.

Iniciar na escola implica em perceber a diferença entre sua casa e este novo espaço

e passar a ter confiança e segurança neste local. Para isso, precisa construir novos

vínculos, nos quais o educador ganha papel fundamental devendo tornar-se um “porto

seguro” para a criança, garantindo-lhe atenção e atividades adequadas, sendo mediador

entre ela e o novo mundo a que agora tem acesso, encorajando-a a atingir uma condição

mais autônoma. Este novo adulto passa a ser referência para a criança, que retorna a ele

a cada situação de desconforto ou insegurança, buscando apoio para poder reorganizar

suas emoções.

Porém, este esforço não pode ser exclusivo da criança, que busca ficar bem no

novo ambiente e sim da creche em acolhê-la, facilitando sua entrada e a formação dos

vínculos. A forma como a criança é acolhida diz da qualidade da sua adaptação. Acolher

significa aconchegar, amparar, tentar proporcionar bem estar, conforto físico e emocional.

Neste momento especialmente, olhar cada criança individualmente é fundamental.

Perceber que cada uma tem seus rituais, seus apegos, como por exemplo, o “paninho”

para dormir ou a chupeta amarrada na fralda e respeitá-los, permitindo que sejam trazidos

para a creche e que sejam usados sempre que houver necessidade, é respeitar sua

individualidade e entender que estes objetos servem para remetê-la às situações e

pessoas conhecidas, garantindo maior conforto.

Receber bem a criança ajuda-a a sentir-se importante, a formar uma boa imagem

de si mesma e assim ter boas referências para construir o seu jeito de se cuidar e de

tratar as pessoas. O “bom dia” sorridente, o contato afetivo, a atenção e o carinho em

todos os seus momentos podem demonstrar respeito pelas suas emoções. Nisto se inclui

o colo, que além de oferecer conforto e segurança à criança, pode proporcionar

experiências táteis importantes para a construção da sua identidade, devendo fazer parte

do trabalho educativo. Conversas sobre seus sentimentos e sobre o que vai acontecer no

tempo que estiver na creche, também podem ajudá-la a se sentir mais segura. Assim,

como toda ação em educação, precisa ser planejada com base neste entendimento. Para

isso, quanto mais informações prévias os educadores tiverem sobre a criança mais

facilmente poderá pensar estratégias para melhor acolhe-la.

Neste sentido, entrevistas com os pais podem ser eficientes e ainda criar

oportunidade desta família conhecer um pouco mais sobre o papel do educador e ao

mesmo tempo tranquilizar-se, podendo tornar-se assim, aliados neste processo. Desta

Page 58: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

58

forma, é imprescindível organizar o espaço para que fique acolhedor e convidativo,

utilizando materiais variados, como brinquedos, livros, almofadas e materiais

pedagógicos. O conhecimento do espaço é um grande passo neste momento e deve ser

facilitado e incentivado pelo educador, que o apresenta para a criança. A rotina

interessante também deve ser grande parceira, tornando-se cada vez mais uma

referência, podendo provocar maior segurança. Saber que a mãe vai voltar num

determinado momento (comunicado pelo educador e percebido na rotina) e ter o seu

horário de adaptação aumentado gradualmente, pode tranquilizar a criança.

O respeito pela criança inclui permitir que manifeste suas emoções, sejam elas de

raiva ou descontentamento. O que inclui o momento da despedida da mãe, que em

muitas vezes, sai escondida, sem se despedir tentando evitar o choro, acreditando ser

mais fácil para o filho, acaba por diminuir a possibilidade de manifestar seus sentimentos

e ser consolada. Despedir-se antes de sair pode aumentar a confiança da criança e

ajudá-la a perceber que todos os dias a mãe volta para buscá-la. Aliás, permitir que um

dos pais permaneça na creche por um tempo pode facilitar a entrada da criança.

Hoje sabemos o quanto os pais precisam ser acolhidos em suas ansiedades para

que o processo de adaptação seja favorecido. Reconhecer este momento como de

grande importância também para as famílias e planejar estratégias para que possam

sentir-se recebidos, pode contribuir para a passagem tranquila por este momento. Os

primeiros contatos entre a família e a escola são importantíssimos dentro desta

perspectiva. Assim, nesta unidade, o acolhimento das famílias é planejado pensando na

matrícula, primeira reunião com os pais novos em dezembro com a diretora e a

coordenadora, além de, na primeira reunião com pais do ano letivo, estar prevista uma

conversa entre a família e as educadoras com o objetivo de conhecer alguns aspectos

sobre a criança e diminuir a ansiedade dos pais. Neste momento as educadoras podem

escutar as preocupações existentes e explicar um pouco as características do

atendimento.

