PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO LINDAURA … · 2.7 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ......
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 051.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO......................... 061.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ................................................................. 061.3 PATRONA DA ESCOLA ............................................................................ 071.4 OBJETIVOS .............................................................................................. 081.5 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR . ..................... 091.6 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ...................................... 132. MARCO SITUACIONAL ........................................................................... 162.1 ESCOLA PUBLICA E SEUS DESAFIOS ……………................................ 162.2 DADOS ESTATISTICOS ......................................……….......................... 182.3 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ……………................................ 212.4 PERFIL DOS EDUCANDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS...................................................................................................22
2.5 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE ESPAÇO ………................................... 242.6 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ……............................................. 252.7 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ............................................ 302.8 MATRÍCULAS ........................................................................................... 352.9 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO ……………………….............................. 38
2.10 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ........................................................ 402.11 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO ............................................... 422.12 PERFIL DOS PROFISSIONAIS ................................................................ 422.13 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .................................................................. 442.14 PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR - DEFESA CIVIL NA ESCOLA.......... 45
3. MARCO CONCEITUAL …………………………………………................... 493.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ………………………………................. 493.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ............………………………….................... 503.3 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCENCIA ..………….................. 503.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO …………………………………................. 523.5 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ……………………………………….,.............. 543.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...................................................... 543.7 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO….................. 563.8 CONCEPÇÃO DE CURRICULO……………......................................... 583.9 GESTÃO ESCOLAR COMO PRINCIPIO DE MUDANÇA.................... 58
3.10 RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO...................................................... 623.11 METODOLOGIA DE ENSINO ................................................................... 633.12 FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO ......................................................................... 653.13 PAPEL DAS INSTANCIAS COLEGIADAS …………..…………................. 68
4. MARCO OPERACIONAL .......................…………..................................... 754.1 PLANO DE AÇÃO...................................................................................... 754.2 INSTANCIAS COLEGIADAS .................................................................... 834.3 TRABALHO PEDGÓGICO E PRÁTICA DOCENTE ................................. 845. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO...........................................................................................86
5.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .................... 86
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6. PROPOSTA CURRICULAR ...................................................................... 896.1 MATRIZ CURRICULAR DO COLÉGIO LINDAURA R. LUCAS ............... 897. CONTEÚDOS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL.. ........... 957.1 ARTE ......................................................................................................... 957.2 CIÊNCIAS ................................................................................................. 1067.3 EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................. 1147.4 ENSINO RELIGIOSO ................................................................................ 1227.5 GEOGRAFIA ............................................................................................. 1267.6 HISTÓRIA ................................................................................................. 1367.7 LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................... 1457.8 MATEMÁTICA ........................................................................................... 1537.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ....................................................... 1668. CONTEÚDO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO .................................... 1728.1 BIOLOGIA ................................................................................................. 1728.2 EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................. 1778.3 FILOSOFIA ................................................................................................ 1848.4 HISTÓRIA ................................................................................................. 1898.5 LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................... 1928.6 ARTE ........................................................................................................ 2018.7 FÍSICA ...................................................................................................... 2078.8 GEOGRAFIA ............................................................................................ 2178.9 MATEMÁTICA ........................................................................................... 226
8.10 SOCIOLOGIA ............................................................................................ 2338.11 QUÍMICA ................................................................................................... 2508.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ....................................................... 255
9. CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS...................................................................................................261
9.1 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS
ENCAMINHAMENTOS..............................................................................261
9.2 LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................ 2629.3 ARTE.......................................................................................................... 2709.4 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNO – INGLÊS...................................... 2829.5 FILOSOFIA................................................................................................ 2899.6 SOCIOLOGIA............................................................................................ 2939.7 EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................. 3109.8 MATEMÁTICA............................................................................................ 3199.9 CIÊNCIAS.................................................................................................. 327
9.10 QUÍMICA.................................................................................................... 3349.11 FÍSICA........................................................................................................ 3399.12 BIOLOGIA.................................................................................................. 3519.13 HISTÓRIA.................................................................................................. 3579.14 GEOGRAFIA.............................................................................................. 3659.15 ENSINO RELIGIOSO................................................................................. 3779.16 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL................................. 380
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Lindaura
Ribeiro Lucas - Ensino Fundamental e Médio visa explicitar a identidade da escola, a
organização administrativa e pedagógica do Estabelecimento, assim como as ações
e desafios. Busca também, enfatizar um trabalho de defesa da Escola Pública,
democrática e de qualidade, concebendo a educação como direito de todos.
Entende que se trata um processo democrático, o qual partindo da realidade,
busca definir ações relativas aos setores específicos da escola, assim como ações
conjuntas para que esta escola possa formar um educando cidadão, preparado para
conviver e atuar por uma sociedade democrática.
Segundo o artigo 12 da Lei nº 9394/96, os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência
de elaborar e executar sua proposta pedagógica, administrar seu pessoal, recursos
materiais e financeiros, articular-se com as famílias e a comunidade.
No artigo 13, referindo-se à incumbência dos docentes, fica definido que os
mesmos devem participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico, elaborar e
cumprir o plano de trabalho, segundo o Projeto do estabelecimento.
Segundo VEIGA (1998) a autonomia da escola para elaborar e executar sua
proposta pedagógica é importante para que possa delinear sua identidade.
O Projeto Político Pedagógico estruturou-se com a participação de todos os
profissionais da escola, tais como: Direção, Direção Auxiliar, Equipe Pedagógica,
Professores, Funcionários, assim como os órgãos colegiados constituídos em APMF,
Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, norteando este, a gestão, o trabalho
administrativo e pedagógico no estabelecimento. Este não é um trabalho que esgota
as discussões, mas que procura responder as necessidades do presente momento.
1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
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Nome: Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e
Médio – código: 01415
Endereço: Rua Octávio Cim, 2201, Jardim Vaticano.
Bairro: Afonso Pena.
Município: São José dos Pinhais – código 2570
Dependência Administrativa: Pública Estadual
Jurisdição: Núcleo Regional de Educação da Região Metropolitana Sul – código: 03
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização: Nº 219/90 de 14/02/90
Ato de Reconhecimento: Conforme Resolução nº 2542/91 de 15/08/91 tendo o
parecer do NRE à aprovação do Regimento Escolar: nº21/2001 de 04/01/2001.
Está situado a 15 Km de distância do Núcleo Regional de Educação da Área
Metropolitana Sul, situado na zona urbana.
1.2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Professora Lindaura Ribeiro Lucas – EFM, situado à Rua
Otávio Cim, 2201, bairro Afonso Pena, no município de São José dos Pinhais, deu
início às suas atividades no ano de 1990 autorizado pela resolução 219/90, quando
era denominado de Escola Estadual Alfredo Lincoln, com sede na Rua Adir Pedroso,
s/nº, Jardim Alfredo Lincoln, Bairro Afonso Pena no mesmo município. Em 1991 a
comunidade, com muita luta, conquistou o prédio atual do Colégio Estadual Prof.ª
Lindaura Ribeiro Lucas – E.F.M., que através da Resolução 3015/91 passou à
denominação de Colégio Estadual Professora Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino de 1º
Grau. Esse nome veio em homenagem à uma ex-professora do bairro, que
participou efetivamente na luta pela criação desta Escola.
Pela Resolução 2454/92, foi autorizado o funcionamento do Curso de 2º Grau
– Educação Geral e a referida escola passou à denominação de Colégio Estadual
Professora Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino de 1º e 2º Graus. Hoje Colégio Estadual
Professora Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e Médio.
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1.3. PATRONA DA ESCOLA
Lindaura Ribeiro da Silva nasceu no dia 11 de junho de 1936 na cidade de
Governador Valadares, Minas Gerais, filha de João Ribeiro (apelidado de João
Cacique), e de Ana de Sena Almeida. Não chegou a conhecer seu pai, pois ele
morreu deixando a muito pequena. Desde então, foi criada com seus avôs, Felício
Rodrigues e Patrocínia, porque sua mãe ficou em estado de choque com a morte do
marido, e teve de submeter-se a tratamentos por vários anos. Sua irmã mais velha,
Ermitã, foi criada pelo seu tio, Zé Moreno, e Lindaura não a viu desde seus cinco
anos de idade.
Em 1951, com quinze anos de idade, após terminar o colegial, foi morar na
fazenda de seu tio, em Alpergata, distrito de Governador de Valadares, hoje atual
município. Passou então, a lecionar em uma pequena escola construída pelo seu tio
para os moradores da fazenda. Casou-se com um de seus alunos, Vicente Lucas,
em 1955, e dois anos depois adotou Luís, seu filho mais velho. Em 1965, mãe de
sete filhos decide mudar para o distrito de Rio Bonito na cidade de Francisco Alves
do Oeste do Paraná. Lindaura lecionou na escola do município até o ano de 1971.
Mais tarde mudou-se para Curitiba, com mais três filhos, onde permaneceram por
alguns meses e retornaram para Rio Bonito. No mesmo ano, mudou-se para o
Paraguai a fim de melhorar suas condições de vida. Neste período Lindaura
permanece trabalhando na roça com o seu marido e seus filhos. Em 1979 voltam
para o Brasil, na cidade de São José dos Pinhais, estado do Paraná. Lindaura
consegue trabalho como professora não efetiva pela prefeitura da cidade, na escola
Municipal Castro Alves. Por influência da professora Mari Silva, na época diretora da
Escola Municipal Narciso Mendes, em 1980 passa a ser professora efetiva desta
escola. Enquanto professora desta escola, vendo a dificuldade de locomoção das
crianças para estudar, devido à distância, Lindaura recorre a Prefeitura, juntamente
com a diretora Mari Silva, solicitando a construção de uma escola no bairro Jardim
Primavera. Em 1983, com a construção da Escola Alexandre Leon de Carvalho
Bordes, no Jardim Primavera, Lindaura passa a lecionar nesta escola.
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No dia 24 de junho de 1988, Lindaura sente-se mal na festa de aniversário de
sua filha, é levada imediatamente para o Hospital São José, onde veio a falecer no
dia 26 de julho de derrame cerebral causado por hipertensão arterial.
1.4OBJETIVOS
O objetivo geral deste Projeto Político Pedagógico é o de explicitar o papel
social da escola, e também a clara definição de caminhos, formas operacionais e
ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo.
Destacando os seguintes objetivos:
• Garantir a participação da comunidade escolar (Professores, funcionários,
pais, alunos e instancias colegiada) na Gestão Democrática da escola,
superando as imposições ou disputas de vontades individuais.
• Possibilitar aos alunos uma formação Pedagógica e social de forma que
possa atuar como cidadão e como profissional consciente e responsável
pautando-se em princípios como: dignidade, respeito mutuo, justiça,
participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade.
• Subsidiar na formulação de propostas de intervenção pedagógica voltadas
para a reorganização do trabalho escolar, tendo em vista o progresso,
sucesso e permanência de todos os alunos da escola
• Garantir a democratização do saber sistematizado, visando o
desenvolvimento intelectual de jovens, adultos e idosos, através de
organização e metodologia diferenciada, apropriada à realidade destes
alunos.
• proporcionar a escolarização de qualidade àqueles que não tiveram acesso
ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
• proporcionar aos educandos trabalhadores, o acesso à cultura geral, de modo
que venham a participar política e produtivamente das relações sociais,
demonstrando comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
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1.5PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
O Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e
Médio, objetiva a construção de um saber sistematizado e elaborado, levando em
consideração as experiências de vida dos alunos que se fundamentam num contexto
de transformação social, para promover a aprendizagem deste domínio cultural,
através do saber sistematizado .
O colégio Lindaura tem suas ações pautadas nas bases filosóficas da
Pedagogia Histórico Crítica. Segundo Saviani isso implica em:
a) Identificar das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber, objeto produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendidas a suas manifestações, bem como as tendências atuais de transformação;b) Conversão do saber objetivo em saber escolar, de modo que se torne assimilávelpelos alunos nos espaços e tempos escolares;
c) Provimentos dos meios necessários para que os alunos assimilem o saberobjetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. (Saviani, 2008 p. 09)
Para que o aluno apreenda o conjunto das relações sociais, o Colégio
desenvolve um trabalho pautado no princípio da gestão democrática, onde todos os
que fazem parte da comunidade escolar possam participar e opinar sobre a situação
educacional da escola, sem qualquer tipo de exclusão, que possa impedir ou
dificultar o acesso, a permanência e promoção de todos, contribuindo assim para
formar uma sociedade mais justa e igualitária. Neste sentido, busca-se garantir a
qualidade do ensino ofertado e que permita uma aprendizagem de modo a contribuir
com a formação do aluno, de forma que; o mesmo se perceba como ser dinâmico,
não acabado, nem definido e que vai se construindo em função de suas relações
com os outros e com a sociedade.
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Portanto os princípios do trabalho escolar devem necessariamente estar
pautados nos princípios fundamentais da República Federativa Brasileira
explicitados no artigo 3º da Constituição Federal, os quais citam como dever:
I- construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II- garantir o desenvolvimento nacional;
III- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação. Neste sentido podemos considerar que:
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional
que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a
que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações
sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na
qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e
da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos1.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
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pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o
processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente
com:
• O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que
os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
• O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
• Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso
ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso
aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,
considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
• A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e
condições de reinserção nos processos educativos formais;
• O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
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educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar
um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
• Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
• A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como
instrumentos de transformação de sua realidade social;
• O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,
que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias
escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os
conteúdos culturais relevantes estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra,
• Viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da
contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação
e aprendizagem;
• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
• O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de
utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
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• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da
cidadania e do trabalho;
• Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta
modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre
outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades
educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-
curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
A escola enquanto espaço social deve levar o aluno, como ser humano e
parte integrante da sociedade, a conscientizar- se da necessidade deste constante
aprendizado, e que ela é o local privilegiado para isso.
Partindo do princípio que a educação é um compromisso político do poder
público para com a população, a escola deve formar o aluno enquanto cidadão
crítico, participativo, capaz de tomar decisões conscientes, pautadas em atitudes de
respeito mútuo, considerando a diversidade existente na nossa sociedade atual.
1.6 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
O Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e
Médio, tem sua especificidade por ser uma instituição educacional pública, a qual
tem como pressuposto construir uma escola alicerçada nos princípios democráticos,
de igualdade de condições para todos, para que possa se efetivar como sendo uma
escola democrática, pública e gratuita.
A escola enquanto instituição pública, gratuita e democrática precisa construir
sua autonomia para que possa efetivar suas ações em favor da tomada coletiva de
decisões buscando garantir o desenvolvimento educacional de seus alunos.
Neste sentido, busca se intermediar uma formação humana, científica e
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artística, privilegiando dentro das possibilidades da escola as mais variadas
experiências, numa ampla diversificação de estudos, a qual será submetida a um
sistema de avaliação, que permite o acompanhamento permanente dos resultados
alcançados, não só do corpo discente mas também do corpo docente. Levando em
consideração que um dos principais objetivos da educação é produzir e socializar o
conhecimento com o intuito de que os alunos possam compreender a realidade
socioeconômica, política e cultural tornando-se parte integrante da sociedade.
Em conformidade com o artigo 1º da LDB 9394/96, a escola tem com o
princípio norteador das suas atividades:
♦ Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
♦ Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber.
♦ Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.
♦ Respeito à liberdade e apreço a tolerância.
♦ Coexistência de instituições públicas e privadas e ensino.
♦ Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
♦ Valorização do profissional da educação escolar.
♦ Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e do legislativo
do sistema de ensino.
♦ Garantia do padrão de qualidade.
♦ Valorização da experiência extracurricular.
♦ Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Também é necessário ressaltar a concepção explícita na Lei de Diretriz e
Bases da Educação Nacional 9394/96, a qual afirma que:
Art.2° A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Dessa forma, o Colégio Lindaura Ribeiro Lucas, enquanto instituição pública e
gratuita, busca a qualidade de suas atividades destinada a todos os educandos que
dela necessitam, com o objetivo de oferecer uma formação em que seus alunos
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possam enquanto pessoa, cidadão e profissional ser capaz de participar e
transformar a realidade a qual faz parte.
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2. MARCO SITUACIONAL
2.1 ESCOLA PÚBLICA E SEUS DESAFIOS
Hoje, a escola pública vive momentos de reflexão sobre as suas funções
sociais, políticas e pedagógicas. A responsabilidade da escola é cada vez maior,
com a formação integral dos estudantes de todas classes sociais, para que estes
conheçam os seus direitos e deveres e possam atuar com autonomia nas decisões
da sua realidade.
Os alunos necessitam cada vez mais de orientações, estímulos, vivências,
solidariedade e responsabilidade para que se tornem cidadãos autônomos e
conscientes.
Devido às mudanças ocorridas no contexto geral da sociedade, as funções
paternas e maternas são cada vez mais uma responsabilidade social de instituições
públicas e privadas. A escola se torna o principal meio de socialização das crianças
que, na maioria das vezes, chegam até mesmo sem o mínimo necessário da
educação básica que outrora era de responsabilidade da família, especialmente a
mãe. Esta situação vem ocorrendo porque os filhos permanecem a maior parte do
tempo sozinho, não interagindo com o adulto que o educa.
Este fato tem como decorrência a questão da indisciplina. Como muitos pais
não têm tempo suficiente para atender as necessidades dos filhos, muito alunos
chegam a escola sem comprometimento, responsabilidade, nem organização.
Mesmo sabendo que a disciplina não pode ser entendida como se tivesse
uma finalidade educativa em si mesmo, mas é uma necessidade que aparece não
por mero autoritarismo ou arbitrariedade dos responsáveis para conduzir uma
prática pedagógica comprometida com uma educação de qualidade.
As reclamações dos educadores são as mais variadas possíveis e também as
mais comuns no meio escolar: alguns alunos são insubordinados, depredam o
patrimônio escolar, roubam, brigam, não fazem as lições de casa e assim por diante.
Percebe-se que cada vez mais os alunos vêm para a escola com menos limites
trabalhados pela família, muitos pais chegam mesmo a passar a responsabilidade
para a escola; “pode bater, pode fazer o que quiser, eu já não posso mais com ele”.
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Diante disto os pais acabam exigindo uma solução, muitas vezes uma postura que
seria dos próprios pais.
Neste sentido corre-se o risco de cair no jogo do “empurra-empurra”. Os
professores dizem que os responsáveis pelos problemas em sala de aula são os
pais, que culpam os professores e a escola, que culpa o sistema. Não se trata pois
de ficar se buscando o culpado, mas buscar uma tentativa de se resolver o
problema.
Neste contexto, observa-se que o Colégio enfrenta como qualquer outra
instituição de grande porte, problemas de indisciplina como: rivalidades, dificuldades
de respeitar regras, ouvir, falta de limite, preconceito, que dificultam o trabalho
docente, bem como problemas de aprendizagem como: concentração, falta de
interesse e apoio familiar, o número excessivo de alunos em sala problemas esses
que impedem o docente de dar atenção individual ao educando. Percebe-se o
papel da escola além da formação acadêmica. O resgate de valores e a preparação
para cidadania também deve buscar meios para que o aluno tenha condições de se
adaptar as novas situações postas pela sociedade atual, considerando que a escola
é um dos principais espaços de convivência social do ser humano durante as
primeiras fases de seu desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos.
Já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo
diversificado, fora do contexto familiar.
Exercer a cidadania é conhecer direitos e deveres no exercício da convivência
coletiva, realizar a análise crítica da realidade, reconhecer as dinâmicas sociais,
participar do debate permanente, sobre causas coletivas e manifestar com
autonomia e liberdade respeitando seus pares.
Tais práticas se contrapõem à violência, na medida que não admitem a
anulação de um sujeito pelo outro, mas fortalecem cada um, na defesa de uma vida
melhor para todos.
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2.2 DADOS ESTATÍSTICOS: APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E ABANDONO
Dados de 2014
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 75,78% 21.91% 2,30%
6º ANO 79,91% 17,35% 2,74%
7º ANO 87,75% 10,78% 1,47%
8º ANO 73,76% 22,28% 3,96%
9º ANO 61,70% 37,23% 1,06%
Dados de 2014 - Ensino Médio - Manhã
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
ENSINO MÉDIO TOTAL 87,08% 11,86% 1,05%
1ª SÉRIE 80,00% 16,84% 3,16
2ª SÉRIE 81,25% 18,75% 0%
3ª SÉRIE 100% 0% 0%
Dados de 2014 - Ensino Médio - Noite
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
ENSINO MÉDIO TOTAL 69,44% 16,96% 13,59
1ª SÉRIE 55,17% 27,59% 17, 24%
2ª SÉRIE 73,17% 18,29% 8,54%
3ª SÉRIE 80% 5% 15%
Dados de 2015
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 76,89% 22,65% 0,45%
6º ANO 87,21% 12,02% 0,78%
7º ANO 78,68% 21,32% 0,0%
8º ANO 78,85% 21,15% 0,0%
9º ANO 62,83% 36,13% 1,05%
17
Dados de 2015 - Ensino Médio - Manhã
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
ENSINO MÉDIO TOTAL 84,92% 15,07% 0,0%
1ª SÉRIE 78,70% 21,30% 0,0%
2ª SÉRIE 82,89% 17,11% 0,0%
3ª SÉRIE 93,18% 6,82% 0,0%
Dados de 2015 - Ensino Médio - Noite
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
ENSINO MÉDIO TOTAL 65,08% 32,19% 2,72%
1ª SÉRIE 57,38% 39,34% 3,28%
2ª SÉRIE 57,32% 37,80% 4,88%
3ª SÉRIE 80,56% 19,44 0,0%
Dados 2016
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL
6º ANO 83,89% 14,69% 1,42%
7º ANO 84,77% 12,11% 3,12%
8º ANO 83,36% 13,73 2,90%
9º ANO 79,09% 14,55% 6,36%
Dados de 2016 - Ensino Médio - Manhã
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
1ª SÉRIE - TOTAL 65,62 30,21% 4,17%
2ª SÉRIE - TOTAL 88.57% 11,43% 0,0%
3ª SÉRIE – TOTAL 93,48% 4,35% 2,17%
18
Dados de 2016 - Ensino Médio - Noite
Ensino/SérieRendimento Escolar
Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
ENSINO MÉDIO TOTAL
1ª SÉRIE 47,50% 15,00% 37,50%
2ª SÉRIE 62,50% 9,72% 27,78%
3ª SÉRIE 71,62% 4,05% 24,32%
Analisando os dados é possível perceber que percentual de aprovação no
Ensino Fundamental cresceu gradativamente nos últimos anos, já no Ensino Médio
o percentual de aprovação manteve muito parecido no período da manha. Porem o
1º ano da manhã no ano de 2016 teve um aumento considerável no percentual de
reprovação.
Também é possível observar o percentual de abandono, sendo no Ensino
Fundamental maior que no Ensino Médio diurno. No ensino médio período da
manha a taxa de abandono no ano de 2015 chegou à zero.
No Ensino Médio noturno no de 2016 apresentou um grande índice de
abandono, uma das causas foi à ocupação dos alunos em protesto a reformulação
do ensino médio. Muitos alunos após a ocupação não retornaram as aulas.
É possível perceber que no período noturno em 2015 a maior taxa foi a de
reprovação, enquanto que em 2016 foi à taxa de abandono.
2.3 CARACTERIZAÇÕES DA COMUNIDADE
O Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Lucas – Ensino Fundamental e Médio,
atende alunos que moram nas redondezas da escola.
A partir da pesquisa sócio-educacional com os alunos da escola verificamos
as informações demonstradas na tabela abaixo:
19
Nº de
moradores
Grau de
escolaridade
dos pais
Renda Familiar
Mensal
Moram em casa Religião da
família
33% mais de
cinco
33% Ensino
Médio
38% entre 1 e 3
salários mínimos
69% casa própria 60% católica
27% cinco
pessoas
29% Ensino
Fundamental
completo
30% entre 3 e 6
salários mínimos
28% casa
alugada
38% evangélica
23% quatro
pessoas
20% Ensino
Fundamental
(até a 4ª série)
16% até 1 salário
mínimo
3% casa cedida 2% não tem
religião
15% três pessoas 9% Ensino
Superior
8% entre 6 e 9
salários mínimos
2% duas pessoas 9% não
souberam
informar
5% mais de 9
salários mínimos
3 % não
declararam renda
Observou-se que a maioria das famílias é constituída pelo pai, mãe e filhos
biológicos. Aqueles em que os pais são separados, os filhos moram com a mãe.
A religião predominante da comunidade escolar é a católica seguida da
evangélica.
A maioria das famílias tem como grau máximo de escolaridade o Ensino
Médio e o Ensino Fundamental e poucos o ensino superior. A renda familiar é
bastante variada, sendo que a grande maioria apresenta renda familiar mensal entre
1 e 6 salários mínimos e possuem casa própria.
O lazer dos alunos baseia-se na leitura, internet, TV, rádio, DVD, práticas de
esportes e viagens esporádicas. Vêem na escola oportunidades de sucesso na vida
profissional, garantindo assim, através do maior grau de escolarização, também a
possibilidade de competir no mercado de trabalho e para a continuidade dos
estudos.
20
2.4 PERFIL DOS EDUCANDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O educando que procura a EJA é aluno que não obteve escolarização, ou
não deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes, alheios à sua
vontade, por exemplo, a necessidade de trabalhar, a ausência de estímulos,
dificuldade de acesso, evasão escolar e ou repetência entre outros.
O Colégio Estadual Lindaura Ribeiro Lucas atenderá na Educação de Jovens
um público formado por jovens, adultos, idosos, pessoas com necessidades
especiais, profissionais liberais, trabalhadores assalariados advindos das grandes
indústrias instaladas neste município.
Os alunos da EJA têm algumas características que podem ser observadas
como:
• São dotados de conhecimento de mundo;
• Possuem experiências pessoais e profissionais muito diversificadas;
• Aprendem conteúdos significativos segundo suas vivências e
interesses;
• Percebem metas com clareza;
• Participam ativamente das atividades propostas;
• Conseguem superar suas dificuldades pessoais, quando alcançam os
objetivos esperados;
• Depositam grande expectativa em relação à escola para a mudança
das suas condições de vida.
Além dos Jovens, adultos e idosos, a escola atenderá uma grande quantidade
de adolescentes, na maioria, ao contrário dos adultos ou idosos procuram ou estão
na EJA, não por falta de oportunidade, mas porque são resultado de um processo
educacional fragmentado, marcado por frequente exclusão e reprovação no Ensino
Fundamental e Médio regular.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos o
atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos, não se refere
exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com
a diversidade sociocultural de seus educandos. (DCE da Educação de Jovens e
21
Adultos. Pg. 30). Há ainda que se considerar os diferentes perfis, a fim de se
estruturar diferentes formas de atendimento a essa demanda de alunos.
Uma característica desse público é marcada pelos conhecimentos adquiridos
ao longo de sua vida, e que são trazidos para escola como bagagem, portanto
precisa ser pensado estratégia metodológicas diferenciadas que possam dar conta
de uma temporalidade diferenciada no processo ensino aprendizagem, bem como
que seja capaz de construir a autonomia intelectual desses alunos tornando-os
sujeitos ativos nesse processo. (DCE da Educação de Jovens e Adultos).
2.5 ORGANIZAÇÕES DO TEMPO E DOS ESPAÇOS
Horário de Funcionamento:
Manhã: 7h30min. às 11h45min.
São atendidos os alunos do Ensino Fundamental de 8º e 9º anos e Ensino Médio
Tarde: 13h às 17h15min.
São atendidos os alunos do Ensino Fundamentos de 6º, 7º e 8º ano.
Noite: 18h30min. às 22h40min.
São atendidos os alunos do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos do
Ensino Fundamental anos finais e Ensino Médio.
