Projeto político pedagógico colégio estadual a. j. renner, 2009 a 2011
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2009 - COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA … · O...
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2009
Apresentação
- Objetivos Gerais da Escola
1. Identificação
1.1. Caracterização
1.2. Demanda 2009
1.3. Oferta de modalidades
1.4. Matriz Curricular
1.5. Composição do espaço físico
1.6. Organograma
2 Extrato Histórico
2.1 Dados biográficos do patrono
2.2 Dados históricos do Colégio Est. Professor Lysímaco Ferreira da Costa
3 Marco Situacional
3.1. Corpo Docente
3.2. Corpo Discente
4 Marco Conceitual
4.1 Concepção Filosófica , Social e Política
4.2 Concepção de Educação
4.3 Concepção de Gestão Democrática
4.4 Concepção de Avaliação de Ensino-Aprendizagem
4.5 Concepção pedagógica
5 Diretrizes Curriculares
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5.1 Língua Portuguesa
5.2 Arte
5.3 Educação Física
5.4 Matemática
5.5 Física
5.6 Química
5.7 Ciências e Biologia
5.8 História
5.9 Geografia
5.10 Língua Estrangeira Moderna
5.11 Filosofia
5.12 Sociologia
5.13 Língua Espanhola
6 Administração Colegiada
6.1 Organização redimensionada e avaliação dos mecanismos da Gestão
Democrática
7 Marco Operacional
7.1 Ações significativas da escola
7.2 Projetos Pedagógicos
7.3 Instituições de apoio à gestão democrática
8 Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico
9 Composição e organização do Projeto Político Pedagógico
10 Equipe responsável pelo Projeto Político Pedagógico 2009
11 Referências bibliográficas
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APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da
Costa, representa a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, visando a
aprendizagem de qualidade para todos os alunos. Para que o mesmo se concretize e atinja
seus objetivos parte-se do pressuposto que trabalhamos numa concepção de sociedade
democrática e justa, na formação do cidadão crítico, participativo e responsável, numa
escola transformadora, autônoma e emancipadora para um mundo de igualdade.
O P.P.P. tem como princípio central a busca da qualidade e do sucesso da tarefa
educativa na dimensão pedagógica de efetivação desse princípio, e na dimensão política,
porque pressupõe o envolvimento e compromisso baseado na reflexão, definição e
elaboração coletiva.
Este projeto apresenta o marco situacional da Escola embasado na pesquisa entre
professores, pais, alunos e funcionários, e após análise desses marcos é apresentada a
proposta do marco conceitual, definindo as concepções filosóficas, sociológica, política de
educação e de avaliação.
Fundamenta-se também na concepção de gestão democrática, buscando as
transformações necessárias na organização escolar e explicitando suas relações com as
transformações mais amplas, a nível social, econômico, político, educacional e cultural.
Por tratar-se de um processo de construção contínua o presente Projeto Político-
Pedagógico alicerça o trabalho pedagógico e administrativo para o ano de 2006, efetivando-
se, avaliando-se e reelaborando-se no decorrer do ano para os futuros aperfeiçoamentos.
OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA
A escola como agente responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão,
de acordo com a visão de sociedade em transição por expressivas transformações de
caráter social, político, econômico, definida sua postura de ação por uma sociedade
democrática e justa, define seu objetivo geral.
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa - Ensino Fundamental e
Médio situado à Avenida Iguaçu nº 3012, telefones – 3242-1152 / 3243-3240 – CEP:
80240-031 é mantido pelo Governo do Estado do Paraná, administrado pela SEED.
O Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa, está classificado no
porte 7 atendendo aproximadamente 1.200 alunos no ano de 2010.
1.1 CARACTERIZAÇÃO:
Possui a seguinte caracterização:
Ensino Fundamental:
3ª a 4ª série – turno: tarde
5ª a 8ª série – turnos: manhã e tarde
Ensino Médio:
1º ao 3º ano – turnos: manhã e noite
1.2 DEMANDA 2010 E PREVISÃO DE DEMANDA PARA 2011.
• Equipe pedagógica• Professores• Funcionários• Alunos
1.3 OFERTA DE MODALIDADES
QUADRO FUNCIONAL:
FUNÇÃO DEMANDA – 2010
Pedagogos 7Professores 65Assistente Administrativo 8Auxiliar de Serviços Gerais 10
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FUNÇÂO DEMANDA 2011Professores, Pedagogos e Direção 73Funcionários Administrativos e Serviços Gerais
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MODALIDADES
MODALIDADE Nº de alunos atendidos em 2010.
Ensino FundamentaI 3ª a 4ª série 99Ensino Fundamental 5ª a 8ª série 422Ensino médio 1º ao 3º ano 585
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1.4 MATRIZ CURRICULAR
NRE: 09 CURITIBA MUNICÍPIO: 0690 CURITIBAESTABELECIMENTO: 0134 COLÉGIO ESTADUAL PROF. LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO: AVENIDA IGUAÇU, 3012 - ÁGUA VERDE
TELEFONE: 3242-1152ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 ENSINO FUNDAMENTAL 5ª / 8ª SÉRIES
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA ou GRADATIVA
BASE NACIONA
LCOMUM
DISCIPLINAS / SÉRIES 5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2Ensino Religioso * 1 1
Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5Matemática 4 4 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIF
I-CADA
L.E.M. – INGLÊS
2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2 Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
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NRE: 09 CURITIBA MUNICÍPIO: 0690 CURITIBAESTABELECIMENTO: 0134 COLÉGIO ESTADUAL PROF. LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO: AVENIDA IGUAÇU, 3012 - ÁGUA VERDE
TELEFONE: 3242-1152ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 ENSINO FUNDAMENTAL 5ª / 8ª SÉRIES
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA ou GRADATIVA
BASE NACIONA
LCOMUM
DISCIPLINAS / SÉRIES 5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2Ensino Religioso * 1 1
Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5Matemática 4 4 5 5
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI
CADA
L.E.M. – INGLÊS
2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2 Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Município : CURITIBAEstabelecimento : LYSIMACO F.COSTA, C E PROF-E FUND MEDIOPeríodo Letivo : 2010-2Curso : ENSINO MEDIO POR BLOCOSTurno : ManhãCódigo Matriz : 101890
Nº Nome da Disciplina (Código SAE)
Composição Curricular
Carga Horária Semanal das Seriações
GrupoDisciplina O (*)
1-1 2-1 3-2 4-2 5-3 6-3
1 BIOLOGIA (1001) BNC 4 0 4 0 4 0 S
2 EDUCACAO FISICA (601)
BNC 4 0 4 0 4 0 S
3 FILOSOFIA (2201) BNC 3 0 3 0 3 0 S
4 HISTORIA (501) BNC 4 0 4 0 4 0 S
5 LINGUA PORTUGUESA (106)
BNC 6 0 6 0 6 0 S
6 ARTE (704) BNC 0 4 0 4 0 4 S
7 FISICA (901) BNC 0 4 0 4 0 4 S
8 GEOGRAFIA (401) BNC 0 4 0 4 0 4 S
9 MATEMATICA (201) BNC 0 6 0 6 0 6 S
10 SOCIOLOGIA (2301) BNC 0 3 0 3 0 3 S
11 QUIMICA (801) BNC 0 4 0 4 0 4 S
12 L.E.M.-INGLES (1107) PD 4 0 4 0 4 0 S
Total C.H. Semanal
25 25 25 25 25 25
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
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Município : CURITIBAEstabelecimento : LYSIMACO F.COSTA, C E PROF-E FUND MEDIOPeríodo Letivo : 2010-2Curso : ENSINO MEDIO POR BLOCOSTurno : NoiteCódigo Matriz : 101890
Nº Nome da Disciplina (Código SAE)
Composição Curricular
Carga Horária Semanal das Seriações
GrupoDisciplina O (*)
1-1 2-1 3-2 4-2 5-3 6-3
1 BIOLOGIA (1001) BNC 4 0 4 0 4 0 S
2 EDUCACAO FISICA (601)
BNC 4 0 4 0 4 0 S
3 FILOSOFIA (2201) BNC 3 0 3 0 3 0 S
4 HISTORIA (501) BNC 4 0 4 0 4 0 S
5 LINGUA PORTUGUESA (106)
BNC 6 0 6 0 6 0 S
6 ARTE (704) BNC 0 4 0 4 0 4 S
7 FISICA (901) BNC 0 4 0 4 0 4 S
8 GEOGRAFIA (401) BNC 0 4 0 4 0 4 S
9 MATEMATICA (201) BNC 0 6 0 6 0 6 S
10 SOCIOLOGIA (2301) BNC 0 3 0 3 0 3 S
11 QUIMICA (801) BNC 0 4 0 4 0 4 S
12 L.E.M.-INGLES (1107) PD 4 0 4 0 4 0 S
Total C.H. Semanal
25 25 25 25 25 25
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
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1.5 COMPOSIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
13 (treze) salas de aula; 01(uma) sala de apoio à aprendizagem; 01 (uma) sala
de laboratório equipada para informática; 01 (um) salão nobre: 02 (duas) sala para
biblioteca; 01 (uma) sala de recurso didático-pedagógico e almoxarifado; 01 sala da direção;
01 (uma) sala de coordenação do CBA; 01 (uma) sala para a Equipe pedagógica; 01(uma)
sala de professores; 1 (uma) sala de recursos humanos; 2 (duas) salas de arquivo
permanente; 1(uma) sala para secretaria, 1 (uma) sala para impressão gráfica; 1 (um)
refeitório e cozinha; 1 (uma) cantina comercial, além das demais dependências necessárias
ao atendimento pedagógico e comunidade escolar.
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1.6 ORGANOGRAMA
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CONSELHO
ESCOLAR
DIREÇÃO GERAL APMF
DIREÇÃO AUXILIAR
SECRETARIA EQUIPE
RECURSOS HUMANOS PEDAGÓGICA
E FINANCEIROS COORDENAÇÃO
CBA
IMPRESSÃO SERVIÇOS
GRÁFICA GERAIS CONSELHO
LAB. DE DE CLASSE
INFORMÁTICA
ARQ. CORPO DOCENTE
PERMANENTE CORPO
DISCENTE
PROFESSORES
CONSELHEIROS REPRESENTANTES
DE TURMA
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2. EXTRATO HISTÓRICO
2.1 DADOS BIOGRÁFICOS DO PATRONO
Lysímaco Ferreira da Costa nasceu em Curitiba, Paraná, a primeiro de
dezembro de 1883, na Chácara existente na antiga Rua da Graciosa, hoje Rua Fontana,
201. Filho de Antonio Ferreira da Costa Filho e Francisca Ribeiro da Costa, Lysímaco
era o mais velho entre os seis filhos do casal. Casou-se em
primeiras núpcias com Dona Esther Franco da Costa que faleceu aos 34 anos, deixando
11 filhos. Em segundas núpcias, casou-se com sua cunhada Dona Maria Ângela
Franco da Costa. Em 1893, estando com 10 anos de idade, diplomou-se na “Escola dos
Bons Meninos” com distinção e louvor dos professores Francisco Carvalho Nobre, José
Cleto da Silva e Júlia Wanderley, cursando depois o Ginásio Paranaense.
Em 1901, matriculou-se na Escola Preparatória e de Tática da cidade de Rio
Pardo, Estado do Rio Grande do Sul, onde foi premiado pelo Ministro da Guerra como o
melhor aluno que havia passado pela casa até então. Por isso, recebeu permissão para
matricular-se na Escola Militar do Brasil, no Rio de Janeiro. Porém, em 1904 o levante
dos alunos da Escola Militar contra a obrigatoriedade da vacina para combater a febre
amarela (Revolta da Vacina) fez com que o governo federal ordenasse o fechamento da
escola e a expulsão de todos os alunos. Mesmo depois tendo sido anistiado pelo
governo, Lysímaco voltou para a sua terra natal para dedicar-se à missão de professor.
Em 1906, presta concurso para as cadeiras de Física e Química do Ginásio Paranaense,
que na época era considerado o centro da intelectualidade do Estado, pois ainda não
havia sido fundada a universidade.
Foi o primeiro aluno diplomado pela Universidade do Paraná após a fundação da
mesma, recebeu o diploma de Engenheiro Geógrafo em 1914. Mais tarde, em 1917,
diplomou-se em Engenharia Civil pela mesma instituição. Em 1915, foi eleito pela
Congregação da Universidade como Lente Catedrático de Química Inorgânica,
Descritiva e Analítica do Curso de Engenharia Civil, mesmo ainda cursando a
universidade. Mais tarde assumiu as cadeiras de QUÍMICA Mineral e Orgânica,
Geometria Algébrica e Cálculo Infinitesimal. Neste mesmo ano, foi elevado a Membro do
Conselho Superior da Universidade e em 1917 foi eleito pela Congregação, Catedrático
de Mineralogia e Geologia do Curso de Engenharia Civil.
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Em 1918 organiza e funda a Escola Agronômica do Paraná, sendo nomeado
pelo governo do Paraná seu primeiro diretor. Em 1920 foi nomeado para o cargo de
diretor do Ginásio Paranaense e Escola Normal, onde lecionou Pedagogia e Psicologia.
Neste período, Lysímaco foi o primeiro educador brasileiro a implantar o método para a
medida da idade e capacidade mental dos alunos do curso primário.Também, foi o
primeiro educador a trazer e a implantar o método e o material de Maria Montessori, em
1923, neste mesmo ano, é solicitado pela Liga pedagógica Brasileira de Ensino para
traçar o plano de Reforma no Ensino Normal. Depois de profundo estudo escreve suas
“Bases Educativas para a Organização da Nova Escola Normal Secundária do
Paraná”.Ainda em 1923, fundou na Escola Agronômica o Patrono Agrícola.
Em 1925 foi nomeado pelo Governo do Estado do Paraná para o cargo de Diretor
Geral da Instituição Pública, no qual reorganizou o ensino primário, tornando o Paraná
uma referência nacional de educação.
De 1928 a 1930, assuma o cargo de secretário da Fazenda, Industria e Comércio. Em
1941 é nomeado Diretor da caixa Econômica Federal do Paraná, função que exerceu até
falecer. Falece em 23 de julho de 1941.
2.2 DADOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA
1. 1937 O Colégio Professor Lysímaco Ferreira da Costa teve origem na Escola Isolada
da Água Verde, criada em 1937, passou à Casa Escolar Água Verde.
2. 1939 Passou a chamar-se Escolas Reunidas da Água Verde.
3. 1940 Em 14/02/1940, pelo Decreto de Criação nº 9515 recebeu a denominação de
Grupo Escolar da Água Verde.
4. 1946 O Decreto nº 2268, de 29/01/46, dá a denominação de Lysímaco Ferreira da
Costa ao Grupo Escolar da Água Verde. Inauguração em 04/12/1946.
5. 1964 O Decreto nº 14.186, de 22/02/64, determina a criação da Escola Normal de
Grau Colegial Professor Lysímaco Ferreira da Costa e a extinção gradativa a partir de
1964 da Escola Normal de Grau Ginasial.
6. 1965 Neste ano, pelo Decreto nº 20.274/65 foi criado o Ginásio Estadual, com igual
nome, para funcionar anexo à Escola Normal de Grau Colegial Professor Lysímaco
Ferreira da Costa.
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7. 1966 Neste ano, através do Decreto nº 3093, de 28/11/66, foi autorizado o
funcionamento Grupo Escolar Flávio Ferreira da Luz.
8. 1966 Inauguração da Biblioteca Júlia Wanderley, em 19/11/66.
9. 1973 O parecer nº 115/73, de 09/08/73, do Conselho Estadual de Educação do
Paraná e o Ato nº 280/73 aprova o Plano de Implantação do Ensino de 2º Grau na
Habilitação Magistério a iniciar-se em 1973 com a reorganização curricular para adequar-
se ao espírito da Lei 5692/71 e oferecer os cursos de Técnico em Turismo e Técnico em
Estatística, para funcionamento em 1974.
10. Em 1975 por força do Decreto nº 1388 assinado em 23/12/75 e publicado no D.O.E
de 30/12/75, deu-se a Criação do Complexo Escolar Professor Lysímaco Ferreira da
Costa – Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da reorganização da Escola Normal Colegial
Professor Lysímaco Ferreira da Costa, Ginásio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da
Costa, Escola de Aplicação Professor Lysímaco Ferreira da Costa, e Grupo Escolar
Flávio Ferreira da Luz.
11. 1975 a Escola Normal Professor Lysímaco Ferreira da Costa, Ginásio Estadual
Professor Lysímaco Ferreira da Costa e a Escola de Aplicação Professor Lysímaco
Ferreira da Costa passaram a constituir-se em um único estabelecimento, sob a
denominação de Colégio Professor Lysímaco Ferreira da Costa.
12. 1980 o Ofício circular nº 06/80, de 12/11/80 do Instituto Nacional do Livro, encaminha
o do certificado do registro da Biblioteca do Colégio.
13. 1980 Extinção do Curso em Turismo através do parecer 0952/2003-CEF.
14. Em 1980 pelo Parecer nº 195/80, Processo 651/80 de 14/11/80, aprova a
reformulação curricular para a Habilitação de Magistério a partir de 1981.
15. 1981 Pelo Parecer 116/81 do Conselho Estadual de Educação do Paraná e
Resolução nº 3426/81 de 30/12/81 – SEED, fica autorizado a funcionar o Curso de
Estudos Adicionais – Modalidade Pré-Escolar.
16. 1982 - Em 28/01/82, a Resolução nº 229/82, D.O.E. DE 10/02/82, EM SEU Artigo 1º
determina o reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular e o Curso de 2º Grau Regular
com Habilitações plenas – Magistério e Estatística do Colégio Professor Lysímaco
Ferreira da Costa – Ensino de 1º e 2º Graus. Pelo Art. 2º fica reconhecido o Colégio
Professor Lysímaco Ferreira da Costa – Ensino de 1º e 2º Graus, de Curitiba, mantido
pelo Governo do Estado do Paraná. Pela Deliberação 51/82 do Conselho
17. Estadual de Educação fica alternada a denominação para o Colégio Estadual
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Professor Lysímaco Ferreira da Costa – Ensino de 1º e 2º Graus.
18. 1983 A Resolução nº 150/83 de 20/01/83, alterna a denominação do Estabelecimento
para Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa – Ensino de 1º e 2º Graus.
19. 1985 A Resolução nº 2588/85, de 27/05/85, cessa definitivamente a Habilitação
Plena de Técnico em Estatística a partir do início de 1985 (Parecer nº 303/85 de
24/05/85 do C.E.E.).
20. 1986 A Resolução nº 2095/86, de 07/05/86 – Diário Oficial nº 2.281 de 07/05/86,
reconhece o Curso de Formação de Professores para o Magistério – Pré-Escolar, na
forma de Estudos Adicionais em nível de 2º Grau. O referido curso passa a integrar o
reconhecimento originalmente declarado pela resolução nº 2.425/82.
21. 1990 A Deliberação nº 02/90 do C.E.E. do Paraná, aprovou a duração do Curso de
Magistério em 04 anos.
22. 1990 Implantação do Ciclo Básico de Alfabetização 02 anos pelo Decreto nº 2545/88,
de 14/03/88 e a Resolução nº 744/88, de 22/03/88 que instituiu o Ciclo Básico (anexos
01 e 02).
23. 1994 O Curso de Magistério foi estendido para o período noturno.
24. 1996 Ato Administrativo 330/96 NREC, aprova o Regimento Escolar do Colégio.
25. 1998 O Ciclo Básico de Alfabetização de 1ª a 4ª serie, num “continuum” passa - para
04 (quatro) anos pelo Decreto nº 2,325/93, de 25/05/93 do C.E.E. Através da Deliberação
nº 033/93 e da Resolução Secretarial nº 595/95 a SEED aprova a implantação do C.B.A.
– 04 anos no Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa – Ensino de 1º e 2º
Graus, de acordo com a Lei nº 9.394/96.
26. 1998 a Deliberação nº 003/98 – C.E.E. e a Resolução nº 3120/98 reformulam as
normas relativas à nomenclatura dos estabelecimentos de Adicionais de Educação
Infantil.
27. 1999 Cessação gradativa da Habilitação Magistério de acordo com o ofício do
Departamento de Ensino de 2º Grau da S.E.E.D. que pedia a extinção
28. Dos cursos profissionalizantes, por não garantir a terminalidade do 2º Grau no 3º ano
não garantir a formação básica geral e por não estar de acordo com a concepção da
nova LDB nº 9394/96.
29. 1999 Implantação gradativa do Curso Ensino Médio Regular – Educação Geral, nos
turnos matutino e noturno (PROEM), de acordo com a Lei 9394/96.
30. 2000 A Resolução nº 1762/2000 de 22/05/2000 da SEED/PR, autoriza o
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funcionamento do Ensino Médio, pelo prazo de dois anos, com implantação gradativa, a
partir do início do ano letivo de 1999.
31. 2000 O Parecer nº 88/2000 de 24/01/2000 do Departamento de Ensino de Segundo
Grau da SEED/PR, e Equipes de Ensino e Estrutura e Funcionamento do Núcleo
Regional de Educação de Curitiba, aprova a Proposta Curricular do Ensino Médio.
32. 2000 A nomenclatura de Estudos Adicionais de Educação Infantil foi alterada pela
Resolução nº 02/99 de 29/04/99 CEB /CNE para Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil, em fase de cessação definitiva.
33. 2001 A Resolução nº 1.170/2001 da SEED/PR, extingue o Curso de Estudos
Adicionais de Educação Infantil.
34. 2001 Cessação definitiva do Curso de Formação de Professores para a Educação
Infantil, em nível de 2º grau, desde 2001 (Resol. Aut. 3426/81), Parecer 419/2001.
35. 2002 Aprova a Proposta Pedagógica do Ensino de Educação Básica de acordo com
a Deliberação 014/99 do CEE/PR.
36. 2002 Aprova as disposições contidas no Regimento Escolar de acordo com a
Deliberação 016/99 do CEE/PR.
37. 2003 Cessação definitiva da Habilitação Magistério, dês 2002 (Decreto Aut.
1388/75), Parecer 0952/2003-CEF.
38. 2003 Reconhecimento do Ensino Médio por 5 anos, Parecer 0218/2003-CEE.
Ensino de Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná, cujo
amparo legal é a própria Lei nº 9394/96. Passando o Ensino de 1º e 2º Graus para o
Ensino Fundamental, Médio e Profissional, alterando a Denominação do
Estabelecimento para o Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa – Ensino
Fundamental, Médio e Profissional.
39. 2010 Implantação do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais.
40. 2010 Implantação do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas), com o
curso de Língua Espanhola.
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3. MARCO SITUACIONAL
3.1 CORPO DOCENTE
A elaboração do Projeto Político-Pedagógico é um acontecimento de extrema
importância em uma escola. O Projeto político-pedagógico reflete a visão e os anseios
de todos os segmentos da escola em relação à sociedade, ao aluno e ao ato de ensinar.
Desenvolver um Projeto Político-Pedagógico requer reflexão para uma ação pautada
nas necessidades específicas de cada escola.
O corpo docente do Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa em sua
primeira etapa de elaboração organizou-se para fazer um levantamento sobre como se
encontram hoje a sociedade, a escola, o aluno, os professores e os gestores. Com o
levantamento desses dados, pôde-se desenvolver um plano de ação para a melhoria e
crescimento da escola.
A constatação que se pode fazer sobre a sociedade em que a escola
se encontra inserida revelou uma sociedade com grande desigualdade sócio-cultural e
econômica. Tal desigualdade pode ser a causa da violência e da injustiça, transformando o
cidadão em uma pessoa individualista. As pessoas, que compõem diferentes grupos
sociais, vivem num sistema capitalista que as obriga a organizar-se em movimentos sociais
que nem sempre primam pela ética e pela boa educação. A sociedade se encontra em
constante transformação e frequêntemente é manipulada pelo consumismo.
Esta realidade causa grande impacto no cotidiano escolar, pois a escola é um dos
agentes educativos entre vários outros existentes na sociedade. Esse fato gera um conflito e
leva à reflexão sobre os conteúdos curriculares e até mesmo sobre a real função exercida
pela escola nesta sociedade e neste contexto histórico. Nota-se que o ambiente escolar
apresenta-se envolvido por saberes fragmentados e por ações de ensino-aprendizagem
desarticuladas, e que, mesmo nessa tão conflituosa situação, não deixa de ser acolhedora e
de transmitir calor humano. Inserido neste contexto está o aluno, que é a principal razão de
ser da escola. Percebem-se hoje, especificamente nesta escola, alunos advindos de
diferentes regiões da cidade, próximas e distantes da mesma. Uma parte desses alunos
aparenta estar desorientados e alienados em relação ao seu papel na sociedade, não
demonstram interesse pelos conteúdos escolares, não têm limites nem objetivos claros
quanto as suas ações, além de não demonstrarem preocupação com o futuro. Essa
postura é provavelmente reflexo da sociedade conflituosa em que vivem, 17
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
a qual os estimula constantemente e principalmente através dos meios de comunicação de
massa.
O educando de hoje tem acesso a uma gama de informações e recursos de
aprendizagem que poderiam levá-lo a um grande crescimento cultural e pessoal, porém isso
não acontece, ao contrário, essa avalanche de informações e oportunidades o desnorteia,
deixando-o sem perspectivas.
Assim como o aluno, nota-se também que os docentes, apesar de
conscientes da necessidade de transformação sentem-se impotentes para a tomada de
decisões devido a inúmeros fatores como: sobrecarga de trabalho, desvalorização
profissional, múltiplas funções, pressão exercida pelo sistema educacional e sócio-
econômico atual, uso inadequado da hora-atividade (falta de momentos definidos dentro do
calendário escolar para estudar e buscar soluções dos problemas com o coletivo da
escola), ficando a hora-atividade exclusivamente para planejamento, estudo e organização
do professor. O profissional da educação vive hoje uma crise de identidade, pois, apesar de
comprometido e idealista, está cada vez mais percebendo sua pouca influência na mudança
e no crescimento da sociedade e, principalmente, do aluno.
Somando-se a esse quadro de dificuldades estão ainda as deficiências
administrativas, tais como a escassez de funcionários, a pouca articulação entre os setores
da escola e a falta de gerenciamento efetivo.
Esta análise do conjunto de fatores que compõe a vida escolar apresenta-se
extremamente pessimista, entretanto, quem fez a constatação foram profissionais da
educação que, já por esta condição, têm por premissa fazer o resgate do indivíduo, o que,
acreditam, seja a possibilidade de transformação social.
Este corpo docente acredita que a sociedade ideal deve ser igualitária, organizada,
participativa, crítica, aberta a mudanças de paradigmas e, principalmente, centrada na vida,
ou seja, nas pessoas e não nas coisas.
Também é evidente para o professor deste estabelecimento que para alcançar esta
sociedade ideal, faz-se necessário uma mudança na escola, ou seja, o ambiente escolar
deve ser dinâmico e inovador, deve haver a retomada de valores e tradições culturais; a
escola precisa, urgentemente, ser mais comprometida com a história dos alunos, o que a
tornaria atuante na formação do cidadão crítico.
O objetivo dos professores é possibilitar a autonomia do aluno associada a
escolhas responsáveis e a atitudes participativas. Para isso, o profissional reavalia seu
18
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
próprio papel de professor, percebendo a necessidade de aperfeiçoamento contínuo e da
valorização profissional e de postura mais politizada e crítica.
Quanto ao aspecto da gestão, fatores essenciais são a integração, o apoio e o
empenho por melhores condições de trabalho.
Os educadores colocam-se, ao analisar todos os segmentos da escola, como
responsáveis por refletirem no Projeto Político-Pedagógico, na sua ação profissional e em
seus valores éticos, por acreditarem ser este documento um grande passo para novas
mudanças.
3.2 CORPO DISCENTE
Para a construção de um Projeto Político-Pedagógico da escola, que contemple uma
visão mais ampla e democrática, é fundamental a participação e contribuição do aluno
numa leitura da nossa realidade escolar.
Nesse contexto, é necessário situar de forma sintetizada o parecer dos alunos
referente ao Colégio Estadual Professor Lysímaco Ferreira da Costa nos seus três turnos de
funcionamento.
No que se refere à infra-estrutura do colégio, é considerada razoável ou boa para a
maioria dos alunos, embora seja necessário fazer considerações para vários aspectos que
precisam de mudanças ou melhorias, sendo os principais: ampliação da biblioteca e
atendimento desta em todos os turnos, laboratório de ciências, sala de artes, melhor
adequação na quadra de esportes, material esportivo, instalação de armários para alunos e
laboratório de informática.
Para o quadro de professores, equipe pedagógica e administrativa, não há uma
avaliação homogênea dos alunos. Reconhecem a existência de bons professores,
comprometidos e um bom desempenho das outras funções no colégio, mas existem
também críticas contundentes sobre a atuação do corpo docente. Quanto às metodologias
adotadas pelos professores, reivindicam maior dinamismo, empenho e comprometimento. A
rotatividade ou falta de professores, também são vistas como um problema pelos alunos do
Estabelecimento.
Com relação à gestão escolar, os alunos reivindicam uma participação
maior nos conselhos e opiniões em assuntos que são de interesse da comunidade escolar.
Parte dos alunos consideram que a equipe pedagógica e principalmente a administrativa
19
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
preocupam-se com “coisas” secundárias na ordem de prioridades.
A contribuição da escola para a formação do estudante e sua relação com a
sociedade é algo inegável para a maioria dos alunos.
O que difere na opinião dos consultados são os níveis de contribuição que a escola
apresenta. O currículo e suas matrizes são satisfatórios desde que haja uma boa aplicação
e aumento no grau de exigência.
Existem outras sugestões e reivindicações feitas por grande parte dos alunos, que
podemos exemplificar: aulas de reforço em contraturno, atividades artísticas e culturais
desenvolvidas pelos alunos, atividades extraclasse como: viagens de estudo, palestras,
orientações sobre profissões e o mundo do trabalho.
É possível perceber, nas afirmações dos alunos consultados, que há um
entendimento de que a escola contribui na sua formação geral para o trabalho e demais
relações sociais, mesmo que não tenha um direcionamento específico, ou seja, não sendo
um curso profissionalizante propriamente dito.
A consulta sobre o posicionamento dos alunos em relação à escola pode ainda
revelar uma perspectiva da influência desta na formação dos alunos do Ensino Médio. Pode-
se constatar que há intenção de continuidade nos estudos para o Ensino Superior na
maioria dos consultados, sobretudo o aluno do período diurno.
Para os pais que contribuíram com sua análise sobre a realidade escolar,
extremamente rica, pois se constituem em propostas de trabalho que inovem e solucionem
certos aspectos problemáticos da vida escolar.