No ano de 2016, além das medidas mencionadas, desenvolvemos uma avaliação

do período de adaptação para conhecer a expectativa dos pais e conhecer a opinião

deles sobre o trabalho feito pela equipe escolar neste período. Percebemos que a

avaliação nos ajudou a verificar algumas angústias e necessidades dos pais e assim

minimizar o impacto que este período causa, inclusive neles: os pais.

No ano de 2017 também realizamos esta avaliação do período de adaptação.

Segue abaixo os resultados tabulados:

Page 59: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

59

AVALIAÇÃO DO PERÍODO DE ADAPTAÇÃO

Infantil I A, II A e II B

1. O seu filho vivenciou o Período de Adaptação (os primeiros dias de

aula/entrada na escola) com:

Alegria – 27

Ansiedade – 10

Entusiasmo - 18

Choro – 7

Medo –2

Outros: Sono – 1; Timidez - 1

Comentários: foi bom; chorou quando começou a ficar sozinha na escola.

2. Os pais/responsáveis consideram importante a atividade de acolhimento no

processo de adaptação nos primeiros dias de aula? (Atividade realizada

em classe com pais e filhos trabalhando juntos).

Sim – 43

Não participou – 1

Por que? Filhos mais seguros – 22

Por que? Eles estranham - 1

Filhos mais contentes – 2

Filhos mais confortáveis – 3

Conhecer a escola e amigos – 4

Nova rotina – 1

Novos conhecimentos – 2

Pais mais seguros – 2

Pais conhecendo o ambiente – 2

Pais participativos – 3

Soltar vínculo familiar – 1

3. Os pais/responsáveis participaram da atividade de acolhimento com pais e

filhos?

Sim – 38

Page 60: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

60

Ajuda na aceitação e permanência na escola – 4

Passar segurança para o filho – 6

Pais aprendem junto e conhecem melhor a escola/prof. – 5

Se é seguro e confiável – 2

Importante por ser o 1º ano escolar do filho – 3

Presença dos pais é essencial: sim (16) - não (3) devido a motivo de trabalho

4. Na preparação de seu filho para o início ou retorno às aulas, a família realizou:

Conversa – 33

Org. horário dia – 17

Organização horário noite – 26

Outros: Divisão com os colegas e cuidado com a escola - 1

5. Você já percebeu alguma transformação em seu filho durante este período de

adaptação?

Sim – 27

Não – 7

Esse ano ficou bem – 1

Falando mais – 7

Come sozinho – 3

Não usa mais fraldas – 2

Vai para escola sem chorar – 3

Normal é tudo de bom – 2

Brinca com mais segurança – 3

Mais atento –

Mais esperto – 4

Mais independente – 2

Mais chorona – 2

Quer tudo do jeito dela, mas está começando por suas coisas sem chorar e gritar,

pedindo – 1

Page 61: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

61

Canta o dia todo – 1

Criança tranquila, se sentiu segura – 1

Criança mais ativa e cansada – 1

Diferença na questão do sono, horários e costumes – 2

Desenvolvimento no andar - 1

Amedrontada, não querendo circular sozinha pela casa como antes (falando de alguém

que tinha olhos grandes) – 1

Rosto ralado – 1

Cabeça cortada com a queda do balanço – 1

Está se enturmando mais com outras crianças – 2

6. Sugestões para o período de adaptação do próximo ano:

Meio período de adaptação por conta do trabalho;

Aumento gradativo das horas, porém o máximo possível;

Satisfeita com o progresso da criança e com nosso trabalho;

Colocar TV na sala para filmes infantis;

Arrumar a balança ou colocar encosto para maior segurança;

Ótimo com o que já fazemos;

Experiência positiva, conhecer mães e crianças diferentes;

Quanto mais dias, melhor – 2

Agradecimento – 1

No segundo dia que as educadoras interajam mais com as crianças como se fosse

um dia normal. Como se comportam com as intervenções e cuidados das

educadoras;

Ter mais um dia de adaptação com os pais para as crianças que choram muito.

Como forma de devolutiva desta avaliação, fizemos uma tabulação e na primeira

reunião com pais realizada no mês de março as professoras realizaram conversas

individualizadas com as famílias das crianças que ainda encontravam dificuldades em

adaptar-se na creche e tentamos elaborar em conjunto estratégias para melhor atende-

las. Neste dia também conversamos com todas as famílias presentes sobre o processo de

adaptação de seus filhos nestes primeiros 30 dias de aula.

Page 62: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

62

Diante do exposto, planejamos o período de adaptação partindo destes

pressupostos, na intenção de acolher a criança, a família e ajudá-las a construir boas

referências nas relações que irão estabelecer com os adultos e com os colegas. Para o

próximo ano, tentaremos garantir alguns aspectos que foram elencados nas avaliações.