Elaboração do horário
Horário é formulado de acordo com a grade curricular e a disponibilidade do
professor, obersando-se o cumprimento da hora atividade de forma concentrada.
Distribuição das turmas
A distribuição das turmas é feita de acordo com a ordem alfabética,
distribuindo de forma que não fiquem muitos alunos com o mesmo nome em uma
única turma.
Com relação aos alunos reprovados é distribuído em número igual em todas
as turmas.
22
Intervalo
Nos períodos da manhã, tarde e noite, o intervalo ocorre após a terceira aula.
No período da tarde os alunos são liberados em horários diferentes, numa diferença
de cinco minutos para cada piso. Esse horário é alternado durante o ano. Foi
definido desta maneira para melhorar a circulação nos corredores e também em
função da distribuição do lanche.
Calendário escolar
O calendário escolar é organizado a partir das determinações da LDB
9394/96, conforme Instrução N.° 12/2016-SUED/SEED.
Matriz curricular
Foi elaborada de acordo com a orientação da Secretaria do Estado do
Paraná, expressas na Instrução Nº 008/2011 - SUED/SEED.
Organização hora atividade
Em nossa escola priorizamos a organização da hora atividade de forma
concentrada, seguindo a orientação da Secretaria Estadual de Educação. Desta
forma cada disciplina tem um dia específico para realizar as horas atividades.
Entendemos que desta forma possibilita uma melhor organização e interação entre
os professores da mesma disciplina, bem como a participação em cursos e eventos
de formação.
2.6 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO / EQUIPAMENTOS
O espaço físico é organizado em 18 salas de aula distribuídas em 3 pisos,
conta também com laboratórios de ciências, laboratório de informática, biblioteca,
salas para o setor administrativo, sala de professores, quadra poliesportiva, sala de
multimeios, sala de apoio, sala de recurso multifuncional e altas habilidades,
cozinha, cantina e um amplo espaço de pátio externo. Considera-se que o ambiente
23
físico da escola deve ser de qualidade, priorizando a organização e a limpeza. Os
equipamentos devem ser também de qualidade e com condições de atender a
comunidade escolar de maneira satisfatória. Tanto aluno, quanto professores e
funcionários devem ter garantidos esses direitos para que se sintam motivados a
exercer suas funções de maneira mais dinâmica.
Atualmente a escola passou por uma revitalização nos seus ambientes
internos e externos: como pintura, troca de janelas, pastilhamento de corredores,
construção de cobertura interligando a quadra e a biblioteca ao prédio da escola.
Porem ainda necessita de um refeitório com espaço suficiente para servir as
refeições aos alunos e um míni auditório para realizar apresentações e reuniões
com os pais, propiciando maior conforto a estes quando solicitados a comparecer na
escola; precisamos de um almoxarifado para armazenar os materiais de maneira
organizada.
Estrutura física:
• 18 salas de aula
• Uma sala de apoio pedagógico para Língua Portuguesa e Matemática
• Uma sala de recursos multifuncional e altas habilidades.
• Uma Biblioteca com dois banheiros
• Um laboratório de química, biologia e física
• Um laboratório de informática
• Uma cozinha
• Uma sala para armazenamento de merenda
• Sala dos professores
• Duas salas para a equipe pedagógica e administrativa
• Uma sala para secretaria
• Um saguão usado para lanche e recreação
• Cantina comercial
• Uma quadra de esportes coberta
24
• Uma cancha para vôlei de areia
• Uma cancha para futebol de areia
• Dois banheiros para os alunos (masc. e fem.) com 8 vasos sanitários cada
• Dois banheiros para funcionários e professores
• Uma casa para o caseiro
• Estacionamento interno para professores
Equipamentos
Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletroeletrônicos disponíveis:
• 02 projetores de slides grandes e 6 pequenos
• 18 televisores com entrada para Pendrive
• 01 filmadora
• 02 câmeras fotográficas digitais
• Aparelhos de DVD
• Micro-system
• Um acervo de aproximadamente três mil quinhentos e cinquenta livros
• Biblioteca do professor com mais de cem títulos
• computadores para uso da secretaria e equipe administrativa e equipe
pedagógica
• 05 impressoras
• Duas caixas amplificadoras de som e duas sem amplificador
• Uma mesa de som com dois microfones.
• Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática.
• 33 computadores, com acesso a internet via fibra ótica no laboratório de
informática.
Os demais materiais que a Escola possui estão relacionados em
documentação própria na Secretaria.
25
MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
O material didático de apoio utilizado na escola é disponibilizado pelo
MEC e selecionados e escolhidos pelos professores conforme cronograma de
PNLD/ Mec. Os professores também têm a sua disposição livros e outros materiais
didático encontrados na biblioteca.
BIBLIOTECA ESCOLAR
A biblioteca tem um papel muito importante no processo educativo, pois é um
espaço em que os alunos encontram referências para pesquisas bibliográficas, e
materiais para desenvolver o hábito de ler. Configura-se em local onde o jovem,
adulto ou o idoso pode buscar conhecimentos tendo respeitado o seu tempo físico e
escolar.
Vivemos a realidade de um mundo globalizado, com informações online,
acessíveis de qualquer ponto do planeta, com celulares substituindo o diálogo e até
os apertos de mãos. Essa realidade mudou as relações, mas, a escola como
instuição educacional precisa acompanhar essa evolução, todavia, tem como
obrigação perpetuar a leitura, e a contação de histórias, o registro escrito dos fatos e
da evolução da humanidade contada através dos livros. Este instrumento de
informação, de lazer cultura, precisa continuar exercendo fascínio sobre as pessoas.
Portanto, a biblioteca deverá estar sempre bem organizada, de forma que o
espaço seja o mais bem aproveitado possível, com um mínimo de conforto para que
seja um ambiente agradável.
ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
Na escola contamos com um laboratório de Ciências e um laboratório de
informática para atender a todos os professores e alunos que deles necessitarem
26
para concretizar seus projetos de ensino-aprendizagem
O laboratório possibilita aos alunos o contato com o método científico. É um
local onde ele pode formular hipóteses, observar, registrar e sistematizar dados, e a
partir dos mesmos, comprovar ou não a hipótese formulada.
Esse trabalho possibilita aos alunos a se acostumarem a discutir, perguntar,
testar e, principalmente, buscar respostas para suas perguntas. Essas atividades
investigativas promovem também, mudanças nas atitudes dos alunos, ou seja, tira
eles da posição de espectadores e os coloca como construtores do conhecimento.
O desenvolvimento, junto aos estudantes do EJA de ações pedagógicas em
laboratório, possibilita estabelecer relações dinâmicas e interativas dos
conhecimentos científicos com os problemas sociais, culturais, econômicos e
ambientais, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania dessas pessoas.
As aulas de laboratório podem, assim, funcionar como um contraponto das
aulas teóricas, como um poderoso catalisador no processo de aquisição de novos
conhecimentos, pois a vivência e certa experiência facilita a fixação do conteúdo a
elas relacionada. Desta forma, descarta-se a ideia de que as atividades
experimentais servem somente para a ilustração da teoria.
As aulas de no laboratório deve contribuir para colocar à disposição da
sociedade conhecimentos científicos necessários para melhorar sua qualidade de
vida e facilitar o acesso ao saber científico. A ênfase se dá a partir da utilização da
investigação, da experimentação, das tecnologias interativas de informação e
comunicação como ferramentas pedagógicas de apoio às atividades presenciais da
disciplina. A abordagem ideal deve valorizar a capacidade de o aluno produzir
explicações que não se reduzam ao senso comum e às observações cotidianas. É
preciso avançar na direção do conhecimento científico.
RECURSOS TECNOLÓGICOS
As tecnologias de comunicação e informação, atualmente inseridas na escola,
são ferramentas fundamentais para a compreensão do mundo de hoje. Ela permite
ao aluno uma inclusão digital dirigida.
No colégio Lindaura são disponibilizados aos alunos e professores alguns
27
ferramentas digitais como:
• Paraná Digital
• Portal dia a dia Educação
• TV Paulo Freire
• TV Multimídia
• Laboratórios de Informática
• Computadores em rede
• Internet
Estas tecnologias inseridas na educação despertam o educando para o
conhecimento e permitem a instituição educacional desenvolver os seguintes
pressupostos:
• habilidades e capacidades nos processos educacionais;
• socialização e informatização;
• construção valores;
• apreensão de conhecimento que prepare para atuação ética, crítica e participativa
na sociedade tecnológica, em âmbito cultural, social e político;
• valorização da tecnologia nos meios de comunicação;
• desenvolvimento da capacidade de se comunicar pelos meios propiciados pela
tecnologia
• o aumento e a melhor utilização do conhecimento adquirido na escola.
Porém, mais que induzir sons e imagens na sala de aula e nos ambientes de
trabalho, as máquinas e toda tecnologia a disposição na escola provocam mudanças
não só no processo pedagógico, mas também nas pessoas inseridas nele.
.
2. 7 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O estabelecimento de ensino oferece Ensino Fundamental e Médio,
Educação de Jovens e Adultos nas modalidades: Fundamental II e Ensino Médio,
sala de recursos multifuncional e altas habilidades.
28
Do Ensino Fundamental
O Ensino fundamental é ofertado nos períodos da manhã e tarde,
contemplando as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Artes,
Ciências, Educação Física, Geografia, História, Ensino Religioso e Inglês.
Utiliza-se o sistema de avaliação trimestral, sendo a carga horária mínima
anual de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos, o qual o ano letivo
corresponderá ao ano civil.
Do Ensino Médio
O Ensino Médio transcorre em 3 anos sequenciais, contemplando as
seguintes disciplinas:Língua Portuguesa, História, Inglês, Educação Física, Biologia
e Filosofia, Matemática, Geografia, Artes, Química, Física e Sociologia.
Utiliza-se o sistema de avaliação trimestral, sendo a carga horária mínima
anual de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos, o qual o ano letivo
corresponderá ao ano civil.
Sala de Recursos
A sala de recurso tem por objetivo apoiar a organização e a oferta do
Atendimento Educacional Especializado – AEE, prestado de forma complementar ou
suplementar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento, altas habilidades/superdotação matriculados em classes comuns
do ensino regular, assegurando-lhes condições de acesso, participação e
aprendizagem.
O atendimento aos alunos na sala de recurso é realizado por professor
especializado, sendo individual ou em grupo, de acordo com a faixa etária,
programa a ser desenvolvido e nível de escolaridade. O atendimento é realizado em
contra turno, não ultrapassando duas horas diárias, o tempo necessário para
desenvolver suas necessidades individuais defasadas.
29
Educação de Jovens e adultos – EJA
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus
estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades
apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e
Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na
legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no
processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de
modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de
Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações
sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início
e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos
conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os
30
saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que
não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições
de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou
desistentes quando não há, no momento, turma organizada coletivamente para a
sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de
um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo
próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos
saberes já apropriados.
Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de
07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de
Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
Educação Especial
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
31
educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização
coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e
o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
• Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
• Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos;
• Superdotação/altas habilidades.
• É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve
assumir para remover barreiras para a aprendizagem e
participação de todos os alunos.2
• Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao
educando para o enfoque do especial atribuído à educação.
Mesmo que os educandos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas,
também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas
desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados
daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
• Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,
assegurando o direito à igualdade com eqüidade de
oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,
mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados
para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
Ações Pedagógicas Descentralizadas
2 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.
32
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a Proposta Pedagógica e o
Regimento Escolar, desde que autorizado pelo Conselho Estadual de Educação /PR
e segundo os critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação em
instrução própria.
Frequência
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de
100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino
Médio, sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e
cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de
aula.
Exames Supletivos
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento da
Educação Básica, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
2.8 MATRÍCULAS
O Colégio Estadual Profª Lindaura R. Lucas - EFM, oferta em 2017 as
modalidades de ensino abaixo, totalizando 56 turmas de ensino regular (1582
alunos) sala de recurso, Educação de Jovens e Adultos assim distribuídas:
33
MODALIDADE TURNO Nº DE TURMAS Nº DE ALUNOS
Ensino FundamentalManhãTarde
1216
914
Sala de RecursosManhãTarde
44 27
Sala de Recurso de Altas Habilidades
Tarde 3 11
Ensino Médio ManhãNoite
65
446
EJAFundamental II
NoiteNoite
6 142
EJAEnsino Médio
Noite 2 100
Para a matrícula na modalidade Escolar de Educação de Jovens e Adultos:
• A idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
• Será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela
mantenedora;
• Educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá
matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
• No Ensino Fundamental – fase II, a disciplina de ensino religioso é de
matrícula facultativa para o educando;
• No Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula
facultativa para o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas
que podem ser cursadas concomitantemente;
• Poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito
por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos,
série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão
de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de
conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;
• Para os educandos que não participaram do processo de escolarização
formal/escolar, bem como o educando desistente do processo de
escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus
conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no
regimento escolar;
34
• Será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar
por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu
retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos,
aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos,
desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir
da data da matrícula inicial;
• Educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula
inicial na disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial,
podendo participar do processo de reclassificação;
• O educando desistente na disciplina de Língua Espanhola, por mais de
02 ( dois) meses consecutivos ou por mais de dois aos, a contar da data
de matricula inicial, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem
aproveitamento da carga horária cursada e os registros de notas obtidos,
caso opte novamente por cursar essa disciplina;
• O educando oriundo de organização de ensino por
série/período/etapa/semestre/bloco concluído com êxito e com a disciplina
de linha Espanhola em curso, de forma opcional, esta não terá
aproveitamento de estudo na Educação de Jovens e adultos – EJA;
• A disciplina de Língua Estrangeira Moderna, concluída através de curso
organizado por disciplina ou de Exames, diferente de Inglês, ofertado na
Educação de Jovens e Adultos - EJA, poderá ser aproveitada para fins de
conclusão da disciplina de Língua Estrangeira Moderna: Inglês, mediante
apresentação do Histórico Escolar.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o
educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização
dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento
escolar, a duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que
os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que
compõem o Guia de Estudos:
35
• A organização dos cursos;
• O funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento
escolar;
• A dinâmica de atendimento ao educando;
• A duração e a carga horária das disciplinas;
• Os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
• O material de apoio didático;
• As sugestões bibliográficas para consulta;
• A avaliação;
• Outras informações necessárias.
2.9 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno. A avaliação é realizada em função dos conteúdos,
utilizando métodos e instrumentos diversificados, que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno. No Ensino Fundamental e
Médio as avaliações são realizadas trimestralmente. Devendo totalizar 10,0 durante
o trimestre. A escola realiza uma avaliação unificada no trimestre.
Na educação de jovens e adultos a avaliação será diagnóstica,
continua sistemática, abrangente, permanente , utilizando técnicas e
instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa;
Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas
e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de
ensino, a que obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do
professor, conforme descrito no regimento escolar.
A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em escala de 0 (zero) a 10,0 ( dez virgula
zero) e para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0
36
(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a resolução nº
3794/04- SEED e frequência Mínima de 75%( setenta e cinco por cento) do
total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100%(cem
por cento)na organização individual. Caso o educando não atinja pelo menos
a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual terá
direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será como
acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos.
Para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de
língua espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 ( seis
vírgula zero).
No ensino fundamental- fase II, a disciplina de ensino religioso será
avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas
na documentação escolar, por não ser objeto de retenção e para fins de
acréscimo da carga horária da disciplina de ensino religioso, na
documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima de 75%
(setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.
Recuperação de estudo é feita paralelamente ao desenvolvimento do
conteúdo com objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos, é ofertada a todos
os alunos. Para fins de registro deve totalizar 100% entre todos os instrumentos de
avaliação utilizados. Os resultados da recuperação serão incorporados as
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um
componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro
Registro de Classe.
Na educação de jovens e adultos a recuperação será individualizada,
organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de
estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de
cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de
novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no regimento escolar.
37
2.10 Aproveitamento de Estudos
O aluno da educação de jovens e adultos oriundo de organização de ensino
por série/ ano/período/etapa/semestre/bloco concluída com êxito, poderá requerer
na matrícula inicial da disciplina, aproveitamento de estudos, mediante apresentação
de comprovante de conclusão da série/ano/período/etapa/semestre/bloco a ser
aproveitada:
♦ Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de
estudos de série/ano e de período(s)/etapa(s)/semestre(s)/bloco(s) concluídos
com êxito, equivalente(s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de
25% da carga horária total de cada disciplina da Educação de Jovens e
Adultos - EJA.
♦ No Ensino Médio, o aproveitamento máximo será de 50% do total da carga
horária de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos - EJA.
Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga
horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular e obter as
seguintes quantidades de registros de nota, conforme tabela abaixo:
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
Disciplina/Carga Horária Total
% de aproveitamento de cada série(s)/ano(s)/período(s)/etapa(s)/semestre(s), Carga Horária a
ser cumprida, N de Registros de Notas
1 série ou correspondente=
25%
2 série ou correspondente
= 50%
3 série ou correspondente= 75%
Língua Portuguesa (336h/a), 6 registros
de notas
252h/a, 4 registros de notas
168h/a, 3 registros de
notas
84h/a, 2 registros de notas
Matemática(336h/a), 6 registros
de notas
252h/a, 4 registros de notas
168h/a, 3 registros de
notas
84h/a, 2 registros de notas
Ciências Naturais (256h/a), 4 registros
de notas
192h/a, 3 registros de notas
128h/a, 2 registros de
notas
64h/a, 1 registro de nota
História (256h/a), 4 registros
192h/a, 3 registros de notas
128h/a, 2 registros de
64h/a, 1 registro de nota
38
de notas notas
Geografia (256h/a), 4 registros
de notas
192h/a, 3 registros de notas
128h/a, 2 registros de
notas
64h/a, 1 registro de nota
LEM-Inglês (256h/a), 4 registros
de notas
192h/a, 3 registros de notas
128h/a, 2 registros de
notas
64h/a, 1 registro de nota
Artes (112h/a), 2 registros
de notas
84h/a, 2 registros de notas
56h/a, 1 registro de nota
28h/a, 1 registro de nota
Educação Física(112h/a), 2 registros
de notas
84h/a, 2 registros de notas
56h/a, 1 registro de nota
28h/a, 1 registro de nota
Ensino Religioso * Disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa pelo educando
.
ENSINO MÉDIO
Disciplina/Carga Horária Total
% de aproveitamento de cada série(s)/período(s)/etapa(s)/semestre(s), Carga Horária a ser
cumprida e N de Registros de Notas
1 série ou correspondente = 25%
2 série ou correspondente = 50%
Língua Port. e Literatura(208h/a)
156h/a, 4 registros de notas
104h/a, 3 registros de notas
Matemática(208h/a)
156h/a, 4 registros de notas
104h/a, 3 registros de notas
Biologia(128h/a)
96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Física(128h/a)
96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Química(128h/a)
96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
História(128h/a)
96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Geografia(128h/a)
96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
LEM - Inglês(128h/a)
96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Arte(64h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
39
Filosofia(64h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
Sociologia(64h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
Educação Física(64h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
* Língua Espanhola, disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa pelo educando.
2.11 Classificação e Reclassificação
O processo de classificação poderá posicionar o aluno, para matricula na
disciplina, em 25%, 50%,75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do
ensino fundamental – fase II, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga horária
total de cada disciplina.
O estabelecimento de ensino poderá reclassificar os alunos matriculados,
considerando que o aluno deve cursado no mínimo 25% do total da carga horária
definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental- Fase II e no Ensino Médio.
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará
o previsto na legislação Vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar
2.12 PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA
PROFISSIONAIS
FUNÇÃO QUANTIDADEDireção 1
Direção Auxiliar 1Pedagogos 7Professores 64
Agentes Educacionais II 9Agentes Educacionais I 13Total de funcionários 95
Direção e Direção Auxiliar
Compete à equipe de Direção, a gestão dos serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,
40
definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no
Regimento Escolar.
Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é formada por professores pedagogos cujas atribuições
são a de coordenação, implantação e implementação das Diretrizes, emanadas da
Secretaria da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na escola, além
das atribuições relacionadas no Regimento Escolar.
Agentes Educacionais II - Administrativo
Este setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do
Estabelecimento, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas
reais funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas no Regimento
Escolar.
Equipe de Professores
É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como
regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar
ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento
Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de
Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de
produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como
uma forma de melhorar o desempenho dos docentes.
Agentes Educacional I
A equipe de Agentes Educacionais I tem a seu encargo o serviço de
manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento, sendo
subordinada, coordenada e supervisionada pela Direção.
2.13 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Integrantes da Equipe Multidisciplinar: Ana Lúcia dos Santos, Vera Graça do
41
Rocio Cândido, Araci Ribas da Silva, Nildete Maria Ferreira Bonini, Tania Mara
Antunes, Lucinéia Aparecida dos Santos, Matheus Alves Carvalho, Maria Inês
Bordun Ilkiv, Lucilene Pereira, Alessandra Brandoni, Carla Patrícia Vilas Boas.
Objetivos a serem alcançados
• Sensibilizar os professores para (re) educar o olhar sobre as contribuições da
história e cultura africana, afro-brasileira e indígena para o desenvolvimento de uma
sociedade democrática, multicultural e pluriétnica;
• Estimular o coletivo escolar a construção de um projeto educacional de
inclusão social na perspectiva da diversidade cultural
• Oferecer conhecimentos necessários para a atuação dos professores em
sala de aula com relação à Cultura da matriz afro brasileira.
• Reconhecer o respeito às identidades culturais, diferenças e especificidades
de cada pessoa como um direito social.
• Criar um ambiente educativo que propicie o debate e discussões relacionadas
às questões etino- raciais.
Justificativa das ações a serem realizadas
Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e
valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica a
sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais,
descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e línguas
( MEC/SEC, 1998).
Considerando que a complexidade das relações raciais na sociedade
brasileira foi construída com base no processo de escravização de africanos. E isto
criou relações de sociais baseadas na subalternidade, posta pela figura do
escravizado e escravocrata. Criando dessa forma o engessamento de lugares de
negros e brancos e uma hegemonia dos valores de uma cultura branca que ainda
muitas vezes, parece inatingível. Neste sentido o preconceito racial expressa o
sentido histórico da inferioridade formada a partir das relações de dominação e
42
subalternidade entre senhores e escravos durante o período de escravidão no Brasil
o que serviu de modelo social para formação da sociedade brasileira.
As expressões que denotam o preconceito estão de tal forma impregnados
na nossa sociabilidade que ficam naturalizados no nosso cotidiano, por isso é
necessário fazer algumas intervenções principalmente relacionadas à educação
escolar. Considerando que a escola é a instituição social que partilha dos valores e
práticas da sociedade a qual pertence, portanto faz parte da transformação social
desta. O preconceito na escola se manifesta não apenas pelas expressões entre
alunos e professores, mas também pela omissão e pelo silencio quando a essas
situações ocorrem.
O aprendizado na escola não se restringe aos conteúdos curriculares. A
criança/ jovem precisa de modelos para aprender. Aprende-se o que está posto
socialmente para ser aprendido, sejam princípios, valores ou conteúdos das áreas
do conhecimento.
2.14 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA
Integrantes da Brigada Escolar:
Jair Nascimento da silva
Cláudia Chimanski Bloot de Camargo
Lucilene Pereira
Rodrigo Alves da Rosa
Carina Cantuário Juk
Ana Lúcia dos Santos
Justificativa do Programa
O Colégio Estadual Profª Lindaura Ribeiro Lucas está implantando o
Programa da Brigada Escolar – Defesa Civil no estabelecimento, tendo em vista que
o mesmo está amparado legalmente pelo Decreto Federal nº 7257 de agosto de
2010, que prioriza fundamentalmente a condição de prevenção de acidentes
43
naturais ou provocados pela intervenção humana.
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após
terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa é desenvolvido no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos,
promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são
mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente
capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas
preventivas. O programa surge da necessidade de adequar a escola internamente
para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam
eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,
entre outros.
Objetivo Geral
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Colégio
Lindaura Ribeiro Lucas para ações que visem diminuir ou evitar o surgimento de
eventos danosos, naturais ou humanos, bem como preparar para o enfrentamento
de situações emergenciais no interior da escola para garantir a segurança de toda
comunidade escolar.
Objetivos Específicos
• Levar o colégio a construírem uma cultura de prevenção a partir do ambiente
escolar;
• Proporcionar aos alunos condições mínimas para enfrentamento de situações
emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se
conduzirem frente a desastres;
• Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias
do Corpo de Bombeiros;
• Preparar os profissionais da escola para a execução de ações de Defesa Civil, a
fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de
44
riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas
ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;
• Adequar as instalações da escola às normas mais recentes de prevenção contra
incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.
Estratégias
O Coordenador do Programa será o Diretor do Colégio Sr. Anderson Therézio, o
qual tem a responsabilidade de criar formalmente a Brigada Escolar, composta por
um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão em situações
emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:
• Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade
escolar;
• Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,
de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações
escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por
semestre, a ser registrado em calendário escolar;
• Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de
Abandono;
• Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de
ensino, com registro em livro ata específico ao Programa;
• Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca
de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as
providências necessárias.
Atividades Permanentes
O Diretor do Colégio terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de
45
implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono
consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários das
edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo
razoável. Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por
semestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
Público Envolvido
Comunidade escolar do Colégio Estadual Profª Lindaura Ribeiro Lucas.
Cronograma De Desenvolvimento
Exercícios simulados no 1º e no 2º semestre conforme consta no calendário escolar:
dias 07/03 e 09/08/2017.
3 MARCO CONCEITUAL
3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade é construída historicamente pelos homens através de suas ações
e interação com o meio em que está inserido, portanto é necessário pensarmos no
tempo e espaço, no contexto cultural e social em que estamos vivenciando. È
possível perceber que nos dias atuais a sociedade esta marcada pela desigualdade
social, Política e econômica, estabelecida pela estrutura de um sistema neoliberal,
qual impede a igualdade do ser humano na sua plenitude.
Portanto é necessário buscar novas alternativas para superar essas
desigualdades almejando uma sociedade justa e igualitária, onde as diferenças entre
46
as classes sociais (dominantes e dominados sejam amenizadas, onde todos os
cidadãos tenham seus direitos respeitados.
De acordo com Saviani é preciso considerar que:
“ A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização”. (Saviani,1997, 91)
É necessário criar espaços, principalmente na escola publica para que se
garanta o pleno desenvolvimento do homem, enquanto cidadão possibilitando
conhecimento histórico da sua realidade, buscando oportunidades de participação e
efetivação dos indivíduos na sociedade a que pertencem.
Neste sentido é preciso conceber o homem como sujeito de sua própria
história, agente transformador de seu meio, visando o bem comum, numa sociedade
em todos tenham direitos adquiridos quanta educação, saúde, lazer, segurança,
trabalho, moradia, etc. Constituindo desta forma a efetivação dos direitos e deveres
de maneira democrática, justa e igualitária.
3.2CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é sujeito histórico, síntese de múltiplas relações sociais,
diferenciando de todos os seres vivos, pois está em constante desenvolvimento.
Sendo necessária uma formação que seja capaz de orientar o homem na sua
capacidade de relacionar- se com a natureza, cultura e sociedade de maneira
harmônica e construtiva, pois o homem necessita produzir continuamente sua
existência, para tanto em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a
natureza a si , isto é transformá-la. (Saviani, 2008 p. 11)
Refletir sobre qual homem queremos formar e para qual sociedade, traz
implícita a concepção de historia como possibilidade. A sociedade não foi sempre
assim e nem será. Ela é resultado da ação histórica de milhões de homens nos
diversos cantos do mundo, Isso implica:
47
“Pensar a historia como possibilidade e conhecer a educação também como possibilidade. É reconhecer que se ela, a educação não pode tudo,pode alguma coisa. Sua força como costumo dizer, reside na sua fraqueza. Uma de nossas tarefas como educadores e educadoras é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para transformação do mundo” (Paulo Freire).