Os pais participantes da análise do marco situacional têm idade entre 30 e 70 anos,
estando 45% deles na faixa entre 30 e 40 anos. Do total de pais que opinaram 79% eram
mulheres que representavam sua família e cujo grau de escolaridade, de 66% delas, é de
nível médio. As famílias que estavam representadas na análise escolheram esta escola,
devido a considerá-la com um bom ensino e com uma boa administração.
Ao fazerem a análise do aspecto situacional da escola, destacaram-se alguns aspectos
que seriam formadores da escola ideal, entre eles está: a qualidade do ensino, a segurança
e a boa gestão. Para os pais é imprescindível que haja dedicação e interesse da escola
pelos alunos, assim como aulas dinâmicas e atividades extraclasse. Também foi citada a
necessidade de conservação do prédio, a higiene, o uso do uniforme e a realização de
eventos culturais e esportivos. Apontaram alguns pontos negativos como: a falta de
laboratório de informática, a ausência de uma biblioteca organizada e atualizada, falta de
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
funcionários suficientes e de professores, além de se referirem a assuntos mais
específicos tais como: poucas tarefas de casa, falta de correção de tarefas em algumas
matérias, difícil relacionamento entre alguns alunos e a agressividade nos horários de
recreio e de final de turno.
Evidentemente que, fazendo essa reflexão sobre o que é a escola hoje e como
seria a escola ideal, os pais sugeriram algumas mudanças no quadro atual e ressaltaram a
necessidade de maior número de vagas na escola, um incentivo maior à leitura, e
consequêntemente, uma biblioteca acessível, o desenvolvimento de atividades cívicas
constantes, cursos de motivação para os professores e melhoria salarial, melhoria na
limpeza e conservação do prédio. Além disso, citaram como importante à saída de turno ser
assistida pelos inspetores, a exigência do uniforme, a regra quanto ao uso do celular e a
disciplina mais rígida. Houve também a sugestão de se criar atividades preparatórias para o
mercado de trabalho, pois os pais veem isso como uma função da esc.
4. MARCO CONCEITUAL
4.1. Concepção Filosófica, Sociológica e Política
Vivemos em um momento histórico, no qual velhas reivindicações das forças
progressistas aparecem sob nova roupagem ideológica, na LDB 9394/96 e incorpora-se no
fazer da “Escola”. Entre essas reclamações encontra-se o Projeto Político-Pedagógico, em
que cada “Escola” deverá elaborar mediante uma construção coletiva, a busca da
identidade, refletindo suas finalidades, explicitando seu papel social, definindo caminhos e
operacionalização de ações para atingir as metas propostas para o processo educativo.
Processo este que reunirá crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do
contexto social e científico, construindo um compromisso político e pedagógico de todos.
O Projeto Político-Pedagógico da nossa “Escola” tem seu ponto referencial no momento
em que mediante reflexão coletiva, percebeu-se a necessidade de encontrar nosso lugar na
“história”, antes de definirmos que Educação queremos e para qual “Sociedade”. Em
nenhuma época, foi tão urgente a compreensão do contexto histórico no qual estamos
inseridos, para que conscientemente pudéssemos definir a utopia que pretendemos
alcançar em nosso processo pedagógico.
Através da análise crítica do contexto mediato e imediato, chegou-se a conclusão que no
21
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momento atual profundas modificações são sentidas em todas as esferas de nossa
sociedade, advindas das transformações pelas quais passa o “Estado Brasileiro”, em
decorrência da economia globalizada, da reestruturação produtiva e diluição do Estado
Nacional. A globalização da economia calcada no pensamento neoliberal tem a lógica na
subordinação das nações às leis do mercado. Lógica esta, que se define pela maximização
do lucro e serviços das inovações tecnológicas, que se utiliza da microeletrônica: robótica,
informática, automação, telemática, microbiologia, no processo de produção e circulação de
mercadorias e serviços e, na adoção de novas formas de organização e gerenciamento do
trabalho, pela demanda da reestruturação nas relações de trabalho, gerando desemprego
de forma estrutural em escala mundial; fenômeno este, próprio e único dos tempos atuais.
Compondo com a lógica do capitalismo globalizado assiste-se ao reajuste dos Estados,
submetendo-se às exigências financeiras desse modelo econômico, que traz no seu
bojo, o declínio do sindicalismo, a privatização e a retirada dos recursos públicos da esfera
social; saúde, moradia, segurança e educação, políticas públicas caracterizam o “Estado
mínimo” para atender direitos sociais, em contraposição ao “Estado forte”, para atender os
interesses do mercado.
Todas essas mudanças condenam milhões de brasileiros à exclusão dos direitos
fundamentais do emprego e dos bens de consumo. As instituições educacionais são alvo de
cortes financeiros maciços, que as exaurem e as desmoralizam. Cada vez mais as
instituições públicas são coagidas a manter-se com recursos privados através de parcerias,
voluntariado e captação de recursos da comunidade. Usa-se a retórica da “Qualidade total”,
para que se “faça mais com o menos”.
Essa nova ordem mundial tem as inovações tecnológicas e as formas de gerenciamento
de trabalho como base, utiliza-se da privatização do conhecimento e
dos processos de exclusão como armas básicas. Esse quadro traz novas exigências em
termos da formação do trabalhador: pensamento autônomo, uso do raciocínio lógico,
criatividade, responsabilidade, capacidade de estar constantemente informado e atualizado,
e domínio de diferentes formas de comunicação. Essas exigências são habilidades que
necessitam o domínio de conhecimentos científicos básicos e cujo desenvolvimento é de
responsabilidade da escola.
Nesse contexto, a escola é a instituição que recebe as demandas exercidas por maior
escolarização, que segundo o ideário neoliberal, é vista como bem de consumo, em favor de
uma clientela que será preparada e treinada para a manutenção da ordem global. Aos filhos
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das classes favorecidas cabe a escola de qualidade, só competências desejadas pela
ordem econômica. Aos filhos das maiorias desfavorecidas, a escola pública precarizada.
No entanto, o ideário neoliberal não é produto de leis naturais, nem é irreversível como
querem crer seus idealizadores. O objetivo da classe dominante é a reorganização do
capitalismo, agora em âmbito internacional, resultando em decisões no contexto da terceira
revolução conhecida como “Informacional” para a manutenção dos meios de produção em
âmbito planetário.
Aos educadores da escola pública cabem algumas tarefas cruciais, compreender
criticamente o engodo da ideologia capitalista e desenvolver uma ação pedagógica em favor
de saberes e formas de agir solidários e humanizadores. É importante pensar um currículo
que eleja a resistência como uma postura crítica aos pseudovalores do
individualismo, do consumismo e da competição, estimulados à exacerbação, pelos meios
de comunicação de massa.
Esses valores da mídia são estimuladores de alterações de comportamento e visão da
realidade. É o senso comum que se impõe para ser assimilado de forma acrítica por
crianças e jovens que têm nesse instrumento sua maior fonte de lazer e formação. É dessa
forma que a tecnologia da informação promove a segregação da população de baixa renda,
com baixa escolaridade e baixíssima capacidade crítica, frente à avalanche informativa
vinda especialmente através da televisão.
A maioria da população brasileira vê apenas televisão e desta só percebe imagens pré-
fabricadas. Esse veículo de comunicação é a grande mediadora cultural e através dela
vemos a cultura sendo programada por meios virtuais e os símbolos ideológicos e utópicos
da visão dominante sendo transmitida. Os adolescentes da classe média utilizam as mídias,
computadores, internet e recursos, mas têm em relação a elas, uma atitude
dominantemente passiva, sem capacidade de leitura crítica da informação recebida.
Os interesses comerciais e ideológicos que patrocinam a programação dos meios de
comunicação de massa atuam com base no pressuposto de que existe uma população de
telespectadores a ser formada e conformada aos valores do consumo. Através desses
meios, os poderes do dinheiro e do sucesso sociais, relegam a segundo plano valores
como: solidariedade, justiça, democracia, ética, respeito à vida e luta dos movimentos
sociais. É nesse quadro que assistimos ao colapso da vida comunitária que nos deixa
abertos e vulneráveis à cultura mediada pela televisão. Essa condição de vulnerabilidade
propicia às empresas um campo fecundo para venderem seus produtos e modos de vida,
23
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
conscientes que estão da alienação dos telespectadores que se transformarão em
consumidores e reprodutores de valores veiculados. A televisão é o fórum dos mais
poderosos interesses comercias e pela qual se forjam modelos de comportamento e
subjetividade. Ao lado dos demais meios de comunicação de massa, a TV constrói uma
cultura de violência, em que crianças e jovens vivenciam situações psicológicas lesivas, que
as levam ora a reproduzir o comportamento, ora dependendo à sensibilidade diante dos
fatos que aviltam a dignidade humana e passam a ser vistos como banais.
A sociedade vive a égide do neoliberalismo e permeada pelos meios de comunicação de
massa é contraditória, marcada por profundas desigualdades de todos os tipos: classe,
etnia, gênero, religião. Nela há milhões de excluídos e fatalmente condenados à
marginalidade, e que não conseguem ser integrados no mercado de trabalho formal das
regiões desenvolvidas. Essa crescente fragmentação do social potencializa as políticas
conservadoras e assistencialistas. Do “Estado mínimo” e da “Ação voluntária”.
4.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Cientes de que a escola é a síntese de múltiplas determinações sociais, econômicas,
culturais, os educadores deverão buscar espaço nas contradições que permeiam a
educação e possibilitam que o determinado reaja sobre o determinante, para articular um
Projeto Político-Pedagógico que atenda às necessidades de apropriação de conhecimento,
valores e saberes pela maioria da população que frequenta a escola pública. Essas
referências devem ter como pressupostos os da concepção dialética da história, a qual visa
a transformação da sociedade. Isso será possível pelo compromisso político dos
profissionais da educação, garantindo a apropriação do conhecimento científico e de
informação da realidade processada criticamente da realidade.
Transformação que para ocorrer exige do sujeito o domínio de conhecimentos calcados
na “episteme”, conhecimento crítico. A educação escolar deve promover condições
intelectuais de avaliação crítica das formas de produção e difusão do saber científico e da
informação. Os educadores responsáveis por essa educação devem entender o mundo
econômico, político e cultural para assumir-se como agentes da transformação social, lutar
por uma sociedade justa, e inclusiva. Dessa maneira será possível se falar em uma
educação para democracia, que se efetivará numa dupla dimensão: individual e social. A
dimensão individual se dará através da aquisição do saber necessário a cada sujeito, a seu
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autodesenvolvimento, possibilitando-lhe condições de proporcionar seu bem estar pessoal e
poder usufruir os bens sociais e culturais. A dimensão social voltada para a participação
coletiva, que contribua para a construção de uma nova ordem social, voltada para o bem de
toda a comunidade, através de valores construídos historicamente.
A educação para a “Democracia” implica em práticas pedagógicas que possibilitem o
entendimento, de que a verdadeira democracia caracteriza-se pela participação ativa dos
cidadãos na vida pública, não só como titulares de direitos constituídos, mas também como
criadores de novos direitos, e que para tanto, a “Escola” de forma planejada deve dotar os
sujeitos de capacidades culturais, para exercerem essas atribuições.
Nesta concepção de educação, é primordial respaldar-se nos princípios legais,
capitulados pela atual Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, ressaltando os seguintes
princípios:
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber:
III – Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas
IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância:
V – Coexistência de instituições públicas e privadas;
VI – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização ao profissional da educação escolar;
VIII – Gestão Democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação do sistema de ensino;
IX – Garantia do padrão de qualidade;
X – Valorização da experiência extracurricular;
XI – Vinculação entre educação escolar e as práticas sociais.
Nesses princípios só serão efetivados pela indispensável interdependente
aquisição de três elementos:
1. A formação intelectual e a informação através de um movimento dialético de ir e vir, da
antiguidade clássica aos nossos dias, proporcionando-lhe o desenvolvimento da 25
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capacidade de “conhecer para poder escolher”. O sujeito informado, conhecedor das
diferentes áreas do conhecimento, inclusive da literatura e das artes em geral, torna-se
capaz de fazer uma leitura crítica da realidade histórico-social em que está situado, e
dispõe de instrumento para criar espaços de participação na sociedade, diminuindo a
marginalização e exclusão.
2. A formação moral, veiculada a uma didática de valores republicanos e democráticos,
calcados pela consistência ética, desenvolvida tanto pelo afloramento da sensibilidade,
quanto da racionalidade.
3. A educação do comportamento, desenvolvendo valores de tolerância às diferenças,
cooperação ativa e prioridade ao bem comum.
Esses três pressupostos, segundo Antonio Moreira, implicam na formação de um cidadão
que venha agir e interagir visando a transformação da realidade. Um cidadão crítico,
reflexivo e analítico.
Para que a educação possa chegar a essa utopia, pressupõe-se o aluno como sujeito
ativo de sua aprendizagem, que seja capaz de discutir diferentes versões da história, de
fazer avaliação crítica dos diversos saberes, de ir além da aparência imediata das coisas, de
entender o conhecimento como processo antes de entendê-lo como produto.
Cabe ao professor potencializar nos alunos condições à reflexão. O acesso ao
conhecimento pronto impede que o aluno perceba todos os embates e interesses envolvidos
na sua criação, e de que o aluno se perceba um ser histórico, participante da produção do
conhecimento. Sendo assim, o ensino não pode ser visto como mera transmissão de
conhecimento produzido em outros lugares e por outros sujeitos, mas, uma associação
dessa transmissão. Ao que se refere à prática docente, planejada definida e controlada pelo
professor, ter como objetivo principal à apropriação pelo aluno do conhecimento socialmente
construído, de forma crítica, histórica e dialética.
Nessa perspectiva, o processo didático, envolve operações mentais que conduzem
professor e alunos a agir com os conteúdos escolares partindo de conceitos cotidianos,
reelaborá-los por meio de conceitos científicos e recriá-los, incorporando-os ao cotidiano, ou
para um movimento inverso, tomados nos seus conceitos, esses conteúdos sejam
analisados e tornados empíricos, isto é, transformados em instrumentos de ação social.
Entre essas operações é necessário:
1. Reconhecer as relações entre os conteúdos escolares e a vida cotidiana tomando-se
como referência às necessidades, interesses e os desafios propostos pela prática social.
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2. Problematizar a prática social investigando os conteúdos nela a serem trabalhados, na
multiplicidade de suas dimensões e nas exigências sociais de sua nova aplicação.
3. Expressar de modo elaborado os conteúdos, agora percebidos como instrumentos de
compreensão e transformação da realidade. Essa é a operação que fornece ao professor
e aos alunos indicativos do nível de elaboração das noções que o processo pedagógico
conduziu e referência para a retomada do processo didático, numa perspectiva da
redução das precariedades do ensino e da aprendizagem.
A função da escola é a de desencadear e sustentar o processo de ensino-
aprendizagem, ou em outras palavras, de confrontar os alunos com o objeto do
conhecimento – o conteúdo. O professor é o agente que faz a seleção e a mediação
sistemática dos conteúdos. O aluno é o agente que age intencionalmente para se
apropriar dos conhecimentos. Os elementos presentes nesse processo não são neutros:
o aluno, professor e conteúdo são condicionados por aspectos subjetivos, objetivos,
culturais, políticos de classe e do meio dos quais proveu.
Esse processo não é linear, ao contrário é dialético, revela contraposições e
conflitos, envolve etapa de avanços e recuos e precisa ser pensado em termos de uma
espiral ascendente em que conhecimentos anteriores devem ser retomados, os quais se
juntam aos novos, continuamente.
As ações didático-pedagógicas precisam se desenvolver de modo a que permitam
que os alunos explicitem sua concepção sobre a noção ou habilidade a desenvolver; que
se expresse com clareza a dimensão do conteúdo que será tratado em cada etapa do
trabalho pedagógico; apresentar as características, propriedades, os componentes
estruturais ou históricos da noção selecionada para o estudo; retornar às opiniões e
concepções inicialmente explicitadas pelos alunos e conferir as modificações nelas
ocorridas; sistematização formal dos conceitos trabalhados.
4.3. CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
É um princípio consagrado pela constituição vigente e abrange as dimensões
pedagógicas, administrativas e financeiras. Ela exige uma ruptura histórica na prática
administrativa da escola, como enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e
não-permanência do aluno em sala de aula, o que vem provocando a marginalização das
classes populares. Esse compromisso implica a construção coletiva de um Projeto Político-
Pedagógico ligado à educação das classes populares.
27
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
A gestão democrática exige compreensão em profundidade dos problemas postos
pela prática pedagógica. Ela visa romper a separação entre concepção e execução, entre o
pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do processo e do produto
do trabalho pelos educadores. Implica principalmente o repensar da estrutura de poder da
escola, tendo em vista sua socialização.
A socialização do poder propicia prática da participação coletiva que atenua o
individualismo; da reciprocidade que elimina a exploração; da solidariedade que supera a
opressão; da autonomia que anula a dependência de órgãos intermediários, que elaboram
políticas educacionais das quais a escola é mera executante.
A escola é um espaço-tempo da prática pedagógica em que a criança e o jovem se
relacionam entre si com professores, idéias, valores, ciência, arte e cultura, livros e
equipamentos, problemas e desafios concretizando a missão da escola de criar as
oportunidades para que eles se desenvolvam, construam e reconstruam o saber. (Ilma
Passos).
A participação democrática não se dá espontaneamente, sendo um processo
histórico de construção coletiva, coloca-se a necessidade de se preverem mecanismos
institucionais e não apenas participativos dentro da escola pública.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos
representantes dos diferentes segmentos nas decisões e ações administrativo-pedagógicas
ali desenvolvidas nas palavras de Marques:
A participação ampla segura na transparência das decisões fortalece as pressões
para que sejam elas legitimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e,
sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões, de outra forma não entrariam
em cogitação. (1990 p.21).
Nesse sentido, fica claro entender que a gestão democrática no interior da escola,
não é um princípio fácil de ser consolidado, pois se trata da participação crítica na
construção do Projeto Político-Pedagógico e na sua gestão. (Ilma Passos A.Veiga).
Com a participação de todos nas decisões sobre seus objetivos e seu funcionamento,
haverá melhores condições da escola ter autonomia e recursos.
Há diversidade de interesse dos grupos que se relacionam no interior da escola.
Deve-se levar em conta a existência desses conflitos, bem como suas causas e explicações
na busca da democratização da gestão escolar, como condição necessária para a luta por
objetivos coletivos de mais longo alcance com o efetivo oferecimento de ensino de boa
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
qualidade para a população (Paro).
Agir democraticamente pressupõe, em si, a ideia de participação, isto é, o trabalho
associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo
sobre elas, em conjunto. Isso porque o êxito de uma organização depende da ação
construtiva de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria
um “todo” orientado por uma vontade coletiva.
Em nome da construção de uma sociedade democrática ou da promoção de maior
envolvimento das pessoas nas organizações, promove-se a realização de atividades que
possibilitem e até condicionem a sua participação.
A possibilidade de se praticar a gestão democrática pura e simplesmente como uma
administração modernizada, atualizada em seus aspectos externos, mantendo-se a antiga
ótica de controle sobre coisas, pessoas e ações, é que se analisa a questão da participação
em destaque. Praticar uma gestão participativa não é apenas verbalizar e discutir em grupo
sobre questões já definidas anteriormente, que passam a ser legitimadas por essa
discussão e sim a retomada de uma relação em que se realizam assembléias e reuniões,
nas quais são discutidas questões relacionadas à tomada de decisão que, ao final, é
decidida por votação ou por consenso.
É por esse motivo que a expressão “gestão democrática” é, portanto, uma das
dimensões mais importantes da gestão escolar.
Deve-se respeitar os vários órgãos de representação da escola, como: conselho de
escola, equipe pedagógica e administrativa, corpo docente, APMF e demais segmentos da
escola outras instâncias deliberativas buscando a integração entre todos eles, assim, como
permitir que estes tenham autonomia para encaminhar questões específicas.
Deve-se comprometer e promover a criação e sustentação de um ambiente propício à
participação plena de profissionais, alunos, pais e comunidade no processo social escolar,
pois só assim conseguiremos desenvolver uma consciência social e crítica e despertar o
sentido de cidadania.
4.4 – CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
Uma nova concepção de avaliação:
“É essencial e urgente repensar o significado da ação avaliativa na escola.
Quaisquer práticas inovadoras desenvolver-se-ão em falso se não alicerçadas por uma
29
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
reflexão profunda sobre concepções de avaliação/ educação”.– Jussara Hoffmann.
A contradição entre o discurso e a prática de alguns educadores, e principalmente a
ação classificatória e autoritária, exercida pela maioria, encontra explicação na concepção
de avaliação do educador, reflexo de sua história de vida como aluno e professor. É
necessário tomada de consciência dessas influências para que a prática avaliativa
reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o autoritarismo que são contestados no
discurso. Tem-se que desvelar contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo
um “resignificado” para a avaliação.
A análise da contradição entre o discurso e a prática sobre a avaliação só é
possível através do resgate do cotidiano da avaliação, reconstruindo-se o significado a partir
da problematização de nossas vivências, de reflexão sobre nossas crenças em educação.
A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebidas
como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Na tarefa de reconstrução
da prática avaliativa, é premissa básica a postura de “questionamento” do educador. A
avaliação é a reflexão transformada em ação, ação essa que impulsiona a novas reflexões.
Reflexão permanente do educador sobre sua realidade, e acompanhamento, passo a passo,
do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento, num processo interativo
através do qual educando e educador aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade
escolar no ato próprio da avaliação.
Uma nova perspectiva de avaliação exige do educador uma concepção de criança,
jovem e adulto como sujeitos de seu próprio desenvolvimento inseridos no contexto social e
político. Seres autônomos intelectuais e moralmente (com capacidade e liberdade de tomar
suas próprias decisões), críticos e criativos (inventivos, descobridores, observadores) e
participativos (agindo com cooperação e reciprocidade).
Avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento
permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões a partir de respostas
formuladas.
Uma prática avaliativa coerente com essa perspectiva exige do professor o
aprofundamento em teorias do conhecimento, pois se parte da premissa básica de
confiança na possibilidade dos educandos construírem suas próprias verdades e valorização
de suas manifestações e interesses. É essencial, portanto, que o educador, além de ter uma
visão ampla e detalhada de sua disciplina, possua os fundamentos teóricos que lhe
permitam estabelecer conexões entre as hipóteses formuladas pelo aluno e a base científica
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do conhecimento. Visão essa, que lhe permita vislumbrar várias questões e possibilidades
de investigação a serem sugeridas para o aluno, e a partir das quais se dará a continuidade
e o aprofundamento de cada área do conhecimento.
A avaliação, dentro dessa perspectiva, deixa de ser um momento terminal do
processo educativo (como hoje é concebida), para se transformar na busca incessante de
compreensão das dificuldades do aluno e na dinamização de novas oportunidades de
conhecimento.
Pressupostos da avaliação
Para que serve a avaliação? Para localizar necessidades e se comprometer com sua
superação. Então, tenhamos coragem de enfrentar concretamente a constatação de que os
alunos não estão aprendendo!
O decisivo é a mudança de postura dos educadores diante dos resultados da
avaliação: mudar o que tem de ser mudado, seja o conteúdo e a metodologia de trabalho, a
fundamentação teórica que necessita de melhor embasamento, e por extensão, mudar a
própria prática avaliativa.
A mudança na avaliação implica em mudanças na própria avaliação (seu conteúdo,
sua forma e sua intencionalidade), bem como nos aspectos com o quais estabelece
relações: a prática pedagógica como um todo (vínculo pedagógico, conteúdo e metodologia
de trabalho em sala de aula), a instituição de ensino em que se dá e o sistema em que se
insere.
A concepção básica de avaliação em enfoque libertador (Vasconcellos), é de
formulação bastante simples: a partir da percepção da necessidade, colher dados
significativos do processo, julgar com base nos referenciais assumidos, tomar decisão e agir
(e continuar atento ao movimento do real). São várias as dimensões que só podem ser
chamadas de avaliação quando integradas em um processo complexo e contínuo.
A avaliação para uma educação libertadora dirige sua prática para a investigação,
problematização, e principalmente, a ampliação de perspectivas. O sentido fundamental da
ação avaliativa é o movimento, a transformação. Implica num processo de interação
educador e educando, num engajamento pessoal, num processo dialético, que absorve o
princípio da contradição, para encaminhar-se à superação. A avaliação é essencial à
docência, no seu sentido de constante inquietação, de dúvida.
Como armar o professor das condições necessárias à condução de estudos nessa
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nova perspectiva de avaliação? A escola, reproduzindo as estruturas sociais e de poder do
sistema capitalista, está estruturada com base no incentivo e competição, à superação do
outro, ao saber particular, individualizado. Essa competição entre os profissionais da
educação reforça a resistência às mudanças, principalmente em relação à avaliação, porque
envolve questões de autoritarismo e competência na sua disciplina.
É necessária uma ação coletiva e cooperativa entre os educadores no levantamento e
discussão de questões avaliativas, uma aproximação necessária entre professores das
diversas disciplinas, no sentido de trocar ideias, levantar problemas, construir em conjunto
um resignificado para sua prática.
A avaliação, na perspectiva de uma pedagogia libertadora, é uma prática coletiva que
exige a consciência crítica e responsável de todos na problematização das situações.
Fundamentar-se nessa concepção é questionar: “Por que avaliamos?” Ou “A serviço de
quem avaliamos?” Se a resposta a essas questões não tiver como enfoque principal o
educando como ser social e político, sujeito de seu próprio desenvolvimento, de nada
valerão as inovações introduzidas. A reconstrução da avaliação não acontecerá por
experiências isoladas ou fragmentadas, mas por uma ação continuada e que ultrapasse os
muros das instituições.
Avaliação formativa
A função avaliativa que se harmoniza com a autonomia escolar preconizada pela
construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico é a formativa, por ser a que se destina a
apoiar o desenvolvimento do trabalho escolar em todas as suas dimensões, seja quanto ao
desenvolvimento do aluno, ou seja, quanto ao desenvolvimento do professor. A avaliação
conduzida durante o desenvolvimento das aulas (ou um período ou unidade) pode ter
finalidade somativa ou formativa (Stadler-l989). Este autor afirma que a avaliação formativa
diz respeito ao uso que se faz das informações sobre a qualidade do desempenho dos
alunos com o propósito de apoiar sua aprendizagem ou a qualidade do trabalho escolar.
Três aspectos são fundamentais na prática da avaliação formativa, segundo
Vasconcellos:
a) todos os envolvidos (alunos, professores, diretores, pedagogos) devem ter a
mesma compreensão do padrão de qualidade do trabalho escolar;
b) todos devem ser capazes de acompanhar adequadamente o desenvolvimento
de seu trabalho. A participação do aluno na avaliação de seu próprio desempenho contribui 32
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para a formação do tipo de aluno que se destina esta concepção, ou seja , alunos capazes
de se auto-avaliar de forma crítica e reflexiva, e também altamente conscientes e francos
acerca de suas produções e dos processos nelas envolvidos.
c) todos, e de modo particular o aluno, devem ser capazes de julgar a qualidade
do que está sendo produzido durante a sua produção.
A prática da auto-avaliação faz parte do processo de trabalho de cujo planejamento e
de cuja execução todos participam, de modo especial os alunos, na construção de sua
aprendizagem. Vários procedimentos podem ser criados e utilizados, levando-se em conta
as diferentes situações e atividades da escola de maneira geral e da sala de aula em
particular. Um dos instrumentos utilizados de forma mais ampla é a pasta avaliativa ou
“portfolio” –pasta que reúne as produções dos alunos e professores para que eles próprios e
outras pessoas conheçam seus esforços, seu progresso e suas necessidades em
determinada área.
Avaliação diagnóstica:
A avaliação, numa perspectiva diagnóstica, deve favorecer o processo de correção de
rumos e provimento de medidas necessárias para a garantia da boa qualidade do
aprendizado.
Conforme Luckesi, a avaliação deve ser assumida como um instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista
tomar decisões para que possa avançar no seu processo de aprendizagem. A função de
avaliação é possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o aluno
está, para trabalhar sobre o estágio defasado e avançar nos conhecimentos necessários.
Desse modo, a avaliação não seria apenas um instrumento para a aprovação ou
reprovação, mas um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em vista a definição
de encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem. (Luckesi, 1995).
Além da identificação de estágios de compreensão e assimilação do saber, junto com
as dificuldades que o aluno se encontra, a avaliação diagnóstica visa identificar os fatores
que determinam tais dificuldades, com vistas à adoção de medidas corretivas de ação, ou
seja, um recurso para diagnosticar os alunos que precisam de auxílio suplementar e cuidado
específicos.
O caráter diagnóstico da avaliação determina sua própria frequência, se deseja
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utilizar seu potencial como recurso que fornece subsídios para a correção da ação, a
avaliação precisa integrar-se no trabalho diário, de modo a acompanhar o desenvolvimento
do aluno, detectando suas dificuldades de imediato, com vistas a corrigir rumos, tomar
decisões e prover medidas que o tornem mais eficiente. Assim, a avaliação não deve se
restringir a um diagnóstico da turma no início do ano, ou no início de cada período de ensino
(p. ex. bimestre ou trimestre), e também é insuficiente quando se restringe a provas
periódicas. Mais sério ainda, quando se considera a avaliação como decisão sobre a
verificação do aprendizado do aluno, com vistas a decidir sobre seu
destino, se aprovado ou reprovado. É importante se fazer à análise de que os alunos
reprovados devem repetir o mesmo processo no ano seguinte, em geral com os mesmos
professores e com a utilização dos mesmos métodos, estratégias e recursos. Não se pode
restringir a abordagem pedagógica sobre o aluno considerado isoladamente,
responsabilizando-o individualmente por seu fracasso ou sucesso, pois essa é uma visão
apenas classificatória. Um projeto transformador de escola deve pensar o aluno como parte
de um processo de relações sociais mais abrangentes.
A recuperação deve ser pensada como um princípio derivado da própria avaliação.
Esta, num processo contínuo e permanente, embutido no próprio exercício de ensinar e
aprender, diagnosticaria os problemas e dificuldades que a recuperação, também num
processo contínuo e permanente, cuidaria de intentar soluções pelo oferecimento de novos
recursos e alternativas de ação. Sob esse aspecto, torna-se irreal quando se estabelece
período específico para a recuperação, ou quando se limita a uma reavaliação.
Práxis Avaliativa:
No âmbito específico da avaliação, qual a tarefa urgente? Descontaminá-la,
desconstruir os equívocos históricos em torno dela, para que possa cumprir sua função de
apontar onde de fato está o problema, a fim de ser enfrentado, percebendo-o na sua
complexidade e totalidade. Ao analisar resultados é preciso levar em conta se o aluno é
precário ao que a escola espera dele e então é reprovado, ou se pensa no aluno como
alguém que requer formas de acompanhamento e de efetividade pedagógica e que não lhe
foi proporcionado.