ORGANIZAÇÃO DA ROTINA

A organização e o tratamento dado à rotina, parte do conhecimento de que a rotina

ensina. A forma como está organizada e como é realizada comunica de forma eficiente

qual a concepção de criança que está implícita e mais, qual a concepção de homem e de

mundo que se pretende.

Partindo do princípio que a criança é um ser ativo, capaz, sujeito do seu

conhecimento e que deve ser respeitada na sua individualidade como uma pessoa inteira,

que pensa, sente, emite opiniões, etc., e que pretendemos contribuir para a construção de

um mundo no qual as relações sejam democráticas e que os homens sejam sujeitos de

sua existência, organizamos e tratamos a rotina buscando refletir e explicitar estes

princípios, além de fazer circular conhecimentos socialmente acumulados, sabendo da

importância da rotina para a construção dos conhecimentos pela criança, atuando como

um fator organizador, facilitando sua organização interna.

É a partir da organização externa, que a criança pode organizar-se internamente e

o tempo é um dos fatores importantíssimos desta organização. Assim, esta unidade

trabalha com uma rotina frequente, com uma sequência de atividades constante (lógico

que com flexibilidade necessária). Esta sequência é comunicada às crianças verbalmente

ou através de recursos visuais e pela estabilidade das atividades.

A previsibilidade do que vai acontecer permite que a criança se sinta mais segura,

se aproprie da rotina, se organize a partir dela e comece sua construção da noção do

tempo.

Nesta sequência está previsto o equilíbrio entre tipos e formas de atividades:

movimentadas e tranquilas, na área externa e dentro de salas, em pequenos e grandes

grupos, iniciadas pelo adulto e pela criança, procurando atender suas necessidades de

brincadeira, de iniciativa, de movimento, de concentração, de repouso, de acesso ao

conhecimento, etc.

Os momentos de escolha e iniciativa da criança são importantes para ela, pois

podem satisfazer suas necessidades e realizar seus desejos, assim como os adultos, pois

Page 63: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

63

pode compartilhá-las com a criança além de observar sua ação e as hipóteses que está

levantando.

Os momentos iniciados pelo adulto são importantes, pois é quando os educadores

podem trabalhar com áreas de conteúdo previstas no currículo, além de poderem ampliar

o repertório de brincadeiras das crianças como, por exemplo, as brincadeiras tradicionais.

As crianças precisam desenvolver competências com sua experiência na escola. Uma

das formas utilizadas para se aprofundar nas áreas de conteúdo é a realização de

projetos de estudo.

Esta rotina procura respeitar o tempo e o ritmo das crianças, as diferenças de cada

faixa etária, características do grupo e individuais. Isto quer dizer que cada idade tem

tempo diferente de concentração e interesse por atividade, cada pessoa tem também

ritmo distinto de realizar atividades, como por exemplo, pessoas que comem rapidamente

e outras que comem devagar, cada grupo tem história própria e cada pessoa tem suas

características e isto tudo é considerado. A rotina exige um olhar coletivo e individual

simultaneamente, oferecendo alternativas que consideram as diferenças, como por

exemplo, as crianças que não querem dormir ou dormem pouco, as crianças que não

sentem fome no café da manhã, as crianças que comem rápido demais, etc., encontrando

possibilidades de ação, dando maior fluidez ao dia, eliminando o tempo de espera

desnecessário.

A preocupação em ter uma rotina que faça sentido para as crianças nos leva a

planejar sempre um elo entre as atividades. Estas não podem ser simples tarefas

isoladas, devendo estar dentro de um contexto que faça sentido. Nisso se inclui desde um

trabalho com um material novo, até a realização de festas, por exemplo.

Queremos crianças críticas e responsáveis e procuramos ajudá-las a se inserirem

no todo, facilitando sua compreensão sobre o processo, possibilitando que participem das

etapas de decisões. Quanto mais uma pessoa conhece e participa do todo, mais se

apropria dele, mais crítica e menos alienada se torna.

A rotina desta unidade busca ser interessante e desafiadora para a criança e

descentralizada do adulto. Os diversos momentos do dia são previstos para ajudar a

criança a se apropriar cada vez mais do seu tempo e da sua ação, promovendo cada vez

maior autonomia e descentralização do adulto. O adulto é um parceiro importante no

desenvolvimento da criança, mas ela é o sujeito ativo da sua aprendizagem.

Page 64: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

64

Por fim, entendendo que a aprendizagem se dá através da interação, esta rotina

busca favorecê-la durante todo o dia, com materiais e pessoas do seu grupo e de toda a

creche.

O ESPAÇO

Os princípios em que nos baseamos para a organização do espaço é que este

deve favorecer a autonomia, a interação e o conhecimento, pois o espaço comunica

coisas. Através da organização externa a criança pode organizar-se internamente.

Para tanto, precisa ser organizado com objetos acessíveis, identificados e em

lugares definidos.