3.3 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Com a implantação do ensino de nove é necessário pesar a respeito da
infância e adolescência, período pelo qual os alunos estão passando, pois para que
se tenha um trabalho de qualidade, é necessário respeitar a especificidade de cada
fase do desenvolvimento humano, considerando os aspectos físicos psicológico,
intelectual social e cognitivo.
Pensar sobre a infância é reconhecer que é um conceito construído
historicamente, compreendendo que esta é uma fase da vida distinta da fase adulta.
Isso significa perceber algumas singularidades que marcam essa fase como afirma
Faria & Salles:
Esta fase da vida explicita as formas que a criança desenvolve, na interação social, para aprender e relacionar-se com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento autonomia e auto cuidado, o intenso desenvolvimento físico- motor; a ação simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos. (FARIAS & SALLES, 2007)
A afirmação de que a infância é uma construção social constitui como
unanimidade entre os autores que falam sobre o assunto. Nela expressa-se a ideia
de sempre ter havido uma fase da vida entre os seres humanos, observando-se a
sua diferenciação frente ao mundo adulto. Isso pode ser constatado nos papéis
sociais que são atribuídos ao adulto ou a criança, quais mudam conforme as
48
variações sociais – classe social, grupo étnico, religioso, gênero, idade etc – porque
são historicamente produzidos no interior de uma mesma sociedade (SARMENTO,
2001).
Por outro lado é necessário dar especial atenção a adolescência pois é r um
período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a traçar o
perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do
desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta.
Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período
atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua
subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como
uma fase de transição. Na verdade, ela é bem mais do que isso é uma fase marcada
por transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de
elementos determinados como hipótese ou de modo natural. A adolescência deve
ser pensada como uma categoria que se constrói se exercita e se reconstrói dentro
de uma história e tempo específicos.
Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa
reconhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno
desenvolvimento biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e
cuidados especiais para se desenvolverem plenamente.
3.4CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação ter por objeto único e principal o indivíduo e seus interesses, ela é
antes de tudo, o meio pelo qual, a sociedade renova perpetuamente as condições de
sua própria existência. A sociedade só pode viver se dentre seus membros existe
uma suficiente homogeneidade. A educação perpetua e reforça essa
homogeneidade, fixando desde cedo na alma da criança às semelhanças essenciais
que a vida coletiva supõe (DURKHEIM, 1973:52)
“A escola não existe para transmitir “dogmas” ou “verdades” acabadas,
mas para sair em busca e em direção ao novo. E se ela não o fizer, a “novidade”
49
continuará sendo construída fora de seus muros como tantas vezes ocorreram no
passado” (MEZOMO, 1997, p.162). Estas frases tocam fortemente a sensibilidade
dos trabalhadores da educação e certamente leva a todos a uma reflexão ética do
compromisso assumido com a função da Escola e, sobretudo com a função destes
na Escola e para a Escola.
Assim sendo, todas as pessoas envolvidas no processo educacional, no
âmbito interno da escola, ao buscarem a qualidade da Educação estarão
desenvolvendo suas funções, e se auto valorizando ao mesmo tempo, valorizando
os alunos e a comunidade em geral (colegas, pais, alunos, etc.).
O trabalho que se realiza com a participação responsável de todos os sujeitos
envolvidos, é o que atende de forma mais efetiva às necessidades concretas da
sociedade em que vivemos.
Embora não seja exclusivamente da escola a responsabilidade pelas
demandas sociais, é inegável o tamanho da contribuição que ela pode oferecer à
sociedade.
Partindo do pressuposto de que, a escola não sobrevive sem a sociedade e
que esta por sua vez, não se efetiva sem a escola, retoma-se aqui uma reflexão de
que somente com o comprometimento, vontade e confiança de todos os envolvidos
no processo, haverá satisfação, tanto da sociedade para com a escola que tem,
quanto da escola para com a sociedade que a possui. Como afirma Paro:
¨Educação compreendida como apropriação do saber historicamente construído. A educação é o recurso que a sociedade dispõe para que produção cultural da humanidade não se perca, passando de geração para geração. ¨
Para elevar a qualidade da educação, é necessário o comprometimento da
comunidade externa e interna, participando das questões escolares, decidindo os
rumos que ela deve tomar na busca de objetivos concretos, neste ponto de vista,
faz-se jus ao lema “um por todos e todos por um”.
Participar das questões escolares vai muito além de estar presente em
reuniões de APM, Conselho Escolar, Conselho de Classe ou Reuniões pedagógicas.
Participar aqui tem o sentido de inteirar-se do processo educacional com
50
responsabilidade, decidir sobre as questões escolares e comprometer-se de forma
consensual com as tomadas de decisões, e, principalmente, manter-se presente na
implementação das mesmas.
“(...) a participação é um processo de democratização emancipatória na
conquista incessante de novos espaços e formas de cidadania individual e coletiva”.
(FERREIRA, 1998, P.109). É neste sentido que toda a comunidade escolar precisa
se comprometer com a escola envolvendo o corpo docente, o administrativo e a
comunidade no planejamento, organização e desenvolvimento do projeto político-
pedagógico, tendo como direção a garantia da qualidade estabelecida pelo conjunto.
Neste sentido, faz-se necessário reconhecer e valorizar o educando não
apenas como objeto de trabalho, mas, principalmente como sujeito, e, portanto,
como parte integrante do processo educativo, proporcionando a ele o sentimento de
co-responsabilidade pela sua própria educação e, fazendo-o parte deste conjunto.
3.5 .CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A função social da escola é a de promover a socialização do saber
sistematizado produzidos pela humanidade, a fim de possibilitar ao educando
condições de crescimento humano, nas relações interpessoais, bem como sua
emancipação enquanto cidadão. Segundo Saviani:
“(…) a escola tem sua função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento, é preciso, pois resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar” (Saviani, 1997, p.114)
A escola é a responsável pelo conhecimento sistematizado e elaborado e não
ao conhecimento espontâneo, portanto é um espaço de formação cultural,
tecnológica e científica que tem os mecanismos necessários para transformar as
relações sociais, portanto não deve reproduzir a sociedade como esta organizada
51
conforme o modo de produção vigente. A educação deve voltar-se para
humanização, oferecendo condições de emancipação e participação na sociedade,
rompendo com situações de dominação, neste sentido está voltada para
desenvolver as potencialidades humanas. A escola existe, pois para propiciar a
aquisição dos instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (Saviani,
2008, p. 15).
3.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Sabendo que o conhecimento é uma produção histórica, é que a expressão
de uma dada realidade social, não pode ser somente uma elaboração subjetiva, nem
somente um dado objetivo, tomado na sua pura materialidade, mas uma relação
social.
É na forma como os homens se relacionam entre si que está a origem dos
objetos humanos, de modo que a decifração do significado desses objetos não
poderá realizar-se plenamente sem a compreensão das práticas sociais que lhes
dão sentido.
Sendo a aprendizagem uma relação cognitiva entre o sujeito o objeto de
conhecimento, Libâneo ressalta:
“É através desse processo que se formam conhecimento e modos de atuação pelos quais ampliamos a compreensão da realidade para transforma - lá, tendo em vista necessidades e interesses humanos e sociais” (Libâneo, 2008, p. 84)
A sociedade produz a realidade histórico-social incluso ai o universo
conceitual que a representa e as formas de pensamento que lhe são próprias. Neste
sentido o fator determinante da formação da consciência são as condições
históricas. Sob essa perspectiva, o conhecimento se dá pela inserção do aluno nas
práticas sociais que definem os objetos de conhecimento próprio, neste caso a
52
experiência cotidiana acaba sendo o grande mestre.
Nem por isso a escola perde sua importância uma vez que nosso cotidiano
nem sempre contempla todas as práticas que o conjunto da sociedade produz, ou
ainda algumas práticas são realizadas no cotidiano, de uma forma não
espontaneamente compreensível, neste caso cabe a escola, isto é ao professor, a
transmissão dessas práticas, de uma forma sistematizada e intencional, muito
diferente, portanto, da forma assistemática do cotidiano.
Não há separação entre a vida prática e sua representação teórica,
considerando-as enquanto sociais. Ocorre, no entanto, que os homens estão
divididos em inúmeras atividades práticas específicas.
A teia que se constitui com a interação de todas as atividades práticas
denominaram realidade humana, ou ainda sociedade, portanto é do emaranhado de
todas as diversas atividades particulares, unidas por um princípio de organização
social, que emerge a unidade social. Dessas atividades práticas específicas
decorrem os conhecimentos específicos, os quais embora juntos em última
instância, da ação coletiva dos homens, são imediatas, elaboradas e apropriadas
por aqueles sujeitos que dela participam diretamente. Dizendo de outro modo, o
conhecimento resultante das atividades especifica se revela em expressões teóricas
nem sempre acessíveis a quem está mergulhado em outra atividade. Essas
expressões teóricas constituem conceitos formais, científicos, de caráter universal, e
sua apropriação pelos sujeitos nem sempre se efetiva sem determinado tipo e
reflexão, qual comporta reconstrução de processos, cuja compreensão requer um
conjunto de referência que estão além das atividades práticas imediata dos
indivíduos. Daí a sistematização do conhecimento em conceitos formais de caráter
universal e o processo de ensino como instrumento de divulgação desses
conhecimentos.
3.7 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Partindo do pressuposto que é necessária a aprendizagem da leitura e da
escrita para inserção no mundo da informação, qual possibilita acesso a
53
conhecimentos acumulados pela sociedade historicamente e socialmente, bem
como cria condições para produção de novos conhecimentos. Segundo Soares
(2006) para que os alunos tenham essa condição é necessário dois passaportes: O
domínio da tecnologia da escrita ou seja, o sistema alfabético e ortográfico que
obtido por meio do processo de alfabetização e o domínio da competências de uso
dessas tecnologia que é saber ler e escrever em diferentes situações e contextos
que é obtido pelo processo de letramento
Alfabetização e letramento são processos diferentes cada um com sua
especificidade como afirma Magda Soares:
“Letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas de leitura e escrita; é o estado ou condição que adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e suas práticas sociais” (Soares,1998, p. 18)“Alfabetizar é a ação de ensinar ou aprender o código alfabético, ou seja, a relação entre letras e sons” (Soares,2003, p.5)
É necessário pensar o processo de alfabetização na perspectiva do
letramento de forma que proporcione a construção de habilidades para o exercício
efetivo e competente da tecnologia da escrita como afirma Soares:
...isso implica habilidades várias tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos- para informar ou informar-se, para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir... habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura ou lançar mão desses protocolos ao escrever... atitudes de inserção efetiva no munda da escrita, tendo interesse e informação e conhecimento, escrevendo ou lendo de forma diferenciada... (Soares, 2001,p. 92)
Também é preciso ter consciência que o processo de letramento é iniciado no
ensino fundamental primeira fase (1º ao 5º ano) e deve continuar no ensino
fundamental segunda fase (6º ao 9º ano), pois esse processo consiste em trabalhar
as múltiplos usos e funções da escrita, refletir criticamente sobre as relações que se
estabelecem na sociedade. O fato de ler e escrever, e ser questionado sobre tais
54
fatos: (quem escreve, em que situação, o que se escreve, para quem é dirigido o
texto), favorecem a compreensão de como as relações sociais são representadas e
construídas pela escrita.
Considerando também que letramento é processo que se inicia quando a
criança começa a conviver com manifestações de escrita e se prolonga por toda a
vida através da participação nas práticas sociais que envolvem a leitura e escrita
(cartas, convites, avisos).
3.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
A organização curricular dever ter como objetivo desenvolver uma prática
pedagógica que articule os conteúdos e com a dinâmica do processo educativo de
forma que possa possibilitar a aprendizagem do aluno. Como afirma Sacristán:
“...escola educa e socializa por mediação da estrutura de atividades que organiza para desenvolver os currículos que tem encomendados, função que se cumpre através e das formas destas e também pelas práticas que se realizam dentro dela” . (Sacristán, 2000,p.18 )
Portanto, o currículo deve ser construído coletivamente, visando a realidade
da escola, para que possa garantir a sua função educacional respeitando a
identidade cultural e social do aluno, contribuindo para desenvolvimento integral do
aluno segundo Sacristán:
“O currículo modela-se dentro de um sistema escolar concreto, dirige-se a determinados professores e alunos, serve-se de determinados meios, cristaliza-se, enfim num contexto que é o que acaba por lhe dar significado real.” (Sacristan, 2000. p.21 )
Por a importância de se consideradas as experiências que os alunos trazem
da sua realidade particular, ou seja, o conhecimento informal para que a escola
55
tenha este como ponto de partida para trabalhar os conteúdos acadêmicos.
O colégio Lindaura tem o seu currículo baseado nas Diretrizes Curriculares
Estaduais do Estado do Paraná.
3.9 GESTÃO ESCOLAR COMO O PRINCÍPIO DE MUDANÇA
Diante de um quadro de transformações sociais, culturais e de perspectivas
para a sociedade, em que as fronteiras não servem mais para demarcar espaços
econômicos, nem soberanias políticas plenas, onde a melhorar a educação vai muito
além da promoção de reformas curriculares, pois essa escola que não apenas se
contraponham às formas contemporâneas de organização e exercício do poder, mas
que constituam alternativas práticas possíveis de desenvolverem e de se
generalizarem, pautadas não apenas pelas ordens superiores, mas pela
solidariedade, qual seja um meio para desenvolver formas coletivas de trabalho.
A gestão deve ser um processo que cria condições para que os membros se
envolvam de forma consciente, na construção do conjunto da unidade social e de
seu processo como um todo. Porque a partir da participação “o homem se torna um
ser humano e desenvolve essa humanidade à medida que pelo trabalho social,
coletivamente compartilhado, desenvolve o seu potencial e contribui ao mesmo
tempo para o desenvolvimento da cultura do grupo em que vive”. (Luck, 1998, p. 17).
Ninguém vive, pensa, julga independente do grupo social a que pertence. A
participação das pessoas desenvolve a consciência do que é, o todo, mobilizando
suas energias e sua atenção como parte efetiva de sua unidade social e da
sociedade como um todo.
O sentido individualista é superado com a participação democrática, surgindo
uma necessidade de integração do ser humano na sociedade, de se sentir parte
dela e responsável, de harmonizar e coordenar esforços do grupo realizando um
trabalho mais efetivo, cooperando para o bem de todos.
Nessa perspectiva, a gestão dentro de um espaço democrático está inserida
em um contexto que busca a formação humana crítica e consciente, bem como um
56
homem comprometido com as necessidades locais, uma postura ética e cidadã,
dessa forma a gestão democrática possui um caráter formador de cidadania.
¨... ao possibilitar a efetiva participação de todos – participação cidadã – na construção e gestão do projeto de trabalho que, na escola vai formar seres humanos, possibilita também a auto formação de todos os envolvidos pela e para a leitura, interpretação, debate e posicionamento que podem fornecer subsídios para novas políticas, repensando o exercício da prática profissional¨. (FERREIRA, 2001, p. 304-306).
Portanto faz-se necessário um ambiente estimulador e algumas ações
essenciais para que esta participação realmente aconteça como:
• Criar uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperativismo;
• Promover um clima de segurança;
• Valorizar esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar
esforços;
• Estabelecer demanda de trabalho centrado nas ideias e não em
pessoas;
• Desenvolver a prática de assumir responsabilidade em conjunto.
A gestão democrática da educação está de forma efetiva associada ao
estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações
que possibilitem a participação; na definição do uso de recursos e necessidades de
investimentos; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação
da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e
estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a
universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a
qualidade dessa educação. Como também está relacionada à participação
responsável de todos nas decisões necessárias e na efetivação mediante um
compromisso coletivo com resultados educacionais cada vez mais efetivos e
significativos envolvendo a dimensão político-social, ação para a transformação,
globalização, participação, práxis e cidadania, sabendo que dessa forma estão
envolvidas a compreensão das questões dinâmicas e conflitivas das relações inter
pessoais como se refere Ferreira:
57
¨A gestão democratizada da escola consiste na mediação das relações intersubjetivas, compreendendo antes e acima das rotinas administrativas: identificação de necessidades; negociação de propostas; definição clara de objetivos e estratégias de ação; linhas de compromisso; coordenação e acompanhamento de decisões pautadas na mediação de conflitos, com ações voltadas para a transformação social.¨ (FERREIRA, 2001, p. 164).
Compreendendo também que a realidade da escola pode ser mediada
sempre quando, os profissionais que nela atuam tenham consciência de que são
eles que a produzem com seu trabalho.
A gestão democrática envolve a tarefa de coordenação dos objetivos a serem
definidos e alcançados, se concretizando num processo contínuo de coordenação
da prática educacional coletiva, para isso requer uma liderança concentrada na
competência, legitimidade e credibilidade. Dessa forma a gestão democrática não
deve ser compreendida apenas como princípio de um novo paradigma, mas como
um objetivo a ser perseguido e aprimorado, se configurando como uma prática
cotidiana nas instituições escolares.
Para que a escola efetive a gestão democrática é necessário basear-se em
princípios que possam propiciar consistência a essa proposta como a autonomia; a
participação e a responsabilidade.
- Autonomia: de forma que anule a dependência sendo que “o seu significado
remete-se a regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos das ações
educativas, sem imposições externas” (Veiga, 1997, p. 19). Por isso é fundamental
que a escola tenha como um dos princípios a autonomia, para que possa criar seu
próprio espaço e mantenha o seu compromisso de cidadania, democracia e
emancipação para a formação de cidadãos críticos e autônomos.
- Participação como sendo uma condição para a gestão democrática, não
sendo possível uma sem a outra, desde que seja uma participação efetiva onde
todos possam contribuir, com igualdade de condições e oportunidades com relação
ao coletivo. A participação gera um compromisso coletivo de responsabilidade de
toda a comunidade escolar.
- Responsabilidade é um compromisso da gestão democrática, sendo que
todos os envolvidos com o processo devem estar conscientes de sua
responsabilidade na efetivação dessa proposta por uma gestão democrática, pois
58
responsabilidade é sinônimo de autodisciplina e comprometimento coletivo.
O grande desafio é construir essas novas relações no interior da escola, onde
pais, alunos e funcionários não sejam meros executores de parcelas nas ações
educativas, mas sujeitos coletivos capazes de apropriar-se da concepção de
participação e integração da escola. Para isso é preciso superar o funcionamento
compartimento, autoritário e excludente, onde os alunos apenas estudam, pais
acompanham precariamente a vida da escola, funcionários cumprem rotinas e
professores atuam isoladamente. É necessário combater o individualismo ou a
competitividade no interior da escola.
3.10 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO
O aprendizado dos conteúdos supõe a ação conjunta de dois personagens: o
aluno e o professor. Centrar o processo predominantemente em um ou no outro,
implica em desequilibrar essa relação. Assim, deve-se destacar que o professor não
é um mero organizador de atividades. Muito mais do que isso, ele é um dos
personagens da relação ensino-aprendizagem. É como alguém que já domina o
conhecimento que o professor vai colaborar/auxiliar com o aluno nas suas tentativas
d escrever, ler, contar, interpretar a história, os fatos geográficos, o cálculo,
explicando, mostrando, indicando, ressaltando os procedimentos, os resultados, as
inferências e deduções formuladas pelo aluno.
Por outro lado, o aluno também não poderá ser visto como alguém que deve
assimilar passivamente o que o professor diz.
A participação do aluno é absolutamente necessária e não deve resumir-se a
atividades como falar, fazer, mas, sobretudo deve envolver permanentemente
situações de reflexão. É através desta troca entre o que o aluno faz, como resultado
de reflexão, e o que o professor apresenta, explica questiona, poderá sobre a
produção do aluno, é que se realiza o aprender.
Uma questão importante na relação professor-aluno diz respeito à linguagem.
O discurso da escola, e, portanto, dos professores, é o discurso científico. No
59
discurso científico, os termos passem a ter sentidos que diferem daquele contido na
linguagem coloquial, ou nem sequer estão presentes no vocabulário do aluno. Isto
muitas vezes cria um descompasso entre o que o professor diz e o que o aluno
entende, seja inviabilizando a compreensão daquilo que o professor está propondo a
ensinar, seja proporcionado uma compreensão equivocada, posto que o aluno pode
associar os termos do professor aqueles que emprega no seu cotidiano e que no
entanto tem outro significado.
Nesse sentido o professor em sua atuação tem papel importante a
desempenhar, pois a aprendizagem em grande parte dependerá de sua
competência profissional, do seu fazer pedagógico, da integração que deverá
ocorrer entre os alunos e o professor, do compromisso que assume quanto a
formação do aluno, do nível de conhecimento necessário que o educador deve ter
adquirido para assumir o papel de mediador entre o coletivo da sociedade e o
individual do aluno.
3.11 METODOLOGIA DE ENSINO
Em nosso Projeto Político Pedagógico, o princípio norteador da ação
pedagógica parte da seguinte premissa: que à educação caberá desenvolver o
potencial existente nos homens, respeitando suas capacidades enquanto sujeitos,
reconhecendo seus valores interiores e fazendo-os perceber que o homem é o único
ser capaz de intervir e provocar as transformações no meio em que vive.
Acreditamos que a educação escolar deverá proporcionar a aquisição de
instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado, levando o aluno a
conhecer, questionar e aprofundar a sua participação na sociedade civil organizada.
Educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas também se preocupar
com a formação integral dos educandos, de maneira que não ocorra apenas o
conhecer, mas também o intervir no real em que os educandos se encontram, ou
seja, que se efetue uma formação para a totalidade.
A escola é o local de aquisição do saber, de construção do saber
sistematizado e elaborado, tendo, porém como horizonte maior, formação como um
60
todo, englobando o cognitivo e o afetivo, o intelectual e o emocional do ser humano.
A escola, compreendida como uma totalidade que se relaciona com a
sociedade, não tem razão de ser por meio de ações pedagógicas isoladas e
fragmentadas. O conhecimento nela adquirido deve permitir o entendimento de
condições reais da vida do aluno. O processo ensino-aprendizagem deve ser
organizado com base científica, histórica e crítica, na direção da apropriação do
saber elaborado pelo educando.
Se a educação é uma contínua construção e reconstrução do real, a escola
deve procurar implementar um processo ensino-aprendizagem que viabilize
instrumentalizar teórica e praticamente as pessoas para darem conta de problemas
práticos.
Os conteúdos deverão ser trabalhados dentro de um processo ordenado e de
uma integração do pensamento e da ação voltados para atingir a transmissão e
assimilação do conhecimento elaborado de forma mais coerente e organizada. No
processo ensino-aprendizagem deve estar refletida a interação educador-educando,
pois, se o objetivo maior é a educação do indivíduo para a vida social, a participação
ativa de todos deve nortear toda a ação pedagógica.
A metodologia a ser seguida considerando que a escola está deixando de ser
mera repassadora de saber para se tornar uma organizadora do conhecimento que
estão presentes no seu cotidiano, deverá construir com os educandos um trabalho
que parta da premissa do aprender a aprender, começando pela localização de
informações e um ambiente de pesquisa constante em que predominem a busca e a
avaliação das informações.
Conforme nos propõe Libâneo:
“O novo professor precisaria, no mínimo, de adquirir sólida cultural geral, capacidade de aprender e aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informal e dos meios de informação, habilidade de articular as aulas com as mídias e multimídias, pois, está aí a ajuda do professor para o desenvolvimento das competências do pensar, em função do que coloca o problema, pergunta, dialoga, ouve os alunos, ensina-os a argumentar, abre espaço para expressarem seus pensamentos, sentimentos e desejos, de modo que tragam para a sala de aula sua realidade vivida. É nisso que consiste a ajuda pedagógica ou mediação pedagógica”. (Libâneo, p. 28 e 58).
61
À educação caberá desenvolver o potencial existente nos homens,
respeitando suas capacidades enquanto sujeitos, reconhecendo seus valores
interiores e fazendo-os perceber que o homem é o único ser capaz de intervir e
provocar as transformações no meio em que vive. Acreditamos que a educação
escolar deverá desenvolver uma metodologia que possibilita o acesso ao saber
elaborado, levando o aluno a conhecer, questionar e aprofundar sua participação na
sociedade civil organizada.
Pressupõe-se, portanto, que educar não é apenas transmitir conhecimentos,
mas também se preocupar com a formação global dos alunos de maneira que não
ocorra conhecer, mas também intervir no real onde os alunos se encontram, ou seja,
que se efetue uma formação para a totalidade.
Antes de iniciar o item sobre a avaliação temos que entender que a
metodologia não pode ser vista sem a avaliação. Nessa perspectiva, a avaliação não
pode ser mera verificação de resultados que cada aluno representa em relação às
preposições curriculares. A avaliação deve ser então um processo contínuo,
cumulativo e participativo para compreender a aprendizagem, analisar o
desempenho, o domínio de procedimentos e o desenvolvimento de atitudes tanto de
educandos quanto de educadores e da escola.
Nesse contexto, a avaliação deve, pois, ser vista dentro de uma totalidade
onde vários aspectos estão inter-relacionados; transforma-se num meio de
informação para a tomada de decisões, levando em conta currículos e programas,
planejamentos e objetivos, desempenho do educador, metodologias, recursos
didáticos, sistema escolar e comunidade.
3.12 FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO
O ato de avaliar é exercido em todos os momentos do dia-a-dia. Avaliamos a
tudo e a todos e formulamos juízos que vão orientar a tomada de decisões em
nossas vidas. No contexto escolar, a avaliação educacional assume um papel de
extrema importância na revisão da filosofia da escola, das atitudes e metodologias
62
utilizadas, bem como da forma de existir da instituição e de sua gestão, no
desenrolar o processo ensino-aprendizagem. Conforme afirma Vasconcelos:
Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão (1989, p. 53)
Infelizmente ainda hoje, quando se pensa a prática da avaliação, nota-se que
a mesma está voltada para o papel do educador, o qual detém o poder de julgar a
partir de registros acumulados durante o processo ensino-aprendizagem, baseando-
se em conteúdos curriculares.
A avaliação deve então ser um processo contínuo, cumulativo e participativo
para compreender a aprendizagem, analisar o desempenho, o domínio de
procedimentos e o desenvolvimento de atitudes tanto de alunos quanto de
professores e da escola. Segundo Luckesi, “para não ser autoritária e conservadora,
a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento
dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.
Neste contexto, o educador deve estar comprometido não apenas com a
mera transmissão de conteúdos, mas ser agente ligado a um complexo processo de
aquisição do saber, que proporcione aos seus educandos subsídios para que os
mesmos aprendam a estabelecer relações entre sua vivência de mundo e o saber
aprendido; onde saibam questionar e usar o raciocínio lógico, propondo soluções
criativas para os problemas que vivem no dia-a-dia.
Como ressalta Vani Moreira Kenski (1992, 138-139), “A opção por uma
educação que vise criar transformadores da sociedade exige, antes de tudo,
mudança de atitude de professores e alunos. Aqueles comprometidos com uma
proposta de educação transformadora devem possuir competência tanto no domínio
de conteúdos da disciplina quanto ser conhecedor de propostas alternativas para a
aprendizagem de seus alunos.
Dos alunos espera-se mais do que o simples estudo da matéria. Espera-se
sua participação de forma dinâmica, colocando em funcionamento os seus
sentimentos, sua capacidade intelectual, suas habilidades, sentidos, paixões, ideias
63
e ideologias. Ou seja, tudo aquilo que coloca permanentemente em funcionamento
ao elaborar os juízos provisórios em sua vida diária”.