A avaliação por competência, segundo Celso Vasconcellos, sendo um
desdobramento da avaliação formativa, tem como mérito contribuir mais fortemente para
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uma mudança na metodologia de trabalho em sala de aula, e não apenas na forma da
avaliação.
Porém, para que se construa uma nova práxis avaliativa há necessidade de serem
realizadas alterações, tanto na avaliação em si (finalidade, conteúdo, forma), quanto no
campo onde ela se dá (vínculo pedagógico) e nas suas relações com a instituição na qual
está inserida e com o sistema educacional e social.
- Forma da avaliação: a avaliação deve ser mais processual, diminuindo a ênfase na
avaliação classificatória, desprezar resultados superados, mudar a compreensão de
“justiça”, não fazendo contabilidade de resultados, mas produzindo aprendizagem, e utilizar
o erro do aluno como forma de interação.
- Conteúdo da avaliação: avaliar não só o aluno, mas a ênfase no essencial do
conteúdo e do conhecimento, menos classificações e mais compreensão e raciocínio;
considerar que a aprendizagem do aluno não começa na sala de aula, mas a necessidade
pedagógica de interagir com o aluno; fazer avaliação sócio-afetiva (interesse, participação,
disciplina) desvinculada à lógica de aprovação-reprovação (ou notas acima ou abaixo da
média pré-estabelecida).
- Intencionalidade da avaliação: enfrentar os desafios dos diferentes sentidos da
avaliação (como premiação ou punição), em prejuízo da verdadeira intenção de intervir a fim
de mudar, ou seja, de produzir aprendizagem e desenvolvimento. A questão fundamental
que deve angustiar os professores não deve ser como “traduzir em nota” o desempenho do
aluno, mas sim como encontrar estratégias de intervenção para que o aluno venha a
aprender.
- Vínculo pedagógico: recuperar significação de conteúdos recusar-se a ensinar
conteúdos sem sentido, mas paralelamente fortalecer-se na sua competência teórico-
metodológica, propiciar metodologias participativas, considerar o nível dos alunos levando
em conta seus conhecimentos prévios e lançar desafios, ser “professor de aluno e não de
conteúdo”, são todas questões pertinentes à nova postura do professor nesta perspectiva de
avaliação por competência.
- Suporte institucional: construção participativa do Projeto Político-Pedagógico,
trabalho coletivo constante (reuniões periódicas, estudos nas horas-atividades, grupos de
estudos), trabalho com alunos no desenvolvimento sócio-afetivo (participação, interesse,
responsabilidade, solidariedade, auto-avaliação), relações com a comunidade (interação
com pais), busca de condições adequadas de trabalho.
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- Sistema de ensino: autonomia efetiva para a escola (definição da forma de
avaliação, desenvolvimento pedagógico, aperfeiçoamento contínuo); garantia de condições
adequadas de trabalho (número de alunos por turma, professores habilitados e capacitados,
oportunidades de aperfeiçoamento, condições para recuperação de alunos, equipamentos,
instalações e materiais adequados); valorização social da educação escolar e dos
educadores; democratização social, de tal forma que a escola não seja utilizada como forma
de seleção e classificação.
– Conselho de Classe : momento privilegiado de reflexão pedagógica avaliativa a
respeito dos impasses e diferenças que marcam o trabalho escolar.
O Projeto Político - Pedagógico e a Avaliação:
O planejamento da avaliação como parte integrante da proposta pedagógica da
escola pode ser um meio de superação da prática classificatória, seletiva, autoritária e
punitiva. Como um ato presente em todos os momentos do trabalho pedagógico, a avaliação
precisa ser planejada: o quê, por quê, para quê, como, quem e quando avaliar são decisões
a serem tomadas pelo grupo de profissionais da escola. Igualmente importante é saber
utilizar os dados obtidos, como organizá-los, analisá-los, divulgá-los e incorporá-los a novos
planos.
A autonomia da escola para organizar, desenvolver e avaliar o trabalho que garanta a
aprendizagem de seus alunos e o uso da avaliação formativa tem um propósito comum:
tornar o aluno independente e capaz de colaborar, interagir, inovar, comunicar e enfrentar
diferentes situações.
Nas articulações entre avaliação e projeto político-pedagógico, tem destaque a
avaliação formativa e a auto-avaliação, tendo como instrumento adequado o uso da pasta
avaliativa ou “portfolio”, como procedimento de avaliação do desempenho do aluno, do
trabalho pedagógico da escola e da atuação do professor.
A autonomia da escola, com vistas à aprendizagem de todos os alunos será obtida:
pela construção coletiva do projeto político-pedagógico, pela avaliação de todo o processo e
de todos os envolvidos, pelo desenvolvimento profissional e pessoal dos profissionais de
educação, enfim, cabe à escola avaliar seu trabalho periodicamente, e apresentar à
sociedade os resultados obtidos, assim como suas necessidades, dificuldades,
reformulações e metas futuras.
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Concluindo, quando se luta para transformar a escola por uma nova sociedade, tem-
se a avaliação como um instrumento de transformação, e suas alterações são decorrentes
de uma autêntica necessidade de mudança. Busca-se o estabelecimento de um diálogo
crítico a partir de um referencial – o Projeto Político -Pedagógico, para o qual é decisiva a
mudança de postura, em que o professor se fortaleça sempre mais na condição de sujeito
das mudanças (e não objeto).Se a escola é um projeto de democratização de ensino para
todos, é necessária uma política pública que viabilize a solução dos entraves, a fim de que
as mudanças, em relação à intervenção na sociedade, sejam resultantes de mudanças de
se conduzir pedagogicamente o processo educativo.
4.5- CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
Todo o processo ensino-aprendizagem é encaminhado para confrontar os sujeitos da
aprendizagem – os alunos – com o objeto de sistematização do conhecimento – o
conteúdos sujeitos aprendentes e o objeto de sua aprendizagem são postos em recíproca
relação através da mediação do professor, numa relação marcada pelas determinações
sociais e individuais que caracterizam os alunos, o professor e o conteúdo. As ações
didático-pedagógicas e os recursos necessários para a construção do conhecimento são
definidos através de alguns aspectos: experiência do professor, conteúdos, interesses e
necessidades dos alunos e, principalmente, da concepção teórico-metodológica definida
pela escola, numa perspectiva histórico-cultural. Os alunos, com auxílio e orientação do
professor, aproximam-se do conhecimento socialmente produzido e sistematizado, no intuito
de equacionar e/ou resolver as questões sociais que desafiam o professor, os alunos e a
sociedade. A tarefa do professor e dos alunos desenvolve-se por meio de ações
didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento escolar.
Os alunos e o professor efetivam, aos poucos, o processo dialético de construção do
conhecimento escolar que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato, passando
dos conceitos cotidianos para os científicos. Para que o professor realmente assuma o papel
de mediador numa nova perspectiva é essencial utilizar-se de instrumentos de apoio ao
processo ensino-aprendizagem, assumir posturas de co-responsabilidade e parceria com os
alunos, desenvolver ações conjuntas com os alunos em direção à aprendizagem, atuar
como ser humano com subjetividade e individualidade próprias, respeitando as mesmas
dimensões nos alunos. Tornar-se, também, unificador do conhecimento cotidiano e cientifico
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de seus alunos, assumindo sua responsabilidade social na construção/reconstrução do
conhecimento cientifico das novas gerações, em função da transformação da realidade.
Tomando como referência o triângulo da relação e interação que deve existir entre
educados, educandos e objeto de conhecimento, apresentado por Vasconcellos (1993) ao
tratar da mediação do professor em sala de aula, observa-se que, na escola, a relação que
se estabelece entre os alunos e o conhecimento científico se realiza por meio do professor
como mediador.
ALUNO PROFESSOR CONTEÚDO
Sujeito Social do Mediador social do Objeto social do
conhecimento científico conhecimento científico conhecimento científico
A partir do entendimento de que o professor é o elemento difusor do conhecimento
científico, precisa-se sistematizar a construção desse conhecimento através de uma
concepção curricular que deve estar em consonância com a concepção de educação
proposta no Projeto Político Pedagógico, com as mesmas intenções, finalidades e
concepção filosófica. Deve explicitar em que medida os conhecimento, conteúdos,
encaminhamentos metodológicos e critérios de avaliação darão conta da compreensão da
realidade e da formação do aluno crítico, reflexivo e autônomo. As Diretrizes
Curriculares resultam de experiências anteriores e da cultura escolar permeada da realidade
social; porém, para que as diretrizes curriculares tornem-se vivas, reais, dirigidas a alunos
concretos, de uma realidade concreta, é necessário atribuir ao texto curricular a concretude
e significado dirigido à realidade da escola, tornando clara a práxis pedagógica capaz de dar
conta dos pressupostos teóricos do projeto político pedagógico. Nos Pressupostos
Teóricos das Disciplinas que compõem a matriz curricular, a mesma concepção de
disciplina, além de integrar-se à concepção de educação do Projeto Político Pedagógico,
deve permear todos os níveis e modalidades de ensino. Os Objetivos
educacionais derivam dos conhecimentos intencionalmente selecionados, da cultura
produzida historicamente, e didatizados para serem trabalhados pedagogicamente. Ao
se considerar os objetivos e suas implicações na prática docente, é preciso levar em conta
os objetivos estabelecidos no Projeto Político pedagógico proposto no âmbito escolar em
relação aos valores e ideais educativos. O professor na sua ação pedagógica deve ter uma
atitude crítica em relação aos objetivos educacionais de sua disciplina, de forma a identificar
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os que convergem para a efetiva emancipação humana, ou seja, na formação de alunos
ativos e participantes na vida social, na relação entre os conhecimentos adquiridos e as
lutas sociais pela melhoria das condições de vida e pela ampla democratização da
sociedade, enfim, derivar dos objetivos amplos aqueles conteúdos que correspondem às
possibilidades de transformação social. Para a seleção dos Conteúdos Estruturantes
que darão significado à pratica pedagógica, deve-se priorizar os conteúdos de relevância
social e fundamentais para atingir as finalidades e os objetivos da disciplina. Ressalte-se
que os objetivos são meios para democratizar os conhecimentos produzidos pela
humanidade. A Metodologia de Ensino explicita o caminho que o professor
pretende seguir no desenvolvimento do conteúdo, fazendo a mediação pelos objetivos –
conteúdos – métodos, tendo como suporte uma concepção sociológica e pedagógica do
processo educativo. Os métodos de ensino não se reduzem a quaisquer atividades de
ensino, procedimentos ou técnicas; elas decorrem de uma concepção de sociedade, da
natureza prática da atividade humana no mundo, ao processo de conhecimento e da
compreensão da prática educativa na sociedade. Uma metodologia na perspectiva
dialética do conhecimento baseia-se numa concepção de homem e de conhecimento,
compreendendo que o conhecimento não é “transferido” pelo outro (concepção tradicional)
ou “inventado” pelo sujeito (concepção expontaneísta), sim aprendido pelo sujeito na relação
com os outros e com o mundo. Isto significa que o conteúdo deve ser trabalhado, refletido,
reelaborado pelo aluno, mediado pelo professor, para se constituir em conhecimento
apropriado pelo aluno. Saviani (1991) aponta o método materialista histórico dialético
como instrumento para a superação da etapa do senso comum educacional (conhecimento
da realidade empírica), por meio da reflexão teórica (movimento do pensamento,
abstrações), para a etapa da consciência filosófica (realidade concreta) na compreensão do
professor. A Avaliação constitui-se em um processo de busca, de compreensão da
realidade escolar, com o fim de subsidiar a tomada de decisões quanto ao direcionamento
das intervenções, visando o aprimoramento do trabalho escolar. Como tal, a avaliação
compreende a descrição, interpretação e o julgamento das ações desenvolvidas, resultando
na definição de prioridades a serem implantadas e rumos a serem seguidos, tendo como
referência os princípios e finalidades estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da
escola.
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Nos Critérios de Avaliação devem ser explicitados os desempenhos que se espera
dos alunos com relação aos objetivos propostos para os conteúdos, bem como as condições
de produção que devem guiar a avaliação.
Em síntese, desenvolver uma nova postura, tanto na orientação da aprendizagem,
quanto no processo avaliativo requer do professor desconstruir e reconstruir a concepção
pedagógica rompendo com a cultura da memorização, classificação, transmissão, seleção e
exclusão, tão presentes no sistema de ensino. Isto remete a uma reflexão em torno das
questões básicas do processo ensino-aprendizagem: O que ensinar? Por que ensinar?
Como ensinar? Como avaliar? Esses questionamentos representam as dúvidas dos
docentes para concretizar seu trabalho pedagógico, e o domínio dos mesmos conduz a uma
fundamentação teórica e prática do seu fazer docente e a sua implementação de forma
consistente, sistemática e intencional.
5 - DIRETRIZES CURRICULARES
5.1 LÍNGUA PORTUGUESA
A) APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
Com a prática da linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao
comunicar-se com os outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu conhecimento
do mundo e dos outros com quem interage. Isso lhe permite compreender melhor a
realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito social.
Dada a importância da linguagem para o cidadão, o ensino de Língua Portuguesa e
Literatura exige cada vez mais novos posicionamentos em relação às práticas de ensino. O
professor deve, portanto, valer-se de todos os meios de que dispõe para aperfeiçoar a
expressão e a compreensão dos seus alunos nos níveis de oralidade, leitura e escrita. Hoje,
conseguimos atingir o ápice da evolução do ensino da linguagem materna, uma vez que
temos toda a liberdade para direcionarmos o ensino de forma abrangente e democrática.
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Ressaltando o caráter social da linguagem, Bakhtin (1920) a vê, também como
enunciação, como discurso, como forma de interlocução em que aquele que fala ou escreve
é um sujeito que em determinada situação interage com um interlocutor, levado por um
objetivo, uma necessidade de interação, pois toda palavra serve de expressão em diferentes
esferas sociais (jornalística, literária, publicitária e digital).
O indivíduo poderá expressar, comunicar, interpretar utilizando diferentes linguagens
verbais, não-verbais, musicais, gráficas, plásticas e usufruir das produções culturais,
atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação.
A variedade linguística é outra questão que deve ser levada em conta, pois a escola
recebe indivíduos de diferentes classes sociais, culturais e geográficas. A escola deve
proporcionar ao aluno diferentes situações comunicativas para que haja tal integração.
A ação pedagógica referente à língua deve ser pautada pela prática da leitura, da
produção de texto e da análise linguística. Isto permitirá que seus interlocutores possam
construir sentidos e significados ao longo das suas trocas linguísticas, orais e escritas.
B) OBJETIVOS GERAIS
Por que ensinar Língua Portuguesa?
O objetivo de ensinar a Língua Portuguesa é alicerçar o processo de aprendizagem
da língua materna. Entretanto os motivos para o ensino da língua se entrecruzam na escola,
dentre eles os seus condicionantes sociais, culturais e políticos.
Ressaltando o caráter social da linguagem, Baktim (1920) a vê, também, como
enunciação, como discurso, ou seja, como forma de interlocução em que aquele que fala ou
escreve é um sujeito que em determinada situação interage com um interlocutor, levada por
um objetivo, uma intenção, uma necessidade de interação, pois toda palavra serve de
expressão a um em relação ao outro porque “o texto não é uma coisa sem voz, é um ato
humano”.
Partindo da ideia de Baktim, compreendemos que o ensino da Língua Portuguesa,
crítica, reflexiva e cidadã, através de atividades que estimulem o reconhecimento das
diferentes linguagens verbais, não-verbais, musicais, gráficas, plásticas... O indivíduo
poderá expressar, comunicar, interpretar e usufruir as produções culturais, atendendo a
diferentes intenções e situações de comunicação.
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A variedade linguística é outra questão que deve ser levada em conta, pois a escola
recebe indivíduos de diferentes classes sociais, econômicas, culturais e geográficas. A
escola deve, portanto, proporcionar ao aluno diferentes situações comunicativas para que
haja real integração. Através dessa integração e aquisição da linguagem, o homem se
reconhece como ser humano, sujeito capaz de interagir no seu meio, compreendendo
melhor a realidade em que está inserido e seu papel como sujeito social.
C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Articulação correta das palavras
- Exposição de ideias com clareza, coerência, objetividade e fluência
- Ampliação progressiva de ideias e vocabulário
- Adequação do discurso à situação e ao interlocutor
Compreensão das diferentes funções da escrita nas diversas situações de uso na sociedade
Compreensão dos diferentes tipos de textos
Utilização de variadas formas de representação para veicular idéias
LEITURA
- Compreensão das várias formas de linguagem não verbal utilizadas na representação de fatos e situações
- Compreensão e utilização dos símbolos em seu cotidiano
- Identificação das letras do alfabeto
- Relação das letras do alfabeto com seus respectivos sons
- Leitura de diversos tipos de textos
- Leitura de palavras e pequenos textos
- Compreensão e análise de informações contidas em gráficos e tabelas
42
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PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de diferentes tipos de textos
- Produção de textos com apresentação adequada: unidade temática,
sequência lógica, paragrafação, elementos coesivos, concordância verbal e
nominal, pontuação e acentuação.
2ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Articulação correta das palavras
- Exposição de idéias com clareza, coerência, objetividade e fluência
- Ampliação progressiva de idéias e vocabulário
- Adequação do discurso à situação e ao interlocutor
- Compreensão das diferentes funções da escrita nas diversas situações de uso
na sociedade
- Compreensão dos diferentes tipos de textos
- Utilização de variadas formas de representação para veicular idéias
LEITURA
- Compreensão das várias formas de linguagem não verbal utilizadas na
representação de fatos e situações
- Compreensão e utilização dos símbolos em seu cotidiano
- Identificação das letras do alfabeto
- Relação das letras do alfabeto com seus respectivos sons
- Leitura de diversos tipos de textos
- Leitura de palavras e pequenos textos
- Compreensão e análise de informações contidas em gráficos e tabelas
43
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de diferentes tipos de textos
- Produção de textos com apresentação adequada: unidade temática,
sequência lógica, paragrafação, elementos coesivos, concordância verbal e
nominal, pontuação e acentuação. Análise linguística: encontros vocálicos e
consonantais, dígrafos, substantivos próprios e comuns, graus do substantivo,
sinônimos e antônimos, adjetivos, pronomes, verbos, sujeito e predicado.
3ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Articulação correta das palavras
- Exposição de ideias com clareza, coerência, objetividade e fluência.
- Ampliação progressiva de ideias e vocabulário
- Adequação do discurso à situação e ao interlocutor
- Compreensão das diferentes funções da escrita nas diversas situações de uso na sociedade
- Compreensão dos diferentes tipos de textos
- Utilização de variadas formas de representação para veicular ideias
LEITURA
- Compreensão das várias formas de linguagem não verbal utilizadas na
representação de fatos e situações
- Compreensão e utilização dos símbolos em seu cotidiano
- Identificação das letras do alfabeto
- Relação das letras do alfabeto com seus respectivos sons
- Leitura de diversos tipos de textos
- Leitura de palavras e pequenos textos
-
- Compreensão e análise de informações contidas em gráficos e tabelas
44
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de diferentes tipos de textos
- Produção de textos com apresentação adequada: unidade temática,
sequência lógica, paragrafação, elementos coesivos, concordância verbal e
nominal, pontuação e acentuação.
- Análise linguística: substantivos, acentuação, sons nasais, uso dos porquês,
pontuação, divisão silábica e tonicidade, adjetivos, sinônimos, antônimos,
verbo e tempos verbais (presente, passado e futuro)
4ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Articulação correta das palavras
- Exposição de ideias com clareza, coerência, objetividade e fluência.
- Ampliação progressiva de ideias e vocabulário
- Adequação do discurso à situação e ao interlocutor
- Compreensão das diferentes funções da escrita nas diversas situações de uso
na sociedade
- Compreensão dos diferentes tipos de textos
- Utilização de variadas formas de representação para veicular idéias
LEITURA
- Compreensão das várias formas de linguagem não verbal utilizadas na
representação de fatos e situações
- Compreensão e utilização dos símbolos em seu cotidiano
- Identificação das letras do alfabeto
- Relação das letras do alfabeto com seus respectivos sons
- Leitura de diversos tipos de textos
- Leitura de palavras e pequenos textos
- Compreensão e análise de informações contidas em gráficos e tabelas
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PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de diferentes tipos de textos
- Produção de textos com apresentação adequada: unidade temática,
sequência lógica, paragrafação, elementos coesivos, concordância verbal e
nominal, pontuação e acentuação.
- Análise linguística: tipos de pontuação, encontros vocálicos e consonantais,
dígrafos, tonicidade, tipos de frases, sinônimos, antônimos e homônimos,
acentuação, substantivos próprios, comuns, simples, compostos, primitivos e
derivados, artigo, gênero e grau do substantivo, adjetivo, locução adjetiva,
adjetivo pátrio, grau do adjetivo, numeral, pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos, verbos (tempo e conjugação), preposição e advérbio.
5ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Relatos (expressão pessoal, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos, programas de TV, filme, entrevistas,
etc.)
- Adequação vocabular
- Reconhecer as intenções e objetivos no que se refere à fala do outro
- Conjugação verbal
LEITURA
- Identificar as ideias básicas apresentadas no texto
- Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática
- Ler com fluência, entonação e ritmo (percebendo o valor expressivo do texto e
sua relação com os sinais de pontuação)
PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de textos ficcionais e narrativas
- Clareza na produção textual
- Organização de parágrafos
- Utilizar adequadamente os sinais de pontuação46
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- Ortografia
- Recursos gráfico-visuais (margem, título)
- Classes gramaticais
6ª Série
PRODUÇÃO ESCRITA
- Criação de diferentes textos (histórias, quadrinhos, piadas, charadas,
adivinhações, etc.)
- Adequação vocabular
- Reconhecer as intenções e objetivos no que se refere à fala do outro
- Concordância verbal e nominal
- Conjugação verbal
- Emprego adequado de pronomes, advérbios, etc.
LEITURA
- Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos
- Reconhecer nos textos suas especificidades (texto narrativo, informativo)
- Identificar o processo e o contexto da produção
- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos)
- Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de textos com diferentes suportes textuais
- Produção de textos com coerência e clareza
- Organização de parágrafos
- Ortografia
- Acentuação
- Recursos gráfico-visuais (margem, título).
47
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- Refletir e reconhecer as funções sistemáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto, predicativo
- A posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão
- A estrutura da oração com verbo ser, estar e haver.
- A complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos
- Classes gramaticais
7ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Debates (assuntos lidos, acontecimentos, assuntos polêmicos e
contemporâneos, filmes, programas de TV, etc.)
- Sequência de exposição de ideias
- Adequação vocabular
- Reconhecer os objetivos e intenção do outro
- Regência nominal e verbal
- Emprego das conjunções
LEITURA
- Prática de leitura de textos informativos e ficcionais curtos e longos
- Identificar o processo e contexto de produção
- Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas
- Atribuir significado que extrapola o texto lido
- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos
coesivos)
- Ler com fluência, entonação e ritmo.
PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de textos dissertativos
- Coerência
48
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- Argumentação
- Processos de coordenação e subordinação na construção de frases
- Uso dos recursos coesivos (conjunções, advérbio, pronomes, etc.)
- Ortografia
- Acentuação
- Reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto e a sequência temática
- Refletir e reconhecer as funções sistemáticas centrais: sujeito, objeto direto e
indireto, predicativo
- Reconhecer as categorias sistemáticas centrais: sujeito, objeto direto e
indireto, predicativo
- A complementação dos verbos transitivos e intransitivos
- As sentenças simples e complexas
- Subordinação e coordenação
8ª Série
PRODUÇÃO ORAL
- Clareza na exposição de ideias
- Objetividade na exposição de ideias
- Consistência na exposição de ideias argumentativas
- Adequação vocabular
- Reconhecer os objetivos e intenção ao outro no que se refere a fala
- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação das circunstâncias, da
clareza e consistência argumentativa
- Regência verbal e nominal
LEITURA
- Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas
- Proceder à leitura contrastava (vários textos sobre os mesmos temas, o
mesmo tema em linguagem diferente, o mesmo tema tratado em época
diferente).
- Ler com fluência, entonação e ritmo
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PRODUÇÃO ESCRITA
- Produção de texto dissertativo
- Argumentação adequada à norma padrão (concordância verbal e nominal,
regência verbal e nominal, conjugação verbal).
- Reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: recursos coesivos, as
conectividades sequenciais e estruturação temática
- Sintagma verbal nominal e sua flexão
- Adjunção
- Coordenação e subordinação
1º Ano – ENSINO MÉDIO
A) LEITURA
Compreendemos o ato de ler como o de familiarizar-se com diferentes textos
produzidos em diferentes práticas sociais (notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos
científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos)
- Crônicas
- Análise da narrativa
- Conto (conto em letras de músicas)
- Narrativas curtas e longas
- Narrativas longas em versos
- Narrativas longas em prosa
- Texto informativo: notícias / reportagens
B) ORALIDADE
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam
diferentes caminhos: detalhes, discussões, exposições de ideias, defesa de ponto de vista
(argumentação), declamação de poemas, representação teatral.
- Debates (assuntos previstos)
- Filmes
- Livros paradidáticos
50
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- Notícias / reportagens
- Entrevistas – os alunos escolhem a personalidade a ser entrevistada (perguntas feitas pelos alunos e corrigidas pelo professor)
C) ANÁLISE LINGUÍSTICA
O pensar crítico do aluno envolve tanto a compreensão da realidade estrutural da
linguagem (isto é, de sua organização gramatical), quanto, e especialmente, a compreensão
de sua realidade social e histórica (isto é, da variação linguística).
- Tipos de linguagens
- A origem da linguagem
- Língua
- Estrangeirismos
- A flexibilidade das línguas
- A variação linguística
- Ortografia
- Acentuação
- Pontuação
- Morfemas gregos e latinos
- Formação das palavras
- A língua padrão
- Influência na linguagem das composições étnicas do povo brasileiro
LITERATURA
Textos para leitura e análise:
- A arte da palavra: literatura
- A literatura em Portugal
- A poesia medieval
- A prosa medieval
- A literatura em Portugal: do Renascimento ao Romantismo
- História da literatura brasileira: o período do século XVII e XVIII
- A literatura da cultura Afro-brasileira
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2º Ano – ENSINO MÉDIO
A) LEITURA
- Crônicas
- Conto
- Narrativas curtas e longas
- O texto poético
- O texto informativo (notícias, reportagens, propagandas)
- Charges (interpretação, informações)
- Romances (leitura de livros paradidáticos escolhidos pelo professor no
decorrer do ano letivo)
B) ORALIDADE
- Debates
- Filmes
- Dramatizações
- Notícias, reportagens, propagandas
- Livros paradidáticos (apresentações feitas por alunos)
- Entrevistas
- Seminários
- Textos para leitura e analise
C) ANÁLISE LINGÜÍSTICA
- Ortografia
- Acentuação
- Pontuação
- A formação das palavras
- Sintaxe
- Subordinação e coordenação
- Funções nominais (substantivo, artigo, adjetivo, numeral e pronome) no texto
- Funções verbais52
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- Funções conectivas (preposição e conjunção); funções expressivas (interjeição)
LITERATURA
História da literatura brasileira – século XIX:
- Romantismo
- Realismo
- Simbolismo
História da literatura em Portugal – século XIX e XX:
- Realismo
- Simbolismo
- Modernismo
Naturalismo (Brasil e Portugal)
- Textos para leitura e análise
3º Ano – ENSINO MÉDIO
A) LEITURA
- Textos oriundos da literatura, do jornalismo, da divulgação científica
- Textos verbais e não-verbais
PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTO
- Estrutura do parágrafo
- Intertextualidade
- Texto de opinião
- Editoriais
- Coerência e coesão
- Carta argumentativa do leitor
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- Técnica do resumo
- Produção de textos, enfocando quadrinhos, propagandas e charges
- Análise de gráficos
- Dissertação
B) ORALIDADE
- Debates
- Filmes
- Livros indicados pelo vestibular (debates, apresentações teatrais)
- Notícias / reportagens
- Jornal falado
C) ANÁLISE LINGÜÍSTICA
- Acentuação gráfica
- Pontuação
- Termos da Oração
- Orações Coordenadas
- Orações Subordinadas substantivas
- Orações subordinadas adjetivas
- Pronome relativo
- Concordância nominal e verbal
- Regência nominal e verbal
LITERATURA
- Pré-modernismo
- Modernismo
- Tendências da literatura contemporânea
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- A literatura africana na Língua Portuguesa
D) METODOLOGIA DE ENSINO
Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua Materna na
natureza social do discurso e da própria língua significa compreender que são os produtos
das ações com a linguagem que constituem os objetos de ensino.
Quanto à prática da oralidade, o professor deve desenvolver atividades que
favoreçam as habilidades de falar e ouvir, através de:
- Temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme, um livro
- Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar
resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites
- Debates, seminários, júri-simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação
- Análise de jornais televisivos, observando o grau de formalidade e de
informalidade
Quanto à prática da leitura, o professor pode propor uma infinidade de textos ao aluno
selecionando-os ao seu critério e também considerando a preferência e opinião dos
educandos. Para envolver os alunos com a leitura, pode-se proporcionar:
- Exposição de livros
- Biblioteca de sala de aula
- Leitura de trechos de obras
- Dramatizações de textos lidos
- Convidar autores de livros
- Discutir textos (livros) lidos
- Textos críticos sobre os autores que estão vivos
As atividades poderão contemplar diferentes gêneros textuais, assim como diferentes
meios de comunicação, televisão, cinema, teatro, tornando o aluno um leitor capaz de
desvendar posicionamentos ideológicos que se fazem presentes no meio social e estrutural
que o cerca.
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Quanto a pratica da análise linguística, deve-se valorizar a experiência linguística do
educando em situações específicas, e não a língua ideal. A norma real, usada socialmente,
mesmo se tratando da norma padrão, aprende-se lendo e escrevendo e não a partir de
conceitos. É analisando seu texto segundo as intenções e as condições de sua produção
que ele vai adquirindo a necessária autonomia para avaliar seus próprios textos e o universo
de textos que o cercam. É na experiência com a escrita que o aluno vai aprender as
exigências dessa manifestação linguística, o sistema de organização própria da escrita,
diferente da oralidade, da organização da fala.
Quanto à prática da análise linguística, deve estar presente no ensino de línguas
como ferramenta que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita. O professor
mostrará aos seus alunos que determinados usos linguísticos são válidos para um tipo de
discurso e para outros não.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um processo contínuo e gradativo.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente, considerando-se a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor
suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que lê apresenta
ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o
discurso / texto aos diferentes interlocutores e situações.
Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões,
debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregaram
no decorrer da outra compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema,
bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do processo
de produção, nunca como produto final. É importante ressaltar que, para Koch e Travaglia
(1990), só se pode avaliar a qualidade e adequação de um texto quando ficam muito claras
as regras do “jogo de sua produção”. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de
produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem
definidos. Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais de interação comunicativa,
para que os critérios de avaliação que tomam como base às condições de produção tenham
alguma validade.
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Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos – discursivos,
textuais, ortográficos e gramaticais – os elementos linguísticos utilizados nas produções dos
alunos precisam ser avaliados em práticas reflexivas, contextualizadas, que possibilitem aos
alunos a compreensão desses elementos no interior do texto. Uma vez compreendido, os
alunos podem utilizá-los em outras operações linguísticas.
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados
continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo
sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente, chegam
à almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.
Consideramos, por tudo isso, que a avaliação que pode dar conta de modificar
práticas conservadoras de “medição”, de quantificação da aprendizagem do aluno é a
formativa, cujos objetivos não são classificar ou selecionar, mas favorecer a melhoria de
algo – do projeto da escola, de uma estratégia de ensino, de uma atividade trabalhada.
F) BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
CASTRO, Gilberto de FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com
Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
FÁVERO, Leonor L., KOCH, Ingedore G. V. Linguística Textual: uma introdução. São Paulo:
Cortez, 1988.
LASOLO, Marisa. O que é literatura: São Paulo, 1982.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
QUELUZ, A. ALONSO, M. O trabalho Docente (Teoria e Pratica). São Paulo: Pioneira,
1999.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade – uma introdução às teorias do
currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
SOARES, Magda. Que professor de Português queremos formar?
57
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5.2 ARTE
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA
Durante o período colonial, os jesuítas realizaram um trabalho de catequização dos
indígenas com os ensinamentos de arte e ofícios, onde ensinavam a literatura, música,
teatro, dança, pintura, escultura e outras artes manuais.
Em 1808 inicia-se a Pedagogia da escola tradicional, a qual obedecia ao estilo
neoclássico,
Fundamentados ao culto da beleza clássica e a prática artística resumia-se nas cópias
e reproduções de obras.
No Paraná em 1886, foi fundado a Escola Profissional Feminina, oferecendo além de
desenho e pintura, cursos de corte costura, arranjos de flores e bordados.
Com a Semana de Arte Moderna de 1922, influenciou os artistas brasileiros na
valorização das expressões individuais, direcionando seus trabalhos para a pesquisa e
produção de obras, partindo das suas raízes nacionais.
A Arte torna-se disciplina obrigatória com a Lei federal nº 5692/71, nos currículos do
Ensino Fundamental e no Ensino Médio, centrada nas habilidades e técnicas, minimizando o
conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte.
O ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de Comunicação e
Expressão, enquanto o ensino de Artes Plásticas foi direcionado para as artes manuais e
técnicas. A música passou a ser utilizada para a execução de hinos pátrios e de festas
cívicos.
Com o Currículo Básico no ensino de 1º e 2º graus, a arte retoma o seu caráter
artístico e estético.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais em arte passam a considerar à musica , as
artes visuais , o teatro e a dança como linguagens artísticas no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio a arte passa a compor a área de linguagens, códigos e suas tecnologias, junto
com as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira e Educação Física.
A implementação da Lei Federal 10.639/03 torna obrigatório o estudo da história e cultura
afro-brasileira e africana.
58
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Nas diversas teorias sobre a arte, as concepções presentes nos estudos da estética,
são as teorias essencialistas como: a mímesis e a representação; a arte como expressão e
o formalismo.
• Mímesis e a representação – enfatiza o fazer técnico e científico de conteúdos
reprodutivistas, com uso de modelos e cópias do natural.
• A arte como expressão – tem como objetivo aprofundar o olhar diante da
realidade que exprime sentimentos e emoções.
• Movimento formalista - valoriza-se a forma significante, ou seja, a forma é
reconhecida e é apreciado pela própria forma.
• Essas teorias da arte são limitadas por enfocarem e condicionarem a
compreensão em apenas uma dimensão.
Faz-se necessário desenvolver os aspectos teóricos e metodológicos, onde os alunos
possam criar formas singulares de pensamentos, apreender e expandir suas
potencialidades criativas.
A arte, na prática pedagógica contemplará as Artes Visuais, Dança, Música e o Teatro.
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade, estabelecem
relação entre a arte com a cultura e a arte com a linguagem. No Ensino Médio, a partir
de um aprofundamento dos conteúdos, a arte com o conhecimento, a arte com o trabalho
criador e a arte com a ideologia.
OBJETIVOS GERAIS
Toda produção artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e
marcam a sua existência no mundo.
O aluno poderá desenvolver seu conhecimento estético e artístico nas artes visuais,
dança, música e teatro, tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais como para
apreciar, desfrutar, valorizar ao longo de sua existência.
• Compreender e apreciar a arte como importante meio de expressão e
comunicação.
• Desenvolver o gosto estético e os aspectos: físico, intelectual, emocional e
perceptivo através de atividades artísticas.
• Discriminar as artes visuais, música, dança e teatro.
59
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• Desenvolver a autoconfiança e o discernimento ao experimentar novas
técnicas, julgar e avaliar trabalhos artísticos.
• Apreciar a arte como uma atividade enriquecedora e construtiva como
transmissão de valores culturais.
• Estabelecer relações com as produções, manifestações que ocorrem em sua
realidade.
• Relacionar e compreender a arte como fato histórico, contextualizado nas
diversas culturas.
• Interagir com diversos materiais.
CONTEÚDOS 2ª a 4ª SÉRIE – ARTES
2ª Série
• O Ponto
• A linha – tipos de linhas
• O Plano
• Formas geométricas
• Formas geométricas na arte
• Cores Primárias e Secundárias
• Cores Quentes e cores frias
• Figura e fundo
• Textura fácil e textura visual
• Ilustração de textos
• Leitura e Releitura de Obras de arte
• Folclore
• Desenho
• Pintura
• Dobradura
• Musicas infantil60
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• Jogos e brincadeiras com músicas
• Representações plásticas com músicas
3ª Série
• cores x sentimentos
• Cores complementares
• Figura e fundo
• Poema Sinfônico
• Ilustração de textos
• Leitura de Obras de arte
• Folclore
• Desenho
• Pintura
• Dobradura
• Gravura
• Mosaico
• Música Clássica
• Jogos e brincadeiras com musicas
• Representações plásticas com músicas
• Orquestra e seus instrumentos
61
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4ª Série
• Cores x sentimentos
• Monocromia e policromia
• Simetria e assimetria
• História em quadrinhos
• Música Onomatopeica
• Tridimensionalidade
• Teatro de sombras
• Ilustração de textos
• Leitura e Releitura de Obras de arte
• Folclore
• Desenho
• Pintura
• Dobradura
• Música Clássica
• Jogos e brincadeiras com músicas
• Representações plásticas com músicas
• Orquestra e seus instrumentos
CONTEÚDOS
5ª série
• Cor – primária e secundária
• Ponto gráfico
• Círculo Cromático
• Linhas e formas
• Cores e formas
62
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• Textura
• O ritmo
• Tangran
• Mosaico
• Geometria como fonte Decorativa
• Teatro – laboratório expressivo
• Museu – histórico e visitação
• Dança, corpo e sociedade
• Explorando o mundo musical
6ª série
• Cor e expressividade
• Linha forma e criatividade
• Cores Complementares
• Cor e matrizes
• Proporção – Geometria e Encaixe
• Simetria
• Papel Machê
• Luz e sombra
• Desenho e frisas decorativas
• Música no Brasil
• Origami
• Galeria de arte
• Teatro
• Dança
• História em Quadrinhos
63
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7ª série
• Arte e Geometria
• Frisas
• Técnica de Pintura em tela
• Teatro – laboratório expressivo
• Técnica de Quadrícula
• Composições Abstratas
• Módulos na Arte
• Luz e sombra
• Veículo de Comunicação
• Cores: Física, Aditiva, subtrativa e material
• Trabalhando com o corpo
• Galeria de arte
8ª série
• Cor – contrastes e graduações
• Expressividade da linha e as composições
• Gramática visual, figura – fundo
• Cores: trios e quintetos, efeitos especiais
• Geometria - ordem e decoração
• Publicidade
• Expressão humana
• Ornamentos Arquitetônicos
• Estilização
• Colagem – truques e efeitos
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• Teatro – dramatização
• Releitura de obras
• Tipos musicais
• Dança – criação de movimentos
ENSINO MÉDIO – 1º Ano
• Arte indígena na chegada dos portugueses
• Arte no primeiro século de Brasil
• Os holandeses no Brasil
• A missão artística Francesa
• Arte na mudança dos séculos XIX – XX
• O modernismo
• Arte contemporânea
• As cidades do século XX
• Cores
• A presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileira.
ENSINO MÉDIO – 2º Ano
• Os primeiros artistas da Humanidade
• As primeiras civilizações da antiguidade: Mesopotâmia e Egito
• Arte Greco-Romana
• Os primeiros tempos da arte cristã e bizantina
• Idade Média
• Renascimento
• Barroco e Rococó
• Neoclassicismo, Romantismo e Realismo
• Impressionismo, Pós-Impressionismo e Expressionismo
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• Arte no século XX
• Arte Afro-brasileira e indígena
• Cores
• Desenho
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As três interpretações fundamentais da arte: arte e ideologia, arte e o seu
conhecimento e arte e trabalho criador, são as referências para a organização dos
conteúdos estruturantes e específicos, do encaminhamento metodológico e da
avaliação.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma
devemos contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da
organização pedagógica: o sentir e o perceber, que são as formas de apreciação
e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática artística, o conhecimento, que
fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais
sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação de conceitos artísticos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação na disciplina de arte é diagnóstica e processual, diagnóstica por
ser a referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos
alunos, processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
O planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a
avaliação do professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a
auto avaliação dos alunos.
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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Para a avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários
instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso final
do aluno e do grupo, trabalhos e produções artísticas, participação, interesse,
pontualidade, assiduidade, organização e limpeza, apresentações, releitura,
pesquisas, provas teóricas e práticas, entre outras.
BIBLIOGRAFIA
VASCONCELLOS, Thelma.
NOGUEIRA, Leonardo, Reviver nossa arte. Volume 1. Ed. Scipione
CANTELE, Bruna R. Arte, etc e tal. Volume 1,2,3 e 4 Ed. IBEP
BARBOSA, Ana Mae, Inquietações e mudanças no Ensino da Arte. Ed. Cortez
FISCHER, Ernst. A necessidade da Arte. Ed. Guanabara Koogan
MAGRIN, Jussara M. Educação Artística. Volume 1.Ed.Educarte
HADDAD, Denise A.
MORLIN, Dulce Gonçalves. A arte de fazer arte. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. Ed. Saraiva.
CALABRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, História &
Produção, São Paulo: Editora FTD S.A., 1997.
Diretrizes Curriculares da rede pública do ensino do Paraná.
SEED. Arte Ensino Médio, diversos autores, 2008.
Lei 11645/08 História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Lei 13381/01 História do Paraná.
5.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização que se inicia no ensino
fundamental e se conclui no ensino médio e pretende refletir sobre as necessidades atuais
de ensino superando uma visão fragmentada de homem, com reflexão crítica a respeito das
estruturas sociais e suas desigualdades, contemplando a riqueza das manifestações
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corporais produzidas, incluindo o trabalho que é um dos princípios fundantes das reflexões
por ser um ato humano, social e histórico inerente ao funcionamento da sociedade e
também pretende fazer uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
filosófica e política das práticas corporais permitindo o entendimento do corpo e muito da
sua complexidade e as transformações do indivíduo na sociedade no qual está inserido.
Participar das atividades corporais estabelecendo relações equilibradas e construtivas
com outros, reconhecendo e respeitando as características físicas e de desempenho de si
próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou
sociais; conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura
corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para integração entre
pessoas e entre diferentes grupos sociais e étnicos.
DIMENSÃO HISTÓRICA
A Educação Física foi influenciada pelas instituições militares e pela medicina.
Os exercícios físicos foram re-elaborados pela medicina para atender os objetivos de
promover a saúde, numa perspectiva pedagógica dentro das escolas, isso, por não existir
um plano nacional, adotou-se então o método francês de ginástica que foi adotado pelas
forças armadas e tornou-se obrigatório nas escolas a partir de 1931. Visava-se um corpo
forte e saudável, em defesa da Pátria.
Após, o enfoque foi a valorização da pátria por meio do esporte, com a construção de
vários centros esportivos, chegando na fase tecnicista.
Somente em 1971, a Educação Física, passou a ser obrigatória nos currículos
escolares e ainda muito ligadas à aptidão física.
Em seguida, veio a Educação Física Psicomotora, para valorizar a formação integral
da criança. Logo após veio a progressista: construção do movimento renovador na
disciplina, enfocando o movimento corporal e a formação integral, incluindo o afetivo e o
cognitivo. Mesmo assim, essas duas vertentes não dão conta de fazer uma discussão da
pedagogia brasileira, que veio a acontecer somente a partir da perspectiva crítico superatora
e crítico superatória. A cultura corporal o movimentar-se como uma forma de comunicação
com o mundo (corporalidade).
A Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, tornando-se possível
sistematizar propostas pedagógicas, numa visão única, priorizando o treinamento corporal.
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OBJETIVOS
A Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, filosófica e política das práticas corporais.
• Propicia uma consciência crítica, onde o trabalho, as lutas, a ginástica, a
dança, o jogo e o esporte, contemplam a enorme riqueza das
manifestações corporais produzidos.
• Contribui para um bom desempenho de grupos musculares e o
aprimoramento das funções orgânicas que resultam na melhoria da
performance.
• Esclarece e compreende o funcionamento do organismo no que diz
respeito ao acúmulo de gordura, consumo de energias, utilização de
inibidores de apetite, práticas desportivas, esteroides e anabolizantes.
• Utilizar-se dos esportes, jogos, danças como fonte de movimentos, de
prazer, socialização, crescimento, para a manutenção e promoção de um
corpo saudável.
• Atentar sobre a Educação Física como área de grande interesse social e
mercado de trabalho promissor.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes: Como desenvolvimento prático e fenômeno social, profissionalização
esportiva e direito ao acesso da prática esportiva.
Jogos: Desenvolvimento do ser humano e pluralidade cultural.
Ginástica: Reconhecimento das possibilidades que seu corpo possui.
Lutas: Pesquisa histórica e filosofia das lutas.
Dança: Reflexão cultural e manifestação corporal, típicas, nacionais e regionais.
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METODOLOGIA DE ENSINO
As aulas serão práticas e eventualmente teóricas de acordo com a necessidade do
professor e/ou aluno permitindo que este amplie a visão do mundo por meio da cultura
corporal, construindo historicamente pelos alunos, indo além da dimensão motriz, levando
em conta a multiplicidade de experiência manifestada pelo corpo (alegria, raiva, dor,
sexualidade, etc.)
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Pretende-se avaliar se o aluno realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa,
utilizando formas de expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de
respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Os alunos deverão realizar as atividades,
reconhecendo e respeitando suas características físicas e de desempenho motor, bem
como a de seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais e
sociais. Da mesma forma, o aluno deve organizar e praticar atividades de cultura corporal
de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las, com o intuito de torná-las mais
adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão de todos.
CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
• Manifestações esportivas, ginásticas estéticas corporais, dança e teatro.
• Brincadeiras, brinquedos e jogos.
2ª à 3ª séries
O corpo vivido - conhecimento do corpo
- coordenação dinâmica geral
- Orientação espaço temporal
- orientação espaço corporal
70
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- Lateralidade
Ritmo – Brincadeiras cantadas
- Jogos ritmados
Danças – Folclóricas
4ª série
O corpo que se expressa:
Ritmo – Brincadeiras cantadas
- Jogos ritmados
• Jogos cooperativos
• Ginástica
• Vôlei
• Handebol
• Danças folclóricas e improvisação
• Teatro/Mímica
• Coordenação dinâmica geral
• lateralidade
5ª série
Noções dos fundamentos de cada modalidade esportiva como:
• Basquete, Futsal, Voleibol, trabalhadores de forma lúdica.
• Ginástica natural
• Reconhecimento de alguns músculos
• Noções do espaço
• Lateralidade
• Recreação
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6ª série
• Prática dos fundamentos esportivos (mais Técnica)
• Regras básicas dos esportes
• Ginástica
• Conteúdos teóricos específicos de cada modalidade trabalhada
• Danças populares
7ª série
• Reconhecer músculos, ossos e suas funções (corpo humano)
• Prática dos fundamentos
• Regras (Vôlei, Basquete, Handebol, Futsal)
• Desenvolvimento do jogo
• Influência dos esportes nos diferentes modelos de sociedade
• Jogos dramáticos
• Danças populares e folclóricas
• Jogos recreativos
• Textos sobre qualidade de vida, higiene, atividade física, etc.
8ª série
• Prática do jogo – Futsal, Handebol, Vôlei, Basquete
• Sistemas ofensivos
• Ginástica específica
• Textos sobre atividades físicas, qualidade de vida, historia e regras dos jogos, etc.
Obs. Os conteúdos desenvolvidos terão a cada série maior amplitude,
complexidade e aprofundamento.
ENSINO MÉDIO
1º Ano
• Revisão dos fundamentos, jogos e esportes praticados no Brasil Futsal, Handebol,
Basquete, Vôlei, tênis de mesa, xadrez, etc,
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• Ginástica geral – exercícios respiratórios e posturais
• Corridas aeróbicas – corporalidade
• Qualidade de vida – projeto caminhada (pelo prazer)
• Nutrição e controle de peso
• Dança: demonstração dos vários tipos de dança e manifestações culturais
• Jogos de salão: trilha, dama, perfil, dominó, futebol de botão, peteca, badmington
2º Ano
• Jogos propriamente ditos, com ênfase nas táticas de jogos pré-estabelecidos: Futsal,
Vôlei, Basquete, Handebol e Tênis de mesa
• Ginástica geral: exercícios respiratórios e posturais, Corridas aeróbicas,
corporalidade
• Lutas: pesquisa, história e filosofia
• Qualidade de vida: projeto caminhada, pulsação, respiração, nutrição e controle de
peso
• Dança: demonstração de vários tipos de dança e manifestações culturais
• Jogos de salão
3º Ano
• Jogos propriamente ditos, com táticas: Handebol, Vôlei, Basquete e Futsal
• Ginástica geral: exercícios respiratórios e posturais
• Corrida aeróbica, corporalidade
• Lutas: pesquisa, história e filosofia
• Qualidade de vida: projeto caminhada, nutrição e controle de peso – Doping
• Dança – vários tipos de dança e manifestações culturais através de demonstração
• Jogos de salão
• Primeiros socorros
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5.4 - MATEMÁTICA
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS - METODOLÓGICOS
A Educação Matemática deve ser entendida numa perspectiva de que o
conhecimento matemático é um bem cultural e de que se constrói a partir das relações do
homem com o meio físico e no contexto das relações sociais. Seus conteúdos se expressam
através de conceitos, leis e suas aplicações para quantificação, geometrização, medição e
organização de informações e permite ao homem a resolução de problemas, desde os mais
imediatos aos mais complexos projetos científico e artísticos ou econômicos. Na sociedade
atual caracterizada por intenso desenvolvimento tecnológico em que o acesso à informação
é condição de importante prioridade, a Matemática se reveste de significado como
conhecimento indispensável para contribuir para a transformação das condições precárias e
injustas em que vive a maioria da população. que está inserido oferecendo ferramentas úteis
para analisar e argumentar, interferindo no que acontece em sua época, refletir sobre as
novidades e suas consequências, definindo e redefinindo, construindo desconstruindo a
sociedade e no mercado de trabalho preparando-se para atuar dentro dos processos sociais
e econômicos de trabalho com a consciência de si mesmos e de seu período histórico-
social.
OBJETIVOS GERAIS
Formar indivíduos capazes de compreender e intervir em situações utilizando-se da
Matemática como instrumento do pensamento e produção de sua existência.
Compreender de modo significativos conceitos e algoritmos matemáticos, habilitando-
se a resolver problemas.
Perceber a beleza presente no conhecimento matemático.
Perceber a importância do conhecimento matemático para o desenvolvimento e a
transformação da sociedade.
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Desenvolver o vocabulário específico tendo como partida a linguagem familiar aos
alunos, favorecendo a interpretação de textos matemáticos.
Proporcionar ao aluno condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à matemática.
Despertar no educando através do conhecimento matemático o interesse por questões
históricas, políticas, sociais e econômicas.
Desenvolver o poder de análise crítica e pesquisa cientifica através do conhecimento
matemático.
Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam ao
aluno desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação cientifica.
Expressar-se oral, crítica e graficamente em situações matemáticas e valorizar a
precisão da linguagem e as demonstrações em matemática.
CONTEÚDOS
Os conteúdos da matemática estão organizados em dois blocos:
a) Estruturantes
Conhecimentos de grande amplitude, conceitos e práticas
que identificam e organizam os campos de estudos de
uma disciplina e que são as bases fundamentais para a
compreensão do processo ensino aprendizagem em
matemática.
b) Específicos
Priorizam relação de interdependência com os conteúdos
estruturantes enriquecendo o processo pelos quais
acontecem as aprendizagens da matemática.
Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual, os conteúdos estruturantes
são:
• Números
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• Operações e Álgebra.
• Medidas
• Geometria
• Tratamento da Informação
Esses conteúdos estruturantes desdobram-se em específicos de forma seriada:
1ª série
NUMERAÇÃO
- Construção do número
- Comparação de quantidades
- Contagem
- Dúzia, meia dúzia, dezena e meia dezena
- Noção/Conceito das quatro operações
- Adição e subtração com material concreto e algoritmo
- Multiplicação e divisão apenas com material concreto e registro de desenhos
- Situações problemas
- Organização e orientação no tempo/espaço
- Noções de medidas (massa, comprimento, capacidade, tempo).
- Construção progressiva do calendário (dia, semana, mês, ano).
- Noção do sistema monetário
- Leitura e construção de tabelas e gráficos
- Noção de número ordinal
- Ordem crescente e decrescente
- Antecessor e sucessor
- Números pares e ímpares
GEOMETRIA
- Descrição, construções e representação de formas nos diferentes contextos.
2ª série
- Construção do número
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- Organização do sistema de numeração decimal (agrupamentos sucessivos,
composição e decomposição, leitura, e escrita de centenas exata e
intermediária).
- Valor relativo e absoluto
- Comparação de quantidades
- Contagem
- Dúzia, meia dúzia, dezena e meia dezena
- Noção/conceito das quatro operações
- Adição e subtração
- Multiplicação e divisão com material concreto e algoritmo
- Situações problemas
- Organização e orientação no tempo/espaço
- Noções de medida (massa, comprimento, capacidade, tempo)
- Construção progressiva do calendário (dia, semana, mês, ano).
- Noção do sistema monetário
- Leitura e construção de tabelas e gráficos
- Noção de número ordinal e romano
- Ordem crescente e decrescente
- Antecessor e sucessor
- Números pares e ímpares
GEOMETRIA
- Construção de modelos sólidos geométricos, representação e associação.
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas
- Linhas retas, curvas, quadradas e mistas.
3ª série
NUMERAÇÃO
- Sistema de numeração (valor posicional)
- Resolução de situações problema
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- Operações com números naturais (quatro operações)
- Termos das operações
- Operações inversas
- Tabela numérica de dupla entrada
- Expressão numérica
- Propriedade associativa e comutativa das expressões numéricas
- Frações
- Construção e análise de gráficos e tabelas
- Cálculo mental
- Números decimais e romanos
- Antecessor e sucessor
- Unidades e medidas (comprimento, massa e líquido/tempo)
- Sistema monetário
GEOMETRIA
- Construção de modelos sólidos
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas
- Linhas retas, curvas, quebradas e mistas.
- Simetria e assimetria
4ª série
NUMERAÇÂO
- Sistema de numeração
- Situações problema envolvendo as quatro operações
- Algarismos romanos
- Valor relativo e valor absoluto
- Números ordinais
- Propriedades da adição e multiplicação
- Expressões numéricas
- Análise e construção de gráficos e tabelas
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- Múltiplos e divisores dos números
- Frações
- Operações com números fracionários
- Representação decimal
- Operações com números decimais
- Porcentagem
- Unidades de medidas (comprimento, massa, capacidade, tempo e valor)
GEOMETRIA
- Classificação dos ângulos em objetos e figuras
- Construção dos sólidos geométricos através de modelos planificados
- Identificação do número de faces nos sólidos geométricos e polígonos
- Noções de paralelismo e perpendicularismo
- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos.
5ª série:
- História antiga
- Conjunto dos números naturais
- Os números naturais e suas representações.
- Sistema de numeração (decimal não decimal e romano).
- Operações com números naturais
- Divisibilidade: divisores e múltiplos
- A forma fracionária dos números racionais
- A forma decimal dos números racionais
- Ler e organizar tabelas a partir de dados coletados.
- Ponto, reta e plano
- Polígono
- Triângulos e quadriláteros
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes (medindo comprimento e
superfícies)
- Medindo volume e a capacidade (relações)
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- Medindo massa.
6ª série
- Potencias e raízes
- Conjunto dos números inteiros
- Conjunto dos números racionais
- Estudando Equações
- Estudando inequações
- Razão e proporção (noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção,
semelhança e diferença).
- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais.
- Juros e porcentagens (nos seus diferentes processos de cálculos: razão,
proporção, frações e decimais).
- Ângulos
- Estudando triângulos e quadriláteros.
- Ler e interpretar gráficos simples
7ª série
- Os números reais
- Introdução ao cálculo algébrico (as noções de variável e incógnita e a possibilidade
de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos).
- Polinômios e os casos notáveis
- Fatoração de polinômios
- Estudo das frações algébricas
- Equações do 1º grau com uma incógnita
- Sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas
- Reta
- Ângulos
- Ângulos formados por duas retas com uma transversal
- Polígonos
- Estudando os triângulos
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- Estudando os quadriláteros
- Estudando a circunferência e o círculo- Ler, interpretar e construir gráficos a partir de
tabelas.
8ª série
- Estudando as potencias e sua propriedades
- Calculando com radicais
- Equações do 2º grau
- Função polinomial do 1º grau
- Função polinomial do 2º grau
- Segmentos Proporcionais
- Semelhança
- Estudando as relações métricas no triangulo retângulo (relações trigonométricas)
- Estudando a circunferência e o círculo
- Área das figuras geométricas planas
- Noções elementares de estatística.
- Interpretar e construir os vários tipos de gráficos
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO
Conjuntos, Intervalos, Função, Função do 1º Grau, Função do 2º Grau, Inequações 1º
e 2ª Graus, Domínio de Funções, Função Logarítmica, Função Exponencial, Relações
Trigonométricas no Triângulo Retângulo, Arcos Trigonométricos, Funções Circulares,
Relações Fundamentais, Redução no 1º Quadrante, Operações com Arcos,
Transformações em Produto, Equações Trigonométricas, Resolução d Triângulo
Qualquer, Matrizes, Determinantes, Sistema de Equações Lineares Fatorial, Análise
Combinatória, Binômio de Newton, Progressão Aritmética, Progressão Geométrica,
Polígonos, Prismas, Pirâmides, Cilindros, Cones, Esfera, Estudo de Ponto, Estudo de
reta, Estudo de Circunferência, Posições Relativas: plano/Reta, circunferência,
Funções Compostas, Modular, Definidas por várias sentenças, Equações Algébricas,
Estatística. Análise sobre a composição da população brasileira por cor, renda,
escolaridade e mercado de trabalho.
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METODOLOGIA
O homem é um ser que tende sempre a evoluir, progredir e é a educação que o
amadurece, faz mudar seu comportamento e se auto-afirmar. Não importa a idade ou a
época. A educação tem que estar sempre presente, sempre se reinventar para oferecer
respostas adequadas a uma vida humana que não pára que está sempre desenvolvendo
suas possibilidades as quais não se esgotam. A educação matemática tem a função social
de completar o homem através do desenvolvimento de estratégias que possibilitem a ele
tornar-se capaz de estabelecer relações, analisar, refletir, justificar, discutir, criar a troca de
conhecimento ¨professor x aluno".
Os conteúdos não podem ser apreciados isoladamente, mas sim do modo como se
articulam a partir de inter-relacionamentos entre os conteúdos estruturantes e específicos
enriquecendo o conhecimento através da construção de novas relações, como escreve
Machado:
Conhecer é cada vez mais conhecer o significado, de que o significado de A se
constrói através de múltiplas relações que podem ser estabelecidas entre A e B, C, D,
E, X, T, G, K, W etc., estejam ou não as fontes de relações no âmbito da disciplina
que se estuda. Insistimos: não se pode conhecer A para, então, poder conhecer B, ou
C, ou X, ou Z, mas o conhecimento de A, a construção do significado de A, faz-se a
partir das relações que podem ser estabelecidas entre A e B, C, X, G...(1993 p.31).
Assim a organização do trabalho escolar tem que se articular entre os conteúdos
específicos pertencentes ao mesmo conteúdo Estruturante e entre conteúdos Específicos
pertencentes a conteúdos Estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam
reforçadas, refinadas e intercomunicadas. Nesse contexto, ao trabalhar os conteúdos
Circunferência e círculo, ambos do conteúdo estruturante Geometria, o professor pode
buscar na álgebra, mais precisamente nos conceitos de equações, elementos para abordá-
los.
Um problema de função quadrática pode ser resolvido usando a História da
Matemática como fonte problematizadora de forma que possibilite, ao estudante,
compreender a evolução do conceito através dos tempos. No processo de resolução,
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recomenda-se usar métodos que privilegiam a apropriação dos conceitos que se encontram
envolvidos. Intuitivamente, professor e estudantes chegam ao modelo matemático. A
sistematização do modelo matemático se dá pela fundamentação teórica e metodológica
que se encontra na tendência Modelagem Matemática. Uma prática docente, investigativa
pressupõe a elaboração de problemas que partam da vivência dos estudantes e, no
processo de resolução, transcenda para o conhecimento aceito e validado cientificamente. A
fundamentação para tal prática é encontrada na Etnomatemática.
A) RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A metodologia da resolução de problemas é o eixo organizador do ensino de
Matemática, proporcionando ao aluno a possibilidade de resolver situações de naturezas
diversas, e enfrentar com confiança novas situações.
A prática pedagógica mais frequente consiste em ensinar um conceito, procedimento
ou técnica, e depois apresentar uma lista de problemas para avaliar se o aluno é capaz de
utilizar o que foi ensinado. Para a grande maioria dos alunos, resolver um problema significa
fazer cálculos mecanicamente, ou simplesmente aplicar algo que aprenderam nas aulas.