Deve promover a identidade pessoal, utilizando, por exemplo, trabalhos expostos,

pertences pessoais identificados, etc., para que a criança possa se reconhecer neste

espaço. Deve também dar oportunidade ao desenvolvimento de competências,

possibilitando que as crianças satisfaçam suas necessidades sem assistência constante,

oportunidade para crescimento, com ambientes ricos e variados que facilitem os

movimentos corporais (subir, correr, andar) e a estimulação dos sentidos, experimentando

as variações existentes na natureza (brisas, odores, etc.), músicas e vozes, sabores, etc.

Deve promover oportunidades para contato social e privacidade, variando o

tamanho de áreas dentro de um mesmo espaço e oferecer oportunidade para isolamento,

atividades em pequenos grupos ou de todo o grupo.

As áreas devem ser delimitadas, utilizando, por exemplo, móveis baixos, cortinas,

tapetes, de modo que a criança possa ver o adulto e sentir-se segura e assim favorecer a

formação de pequenos grupos e da interação. Dessa maneira o adulto passa a ser um

mediador das atividades da criança e não um centralizador.

O espaço deve ser dinâmico, montado de acordo com os objetivos propostos

dentro das áreas de conteúdo e da rotina, sendo enriquecido com kits (diversos materiais

organizados por assunto, tais como, casinha, médico, cabeleireiro, etc.) no caso do faz-

de-conta, favorecendo o aparecimento e representação de diversos personagens. A

organização dos kits deve partir da observação dos educadores, de conversas com as

crianças e deve prever a participação delas.

MOMENTOS DA ROTINA

Page 65: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

65

ATIVIDADE DIVERSIFICADA

As atividades diversificadas são planejadas pelo educador, de maneira a garantir

sua qualidade e diversidades e/ou materiais e o rodízio dos alunos pelas mesmas,

acontecem no momento da entrada, tornando-as agradáveis e aconchegantes,

propiciando maior autonomia na escolha da atividade e do grupo com o que querem

trabalhar.

Atividades de livre escolha, diferenciadas, desafiadoras, que ocorrem num mesmo

momento e das quais os alunos já devem ter certo domínio, para que possam trabalhar

com autonomia, de forma individualizada ou em parceria.

O brincar deve conservar seu caráter lúdico e ser usado como estratégia para

conhecer o mundo, para organização e localização no tempo e espaço e não para se

ensinar conteúdos e atividades orientadas.

Os espaços devem garantir a possibilidade de convívio e interação entre as

diferentes faixas etárias, através de materiais, objetos, brinquedos, fantasias e jogos

variados. Os locais de brincadeiras podem ser organizados através de divisórias, tecidos,

almofadas, etc..

RODA DE CONVERSA

Neste momento são criadas possibilidades de conversas como acontecem na

sociedade. É um momento coletivo e os assuntos devem ser de interesse comum. É

fundamental que as crianças sintam a importância de sua participação na conversa e ao

mesmo tempo sintam-se pertencentes ao grupo.

Podem ser utilizadas para fazer combinados para o dia, falar do cotidiano, conversar

sobre um assunto que estão estudando, ou contar algum acontecido, dentre outras

coisas. O educador deve atuar como mediador, ficando atento à fala da criança

procurando atribuir sentido a ela, ampliando a linguagem da criança através de

questionamentos, interpretando a fala, facilitando assim, a construção da narrativa,

criando um clima de confiança para que a criança consiga organizar seu pensamento,

adquirindo uma perspectiva temporal e espacial. O educador deve falar corretamente sem

infantilizar a linguagem.

As rodas de conversa devem ser sempre planejadas de acordo com os objetivos do

educador propondo assuntos interessantes, utilizando de recursos para garantir a

oralidade e a participação das crianças, considerando-a como um ser capaz.

Page 66: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

66

RODA DE MÚSICA

Consideramos este momento mágico, onde as crianças são convidadas a ouvir,

aprender, participar cantando, personalizando com gestos (dançando, mexendo com as

mãos, pernas, cabeça, corpo, etc.) cada música e sons, tendo acesso a diferentes tipos

de música.

O ambiente é organizado para que as crianças possam ter oportunidade de

participar tanto coletivamente, quanto individualmente.

A música amplia o espaço da roda para além da sala de aula e se incorpora em

outros momentos da rotina, ampliando o repertório cultural das crianças. Nessas rodas

também podem circular os conhecimentos relativos à apreciação musical, onde o

educador poderá também apresentar diferentes instrumentos, compositores, ritmos,

épocas, estilos.

FAZ-DE-CONTA

O faz de conta é uma imitação da realidade, vivenciada e transformada no plano

das emoções e das ideais. É também um espaço de elaboração pessoal, onde a criança

decide o que vai fazer, do que vai brincar.