Para que a avaliação se torne um instrumento que favoreça as mudanças
possibilitem ao aluno ser um cidadão crítico e consciente é necessário que a mesma
se constitua como processo. Para que isso aconteça é preciso ter uma prática
pedagógica de igual caráter, portanto, a escola deve desenvolver alguns
pressupostos como:
1− Levar em conta os diversos níveis de complexidade de um conteúdo;
2− A avaliação deve ocorrer no dia-a-dia e não em momentos exclusivos;
3− A avaliação deve partir de produções cotidianas dos alunos;
4− Necessidade de definição clara dos objetivos da escola, da avaliação,
conteúdos da avaliação;
5− Definição clara dos meios e processos mais adequados para a avaliação;
6− Coerência entre os objetivos, os conteúdos, os meios e processos e
julgamento atribuído a essa avaliação;
7− Múltiplas formas de avaliação;
8− A avaliação deve ser entendida como mais uma situação de
aprendizagem, a qual deve ser observada em três procedimentos: a
constatação, reflexão e superação do problema.
9− O professor deve repensar sua postura em relação ao erro.
De acordo com Vasconcelos, 1994,
“A avaliação é antes de tudo, uma questão política, ou seja, está relacionada ao poder, aos objetivos, às finalidades, aos interesses que estão em jogo no trabalho educativo. A avaliação deve acompanhar a aprendizagem do aluno e diagnosticar as causas que interferem no processo de forma positiva ou negativa e, a partir do diagnóstico, reorientar as ações que compõem o trabalho pedagógico.”
Neste sentido para que a avaliação se efetive como numa perspectiva de
transformação é necessário que a avaliação faça parte de um processo que de
ênfase ao diagnóstico da aprendizagem do aluno e que a partir deste sejam
tomadas as decisões necessárias para a superação dos problemas constatados, de
64
forma que a dificuldade do aluno seja encarada como desafio pelo professor. Como
também a avaliação deve mostrar os tópicos em que os estudantes avançaram e os
quais ainda precisam ser trabalhado.
Portanto se faz necessário pensar sobre a recuperação de estudos que esta
diretamente ligada ao processo de avaliação como afirma Paro:
A recuperação deveria ser pensada como princípio derivado da própria avaliação. Esta, num processo contínuo e permanente, embutido no próprio exercício de ensinar e aprender diagnosticaria os problemas e dificuldades que a recuperação também num processo contínuo e permanente, de solucionar (ou intentar soluções) pelo oferecimento de novos recursos e alternativas de ação (2001, p. 42).
A recuperação de estudos tem por objetivo recuperar os conteúdos não
apropriados pelo aluno de forma que possa garantir uma aprendizagem satisfatória.
De acordo com Vasconcelos (2003,p.82) “ a recuperação de estudos consiste na
retomada, por meio de metodologias diversificadas. Devendo ser um compromisso
do professor com aprendizagem dos alunos.
A avaliação não é um processo meramente técnico, portando se faz
necessário, refletir sobre concepção de educação, escola e sociedade e repensar os
princípios que norteiam as teorias avaliativas com intuito de desvelar as ideologias
em que se apóiam as praticas avaliativas buscando a superação.
3.13 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Para que o trabalho pedagógico tenha relevância e consiga atingir seus
objetivos de formar alunos críticos e atuantes na sociedade, bem a gestão
democrática seja de forma efetiva e predominante no contexto escolar entende-se
que é necessário destacar o papel de cada instancia colegiada.
CONSELHO ESCOLAR
65
Entendendo que o conselho escolar tem papel decisivo na democratização da
educação e da escola. Portanto é um importante espaço no processo de
democratização, na medida em que reúnem diretores, professores, funcionários,
estudantes, pais e outros representantes da comunidade para discutir e definir e
acompanhar o desenvolvimento das ações da escola em favor de uma educação de
qualidade.
O Conselho Escolar é o órgão colegiado compostos por representantes das
comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões
político – pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola. Cabe aos
Conselhos, também, analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o
cumprimento das finalidades da escola portanto o conselho escolar tem as
seguintes funções:
a) Deliberativas: quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e
outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas,
garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas dos
sistemas de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral
das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.
Elaboraram normas internas da escola sobre questões referentes ao seu
funcionamento nos aspectos pedagógicos, administrativo ou financeiro.
b) Consultivas: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as
questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando
sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pelas direções das
unidades escolares.
c) Fiscais: (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a execução
das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo
o cumprimento das normas das escolas e a qualidade social do cotidiano
escolar.
d) Mobilizadores: quando promovem a participação, de forma integrada, dos
segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas
atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e
para a melhoria da qualidade social da educação.
66
De modo geral, podem ser citadas algumas atribuições do Conselho Escolar:
• Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar;
• Coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do
Regimento Escolar;
• Convocar assembleias – gerais da comunidade escolar ou de seus
segmentos;
• Garantir a participação das comunidades escolar e local na definição
do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar;
• Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do
estudante e valorize a cultura da comunidade local.
• Propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar,
respeitada a legislação vigente, a partir da análise, entre outros
aspectos, do aproveitamento significativo do tempo e dos espaços
pedagógicos na escola;
• Propor e coordenar discussões junto aos segmentos e votar às
alterações metodológicas, didáticas e administrativas na escola,
respeitada a legislação vigente;
• Participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à
unidade escolar, observada a legislação vigente;
• Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono
escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo, quando se
fizerem necessárias, intervenções pedagógicas e / ou medidas
socioeducativas visando à melhoria da qualidade social da educação
escolar;
• Elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares,
visando ampliar a qualificação de sua atuação.
• Aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola,
sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros,
promovendo alterações, se for o caso;
• Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade
escolar;
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CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa que tem por objetivo avaliar o processo ensino – aprendizagem na
relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
O objeto de estudo do conselho é a avaliação da aprendizagem, que é
analisada de forma ampla, discutida criticamente, considerando suas contradições.
Nesse sentido, o conselho mostra vantagens consideráveis ao promover uma visão
abrangente do papel da avaliação no processo do ensino e da aprendizagem. Ao
conselho cabe a avaliação da eficácia dos métodos utilizados, a análise da proposta
curricular para as disciplinas, a troca de ideias para tomada de decisões rumo a
melhoria do ensinar e do prender. E, ainda considerar que ao avaliar o aluno, o
professor se auto-avaliação, diagnosticando a situação ensino e aprendizagem e
colhendo elementos para o seu aperfeiçoamento, pois a característica de instância
interdisciplinar, torna o conselho um mecanismo integrador, que leva a assumir o
próprio trabalho criativamente com perspectivas de atuação coletiva, de caráter
orgânico, na construção dos projetos pedagógicos (DALBEN,1992).
O Conselho de Classe se tornará importante estratégia na busca de
alternativas para a superação das dificuldades pedagógicas na medida em que o
pensar coletivo se voltar para a definição clara dos objetivos e intenções rumo a
novas ações educativas ( DALBEN, 2004) . O conselho de classe enquanto órgão
colegiado traz em si a possibilidade de produção de propostas de recuperação de
estudos, considera o aluno, o professor, a escola e o ensino de forma ampla e
permanente, podendo tornar-se então, o meio dinamizador na busca de ações
concretas rumo a melhoria da educação escola.
APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A APMF é uma entidade autônoma, cabendo ao Estado orientá-la nos
aspectos técnico-administrativos, possibilitando o desenvolvimento de suas ações,
uma vez que esta tem como objetivo principal o apoio ao educando e o
68
aprimoramento do ensino, integrando família-escola-comunidade.
É pessoa jurídica de direito privado, um órgão de representação dos Pais,
Mestres e Funcionários dos Estabelecimentos de Ensino, não tendo caráter político
partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado.
GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é uma das formas de promover a gestão democrática na
escola, portanto se faz necessário a estimulação para que os alunos se organizem
de forma consciente de seu papel enquanto cidadão.
E através do grêmio que os estudantes têm uma via de organização e
representatividade do jovem a partir da escola, compreendendo – a como um
espaço de formação de cidadania. Dessa forma deve promover o exercício
democrático de representação através o processo de tomada de decisões coletivas.
O grêmio deve ser entendido como espaço imprescindível na gestão
democrática devendo ser resultado da apropria vontade dos alunos, de forma que se
reconheçam pela sua importância na instituição de ensino, contribuindo assim para
a formação dos alunos em todas as dimensões.
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por
alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,
produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes,
que não fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações,
tais como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, e
muitas outras coisas.
É muito importante criar o Grêmio, pois ele será um órgão reconhecido de
apoio à Direção Escolar.
O Grêmio Estudantil não deve ter caráter político-partidário, religioso, racial e
também não deverá ter fins lucrativos.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão
estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do
Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação
69
pertinente.
ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA
No início de cada ano é realizada a escolha dos alunos representantes de
turma. A escolha do aluno é realizada pelo professor conselheiro juntamente com a
turma. É levando em conta o perfil de cada líder escolhido, levando em conta o seu
rendimento escolar, assiduidade, responsabilidade e um bom relacionamento entre
os colegas, uma vez que será o mediador entre os alunos e a Escola, sempre
respeitando as normas escolares.
Função do Aluno Representante:
• Representar a turma perante a Direção do Colégio, Equipe pedagógica,
Professores e Pais;
• Procurar manter a ordem em sala de aula, na ausência do Professor;
• Auxiliar os Professores sempre que solicitado, auxiliando na organização da
sala, do quadro,asseio da sala e na disciplina da turma;
• Anotar e afixar no mural da sala de aula os dias de avaliações e datas de
provas e recuperação;
• Saber ouvir e interpretar as reivindicações dos colegas e professores;
• Repassar às turmas: recados e informações quando solicitados pela Direção
ou Equipe Pedagógica;
• Orientar para que os colegas compareçam uniformizados na escola;
• Ser exemplo de comportamento e assiduidade na entrega de trabalhos para
poder cobrar as mesmas atitudes da turma;
• Relembrar e cobrar o que consta no regulamento interno do Colégio;
• Zelar pelo Colégio e suas instalações, material didático, livros da escola e
infra estrutura em geral, cobrando isso dos colegas;
• Anotar e encaminhar as reivindicações de alunos aos professores e Equipe,
bem como de professores aos alunos;
• Cooperar na manutenção e higiene no ambiente do Colégio;
70
• Estimular a turma quanto a participação nos projetos da escola bem como na
disciplina em sala de aula;
• Promover a integração da turma, evitando a formação de grupinhos paralelos
dentro e fora da sala de aula;
• Avisar imediatamente a Equipe Pedagógica quando da falta de um Professor;
4 MARCO OPERACIONAL
71
A escola é um espaço permeado por muitos desafios que necessitam ser
superados gradativamente. Por isso é necessário que o projeto pedagógico seja um
meio para conhecer a realidade, fazer julgamento sobre essa realidade, bem como
ser espaço de tomadas de ações para melhoria da qualidade da educação.
É fundamental que ações tomadas sejam pelo coletivo escolar, a fim de
direcionar e atender as necessidades da comunidade escolar. A implementação de
um Projeto Político Pedagógico centrado no aluno, visando à melhoria do
desenvolvimento humano é ponto fundamental para garantir essa qualidade.
4.1PLANO DE AÇÃO
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Reflexão Desafios Público Alvo
AÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVE
LA SEREM REALIZADAS
As informações pertinentes à escola são disponibilizadas a toda a comunidade escolar?
As informações são disponibilizadas, porém um dos maiores desafios é atrair a comunidade escolar para que esta seja participativa de maneira permanente no processo educacional.
Comunidade Escolar
Propiciar a participação mais efetiva dos pais e/ou responsáveis, utilizar meios diferenciados de divulgação das ações realizadas pela escola, continuação das edições do jornal do colégio, atualização semanal do site e das mídias sociais, e elaboração de projetos vinculados a área de esportes, literatura e tecnologia.
Anual
Equipe Diretiva e Pedagógica, Administrativa, Corpo Docente, Coordenadores e voluntários da comunidade escolar.
Há Há Comunida Conscientização, Anual Equipe
72
participação atuante das Instâncias Colegiadas na escola?
participação parcial sendo o maior desafio a presença efetiva da comunidade escolar nas ações desenvolvidas.
de Escolar e membros das instâncias colegiadas.
divulgação, motivação e promoção da interação dos membros com as instâncias colegiadas, estabelecendo assim vínculos com a instituição para que estes permaneçam nela. Criação do Grêmio Estudantil.
com reuniões mensais ou trimestrais a serem definidas pelo coletivo.
Diretiva e Pedagógica, Corpo Docente, Comunidade Escolar.
Estudantes, pais, mães ou responsáveis legais participam ativamente da escola?
Parcialmente, enfrenta-se diariamente a falta de comprometimento de alguns responsáveis na participação da vida escolar de seus filhos.
Pais e/ou Responsáveis
Realizar atividade que resgatem a participação dos pais e/ou responsáveis junto a escola, manter contínuo contato com os responsáveis através de bilhetes, mídias, ou quando necessário convocações para reuniões.
AnualEquipe Diretiva e Pedagógica
A comunidade escolar participa da definição da utilização dos recursos financeiros destinados á escola?
Parcialmente, pois a comunidade não demostra ter conhecimento e interesse nos recursos financeiros que são destinados a instituição.
Comunidade Escolar
Reuniões de orientação e divulgação para a comunidade sobre a legislação da destinação de recursos, abrindo espaço para sugestões de utilização destes recursos.
Anual
Equipe Diretiva e Membros da APMF
73
PRÁTICA PEDAGÓGICA
ReflexãoDesafios
PÚBLICO ALVO
AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA
RESPONSÁVEL
Sim. Dentre os desafios está a continuidade em caso de substituições, a união de teoria e prática e a definição de um momento para leitura e estudo.
A Proposta pedagógica curricular (PPC) é definida e conhecida por todos?
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
Ações de comprometimento com o PPC, acompanhamento da prática do professor pela Equipe pedagógica, e criação de momentos de discussão e debates.
AnualEquipe Pedagógica
Os docentes elaboram e cumprem o que está pevisto no PTD?
Sim. Porém tem sido um desafio elaborá-lo de acordo com a realidade e a necessidade da escola.
Equipe Pedagógica, Corpo Docente e alunos
Priorização do acompanhamento pedagógico constante para orientação do PTD, análise, reflexão, seleção e aplicação.
Trimestral
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
Há contextualização dos conteúdos disciplinares?
O desafio é tornar a contextualização interdisciplinar fazendo o aluno relacionar as disciplinas e situações vivenciadas. A falta de recursos didáticos.
Professores, equipe pedagógica e alunos.
Dinamizar as reuniões de planejamento possibilitando as trocas de ideias e construção de estratégias entre os docentes de mesma série porém de disciplinas diferentes.
Trimestral
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
Há variedades de estratégias e recursos de ensino-aprendizagem
Há variedade de estratégias porém
Professores.
Conhecimento dos recursos estratégico didáticos. Solicitação de recursos financeiros para
Anual Equipe Diretiva
74
utilizados pelos docentes?
falta material de apoio.
aquisição de material.
Há atendimento Educacional Especializado/AEE
Adaptação curricular para os alunos
Alunos
Cursos de capacitação constantes para os professores, equipe pedagógica e demais membros da escola. Diagnóstico e encaminhamento. Materiais e atividades diferenciados.
Durante todo o ano letivo
Secretaria de Educação, Núcleos Regionais de Educação, Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e Corpo Docente.
As questões socio-educacionais são consideradas nas práticas pedagógicas?
São consideradas porém ainda encontra-se desafios pela super lotação das salas e a indisciplina de alguns alunos.
Equipe Pedagógica, Corpo Docente e alunos
Intervenção permanente por parte da Equipe Pedagógica com divisão de tarefas e cronograma de atendimento. Participação efetiva da família.
Diário
Equipe Diretiva e Pedagógica,Corpo Docente, Pais.
AVALIAÇÃO
Reflexão DESAFIOS PÚBLICO ALVO
Ações a serem
realizadasCRONOGRAMA RESPONSÁV
EL
É realizado o acompanhamento periódico e contínuo do processo de aprendizagem dos alunos e promovida a recuperação paralela, se necessária, pelos docentes ?
Sim. O desafio a conscientização dos alunos da importância do aprendizado.
Alunos
Conscientização dos alunos através de conversas, propiciar a recuperação de conteúdos por meio de aulas e atividades de revisão.
Trimestral/ anual
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
Há diversificação
Sim, porém há falta de
Alunos Aquisição de materiais e
Durante todo o período
Equipe Pedagógica
75
dos instrumentos de avaliação dos alunos, considerando as
materiais de apoio e instrumentos que atendam as necessidade
instrumentos para trabalhar com as diferentes metodologia
letivo e Corpo Docente
São utilizados os indicadores oficiais de avaliação das escolas e redes de ensino para (re)planejamento da prática pedagógica?
Sim. Buscar a melhora dos índices através do trabalho da equipe.
Professores e alunos
Rever a metodologia de ensino e ação, tendo como base os indicadores para melhora das ações e planejamentos.
Durante todo o período letivo
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
Há formas de avaliação da atuação dos profissionais da escola?
Sim. O desafio é verificar se os profissionais estão atendendo as solicitações elencadas pela instituição
Professores
Verificação do desempenho dos profissionais pela Equipe Diretiva
Anual/Semestral
Equipe Diretiva
Há inserção dos alunos no mundo do trabalho? (para os colégios com Educação profissional)
Não Equipe Escolar
Estabelecer alianças com outras instituições e proporcionar cursos técnicos
ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
76
REFLEXÃO DESAFIOS
PÚBLICO ALVO
AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA
RESPONSÁVEL
Há abandono da escola pelos alunos? O documento Caderno do Programa Combate ao Abandono Escolar é conhecido e suas orientaçãoe são efetivadas?
Há abandono dos alunos durante o período letivo e o caderno do Program é parcialmente conhecido.
Alunos, pais e/ou responsáveis
Criação de um projeto que envolva os representantes de turma, onde estes auxiliem na detecção de possíveis abandonos. Trabalho de consientização com pais e alunos. Fazer com que o Caderno torne-se prática cotidiana no ambiente escolar.
Mensal/ sempre que houver necessidade
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
Há formas de acolhimento e de recuperação de conteúdos para os alunos que retornam do abandono?
Sim. O desafio é o tratamento diferenciado que deve ser dado a estes alunos para recuperação do conteúdo perdido.
Alunos, pais e/ou responsáveis
Elaborar atividades e proporcionar meios para que o aluno retome os conteúdos, com reavaliação.
Durante o período letivo sempre que houver necessidade.
Equipe Diretiva, Pedagógica e Corpo Docente
A escola tem formas de atender aos alunos com defasagem de aprendizagem?
Sim. Porém as salas de recurso e apoio apresentam limites no número de alunos, e poucos recursos materiais, por vezes a permanênc
alunos Fazer avaliação de aluno com defasagem para melhor atendimento deste. Buscar parcerias com o setor privado para cursos e qualificações, para auxiliar a inserção destes no mercado de trabalho.
Durante o período letivo
Equipe Pedagógica e Corpo Docente
77
ia destes também torna-se
A escola propõe formas de melhorar a qualidade de ensino e a taxa de aprovação?
Sim, através de retomadas de conteúdos e reavaliações. O desafio é manter os alunos motivados durante todo o ano letivo.
professores
Retomada de conteúdos, reavaliações.
Durante todo ano letivo
Profesores, alunos, responsaveis
AMBIENTE EDUCATIVO
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO
AÇÕES CRONO-
RESPONSÁVEL
AÇÕES A SEREM REALIZADAS
GRAMA
(QUANDO FAZER)
O ambiente da escola é cooperativo e solidário?
Um dos grandes desafios e a participação da comunidade e o apoio dos responsáveis
Toda a equipe escolar e comunidade
Proporcionar um ambiente onde haja mais a participação da comunidade e dos próprios pais, elaborar projetos.
Durante todo ano letivo
Toda equipe escolar e a comunidade
Há comprometimento entre professores, alunos e pais?
Envolver ainda mais a participação dos pais.
Toda equipe escolar
Desenvolver projetos que atraiam a participação dos pais.
Durante todo ano letivo
Toda equipe escolar e a comunidade
78
Há respeito entre todos na escola?
SimTodo o colegiado
Proporcionar encontros com o colegiado, para momentos de debates e levantamentos.
Durante todo ano letivo
Equipe Pedagogia e Direção
Há discriminação ou preconceito evidenciado na escola?
NãoTodo o colegiado
Debater assuntos voltados a atos e preconceitos com alunos, membros da escola e comunidade.
Durante todo ano letivo
Toda equipe escolar e a comunidade
A disciplina existente no espaço escolar permite a atenção necessária aos processo de ensino e aprendizagem?
Na medida do possível sim
Toda equipe escolar
Enfatizar as necessidades escolares
Durante todo ano letivo
Toda Equipe Escolar
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)
REFLEXÂO DESAFIOS
PÚBLICO ALVO
AÇÕES CRONO-RESPONSÁ
VEL(O QUE FAZER) GRAMA
(QUANDO FAZER)
Todos os profissionais da escola participam da Semana Pedagógica?
SimToda equipe escolar
As formações poderiam abranger mais o cotidiano escolar e ter a possibilidade de ramificar novos conhecimentos em conjunto com outras instituições e profissionais.
Durante todo ano letivo
Equipe escolar, núcleo regional.
Todos os profissionais da escola participam da Formação em Ação?
SimToda equipe escolar
Formações práticas, com trocas de conhecimento entre instituições se profissionais.
Durante todo ano letivo
Equipe escolar, núcleo regional.
79
A hora atividade é utilizada para cumprir seus objetivos, segundo a legislação?
SimToda equipe escolar
Durante esse período poderia ser desenvolvido projetos e estudos posteriores.
Durante todo ano letivo
Equipe escolar, núcleo regional.
Há equipe multidisciplinar atuante na escola?
Sim
Equipe escolar e comunidade
Poderia ser desenvolvido um trabalho voltado a multidisciplinariedade durante todo ano letivo.
Todo ano letivo
Toda a Equipe Escolar
Os estudos de Formação do professor PDE revertem em ações relevantes para a escola?
Sim ProfessoresEnvolver os professores e os alunos
Todo ano letivo
Professores e Equipe escolar
Os materiais disponíveis no portal da SEED são utilizados na formação dos professores?
Sim Professores
Material mais dinâmico e trocas de conhecimentos entre instituições e profissionais.
Todo ano letivo
Equipe escolar, núcleo regional
A formação do professor especialista em Educação Especial ocorre de forma colaborativa com os professores das disciplinas?
Sim Professores
Efetivar a troca de experiência que já existe a todos os membros da escola
Todo ano letivo
Professores e Equipe escolar
80
4.2INSTÂNCIAS COLEGIADAS
• Equipe multidisciplinar- Possibilitar a implementação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a educação das Relações Ético- Raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro – Brasileira e Africana. Bem como as Leis
nº 10.639/03 e nº 11. 645/08 no ambiente escolar.
• Conselho escolar – Participar efetivamente da resolução dos problemas
cotidianos da escola; Organizar um cronograma de reuniões periódicas para
que o conselho possa participar as ações da escola.
• Conselho de classe- Estudar e interpretar os dados da aprendizagem dos
alunos relacionando com o trabalho do professor, de acordo com o
plano de trabalho docente (PTD); Acompanhar e aperfeiçoar o processo
de aprendizagem dos alunos; evitando comparação dos alunos entre si;
Pensar a prática pedagógica voltadas para ações com objetivo
melhorar a qualidade na relação ensino aprendizagem.
• APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários – Ações a serem
realizadas: Desenvolver as ações previstas no estatuto da APMF; Envolver
os pais, alunos, funcionários e professores nas decisões a serem tomadas;
Administrar a cantina do colégio; Promover integração e participação da
família na vida escolar, através de palestras, seminários, etc; Fazer a
prestação de contas periódicas.
• Grêmio Estudantil - Estruturação de grêmio. Eleições para escolher os
representantes de turma; organizar uma capacitação sobre as funções e
importância do Grêmio Estudantil na escola para os alunos representantes
de turma e alunos interessados para posteriormente realizar a eleição com
alunos conscientes das suas responsabilidades.
4.3 O TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE
A ação pedagógica que leve à produção do conhecimento e que busque formar
um sujeito crítico e inovador precisa enfocar o conhecimento como provisório e
81
relativo, se preocupando com a localização histórica de sua produção. Precisa
estimular a análise, a capacidade de compor e recompor dados, informações e
argumentos. Considerando que a o trabalho docente visa modificar no ser humano
aquilo que é suscetível de educação, levando em conta a atividade humana
transformadora, a partir das relações econômicas e históricas, ou seja, concebe o
aluno como sujeito ativo do próprio conhecimento, ser social historicamente
determinado, indivíduo concreto (Libâneo, 1986).
Para que a prática pedagógica torne-se efetiva, os professores deverão
acreditar que os alunos são capazes de estabelecer relações dialógicas nas quais
possam realizar um trabalho coletivo, participativo, criativo e transformador na
construção de um mundo melhor e competente. Por sua vez, os desafios da prática
pedagógica são cada vez maiores e mais complexos na sociedade contemporânea.
Para tanto propõem-se sugestões para uma prática pedagógica capaz de melhorar
as condições do ensino aprendizagem, para isso é necessário:
• Organizar atividades diferenciadas, de eventos que busquem criação,
projetos desafiadores que provoquem enfrentamento, diálogo com autores e
construção própria.
• Reconhecer o aluno como um todo e como sujeito de sua própria
aprendizagem.
• Reduzir o espaço das aulas teóricas, procurando utilizar o maior tempo para
a pesquisa, a busca de informações para instrumentalizar a construção de
atividades e produções próprios.
• Envolver o aluno em trabalhos coletivos bem preparados, com
responsabilidades definidas e produção individual e de grupo.
• Valorizar as produções próprias dos alunos, a construção coletiva, a
apresentação de textos.
• Utilizar a informática, multimídia e os meios de telecomunicações com os
recursos disponíveis no complexo escolar.
• Promover seminários, discussões coletivas, nas proposições de grupo,
instrumentalizando a vivência do voto e do consenso como recursos para
domadas de decisões do coletivo, promovendo o exercício efetivo de
82
cidadania.
• Utilizar os recursos da comunidade, a experiência vivenciada dos alunos, dos
pais e dos professores.
• Incentivar que os alunos pesquisem, estudem, discutam de forma critica, e
façam o uso da biblioteca e dos laboratórios para buscarem informações.
• Problematizar e apontar a utilização dos conteúdos trabalhados em sala de
aula.
5 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico no processo de sua construção, contou com a
participação do APMF em muitos de seus momentos para discutir e apresentar
propostas para melhorar a parte de material didático de apoio, para o trabalho dos
professores, bem como a realização de melhorias na sala de vídeo, de informática,
biblioteca, aquisição de rádios, DVD, jogos e outros. O Conselho escolar participou
na construção do Projeto Político Pedagógico, convocando os pais para reuniões,
fazendo reuniões com os alunos e professores. O Conselho de Classe também
participou através de encontros por disciplinas para elaboração do Currículo, na
indicação de alunos para a sala de apoio e recursos, na elaboração do regulamento
interno.
O Projeto político Pedagógico pode sofrer alterações ao longo de sua
execução, portanto conta com a ajuda dos colegiados que compõe a escola para
fazerem as mudanças necessárias a qualquer tempo ou época. Isto porque a
avaliação do Projeto político Pedagógico é contínua e ao ser elaborado, alguns
aspectos podem não ter sido contemplados como deviam, portanto receberão a
interferência para ajustá-lo às necessidades decorrentes.