Ao destacar a resolução de problemas, o que se defende é uma proposta que tenha
como ponto de partida não a definição, mas o problema. No processo de ensino e
aprendizagem, conceitos, ideias, demonstrações e teoremas matemáticos devem ser
explorados a partir de situações-problema, ou seja, contextos em que os alunos necessitem
desenvolver algum tipo de estratégia para resolvê-los.
A metodologia da resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida
em paralelo ou como aplicação de aprendizagem, ma, sim, uma orientação que oferece o
contexto em que se pode aprender os conceitos matemáticos e desenvolver a capacidade
de comunicação e convívio em grupo.
É a partir de situações-problema que o aluno vai construindo o saber matemático.
B) ETNOMATEMÁTICA
É a arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender nos diversos contextos
culturais. Ela procura compreender o saber/fazer matemático ao longo da história da
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humanidade, contextualizando em diferentes grupos de interesse, comunidades, povos e
nações.
As práticas matemáticas de feirantes, comerciantes, borracheiros, cirurgiões
cardíacos, vendedores de suco de frutas, bicheiros, indígenas, grupos africanos enquadram-
se, por exemplo, nos estudos e nas pesquisas da Entomatemática.
A Etnomatemática demonstra que não existe um único saber, mas vários, percebidos
através de diferentes teorias e práticas que emergem das mais diversas áreas culturais e,
reconhece e respeita as raízes culturais.
C) MODELAGEM MATEMÁTICA
Acompanhe esta explicação apresentada por Ubiratam D'Ambrósio:
O esforço de explicar, de entender, de manejar uma porção da realidade, um sistema,
normalmente se faz isolando esse sistema e escolhendo alguns parâmetros nos quais
concentramos nossa análise.
Com isso, o sistema, com toda a complexidade que ele oferece, fica aproximado por
um sistema artificial, no qual se destacam somente alguns parâmetros (algumas qualidades)
e se ignoram suas interações como o todo. Dessa maneira considera-se um modelo e
passa-se a analisar e refletir sobre o modelo. Este é o processo de modelagem, na sua
essência, uma forma de abstração. São exemplos históricos de modelagem em Matemática
a Geometria Euclidiana, a Mecânica Newtoniana, a Ótica Geométrica.
A modelagem, visando aplicações, que é o mais comum, faz sempre apelo à
realidade na qual está inserido o sistema que deu origem ao modelo com o qual
trabalhamos, sempre procurando verificar a adequação parâmetros selecionados e as
implicações dessa seleção inter-relacionamento desse sistema com a realidade como um
todo, isto é, procurando recuperar o sentido holístico que permeia o matema. Não é possível
explicar, conhecer, entender, manejar, lidar com a realidade fora do contexto holístico. Tem-
se não mais que visões parciais e incompletas da realidade.
A modelagem é eficiente a partir do momento em que nos conscientizamos de que
estamos sempre trabalhando com aproximações da situação real, que, na verdade, estamos
elaborando sobre representações, Assim, a modelagem pode ser uma metodologia de
ensino muito útil e se enquadra no Programa Entonomatemática, que inclui a crítica,
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também de natureza histórica, sobre representações, que deve sempre estar subjacente ao
processo de modelagem.
D) MÍDIA E TECNOLOGIA
É consenso entre os educadores matemáticos que é preciso iniciar o aluno no uso de
novas tecnologias, e a calculadora é uma delas.
Uma razão é social: a escola não pode se distanciar da vida do aluno, e sua vida em
sociedade estão impregnados do uso da calculadora. Outra razão é pedagógica: usando a
calculadora para efetuar cálculos, o aluno terá mais tempo livre para raciocinar, criar e
resolver problemas. Portanto, o que se discute hoje é quando e como utilizar a calculadora.
Nas séries iniciais, enquanto a criança estiver construindo os conceitos básicos das
quatro operações. É necessário que ela faça isso manualmente para perceber algumas
regularidades e adquirir habilidade no cálculo aritmético. O cuidado, atenção, a disciplina
mental, imposta pela ordem sequencial em que são efetuadas as operações, a apreciação
da beleza, da elegância e da concisão de determinado algoritmo (como o da divisão) são
aspectos educativos essenciais que a criança poderá incorporar para o resto da vida,
aplicando-os em outras situações de sue cotidiano.
A partir da quarta ou quinta série, quando a criança já tiver dominado as várias ideias
associadas às operações e o relacionamento entre as operações e suas regras de cálculo, é
importante iniciá-la no uso da calculadora. Esse instrumento é mais um recurso didático que
pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem da Matemática.
Casos em que é recomendado o uso da calculadora:
• Quando os cálculos numéricos são apenas auxiliares.
A calculadora é recomendada quando os cálculos numéricos são apenas auxiliares na
questão a ser resolvida, liberando mais tempo para o aluno pensar, criar, investigar,
conjecturar, relacionar ideias, descobrir regularidades, etc. O tempo gasto
desnecessariamente com cálculos longos e enfadonhos pode ser usado de novas
estratégias para a resolução de problemas, na busca de soluções de um desafio, de um
jogo, etc.
• Para melhorar a estimativa dos alunos por meio de jogos.
• Para investigar propriedades matemáticas.
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• Para trabalhar com problemas da realidade.
Um excelente recurso didático pra enriquecer as aulas de Matemática é a internet.
Nela há sites que exploram a história da Matemática, curiosidades, desafios, etc.
E) HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
A história da Matemática é um valioso recurso para o processo de ensino
aprendizagem da Matemática.
Através dessa ferramenta, o professor tem a possibilidade de desenvolver
atitudes e valores positivos frente ao conhecimento matemático. O aluno conhecerá
a Matemática como uma criação humana, que surgiu a partir da busca de soluções
para resolver problemas do cotidiano, conhecerá as preocupações dos vários
povos em diferentes momentos históricos, identificando a utilização da Matemática
em cada um deles e estabelecerá comparações entre os conceitos e processos
matemáticos do passado e do presente.
O contato com alguns fatos do passado pode ser uma dinâmica bastante
interessante para introduzir um determinado tem em sala de aula.
Esta proposta permite ao professor uma maior interação com o aluno permitindo a
troca de conhecimentos entre ambos atendendo sempre à iniciativa dos estudantes e dos
problemas significativos no seu contexto cultural.
A relação do conteúdo estruturante com os específicos torna a aprendizagem mais
significativa: interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver
problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o
raciocínio lógico, preparar o educando para uma nova postura diante da sociedade que esta
cada vez mais exigente. Alunos que pensam por si mesmos, que tenham iniciativa,
criatividade e vejam o mundo com olhar mais crítico.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser constante dando ênfase ao que o aluno apresenta, pois o
professor é o responsável pelo processo de ensino aprendizagem e precisa considerar nos
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registros escritos e nas manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio para que
possa replanejar procurando novos encaminhamentos metodológicos.
A avaliação não pode ser fundamentada apenas em provas trimestrais, mas deve
ocorrer ao longo do processo de aprendizagem possibilitando ao aluno múltiplas
possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado. De acordo
com Ponte,
... Novas tarefas e formas de trabalho têm sido propostas para a sala de aula, com o
propósito de gerar uma atividade dos alunos que não se reduza à produção de
respostas curtas e 'objetivas', mas que inclua, por exemplo, a elaboração de
explicação pormenorizada (tanto escritas como orais) sobre problemas resolvidos ou
a redação de relatórios de projetos ou trabalhos de grupo (1997 p.102).
O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação, é necessário
observar o processo de construção do conhecimento, de acordo com D'Ambrosio "a
avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática docente e
jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus esquemas de
conhecimento teórico e prático" (2001 p. 78).
Como critério de avaliação o professor ao longo do processo ensino aprendizagem
precisa verificar se o educando:
• Reconhece a importância de problemas que originalmente motivou o
desenvolvimento da matemática, como estratégia para uma maior compreensão de
seus conceitos.
• Compreende, utiliza e opera com o sistema de Numeração Decimal na leitura, escrita
e representação de situações problema, identificando seus símbolos e propriedades.
• Utiliza e opera com compreensão e corretamente a linguagem matemática
(aritmética, algébrica, geométrica, gráfica, estatística), na resolução de situações
problema.
• Representa e comunica com argumentação informações quantitativas.
• Compreende e realiza cálculos envolvendo múltiplos, divisores e números primos,
bem como potências em expoentes naturais.
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• Compreende e realiza cálculos envolvendo raiz quadrada e faz relação com as
potências quadradas.
• Identifica, representa e resolve situações por meio das propriedades da proporção e
da razão, compreendendo seus conceitos.
• Utiliza e opera de acordo com as propriedades da linguagem algébrica, percebendo e
existência de regularidades.
• Identifica e utiliza a linguagem algébrica relacionando-as as demais linguagens
matemáticas, por meio da elaboração e resolução de expressões numéricas e
equações de 1º grau.
• Compreende a noção de variável expressa pela equação.
• Interpreta, faz estimativa, representa e comunica informações utilizando a linguagem
matemática.
• Pesquisa organiza e interpreta informações, fazendo uso dos raciocínios:
probabilísticos e estatísticos, por meio de tabelas e gráficos.
• Lê, interpreta e constrói gráfico, representando informações quantitativas e
qualitativas.
• Identifica, representa e opera na resolução de situações, utilizando a razão na forma
de porcentual, fracionária e decimal, estabelecendo relações entre elas.
• Reconhece e utiliza os conceitos de média para estabelecer um parâmetro da
frequência dos acontecimentos.
• Identifica e aplica conceitos relativos à matemática financeira em situações do
cotidiano.
• Estabelece relações na análise das figuras geométricas tridimensionais, identificando
e aplicando suas propriedades.
• Identifica relações simétricas nas figuras geométricas, utilizando os procedimentos de
transformações dessas figuras na resolução de situação-problema.
• Utilizam as noções de direção, sentido, ângulo, paralelismo e perpendicularismo para
a representação e construção de figuras planas e espaciais.
• Localiza e representa o deslocamento de pontos, posição e a translação de figuras
planas, utilizando as noções de direção e sentido.
• Identifica e calcula a razão e a proporção entre dois segmentos percebendo a relação
entre eles.
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• Compreende e operam nos diferentes sistemas de medidas, lendo, interpretando
grandezas, por meio da resolução de situações-problema.
• Relaciona significativamente e converte unidades de medida nos diferentes sistemas
e entre eles.
• Compreende a relação entre radiciação e potenciação e percebe que as operações
com irracionais, escritos sob a forma de radicais, mantêm as regras das operações
com racionais.
• Reconhece e utiliza equações do 2º grau na resolução de situações-problema
interpretando seus resultados.
• Reconhece, identifica gráficos de função do 1º e 2º graus e analisa os pontos
notáveis dos gráficos.
• Reconhece a importância dos teoremas na resolução de problemas.
BIBLIOGRAFIA
LONGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Editora Positivo –1ª série
GIOVANNI, José Ruy, BONJORNO, Roberto e GIOVANNI Jr, José Ruy. Matemática
Fundamental 2º Grau/Volume Único. Editora FTD. Edição 2000.
GIOVANNI, José Ruy, BONJORNO, Roberto e GIOVANNI Jr, José Ruy. Matemática
Fundamental 2º Grau/ Volume Único. Editora FTD. Edição 2000.
BARRETO Filho, Benigno e XAVIER da SILVA, Cláudio. Matemática - Aula por Aula. Editora
FTD.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática (Contextos e Aplicações) Ensino Médio. Volume 1, 2 e 3.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.
Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.
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Curitiba: SEED/julho/2006.
GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANNI JR. A conquista da Matemática - A + nova, 5ª, 6ª, 7ª e
8ª. Editora FTD; 1ª edição; São Paulo;
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática, 5ª à 8ª série. São Paulo, Ática, 2004.
90
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5.5 - FÍSICA
APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
A Física tem como objeto de estudo o Universo, em toda a sua complexidade. Por isso
a disciplina de Física propõe o estudo da natureza.
Muitos foram os estudos e contribuições, mas a história da Física nos mostra que até o
Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida a geometria
Euclidiana, a Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu e a Física de Aristóteles, a qual foi
bastante divulgada na Idade Média a partir de traduções dos árabes, especialmente
Avicena.
Com a ampliação da sociedade comercial tornou-se favorável para que surgissem
mudanças econômicas, políticas e culturais, e contribuiu para a queda do poder arbitrário
abrindo caminho para as revoluções industriais do século XVIII e, para que a ciência se
desenvolvesse.
Com isso, a física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu Galilei, no
século XVI, como uma nova forma de se conceber o universo, através da descrição
matemática dos fenômenos físicos. Galileu busca descrever um fenômeno partindo de uma
situação particular, por exemplo, a queda de um corpo sob ação da gravidade.
Galileu Galilei contraria a Física aristotélica ao propor que o peso dos corpos não tem
influência sobre a sua queda. Na concepção de Aristóteles os corpos caem porque tendem
a buscar o seu lugar natural, o centro da terra, o qual, por sua vez coincide com o
centro do cosmos. O cosmo medieval é ordenado, hierárquico e imutável, por isso as coisas
tendem ao seu lugar natural.
A nova ciência que vem a partir de Newton e seus sucessores, carrega a idéia de que
o universo se comporta com uma regularidade mecânica.
Essas ideias deterministas, que colocam o homem como sujeito ativo diante de uma
natureza previsível, tal qual um relógio chegam ao seu ponto culminante no século XVIII, até
meados do século XIX, levando Laplace a formular uma teoria da origem do sistema solar
que prescinde da ideia do criador.
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Contraditoriamente, é a revolução industrial burguesa que vai levantar a bandeira da
educação gratuita para todos, até porque precisava se firmar como classe dominante.
Nesta época, com a vinda da família real ao Brasil, o ensino de Física é trazido para o
nosso país, para atender a corte e os desejos da intelectualidade local.
A elite brasileira precisava tomar conhecimento de produção científica exterior e, em
1837, é criado no Rio de Janeiro o colégio Pedro II, para servir de padrão de ensino
secundário e modelo para os demais colégios a serem criados nas províncias.
Nos anos 80, o grupo de Re-elaboração do ensino da Física – GREF, integrado por
professores da Rede Estadual pública de São Paulo.
A proposta, Publicizada em 1993, busca propiciar no aluno uma sólida educação geral
voltada para uma compreensão crítica da sociedade, de modo a enfrentar as mudanças e
atuar sobre elas.
Esses conteúdos estruturantes indicam campos de estudo da física que, a partir de
desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina
em toda a sua complexidade. Ressalva-se a importância de um enfoque conceitual que não
leve em conta apenas uma equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico
que afirma que o conhecimento cientifico é uma construção humana com significado
histórico e social.
No momento em que pedimos para o aluno trazer textos que abrangem um
determinado conteúdo, temos a possibilidade de avaliar o entendimento desse conteúdo
pelo estudante.
Mas pode ser o inverso, o professor apresenta o texto e o estudante deve interpreta-lo,
logo após o conteúdo dado. Também uma pequena explanação sobre o assunto com
informações técnicas, como, por exemplo, onde vemos as aplicações no cotidiano, e depois
com o conteúdo trazer o conhecimento de tecnologia aplicada. Assim o estudante percebe
a importância do estudo a ser apresentado a ele.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Entendemos que a física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através
de conteúdos que deem conta do entendimento do objeto de estudo da física, ou seja, a
compreensão do Universo, a sua evolução, sua s transformações, as interações que nele se
apresentam.
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Assumindo para o ensino de Física o pressuposto fundamental que considera a
ciência como uma produção cultural, um objeto humano construído e produzido nas e pelas
relações sociais e a partir desses pressupostos consideramos: a) que o processo de ensino-
aprendizagem deve partir do conhecimento prévio trazido pelo estudante, b) a
experimentação no ensino de Física é importante como uma metodologia de ensino, c) que
o saber matemático não pode ser um pré-requisito para ensinar física e que a linguagem
matemática é uma ferramenta para a Física.
A compreensão da evolução dos sistemas físicos, as aplicações possíveis obtidas a
partir desta, suas influências na sociedade, especialmente após a Revolução Industrial e a
não neutralidade da produção cientifica, são considerações importantes.
Estas considerações podem ajudar o estudante a compreender a ciência não apenas
como uma busca de princípios gerais, conforme a crença positivista que a apresenta como
capaz de encontrar soluções fáceis e resolver todos os nossos problemas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º ANO
MOVIMENTO – Estudo do movimento uniforme e variado, envolvendo as Leis de Newton
com velocidade e aceleração, trabalho e energia, ações de força.
2º ANO
TERMODINÂMICA – Estudo de temperatura e escalas, dilatação dos sólidos. Estudo de
calor e a quantidade de calor. Estudo dos gases e efeitos, óptica geométrica, estudo de
reflexo e espelho esférico, refração e lentes, aplicações.
3º ANO
ELETROMAGNETISMO – Estudo de carga elétrica, potencial elétrico e diferença de
potencial, corrente elétrica, resistores e lei de Ohm, circuitos elétricos, geradores e
receptores, conceito de eletromagnetismo.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo.
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A partir da história da Física enquanto campo de conhecimento devidamente
constituído ao longo do tempo.
O estudo do movimento ainda tem importância fundamental, a importante mensagem
que a Física não é uma ciência acabada. Devemos usar o movimento de corpo como um
todo e não separado, cinemática, dinâmica e a estática, lembrando que as Leis de Newton
ajudam a compreender com facilidade os movimentos.
O desenvolvimento da termodinâmica e de suas leis está ligado ao advento das
máquinas térmicas e se deu a partir da Revolução Industrial. A descoberta das leis da
termodinâmica tem permitido a compreensão das relações entre calor e energia, e a
conservação da energia, com a diferença de temperatura, usando a estrutura molecular da
matéria.
O eletromagnetismo torna-se um importante campo de estudos para o estudante do
Ensino Médio, pois seu conhecimento esta relacionado à tecnologia que surgiu nos últimos
anos. O desenvolvimento de seu campo de estudo é favorecido pela Revolução Industrial.
O eletromagnetismo apresenta-se como uma oportunidade para o estudo de carga
elétrica, que pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas,
ou ainda para o estudo de campo elétrico e magnético, o que permite uma discussão
adicional do conceito de campo.
METODOLOGIA DE ENSINO
O conteúdo deve sempre ser trabalhado na perspectiva histórica, da parte para o todo
e do todo para a parte, assim inserindo o conteúdo no contexto social do aluno.
A metodologia deve possibilitar aos envolvidos no processo ensino-aprendizagem a
capacidade de entender a realidade, de situar-se no mundo, participando de forma ativa na
sociedade; entender criticamente uma notícia, de ler um texto científico, de entender e
avaliar questões de ordem social e política, proporcionando uma alfabetização científica e
tecnológica, crítica e reflexiva frente as descobertas e fatos científicos do mundo real.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Na avaliação escolar é necessário que se estabeleçam expectativas de aprendizagem
dos alunos, em consequência do ensino e que devem se expressar nos objetivos, nos
critérios de avaliação propostos e na definição do que será considerado como testemunho
das aprendizagens.
A avaliação deve ser contínua, pois, ao acompanhar o aluno sistematicamente, o
professor recolhe informação sobre o que o aluno aprendeu.
A avaliação deve ser em pressupostos teóricos adaptados pela diretriz, sendo
considerados aspectos históricos, conceituais e culturais, levando em consideração o
progresso do estudante quanto a esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de
estudo da Física, então ao avaliar deve-se também considerar a apropriação desse objeto
pelos estudantes.
A avaliação deve ser contínua, paralela e acumulativa, com trabalhos, avaliação
escrita, trabalhos em grupos e o rendimento em sala de aula pelo aluno.
BIBLIOGRAFIA
DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO
MÁXIMO, Antônio e ALVARENGA, Beatriz, Física, Volume 1, 2 e 3, Editora Scipione.
5.6 – QUÍMICA
1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
A abordagem no Ensino Médio da Química será norteada pela construção e reconstrução de significados, vinculadas a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais. O objetivo é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir sobre o período histórico atual.
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2. DIMENSÃO HISTÓRICA
A Química está presente em todo o processo de desenvolvimento das civilizações, como por exemplo: comunicação, o domínio do fogo e posteriormente o processo de cozimento necessário para a sobrevivência, o tingimento, a vitrificação, a fermentação, etc.
No decorrer dessa história, inicialmente o ser humano conheceu a extração, produção e tratamento de metais como o Cobre, o Bronze, o Ferro e o Ouro.
A Revolução Científica ocorreu no Ocidente, especialmente na Europa, pois o desenvolvimento do modo de produção capitalista, os interesses econômicos da classe dirigente, a lógica das relações de produção e as relações do poder que marcam esse sistema produtivo.
No século XVII ocorreu a Revolução Química com a incorporação de alguns elementos empíricos da alquimia: o mágico cedeu lugar ao científico, a Química ascendeu ao fórum das ciências.
O avanço da Química, nesse período, está vinculado ás investigações sobre a composição e estrutura da matéria, estudos estes compartilhados com a Física, que investigava as forças internas que reagem à formação da matéria.
3. PRESSUPOSTO TEÓRICO DA DISCIPLINA - QUÍMICA
O objetivo da ciência cabe destacar, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas
em constante transformação. Esse processo esse processo de elaboração e transformação
do conhecimento ocorre a partir das necessidades humanas, uma vez que a ciência é
constituída por homens e mulheres, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e
econômicos.
Quanto à relação entre o sistema produtivo e a produção científica, cabe considerar
que o processo industrial brasileiro influenciou, a partir das décadas de 60 e 70.
Na concepção aqui defendida, a Química será tratada com os alunos de modo a possibilitar
o entendimento do mundo e a sua interação com ele.
Pode-se observar no cotidiano: por exemplo, faz sentido para todas as pessoas
separar os resíduos orgânicos? Para uma pessoa que tenha estudado e compreendido
plástico (classificados como resíduos inorgânicos), o tempo de degradação e a energia
utilizada para a produção de novos materiais será mais criteriosa para a reciclagem.
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4. CONTEÚDOS
Estruturantes:
Matéria e sua Energia: dá início ao trabalho pedagógico. Trata especificamente de
seu objeto de estudo, abrindo caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos.
Biogeoquímica: relaciona a composição da Terra com as interações entre a
hidrosfera, litosfera e atmosfera sendo explorada através dos ciclos biogeoquímicos.
Química Sintética: tem um papel importante, pois aborda a síntese de novos materiais
e o aperfeiçoamento dos materiais que já foram sintetizados, favorecendo o
desenvolvimento de numerosas indústrias.
Básicos/Específicos
• Estrutura Atômica
• Tabela periódica
• Ligações químicas
• Funções da Química Inorgânica
• Reações Químicas
• Gases
• Concentrações
• Termoquímica
• Cinética Química
• Equilíbrio Químico
• Eletroquímica
• Funções da Química Orgânica
• Isomeria
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5. METODOLOGIA
prévio Espera-se por parte dos estudantes que eles tenham conhecimento da
Química, a partir das quais será elaborado um contexto científico.
A utilização de modelos no ensino de Química, para descrever comportamentos, não
palpáveis, é um dos fundamentos dessa ciência, isso implica num estudo da natureza da
ciência, sua dinâmica e seus princípios constitutivos.
Através das atividades experimentais (utilizando ou não o laboratório) é o ponto de
partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as idéias a serem discutidas em
aula.
A Química também estuda o mundo material e sua constituição. Considera-se
importante propor aos alunos leituras que contribuam para sua formação e identidade
cultural, que possam constituir elemento motivador para aprendizagem da Química e
contribuir, eventualmente, para a criação do hábito de leitura.
6. AVALIAÇÃO
O principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. A avaliação do
aluno será contínua com acompanhamento de suas atividades no dia a dia, permitindo
assim que o processo ensino-aprendizagem seja observado, respeitando a individualidade
de cada um. Será observado se o aluno é capaz de : interpretar, refletir, abstrair,
generalizar, concluir e de se expressar.
Instrumentos de avaliação : exercícios (em casa e na sala de aula, individual ou em
grupo), pesquisas, avaliações escritas (materiais e trimestrais).
BIBLIOGRAFIA
BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.|
BELTRAN, N. O. e Ciscato, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.
BIANCHI, Albrecht e DALTAMIR. Universo da Química – Volume Único. Editora FTD
MACEDO, Magno Urbano de e CARVALHO, Antonio. Col. Horizontes – IBEP
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Química – Ensino Médio. 2ª edição.
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5.7- CIÊNCIAS E BIOLOGIA – PROSSUPOSTOS TEÓRICOS DAS DISCIPLINAS CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
1. JUSTIFICATIVA
“Deve-se reconhecer que ciência é diferente de ciências. A ciência realizada em
laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados
inéditos, que possam explicar o desconhecido, cujo objetivo é alcançar resultados
esperados, aliás, planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. A
ciência sabe como procurar, mas não conhece resultados de antemão. O ensino, ao
contrário, conhece muito bem quais os objetivos a encontrar, mas as discussões de como
proceder para alcançá-los apontam para diferentes caminhos. Existe, portanto, uma
diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congresso específicos,
entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado
na escola por professores e alunos”. (Bizzo, Nélio. Ciência:fácil ou difícil. São Paulo, Ática,
2000)
Desde , que foi inserida no currículo escolar, a disciplina de ciências passou por
muitas alterações em seus fundamentos teórico-metodológicos e na seleção dos conteúdos
de ensino. Isso ocorreu em função dos diferentes interesses econômicos, políticos e sociais
sobre a escola básica e dos avanços na produção do conhecimento científico.
Hoje, no entanto, uma vez estabelecido o objeto de estudo da disciplina de ciências -
o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza – o estudo de ciências
deve contribuir para que os alunos possam compreender melhor o mundo em que vivem e
suas transformações, desenvolvendo uma consciência ecológica que os capacite a agir de
forma responsável em relação ao ambiente e aos seus semelhantes. Para que estes
objetivos sejam alcançados, o ensino de ciências deve estar vinculado a situações
cotidianas, nas quais o aluno seja instigado a posicionar-se em relação a fatos e fenômenos.
Ao final do Ensino Fundamental, o aluno deve ter adquirido um conjunto de conceitos,
procedimentos e atitudes que deverão ser usados como instrumentos, durante toda a sua
vida, permitindo-lhe compreender o mundo em que vive ae capacitando-o a fazer as
escolhas certas como homem e cidadão.
Nesse sentido, o ensino de ciências deverá se organizar de forma a permitir que o
aluno desenvolva as seguintes capacidades:
• Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do cotidiano;
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• Desenvolver um olhar atento para a a natureza e buscar respostas para os
• desafios;
• Formular perguntas e suposições sobre os fenômenos naturais;
• Desenvolver estratégias para buscar e tratar informações;
• Perceber a interdependência entre os seres vivos e os demais elementos da
natureza;
• Desenvolver hábitos de saúde e higiene
• Aplicar o vocabulário científico para representar e transmitir conhecimentos sobre o
mundo natural e tecnológico;
• Valorizar os recursos naturais reconhecendo que possuem um rítmo característico de
renovação;
• Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais, políticas e
ambientais;
• Identificar o uso correto e útil das novas tecnologias, diferenciando-os daqueles
prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao ser humano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os Conteúdos Estruturantes de Ciências no Ensino Fundamental buscam facilitar a
compreensão do ambiente que nos cerca bem como reforçar a importância que todo
organismo vivo tem para a manutenção do equilíbrio ambiental.
SÃO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
3º série
- História do Planeta. Como tudo começou...
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- Biosfera – Camada do Planeta Terra
- Sobrevivência do Ser Humano no Planeta
- Transformação do Meio Ambiente pelo homem
- Consequências das agressões ao Meio Ambiente
- Fotossíntese
- Plantas, Animais, Habitat e Sobrevivência
- Animais em extinção
- Biodiversidade
- Sistema Solar
- Saneamento básico, alimentação e nutrição
4º série
- Noção de Astronomia
- Sistema Solar
- Transformação de Matéria em Energia
- Alimentação e Saúde
- Cadeia Alimentar
- Células
- Corpo Humano
- Sistema Nervoso
- Sistema Digestivo
- Sistema Ósseo
- Sistema Muscular
- Transformação dos Alimentos
- Sistema Respiratório
- Sistema Circulatório
- Sistema Excretor
- Sistema Reprodutor
- Doenças Sexualmente Transmissíveis
- Noções de Higiene
- Fenômenos no Ambiente: combustão e calor, magnetismo, energia elétrica,
som e luz.
101
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CONTEÚDOS BÁSICOS – 5ª SÉRIE
ASTRONOMIA
• Universo
• Sistema Solar
• Movimentos Terrestres
• Movimentos Celestes
• Astros
MATÉRIA
• Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
• Níveis de organização celular
ENERGIA
• Formas de energia
• Conversão de energia
• Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
• Organização dos seres vivos
• Ecossistemas
• Evolução dos seres vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS - 6º série
ASTRONOMIA
• Astros
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestiais
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MATÉRIA
• Constituição da material
SISTEMAS BIOLÓGICOS
• Células
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
• Formas de energia
• Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
• Origem da vida
• Organização dos seres vivos
• Sistemática
CONTEÚDOS BÁSICOS – 7ª série
ASTRONOMIA
• Origem e evolução do Universo
MATÉRIA
• Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
• Célula
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
• Formas de energia
103
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BIODIVERSIDADE
• Evolução dos seres vivos
CONTEÚDOS BÁSICOS – 8ª série
ASTRONOMIA
• Astros
• Gravitação Universal
MATÉRIA
• Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
• Mecanismos de herança genética
ENERGIA
• Formas de energia
• Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
• Interações ecológicas
3. METODOLOGIA
A história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais devem ser
essenciais no ensino de ciências.
Considerando-se o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número de aulas
semanais, as características regionais, os conteúdos devem se abordados de forma a
contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-
aprendizagem da disciplina de ciências e assim, permitir a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
104
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
O professor de ciências deve utilizar: problematizações, contextualizações,
interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividades individuais, em grupo e
experimentais, observações, recursos lúdicos entre outros procedimentos que, à luz dos
elementos acima relacionados, possibilitarão ao aluno internalizar novos conceitos à sua
estrutura cognitiva.
Além de tudo isso, para aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem o professor
deverá fazer uso:
• de recursos pedagógicos e tecnológicos tais como: livro didático, texto de jornal,
revista científica, figuras, revistas em quadrinhos, quadro de giz, mapas, globo,
modelos didáticos variados, microscópio, lupa, televisor, computador, projetor, entre
outros;
• de recursos instrucionais como: tabelas, gráficos, diagramas, organogramas, mapas
conceituais, mapas de relação, entre outros;
• de alguns espaços, tais como: laboratórios, museus, exposições de ciências,
seminários, debates, semanas culturais, feiras.