A brincadeira é um espaço rico onde o educador observa preferências, aptidões,

atitudes e lideranças.

É de suma importância que o educador proponha situações diferenciadas de

brincadeiras, organizando kit’s temáticos, como salão de cabelereiros, consultório médico,

supermercado, oficina mecânica, posto de gasolina e outros, aos quais as crianças

possam ir acrescentando novos elementos.

A intervenção intencional do educador é permitir o enriquecimento das

competências imaginativas, criativas e organizacionais da criança.

CANTO SIMBÓLICO

Em nossa unidade escolar foi criado, este ano, o Canto Simbólico, onde a turma

pode brincar de faz-de-conta. Mensalmente é renovado o espaço com outros temas de

brincadeira simbólica.

INTERSALAS

Deve ser planejado em conjunto, deverá ser feito rodízio de áreas e planejamento

entre as educadoras.

Page 67: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

67

No Intersalas, deve ser organizado pelo menos três áreas constantes e em lugares

fixos. É uma atividade que favorece a autonomia, a interação e integração das crianças

de diferentes faixas etárias, devendo-se manter um educador referência de cada sala

durante a atividade. As áreas deverão ser planejadas e organizadas com as atividades de

domínio das crianças.

Nos momentos de Intersalas o educador deve brincar junto somente se for

convidado pela criança e no papel que a criança determinar, intervir sem interferir e

observar, focar e registrar. Não é momento de ensinar.

O Intersalas deve acontecer dentro da rotina como uma atividade permanente, as

terças-feiras, .

REPOUSO

Neste momento os educadores procuram criar condições para que as crianças

descansem. É oferecido como primeira possibilidade, o sono. As crianças que não

querem dormir desenvolvem atividades tranquilas, como leitura ou pequenos jogos. Estas

atividades precisam ser organizadas para que sejam interessantes, ofereçam alternativa

ao sono e sejam também relaxantes.

Estas atividades são propostas também às crianças conforme vão acordando,

procurando respeitar o ritmo e a necessidade de cada um. O ambiente é preparado para

que fique aconchegante e convide ao repouso. Podem ser utilizadas músicas tranquilas,

como canções de ninar ou clássicas.

O educador conversa com as crianças em voz baixa, deixando evidente o respeito

ao sono dos que dormem. Conforme vão acordando, começam a calçar-se, realizando

esta ação de maneira cada vez mais independente. Em seguida é servido o lanche da

tarde.

ALIMENTAÇÃO - MOMENTOS DE REFEIÇÃO

Nosso primeiro contato com o mundo se dá pelo alimento. A primeira coisa

oferecida ao bebê, depois de seu nascimento é o leite materno. Os momentos de refeição

vêm sempre acompanhados da possibilidade do encontro, da troca, do afeto, da

autonomia e contribuem para a construção da identidade.

Por isso, é importante que o cardápio seja variado, gostoso e bem apresentado,

pois o ato de alimentar-se, além de atender uma necessidade física básica, deve

proporcionar bem estar, como um ato prazeroso.

Page 68: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

68

BIBLIOTECA: VIDEOTECA

As propostas para este ano são: biblioteca circulante; exploração e manuseio de

livros; mala literária; contos e recontos de histórias com diversos recursos que estimulem

a imaginação da criança com fantoches, entre outros, feito pelo professor e pelas

crianças, garantindo assim acessibilidade, familiarização com material impresso, gosto

pela leitura, cuidados com o manuseio e a preservação desses materiais.

Este espaço é utilizado também para uso de vídeo com diversos títulos,

objetivando ampliar o repertório musical e de histórias, ampliando o conhecimento e

estimulando a criatividade e a linguagem, dando cor e movimento à fantasia e à

imaginação. O vídeo é um recurso que ajuda a enriquecer os projetos desenvolvidos

pelas turmas.

ATELIÊ

Neste ambiente os alunos podem experimentar atividades de artes diferenciadas

das proporcionadas em sala de aula, pois podem utilizar diversos materiais com o fazer

artístico, centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de

arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de

criação pessoal.

ÁREA EXTERNA

PARQUE:

Os espaços lúdicos ao ar livre estão presentes na rotina, nste é o momento em que

as crianças escolhem os materiais que vão usar, como os brinquedos, as atividades que

vão fazer e os parceiros com quem vão interagir. Podem realizar atividades de grandes

movimentos, além de ter contato com elementos da natureza (terra, grama e árvores).

Os educadores participam das atividades das crianças como parceiros,

incentivando suas iniciativas, ajudando-as a resolverem problemas e garantindo sua

segurança. É um momento para brincar e esta ação é incentivada. Os educadores estão

sempre promovendo desafios para o desenvolvimento das crianças.

TANQUE DE AREIA:

Este é mais um local do brincar e interação, possibilitando a e exploração de

brincadeiras neste espaço.