5.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O trabalho interno é avaliado pelos Órgãos Escolares, considerando os
83
seguintes aspectos:
• Se o projeto está de acordo com a realidade escolar;
• Se está vinculado aos aspectos políticos e sociais;
• Propõe-se alternativas de ação e momentos de criação;
• Se assegura o acesso e a permanência de alunos provenientes das classes
trabalhadoras;
• Se assegura aos alunos a apropriação de conhecimentos científicos, sociais e
tecnológicos resultantes de um processo coletivo de avaliação diagnóstica.
REFERÊNCIAS
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e Compromisso, 2ª ed, São Paulo: Cortez, 2001.
LUCK, H. A Escola Participativa: O Trabalho do Gestor Escolar, Rio de Janeiro: DP
& A, 1998.
_________. A Dimensão Participativa da Gestão Escolar, Revista Gestão em
Rede, Agosto de 1998.
VEIGA, I.P.A. Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível,
4ª ed, Campinas: Papirus, 1997.
AGUIAR, M. A. FERREIRA, N. S. C. Gestão da Educação: Impasses, Perspectivas
e Compromisso, 2ª ed, São Paulo: Cortez, 2001.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, Brasília,
1996.
FERREIRA, M.E.C. GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva, Rio de Janeiro.
FRANCO, L.A.C. A Disciplina na Escola, CENAJOR/MEC.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
VASCONCELLOS, Celso dos S. Relação Escola-Família: da Discussão à Interação
Educativa, in Revista da AEC: 75-86, out/dez/94. Brasília: AEC, 1994.
84
VASCONCELLOS C.S. Concepção do Conhecimento Pedagógico em Sala de
Aula, Caderno Pedagógico nº 2, São Paulo: Liberdade, 1993.
URKHEIM, Emile. (1973). Educación y Sociología. Buenos Aires, Editorial Shapire.
IDALBEN, A. I. L. de F. Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão
pedagógica da escola. São Paulo: Papirus, 2004. Coleção magistério: Formação e
trabalho pedagógico
LIBÂNEO J. C. Democratização da Escola Publica. A Pedagogia crítico social dos
conteúdos. São Paulo , Loyala . 1986.
___________. Didática. São Paulo, Cortez, 2008.
___________ Adeus, Professor, Adeus Professora! – Novas Exigências
Educacionais e Profissão Docente –Cortez, 2002
SAVIANI ,D. Pedagogia histórico -critica. Primeiras aproximações. Campinas,
10ed. 2008
SACRISTÁN, J. G. O Currículo: Uma reflexão sobre a prática. Trd. Ernani Fda F.
Rosa, Porto Alegre: Artemed, 2000
SOARES, M. Alfabetização no Brasil: O estado do conhecimento. Brasilia:
inep,1991
__________. Letramento: um tema em três gêneros. Belo horizonte. Autentica,
1998
____________. Letramento e Alfabetização: As muitas Facetas (trabalho
apresentado na 26ª reunião anual da associação nacional de Pós graduação e |
Pesquisa em Educação- Poços de calda, 2003).
85
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
O colégio Lindaura enquanto escola publica do Estado do Paraná tem seu
currículo elaborado de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica,
emanadas pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná, qual tendo
suas bases em um currículo disciplinar.
O colégio entende como sua função enquanto instituição escolar oportunizar aos
alunos o conhecimento científico e sistematizado de forma em que os alunos
possam refletir sobre sua pratica enquanto cidadão.
6.1. MATRIZ CURRICULAR DO COLÉGIO LINDAURA RIBEIRO LUCAS
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAISESTABELECIMENTO: 01415 / COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFMENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201TELEFONE: 41 33825641ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/ 9º ANOTURNO: MANHÃ MODULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017 FORMA : SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS/ ANOS 6º 7º 8º 9ºARTE 2 2CIENCIAS 3 3EDUCAÇÃO FISICA 2 2ENSINO RELIGIOSO 0 0GEOGRAFIA 3 3HISTÓRIA 3 3LINGUA PORTUGUESA 5 5MATEMÁTICA 5 5L.E.M- INGLÊSTOTAL C.H. SEMANAL 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMETAL
86
NRE:03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAISESTABELECIMENTO: 01415/ COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFMENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201TELEFONE: 41 33825641ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO :4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/ 9º ANOTURNO: TARDE MODULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017 FORMA : SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ ANOS 6º 7º 8º 9ºARTE 2 2 2CIENCIAS 3 3 3EDUCAÇÃO FISICA 2 2 2ENSINO RELIGIOSO 1 1 0GEOGRAFIA 2 3 3HISTÓRIA 3 2 3LINGUA PORTUGUESA 5 5 5MATEMÁTICA 5 5 5L.E.M. - INGLES 2 2 2
TOTAL C.H. SEMANAL 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
MATRIZ CURRICULAR DO ESINO MÉDIO
NRE:03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAISESTABELECIMENTO: 01415/ COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFMENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201TELEFONE: 41 33825641ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO : ENSINO MÉDIOTURNO: MANHÃ MODULO:40 SEMANAS
87
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ ANOS 1º 2º 3ºARTE BNC 2 2BIOLOGIA BNC 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA BNC 2 2 2FILOSOFIA BNC 2 2 2FÍSICA BNC 2 2 2GEOGRAFIA BNC 2 2 2HISTÓRIA BNC 2 2 2LINGUA PORTUGUESA BNC 2 3 4MATEMÁTICA BNC 3 2 3QUÍMICA BNC 2 2 2SOCIOLOGIA BNC 2 2 2L.E.M - INGLÊS PD 2 2 2L.E.M – ESPANHOL* PD 4 4 4
TOTAL DA CARGA HORÁRIA SEMANAL 29 29 29 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
*opcional par ao aluno e computada na carga horária da matriz curricular
MATRIZ CURRICULAR DO ESINO MÉDIO
NRE:03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAIS
ESTABELECIMENTO: 01415/ COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFM
ENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201
TELEFONE: 41 33825641
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO : ENSINO MÉDIO
TURNO: NOITE MODULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017
DISCIPLINAS/ ANOS 1º 2º 3º
ARTE BNC 2 2BIOLOGIA BNC 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA BNC 2 2 2
88
BASE NACIONAL
COMUM
FILOSOFIA BNC 2 2 2FÍSICA BNC 2 2 2GEOGRAFIA BNC 2 2 2HISTÓRIA BNC 2 2 2LINGUA PORTUGUESA BNC 2 3 4MATEMÁTICA BNC 3 2 3QUÍMICA BNC 2 2 2SOCIOLOGIA BNC 2 2 2L.E.M - INGLÊS PD 2 2 2L.E.M – ESPANHOL* PD 4 4 4
TOTAL DA CARGA HORÁRIA SEMANAL 29 29 29 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96
*opcional par ao aluno e computada na carga horária da matriz curricular
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Colégio Lindaura Ribeiro Lucas
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: São José Dos Pinhais NRE: Área Metropolitana Sul
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2013 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/.1610 HORAS ou 1920/1932 H/A
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 280 336ARTE 94 112LEM - INGLÊS 213 256EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112MATEMÁTICA 280 336CIÊNCIAS NATURAIS 213 256
89
HISTÓRIA 213 256GEOGRAFIA 213 256ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Lindaura Ribeiro Lucas
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: São Jose dos Pinhais NRE: Area Metropolitana Sul
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2013 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aulaLÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
90
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
7. CONTEÚDOS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
7.1 ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR
Breve percurso histórico
Um longo processo existiu desde a educação jesuítica às Diretrizes
Curriculares Educacionais.
Hoje a LDBN 9394/96, estabelece em seu artigo 26 paragrafo 2º: “O Ensino
de Arte constituirá componente curriculares obrigatórios nos diversos níveis da
Educação Básica, de forma
a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”.
E os PCNS, incluem a arte na estrutura curricular como área de conhecimento
ligado à cultura artística, e não como uma atividade apenas.
Segundo MARTINS (1998) a ARTE é importante na escola, porque é
importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através do
tempo, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem o
direito ao acesso a esse saber.
Por isto e com isto se firma a posição da disciplina como uma forma de
conhecimento importante e necessário que as Escolas Públicas oportunizam as
comunidades escolares.
Conhecimento em Arte
91
Para as aulas de Arte é necessário antes de tudo a compreensão de que a
Arte é um campo de conhecimento produzido pelas sociedades humanas, portanto
tem conteúdo e metodologia ambos ligados a produção cultural artística social e
historicamente construída pela Humanidade.
Neste sentido a abordagem de seus conteúdos devem apresentar uma
unidade. Tanto em relação aos conteúdos estruturantes, quanto a seleção de
conteúdos para fazer frente a resposta ao Projeto Político Pedagógico da Escola.
Para tanto, a Escola deverá ser como um espaço de conhecimento artístico
articulando currículo e anseios da comunidade local. A organização pedagógica
seguirá os três momentos pedagógicos da proposta triangular e as orientações
metodológicas das DCEB-Pr a saber: Teorizar, Sentir, e Perceber.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Pelo que já foi exposto acerca da disciplina de Arte sua história e importância,
os objetivos devem se alinhar em conteúdo e encaminhamento metodológico ao
Projeto Político Pedagógico com vista a formação do homem que se almeja.
Neste sentido então o Ensino de Arte é resultado de um processo teórico
prático fundamentado no conhecimento em Arte. A articulação da teoria e prática
deverá ser encaminhada tento pelo próprio objetivo como agente norteador, como
também através da seleção dos conteúdos de acordo com as DCEB-Pr e o
apropriado recorte ou acréscimo de conteúdos para fazer frente as demandas
desejadas e explicitadas no Projeto Político Pedagógico.
A seguir temos a relação de objetivos desejados para a disciplina de Arte:
Objetivos Gerais
• Procurar metodologicamente adaptar os conteúdos a realidade dos alunos
da Escola;
• Aproveitar as características peculiares da comunidade escolar para
encaminhar o plano de trabalho docente alinhados tanto a realidade como
92
as DCEB-Pr;
• Trabalhar com as produções artísticas disponíveis nas suas diferentes
linguagens (Arte Visual, Música, Teatro e Dança);
• Propiciar momentos em que a sensibilidade humana aflore nas aulas,
através de atividade sensibilizantes;
• Considerar a produção artística como meio de comunicação e expressão
de conhecimento;
• Utilizar a produção artística construída historicamente pela Humanidade
como forma de reflexão e compreensão dos diferentes processos de
manifestação social;
• Utilizar os momentos de produção individual como forma de reflexão e
compreensão dos diferentes processos de manifestação pessoal;
• Desenvolver capacidades de reflexão, análise crítica, auto expressão e
relacionamento social.
CONTEÚDOS DE ENSINO
ARTE VISUAL
6º ano
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos forma: Ponto, Linha , Textura,
Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.
Composição
• Composições: Bidimensional, Figurativa, Simétrica, Geométrica.
• Introdução a Técnicas de Composição: Pintura, Escultura, Arquitetura...
• Introdução aos Gêneros de Composição e Gênero Mitologia.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características das Artes:Grego Romana, Africana, Oriental e Pré
Histórica;
93
7º ano
Elementos Formais
• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Ponto, Linha ,
Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.
Composição
• Composições e elementos: Tridimensional, Figura e Fundo, Abstrata,
Perspectiva.
• Técnicas de Composição: Pintura, Escultura, Arquitetura
• Gêneros de Composição: Paisagem, Retrato e Natureza Morta.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características das Artes: Indígena, Popular, Brasileira,
Paranaense, Renascimento e Barroco, Arte Africana: aprofundamentos.
8º ano
Elementos Formais
• Aprofundamento dos fundamentos dos elementos formais: Ponto, Linha,
Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.
Composição
• Elementos de composição: semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual,
Deformação.
• Técnicas de Composição: Desenho, Fotografia, Áudio Visual.
• Gêneros de Composição: Paisagem, Retrato e Natureza Morta.
Movimentos e Períodos
Elementos e características das Artes: Arte no Século XX, Contemporânea,
Arte Africana: aprofundamentos.
Introdução elementos da A Industria Cultural.
9º ano
Elementos Formais
• Aprofundamento e utilização dos fundamentos dos elementos formais:Ponto,
Linha , Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.
94
Composição
• Aprofundamentos dos elementos de composição: Bidimensional,
Tridimensional, Ritmo Visual, Figura e Fundo.
• Técnicas de Composição: Desenho, Fotografia, Áudio Visual.
• Gêneros de Composição: Paisagens Urbanas, Cenas do Cotidiano.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características das Artes: Realismo, Vanguardas, Muralismo,
Arte Latino Americana, Hip Hop. Arte Africana: aprofundamentos.
• Introdução elementos da A Industria Cultural.
MÚSICA
6º ano
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais:
Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia.
• Escalas: Diatônica, Pentatônica e Cromática.
• Improvisação.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Música: Grega Romana, Oriental, Ocidental,
Africana.
7º ano
Elementos Formais
• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Altura, Duração,
Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia e Escalas.
95
• Introdução aos Gêneros Musicais: Folclórico, Indígena, Popular, Étnico.
• Técnicas: vocal, instrumental e mista
• Improvisação.
Movimentos e Períodos
• Aprofundamentos dos elementos da Música:Popular e Étnica (Oriental,
Ocidental, Africana).
8º ano
Elementos Formais
• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Altura, Duração,
Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia e Harmonia.
• Composição: Tonal, Modal e fusão de Ambos
• Introdução aos Gêneros Musicais: Folclórico, Indígena, Popular, Étnico.
• Técnicas: vocal, instrumental e mista
Movimentos e Períodos
• Elementos da Música: Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno.
9º ano
Elementos Formais
• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Altura, Duração,
Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia e Harmonia.
• Aprofundamentos aos Gêneros Musicais: Popular, Folclórico, Étnico, e
Africano..
• Técnicas: vocal, instrumental e mista
Movimentos e Períodos
96
• Elementos da Música: Engajada, Música Popular Brasileira,
Contemporânea.
TEATRO
6º ano
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Personagem
(Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
Composição
• Elementos da Composição: Enredo, Roteiro, Espaço Cênico e Adereços.
• Introdução as Técnicas de composição: Jogos, Teatro Direto e
Indireto,Improvisação, Manipulação, Máscara.
• Introdução aos Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia e Circo.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características do teatro: Grego-romano, Oriental, Medieval e
Renascentista, Teatro Africano.
7º Ano
Elementos Formais
• Aprofundamentos dos fundamentos dos elementos formais: Personagem
(Expressões: Corporal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
Composição
• Representação e Leitura Dramática.
• Elementos de Cenografia.
• Introdução e Técnicas de composição: Jogos, Mímica, Improvisação, Formas
animadas.
• Introdução aos Gêneros Teatrais: Rua e Arena e Caracterização.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características do teatro: Comédia Dell'Arte, Popular, Brasileiro,
97
Paranaense, Teatro Africano.
8º ano
Elementos Formais
• Aprofundamentos dos fundamentos dos elementos formais: Personagem
(Expressões: Corporal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
Composição
• Representação no Cinema e Mídias
• Texto Dramático, Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro.
• Introdução e Técnicas de composição: Jogos, Sombra, Adaptação cênica.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características do teatro: Indústria Cultural, Impressionismo,
Realismo e Cinema Novo.
9º ano
Elementos Formais
• Aprofundamentos dos fundamentos dos elementos formais: Personagem
(Expressões: Corporal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
Composição
• Elementos de composição: Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.
• Dramaturgia
• Introdução e Técnicas de composição: Jogos, Monólogos, Direção, Ensaio,
Teatro-Fórum.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características do teatro: Teatro Engajado, Teatro do oprimido,
Teatro do Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguarda
DANÇA
6º ano
98
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,
Tempo, Espaço
Composição
• Elementos de composição: Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos
Articulares, Fluxo, Rápido e Lento, Formação, Deslocamentos, dimensões.
• Técnicas de composição: improvisação
• Gêneros de dança: Circular.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Dança:
• Pré Histórica, Greco-Romana, Renascentista, Clássica.
7º ano
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,
Tempo, Espaço
Composição
• Elementos de composição: Ponto de Apoio, Rotação, Coreografia, Salto e
Queda, Peso, Fluxo, Lento, Rápido e moderado, níveis, formação, Direção.
• Técnicas de composição: improvisação
• Gêneros de dança: Folclórica, popular e Étnica.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Dança: Dança Popular, Brasileira, Africana,
Indígena.
8º ano
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,
Tempo, Espaço
Composição
• Elementos de composição: Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e
99
desaceleração, Direções, Improvisação Coreografia, Sonoplastia
• Gêneros de dança: Indústria Cultural e Espetáculo.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Dança: Hip Hop, Músicas, Expressionismo,
Indústria Cultural, Dança Moderna.
9º ano
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,
Tempo, Espaço
Composição
• Elementos de composição: inesfera, Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas,
Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão, Coreografia, Deslocamento
• Gêneros de dança: Performance e Moderna
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Dança: Vanguarda, Dança Moderna, Dança
Contemporânea.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Com base a proposta triangular de Ensino de Arte e as sugestões de
encaminhamentos metodológicos sugeridos pela DCEB-Pr, as aulas de Artes deve
priorizar:
• Teorizar;
• Sentir e perceber;
• Trabalho artístico.
Partindo deste princípio metodológico norteador, a metodologia contribui com
o desenvolvimento cultural do aluno, valorizando a essência da Arte como campo de
conhecimento.
“Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da
produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também
100
formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades
contemporâneas. ”(DCEB-PR. p.72).
Os múltiplos meios utilizados pelas formas artísticas, tendo em vista as quatro
áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental devem ser usadas
nas práticas dos professores.
A prática pedagógica deverá partir da análise e produção de trabalhos
artísticos relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:
• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas.
Então para reforçar a os fundamentos teórico-metodológicos o professor ao
preparar as aulas, considere para quem elas serão ministradas, como, por que e o
que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa
forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da
organização pedagógica:
•Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte (DCEB-PR, p 70).
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou
pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,
espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E
RECUPERAÇÃO
A avaliação deve se fazer presente para a disciplina de Arte. É, portanto
diagnóstica, processual contínua e acumulativa.
101
De acordo com a LDB 9394/96, a avaliação é “contínua e cumulativa do
desempenho do aluno”. O professor participa do processo e compartilha a produção
do aluno. É o professor quem compreende a avaliação e a executa como um
projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento
do aluno baseados em critérios específicos que ele mesmo estipula visando
alcançar os objetivos explicitados no seu plano de trabalho docente de forma clara
e disponibilizados aos alunos.
“A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. ”(DCEB-PR, p.32).
REFERÊNCIAS
MARTINS, Mirian C; PSOSQUE, Gisa; GUERRA M.T. Telles. Didática do Ensino de
Arte – A língua do Mundo; São Paulo; FTD:1998.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
7.2 CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
A disciplina de ciências, dentro de um contexto histórico, visa propor uma
abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizadas os
conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos
fenômenos naturais, assim como articulação entre a ciência, tecnologia e sociedade
102
e as implicações daí decorrentes.
Desde a pré história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais,
seja no céu, animais e plantas, criou instrumentos e técnicas de observação ao
longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.
A ciência provocou que os avanços científicos determinam o crescimento eu
desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas, oferecendo meios para que
houvesse melhora nas condições de vida no planta. Apesar constituir um
conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é
científico do senso comum.
É uma disciplina com construção humana coletiva do qual participam a
imaginação, a intuição e a emoção. A Comunidade cientifica sofre a influencia do
contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Ela contribui para
formação da cidadania na medida em que favorece a participação dos alunos na
vida comunitária.
Portanto a sociedade está exigindo um questionamento maior dos indivíduos
sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os problemas que
envolvem as relações entre Ciência, ser humano e Ambiente.
O conhecimento e a valorização da diversidade biológica como um bem a ser
respeitado e preservado podem contribuir para que se busquem atitudes e
interações harmônicas co m a natureza e o meio ambiente e também ajudar a
desenvolver a tolerância à diversidade entre os seres humanos, condição para
apreciar a pluralidade cultural.
O conhecimento científico é um bem coletivo que integra nossa cultura e
marca fortemente o modo como interagimos com a natureza e como resolvemos
nossos problemas.
Fazer com que os alunos reflitam e atuem no desenvolvimento sustentável
que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. È o
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
103
Os objetivos da disciplina de ciências no ensino fundamental são elaboradas
para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo
e atuar como indivíduos e como cidadãos, utilizando os conhecimentos de natureza
científica e tecnológica.
Dessa forma, o ensino de ciências deverá estar organizado para que o final
do ensino fundamental, o aluno tenha desenvolvido as seguintes capacidades:
• Compreender a natureza como um todo dinâmico a ser o ser humano, em
sociedade como agente e paciente de informações do mundo em que vive,
em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do
ambiente;
• Valorizar e preservar a natureza e os seres vivos, compreendendo a
importância dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental:
• Compreender a tecnologia como meio, para suprir necessidades e melhorar
as condições de vida, considerando princípios éticos para avaliar as praticas
tecnológicas envolvidas em qualquer circunstancia
• Questionar a política de saúde do Brasil procurando soluções para elevar o
novel de qualidade de vida principalmente no aspecto preventivo de
atendimento a população;
• Oportunizar ao aluno o desenvolvimento da curiosidade, do interesse, da
mobilização para busca e organização de informações, ou seja, permitir que
o aluno estabeleça relações entre o mundo natural ( conteúdo da ciência), O
mundo construído pelo homem ( tecnologia), e seu cotidiano ( Sociedade)
• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação, as condições da vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável;
• Preparar o estudante para cidadania no sentido holístico, aprimorando-o
como ser humano solidário e consciente;
• Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração
entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,
coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões de
relacionadas à saúde e a sua manutenção, especialmente através da
104
preservação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir
da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do
currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de
especialização do seu objeto de estudo e ensino ( Lopes, 1999).
A seleção dos conteúdos de ensino de ciências deve considerar a relevância
dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a
constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo,
bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo
assim, os conteúdos de ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes
ciências de referências: Biologia, física,,química, geologia, astronomia, entre outras.
Propõem-se então, para disciplina de ciências cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas biológicos
• Energia
• Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ano
• Universo
• Sistema solar
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestes
• Astros
• Constituição da matéria
105
• Níveis de organização dos sistemas biológicos
• Formas de energia
• Conversão de energia
• Transmissão de energia
• Organização dos seres vivos
• Ecossistemas
• Evolução dos seres vivos
7º ano
• Astros
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestes
• Constituição da matéria
• Célula
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
• Formas de energia
• Transmissão de energia
• Origem da vida
• Organização dos seres vivos
• Sistemática
8º ano
• Origem e evolução do universo
• Constituição da matéria
• Célula
• Morfologia e fisiologia dos ser vivos
• Formas de energia
• Evolução dos seres vivos
9º ano
• Astros
• Gravitação universal
106
• Propriedades da matéria
• Morfologia dos seres vivos
• Mecanismos de herança genética
• Formas de energia
• Conservação de energia
• Interações ecológicas
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da natureza e deve ser estudado a partir de conteúdos
abordados de forma articulada, em um a perspectiva crítica e histórica, considerando
a necessidade de contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de
conteúdos do livro didático.
A ciência deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem, como uma
construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passiveis de alteração.
Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes ,
dos quais ramificam-se os conteúdos básicos a serem trabalhados considerando a
prática social do aluno.
Para evitar uma abordagem descontextualizadas e fragmentada por série os
conteúdos básicos ser,a trabalhados ao longo do ensino fundamental, respeitando o
nível cognitivo de cada turma, a realidade local, diversidade cultural e as diferentes
formas de apropriação dos saberes pelos educandos.
Os encaminhamentos metodológicos, portanto devem considerar o
dinamismo e a provisoriedade da ciência, cujas práticas e descobertas estão
constantemente sendo substituídas por outras mais modernas. Assim os conteúdos
específicos devem estar relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com
outras disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e sociais.
O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o
conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente
produzido.
107
O laboratório (desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,
pesquisas, trabalhos de campo, entrevistas problematização, observação, visitas,
projetos individuais em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,
conversações, musicas, desenhos, maquetes, experimentos relatórios,
dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre
outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de
repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos- passado,
presente e futuro também devem estar entre as formas de convite para a
aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias encontradas na instituição
(multimídia).
Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia
de texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar
ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.
Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para
abrigar a curiosidade r e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos
conceitos evidencie a importância da montagem do método científico, exigindo o
desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos
fenômenos envolvidos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E
RECUPERAÇÃO
A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a
respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está
aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,
para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.
A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor
com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos
específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o
planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios
de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição
108
dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da
realidade.
O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da
avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações
e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora
dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços
na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.
Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e
instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a
natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação
real do progresso cognitivo doa alunos
A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº
9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,
com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos (Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, 2008)
REFERÊNCIAS
ANDRRY, M. A. Para compreender a ciência . São Paulo: EDUC, 1998
APPLe, M. W. Ideologia e Currículo. Porto alegre: Artemed, 2006
ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas. São Paulo : Papirus, 1991
LOPES, A. Conhecimento escolar: Ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: Eduerj,
1999.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
7.3EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A educação física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento.
109
No que entanto este corpo em movimento não é a manifestação sinestésica, mas
um corpo humano em movimento ( considerando aspectos emocionais).
A disciplina de educação física é fundamental na formação do educando. No
aspecto motor, onde são trabalhadas e coordenação motora e habilidades
perceptivas motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações
sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o outro
e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo capacita o aluno para analisar,
avaliar e compreender.
Assim contribuindo para a formação completa “física e mental “ , estimulando
o auto – conhecimento do corpo, seu limite e capacidade. A partir da educação física
a criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, dinâmica
interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel
social.
CONTEÚDOS DE ENSINO
• Cultura corporal
• Cultura corporal e ludicidade
• Cultura corporal e saúde
• Cultura corporal e mundo do trabalho
• Cultura corporal e desportização
• Cultura corporal, técnicas e táticas
• Cultura corporal e lazer
• Cultura corporal e diversidade
• Cultura corporal e mídia
• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro
motoras
• Postura
• Coordenação ampla
• Coordenação fina
110
• Coordenação viso-motora, óculo manual
• Equilíbrio
• Respiração
• Descontração
• Lateralidade
• Organização e orientação espacial
• Organização temporal
• Estruturação espaço temporal
• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo
• Percepção
• Habilidades motoras
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes: o
surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; sua relação com jogos
populares; experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas;
Conheça o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar
efetivamente das diferentes formas de jogar; reconhecer a possibilidades de
vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos
Participa com assiduidade as aulas práticas compreende que aspectos
organizacionais e comportamentais são necessários para o desenvolvimento das
aulas práticas e teóricas desenvolve habilidades de reflexo desenvolve a lateralidade
corporal e coordenação motora ampla prepara para o espírito competitivo se
envolve a habilidade óculo manual bem como o reflexo desenvolve coordenação
motora desenvolve o espírito cooperativo desenvolve velocidade em espaço
determinado:
• Aprende o jogo como atividade esportiva;
• Participa de atividade física de forma lúdica
111
• Desenvolve e aprimora as qualidades físicas e psíquicas indispensável a
formação do homem.
• Propiciar ao aluno uma condição critica sobre a realidade eu meio em que
vive;
• Conhece o seu corpo de forma conscientemente colabora e é capaz de tomar
as usas próprias decisões;
• Atende as necessidades do desenvolvimento corporal e compreende as suas
fases.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6º ano
• ESPORTES - coletivos e individuais
• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e
cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais.
Jogos sensoriais
• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças folclóricas, danças de rua
danças criativas, desenvolvimento de formas corporais rítmicos –
expressivas, mímica, imitação, apresentação e vivencias
• GINÁSTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos ,
ginástica artística, ginástica de academia .
• LUTAS – lutas de aproximação Capoeira, jogos de oposição,
• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
• POSTURA
• HIGIENE CORPORAL
7º ano
• ESPORTES - coletivos e individuais
• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e
112
cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais.