4. AVALIAÇÃO:
A Avaliação é atividade importante e essencial ao processo ensino-aprendizagem, porém
somente terá alguma validade se ocorrer de forma contínua e cumulativa. O professor deve
buscar superar as formas classificatórias e excludentes de avaliação e implementar um
modelo mediador-diagnóstico que possibilite a identificação das dificuldades do aluno, para
em seguida através dos procedimentos adequados, utilizando diferentes estratégias e
recursos pedagógicos, retomar os conteúdos visando uma aprendizagem realmente
significativa para sua vida.
(...) para avaliar a aprendizagem significativa, muito mais essencial do que instrumentos
específicos de investigação é a mudança conceitual necessária por quem faz a avaliação.
(MOREIRA, 1999, P. 63).
Para o correto diagnóstico, as provas são sim, importante instrumento de investigação,
pois permitem, segundo Vigotski, investigar o aprendizado além de indicar o quanto o nível
de desenvolvimento potencial tornou-se real.
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No entanto, apenas provas pouco significam. O professor deve utilizar, além das provas,
outros instrumentos que envolvam problematizações, jogos educativos, pesquisas, trabalhos
em grupo, seminários, debates, painéis e discussões, entre outros.
Em ciências, ao final de cada série, o aluno deverá ser capaz de:
5ª SÉRIE
• Reconhecer a incrível diversidade de vida no planeta;
• Caracterizar os seres vivos, diferenciando-os dos seres brutos;
• Identificar a heterogeneidade da distribuição dos seres vivos no planeta;
• Compreender as interações entre os seres vivos e destes com o ambiente que os
cerca;
• Compreender as propriedades do solo, sua origem e seus tipos;
• Descrever as camadas formadores do nosso planeta
• Identificar doenças transmitidas pelo solo contaminado e pelo solo poluído e os
métodos profiláticos adequados;
• Avaliar a interferência da espécie humana sobre o solo;
• Reconhecer as ações que degradam o solo;
• Desenvolver a noção de desenvolvimento sustentável para a preservação do solo
e a manutenção de todas as formas de vida;
• Reconhecer a importância da água para a vida no planeta;
• Identificar os estados físicos da água na natureza;
• Compreender as propriedades da água;
• Identificar as principais doenças transmitidas pela água e os métodos profiláticos
adequados;
• Reconhecer a importância do tratamento da água para a manutenção da saúde;
• Descrever o processo de obtenção de energia elétrica a partir da força da água;
Diferenciar as camadas da atmosfera;
• Compreender as propriedades do ar;
• Reconhecer os problemas causados pela poluição do ar;
• Identificar as causas dos desequilíbrios ambientais;
• Reconhecer o papel do ser humano nos desastres ambientais;
106
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• Relacionar os diversos tipos de poluição ambiental com o atual modelo de
desenvolvimento;
• Diferenciar lixão de aterro sanitário;
• Reconhecer a importância da reciclagem;
• Compreender o universo: as galáxias, as estrelas, os planetas,os satélites.
6ª SÉRIE
• Compreender que, apesar de toda a diversidade de vida gerada, existem padrões
que se conservam entre os seres vivos;
• Caracterizar os seres vivos;
• Identificar as principais teorias de origem da vida;
• Reconhecer a evolução como característica fundamental dos seres vivos;
• Perceber a importância da manutenção da biodiversidade;
• Diferenciar os reinos em que são classificados atualmente os seres vivos;
• Reconhecer os vírus como organismos vivos;
• Caracterizar as principais viroses, identificando maneiras de evitá-las;
• Compreender a importância das campanhas de vacinação;
• Caracterizar os integrantes do reino Monera;
• Identificar as principais doenças causadas pelas bactérias e métodos de prevenção;
• Reconhecer a importância das cianobactérias (algas cianofíceas);
• Caracterizar os integrantes do reino Protista;
• Identificar as principais doenças causadas pelos protistas patogênicos;
• Caracterizar os integrantes do reino Fungi;
• Diferenciar os grupos de fungos;
• Caracterizar as plantas como organismos autótrofos;
• Diferenciar Pteridófitas e Briófitas;
• Diferenciar Angiospermas e Gimnospermas;
• Reconhecer o papel dos diversos órgãos vegetais;
• Identificar os diversos grupos animais invertebrados, reconhecendo suas
características gerais, forma de vida e reprodução;
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• Reconhecer as principais doenças causadas pelos diversos invertebrados e as
maneiras de evitá-las;
• Caracterizar os diversos grupos vertebrados;
• Reconhecer o ser humano como vertebrado típico;
7ª SÉRIE
• Identificar os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo;
• Compreender as diferentes teorias evolutivas;
• Relacionar as diferentes teorias evolutivas com a sua própria evolução histórica;
• Conhecer os conceitos de matéria, átomo, íons, elementos químicos, substâncias,
ligações químicas e reações químicas;
• Reconhecer as lais de conservação de massa;
• Identificar os principais compostos orgânicos e suas relações com a constituição dos
organismos vivos;
• Identificar os componentes celulares, sua estrutura e os mecanismos celulares por
eles comandados, estabelecendo relações com as funções celulares;
• Diferenciar os tipos de tecidos celulares identificando o funcionamento de cada um;
• Compreender os conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,
respiratório, excretor e urinário;
• Reconhecer a relação dos fundamentos da energia química e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento;
• Identificar a relação dos fundamentos da energia química com a célula;
• Compreender os fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento
• Compreender os fundamentos da energia nuclear e sua fontes, modos de
transmissão e armazenamento;
8ª SÉRIE
• Compreender as leis de Kepler e relacioná-las às órbitas dos planetas;
• Compreender as leis de Newton e a gravitação universal;
• Relacionar fenômenos terrestres com as marés e à gravidade;
108
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• Identificar e compreender as propriedades, da matéria, massa, volume, densidade,
compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade,
maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor,
brilho e sabor;
• Compreender os fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso,
sensorial, reprodutor e endócrino;
• Identificar a relação dos cromossomos e genes com os mecanismos de herança
genética;
• Compreender os sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua
relação com a Lei da Conservação de energia;
• Identificar e compreender as relações entre os sistemas conservativos;
• Compreender os conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração,
trabalho e potência;
• Reconhecer e compreender a relação entre energia elétrica e magnetismo;
• Compreender os fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos,
bem como as relações interespecíficas e intraespecíficas;
BIOLOGIA
JUSTIFICATIVA:
A Biologia é uma ciência bela, porém complexa, em que os fenômenos estudados
geralmente são cercados por variações e exceções. Os fenômenos biológicos
desenvolvem-se segundo determinados padrões, dentro de uma faixa de variações
individual que precisa ser considerada e e compreendida.
Entender a Biologia como uma ciência dinâmica, como é a vida, uma realidade em
constante transformação.
Os seres vivos são organismos que mantém complexas relações entre si e com todo
o ambiente físico, compondo com este um complexo conhecido por ecossistema, de cujo
equilíbrio depende a preservação da Terra.
Essas considerações estão sempre vivas no decorrer do ano letivo, onde, o
educando, poderá entender melhor toda as maracutaias em que os seres vivos, habitantes
109
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do planeta estão inserido e com eles, também tirar as lições de sobrevivência com
competência e respeito com a mãe natureza.
Pensar em concepção de um currículo para a educação básica, a comunidade
escolar do Estado do Paraná é lembrar de Sacristán, que fala de impressões que, “tal
como imagens, trazem à mente o conceito de currículo”. Em algumas dessas impressões, a
ideia de que o currículo é construído para ter efeito sobre as pessoas fica reduzida ao seu
caráter estrutural prescrito. Nelas, parece não haver destaque para a discussão sobre como
se dá, historicamente, a seleção de conhecimento, sobre a maneira como esse
conhecimento se organiza e se relaciona na estrutura curricular e, consequência disso, o
modo como as pessoas poderão compreender e atuar nele.
Como documento institucional, o currículo pode tanto ser resultado de amplos
destaques que tenham envolvido professores, alunos, comunidades, quanto ser fruto de
discussões centralizadas, feitas em gabinetes, sem a participação do sujeito.
De forma autônoma, o documento impresso onde o estabelecimento de normas e
critérios tem significado, mesmo quando a prática procura contradizer ou transcender essa
definição.
Com isso, ficamos vinculados a formas prévias de reprodução, mesmo quando nos
tornamos criadores de novas formas (GOODSON, 1995. p.18)
O importante do currículo é experiência, a recriação da cultura em termos de
vivências, a provocação de situações problemáticas [..] (SACRISTÁN, 2000, p 41)
(ZOTTI.2008) O foco do currículo foi deslocado do conteúdo para a forma, ou seja, a
preocupação foi centrada na reorganização das atividades, com base nas experiências,
diferenças individuais e interesse da criança.
No final do século XVII, Isarco Newton, amparado nos estudo de Galileu, Tycho
Brahe e Kepler estabeleceu a primeira grande unificação dos estudos da Física
relacionando os fenômenos físicos terrestres e celestiais. Temas que eram objetos da
filosofia , passaram a ser analisados pelo olhar da ciência empírica , de modo que “das
explicações organizadas conforme métodos científicos, surgiram todas as ciências naturais”
(ARAUJO, 2003, p.24).
(KOSIK, 2002, p.139) A obra da arte é constituída pela razão, pelos sentidos e pela
transcendência da própria condição humana.
Nestas diretrizes, descarta-se a importância dos conteúdos disciplinares e do
professor como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de
110
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organização curricular que vigoram na década de 1990 os quais esvaziaram os conteúdos
disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais.
O envelhecimento do conteúdo e a evolução de paradigmas na criação de saberes
implica a seleção de elementos dessas áreas relativos a estruturas do saber, nos métodos
de investigação, nas técnicas de trabalho, para continuar aprendendo e em diferentes
linguagens. O conteúdo relevante de uma matéria é composto dos aspectos mais estáveis
da mesma e daquela capacidade necessárias para continuar tendo acesso e renovar o
conhecimento adquirido. (SACRISTAN, 2000.p.152-153).
Sem conteúdo não há ensino, qualquer projeto educativo acaba se concretizando na
inspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se educam.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Básicos
Organizaçãodos Seres Vivos
MecanismosBiológicos
Biodiversidade
ManipulaçãoGenética
1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicosfilogenéticos.
2-Sistemas biológicos:anatomia, morfologia,fisiologia.
3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4- Mecanismos celulares biofísicos bioquímicos
5-Teorias evolutivas.
6-Transmissão das características hereditárias.
7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos
8-Organismos Geneticamente Modificados.
111
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Abordagem Teórico Metodológica
Conforme as Diretrizes Curriculares do Ensino de Biologia, a abordagem dos
conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao
introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a
diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, sendo possível, também, discutir o
mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento
natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo,a abordagem do conteúdo
classificação dos seres vivos não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao
adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico
organismos geneticamente modificados ,partindo-se da compreensão das técnicas de
manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a
diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.
Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro
conteúdos estruturantes. Outro exemplo, é a abordagem do funcionamento dos Sistemas
que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante
Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante organização dos Seres
Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a
célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se
perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres
vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres
vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o
reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que
determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas
estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os
seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem.
AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno:
• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
• Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos
vegetais e animais, e dos vírus;
112
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• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo
de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos;
• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos
(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,
excretor sensorial e nervoso);
• Identifique a estrutura e funcionamento das organelas citoplasmáticas;
• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
frequêntes nos sistemas biológicos (histologia);
• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade Biológica;
• Reconheça as relações de interdependência vivem;
• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolvem a manipulação genética;
• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas
sócio-ambientais;
• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
113
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• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos seres vivos;
• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas
sócio-ambientais;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como meio
em que vivem;
• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas
sócio-ambientais;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências – Secretaria de Estado da Educação;
BARROS, C. e PAULINO, W. R. Ciências: O meio ambiente. Manual do professor – 5ª
série. São Paulo, SP: Ática, 2006;
__________________________ . Ciências: Os seres vivos. Manual do professor – 6ª
série. São Paulo, SP: Ática, 2006;
__________________________ . Ciências: O corpo humano. Manual do professor – 7ª
série. São Paulo, SP: Ática, 2006;
__________________________ . Ciências: Física e Química. Manual do professor – 8ª
série. São Paulo, SP: Ática, 2006;
MENEZES, L. C. de. Ensinar ciências no próximo século. In: HAMBURGER, E. W.;114
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RONAN, C. A. História ilustrada da ciência: das origens à Grécia. Rio de Janeiro: Zahar,
1997;
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. Campinas, SP. Autores Associados, 1995
RABELO, E. H. Avaliação: Novos tempos, novas práticas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998;
ABRAMOWICZ, Anete e MOLL, Jaqueline (Org.) Para além do fracasso escolar.
Campinas, SP. Papirus, 1997;
MELCHIOR, Maria Cecília. Avaliação pedagógica: função e necessidade. Porto Alegre,
RS. Mercado Aberto, 1994;
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: Uma prática em construção, da pré-escola
à universidade. Porto Alegre, RS. Educação e realidade. 1993/
5.8 - HISTÓRIA
A) PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às
relações humanas praticadas no tempo. A relação do ensino de História com a formação de
uma democracia radical por meio da construção do conhecimento histórico percebe-se a
necessidade da valorização dos “sujeitos históricos”, não somente como objeto de análise
historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do conhecimento através da
reflexão retórica e, portanto, da produção conceitual, de sua prática vivencial e investigativa
no universo escolar.
O conhecimento histórico é sistematizado a partir de um processo de investigação que
tem como objeto às “ações humanas”, praticadas no passado e as respectivas “intenções”
ou “sentidos” que seus agentes deram as suas atitudes. Possui um método específico
baseado na explicação e interpretação de fatos passados, por meio de provas construídas a
partir de fontes ou documentos, na forma de uma narrativa histórica multiperspectivada. A
finalidade é expressa no processo de autoconhecimento humano, sob a forma da
“consciência histórica” dos sujeitos, voltada para a interpretação dos sentidos do pensar
histórico.
Os processos históricos estão articulados em determinadas relações causais:
acontecimentos históricos em determinado local, tempo e espaço; relações interna e
externa; transformações e a complexidade.
115
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Os referenciais teóricos devem permitir a seleção temática através de uma
conceitualização problematizadora e explicação que abordam a narrativa histórica.
B) OBJETIVOS
A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às
relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às
mesmas, tendo ou consciência dessas ações.
Ensino de História contribui para a formação de uma consciência histórico-crítica dos
alunos.
Objetivo da História: Desenvolver o senso-crítico, a reflexão histórica.
Aluno – agente de transformação da sociedade com intuito de uma sociedade mais
justa, humana, fraterna, diminuição das desigualdades sociais.
C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Dimensões Política, Econômica, Social e
Cultural.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
3ª série
- Percepção da identidade própria, enquanto ser humano em suas relações
com os grupos com os quais convive
- Identificação de direitos e deveres nos diferentes grupos
- Origem das famílias da comunidade
- Organização da sociedade brasileira relacionando com a colonização
entendendo a origem da cidade de Curitiba
- Entendimento de que grupos sociais desempenharam, em diferentes tempos,
papéis específicos na historia de Curitiba
116
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- Extrativismo vegetal e mineral, pecuária (ontem e hoje), em Curitiba e no
Brasil
- Pontos turísticos
- Distinção de trabalho escravo e assalariado, condição de trabalho e de vida
em Curitiba hoje (acesso aos serviços oferecidos)
- Emigrantes e sua contribuição para o crescimento da cidade
- Relação do crescimento da vida urbana da cidade
4ª série
- História do Brasil
- Primeiros habitantes
- Chegada dos portugueses
- Exploração do Pau-Brasil
- Início da Colonização
- Capitanias Hereditárias
- Escravidão
- Histórico das ocupações Paranaenses
- Índios do Paraná
- Ocupações de espanhóis e portugueses no Paraná
- Fundação de Paranaguá e Curitiba
- Tropeirismo
- Etnias paranaenses
- Transformações do século XIX na economia paranaense
- Governo
- Poderes
- Organização existente no espaço urbano e rural
- Símbolos paranaenses
5ª série
- A Pré–História (origem humana, caçadores e coletores)
- A estrutura do Clã
- A Civilização da Mesopotâmia (primeiras cidades, escrita, direito)
117
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- A Civilização Egípcia (geografia, economia, sociedade, religião)
- A Civilização dos Hebreus (geografia, sociedade, política)
- A Civilização dos Fenícios (política, economia, religião)
- A Civilização dos Cretenses (política, economia)
- A Civilização Grega (população, economia cultura, religião, filosofia)
- Atenas (formação da população, educação, democracia)
- Esparta (educação, cultura, política)
- As guerras Médias
- A guerra do Peloponeso
- O governo de Alexandre
- A mulher na Grécia
- A origem lendária de Roma
- O Período Monárquico
- A Proclamação da República
- O Período Republicano
- A crise da República
- A guerra civil em Roma
- A instauração do Império
- O governo de Augusto
- O surgimento do Cristianismo
- O governo dos Cláudios
- O governo dos Antoninos
- A elaboração dos editais
- A legislação do Cristianismo
- A crise do Império
- Os Bárbaros em conflito com Roma
- Cultura Romana (teatro, direito)
- O declínio do Império
- A invasão dos Bárbaros
- Os Francos
118
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6ª série
- Reino Germânico e Império Carolíngio
- Sociedade Medieval
- Cultura Medieval e a influência do Cristianismo
- Império Bizantino
- Mundo Islâmico
- Expansão Europeia e conquista da América
- Renascimento
- Reformas Religiosas
- Mercantilismo Colonial
- Colonização do Brasil
- A escravidão
- A História Afro-americana
- Brasil Colonial
- A economia no Brasil Colonial
7ª série
- Produção do conhecimento histórico
- Articulação da história com outras áreas do conhecimento
- Consolidação dos Estados Nacionais Europeus
- O Absolutismo
- Inglaterra - Guerra dos trinta anos
- A colonização da América do Norte
- Expansão e consolidação do território brasileiro
- Revolução Industrial e relação de trabalho (XIX e XX)
- O Iluminismo
- Revolução Francesa
- Era Napoleônica
- Independência dos E.U.A
- Independência do México
- Independência da América Central
119
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- Independência do Brasil e 1º Reinado
- Colonização do Território paranaense
- Europa das revoluções
- Brasil: da regência do 2º Reinado: A construção da nação
- As contribuições africanas para a formação da nação brasileira
- A questão agrária no Brasil
- Emancipação política do Paraná
8ª série
- Idade Contemporânea e Brasil
- Produção do conhecimento histórico
- Articulação da história com outras áreas do conhecimento
- A era do Imperialismo
- O surgimento das sociedades de massa
- A República chega ao Brasil
- A 1ª Guerra Mundial e a Revolução Russa
- O período entre guerras
- A 2ª Guerra Mundial
- O governo de Getúlio Vargas
- O mundo dividido
- A Guerra Fria
- Os governos populares no Brasil
- A descolonização da África e da Ásia
- China: da Revolução aos dias atuais
- A Ditadura Militar no Brasil
- A Nova Ordem mundial
- A Nova República: a redemocratização do Brasil
- A América Latina no século XXI
- Conflitos contemporâneos no Oriente Médio
120
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO – 1º A 3º ANOS
1º ANO
Trabalho – Relações de trabalho:
- O mundo do trabalho em diferentes sociedades
- Construção do trabalho assalariado
- Transição do trabalho escravo para o livre/ contexto das sociedades brasileira
e estadunidense
- Povos escravizados trazidos ao Brasil – resistência e promulgação de leis
- Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo
- Trabalho na sociedade contemporânea
- Industrialização e urbanização no Brasil
2º ANO
Poder – Relações de poder:
- Estado nos mundos Antigo e Medieval
- Formação dos Estados Nacionais
- Relações de poder e violência no Estado
- O Estado Imperialista
- Paraná – urbanização e industrialização
3º ANO
Cultura –Relações culturais:
- As cidades na História
- Relações culturais nas sociedades grega e romana
- Relações culturais na sociedade medieval
- Sociedade moderna/ movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos
- Urbanização e industrialização no século XIX
- Sociedade contemporânea/ movimentos sociais, políticos e culturais
- Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea
121
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
- Apropriar conceitos Históricos
- Construir o conceito de tempo de forma multidimensional
- Compreender a História como prática social
- Compreender o processo histórico como algo permanente
- Conhecer o método e problematização das fontes históricas
- Respeitar a diversidade etno-racial, religiosa, social e econômica
5.9 - GEOGRAFIA
A) PRESSUPOSTOS GERAIS DA DISCIPLINA. A Geografia tem assumido importante
papel na sociedade em que vivemos, pois nosso espaço geográfico está em
constante transformação. Estamos numa época de grandes avanços tecnológicos,
onde as informações são transmitidas com muita rapidez e em grande volume pelos
meios de comunicação, ficando assim impossível acompanhar e entender as muitas
mudanças, os fatos e os fenômenos naturais que ocorrem no mundo sem os
conhecimentos geográficos.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA. Seu objetivo de estudo é hoje entendido
como o espaço geográfico e sua composição conceitual básica – Lugar, Paisagem,
Região, Território, Natureza, Sociedade. Seguindo correntes de pensamentos com
posições filosóficas e políticas distintas, considerando a existência de uma dicotomia
entre geografia física, humana, política e econômica a qual estamos buscando
supera-la. Assim, o conceito adotado para o objetivo de estudo da Geografia nas
diretrizes curriculares é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido
(Lefebvre, 1974) e apropriado pela sociedade, composto por objetivos (naturais,
culturais, políticos e econômicos) inter-relacionados (Santos, 1996). O espaço é
formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas
de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro
único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por
objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos
122
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial
tenda a funcionar como máquina (SANTOS, 1996, p. 51).
Todo nosso espaço geográfico está em transformação em todos os aspectos e
precisamos conhecer o espaço em que vivemos para melhor compreender todas
essas transformações. Dessa perspectiva os objetivos geográficos são indissociáveis
das ações humanas, mesmo sendo ele os objetivos naturais.
A espacialidade os fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como a explicação
das localizações relacionais dos eventos em estudo são próprias da análise geográfica
da realidade. Nesse sentido, numa perspectiva crítica, algumas perguntas devem
orientar o pensamento geográfico e o trabalho do professor, tais como:
• Onde?
• Como é este lugar?
• Por que aqui e não em outro lugar?
• Por que as coisas estão dispostas desta maneira no espaço geográfico?
• Qual o significado deste ordenamento espacial?
• Quais as consequências deste ordenamento espacial?
• Por que e como esses ordenamentos se distinguem de outros?
Tais peguntas, orientadoras da reflexão sobre o espaço e o ensino da Geografia,
embora considerem como pressupostos alguns princípios da Geografia clássica,
superam-nos em complexidade e diferenciam-se em método a ser trabalhado.
CONTEÚDO ESTRUTURANTES E BÁSICOS
3ª série
- O Espaço Mundial : Identificação de espaço mundial, continente, país, região,
estado, região metropolitana, município e bairro, entendendo a função
administrativa de cada um deles e sua inter-relação
- O Espaço de Curitiba : Município como parte integrante do espaço mundial,
localizando-o nas diferentes representações cartográficas
- Direções : Cardeais e colaterais
- Limites e interdependência com outros municípios123
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
- Leitura e interpretação da linguagem cartográfica (mapas, gráficos e plantas)
- Circulação no espaço de Curitiba : trânsito, códigos para facilitar a orientação,
circulação e comunicação
- Modo de vida rural e urbana (identificação espacial)
- Atividades produtivas : indústrias, comércio, pecuária, agricultura e
extrativismo
- Conceitos de preservação, poluição e preservação ambiental
- Relevo, clima, vegetação e hidrografia.
4ª série
- O espaço
- Continentes e Oceanos
- Continente Americano
- América do Sul
- Pontos cardeais e colaterais
- Localização do Brasil no mundo
- Curitiba no estado, país e no mundo
- Espaço natural do Paraná
- Relevo paranaense
- Hidrografia do Paraná
- Vegetação do Paraná
- Clima do Paraná
- Atividades primárias e as transformações do espaço paranaense
- Agricultura do Paraná
- Mineração e Pecuária
- Indústria e comércio paranaense
- Imigração e migração
5ª série
1) PERSPECTIVA ECONÔMICA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO
Atividades industriais e as fontes de energia:
124
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- Recursos naturais e o desenvolvimento sustentável
- Atividades industriais e os tipos de indústria
- A industrialização e os efeitos no espaço geográfico
A Agropecuária e a Agroindústria Brasileira e paranaense:
- Tipos de agricultura
- A pecuária
- A agroindústria e as industrias na agricultura
A Sociedade e o Trabalho:
- O trabalho e o espaço geográfico
- A sociedade e a economia
- O trabalho e a satisfação da sociedade
A Sociedade e a Cidadania:
- A sociedade
- A cidadania e os problemas sociais
- População brasileira e paranaense na miscigenação de povos
2) PERSPECTIVAS GEOPOLÍTICAS
Lugar e a localização no espaço geográfico:
- O que é lugar
- Orientação no espaço
- Coordenadas geográficas, pontos e equipamentos de orientação
- O Brasil e o Paraná no espaço geográfico
- Localização de nossa casa na Terra (no espaço geográfico)
Representação do espaço geográfico:
- Mapas, tipos e representação
- Plantas e maquetes
- Projeções e escalas
125
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3) PERPECTIVA DIMENSÃO SOCIO-AMBIENTAL
Atmosfera – condições naturais e ação humana:
- A vida nos ecossistemas
- A formação do planeta Terra
- O tempo e o clima
A litosfera e o relevo terrestre, ações humanas e as condições naturais:
- O relevo terrestre
- A estrutura interna da terra e a crosta terrestre
- As forças e os agentes modificadoras do relevo
Hidrosfera e a importância da água para a sociedade:
- A hidrosfera fonte de vida
- Os oceanos, mares e as águas continentais
- Água recurso natural
O homem, as paisagens e o espaço geográfico:
- O que são paisagens
- A modificação da paisagem e as técnicas de trabalho do homem
- Objetivos da geografia e o espaço geográfico
Climas e as formações vegetais da Terra:
- Climas
- Tipos de climas e microclimas
- Formação e os tipos de vegetais
4) PERPECTIVAS DEMOGRÁFICAS
Transportes, comércio e as comunicações:
- O comércio e os transportes brasileiros e paranaenses
- Os meios de comunicação e a integração dos lugares
126
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População, crescimento e as condições sócio econômicas:
- A distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil
Características da população paranaense
- População e os setores da economia
6ª série
1) PERSPECTIVAS ECONÔMICAS
A sociedade e a economia do Brasil:
- O espaço geográfico e o nível de desenvolvimento econômico e social
- A economia brasileira e as desigualdades sociais
O Brasil de país agrário a industrial:
- A industrialização brasileira
- A agricultura também se modernizou
O espaço socioeconômico do Nordeste:
- A concentração de riquezas e o desenvolvimento da região, recursos
minerais e a atividade industrial
- A agropecuária nas sub-regiões
- Transporte e atividades turísticas da região
O Centro-Sul:
- O centro-sul da economia capitalista brasileira
- Organização do espaço do centro-sul
- Condições naturais do centro-sul
O espaço socioeconômico do centro-sul:
- Indústria e atividades econômicas diversificadas
- O espaço agropecuário
127
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O espaço socioeconômico da Amazônia:
- Atividades extrativas
- A agropecuária
- Indústria de eletrodomésticos e de bens de consumo em geral
2) PERSPECTIVAS GEOPOLÍTICAS
A paisagem natural brasileira e a ação humana
- Extensão e localização do Brasil
- O Brasil na América do Sul
- Paisagens naturais em exploração e em transformação
Formação do território brasileiro e paranaense:
- Divisão política, tratados e limites
- O Paraná e suas paisagens naturais na formação de seu relevo
Regionalização no Brasil:
- A divisão regional oficial do IBGE
- Os três complexos regionais
- A regionalização paranaense
3) PERSPECTIVA DA DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL
Paisagem natural brasileira e ação humana:
- Extensão e localização do Brasil
- Uma paisagem natural em exploração e em transformação
Paisagens paranaenses e ação humana:
- Características naturais
- Dinâmica sócio-ambiental
128
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Amazônia:
- Formação territorial
- Espaço natural e sócio econômico
4) PERSPECTIVA DEMOGRÁFICA
Urbanização brasileira e paranaense:
- O êxodo rural e urbanização
- O crescimento das cidades e o planejamento urbano
População brasileira e paranaense:
- Miscigenação de povos e distribuição espacial de afro-descendentes
- Formação da população, migrações e emigrações
- A demografia e o crescimento da população
As desigualdades sociais do Brasil:
- Participação dos negros na construção da nação
- População afrodescendente
População paranaense e as desigualdades sociais:
- Ocupação do Paraná
- Características humanas
7ª série
1) PERSPECTIVAS ECONÔMICAS
O capitalismo e a formação do espaço:
- O capitalismo e o espaço mundial
- A formação do capitalismo
- A revolução industrial e o capitalismo industrial, financeiro e capitalista
A integração na América e a formação dos blocos econômicos:
- A integração do continente americano
129
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
- Os blocos econômicos regionais
- A configuração dos blocos regionais no continente americano
Estados Unidos – a superpotência mundial:
- O século americano
- A grande potencia econômica
- Os fatores do crescimento econômico
- O espaço econômico norte americano
América latina – Países subdesenvolvidos, industrializados:
- O processo da diversificação industrial
- O espaço econômico mexicano
- O espaço econômico argentino
A América latina – Países subdesenvolvidos exportadores de produtos
primários:
- Caracterização dos países latino-americanos subdesenvolvidos
exportadores de produtos primários
- América Central e América do Sul
Subdesenvolvimento do continente americano:
- Abertura econômica e as privatizações
2) PERSPECTIVAS GEOPOLÍTICAS
A revolução técnico científica e a globalização:
- Os fluxos de informações, de capitais e mercadorias e a globalização
- Ciência, pesquisa e produção na Revolução Industrial
- Os polos mundiais de alta tecnologia, a estrutura produtiva das
multinacionais e as fusões
- Globalização e o neoliberalismo
Desenvolvimento, subdesenvolvimento e regionalização do espaço mundial:
130
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
- A divisão Norte/Sul
- As origens da dependência
- Regionalização do espaço mundial
O Socialismo na América:
- Extensão territorial e as condições naturais
- A independência e a revolução socialista
3) PERSPECTIVA NA DIMENSÃO SÓCIO AMBIENTAL
O relevo e a hidrografia do continente americano:
- As águas continentais americanas
O clima e as paisagens vegetais na América:
- Fatores determinantes do clima
- Tipos de climas e paisagens vegetais
Aspectos gerais do continente americano:
- Divisão: América Latina e América anglo-saxônica
- Colonização e exploração do povoamento
- O subdesenvolvimento dos continentes
4) PERSPECTIVAS DEMOGRÁFICAS
População Americana:
- Os primeiros habitantes da América
- O crescimento e a distribuição da população
- A diversidade dos povos
Urbanização e as cidades globais:
- Urbanização além dos limites territoriais
- O êxodo rural e a urbanização nos países desenvolvidos e nos
subdesenvolvidos
131
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Colonização americana:
- Os primeiros colonizadores
- Motivo de sua colonização
8ª série
1) DIMENSÃO ECONOMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Economia mundial: Um mundo globalizado:
- A situação político-econômica do espaço mundial do início do século XXI
- A interligação econômica e financeira num mundo desigual
- A revolução técnico-científica
A Formação dos Blocos Econômicos:
- Europa: O elevado nível de desenvolvimento da Europa Ocidental
- As economias em transição da Europa Oriental
- O espaço econômico: Os países industrializados
Ásia: Um continente marcado pela diversidade:
- Os aspectos sócio-econômicos
- Japão e os Tigres Asiáticos: Japão grande potência industrial, aspectos
naturais, a população, o espaço econômico
- Tigres Asiáticos: Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Hong Kong, os
aspirantes a Tigres
- China: O espaço econômico
- África: Subdesenvolvimento e contrastes – A dependência econômica
africana, o espaço econômico
- Oceania: Os contrastes socioeconômicos
2) DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - GEOPOLÍTICA
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
• A Primeira Guerra Mundial
• A Revolução Russa – A Segunda Guerra Mundial
• O mundo pós 1945 – A Guerra Fria
132
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
• A posição estratégica do Oriente Médio
• As guerras árabes-israelenses e a questão Israel-Palestina
• China: Organização administrativa da dominação imperialista aos
dias atuais
• África e a descolonização e os conflitos
• A descolonização da Oceania e da Ásia
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações
3) DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• O continente europeu – O relevo e a hidrografia – O clima e a
vegetação
• Aspectos gerais de alguns países do Oriente Médio
• O espaço natural africano
• O espaço natural (Oceania)
• O espaço natural da Antártica
• A transformação das paisagens na reorganização do espaço
geográfico
• A dinâmica da natureza, a sua alteração causada pelo homem no
desenvolvimento das sociedades através da exploração e inovações
dos meios de produção.
4) DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• Europa – A sociedade – A população – Movimentos migratórios -
racismo – A pobreza do “primeiro mundo” – A religião – A composição
étnica e diversidade cultural
• Ásia – A sociedade e a dinâmica demográfica dos países mais
populosos do mundo e diversidade cultural
133
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
• A urbanização e as cidades
• A sociedade e o Apartheid
• África: sociedade, Apartheid, neocolonialismo, miséria no continente e
diversidade étnica e cultural
• A população (Oceania)
D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA – 3ª a 8ª Série – Ensino fundamental
Os conteúdos serão trabalhados de forma contextualizada e a crítica num processo de
interação com o aluno e o professor, sempre partindo da realidade do aluno.
As estratégias utilizadas serão preferencialmente:
• Aulas expositivas com o aluno interagindo
• Trabalhos de pesquisas feitos em grupo e individual
• Debates
• Seminários
• Exercícios
• Questões problemas
• Produção de textos
• Estudos de caso
• Utilização e confecção de maquetes
• Interpretação de imagens
• Exposição dos trabalhos realizados
• Interpretações e confecções de mapas
• Utilização dos recursos como:
• Mapas
• Vídeos
• Imagens
• Jornais e revistas
• Televisão
• Uso intensivo do livro didático
134
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• Uso da contextualização
• Atlas geográfico
E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
1º ano – ENSINO MÉDIO
1 – DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• Espaço geográfico – conceituação: lugar, paisagem, região, território,
natureza e sociedade
• Formação e transformação das paisagens
• Atividades humanas e os aspectos ambientais
• O lixo urbano e os impactos ambientais da poluição
• Poluição do ar: inversão térmica, ilhas de calor, chuva ácida
• Poluição do ar: efeito estufa e a destruição da camada de ozônio
• A destruição da natureza: erosão e poluição do solo pó agrotóxicos
• Em busca do desenvolvimento sustentável
• A atmosfera e os fenômenos meteorológicos
• Os fatores que influenciam o clima
• Os tipos de clima
• O tempo geológico e as placas tectônicas
• A estrutura da terra
• A dinâmica interna do relevo
• As formas do relevo terrestre
• Os grandes biomas terrestres
• A necessidade de água do planeta Terra
• As águas continentais
135
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2 – DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• A localização no espaço geográfico
• Cartografia – construindo, lendo e interpretando mapas, plantas e cartas
topográficas
• Cartografia – cálculo e interpretação de escalas
• Cidades: a urbanização da humanidade
• Relação campo cidade e êxodo rural
• Redes urbanas: a hierarquia das cidades
• A população da Terra: fatores de crescimento/teorias demográficas
• A população da Terra e suas diversidades
• Manifestação sócio espacial e culturais
3 – DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• Atividade industrial no mundo
• Atividade agrícola no mundo
• Atividades de comércio e serviços no mundo
4 – DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - GEOPOLÍTICA
• Exploração e produção de recursos energéticos
2º ano – ENSINO MÉDIO
1 – DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• Estrutura geológica e relevo
• Os climas: Paraná e Brasil
• Ecossistemas do Brasil
• A hidrografia: Paraná e Brasil
• Impactos ambientais em ecossistemas do Brasil
136
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2 – DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• A estrutura e os conflitos de terra no Brasil
• A população brasileira: crescimento e formação étnica
• A contribuição do negro na construção da nação brasileira
• A população brasileira: distribuição e estrutura
• A distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil
• Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por
cor, renda, escolaridade no município, estado e país
• As origens dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil
• Urbanização e regiões metropolitanas do Brasil
3 – DIMENSÃO ECONÔMICA
• Os complexos regionais brasileiros
• Brasil, o país subdesenvolvido industrializado
• Caracterização do brasil como país emergente, integrante do BRIC (Brasil,
Rússia, Índia e China)
• O comercio exterior brasileiro
• O espaço agropecuário: Paraná e Brasil
• Recursos minerais: Paraná e Brasil
• Recursos energéticos: Paraná e Brasil
• Industrialização: Paraná e Brasil
• Transportes: Paraná e Brasil
4 – DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - GEOPOLÍTICA
• A divisão político administrativa e a divisão regional do Brasil
• Localização espacial das industrias: Paraná e Brasil
137
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
3º ano – ENSINO MÉDIO
1 – DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• Recursos energéticos e minerais no mundo
• A produção de energia no mundo e seus impactos ambientais
• Impactos ambientais na Alemanha como saldo das guerras
2 – DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• As novas migrações internacionais e a xenofobia
• Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas
• Segregação racial a exemplo da ocorrida na África do Sul e Estados Unidos
• O movimento do povo africano no tempo e no espaço
• O Islamismo – Entre a Paz e o Terrorismo
• A teoria do “embranquecimento” no mundo
• Atividade cultural em países africanos
3 – DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
• A Internacionalização do capital
• A circulação de capital e de mão-de-obra no mundo
• O desenvolvimento do capitalismo
• O subdesenvolvimento
• Novos países industrializados (substituição de importações)
• Novos países industrializados (plataformas de exportações)
• O comércio internacional
• A dinâmica industrial no mundo
• União Europeia
• Outros Blocos Econômicos
• China – (dois sistemas econômicos)
• Coreia do Norte – Cuba – Vietnã – (socialistas)
• América Latina
138
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• Reino Unido e França
• Itália e Alemanha
• Canadá e Japão
• Austrália e Nova Zelândia (ricos do Sul)
• Estados Unidos (superpotência mundial)
• África
• Questões relativas ao trabalho e a renda na África
• A formação dos países emergente
4. DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO – GEOPOLÍTICA
• Colonização da África pelos europeus
• Estudo da organização espacial das aldeias africanas
• Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente
• Divisões territoriais
• O Socialismo
• Capitalismo
• Revolução Tecnológica
• Guerra fria – Socialismo x Capitalismo
• A Nova Ordem mundial
• Mobilidade das fronteiras
• Reconfiguração territorial mundial e os territórios supranacionais
• O mundo pós Guerra Fria
• Oriente Médio
• O mundo sem a URSS
• O novo Leste Europeu
• A comunidade dos Estados Independente
139
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METODOLOGIA DA DISCIPLINA
1º ano – ENSINO MÉDIO
RECURSOS E ESTRATÉGIAS
Os recursos serão trabalhados de forma contextualizada e crítica, num
processo de interação: professor/aluno condizente com a realidade do aluno, usando as
estratégias:
• Aulas expositivas
• Trabalhos de pesquisa (individual e grupos)
• Debates
• Seminários
• Exercícios
• Problematização de questões
• Produções de textos
• Estudos de casos
• Utilização de maquetes (confecção)
• Mapas (construção e interpretação)
• Vídeos
• Imagens de satélites
• Jornais e revistas
• TV educativa (Paulo Freire)
• Livro didático
• Aulas de campo
2º ano – (espaço brasileiro)
RECURSOS E ESTRATÉGA
Mesmas considerações do 1º ano
140
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• Aulas expositivas
• Leitura e interpretação de textos de textos
• Trabalhos de pesquisa – exposição dos trabalhos
• Interpretação de tabelas (econômicas – sociais)
• Produção de textos
• Estudo de casos
• Interpretação de notícias de periódicos
• Confecção de maquetes
• Uso de vídeos
• Exercícios do livro didático
• Textos do livro didático
• Contextualização de temas
• Aulas de campo
3º ano – RECURSOS E ESTRATÉGIAS
Mesmas considerações do 1º e 2º ano
• Aulas expositivas
• Trabalhos de pesquisa
• Apresentação dos trabalhos pelos alunos
• Exposição dos trabalhos pesquisados
• Debates reflexivos
• Seminários
• Exercícios em sala de aula
• Leitura/análise/interpretação de textos, de periódicos (jornais – revistas)
• Questões problemas
• Estudos de casos
• Confecção/interpretação de mapas
• Uso do livro didático
141
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
• Resolução de questões do ENEM e VESTIBULAR
F - BIBLIOGRAFIA
TERCIO, Lucia Maria e. GEOGRAFIA – SÉRIE NOVO ENSINO MÉDIO. Ed. Ática,
2005.
RUA, João. PARA ENSINAR GEOGRAFIA. Access Editora, 2005.
SANTOS, Milton. A NATUREZA DO ESPAÇO. Editora da USP, 2006.
LUCCI, E. A. BRANCO A. L. GEOGRAFIA HOMEM E ESPAÇO: A natureza, o
homem e a organização do espaço brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2005.
LUCCI, E. A. BRANCO, A. L. GEOGRAFIA HOMEM E ESPAÇO: A
organização do espaço brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2004.
LUCCI, E. A. BRANCO, A. L. GEOGRAFIA HOMEM E ESPAÇO: O capitalismo,
as condições de desenvolvimento, os blocos econômicos e o espaço americano. São Paulo:
Saraiva, 2004.
5.10 - LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
A Língua Estrangeira Moderna será trabalhada em seu discurso, não em sua
estrutura e contribui para:
- Inclusão social, dando oportunidade de fazer uso desse conhecimento em
situações reais;
- Desenvolver a consciência do papel da língua na sociedade, percebendo
influências político-sociais do domínio de uma língua.
- Reconhecimento da diversidade cultural.
- O processo de construção da identidade pelo domínio de outro instrumento
de comunicação.
142
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO
No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização social e
histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades
indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640,
período em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram considerados pelos
espanhóis um entrave para as demarcações territoriais, o que culminou com a expulsão da
Ordem dos territórios portugueses na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino
régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava
sendo o latim e os professores contratados eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família
real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a oferecer o Inglês
e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio Pedro II que se
tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali eram o francês, o inglês e o
alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada neste colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da
gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco Campos,
a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função de mediadora no
processo de aprendizagem, o professor se comunicava exclusivamente em língua
estrangeira durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao
inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o japonês
por motivo da 2ª Guerra Mundial, e o latim permaneceu como língua clássica. A língua
espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representava um modelo de
patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela dependência
econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve garantia
curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a direcionar o
foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o desenvolvimento
econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os estados ficaram
143
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
desobrigados a manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez, ficou ainda mais
desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Os militares alegavam
que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a escola não
deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LE voltou a ser
prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma condição gerou
insatisfação ao quadro de professores: o número de aulas ficou reduzido a uma aula
semanal.
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de currículo
para LE e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeira no Colégio Estadual do
Paraná. Com a mobilização de professores organizados em associações, a Secretaria de
Estado da Educação oficializou a criação dos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de
que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas essenciais ao processo
de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto, é preciso
que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio
para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como experiência de
identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o
aluno perceba e compreenda a diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem
da língua e,consequentemente, construa significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o
linguístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• Tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;
• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
144
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho
pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação crítica
e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para
transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52)
JUSTIFICATIVA
O aprendizado de uma língua estrangeira propicia a interação com a realidade
histórica que nos rodeia de forma mais ampla, assegura acesso a novas culturas, possibilita
maior conhecimento sobre o mundo e amplia a capacidade de estabelecer relações de
forma crítica.
As línguas estrangeiras ofertadas nas instituições da rede estadual deverão ser
definidas pela comunidade escolar – de acordo com o disposto no artigo 36, inciso III da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
No Paraná, onde existe uma grande diversidade cultural, decorrente da imigração de
diversas etnias, é fundamental que a comunidade escolar defina a língua estrangeira
moderna a ser ofertada, seja ela inglês, francês, Italiano, alemão,espanhol, polonês,
ucraniano ou japonês, de acordo com as características da região e os interesses da
comunidade.
No caso da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, em 5 de agosto de 2005 foi
aprovada a Lei 11.161, pelo Governo Federal, de acordo com qual os estabelecimentos
Ensino Médio das redes estaduais deverão criar mecanismos para, em 5 anos, implementar
a oferta de língua espanhola em seus currículos. Destaca-se:
“Art. 1º O ensino da língua espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de matrícula
facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos do ensino
médio.”
“Art. 2º A oferta da língua espanhola pelas redes públicas de ensino deverá ser feita
na horário regular de aula dos alunos.”
Ressalta-se, portanto, que cabe a cada estabelecimento de Ensino Médio, dentro
da sua realidade, encontrar a melhor forma para implementar o que determina Legislação
vigente. (LDB art. 26 § 5º)
145
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
EMENTA
A interação social será o objetivo do ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira
Moderna no Ensino Médio. Para se atingir esse objetivo é necessário apresentar ao aluno
uma variedade de textos escritos, orais, visuais, ou seja, o discurso, entendido como prática
social, nos seus infinitos gêneros, pois isso garantirá a sua interação na língua que está
estudando. Será através das quatro práticas fundamentais da língua – falar, ler, escrever e
compreender auditivamente – que o professor estimulará o aluno a interagir na língua
estrangeira. É importante que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos discursivos,
sociolinguísticos,gramaticais e estratégicos para que tenham condições de compreender e
se expressar na língua estrangeira.
CONTEÚDOS
· 5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o
Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e
com nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
146
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• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância Verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
· 6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
147
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito),
figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
148
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
· 7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
149
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos; - ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
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• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
· 8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
151
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• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Ortografia;
• Concordância verbal / nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos:entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
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• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
QUADRO DE GÊNEROS TEXTUAIS:
ESFERAS SOCIAIS DE CIRUCLAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências Vividas
Trava-Línguas
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LITERÁRIA / ARTÍSTICA
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas
Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção
Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
154
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CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão
Argumentativa
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
155
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IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
156
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Slogan
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de
Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
157
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Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
158
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Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes, a Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol) tem como
conteúdo estruturante o discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá
embasar as práticas de leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais,
verbais e não-verbais. Esse trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o
entendimento da função e estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar os
aspectos gramaticais que o compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a gramática
para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.”
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a
textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em Língua Inglesa,
mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta
língua. Com esse intuito, o professor pode direcionar debates orais, seminários,
dramatizações, júri simulado, declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto
que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará
esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as situações reais de
uso do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção deve ter sempre um objetivo
claro, pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um
novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para
trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade”.
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão
abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise linguística, que não
considera a gramática fora do texto.
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso de
livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD,
159
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CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua
e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade, drogas,
meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
AVALIAÇÃO
Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o seu
verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”,
deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o
processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos
alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele,
identificar “identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que
busquem superá-las.”
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua
interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a
capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual,
para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc. Sendo assim, a avaliação será
diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os
objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão
utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em
grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação
entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se
dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo
será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao
sistema de avaliação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social, dando ênfase à
comunicação em diferentes formas:
• Leituras
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• Escritas
• Oralidades
1ª ANO – CONTEÚDOS BÁSICOS
- Leitura de diferentes tipos de textos abordando diferentes assuntos como: meio
ambiente,saúde, vida familiar e social, ciências e tecnologia
- Leitura e análise comparativa e crítica
- Estudo do vocabulário e compreensão de textos
- Interpretação de textos
- Debates sobre diferentes temas
- Reflexão sobre os temas abordados
- Aplicação (no seu dia a dia) para a sua formação como cidadão consciente de sua
participação e interação na sociedade
- Resumos
- Abordagem da gramática contextualizada
- Abordagem de diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística da língua
estrangeira
- Pronomes (pessoais, objeto, possessivos, reflexivos, indefinidos)
- Verbos regulares e irregulares
- Tempos verbais
- Complementos verbais
- Advérbios
- Voz ativa e passiva
- Grau dos adjetivos
2º ANO – CONTEÚDOS BÁSICOS
- Exploração das imagens do texto
- Compreensão e interpretação
- Estudo dos tempos verbais: Simple Present, Simple Past e Present Continuous, Present
Perfect Continuous
- Possessive Adjectives {Definitive and Indefinitive Articles
161
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- Wh – questions / How and Compounds
- A little - a Few – A lot of
- Indefinitive Pronous
- Degrees of Adjectives (Comparative and Superlaive)
- Gerund / Infinitive
- Imperative / Time Clauses
3º ANO – CONTEÚDOS BÁSICOS
- Leitura de diferentes textos abordando assuntos: cultural, tecnologia, saúde, sentimentos
(amor, amizade), trabalho, direitos humanos, contos, fábulas
- Estudo do vocabulário e expressões
- Estudo das ideias principais dos textos
- Analise e critica dos temas
- Discussão sobre os assuntos
- Reflexão sobre os temas abordados
- Aplicação
- Resumo
- Abordagem da gramática contextualizada e diferentes graus de complexidade da
estrutura linguística da língua estrangeira
- Pronomes (Subject, object, possessive, reflexive, interrogative, relative, indefinidos)
- Verbos regulares e irregulares
- Tempos verbais
- Modal verbs
- Conditional
- Prepositions
- If clause
- Direct and indirect speech
- Falsos cognatos
162
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A) METODOLOGIA DE ENSINO PARA O ENSINO MÉDIO
Os conteúdos a serem estudados pelos alunos devem apresentar assuntos que
façam parte de sua realidade, do seu interesse, dos conhecimentos de mundo,
envolvendo situações que cercam o seu espaço de vivência.
O trabalho com a língua estrangeira deve estar centrado nos diferentes tipos de
textos. É fundamental que esses textos sejam significativos para os alunos e
contemplem temas sociais emergentes.
O estudo desses textos deve considerar a organização discursiva e aspectos
textuais relevantes e não aspectos gramaticais descontextualizados.
É importante destacar, também, que esses textos não devem ser estranhos para o
aluno na sua língua materna.
Os conteúdos referentes ao conhecimento de mundo podem estar relacionados a
temáticas com:
• Educação
• Trabalho/profissões
• Globalização
• Natureza e ecologia
• Estilos de vida
• Esportes
• Política
• Tecnologia
• Lazer
• Saúde
• Família e relacionamento
• Comportamento
• Consumismo
• Pessoas famosas/atores/cantores
Os conteúdos textuais (orais e escritos) podem estar organizados por aspecto
tipológico e gêneros textuais da seguinte forma:
163
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• Lendas, contos, crônicas, fábulas, história em quadrinhos, músicas...
• Notícia, reportagem, depoimento, e-mail
• Artigo, entrevista, anúncio
• Argumentação de edital de jornal, debate, resenha de filmes, livros, anúncio
publicitário de consumo, etc.
Conteúdos gramaticais devem ser definidos a partir das escolhas temáticas e textuais
enfatizando o conteúdo e não a forma.
Com relação ao vocabulário é necessário que o professor ao fazer a seleção do que
será ensinado, investigue o que é mais enriquecedor para o aluno.
Quanto ao ensino de gramática, ela continua a ser o apoio da língua, mas o seu
ensino deve se dar num contexto significativo e autêntico, devendo ser levado em conta a
necessidade e motivação do aluno. A gramática deve ser decorrente da descoberta do aluno
a partir do contato da língua em situações reais de comunicação.
B) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,
deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende.
A função da avaliação deve ser diagnosticar o avanço do conhecimento,
caracterizando-se como um processo contínuo de comprometimento.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação considerando que:
Para que um processo de aprendizagem seja efetivo ele deve contemplar a avaliação
diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva.
Na avaliação contínua, é necessário que o professor e alunos analisem quanto e
como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos.
O registro e observação de desempenho do aluno devem ser feitos pelo professor de
forma contínua e reflexiva, tendo em vista as aprendizagens previstas.
A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e aluno,
o que favorece a prática da auto-avaliação entre ambos.
164
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As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para a
realimentação dos encaminhamentos adotados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Diretrizes Curriculares de L.E.M. para o Ensino Fundamental e Médio .
• II Seminário Estadual sobre Elaboração das Diretrizes Curriculares do Ensino
Fundamental /Médio para as L.E.M.
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental , 1998.
• LUCKESI, C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 1998.
• AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIN, Ernersto. New our way.
4ª. Edição. Volumes: 1, 2, 3 e 4. Richmond Publishing, 2002.
• BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-
• Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana .
Brasília- DF, 2004.
• _______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. In: Brasil.
Ministério da Educação.
• Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de história e Cultura Afro-brasileira e africana. Brasília:
MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
• _______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.In:BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino
fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
• ________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica:Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2009.
165
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• Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual Almirante Barroso - EF, 2008
• Regimento Escolar da Escola Estadual Almirante Barroso - EF, 2007
SITES:Portal Dia-a-dia Educação:htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.brhttp://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/http://www.ingles.seed.pr.gov.br/
5.11 - FILOSOFIA
A) PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Filosofia como disciplina escolar na grade do Ensino Médio, tem como característica
fundamental servir como suporte teórico-metodológico para o amadurecimento intelectual
dos educando. Contribui para a elaboração do pensamento abstrato e para a conquista da
autonomia no pensar que fundamenta as ações dos indivíduos.
Não é apenas mais uma disciplina teórica embora tenha como principal tarefa
familiarizar os jovens educandos com a herança do pensamento filosófico clássico. A partir
dessa familiarização pretende-se promover uma do pensamento filosófico por parte do
estudante que estará mais preparado para resolver as questões praticas do seu cotidiano,
além de torna-lo mais apto a efetuar uma crítica social objetiva e responsável.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
Assegurar ao aluno do Ensino Médio uma formação menos fragmentada e
instrumenta-lo para proceder à crítica à própria cultura lançando luz sobre as formas de
dominação que se apresentam tão sutilmente que na, maioria das vezes, acabam passando
despercebidas. Essa crítica, no entanto, deve estar fundamentada numa sólida base teórica
para diferenciar-se do senso comum. Esse é o papel dessa disciplina na escola: tornar
inteligível o mundo prático à luz das teorias científicas e instrumentalizar o estudante para as
necessárias transformações (suas e da sociedade) na qual ele se insere. Mostrar ainda que
os conceitos que se transmitem em teorias que, por sua vez, orientam práticas sociais, são
166
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construções históricas e sociais. Que não existem verdades absolutas e cristalizadas e que
é absolutamente possível a criação de novos conceitos para resolver velhos problemas ou o
contrário também é possível: resolver novos problemas utilizando velhos conceitos.
Portanto, Filosofia não ensina a pensar, mas deve instigar o desejo da autonomia do pensar.
C) CONTEÚDOS POR SÉRIE:
1ª série:
1) Introdução à Filosofia
1.1 – O que é Filosofia?
1.2 - para que serve a Filosofia?
1.3 - Instrumentos do filosofar
i. A importância do ato de ler
ii.Ler o mundo
iii. fichamento
iv. Seminário
v. Dissertação
2) Teoria do Conhecimento
2.1 – O que é conhecimento
2.2 – conhecimento mítico
2.3 – conhecimento pela arte
2.4 – ideologia
3) Conhecimento científico
3.1 – O que é ciência
3.2 – Histórico da ciência
3.3 – O método científico
3.4 – Sobre a “neutralidade” da ciência
3.5 – Hierarquização da ciência
167
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2ª série
1) Ética
1.1 – O que são valores
1.2 - Filosofia dos valores
1.3 - Moral
1.4 – Ética x Moral
1.5 – Concepções Éticas
2) A construção da Liberdade
2.1 – A afetividade
2.2 – A violência
3) Concepções de política
3.1 – O que é Política
3.2 – O que é Democracia
3.3 – O que é participação política
3.4 – O que é Cidadania
3ª série
1) Estética
2) Filosofia da Arte
2.1 – O Universo das Artes
2.2 – Arte e Religião
2.3 – Arte e Filosofia
2.4 – Arte e Sociedade
3) Cultura
168
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3.1 – Cultura de massa
3.2 – Indústria Cultural
3.3 – Meios de Comunicação de Massa
3.4 – Mundo globalizado
3.5 - Invasão Cultural
3.6 – Cultura e Ideologia
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Aulas expositivas, leitura e análise de textos filosóficos, leitura e análise filosófica de
textos não filosóficos, debates, dinâmicas de grupo, pesquisas orientadas e seminários.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Avaliação diagnóstica e continuada. Produção de textos, trabalhos em grupos,
participação oral.
5.12 - SOCIOLOGIA
1. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA: Desde que se constituiu como saber
científico no século XIX a Sociologia vem contribuindo para que os homens possam
conhecer o funcionamento da sociedade e como se dão as relações sociais no meio
em que vivem. O objetivo primeiro da Sociologia é conhecer para explicar a dinâmica
das relações sociais que se estabelecem no interior dos grupos e as maneiras pelas
quais os diversos grupos interagem entre si. A Sociologia em sua origem buscava
explicar as contradições da sociedade capitalista que de certa forma lhe assegurou o
status de ciência. Explicar uma dada realidade sociologicamente implica em
posicionamentos políticos diferenciados, portanto não há uma única ou predominante
teoria sociológica que dê conta de explicar por completo a realidade social. Como
disciplina escolar o papel da Sociologia é evidenciar as diferentes e possíveis
tradições explicativas para as questões sociais. As três principais correntes do
pensamento sociológico que se propõem a explicar as questões sociais são
representadas respectivamente por Émile Dürkheim, Karl Marx e Max Weber que
169
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
fundamentaram no século XX concepções sociológicas que ainda hoje são atuais e
foram legitimadas por importantes pensadores contemporâneos como Gramsci,
Bourdieu e Florestan Fernandes. Dürkheim (1858-1917) via a sociedade como uma
espécie de vínculo moral entre os homens, o elemento básico de sua análise era a
integração social e para explicá-lo este autor desenvolveu o conceito de
solidariedade. Segundo este autor, a educação seria uma forma de manutenção da
estabilidade e da ordem social, pois o indivíduo faz parte da sociedade e a sociedade
o forma como indivíduo ao exercer sobre ele coerção exterior, modelando sua ação
individual e enquadrando-o às expectativas que a sociedade tem em relação a ele. A
coerção da sociedade sobre o indivíduo se daria de forma indiscriminada e indistinta.
Karl Marx (1818-1883) analisava a sociedade capitalista como uma relação desigual
entre opressores e oprimidos. Marx analisava as forças sociais capazes de controlar
a consciência humana, por entender que a história das sociedades é também a
história da luta de classes. Segundo Marx a perpetuação da exploração de uma
classe sobre a outra se daria em grande parte através da educação que disseminaria
a ideologia dominante inculcando na classe dominada a visão de mundo da
burguesia. Porém a superação desse estado de dominação também viria via
educação à medida que esta fosse capaz de formar um indivíduo integral
independente de sua classe social, ou seja, a educação seria uma via de mão dupla
que tanto serviria para alienar os trabalhadores quanto para libertá-los. Max Weber
(1864-1920) - para este autor o todo social reside na interação entre as partes. A
sociedade é tida como uma teia de relações interindividuais e interações, onde a
ação social implica uma relação de reciprocidade frente a outros indivíduos e possui
um sentido que a justifica. Para Weber a Sociologia não seria capaz de produzir leis
deterministas para os fenômenos sociais, pois descobrir leis e constâncias na
sociedade é impossível porque (na visão dele) o fluxo de relações entre os indivíduos
e as instituições é caótico e desordenado. Assim a análise sociológica deve se
orientar para a especificidade dos diferentes períodos históricos, pois cada momento
histórico é singular e resultado de uma série de fatores econômicos, políticos,
religiosos, culturais etc. e isso impossibilita a descoberta de uma sequência única nos
eventos sociais. Weber formula uma explicação sociológica negando tanto o
determinismo de Dürkheim, quanto a análise economicista de Marx. Os
contemporâneos Gramsci, Bourdieu e Florestan Fernandes respectivamente partem
170
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
dos clássicos para formular sua análise sociológica. A discussão de sociedade para
Antônio Gramsci (1891-1937) passa pela discussão da distribuição do poder entre as
classes que a compõe. Segundo este autor, cuja influência marxista é notória, o
poder é diluído entre o governo e suas instituições e as variadas instâncias da
sociedade civil (partidos, sindicatos, etc.), desse modo é necessário conquistar a
hegemonia política e ideológica e é aí que entra em ação a educação: como
instrumento da formação de um novo tipo de homem, que deve aprender a perceber-
se como produto de uma elaboração de vontade e pensamento coletivo, obtido
através de esforço individual concreto. Por isso a educação “emancipadora” deve ser
social, de todos e para todos, capaz de romper com o modelo de educação dual,
aceita interiormente e não imposta de fora. Segundo Pierre Bourdieu (1930-2002) as
desigualdades sociais são reproduzidas pela escola e toda ação pedagógica nada
mais é que uma “violência simbólica” porque oculta as relações de força ao mesmo
tempo em que impõe valores, normas e concepções culturais originários das classes
dominantes como se representassem os interesses da maioria. Por isso ele acredita
que a possibilidade de mudança social não está no sistema educacional e que é o
“capital cultural” ao qual o aluno tem acesso, o fator determinante de sua posição na
hierarquia econômica e social. Para Florestan Fernandes (1920-1995) o papel da
escola é priorizar a maioria da população marginalizada como sujeito social
desenvolvendo conteúdos que possibilitem a formação da consciência social de
classe dos trabalhadores para que eles possam tornar-se sujeitos e não apenas
objetos da história. Conhecer estas e outras concepções sociológicas é de vital
importância para a construção de uma análise sociológica crítica pautada no
questionamento que vai além do que é dado, estabelecido e explicado, descortinando
as desigualdades, o antagonismo e, sobretudo ressaltando o aspecto dinâmico e
dialético da sociedade que precisa ser vista como construção e não como fatalidade,
como possibilidade e não como determinação.