Page 69: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

69

SOLÁRIO:

Mais um espaço lúdico ao ar livre onde procuramos neste espaço diversos estímulos

para as brincadeiras. No solário, os educadores tem a possibilidade de atividades

direcionadas, pois podem oferecer, a cada dia um brinquedo diferente, como: motoca,

bola, corda, balanço, bambolês entre outros

QUADRA:

Contamos ainda com um portão para facilitar o acesso das crianças à quadra, que

veio enriquecer as possibilidades para o planejamento de atividades de movimento tais

como: brincadeiras de roda, circuitos, jogos entre outros.

Nessas atividades, pequenas regras podem ser apresentadas, mas deve-se

respeitar a faixa etária e serem flexíveis quando necessário.

A quadra não é um espaço que pertença à escola, mas é cedida pelo presidente da

sede do Jardim Lavínia, que disponibiliza seu uso das 8h às 9h15, de terça à sexta feira.

Por ser um espaço amplo e plano, favorece as brincadeiras com motoca, patinho, corrida,

bola, desenho com giz, brincadeiras com bexiga d’agua, oportunizando o

desenvolvimento da criança em sua coordenação motora, equilíbrio, socialização.

Hoje utilizamos a frente da escola para várias atividades tais como: brincadeiras com

carrinhos, jogos de encaixe, circuito, entre outros.

SÁBADOS LETIVOS

As atividades planejadas pela equipe escolar para acontecerem nos sábados letivos

tem por objetivo a aproximação da escola com a comunidade, apresentando as atividades

e produções que as crianças realizam ao longo de seu período de permanência na

escola, mostra cultural o foco para tematizar esse objetivo, uma vez que valorizam os

saberes das crianças.

4 – Avaliação das Aprendizagens dos Alunos

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e a

Proposta Curricular do Município, a avaliação nesta modalidade dá-se por meio da

observação e do registro. Portanto, desenvolvemos a avaliação das aprendizagens por

meio dos instrumentos metodológicos.

INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

Page 70: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

70

Embasamos o nosso olhar sobre a avaliação, nos estudos de Jussara Hoffmann e a

proposta da rede. Utilizamos os instrumentos sistematizados por Madalena Freire, como a

observação, registro, reflexão, planejamento e avaliação, sendo o eixo norteador do

nosso trabalho. Os instrumentos possibilitam o professor pensar no que faz e como faz,

propiciando que este reflita acerca da ação para as aprendizagens das crianças. Pensar

sobre sua prática leva o professor a aprender sobre o seu fazer, aprimorando suas

intervenções e o seu olhar para o grupo e para cada aluno.

OBSERVAÇÃO

A observação é um importante instrumento metodológico, pois o professor consegue

através dele, avaliar a construção do conhecimento dos seus alunos e rever a sua prática

em sala de aula. Isso exige um olhar estudioso e intencional da realidade. É um olhar

direcionado, pesquisador, questionador, acolhedor e argumentador, que favorece um

constante exercício de ação-reflexão-ação, compreendendo como os educandos

constroem seus conhecimentos, reconhecendo-os como parte integrante do processo de

aprendizagem.

Observar é um ato de estudar a si mesmo, ao outro e a realidade, à luz de uma

teoria. Portanto, remete-nos aos princípios que defendemos em educação e à nossa

concepção de sujeito e de sociedade.

Entendemos que a observação é parte fundamental do ato de avaliar, portanto a

observação exige alguns focos a serem observados:

O que quero observar?

É preciso observar todas as crianças ao mesmo tempo?

Meu olhar é atento e observador?

O que observo me ajuda a replanejar a minha aula?

O que observo me ajuda a pensar nas minhas intervenções?

Em contrapartida, a observação não registrada cai no vazio, no esquecimento. É

preciso registrar o que foi observado para que, mais tarde, isso possa ser retomado de

maneira significativa a fim de orientar os próximos passos, que serão trilhados na

construção do conhecimento. Se essas informações se perdem, perde–se também a

história do processo que está sendo construído.

REGISTRO

Page 71: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

71

O registro é um grande desafio para os professores. Pensamos desafios, porque

junto com ele vêm as dúvidas:

O que registrar?

Com que frequência?

Qual o foco do meu olhar?

Será necessário escrever páginas relatando tudo o que acontece durante as aulas

naquele dia?

Como fazer um registro reflexivo?

Em que momento eu registro?

Para quem é o registro?

Após discussão pudemos entender que para se fazer um bom registro é

necessário uma observação refinada e sensível, para se definir o foco do que se quer

registrar, levando-se em conta o planejamento/objetivo proposto para a sala. O foco

definido, a observação deve ocorrer no cotidiano com breves anotações e participação

também dos auxiliares, que ao nosso entender contribuem e muito na escrita dos

registros e até mesmo dos relatórios.