Jogos sensoriais
• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças folclóricas,danças de rua,
dança circular, danças criativas, desenvolvimento de formas corporais
rítmicos – expressivas, mimica, imitação, apresentação e vivencias
• GINÁSTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,
ginástica artística, ginástica de academia.
• LUTAS – lutas de aproximação Capoeira, jogos de oposição,
• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
• POSTURA
• HIGIENE CORPORAL
8º ano
• ESPORTES - coletivos, individuais e radicais
• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos e brincadeiras populares, jogos de
tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais. Jogos dramáticos
• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS - danças de rua danças criativas,
danças circulares, vivenciar diferentes ritmos e culturas
• GINASTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,
ginástica artística, ginástica de academia.
• LUTAS – lutas com instrumento mediador, Capoeira, jogos de oposição,
• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE
• NOÇÕES DE NUTRIÇÃO
• CONCEITUAÇÃO DA A TIVIDADE AERÓBICA E ANERÓBICA
9º ano
• ESPORTES - coletivos, individuais e radicais
• JOGOS E BRINCADEIRAS – criação e aplicação de jogos e brincadeiras
populares, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectivos. Jogos
113
dramáticos;
• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças criativas, danças circulares;
• GINASTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,
diferenciação dos tipos de ginástica e vivencias práticas .
• LUTAS – lutas com instrumento mediador, Capoeira, jogos de oposição,
• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE – importância da atividade física para
manutenção da saúde.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
• Ampliação da intervenção da educação física / psicomotricidade
• Conteúdo baseado no aluno
• Integração no processo pedagógico
• Visão critica e social
• Experiências e contato corporal ( respeito / visão de mundo)
• Articular experiências de ensino
• Acompanhamento diferenciado pela equipe escolar
• Respeito cultural e ético
• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como : sua origem, sua
evolução, seu contexto atual;
• Propor a vivencia das atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações
ás regras
• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos. Brinquedos e brincadeiras;
• Possibilitar a vivencia e confecção de brinquedo, jogos e brincadeiras com e
sem materiais alternativos.
• Ensinar a movimentação básica dos jogos de tabuleiro
• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças, contextualizar a dança e
vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
• Estudar origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações,
114
aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica ( ex: saltos,
rolamentos, parada de mão, roda) construção e experimentação de materiais
nas diferentes modalidades de ginástica. Pesquisar a cultura do circo.
• Estimular a ampliação da consciência corporal.
• Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem
materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivencia de jogos
de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua a relação com
a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta com: ginga esquiva e
golpes.
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação
entre o esporte de rendimento x qualidade de vida. Análise dos diferentes
esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistema
tático. Organização de campeonato, torneios, elaboração de sumulas e
montagem de tabelas, de acordo co os sistemas diferenciados de disputa
(eliminatória simples, dupla, entre outras) analise de jogos esportivos e
confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular
X conhecimento científico sobre o fenômeno esporte. Discutir e analisar o
esporte nos seus diferenciados aspectos : enquanto meio de lazer , função
social, sua relação com a mídia, relação com a ciência, doping e recursos
ergogêncicos e esportes de alto rendimento, nutrição, saúde e prática
esportiva, analisar a apropriação do esporte pela industria cultural.
• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionado a expressão corporal e a
diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a
diversidade da dança e sues diferentes ritmos . Compreender a dança como
mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a
interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da
apropriação da dança pela indústria cultural. Organização de festival de
danças.
• Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos
da ginástica o pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho.
Estudar a relação entre ginástica x sedentarismo e qualidade de vida, por
meios de pesquisas debates e vivencias práticas, estudar a relação da
115
ginástica com: tecido muscular, referencias muscular, diferença entre
resistência e força, tipos de força, fontes energéticas. Freqüência cardíaca,
fonte metabólica. Gasto energético, composição corporal desvios postural,
LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica
pela industria cultual entre outros. Analisar os diferentes métodos da
avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e
planejamento de treinos. Organização de festival de ginásticas.
• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das
diferentes artes marciais, técnicas, estratégias, apropriação da luta pela
indústria cultual, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre lutas e artes
marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e
estilos da capoeira enquanto jogo, luta e dança. Mobilização e ritmo.. Ginga.
Confecção de instrumentos, movimentação, roda.
Não há apenas uma metodologia utilizada nas aulas de educação física,
devido ás diferentes realidades das escolas, ex: espaço, números de alunos,
materiais inadequados, turno, entre outros. A metodologia é definida através da
diversidade cultural e social. É trabalhada de diversas formas.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,
um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de
metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim
visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e
entende-lo nas suas relações.
Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros
para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido
tornarão o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de
forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse
momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do
processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses
116
alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual
pertence.
Avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre a ação p da prática pedagógica.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Física, propõem
formar sujeitos críticos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que pelo aceso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
Diante dessa realidade é necessário assumir o compromisso pela busca de
novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior
coerência entre objetivos e avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam
coerentes com os objetivos inicialmente definidos.
A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o
professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando
avanços e dificuldades no processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e
propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as
dificuldades constatadas.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/
aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as
estratégias didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo
contínuo, permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
ASSIS O, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica.
São Paulo: Autores Associados, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
117
BRACHT, V. Educação física e Aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992
KUNZ, Eleanor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 2004.
(Coleção educação física).
____________. A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação física.
In.: Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.
Pesquisa em ação: educação física na escola / Valter Brancht... [et al.] – 2 ed. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2005. (Coleção educação física).
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed. São Paulo: Cortez,
1995.
7.4 . ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Temos ao longo da historia o ensino religioso no espaço escolar, como sendo
a religião Católica Apostólica Romana a oficial do Império, era, portanto a que se
ensinava nas escolas.
Por algum tempo era obrigatório, mas aos poucos se tornou facultativo, onde
surgiu o direito a liberdade de culto e expressão religiosa.
Após a nova constituição federal os estudos sobre o Ensino Religioso, sugere
que tome outro caráter superando o de proselitista que marca a disciplina histórica
no ultimo ano (2005) foi aprovado a deliberação que dá novas normas para o Ensino
religioso no sistema estadual de ensino do Paraná.
Assim sendo a disciplina de ensino religioso pretende contribuir para o
reconhecimento e o respeito as diferentes expressões religiosas advindas da
elaboração cultural dos povos bem como possibilitar o acesso as diferentes fontes
de cultura sobre o fenômeno religioso. Segundo Castilla uma das tarefas da escola é
a de fornecer instrumentos de leitura da realidade e criar as condições e melhorar a
convivência entre as pessoas pelo conhecimento.
118
Assim o ensino religioso permitira aos educandos conhecer as várias
manifestações culturais e religiosas em suas relações éticas e sociais, respeitando
os grupos e como se relacionam com o sagrado, e entender a diversidade da nossa
cultura, marcada pela religiosidade.
OBJETIVOS GERAIS
Através da disciplina de Ensino Religioso pretende-se orientar a abordagem e a
seleção dos conteúdos. Nesta perspectiva todas as religiões podem ser tratadas
como conteúdo nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o
universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes
sociedades.
Desta forma o currículo propõe-se a subsidiar os alunos por meio deconteúdos,
à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado
com vista à interpretação dos seus múltiplos significados. Dará aos educandos a
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade
sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do
sagrado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrada
CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º ano
• Organização religiosa
• Lugares sagrados
• Textos sagrados
• Símbolos religiosos
119
7º ano
• Temporalidade sagrada
• Festas religiosas
• Ritos
• Vida e morte
METODOLOGIA
Um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho será
necessário, bem mais que forma, métodos, conteúdos ou materiais a serem
utilizados em sala de aula. Assim, uma das inovações propostas é a abordagem dos
conteúdos do Ensino religioso tendo como objetivo de estudo o sagrado.
Interessante é a apresentação de manifestações religiosas pouco ou nada
conhecidas por parte dos alunos para depois apresentar os mais comuns que já
fazem parte do universo cultural da comunidade.
Outra observação necessária é que os conteúdos da disciplina não se
reduzam a manifestações religiosas hegemônicas, impedindo o conhecimento da
diversidade religiosa e dos múltiplos significados do sagrado.
Neste propósito vale destacar que todos os conteúdos fazem parte do
patrimônio cultural e que a relação pedagógica com os conhecimentos que compõe
o universo sagrado das manifestações religiosas.
A disciplina de Ensino Religioso se pauta por uma visão laica do estudo das
diferentes concepções religiosas ao longo da história da humanidade. O estudo do
desenvolvimento das religiões, aliado ao modo não-dogmático do ensinar, coloca a
disciplina de ensino religioso no âmbito dos saberes mais importantes para o
desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como para a construção de uma
perspectiva de tolerância religiosa em relação às diferentes denominações e práticas
de religiosidade com as quais convivemos.
AVALIAÇÃO
120
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação bem como
não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica
pelo caráter facultativo de matrícula na disciplina.
Para observar se houve apropriação do conteúdo, pode-se avaliar pela forma
como o aluno se relaciona com o colega de classe de diferentes religiões, se
empregam conceitos adequados, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da
cultura e da identidade de cada grupo social.
Ao sistematizar tais informações o professor poderá planejar a intervenção
necessária no processo ensino aprendizagem, retomando os conteúdos que
apresentam lacuna.
Diante da responsabilidade de que o ato de avaliar exige, tem-se ao avaliar os
alunos indicativos significativos para que o professor realize sua auto-avaliação para
que posteriormente possa se reorganizar dando outro direcionamento ao trabalho
iniciado.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
7.5 GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”
121
Milton Santos
A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens
ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda,
possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta
perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de
conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões
que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que
participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no
interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente
sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.
Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e
agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e
desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.
A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo
compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais
são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e
SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,
composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,
culturais e econômicas) inter-relacionados.”
Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos
grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:
“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”. (SANTOS, 1996b, p.51)
122
Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos
conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se
como elemento fundamental na formação da observação, analise, interpretação e
criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas
geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a
heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a
velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais
estão cada vez mais globalizados.
É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no
tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os
aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma
ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do
corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras
ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência
sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também
descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão
conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).
Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos.
Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos,
seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim como os demais
países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço
da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo
produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades,
agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros,
constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a
humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.
A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se
acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os
acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a
materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um
ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem
deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
123
formas de abordagem.
Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a
existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao
espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de
pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o
conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente
transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades
devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:
• Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;
• Realizar a leitura das construções humanas como documento importante que
a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;
• Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio
do espaço chamado espaço geográfico;
• Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação
humana para além da economia;
• Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da
natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;
• Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala
local, regional e global;
• Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na
elaboração do espaço geográfico;
• Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em
função do uso de novas tecnologias;
• Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento
com o meio natural e seus aspectos fisicos;
• Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as
124
sociedades:
• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar
informações nos diversos campos do conhecimento.
CONTEÚDOS
6º ano
Conteúdos estruturantes
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
• A importância e o surgimento da Geografia.
• Conceito de lugar: O lugar onde vivemos e os diferentes lugares.
• Relações entre os lugares: meios de comunicação, meios de transportes,
relações culturais e relações econômicas.
• Conceito de paisagem: Formação e transformação das paisagens (paisagens
naturais e humanizadas)
• Elementos da natureza formando as paisagens: relevo, hidrografia, clima,
vegetação e as suas relações.
• Elementos culturais formando as paisagens: cidades e as atividades
econômicas.
• Elementos naturais e culturais formando as paisagens.
• Os lugares e as paisagens no tempo de sociedade e da natureza.
• Natureza, tempo geológico e o tempo histórico: estações do ano, diferenças
climáticas, ações do ventos, das águas, forças internas da Terra.
125
• Espaço geográfico e suas transformações: o trabalho e as atividades
econômicas modificando o espaço.
• Recursos naturais, sociedade e o meio ambiente.
7º ano
Conteúdos estruturantes:
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos
• Território brasileiro: extensão e localização no mundo.
• Paisagens brasileiras e suas transformações.
• Formação territorial do Brasil.
• Os meios de transportes e a integração do território.
• População brasileira: crescimento.
• Pluralidade cultural do povo brasileira e formação étnica da população.
• Transformação demográfica do Brasil.
• Desigualdade social brasileira.
• As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil.
• Rural e urbano: espaços que se completam.
• A modernização da agropecuária e o aumento da produtividade no campo.
• Concentração de terras e a questão fundiária no Brasil.
• Regiões brasileiras: conhecendo as diferentes regiões .
• Divisão regional do Brasil.
• Região Centro-Sul: desenvolvimento econômico e industrial, indústria e
urbanização, produção agropecuária e transformação das paisagens e
126
degradação ambiental.
• Região Nordeste: Diversidade, seca no Sertão e seus efeitos e crescimento da
econômica nordestina.
• A Amazônia: Ocupação recente, exploração sustentável da floresta e sua
importância do local ao, global.
8º Ano
Conteúdos estruturantes:
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos
• Conceito de Lugar
• A origem dos continentes
• Placas tectônicas
• Movimentos da crosta
• A formação das paisagens
• Processos naturais
• Grandes paisagens naturais
• Transformação das paisagens
• Transformação do espaço através do trabalho humano
• Técnicas e culturas construindo o espaço
127
• A ação humana e a dinâmica natural
• Mudanças na dinâmica natural do planeta
• Os diversos tipos de poluição
• Efeito estufa
• Chuva ácida
• Consumo humano
• Avanço tecnológico
• Crise ambiental
• Sustentabilidade
• Formas de regionalização do espaço
• IDH regionalização em função do desenvolvimento
• Crescimento econômico e desenvolvimento
• Mundo subdesenvolvido
• Desigualdade interna
• Dependência econômica
• Dependência tecnológica
• Condições de vida, alimentação e saúde
• Mundo desenvolvido
• Supremacia econômica e tecnologia
• Multinacionais
• Qualidade de vida
9º ano
Conteúdos estruturantes:
128
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos
Nesta série de acordo com as DCE, os conteúdos serão trabalhados focando a
Europa, Ásia, África e Oceania.
• Localização Geográfica dos países e continentes
• Regionalização mundial (Acordos e Blocos econômicos)
• Globalização
• A bipolaridade do século XX
• A nova ordem mundial do inicio do século XXI
• Conflitos mundiais
• Órgãos internacionais
• Neoliberalismo
• Terrorismo
• Políticas econômicas culturais e ambientais
• Novo papel das organizações internacionais
• Redefinições de fronteiras: conflitos – étnico – culturais – políticos –
econômicos – de base territorial
• Circulação da poluição atmosférica
• Chuva acida
• Buraco na camada de ozônio
• Desmatamento
• Formações e conflitos étnicos e religiosos
• Estrutura etária de gênero e etnia da população
129
• Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço
geográfico.
• África (economia, política, questões sociais e conflitos)
METODOLOGIA
Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar
sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar,
paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da
realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação,
desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação
entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade
individual do aluno.
Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os
alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na
universidade como também para a sociedade.
A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,
como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do
conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através
da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local
para o global e vice e versa.
Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os
conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,
musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,
possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o
aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento
empírico.
A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial
deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e
ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais
didáticos disponíveis.
130
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir
não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico
do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e
processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem
observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem,
região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de
um aluno consciente das relações socio-espaciais de seu tempo, o ensino da
geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que
incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,
constitutivas de um determinado espaço.
O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de
avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação
de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,
tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de
maquetes, etc.
REFERÊNCIA
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.
POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da
O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Cientifico
131
Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.
__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São
Paulo: Hucitec, 1996b.
__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.
7.6 HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Nos dias atuais a disciplina de História tem papel fundamental na formação do
educando, pois busca a superação das carências humanas fundamentada por meio
do conhecimento construído por interpretações históricas. Essas interpretações são
compostas por meio de teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos
históricos e propõem ações no presente. Também deve ser observado que o
conhecimento histórico é provisório, se configura a partir da consciência histórica
dos sujeitos em cada tempo histórico. Também podemos pensar o ensino da história
destacando alguns pontos que contribuir para o desenvolvimento do educando em
quanto sujeito histórico quais são :
• Ressaltar o papel central da história para alicerçar a prática da cidadania,
especialmente ao colocar em evidência a diversidade das culturas que
integram a história dos povos.
• Análise dos processos históricos relativos às ações e às relações humanas
praticadas no tempo.
• Através das ações humanas produzirem novas relações que constroem novas
ações humanas.
• Produzir o conhecimento histórico baseado na explicação e interpretação de
fatos do passado.
OBJETIVO GERAL
• Possibilitar o estudo de uma história não tradicional e eurocêntrica,
proporcionando o uso de diferentes fontes, onde o aluno possa fazer várias
132
interpretações de um mesmo acontecimento histórico.
• Aceitar a possibilidade de várias interpretações.
• Praticar a interdisciplinaridade.
Conteúdos estruturantes
6º ano
Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias
• Relações de poder;
• Relações de trabalho;
• Relações culturais;
Conteúdos básicos:
• O homem e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e
periodizações);
• Memórias e documentos familiares, locais e outros;
• O homem e suas relações sociais no tempo (família, Estado, religião, país e
mundo);
• Estudos dos resquícios arqueológicos da humanidade;
• Análise de fontes históricas;
• Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná;
• Colonizadores portugueses e suas culturas:
• O surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua
expansão;
• A cultura local e a cultura comum;
• As manifestações populares no Paraná;
• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;
• A produção científica e artística paranaense;
• A antiguidade clássica: a constituição do espaço público;
133
Critérios de Avaliação
• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência
humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a
cultura comum.
• Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em ala
de aula, propiciando a reflexões sobre relação passado/ presente.
• Produção de narrativas históricas verificando a consciência histórica dos
alunos
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, verificando e confrontando documentos de diferentes naturezas
7º ano
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em
diferentes tempos e espaço
• Relações de trabalho;
• Relações de poder
• Relações culturais
Conteúdos Básicos
As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a
propriedade privada; a terra
• A propriedade coletiva entre os ovos indígenas, quilombolas ,ribeirinhas, de
ilhéus e faxinais no Paraná;
• A família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a
constituição do latifúndio na América portuguesas e no Brasil imperial e
republicano;
134
• As reservas naturais e indígenas no Brasil;
• A reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos;
• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas;
• Ruralização da sociedade;
• Introdução do feudalismo;
O mundo do campo e o mundo da cidade
• As primeiras sociedades brasileiras: formação das vilas e das câmaras
municipais
• O engenho colonial, a conquista dos sertão;
• As missões jesuíticas
• A modernização das cidades;
• Cidades africanas e pré-colombianas;
• A ruralização do Império romano e a transição para o feudalismo europeu;
• A constituição dos feudos;
• As transformações no feudalismo europeu;
• O crescimento comercial e urbano na Europa;
• As relações entre o campo e cidade
• As cidades mineradoras
• As cidades e o tropeirismo no Paraná;
• Os engenhos da erva mate no litoral e no primeiro planalto
• As navegações portuguesas e espanholas
• A chegada dos portugueses na América;
• O renascimento cultural e científico;
• A reforma religiosa.
Conflitos, resistências e produção cultural.
• Relações entre senhores e escravos
• Sincretismo religioso
135
• As cidades e as doenças
• a aquisição da terra e da casa própria;
• O MST e outros movimentos pela terra;
• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos
séc. XlX, XX e XXL.
• A peste negra e as revoltas camponesas;
• As culturas teocêntricas e antropocêntricas;
• As manifestações culturais na América latina, África e Ásia;
• As resistências no campo e na cidade: América latina e continente africano;
• A história das mulheres orientais, africanas e outras.
Critérios de Avaliação
• Esses conteúdos devem ser avaliados processualmente, n a expectativa de
que os alunos:
• Compreendam que as relações entre o mundo do campo e o mundo e o
mundo da cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um
processo histórico.
• Identifique as narrativas e documentos históricos como fundamentação do
estudo de História e como elementos que demarcam a relação de espaço
temporal dos processos históricos, verificam e confrontam o vestígios dos
eventos que produziram esses processos, constituídos pelas relações de
poder, de trabalho e cultura.
8º ano
O mundo do trabalho e os movimentos de resistências.
• Relações de trabalho
• Relações de poder
• Relações culturais
Conteúdos básicos
136
Histórias das relações da humanidade com o trabalho
• Conceito de trabalho
• A construção do trabalho assalariado
• A mão- de- obra no conceito da consolidação do capitalismo
• O trabalho e a vida em sociedade
• O trabalho nas sociedades contemporâneas
• Relações de poder e violência no Estado
• O estado imperialista e sua crise
• Relações de dominação e resistências no mundo do trabalho nos sec. XVIII e
XIX
• O trabalho e as contradições da modernidade
• Neocolonialismo e imperialismo
• Os ciclos econômicos do Paraná
• Os trabalhadores e as conquistas de direito
• Os movimentos operários (sindicalismo)
Critérios de Avaliação
• Fazer com que o aluno entenda o que é o trabalho e por quais mudanças ele
passou ao longo das diferentes sociedades.
• Compreender as mudanças surgidas no mundo do trabalho com a
substituição dos trabalhos servis e escravo pelas diferentes formas de
trabalho assalariado.
• Procurar demonstrar a organização e a luta da classe operária na era Vargas
e a criação da CLT(Consolidação das Leis Trabalhistas).
• Apontar as diferentes organizações urbanas conhecidas e evidencia a sua
importância para o processo de constituição das civilizações;
• Conhecer o processo de urbanização e industrialização no Brasil nos
diferentes contextos históricos.
137
9º ano
Relações de dominação e resistências do estado e das instituições sociais.
• Relações de trabalho
• Relações de poder
• Relações culturais
Conteúdos Básicos
A constituição das instituições sociais
• Populismo no Brasil e na América Latina
• Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea;
• Globalização e questões mundiais contemporâneas
Formação do estado
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre (1850-1888)
• Urbanização e industrialização no Brasil
•
Sujeitos, Guerras e revoluções
• Relações de poder e violência no Estado: 1ª Guerra Mundial, Revolução
Russa, 2ª Guerra Mundial.
• Os regimes totalitários (Fascismo e socialismo real)
• Crise de 1929: crise do capitalismo
Critérios de Avaliação
• Pretende-se perceber como os estudantes compreendem: a formação do
estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos
sociais políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais
• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos
históricos, verificando e confrontando documentos de diferentes naturezas
138
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O ensino da História deve basear num trabalho pedagógico tenha em sua
essência o dialogo, é uma disciplina que deve dialogar com as várias vertentes
históricas, recusando -se a construir uma proposta de trabalho que seja marcado
pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Segundo Rüsen, a disciplina de história deve
ser constituída pelo pensamento histórico qual prevê:
• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua prática social estão ligadas co a orientação no tempo. Essas necessidades fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto fica claro que os sujeitos fazem relação passado / presente o tempo todo em sua vida cotidiana.• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de sentido são chamados de ideias históricas;• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações específicas relativas ás pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos documentos• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográficos apresentados;• Essas finalidades se expressam e realizam sobre forma de narrativas históricas.(Rüsen, 2001)
Portando é fundamental que no ensino da história sejam abordados os
conteúdos de forma que tenha:
• Múltiplos recortes temporais
• Diferentes conceitos de documentos,
• Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;
• Formas de problematizarão em relação ao passado
• Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar
139
historicamente, a superação da ideia de história como verdade absoluta por
meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em
narrativas históricas,
• Construção do processo histórico geral.
• Problematização do passado, as diferentes interpretações, diferentes
contextos históricos.
• Utilização de documentos históricos (museus, biblioteca, fotografia,
audiovisuais, etc.) como fonte de pesquisa.
AVALIAÇÃO
Os critérios como forma de avaliar o nível de compreensão e metodologia do
processo de ensino e aprendizagem do ensino de história será contínua, diagnóstica
e processual contemplando as diferentes práticas pedagógicas como: textos, fotos,
jornais, pesquisas bibliográficas, seminários, relatórios, debates, etc.
REFERÊNCIAS
ARON, Raymond. As etapas do Pensamentos sociológico. São Paulo/Brasília:
Martins Fontes/UnB, 1982.
História/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.376.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultura,
1985 (Col. Os economistas).
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.
140
7.7 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR
O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção
de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser
considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a
enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse
por sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o
texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão:
• Discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.
• Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos
indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer
do autor.
• A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de
gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses
gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a
competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas
situações de interação socioverbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora
dos limites escolares.
• Quanto à análise lingüística é preciso trabalhar com a gramática, com a
compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com
elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando
palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo
autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como
assunto é organizado e como as idéias e as partes do texto são costuradas.
OBJETIVO DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Objetivo para o Ensino Fundamental
• Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva
141
nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na
disciplina de língua portuguesa, busca: empregar a língua oral em diferentes
situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer
as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade
de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;analisar os textos produzidos, lidos
e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos
linguístico-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica
da oralidade, da leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se,também, da norma padrão.
CONTEÚDOS DE ENSINO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como
prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.
◦ A análise do discurso como prática social, ou o texto como essência
do trabalho com a língua materna para busca de informação e o exercício da
reflexão em atividades de leitura, escuta e produção de textos variados
considerando suas condições de produção (conteúdo temático, análise de
interlocutor, fonte, lugar preferencial de circulação, finalidade, ideologia,
informatividade, situacionalidade, marcas lingüísticas e outras especificidades de
cada gênero).
142
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ano
7º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUISTICA- Jornal falado;
- Debates;
- Dramatização;
- Enquetes;
- Entrevistas;
- Leitura de
fabulas,
Mitos, crônicas,
cartas familiar
e comercial,
- Produção de
fabulas,
crônicas,
resumos,
Relatórios...
- Pontuação;
- Acentuação;
- Ortografia;
- Classes de
palavras;
143
- “Causos”;
- Piadas;
- Noticias
Radiofônicas...
email, apólogo,
Parábola,
noticia de jornais
(elementos),
Poema-prosa,
relato histórico e
biográfico,
resumos,
relatórios...
(conforme as
tipologias
textuais
Trabalhadas
durante o
ano letivo);
- Reestruturação
de textos.
- Frase;
- Oração e período
8º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUISTICA
144
- Jornal falado;
- Debates;
- Dramatização;
- Enquetes;
- Entrevistas;
- “Causos”;
- Piadas;
- Noticias
Radiofônicas...
- Leitura de
fabulas, mitos,
crônicas, cartas
familiar e
comercial, email,
Apólogo,
parábola, noticia
de jornais
(elementos),
poema-prosa,
relato
histórico e
biográfico,
resumos,
relatórios...
- Produção de
textos narrativos,
descritivos
e informativos
(conforme as
tipologias
Trabalhadas
durante o
ano letivo);
- Reestruturação
de textos.
- Pontuação;
- Acentuação;
- Ortografia;
- Classes de
palavras;
- Frase;
- Oração e período;
-Sujeito e
predicado
(tipos);
- Vozes verbais;
-Predicação verbal;
- Regência verbal e
nominal;
- Concordância
verbal e nominal;
-Verbos regulares e
irregulares.
9º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUISTICA- Jornal falado;
- Debates;
- Dramatização;
- Enquetes;
- Entrevistas;
- “Causos”;
- Piadas;
- Noticias
Radiofônicas...
- Leitura de
fabulas, mitos,
crônicas, cartas
familiar e
comercial, email,
Apólogo,
Parábola, noticia
de jornais
(elementos),
- Produção de
textos
Narrativos,
descritivos
e informativos,
Dissertativos,
Pesquisas,
resumos,
Resenhas,
- Período simples e
composto;
- subordinação e
coordenação;
- Figuras de
linguagem,
Pensamento e
Construção;
- Estrutura e
145
Poema-prosa,
relato histórico e
biográfico
resumos,
relatórios...