2) OBJETIVOS GERAIS: Levar o aluno a pensar a realidade social da qual faz parte,
desenvolvendo uma consciência social de que toda sociedade é uma construção histórica e
não uma fatalidade regida por “leis naturais” podendo ser (des) construída e reconstruída
segundo a necessidade do grupo e que é preciso ter compromisso social com a realidade
em que se vive. É preciso levar o aluno a perceber-se como ator social (num sentido
171
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
weberiano) ou como sujeito social (num sentido marxista) que nem sempre precisa se
adaptar à sociedade tal como ela se encontra, mas que pode transformá-la sendo sujeito de
fato e não apenas objeto da história. Para isso, contudo, ele precisa aprender a
comprometer-se com o seu grupo, desenvolver uma consciência de classe e um
compromisso social com a sua classe. Como diria Paulo Freire “saber que mudar pode ser
difícil, mas é possível”. Para que esse objetivo não se perca nas malhas do discurso
panfletário é necessário que a Sociologia seja apresentada como o que ela realmente é:
uma Ciência com tudo que ela encerra de possibilidades e limitações (como, aliás, qualquer
outra ciência). Localizá-la no tempo e no espaço e mostrar que mesmo a ciência traz a
marca do momento histórico em que se constituiu como tal. Diferenciar as principais
correntes do pensamento sociológico, apresentar os principais clássicos da Sociologia –
Comte, Dürkheim, Marx e Weber. Trabalhar os principais conceitos sociológicos como Fato
Social, Ação Social e Classe Social a partir das experiências do cotidiano dos alunos. Por
exemplo, demonstrando que a educação formal com suas regras e sanções são um fato
social. Que a Ação Social é toda interferência que o indivíduo (em grupo) pode fazer na
educação se levar em conta a ação do outro. Que a Classe Social a que um indivíduo
pertence pode até não ser o único determinante, mas que influencia e muito o seu processo
educacional.
3) ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS: Quando se trata de Sociologia a separação
entre metodologia e conteúdo é quase que imperceptível, haja vista que muitas vezes o
próprio conteúdo sugere o método. Entendemos que para que realmente o aluno saia com
uma formação para o “exercício da cidadania” como prevê a LDB, é necessário que a
articulação dos conceitos chave ultrapasse o caráter de “informar” e passe a “formar” de fato
o estudante de Ensino Médio. “Formar” significa instrumentalizar o aluno para intervir no
mundo, desse modo a definição dos temas, conceitos e bibliografia deve orientar-se para
esse objetivo. Essa orientação estaria norteada pelos quatro pilares da educação como
propõe a UNESCO: o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver e o
aprender a ser. O aprender a conhecer e o aprender a fazer referem-se à superação de uma
metodologia que apresenta de maneira estanque teoria e prática. O aprender a conviver
refere-se ao pressuposto da igualdade e ao mesmo tempo da diversidade que são as bases
sobre as quais se assentam as possibilidades de uma sociedade verdadeiramente
democráticas. Por fim o aprender a ser refere-se à ética, à cooperação, à solidariedade e ao
172
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
compromisso social que se pretende desenvolver no estudante para que dessa forma ele
esteja realmente preparado para o “exercício de uma cidadania” de fato.
4) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Sendo o PCN de Sociologia, uma espécie de programa convencional que se limita a elencar
conceitos e autores das Ciências Sociais, optamos pela construção de uma nova proposta
de ensino da disciplina pautada por conteúdos estruturantes. Conteúdos estruturantes são
os saberes fundamentais para o entendimento da vida em sociedade, abarcam uma série de
discussões que envolvem ao mesmo tempo teorias, conceitos e temas. São apresentados
como uma construção histórica e considerados centrais e indispensáveis para a
compreensão dos processos de construção social. Servem como ferramentas para que
professor e aluno selecionem, organizem e problematizem os conteúdos específicos sem
perder de vista a busca pelo todo que é composto pela interelação do todo com suas partes
e não pela simples soma das partes. O objetivo principal de se trabalhar com conteúdos
estruturantes é proporcionar ao professor uma espécie de roteiro ou “guia de viagem” que
não engessa o programa, mas, que serve como uma possibilidade de organizar os
conteúdos não de forma sequencial, mas tampouco de forma estanque como se cada
conteúdo existisse sem nenhuma ligação com os demais.
Entre os conteúdos estruturantes encontram-se:
a) Processo de Socialização e Instituições Sociais
• Dürkheim, partindo do conhecimento que o estudante traz de sua experiência social
em instituições como a família, a igreja, a escola e - no caso dos estudantes de
Ensino Médio.
• O trabalho.
b) Cultura e Indústria Cultural
• Visão Antropológica
• Superação do Etnocentrismo
• Visão Marxista - Escola de Frankfurt;
173
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
• Preconceitos e Discriminação
c) Trabalho, Produção e Classes Sociais
• clássicos da Sociologia - MARX, WEBER, DÜRKHEIM ;
d) Poder, Política e Ideologia
• Diálogo entre Weber e Marx,
• conceito relacional
• papel das instituições sociais
e) Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
• Importância da sociedade civil organizada (Sindicatos, Partidos Políticos,
Movimentos Sociais e ONGs).
• Identidade Cultural
• Violência e Criminalidade
• Desigualdade Social, Movimentos
5) CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO: Mais que atribuir notas e porcentagens aos alunos é
necessário diagnosticar se o aluno através do entendimento teórico desenvolve a
capacidade de intervir na realidade social de maneira crítica e responsável. Como consta no
próprio PCN de Sociologia (pois nem tudo que consta no PCN é equívoco) o conteúdo desta
disciplina serviria para “subsidiar outros agentes para a solução de problemas” e não
apenas como um acúmulo de conceitos que deverão ser demonstrados e reproduzidos em
“provas” bimestrais. O estudante de Sociologia no Ensino Médio deve além de interpretar o
mundo ser capaz de transformá-lo ou de no mínimo percebe-lo como construção histórica e
social e, portanto, passível de transformação.
*CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Sendo a avaliação diagnóstica, todas as atividades
desenvolvidas em sala de aula devem ser consideradas: caderno de apontamentos;
avaliação individual com consulta aos textos utilizados em sala para assegurar que o aluno
tenha o conteúdo necessário para a discussão. Notas atribuídas pela presença à maioria 174
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
das aulas para assegurar que o aluno valorize a presença nas aulas, estando presente nos
trabalhos desenvolvidos em sala. Produções de texto ao final de cada debate – alguns em
grupo para que o aluno aprenda a “negociar” ideias, outros individuais para que o aluno
aprenda a organizar e sistematizar suas próprias ideias. Debates sobre temas polêmicos
para que o aluno seja avaliado não pelas suas opiniões, mas pela maneira como constrói
sua argumentação, defende suas ideias e respeita a ideia diferente dos colegas. Avaliação
individual sem consulta após explicação do conteúdo teórico para detectar a maneira pela
qual o aluno se apropriou do conteúdo, tornando-se capaz de “traduzi-lo” em sua linguagem,
relaciona-lo a outros conhecimentos e não meramente reproduzi-lo.
*Instrumentos: Debates, leitura e interpretação de textos clássicos e jornalísticos,
trabalhos em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo com apresentação oral dos
resultados em forma de seminários, produção de textos individuais e coletivos.
6) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ALBORNOZ, S. O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense, 1989.
ALTHUSSER, L. Aparelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Vozes, 1984.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? São Paulo: Cortez, 2000.
ARANTES, A.A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1983.
ARNS, Dom Paulo Evaristo. Brasil Nunca Mais. Petrópolis: Vozes, 1985.
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
AZCONA, Jesús. Antropologia e cultura. Petrópolis: Vozes, 1984.
AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. Rio de Janeiro: E. UNB/Ed. UFRJ. 1996.
BASTIDE, Roger e FERNANDES, Florestan. Brancos e negros em São Paulo. São Paulo:
Nacional, 1971.
BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis, Vozes,
1973.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras,
1986.
BOBBIO, Norberto. As teorias das formas de governo. Brasília: UNB, 1985.
BOURDIEU, Pierre. A miséria do Mundo. Petrópolis: Vozes, 2003.
175
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
__________.A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
__________. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
__________. O poder simbólico. A força do direito – elementos para uma sociologia do
campo jurídico. Lisboa: Difel, 1989.
COHN, Gabriel. Weber. São Paulo: Ática, 1991. C. Grandes Cientistas Sociais – 13.
DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema
brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1991.
DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1991.
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
___________. O suicídio. São Paulo: Martin Claret, 2005.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. Vol.2.
FERNANDES, F. Mudanças sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1979.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1987.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala, Rio de Janeiro: Record, 1995.
GOFFMAN, Erving. Estigma. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
HOLANDA, S.B. de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
LARAIA, Roque. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
LESSA, Sérgio. Mundo dos homens. São Paulo: Bomtempo, 2002.
MARTINS, J. de Souza. Exclusão Social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.
MARX, KARL. A questão judaica. São Paulo: Moraes, 1991.
___________. O capital: crítica da economia política. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
___________.A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1992.
___________. Miséria da Filosofia. São Paulo: L.ED. Ciências Humanas, 1982.
MATOS, Olgária. A escola de Frankfurt: luzes e sombras do iluminismo. São Paulo:
Moderna, 1993.
MICELI, Sérgio (Org.). História das Ciências Sociais no Brasil. São Paulo: Ed. Sumaré,
2001.
ORTIZ, Renato. O próximo e o distante. São Paulo: brasiliense, 2000.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
SADER, Emir. (Org.) Gramsci: sobre poder, política e partido. São Paulo: Brasiliense, 1992.
TELLES, Edward. Racismo à brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Rio de Janeiro:
Relume Dumará (Fundação Ford), 2003.
VELHO Otávio Roberto. O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
176
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
WACQUANT, Löic. O legado sociológico de Pierre Bourdieu. Revista de sociologia e
Política, nº 19, Nov.2002 p.95-110.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret,
2004.
___________.Ciência e política duas vocações. São Paulo: Cutrix, 1970.
5.13 – LÍNGUA ESPANHOLA
CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)
CONTEÚDOS BÁSICOS - P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:
BilheteCarta pessoal
Cartão felicitaçõesCartão postal
ConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**
Comercial para radio*FolderParódiaPlaca
Publicidade ComercialSlogan
Esfera produção de circulação:
BulaEmbalagem
PlacaRegra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificadosCartumCharge
Entrevista**Horóscopo
Reportagem**Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:
CartazDiálogo**
Exposição oral*Mapa
Resumo
Esfera literária de circulação:
ContoCrônicaFábula
História em quadrinhosPoema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)
Telejornal*Telenovela*Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua. PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:· Marcas linguísticas: coesão,
· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;·Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;·Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;·Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial,
Espera-se que o aluno:·Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);· Apresente suas ideias com clareza, coerência;. Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;· Organize a sequência de sua fala;· Respeite os turnos de fala;· Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;· Exponha seus argumentos;· Compreenda os argumentos no discurso do outro;· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões
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coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
corporal e gestual, pausas e outros;· Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
(quando necessário em língua materna);· Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do gênero;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; . Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:· Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);· Partículas conectivas básicas do texto.
· Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;· Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;·Desenvolver atividades de leitura em três etapas:- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);· - pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). · Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;· Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;· Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;· Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:- temáticas (o que é dito nesses gêneros);- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
Espera-se que o aluno:· Realize leitura compreensiva do texto;· Identifique o conteúdo temático;· Identifique a ideia principal do texto;· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;· Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;· Analise as intenções do autor;· Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;· Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;
· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
Espera-se que o aluno:· Expresse as ideias com clareza;· Elabore e re-elabore textos de
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·Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo· Temporalidade; · Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.
· Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;· Acompanhar a produção do texto;· Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; ·Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);- à continuidade temática;· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;· Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;· Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
CONTEÚDOS BÁSICOS - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:Comunicado
Curriculum VitaeExposição oral*
Ficha de inscriçãoLista de compras
Piada**Telefonema*
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**
Comercial para televisão*
FolderInscrições em muro
Propaganda**Publicidade Institucional
Slogan
Esfera produção de circulação:Instrução de montagem
Instrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de circulação:
Artigo de opiniãoBoletim do tempo**
Carta do leitorEntrevista**
Notícia**Obituário
Reportagem**
Esfera jurídica de circulação:
Boletim de ocorrênciaContrato
LeiOfício
ProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oral
Palestra*Resenha
Texto de opinião
Esfera literária de circulação:
Contação de história*Conto
Peça de teatro*Romance
Sarau de poema*
Esfera midiática de circulação:Aula virtual
Conversação chatCorreio eletrônico (e-
mail)Mensagem de texto
(SMS)Videoclipe*
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* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;·Adequação do discurso ao gênero; ·Turnos de fala;·Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
·Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;·Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;·Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;·Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;·Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;·Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Espera-se que o aluno:·Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);·Apresente suas ideias com clareza, coerência;·Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;·Organize a sequência de sua fala;·Respeite os turnos de fala;·Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;·Exponha seus argumentos;·Compreenda os argumentos no discurso do outro;·Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);·Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação,
·Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;·Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;·Desenvolver atividades de leitura em três etapas:- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);- leitura (comprovar ou
Espera-se que o aluno:·Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal do texto através da observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos, mapas, fotos, tabelas);·Localize informações explícitas e implícitas no texto;·Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;·Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;·Reconheça diversos
180
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);·Partículas conectivas básicas do texto;·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto);·Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;·Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;·Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;·Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;·Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais comuns em determinados gêneros textuais;·Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:- temáticas (o que é dito nesses gêneros);- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outos participantes);·Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto;·Analise as intenções do autor;·Infira relações intertextuais;·Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;·Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;
·Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;·Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;·Acompanhar a produção do texto;·Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual
Espera-se que o aluno:·Expresse as ideias com clareza;·Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: -às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);-à continuidade temática;·Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;·Use recursos textuais
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSÍMACO FERREIRA DA COSTAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
·Temporalidade; ·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.
quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;·Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.·Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;·Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;·Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
como: coesão e coerência, informatividade, etc;·Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;·Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;·Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;·Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;·Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
6. ADMINISTRAÇÃO COLEGIADA
O movimento de democratização e qualificação da educação é um amplo e
complexo processo, que tem como meta à mudança da prática em sala de aula e na escola.
Neste, a equipe diretiva (direção, equipe pedagógica e equipe administrativa) tem um
importante papel, dada sua influência na criação de um clima organizacional favorável.
Tendo em vista o papel de referência que a equipe diretiva desempenha, podemos
dizer que o desenvolvimento de práticas autenticamente democráticas no interior da escola
vai depender, em grande medida, de uma nova postura a ser assumida por esta equipe.
Para favorecer mudança da prática pedagógica, basicamente, o papel da equipe de
direção é criar um clima de confiança, mantendo um autêntico diálogo.
Sabemos que a questão não é só conseguir uma determinada mudança, mas fazer
com que tenha uma larga duração histórica. Isto não se consegue na base do poder
autoritário e sim através da formação cultural, da alteração do imaginário, dos quadros de
referência das pessoas e da instituição. Daí a necessidade de investimento no processo de
formação dos sujeitos (não só aos alunos, mas também aos professores e pais) e na criação
de mecanismos estruturais de participação como reuniões pedagógicas ou os Conselhos
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Escolares.
Nesse sentido, entende-se que a divisão de trabalho entre os membros da
equipe diretiva, não deve ser por setores ou segmentos. (ex: os professores ficariam a cargo
da supervisão, os alunos, da orientação, os pais e funcionários, da direção) e sim por tarefas
(ex: processos de aprendizagem, construção de identidades, gestão global).
Cabe, pois, à equipe diretiva superar a fragmentação do trabalho, lutar contra
as relações autoritárias, que levam a comportamentos passivos, inércia, comodismo, medo
de repreensões, afastando do novo. É preciso buscar a gestão transparente e participativa,
visando criar as condições para que a escola possa cumprir seu papel e os professores
promoverem a aprendizagem efetiva dos alunos.
Na equipe dirigente, a direção tem papel fundamental enquanto fator institucional.
Tem por função ser o grande elo integrador, articulador dos vários segmentos – internos e
externos da escola, cuidando da gestão das atividades, para que venham a acontecer e a
contento. Portanto, a grande tarefa da direção numa perspectiva democrática, é fazer a
escola funcionar pautado num projeto coletivo.
A direção deve também ter seu projeto de trabalho, para qualificar sua
intervenção. Deve se capacitar, buscar crescer, se fortalecer também no
conhecimento para enfrentar conflitos do cotidiano de maneira mais qualificada e
produtiva. Deve estimular a equipe a estudar, pesquisar, inclusive no tempo de
trabalho na escola, rompendo o paradigma, anacrônico e dicotômico, de que o
horário de trabalho é tempo de “prática” não de “teoria”.
É fundamental a participação constante da direção nas reuniões pedagógicas, pois
assim tem oportunidade de ouvir e expor argumentos, conhecer por dentro a realidade da
escola, enfim, acompanhar o processo e se comprometer também com ele. A atribuição de
coordenar a reunião é da equipe pedagógica, e a tomada de decisão é feita coletivamente.
À direção compete coordenar a reunião da equipe escolar (onde as deliberações também
são em conjunto).
6.2 ORGANIZAÇÃO, REDIMENSIONAMENTO E AVALIAÇÃO DOS MECANISMOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA.
a) CONSELHO ESCOLAR
Na busca de reinvenção da escola (Freire, 1991) de consolidação de uma gestão
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democrática, vários mecanismos têm sido desenvolvidos, desde a superação da indicação
política para o cargo de diretor por eleição até os Conselhos de Escola, que representam
uma das mais avançadas formas de participação efetiva na instituição, uma vez que
congregam representantes dos vários segmentos (comunidade, alunos, funcionários,
professores e equipe diretiva). O Conselho Escolar é o órgão máximo da decisão na escola.
Cabe ao diretor o papel de gestão, de coordenação geral e da execução da programação,
de acompanhar a operacionalização das decisões do Conselho, tendo uma visão ampla e
articulando as dimensões Administrativas, Pedagógicas e Comunitárias.
O Conselho deve ser um espaço de exercício do diálogo, do poder de decisão,
portanto, de resgate da condição de sujeitos históricos de transformação, na busca pelo
bem comum no âmbito da escola e de suas relações.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar,
de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade
com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o
ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento da Escola, para o cumprimento da
função social e específica da escola.
É concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da
comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo
como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
b) A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação de Pais,
Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-partidário,
religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e
Conselheiros, sendo constituído por prazo determinado. A APMF é regida por Estatuto e
pelos dispositivos legais ou regulamentares que lhe forem aplicados.
Os objetivos da APMF são:
I Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade, enviando sugestões,
em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e
Equipe-Pedagógico-Administrativa;
II Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes
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melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica
do Estabelecimento de Ensino;
III Buscar integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre à realidade dessa comunidade;
IV Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar,
estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e Conselho
Escolar;
V Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa forma,
para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal;
VI Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e toda a
comunidade, através de atividades sócio-educativas, culturais e desportivas, ouvindo o
Conselho Escolar;
VIIGerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados
através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta
com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
VIII Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações,
conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários não distribuirá lucros, bonificações e
vantagens a dirigentes, conselheiros, mantenedores ou integrantes, sob nenhum pretexto e
empregará suas rendas exclusivamente na Unidade Escolar, atendendo à Proposta
Pedagógica, e na manutenção de seus objetivos institucionais.
c) Eleição de Representantes de Alunos e Grêmio Estudantil
Numa escola de fundamentação libertadora e democrática é decisivo que os alunos
assumam seu papel de sujeitos, que sejam protagonistas de seu processo de educação e
desenvolvam um espírito de liderança política e cidadania.
A equipe docente da escola, na figura de seus dirigentes, pedagogos e professores
devem ajudar os alunos na busca de canais de legítima expressão, impedindo o
cerceamento de ideias e dando vez às ideias e reivindicação desses alunos.
Ao aluno deve ser preservado seu direito de participar da vida da escola em todos os
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níveis: da sala de aula até relacionamento com a comunidade, da discussão da proposta de
conteúdos à elaboração do Projeto Político-Pedagógico, na elaboração de normas de
conduta em sala de aula às normas de convivência na escola, no Regimento Escolar, da
prática didática cotidiana às decisões no conselho de classe.
O trabalho com a organização dos alunos, em primeira instância em nível de sala de
aula, com a eleição de representantes de turma, e em outras instâncias como
Representantes no Conselho de Classe e Conselho Escolar.
d) Escolha de professores conselheiros
A atividade mediadora do professor escolhido entre outros, para ser o vínculo
de relacionamento entre o aluno e o professor, fortalecendo a carga efetiva no processo de
aprendizagem, torna-se uma estratégia facilitadora dos mecanismos de gestão democrática.
A representação do professor conselheiro na relação professor-aluno, um dos suportes no
fluxo de afetividade em sala deve se estabelecer em base da ação dialética “ternura-vigor”,
para de um lado ser o protetor do aluno em atitudes de arbitrariedades, autoritarismo,
preconceitos, aulas sem sentido, e de outro não cair em equívocos de superproteger os
alunos, com assistencialismo, paternalismo, protegendo o aluno dos conflitos, de enfrentar
desafios e de formar seu caráter. Buscar sempre, através do diálogo o enfrentamento de
conflitos, investigando a rede de relações, auxiliando para que os elementos de conflitos,
relações, problemas, expectativas possam emergir e discutir em conjunto com outros
profissionais. A intervenção do professor conselheiro deve encaminhar em direção aos
contatos paralelos entre alunos na sala de aula, na equipe diretiva e pedagógica e com o
grupo de professores da turma, para que possam em conjunto buscar as melhores
condições para o crescimento da turma.
7- MARCO OPERACIONAL
7.1 Ações Significativas da Escola:
A construção do Projeto Político-Pedagógico ao embasar teoricamente os
pressupostos filosóficos, sociológicos, políticos e educacionais, assume a responsabilidade
de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social.
Porém, o Projeto Político-Pedagógico ultrapassa a mera elaboração de um plano
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burocrático, pois o mesmo é fruto de interação entre objetivos e prioridades estabelecidos
pelo colegiado, e através de reflexões, estudos e ações, poderá ser operacionalizado e
atingir sua proposta.
Esta prática de construção coletiva do Projeto irá propiciar o envolvimento e
identificação de prioridades para as mudanças nas práticas educativas. Desta forma, os
educadores assumirão uma postura comprometida e responsável, resultando na conquista
coletiva do espaço adequado para o exercício da autonomia e cidadania.
As ações significativas dentro de uma gestão democrática envolvem os segmentos
que representam a participação e compromisso de todos, tais como: os planos de ação das
equipes diretiva e pedagógica, como articuladores do processo educacional, os projetos
pedagógicos que dinamizam o plano curricular, as instituições de apoio à gestão: Conselho
escolar, APMF, a programação de atividades culturais, sociais e esportivas até a
implantação efetiva da formação continuada de professores e funcionários e equipe
multidisciplinar de apoio à educação das relações etnico-raciais e diversidade cultural.
a) Biblioteca Escolar
1 Ambiente da biblioteca: amplo, confortável e adequado à leitura e pesquisa;
2 Atendimento adequado aos alunos e professores, com funcionários habilitados;
3 Funcionamento em horário integral;
4 Implementação do acervo bibliográfico e ampliação da videoteca;
5 Disponibilização de computadores com acesso à internet para uso dos alunos;
6 Planejamento pedagógico para trabalhos especiais com turmas, de acordo com
planos de ensino das disciplinas;
7 Promoção de eventos de incentivo à leitura e produção literária.
b) Laboratórios:
* Informática:
1 Adequação da sala para uso coletivo das turmas;
2 Instalação de programas de complementação didática;
3 Inclusão nos planejamentos de ensino de conteúdos a serem aplicados na sala de
informática;
4 Acesso à internet;
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5 Pessoas especializadas para atendimento;
7.3. Instituições de apoio à Gestão Democrática:
a) Conselho Escolar:
10. Funcionamento de acordo com o regimento escolar;
11. Comunicação ao colegiado dos assuntos tratados em reuniões do Conselho, através
dos representantes;
12. Edital permanente dos componentes do Conselho Escolar;
13. Divulgação das resoluções do Conselho Escolar.
b) Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)
14. Funcionamento de acordo com o regimento escolar e estatuto da APMF;
15. Plano de ação levando em conta as propostas pedagógicas, através dos
representantes eleitos;
16. Divulgação das ações e prestação de contas periodicamente;
17. Interação com equipe pedagógica e docente, na promoção de ações e subsídios
didáticos;
18. Ações prioritárias para 2006: Sala de aula ambiente, efetivação da sala de
informática, reforma do telhado do colégio.
c) Formação Continuada:
19. Planejamento específico para formação continuada de professores e funcionários,
em nível de escola, prevendo-se momentos no calendário escolar (dias de capacitação e
reuniões pedagógicas) e nas horas-atividade;
20. emática da formação continuada centrada no Marco Conceitual do Projeto Político-
Pedagógico fundamentando professores e funcionários no estudo das concepções
filosóficas, sociais e políticas e na concepção pedagógica, com a teoria histórico-crítica e
pedagogia sócio-interacionista;
21. Prioridade à fundamentação sobre: Avaliação do Ensino Aprendizagem e
recuperação de estudos, visando a operacionalização da concepção de avaliação,
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sistematizada no marco conceitual e o encaminhamento para reformulação do
Regimento Escolar;
22. Realização de seminários pedagógicos sobre os assuntos estudados, envolvendo
todos os professores e funcionários nos períodos de capacitação;
23. Programação de palestras com docentes convidados, no horário noturno.
δ) Equipe multidisciplinar de apoio à educação das relações etnico-raciais e diversidade
cultural.
Esta equipe tem como objetivo apresentar propostas de ações para implementação da
educação das relações etnicorraciais, envolvendo a História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e/ou Indígena, bem como desenvolver ações que auxiliem na concientização e
valorização do ser humano, inseridas na diversidade cultural, religiosa, sexual e social,
desmitificando preconceitos e estereótipos enraizados e manifestados consciente ou
inconscientemente.
Com esta visão pretende-se promover com os alunos a análise crítica da realaidade dos
conhecimentos historicamente produzidos, construindo conceitos que valorizem as
práticas sociais e culturais existentes, desenvolvendo a consciência cidadã num
processo de inclusão.
8- COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Questões conceituais inerentes ao Projeto Político Pedagógico:
• Projeto Pedagógico – Explicitação de conceitos, metodologia de ensino e práticas
avaliativas das Diretrizes Curriculares da Educação Básica, da SEED/PR.
• Plano de trabalho docente – organização do trabalho pedagógico e educativo na sala
de aula, a partir da concepção do trabalho coletivo da escola por disciplinas das
áreas do conhecimento.
• Plano de ação da escola – articulação de todo o processo educativo da escola à
concepção de gestão democrática e educação de qualidade para todos: previsão de
ações em curto prazo, incluindo plano de ação da equipe diretiva e equipe
pedagógica.
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• Regimento escolar – normatização do trabalho educativo, pedagógico e
administrativo da escola.
• Estatutos – APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil (em implantação).
10 – EQUIPE RESPONSÁVEL PELO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2009
Equipe Diretiva:
• Marconi Burgath (Diretor)
• Jailson da Silva Neco (Diretor Auxiliar)
• Rosane Ferreira da Silva Vieira (Diretora Auxiliar)
Equipe Pedagógica:
• Beatriz Maria Tonial
• Cleusa Schultz Sprenger
• Lenice Simão de Souza
• Lucia Train da Silva
• Magali Sovierzoski
• Rosane F. da Silva Vieira
• Selva Regina Wolff Wahrhaftig
11 Referências Bibliográficas
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Cortez Editora - 1991.
GASPARIN, João Luiz – Uma didática para a pedagogia Histórico-Crítica: 3ª edição. Editora
Autores Associados - 2002
BOFF, Leonardo – Que Brasil Queremos? 2ª edição – Editora Vozes - 2000
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PARO, Vitor Henrique – Reprovação Escolar: Xamã Editora - 2001.
PARO, Vitor Henrique – Qualidade do Ensino: a contribuição dos pais – Xamã Editora-
2000.
PARO, Vitor Henrique – Escritos sobre Educação: Xamã Editora - 2001.
PARO, Vitor Henrique – Gestão Democrática da Escola Pública: 3ª edição – Editora Ática -
2000.
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas – Conselhos de Classe e Avaliação: Papirus Editora -
2004.
KUENZER, Acácia – Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do
trabalho: 3ª edição – Cortez Editora.
GENTILI, Pablo e FRIGOTTI, Gaudêncio – A cidadania negada: 3ª edição– Cortez Editora -
2002.
GENTILI, Pablo – Pedagogia da Exclusão – 5ª edição – Editora Vozes – 1999.
KRAMER, Sonia – O que é básico na escola básica – In: Infância e produção cultural - 1998.
MARCONDES, Maria Inês – Currículo de formação de professores e prática reflexiva:
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DP e A - 2000).
MOREIRA, Antonio F.B. – Escola, Currículo e a Construção do Conhecimento – In: Escola
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LIBÃNEO, José Carlos – Uma organização e Gestão da Escola Pública – In: Uma Escola
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VASCONELLOS, Celso dos S. – Coordenação do Trabalho Pedagógico, 6ª edição –
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VEIGA, Ilma Passos A - Projeto Político-Pedagógico da Escola, 7ª edição – Papirus Editora
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HOFFMANN, Jussara – Avaliação: mitos e desafios-.
SOUZA, Marlene Maria Raffo – Instrumentos de Avaliação: Comunicação e Significação –
Trabalho do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Estadual de Londrina
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KRAEMER, Maria Elizabeth Pereira – Avaliação da Aprendizagem como processo
construtivo de um novo fazer – Aportado por - 2005-12-07.
LUCKESI, C. C. – Avaliação da Aprendizagem Escolar – 14ª edição – Cortez Editora, 2002.
LEI nº 10.639/2003 – Inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira nos
Currículos Escolares.
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