O relatório é um registro mais elaborado sobre as aprendizagens construídas pelas

crianças. Os educadores elaboram relatórios semestrais, sendo dois coletivos e dois

individuais durante o ano.

Registrar é muito mais do que o ato de escrever. Registrar é refletir e avaliar a

prática pedagógica e as aprendizagens das crianças. O ato de registrar deve servir ainda

para planejar e replanejar sempre que necessário.

PLANEJAMENTO

O planejamento é um instrumento fundamental no cotidiano escolar. Ele permite que

o professor antecipe a sua ação a partir de dois referenciais: Os saberes que as

crianças têm e o lugar aonde querem chegar.

Entendemos que o planejamento deve conter os seguintes passos:

Objetivos gerais;

Levantamento dos saberes das crianças (observação);

Objetivos específicos;

Estratégias;

Conteúdos;

Organização no tempo;

Page 72: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

72

Avaliação;

Replanejamento

Para Madalena Freire, no planejamento estão os encaminhamentos e as

intervenções: “Os encaminhamentos são as propostas de atividades dentro da

rotina, os passos a seguir em determinada atividade, a mudança da pauta que

exigiu um novo encaminhamento”. (Madalena Freire, 1997). A partir da observação do

grupo e de cada aluno o professor pensa em suas ações, planeja suas atividades, as

aulas e as intervenções que fará para atingir seus objetivos, intervenção aqui entendida

como as ações que farão o educando refletir, pensar sobre o objeto de estudo. Os

encaminhamentos e intervenções não estão somente nas atividades propostas, mas

também nos espaços preparados para que eles aconteçam.

Entendemos, portanto, que planejar é mais do que um ato mecânico de distribuir

atividades em uma grade de dias e horários, garantindo um “fazer“ pela criança ao longo

do tempo em que está na escola. No planejamento está toda a intencionalidade educativa

do professor que norteia a ação organizada, não significa uma ação estática, mas ato

constante de reflexão, de intervenção na realidade, a partir de observações diárias e

intenção educativa.

O planejamento é também condição para a realização de outro instrumento: a

avaliação.

AVALIAÇÃO

Na Educação Infantil, de acordo com o Referencial Curricular Nacional, a avaliação

se dará por meio da observação e não tem um caráter de promoção.

Aqui na rede, desde a década de 90 os professores fazem relatórios periódicos

detalhando os conteúdos e objetivos alcançados pelos alunos. No início, eram mais gerais

e amplos. Aos poucos foram tendo seus focos mais fechados, explicando o porquê da

prática, relacionando-a a teoria e pensando cada vez mais nas aprendizagens individuais.

Hoje os relatórios se baseiam em vários pontos de observação:

Quem são as crianças desta turma?

O que estão aprendendo?

O que as crianças são capazes de fazer sozinhas?

Quais são as oportunidades de vivências e experiências proporcionadas pelos

educadores?

Page 73: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

73

Entendemos que perguntas como estas orientam a avaliação do trabalho

Pedagógico para uma maior reflexão e acompanhamento do processo de

desenvolvimento das crianças, através dos registros e relatórios.

Segundo Hoffmann, os relatórios da avaliação devem constituir–se na síntese

organizadora do processo vivido pelos professores e as crianças e como foi construído. A

partir de tais reflexões, o professor transforma seu próprio modo de pensar, refletindo

sobre os caminhos que foram percorridos, os obstáculos que encontraram e como os

superaram e os conhecimentos construídos. Já para as crianças significa o registro do

seu processo de desenvolvimento, por meio dos registros que permitam a pais e

educadores o estabelecimento de relações entre o que já conquistou e o novo a aprender

e conquistar, o reconhecimento de seus avanços, suas dificuldades e principalmente suas

possibilidades.

Enfim, entendemos que os instrumentos metodológicos só têm fundamento se tiver

reflexão e acompanhamento. Portanto a equipe gestora tem um papel formativo e de

acompanhamento do processo de avaliação do trabalho pedagógico.

Em nossa escola realizamos o registro semanal, que é acompanhado pela

coordenação, assim como o planejamento com devolutiva. Ainda estamos em processo

de formação com os auxiliares, considerando a importância dos registros e como estes

auxiliam na escrita dos relatórios. É necessário que eles entendam que suas observações

também fazem parte da avaliação das crianças e da escrita dos relatórios e que os

mesmos são escritos em parceria com professor e auxiliares.

Avaliação na Educação Infantil

Conforme mencionado anteriormente, avaliamos as aprendizagens por meio dos

instrumentos metodológicos.

Os professores, juntamente com seus auxiliares, observam, registram, planejam e

avaliam as aprendizagens das crianças. A partir desta reflexão-ação constroem os

relatórios, individuais e coletivos dos alunos.