(conforme as
tipologias
trabalhadas
durante o ano
letivo);
- Reestruturação
de textos.
formação de
palavras.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro
Agenda 21
Educação Fiscal
Identidade de Gênero e Diversidade Sexual
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá
atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do
texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e
construções da língua. A leitura de textos, incentivando na leitura oral, o ritmo e a
entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de
pontuação.
O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando
oportunidade para todos os alunos exporem suas idéias, levando-os a relacionarem
textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação
destes com situações cotidianas (intertextualidade).
O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter
prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada
através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de
146
cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos
descritivos, narrativos e dissertativos.
As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais
como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de
Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensinoaprendizagem dos
conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre
outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica
do aluno.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a
todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação
para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam
comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os
alunos, sejam elas especiais ou não.
As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes
curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades
dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas
com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola,
buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais
especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná,
conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de currículos inclusivos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E DE
RECUPERAÇÃO
A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula
utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do
aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do
seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:
147
• ORALIDADE:- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos,
programas de tv, anedotas...)- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...-
apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...- clareza e
capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.
• LEITURA:- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;
reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e
interpretação.
• PRODUÇÃO:- observação das especificidades de cada gênero;- adequação
da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que será
veiculado;- coerência;- uso adequado dos elementos coesivos;- análise
lingüística de acordo com as principais dificuldades encontradas e
apresentadas pelos alunos.
É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique
e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise,
observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do
processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada
aluno. Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a
avaliação diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser
mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a
dificuldade de cada um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações,
de tal forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na
escola. Brasília: MEC, 2005.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.
São Paulo: Atual, 2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
148
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de
Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.
7.8 MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da matemática deve envolver - se com as relações entre o ensino-
aprendizagem e o conhecimento matemático.
Os objetivos básicos na Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto:
campo de investigação e produção do conhecimento, natureza científica e a
melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática – natureza
pragmática.
A educação matemática não deve se destinar a formar matemáticos, mas sim,
pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a
matemática na sua vida cotidiana.
OBJETIVOS GERAIS
O educando deve compreender e se apropriar da matemática concebida
como um conjunto de resultados, métodos, procedimento de algoritmos, etc. E
através do conhecimento matemático, construir valores e atitudes de natureza
diversa, visando a formação integral do ser humano onde o indivíduo seja
participante ativo e não receptor passivo.
E numa perspectiva crítica, articular o conhecimento matemático com outras
áreas, contribuindo na resolução de problemas presentes no meio sócio, político,
econômico e histórico.
CONTEÚDOS:
149
6º ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Números e Álgebras
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
• Conheça os diferentes sistemas de numeração;
• Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo
seus elementos;
• Realize operações com números naturais;
• Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações problemas que
envolvam (as) operações com números naturais;
• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
• Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
• Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos.
150
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Grandezas e medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Identifique o metro como unidade padrão de medida de comprimento;
• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
• Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
• Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);
• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundial
• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada;
151
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi- reta e segmento de reta;
• Conceitue e classifique polígonos;
• Identifique corpos redondos;
• Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras planas;
• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
• Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus
elementos.
6 º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e álgebras
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Inteiros;
152
• Equação e Inequação do 1o grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
• Realize operações com números inteiros;
• Reconheça números racionais em diferentes contextos;
• Realize operações com números racionais;
• Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
• Compreenda o conceito de incógnita;
• Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos
através de incógnitas;
• Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa
ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
• Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
• Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
153
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
• Compreenda o conceito de ângulo;
• Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Geometria
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior,
fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
154
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que
se apresentam;
• Resolva situações problema que envolvam porcentagem e relacione-as com
os números na forma decimal e fracionária.
• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
• Leia, interprete, construa e analise gráficos;
• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
8º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do 1o grau;
155
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
• Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
• Realize operações com números irracionais;
• Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número
irracional especial;
• Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
• Opere com sistema de equações do 1o grau;
• Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
• Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Calcule o comprimento da circunferência;
• Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
• Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por
transversal.
156
• Realize cálculo de área e volume de poliedros.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Reconheça triângulos semelhantes;
• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos
regulares;
• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num
plano;
• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos,
identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus
elementos sob diversos contextos;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
157
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
9º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2o grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Opere com expoentes fracionários;
• Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
• Extraia uma raiz usando fatoração;
• Identifique uma equação do 2o grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
158
• Determine as raízes de uma equação do 2o grau utilizando diferentes
processos;
• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
• Identifique e resolva equações irracionais;
• Resolva equações biquadradas através das equações do 2ograu;
• Utilize a regra de três composta em situações- problema.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Relações Métricas no triângulo retângulo;
• Trigonometria no triângulo Retângulo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de
um triângulo retângulo;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Noção intuitiva de Função afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua
159
declividade em relação ao sinal da função;
• Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
• Analise graficamente as funções afins;
• Analise graficamente as funções quadráticas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Geometria
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Verificar se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre
eles;
• Compreenda e utilize o conceito de semelhança e triângulos para resolver
situações problemas;
• Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
• Aplique o Teorema de Tales em situações problemas;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Noções de análise combinatória
• Noções de probabilidade
• Estatística
160
• Juros
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Desenvolver o raciocínio combinatório por meio de situações problemas
• Descrever o espaço amostral em experimento aleatório
• Calcular chances de um determinado evento
• Resolver situações c problemas que envolvam cálculos de juros
METODOLOGIA
A aula propõe discussões e sistematização dos conteúdos levando o aluno a
investigar e criar novas idéias. Propondo também a resolução de problemas onde o
estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos e
também terá condições de buscar várias alternativas que almejam a solução; a
etnomatemática que prioriza um ensino que valoriza a história do aluno através do
reconhecimento e respeito de suas raízes culturais; o trabalho com a modelagem
matemática que propõem a valorização do aluno no contesto social, procura levantar
problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida; a história da
matemática que é necessária para que o aluno compreenda a natureza da
matemática e sua importância na vida da humanidade; e ainda o uso de recursos
tecnológicos como: software, televisão, jornais, revistas, calculadoras, os aplicativos
da internet, entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e
aprendizagem. O professor considera no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções
e subjetividades, isto é, a busca de diversos métodos avaliativos escritos, orais e
demonstrações, incluindo o uso de tecnologias.
161
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
LINS, Rômulo Campos; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra
para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997
MACEDO, L. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.POLYA,
G. A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS. Rio de Janeiro: Interciência, 1978.
7.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA:
APRESENTAÇÃO DA LÍNGUA DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do
currículo escolar sofreram constantes interferências da organização social no
decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos. Assim, é na relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do
currículo e a sociedade, que residem as causas da ascensão ou do declínio do
prestígio das línguas estrangeiras nas escolas.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa- desempenha um
papel essencial no Currículo escolar, pois permite ao aprendiz sua inclusão social
em uma sociedade pluricultural, inserindo-o como participante ativo, capaz de se
relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos, levando-o a refletir
sobre a língua como algo que constrói e é construído.
Ao utilizar a língua estrangeira – Língua Inglesa - o aprendiz deverá ser capaz
de reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente e
em diferentes culturas e maneiras de pensar. A partir da interação com a língua
estrangeira o aluno poderá compreender que os significados são construídos social
e historicamente e que a língua organiza e determina as possibilidades de
percepção de mundo e de si mesmo. Desta maneira terá a possibilidade de
162
constatar, vivenciar e criticar essa diversidade, realizando transformações sociais
necessárias sem perder a própria identidade cultural.
A comparação entre procedimentos de construção de significados na língua
estrangeira e língua materna permitirá ao aprendiz expandir sua capacidade de
interpretar a língua, desenvolver seu senso crítico, ampliando suas possibilidades de
entendimento de mundo, tornando-o capaz de comunicar-se em diferentes formas
discursivas materializadas em diferentes situações.
As propostas aqui adotadas seguem as orientações das Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação do Estado do Paraná /2009, que estão embasadas na
corrente sociológica e nas teorias do círculo de Bakhtin e tem como referencial
teórico a pedagogia crítica.
OBJETO DE ESTUDO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, além de servir como meio
para progressão no trabalho e estudos posteriores, deve também contribuir para
formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam
explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a
pesquisa e a reflexão.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna propõe superar os fins utilitaristas,
pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino dessa
disciplina.
Desta forma, espera-se que o aluno:
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar
163
as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um
norte comum na seleção de conteúdos específicos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Embasada na língua como discurso enquanto prática social, o conteúdo
estruturante se efetiva na prática de leitura, da escrita e da oralidade.
O texto, de diferentes gêneros e nas diferentes esferas sociais de circulação,
entendida como uma unidade de sentido, pode ser oral, escrito, verbal e não-verbal.
• GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS - ESFERAS SÓCIAS DE
CIRCULAÇÃO- Cotidiana: bilhetes, anedotas, cantigas de roda,
comunicado, musicas , parlendas, cartão postal, quadrinhas, receitas, piadas,
convites; Literária / Linguística: biografias, fábulas, contos, memórias,
poemas, romances, histórias em quadrinhos, literatura de cordel, narrativas,
letras de musicas, textos dramáticos; Científica: artigos, palestras,
pesquisas, resumo, relatório; Escolar: ata, cartazes, seminários, resenha,
texto de opinião, exposição oral, relato histórico verbetes de enciclopédia, ,
discurso argumentativo; Imprensa: charge, classificados, entrevista,
horóscopo, reportagens, tiras, sinopse de filme , manchetes, cartum, crônica
jornalística,; Publicitária: anúncios, comercial de TV, folder, slogan, placas, ,
publicidade comercial, institucional e oficial; Política: abaixo assinado,
assembleia, debate regrado, manifesto, discurso político; Jurídica: estatutos,
leis, oficio, requerimento, procuração; Produção e consumo: bulas, manual
técnico, placas; Midiatica: blog, e-mail, chat, fotoblog, filmes, telenovelas,
desenho animado.
• LEITURA – identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade,vozes
sociais presentes no texto, léxico, coesão e coerência, marcadores de
discurso, funções das classes gramaticais no texto, elementos semânticos,
discurso direto e indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo,
figurar de linguagem, marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação
gráfica e ortografia
164
• ESCRITA - identificação do tema, finalidade do texto intertextualidade,
intencionalidade, informatividade, vozes sociais presentes no texto, vozes
verbais, léxico, coesão e coerência, marcadores de discurso, funções das
classes gramaticais no texto, elementos semânticos, discurso direto e
indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo, figurar de linguagem,
marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação gráfica e ortografia
• ORALIDADE - elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;
adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no
texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão , coerência gírias,
repetição; diferença e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação
da fala ao contexto ; pronuncia.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão
trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como
as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.
A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo verbal
ou não-verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma prática
analítica e crítica, ampliar os conhecimentos linguísticos e culturais de suas
implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as
diferenças culturais. Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades
diversificadas que permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem
como sua esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a
intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise linguística.
Cabe ao professor possibilitar o conhecimento dos valores culturais e estratégias
que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas. Cabe ainda ao professor,
criar condições para que o aluno seja um leitor critico que demonstre reações aos
textos com os quais se depara e assuma uma atitude critica e transformadora com
relação aos discursos apresentados. O professor deve direcionar as atividades de
produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para
quem se escreve em situações reais de uso. As atividades devem ser significativas,
165
instigantes remetendo os alunos à pesquisa, discussão e reflexão e/ou práticas
discursivas.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante
organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um plano
de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e articulada.
A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os
textos e nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades
e avanços dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e
diferentes formas de avaliar.
A auto-avaliação deve ser introduzida com a compreensão de que o ato do
conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis.
O Plano de Trabalho Docente deve ser construído de modo que o aluno
conheça previamente os objetivos do ensino definidos pelo professor, os conteúdos
que serão ensinados e os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados.
Deve-se definir os critérios de avaliação assim como articular o instrumento
avaliativo com os encaminhamentos metodológicos adotados.
A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e
pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno
carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão
acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e propor
outros encaminhamentos que busquem superá-las.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de
166
Bakhtin. 1 ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003.
JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.
Curitiba, UFPR,2004b.
Secretaria do Estado da Educação do Paraná-SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica-Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008
8. CONTEÚDOS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO
8.1 BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O conhecimento de Biologia deve auxiliar a análise e reflexão de questões
polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos
naturais e à utilização de tecnologia.
Deve-se também discutir o avanço do conhecimento biológico, porque ele é a
base para as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variedade
genética, que podem ser estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o
real nas aulas experimentais.
A Biologia deve contribuir para a cultura científica, formação de pessoas
críticas, reflexivas e atuantes, por meio de conteúdos, desde que este proporcione o
entendimento do estudo, a formação de pessoas observadoras, uma vez que ela é o
167
sujeito do processo de observação.
OBJETIVOS GERAIS
Os conhecimentos biológicos devem:
• Proporcionar ao aluno a aproximação com a sua experiência concreta, como
elemento de análise crítica, na perspectiva de superação das concepções
anteriores de pressões difusas da ideologia.
• Levar o aluno a desenvolver hábitos de saúde pessoal, social e ambiental,
além da compreensão da ciência.
• Permitir a compreensão dos avanços biotecnológicos, bem como sensibilizar
o educando a respeito das consequências e impactos da tecnologia.
Os conteúdos de Biologia devem:
• Proporcionar condições para que o educando compreenda a vida como
manifestações de sistemas organizados e integrados, bem como
reconhecer-se como organismo capaz de modificar ativamente o
processo evolutivo, alterando a biodiversidade e as relações
estabelecidas entre os organismos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
▪ Organização dos seres vivos
▪ Mecanismos biológicos
▪ Biodiversidade
▪ Manipulaçã genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
• Mecanismos de desenvolvimento embrionário
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
168
• Teorias evolutivas
• Transmissão das características hereditárias
• Dinâmica dos ecossistemas : relação entre os seres vivos e interdependência
com o meio ambiente
• Organismos geneticamente modificados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Ecossistema.
• Origem e evolução da vida.
• Qualidade de vida das populações humanas
• Ecologia.
• Problemas ambientais.
• Leis ambientais
• Organização dos Seres Vivos
• Classificação dos seres vivos.
• Reinos.
• Células.
• Bactérias.
• Vírus.
• Mecanismos Biológicos
• Osmose.
• Sangue.
• Herança Genética.
• Manipulação Genética
• Tipos de reprodução.
• Embriologia.
• Célula.
• Avanços biológicos no fenômeno da vida.
• Genética.
169
• Clonagem.
• Vacinas.
• Origem e Evolução da Vida
• Darwin.
• Lamark.
• Neodarwinismo.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o Fenômeno da Vida e
sua complexidade de relações ou na organização dos seres vivos, funcionamento
dos mecanismos biológicos, no estudo da biodiversidade em processos biológicos
de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, na analise da
manipulação genética. Esses conteúdos devem ser estudados de forma articulada,
em um a perspectiva crítica e histórica, considerando a necessidade de
contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de conteúdos do
livro didático.
A biologia deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem, como
uma construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passiveis de
alteração.
Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes,
dos quais se ramificam os conteúdos básicos a serem trabalhados considerando a
prática social do aluno.
O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o
conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente
produzido.
O laboratório ( desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,
pesquisas, trabalhos de campo, entrevistas problematização, observação, visitas,
projetos individuais em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,
conversações, musicas, desenhos, maquetes, experimentos relatórios,
dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre
170
outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de
repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos- passado,
presente e futuro também devem estar entre as formas de convite para a
aprendizagem, assim como a utilizacão das tecnologias encontradas na
instituição( multimídia).
Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia
de texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar
ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.
Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para
abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos
conceitos evidencie a importância da montagem do conteúdo científico, exigindo o
desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos
fenômenos envolvidos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E
RECUPERAÇÃO
A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a
respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está
aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,
para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.
A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor
com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos
específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o
planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios
de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição
dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da
realidade.
O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da
avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações
e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora
171
dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços
na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.
Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e
instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a
natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação
real do progresso cognitivo doa alunos
A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº
9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,
com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos ( Diretrizes
Curriculares da Educação, 2008) Básica
REFERÊNCIAS
Biologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p. 272
LIVIA, C.P. de. Genética Humana. São Paulo: Harbra, 1996.
STORER, T.I. etal. Zoologia geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
DAJOZ, R. Princípios de ecologia. São Paulo: Artmed, 2000.
FROTA-PESSOA, Oswaldo. Biologia. São Paulo: Scipione, 2005.
LAURENCE J. Biologia. São Paulo, 2005.
LINHARES, Sérgio. Biologia. São Paulo: Ática, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
8.2 EDUCAÇÃO FISICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A educação física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento.
No que entanto este corpo em movimento não é a manifestação sinestésica, mas
um corpo humano em movimento ( considerando aspectos emocionais).
172
A disciplina de educação física é fundamental na formação do educando. No
aspecto motor, onde são trabalhadas e coordenação motora e habilidades
perceptivas motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações
sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o outro
e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo capacita o aluno para analisar,
avaliar e compreender.
Assim contribuindo para a formação completa “ física e mental “ , estimulando o
auto – conhecimento do corpo, seu limite e capacidade. A partir da educação física a
criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, dinâmica
interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel
social.
CONTEÚDOS DE ENSINO
• Cultura corporal
• Cultura corporal e ludicidade
• Cultura corporal e saúde
• Cultura corporal e mundo do trabalho
• Cultura corporal e desportizaçao
• Cultura corporal, técnicas e táticas
• Cultura corporal e lazer
• Cultura corporal e diversidade
• Cultura corporal e mídia
• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro
motoras
• Postura
• Coordenação ampla
• Coordenação fina
• Coordenação viso-motor, óculo manual
• Equilíbrio
• Respiração
173
• Descontração
• Lateralidade
• Organização e orientação espacial
• Organização temporal
• Estruturação espaço temporal
• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo
• Percepção
• Habilidades motoras
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes: o
surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; sua relação com
jogos populares; experimentação de diferentes esportes com regras
adaptadas;
• Conheça o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja,
apropriar efetivamente das diferentes formas de jogar; reconhecer a
possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos
com materiais alternativos
• Participa com assiduidade as aulas práticas compreende que aspectos
organizacionais e comportamentais são necessários para o
desenvolvimento das aulas práticas e teóricas;
• Desenvolve habilidades de reflexo
• Desenvolve a lateralidade corporal e coordenação motora ampla
• Prepara para o espírito competitivo
• Desenvolve a habilidade óculo manual bem como o reflexo
• Desenvolve coordenação motora
• Desenvolve o espírito cooperativo
• Desenvolve velocidade em espaço determinado
• Aprende o jogo como atividade esportiva
174
• Participa de atividade físicas de forma lúdica
• Desenvolve e aprimora as qualidades físicas e psíquicas indispensável a
formação do homem.
• Propiciar ao aluno uma condição critica sobre a realidade eu meio em que
vive
• Conhece o seu corpo de forma conscientemente colabora e é capaz de
tomar as usas próprias decisões
• Atende as necessidades do desenvolvimento corporal e compreende as
suas fases.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
• ESPORTES - coletivos, individuais e radicais
• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, Jogos
dramáticos;
• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças folclóricas, danças de
salão, danças de rua;
• GINASTICA - ginástica artística/ olímpica, ginástica de condicionamento
físico, ginástica geral.
• LUTAS – lutas com instrumento mediador, Capoeira, lutas que mantêm a
distancia , lutas com aproximação,
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
• Ampliação da intervenção da educação física / psicomotricidade
• Conteúdo baseado no aluno
• Integração no processo pedagógico
• Visão critica e social
• Experiências e contato corporal ( respeito / visão de mundo)
• Articular experiências de ensino
• Acompanhamento diferenciado pela equipe escolar
• Respeito cultural e ético
175
• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua
evolução, seu contexto atual;
• Propor a vivencia das atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações
ás regras
• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos. Brinquedos e brincadeiras;
• possibilitar a vivencia e confecção de brinquedo, jogos e brincadeiras com e
sem materiais alternativos.
• Ensinar a movimentação básica dos jogos de tabuleiro
• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças, contextualizar a dança
e vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
• Estudar origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações,
aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica (ex: saltos,
rolamentos, parada de mão, roda) construção e experimentação de materiais
nas diferentes modalidades de ginástica. Pesquisar a cultura do circo.
• Estimular a ampliação da consciência corporal.
• Pesquisar a origem e histórico das lutas, Vivenciar atividades que utilizem
materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivencia de jogos
de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua a relação com
a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta com: ginga, esquiva e
golpes.
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação
entre o esporte de rendimento x qualidade de vida. Análise dos diferentes
esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistema
tático. Organização de campeonato, torneios, elaboração de sumulas e
montagem de tabelas, de acordo co os sistemas diferenciados de disputa
( eliminatória simples, dupla, entre outras ) analise de jogos esportivos e
confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular
X conhecimento científico sobre o fenômeno esporte. Discutir e analisar o
esporte nos seus diferenciados aspectos : enquanto meio de lazer , função
social, sua relação com a mídia, relação com a ciência, doping e recursos
176
ergogêncicos e esportes de alto rendimento, nutrição, saúde e prática
esportiva, analisar a apropriação do esporte pela industria cultural.
• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionado a expressão corporal e a
diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a
diversidade da dança e sues diferentes ritmos. Compreender a dança como
mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a
interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da
apropriação da dança pela indústria cultural. Organização de festival de
danças.
• Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos
da ginástica o pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho.
Estudar a relação entre ginástica x sedentarismo e qualidade de vida, por
meios de pesquisas debates e vivencias práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, referencias muscular, diferença entre
resistência e força, tipos de força, fontes energéticas. Freqüência cardíaca,
fonte metabólica. Gasto energético, composição corporal desvios postural,
LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica
pela industria cultual entre outros. Analisar os diferentes métodos da
avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e
planejamento de treinos. Organização de festival de ginásticas.
• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das
diferentes artes marciais, técnicas, estratégias, apropriação da luta pela
indústria cultual, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre lutas e
artes marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e
estilos da capoeira enquanto jogo, luta e dança. Mobilização e ritmo, ginga.
Confecção de instrumentos, movimentação, roda.
• Não há apenas uma metodologia utilizada nas aulas de educação física,
devido ás diferentes realidades das escolas, ex: espaço, números de alunos,
materiais inadequados, turno, entre outros. A metodologia é definida através
da diversidade cultural e social. È trabalhada de diversas formas.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
177
A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,
um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de
metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim
visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e
entende-lo nas suas relações.
Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros para
o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o
processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de forma
continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse momento do
aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do processo
avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses
alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual
pertence.
Avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre a ação p da prática pedagógica.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Física, propõem formar
sujeitos críticos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que pelo aceso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
Diante dessa realidade é necessário assumir o compromisso pela busca de
novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior
coerência entre objetivos e avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam
coerentes com os objetivos inicialmente definidos.
A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas
durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no
processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e propor encaminhamentos que
178
reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/ aprendizagem
da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias
didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo continuo,
permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
ASSIS O, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica.
São Paulo: Autores Associados, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
BRACHT, V. Educação física e Aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,
1992
KUNZ, Eleanor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 2004.
(Coleção educação física).
____________. A constituição das teorias Pedagógicas da Educação física. In.:
Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999
Pesquisa em ação: educação física na escola / Valter Brancht... [et al.] – 2 ed. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2005. (Coleção educação física).
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São
Paulo: Cortez, 1992
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed. São Paulo: Cortez, 1995
8.3 FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de filosofia se pauta por uma relação de ensino-aprendizagem,
portanto, que traz para a escola uma forma dialética de aprender e ensinar, onde
são valorizadas a formação e construção de conceitos, a discussão de temas e
179
problemas recorrentes na historia do pensamento ocidental, onde se busca mais um
entendimento das formas e estruturas de pensamento lógico-linguistico do que a
mera apreensão de conteúdos.
Uma escola que privilegia a argumentação critica e reflexiva, por parte dos
alunos, visa formar cidadãos conscientes de seu papel em sociedade, no caminho
para uma humanidade mais feliz e justa. Conforme a LDB/96, a disciplina de filosofia
deve contribuir para a formação de pessoas conscientes; para tanto, aborda os
conteúdos necessários ao exercício da cidadania numa pratica que visa construir
liberdade para todos.
OBJETIVOS GERAIS
• Apresentar ao aluno uma introdução à Filosofia e ao pensamento
filosófico, mostrando as diferenças fundamentais entre razão e mitologia,
enfatizando o uso da razão e colocando a atitude racional como superação
do pensamento mítico.
• Apresentar para o aluno algumas das principais correntes do pensamento
filosófico em relação a teoria do conhecimento, especialmente: o
empirismo; o racionalismo/intelectualismo; o criticismo.
• Capacitar o aluno a pensar logicamente, discernindo entre as proposições
falaciosas e os juízos enganadores, daqueles verdadeiramente legítimos.
Das ao aluno referencias básicas para validação de juízos de fato e juízos
de valor, bem como critérios seguros para distinção das noções de
realidade, verdade e falsidade.
• Contribuir para que o aluno tome consciência da necessidade de uma
busca pessoal, constante e incessante da sua própria cidadania enquanto
ser que pensa, fala e trabalha. Explicitar e discutir o problema da
liberdade, dos direitos e deveres do homem enquanto membro de uma
sociedade organizada.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
180
MITO E FILOSOFIA
Conteúdos Básicos
• Saber mítico
• Saber filosófico
• Relação mito e filosofia
• O que é filosofia
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
TEORIA DO CONHECIMENTO
Conteúdos Básicos
• Possibilidade do conhecimento
• As formas de Conhecimento
• O problema da Verdade
• A questão do método
• Conhecimento e lógica
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÉTICA
Conteúdos Básicos
• Ética e Moral
• Pluralidade Ética
• Ética e violência
• Razão desejo e Vontade
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
181
FILOSOFIA E POLÍTICA
Conteúdos Básicos
• Reações entre comunidade e Poder
• Liberdade e Igualdade política
• Política e ideologia
• Esfera publica e privada
• Cidadania formal e/ou participativa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Conteúdos Básicos
• Concepções de ciência
• A questão do método científico
• Contribuições e Limites da Ciência
• Ciência e Ideologia
• Ciência e ética
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ESTÉTICA
Conteúdos Básicos
• Natureza da Arte
• Filosofia e arte
• Categorias Estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,
• Estética e sociedade
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
182
O Ensino da filosofia deve desenvolver-se em quatro momentos:
• A mobilização para o conhecimento,
• A problematização
• A investigação
• A criação de conceitos
O Ensino da Filosofia deve preocupar - se com o cotidiano dos alunos,
buscando focar os conteúdos com a sua realidade, de modo que ao problematizar
haja sempre uma preocupação com a atualidade. De forma que ao estudar a história
da filosofia, textos clássicos em uma abordagem contemporânea, o aluno possa
formular conceitos e construir seu discurso filosófico. Utilizar os textos filosóficos no
sentido de que possam auxiliar a compreender os problemas atuais da sociedade.
È fundamental que o ensino da filosofia seja permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas de modo que organizem e orientem o debate
filosófico com objetivo de tornar este dinâmico e participativo. Para que isso
acontece é necessário incluir no desenvolvimento das aulas a leitura, debate , a
produção de textos e outras estratégias para que o aluno possa fazer a criação de
conceitos.
AVALIAÇÃO
As avaliações serão condizentes com a metodologia empregada, e
privilegiará, justamente, o processo de aprendizagem como um meio muito mais do
que os fins. Assim, serão consideradas as praticas de argüição, argumentação e
formação de argumentação escrita, oral, e atividades em grupo. Em filosofia, se
avalia muito mais o processo do que se o objetivo foi plenamente atingido. Desse
modo, as avaliações poderão considerar os trabalhos em grupo, dinâmicas de
sensibilização, participação em debates, apresentação de seminários, trabalhos
escritos, em grupos e individuais e provas escritas.