5 – Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos

A equipe gestora acompanha os instrumentos metodológicos da seguinte forma:

Planejamento e registros: leitura e devolutiva semanal escrita.

Relatório individual e coletivo de aprendizagens das crianças:

semestralmente.

Page 74: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

74

6- Ações Suplementares

6.1. AEE – Atendimento Educacional Especializado

Resolução CNE/CBB 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento

Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial,

relacionadas por definição.

O AEE, atendimento em contra turno e no período regular em sala de aula,

auxiliando e sugerindo atividades, tem como função, complementar ou suplementar a

formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e

estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e

desenvolvimento de sua aprendizagem.

Consideram-se recursos de acessibilidade na educação, aqueles que asseguram

condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida,

promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos

mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes

e dos demais serviços (Artigo 2º).

Nossa escola conta neste ano com duas professoras-referência sediadas na EMEB

Flamínio Araújo de Castro Rangel, que não estão atualmente atendendo a nossa escola,

tendo em vista que não temos nenhuma criança com necessite deste atendimento.

Contamos também com a equipe técnica referência, a orientadora e a coordenadora

pedagógica da unidade.

VI. CALENDÁRIO HOMOLOGADO

Page 75: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

75

Page 76: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

76

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta

preliminar, Segunda versão Revista, abril de 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes

Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC,SEB,DICEI, 2013.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.

v. 1.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de

Educação e Cultura. Proposta Curricular – Educação Infantil.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura e Esportes. Cadernos de

Validação. São Bernardo do Campo.

BASSEDAS, Eulália (orgs.) – Aprender e Ensinar Na Educação Infantil. Porto Alegre:

Artmed, 1999.

BONDIOLLI, Anna e MANTOVANI, Suzana (orgs.) – Manual de Educação Infantil: de

0 a 3 anos – uma abordagem reflexiva. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

DOMINGUES, Isaneide – O coordenador pedagógico e a formação contínua do

docente na escola. Cortez editora, São Paulo, 2014.

FARIA, Vitória Líbia Barreto de. Currículo na educação infantil: diálogo com os

demais elementos da Proposta Pedagógica. 2 ed. – São Paulo: Ática, 2012

FALK, Judit (org), Educar os três primeiros anos: a experiência de Loczy.

Araraquara: Junqueira e Marin, 2004.

FOCHI, Paulo. Afinal, o que os bebês fazem no berçário?: comunicação, autonomia

e saber-fazer de bebês em um contexto de vida coletiva. Porto Alegre: Penso, 2015.

GOLDSCHMIED, Elinor e JACKSON, Sonia – A Educação de 0 a 3 anos – O

atendimento em creche – Editora Artmed– 2ª edição.

IAVELBERG, Rosa. O desenho Cultivado da criança: pratica e formação de

educadores. 1ªEd. Porto Alegre: Editora Zouk, 2006

MAJEN, Tere e ÒDENA Pepa – Descobrir Brincando – Autores Associados, 2010.

MELLO, Suely Amaral - A educação das crianças até os três anos.

MELLO, Suely Amaral – A educação das crianças de 0 a 6 anos: regularidades e

desenvolvimento.

MELLO, Suely Amaral – A escola como lugar de cultura mais elaborada.

Page 77: Projeto Político Pedagógico - educacao.saobernardo.sp.gov.br · Em 1999 foi tema de estudo a roda de conversa e o brincar na creche, o que possibilitou um salto na qualidade destes

77

Proposta Curricular da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo.

ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde – Os fazeres na Educação Infantil - Porto

Alegre Ed. São Paulo – Cortez, 2008.

VIII. ANEXOS

Estrutura Física

O prédio escolar é composto por três salas de aula, dois sanitários infantis,

dois sanitários para adultos (masculino e feminino), refeitório, cozinha com

despensa, biblioteca, ateliê/sala dos professores, lavanderia, diretoria, coordenação,

secretaria e almoxarifado.

A área externa possui um parque com tanque de areia, instalado em 2015, e

um solário, onde temos um depósito de brinquedos.

Em 2010 deu-se início à cobertura e piso do espaço em que temos torneiras

na área externa para adequação do ateliê de artes que foi concluído em 2011, com

verba da APM.

No ano de 2013, a Secretaria de Educação, reformou a área externa na frente

da escola, nivelando o terreno e deixando piso de cimento no parque, para que em

2014 fosse colocado piso emborrachado, mas que não ocorreu até a presente data.

O solário, também foi cimentado, sendo utilizado entre outras atividades para

brincadeiras com motocas.

Em 2015, o ateliê foi reorganizado e o espaço foi dividido para a implantação

da sala dos professores, montada com a doação de uma mesa pela PRD e das

cadeiras pela PRCP.