REFERÊNCIAS
ARENDT, Hannah. Que é liberdade? In: Entre o passado e o futuro. 5ª ed. São
183
Paulo: Perspectiva, 2003.
Filosofia / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo: Paulus, 1991.
VERNANT, Jean-Pierre. Entre o Mito e Política. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2001.
8.4 HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Nos dias atuais A disciplina de história tem papel fundamental na formação
do educando, pois busca a superação das carências humanas fundamentada por
meio do conhecimento construído por interpretações históricas. Essas interpretações
são compostas por meio de teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos
históricos e propõem ações no presente . Também deve ser observado que o
conhecimento histórico é provisório, se configura a partir da consciência histórica
dos sujeitos em cada tempo histórico. Também podemos pensar o ensino da história
destacando alguns pontos que contribuir para o desenvolvimento do educando em
quanto sujeito histórico quais são :
• Ressaltar o papel central da história para alicerçar a prática da cidadania,
especialmente ao colocar em evidência a diversidade das culturas que
integram a história dos povos.
• Análise dos processos históricos relativos às ações e às relações humanas
praticadas no tempo.
• Através das ações humanas produzir novas relações que constroem novas
ações humanas.
• Produzir o conhecimento histórico baseado na explicação e interpretação de
fatos do passado.
OBJETIVOS GERAIS
184
• Aceitar a possibilidade de várias interpretações.
• Praticar a interdisciplinaridade.
• Possibilitar o estudo de uma história não tradicional e eurocentrica,
proporcionando o uso de diferentes fontes, onde o aluno possa fazer várias
interpretações de um mesmo acontecimento histórico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Relações de trabalho
• Relações de poder
• Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Trabalho escravo, servil. Assalariado, e trabalho livre
• Urbanização e industrialização
• O Estado e as relações de poder
• Os Sujeitos, as revoltas e as guerras
• Movimentos sociais, políticos e culturais as guerras e revoluções
• Cultura e religiosidade
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O ensino da história deve basear num trabalho pedagógico tenha em sua
essência o dialogo, é uma disciplina que deve dialogar com as várias vertentes
históricas, recusando-se a construir uma proposta de trabalho que seja marcado
pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Segundo Rüsen a disciplina de história deve
ser constituída pelo pensamento histórico qual prevê:
• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua prática social estão ligadas co a orientação
185
no tempo. Essas necessidades fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto fica claro que os sujeitos fazem relação passado / presente o tempo todo em sua vida cotidiana.• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de sentido são chamados de ideias históricas;• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações específicas relativas ás pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos documentos• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográficos apresentados;• Essas finalidades se expressam e realizam sobre forma de narrativas históricas. ( Rüsen , 2001)
Portando é fundamental que no ensino da história sejam abordados os
conteúdos de forma que tenha:
• Múltiplos recortes temporais
• Diferentes conceitos de documentos,
• Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;
• Formas de problematização em relação ao passado
• Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar
historicamente, a superação da idéia de história como verdade absoluta por
meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em
narrativas históricas,
• Construção do processo histórico geral.
• Problematização do passado, as diferentes interpretações, diferentes
contextos históricos.
• Utilização de documentos históricos (museus, biblioteca, fotografia,
audiovisuais, etc.) como fonte de pesquisa.
AVALIAÇÃO
Os critérios como forma de avaliar o nível de compreensão e metodologia do
186
processo de ensino e aprendizagem do ensino de história será contínua, diagnóstica
e processual contemplando as diferentes práticas pedagógicas como: textos, fotos,
jornais, pesquisas bibliográficas, seminários, relatórios, debates, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARON, Raymond. As etapas do pensamentos sociológico. São paulo/Brasília:
Martins Fontes/UnB, 1982.
História/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.376.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultura,
1985 (Col. Os economistas).
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.
8.5 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR
O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção
de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser
considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a
enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse por
sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o
texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão:
• Discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.
• Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos
indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer
do autor.
187
• A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de
gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses
gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a
competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas
situações de interação sócio verbal a que ele poderá ser exposto dentro e
fora dos limites escolares.
• Quanto à análise lingüística é preciso trabalhar com a gramática, com a
compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com
elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando
palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo
autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como
assunto é organizado e como as idéias e as partes do texto são costuradas.
OBJETIVO DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Objetivo para o Ensino Médio
Além dos objetivos previstos para o Ensino Fundamental, o processo de
ensino-aprendizagem na disciplina de língua portuguesa no Ensino Médio visa:
• Enfatizar a importância dada à língua como instrumento essencial de atuação
no mundo do trabalho e para o exercício da cidadania do aluno;
• Aprofundar os estudos da língua como recurso expressivo no campo de sua
dimensão artística, contribuindo para a adequada fruição literária.
CONTEÚDOS DE ENSINO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como
prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.
• A análise do discurso como prática social, ou o texto como essência do
trabalho com a língua materna para busca de informação e o exercício da
188
reflexão em atividades de leitura, escuta e produção de textos variados
considerando suas condições de produção (conteúdo temático, análise de
interlocutor, fonte, lugar preferencial de circulação, finalidade, ideologia,
informatividade, situacionalidade, marcas linguísticas e outras especificidades
de cada gênero).
1º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUISTICA- Debates sobre
temas
atuais
veiculados pela
imprensa:
jornais, radio,
teve, Internet
etc.;
- Analise de
características
de textos
lidos ou ouvidos,
letras de
musicas etc.;
- Narração de
experiências
pessoais;
- Seminários (a
respeito
de obras
literárias lidas
ou pesquisas
sobre
- Compreensão de
textos e Livros
(contexto de
produção,
intencionalidade
e momento
histórico);
- Diferenciação de
textos de gêneros:
lírico, épico e
dramático;
- Ritmo e fluência na
declamação de
poemas e
entonação da voz na
apresentação de
pecas
teatrais;
- Leitura de livros de
Literatura como
compreensão e
fruição;
- Busca de textos
- Produção de textos
considerando o
destinatário,
finalidade,características
do gênero como
unidade temática e
estrutural;
- dramáticos (peças
teatrais);
- em verso (rima,
métrica, figuras de
linguagem);
- Descrição.
- Variação
lingüística;
- fonologia;
- acentuação
gráfica;
- ortografia;
- estrutura das
palavras;
- processo de
formação das
palavras).
189
autores);
- Representação
teatral;
- Declamação de
poemas.
para
Leitura como
fruição;
- Panorama da
Atividade
Literária no Brasil de
1500
a 1822;
- Panorama Cultural
do
sec. XV ao sec. XVI
em
Portugal.
2º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUISTICA- Seminários a respeito
de obras literárias lidas;
- Declamação de
Poemas;
- Relatos de entrevistas
Realizadas;
- Reprodução e debates
Sobre assuntos de
Textos lidos, livros e
Filmes, programas de
radio, teve e outros;
- Júri simulado;
- apresentação de
- Leitura de textos
literários e não
literários e de livros
(intencionalidade,
Contexto
(histórico);
- Artigos científicos;
- Romances;
- Contos e poesias;
- Reportagens;
- Analise de textos
Verbais e não
verbais
- Produção de
textos:
em prosa e em
verso
(ficcionais e não
Ficcionais);
Informativos;
resumos,
Sinopses...
- Estudo do léxico;
- Classes de
palavras;
- Sintaxe;
- Língua padrão
(concordância
verbal,
Nominal; regência
Verbal e
conjugação
verbal);
- Pontuação
- Acentuação.
190
Parodias. (outdoors,
Propagandas,
imagens
digitais e virtuais,
Charges, tiras
(Cômicas...)
- Intertextualidade;
- Panorama da
Atividade Literária
no
Brasil no sec. XIX;
- Panorama
Cultural do
período – sec. XIX
em
Portugal.
3º ano
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE
LINGUISTICA- Seminários
(abordando obras
Literárias lidas ou
Pesquisas sobre
Autores atuais);
- Defesa de ponto de
Vista quanto a
Questionamentos
realizados em classe;
- Declamação de
Poemas;
- Leitura de textos e
Livros (contexto de
produção,
Intencionalidade e
momento histórico);
- Realização de
inferências para busca
de sentidos, intenção ou
finalidade dos textos
lidos;
- Leitura em voz alta
- Produção de
textos:
Dissertativos,
manuais,
publicitários,
questionários,
reportagens,
resumos,
resenhas...
- Regência
verbal e
Nominal;
- Conectivos;
- Concordância
nominal
e verbal;
- Coordenação
e
Subordinação.
191
- Apresentação de júri
simulado ou
programas
de radio e teve para a
Classe;
- Debates sobre
Assuntos polêmicos
ou Questões de
interesse da turma;
- Apresentação de
Parodias.
Revelando fluência,
Entonação e ritmos
Adequados aos
Diferentes textos e
propósitos;
- Paráfrase de textos;
- Intertextualidade;
- Busca de informações
através de consultas a
fontes de diferentes
Tipos: jornais, revistas,
enciclopédias, Internet
etc.;
- Busca de textos lidos
para leitura como
fruição.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES
5. Cultura Afra
6. Agenda 21
7. Educação Fiscal
8. Identidade de Gênero e Diversidade Sexual
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
192
A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá
atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do
texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e
construções da língua. A leitura de textos, incentivando na leitura oral, o ritmo e a
entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de
pontuação.
O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando
oportunidade para todos os alunos exporem suas idéias, levando-os a relacionarem
textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação
destes com situações cotidianas (intertextualidade).
O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter
prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada
através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de
cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos
descritivos, narrativos e dissertativos.
As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais
como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de
Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensinoaprendizagem dos
conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre
outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica
do aluno.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a
todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação
para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam
comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os
alunos, sejam elas especiais ou não.
As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes
curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades
dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas
com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola,
buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais
especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná,
193
conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de currículos inclusivos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E DE
RECUPERAÇÃO
A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula
utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do
aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do
seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:
ORALIDADE:
- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos, programas de tv,
anedotas...)
- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...
- apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...
- clareza e capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.
LEITURA:
- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;
- reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e interpretação.
PRODUÇÃO:
- observação das especificidades de cada gênero;
- adequação da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que
será veiculado;
- coerência;
- uso adequado dos elementos coesivos;
194
- análise lingüística de acordo com as principais dificuldades encontradas e
apresentadas pelos alunos.
É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique
e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando
seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de
aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno. Os alunos
que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a avaliação
diferenciada apenas no sentido do acompanhamento,
Que deverá ser mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo
maior, respeitando a dificuldade de cada um, e não simplesmente diminuindo suas
tarefas e obrigações, de tal forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo
saber.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na
escola. Brasília: MEC, 2005.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.
São Paulo: Atual, 2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de
Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.
8.6 ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR
Breve percurso histórico
Um longo processo existiu desde a educação jesuítica às Diretrizes
Curriculares Educacionais.
195
Hoje a LDBN 9394/96, estabelece em seu artigo 26 parágrafo 2º: “O Ensino
de Arte constituirá componente curriculares obrigatórios nos diversos níveis da
Educação Básica, de forma
a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”.
E os PCNS, incluem a arte na estrutura curricular como área de conhecimento
ligado à cultura artística, e não como uma atividade apenas.
Segundo MARTINS (1998) a ARTE é importante na escola, porque é
importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através do
tempo, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem o
direito ao acesso a esse saber.
Por isto e com isto se firma a posição da disciplina como uma forma de
conhecimento importante e necessário que as Escolas Públicas oportunizam as
comunidades escolares.
Conhecimento em Arte
Para as aulas de Arte é necessária antes de tudo a compreensão de que a
Arte é um campo de conhecimento produzido pelas sociedades humanas, portanto
tem conteúdo e metodologia ambos ligados a produção cultural artística social e
historicamente construída pela Humanidade.
Neste sentido a abordagem de seus conteúdos deve apresentar uma unidade.
Tanto em relação aos conteúdos estruturantes, quanto a seleção de conteúdos para
fazer frente a resposta ao Projeto Político Pedagógico da Escola.
Para tanto, a Escola deverá ser como um espaço de conhecimento artístico
articulando currículo e anseios da comunidade local. A organização pedagógica
seguirá os três momentos pedagógicos de a proposta triangular e as orientações
metodológicas das DCEB-Pr a saber: Teorizar, Sentir, e Perceber.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE ARTE
Pelo que já foi exposta acerca da disciplina de Arte sua história e importância,
os objetivos devem se alinhar em conteúdo e encaminhamento metodológico ao
196
Projeto Político Pedagógico com vista a formação do homem que se almeja.
Neste sentido então o Ensino de Arte é resultado de um processo teórico prático
fundamentado no conhecimento em Arte. A articulação da teoria e prática deverá ser
encaminhada tento pelos próprios objetivos como agente norteador, como também
através da seleção dos conteúdos de acordo com as DCEB-Pr e o apropriado
recorte ou acréscimo de conteúdos para fazer frente as demandas desejadas e
explicitadas no Projeto Político Pedagógico.
A seguir temos a relação de objetivos desejados para a disciplina de Arte:
OBJETIVOS GERAIS
• Procurar metodologicamente adaptar os conteúdos a realidade dos alunos da
Escola;
• Aproveitar as características peculiares da comunidade escolar para
encaminhar o plano de trabalho docente alinhados tanto a realidade como as
DCEB-Pr;
• Trabalhar com as produções artísticas disponíveis nas suas diferentes
linguagens (Arte Visual, Música, Teatro e Dança);
• Propiciar momentos em que a sensibilidade humana aflore nas aulas, através
de atividades sensibilizantes;
• Considerar a produção artística como meio de comunicação e expressão de
conhecimento;
• Utilizar a produção artística construída historicamente pela Humanidade como
forma de reflexão e compreensão dos diferentes processos de manifestação
social;
• Utilizar os momentos de produção individual como forma de reflexão e
compreensão dos diferentes processos de manifestação pessoal;
• Desenvolver capacidades de reflexão, análise crítica, auto expressão e
relacionamento social.
CONTEÚDOS DE ENSINO
197
ARTES VISUAIS
Elementos Formais
• Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.
Composição
• Composições: Bidimensional, tridimensional, figura e fundo, Figurativa,
abstrato,perspectiva, semelhanças, contraste, ritmo visual. simétrica,
deformação, estilização.
• Técnicas de Composição: Pintura, desenho, modelagem,instalação,
performance, fotografia, gravura, Escultura, Arquitetura, história em
quadrinhos
• Gêneros de Composição: Paisagem, natureza – morta, cenas do cotidiano,
histórica, religiosa e da mitologia.
Movimentos e Períodos
• Arte Ocidental, Oriental, africana, brasileira, paranaense, popular, de
vanguarda, industria cultural, contemporânea , latino -americana;
MÚSICA
Elementos Formais
• Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia, harmonia
• Escalas: modal, tonal e fusão de ambos.
• Gêneros: Erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop
• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação
Movimentos e Períodos
• Música Popular, Brasileira, Paranaense, Industria Cultural, Engajada, de
Vanguarda, Oriental, Ocidental, Africana, Latino- Americana.
198
TEATRO
Elementos Formais
• Personagem (Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
Composição
• Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mimica, ensaio, Teatro –
forun, Roteiro, Encenação e leitura dramática.
• Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia Drama e Èpico.
• Representação nas Mídias: Caracterização, Cenografia, sonoplastia, Figurino
e Iluminação, Direção, Produção
Movimentos e Períodos
• Teatro Grego-romano, Oriental, Medieval, Brasileiro, Parananense, Popular,
Indistria Cultural, Engajado, Dialético, Teatro essencial, Teatro do oprimido,
Teatro pobre, de Vanguarda, Renascentista, Teatro Africano, Latino –
Americano e Simbolista..
DANÇA
Elementos Formais
• Movimento Corporal, Tempo, Espaço
Composição
• Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Saltos e Quedas, Giros, Rolamentos, Movimentos
articulares, Lento rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis de
deslocamento, Direção, Planos, Improvisação, Coreografia,
• Gêneros: Espetáculo, Industria Cultural, Ética, folclórica, Populares e de Salão
Movimentos e Períodos
• Pré – história, Greco – Romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica,
Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Industria
Cultural, Dança de Vanguarda, Dança Moderna, Dança Contemporânea.
199
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Com base a proposta triangular de Ensino de Arte e as sugestões de
encaminhamentos metodológicos sugeridos pela DCEB-Pr, as aulas de Artes deve
priorizar:
• Teorizar;
• Sentir e perceber;
• Trabalho artístico.
Partindo deste princípio metodológico norteador, a metodologia contribui com
o desenvolvimento cultural do aluno, valorizando a essência da Arte como campo de
conhecimento.
“Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da
produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também
formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades
contemporâneas.” (DCEB-PR. p.72)
Os múltiplos meios utilizados pelas formas artísticas, tendo em vista as quatro
áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental devem ser usadas
nas práticas dos professores.
A prática pedagógica deverá partir da análise e produção de trabalhos
artísticos relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:
• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções
arquitetônicas;
Então para reforçar a os fundamentos teórico-metodológicos o professor ao
preparar as aulas, considere para quem elas serão ministradas, como, por que e o
200
que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa
forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da
organização pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte (DCEB-PR, p 70).
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou
pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,
espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E
RECUPERAÇÃO
A avaliação deve se fazer presente para a disciplina de Arte. É, portanto
diagnóstica, processual contínua e acumulativa.
De acordo com a LDB 9394/96, a avaliação é “contínua e cumulativa do
desempenho do aluno”. O professor participa do processo e compartilha a produção
do aluno. É o professor quem compreende a avaliação e a executa como um
projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento
do aluno baseados em critérios específicos que ele mesmo estipula visando
alcançar os objetivos explicitados no seu plano de trabalho docente de forma clara
e disponibilizados aos alunos.
“A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda.
201
A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo. ”(DCEB-PR, p.32).
REFERÊNCIAS
MARTINS, Mirian C; PSOSQUE, Gisa; GUERRA M.T. Telles. Didática do Ensino de
Arte – A língua do Mundo; São Paulo; FTD:1998.
DCEB-PR – Diretrizes Curriculares da Educação Básica- SEED.
8.7 FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os discursos dos livros didáticos, de uma maneira geral, mostram uma
preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma
imensidade de fenômenos físicos naturais. No entanto, neles os aspectos
quantitativos se sobrepõem aos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução
de problemas que, geralmente, recaem em trabalho matemático que apresenta
respostas prontas.
Neste contexto, os alunos não entendem os objetivos do estudo da disciplina,
pois ficam envoltos em conteúdos desvinculados da realidade, transparecendo aos
alunos uma ideia de que a física é um campo de conhecimento pronto e acabado,
idealizado por grandes gênios e somente acessível a eles.
OBJETIVOS GERAIS
A Física é uma ciência natural, fruto da construção criativa da coletividade
humana e um processo de desenvolvimento. Busca mostrar aos alunos como é
construído o conhecimento, a compreensão da natureza do conhecimento, as
relações dos conteúdos com o cotidiano do aluno como agente facilitador da
202
aprendizagem, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas dos
alunos em conhecimento escolares sólidos, que possuam significado para os alunos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Movimentos
• Termodinâmica
• Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Momentum e inércia
• Conservação de quantidade de movimento
• Variação da quantidade de movimento = impulso
• 2ª lei de Newton
• 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio
• Energia e o principio da conservação da energia
• Gravitação
• Leis da termodinâmica
• Lei zero da termodinâmica
• 1ª lei da termodinâmica
• 2ª lei da termodinâmica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Movimento
• Introdução
• Evolução da Física
• Finalidade da Física
• Grandezas Físicas.
• Ramos da Física;
203
• Sistema internacional de unidades.
• Potências de dez;
• Divisões mecânicas;
• Cinemática
• Cinemática escalar: teoria, seus criadores, sua prática;
• Ponto material e corpo extenso;
• Repouso, movimento e referencial;
• Trajetória;
• Posição escalar;
• Deslocamento e caminho percorrido;
• Velocidade escalar média;
• Velocidade escalar instantânea;
• Movimento uniforme;
• Gráficos de movimento uniforme;
• Aceleração escalar média;
• Aceleração escalar instantânea.
• Movimento uniformemente variado;
• Equação de Torricelli;
• Gráficos do movimento uniformemente variado;
• Queda de corpos;
• Cinemática vetorial;
• Vetor;
• Operações com vetores;
• Vetor oposto;
• Componentes retangulares de um vetor.
• Composição de movimento;
• Lançamento oblíquo lançamento horizontal;
• Movimento circular;
204
• Velocidade angular média;
• Velocidade angular instantânea;
• Movimento circular uniforme;
• Frequência e período;
• Relação entre velocidade escalar e angular;
• Aceleração centrípeta;
• Dinâmica;
• Princípios fundamentais;
• Teoria, seus criadores, sua prática;
• Força;
• Força resultante;
• Equilíbrio;
• Princípio da inércia ou 1ª Lei de Newton;
• Massa de um corpo;
• Princípio fundamental da dinâmica ou 2ª Lei de Newton;
• Peso de um corpo.
• Medida de uma força;
• Deformação elástica;
• Princípio da ação e reação ou 3º Lei de Newton;
• Plano inclinado;
• Força de atrito;
• Influência da resistência do ar;
• Aceleração centrípeta;
• Energia: introdução; trabalho de uma força; trabalho da força peso;
potência; rendimento; energia; fórmula matemática da energia cinética;
fórmula matemática da energia potencial; princípio da conservação da
energia mecânica.
Termodinâmica
205
• Hidrostática
• Teoria, seus criadores, sua prática;
• Pressão;
• Fluído;
• Densidade absoluta ou massa específica;
• Fórmula matemática da pressão;
• Pressão de uma coluna de líquido;
• Pressão atmosférica;
• Cálculo da pressão atmosférica;
• Teorema de Stevin;
• Teorema de Pascal;
• Prensa hidráulica;
• Empuxo;
• Cálculo do empuxo;
• Equilíbrio de corpos imersos e flutuantes;
• Termometria;
• Teoria, seus criadores, sua prática;
• Temperatura e calor;
• Medidas de temperatura;
• Termômetro;
• Escalas termométricas;
• Equação entre as escalas termométricas.
• Dilatação térmica;
• Dilatação linear;
• Dilatação superficial;
• Dilatação volumétrica;
• Dilatação dos líquidos;
• Calorimetria;
206
• Unidades de quantidade calor;
• Calor sensível e calor latente;
• Calor específico;
• Capacidade térmica de um corpo;
• Equação fundamental da calorimetria;
• Princípio da igualdade das trocas de calor;
• Fases da matéria;
• Influência da temperatura no estado físico;
• Mudança de fase;
• Tipos de vaporização;
• Calor latente;
• Curvas de aquecimento e resfriamento;
• Diagramas de fase;
• Transmissão de calor;
• Aplicação da transmissão de calor;
• Termodinâmica;
• Energia interna;
• Trabalho de um sistema;
• Primeiro princípio da termodinâmica;
• Transformação cíclica;
• Segundo princípio da termodinâmica;
• Ciclo de Canot.
Eletromagnetismo
• Ótica geométrica;
• Divisão da ótica;
• Conceitos fundamentais;
• Velocidade da luz;
• Princípios da ótica geométrica;
207
• Ângulo visual;
• Câmara escura;
• Reflexão da luz;
• Difusão da luz;
• Reflexão regular;
• Espelho plano;
• Leis da reflexão;
• Formação de imagens;
• Associação de dois espelhos planos;
• Espelhos esféricos;
• Definição e nomenclatura;
• Condições de nitidez de Gauss;
• Raios particulares;
• Construção geométrica das imagens;
• Refração da luz;
• Definição;
• Índice de refração absoluto e relativo;
• Leis de refração;
• Prismas;
• Fenômenos que ocorrem por refração ou reflexão;
• Lentes esféricas.
• Ondas;
• Classificação das ondas;
• Ondas periódicas;
• Reflexão de um pulso numa corda;
• Refração de um pulso numa corda;
• Acústica;
• Ondas sonoras;
208
• Fenômenos sonoros;
• Efeito Doppler;
• Eletrostática
• Primeiros conceitos;
• Teoria, seus criadores, sua prática;
• A carga elétrica de um corpo.
• Princípios da eletrostática;
• Condutores e isolantes.
• Força elétrica;
• Lei de Coulomb.
• Campo elétrico
• Vetor campo elétrico;
• Campo elétrico de uma carga puntiforme;
• Linhas de força;
• Campo de um condutor eletrizado em equilíbrio;
• Campo elétrico de um condutor esférico;
• Trabalho e potencial elétrico
• Trabalho da força elétrica;
• Potencial elétrico;
• Diferença de potencial (DDP);
• Relação entre trabalho e DDP;
• Diferença de potencial num campo elétrico uniforme;
• Potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;
• Cálculo do potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;
• Capacidade de um condutor.
• Capacitores
• Associação de capacitores.
• Eletrodinâmica
209
• Corrente elétrica: definição; sentido da corrente elétrica; intensidade;
tipos de corrente elétrica; efeitos da corrente elétrica; elementos de um
circuito elétrico; resistência elétrica; Leis de OHM; potência dissipada.
• Reostato;
• Lâmpada de incandescência;
• Associação de resitores;
• Associação em série;
• Associação em paralelo;
• Associação mista;
• Medidores elétricos;
• Amperímetro;
• Voltímetro;
• Força eletromotriz;
• Corrente de curto – circuito;
• Associação de geradores;
• Circuitos elétricos;
• Lei de OHM generalizada;
• Leis de Kirchhoff;
• Fenômenos magnéticos;
• Substâncias magnéticas;
• Campo magnético;
• Indução magnética;
• Experiência de Oersted;
• Campo magnético criado por um condutor retilíneo;
• Campo magnético criado por uma espira circular;
• Campo magnético criado por um solenóide;
• Força magnética sobe cargas elétricas;
• Força magnética sobre um condutor retilíneo
METODOLOGIA:
210
Aula expositiva dialogada;
Atividades relacionadas ao assunto;
Resolução no quadro de giz;
Uso do laboratório de informática;
Uso do laboratório de física e química;
Conversas e debates;
Resolução de exercícios em grupo;
Resolução de exercícios oralmente para eliminar dúvidas;
Resolução de problemas elaborados a partir de textos retirados de revistas ou
jornais;
Desenhos e apresentações gráficas.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,
um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de
metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim
visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e
entende-lo nas suas relações.
Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros
para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido
tornará o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de
forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse
momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do
processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses
alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual
pertence.
A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o
211
professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando
avanços e dificuldades no processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e
propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as
dificuldades constatadas.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/
aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as
estratégias didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo
continuo, permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
Física / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.232
CHAVES, A. Física – ondas, relatividade e física quântica. Rio de janeiro:
Reichmann & Affonso, 2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
PARKER, S. Galileu e o Universo. São Paulo: Scipione, 1996.
NICOLSON, I. Gravidade, Buracos Negros e o Universo. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1981.
8.8 GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”
Milton Santos
A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens
212
ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda,
possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta
perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de
conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões
que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que
participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no
interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente
sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.
Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e
agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e
desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.
A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo
compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais
são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e
SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,
composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,
culturais e econômicas) inter-relacionados.”
Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos
grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:
“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”.(SANTOS,1996b, p.51)
Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos
conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se
como elemento fundamental na formação da observação, analise interpretação e
criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas
213
geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a
heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a
velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais
estão cada vez mais globalizados.
É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no
tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os
aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma
ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do
corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras
ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência
sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também
descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão
conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).
Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos.
Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos,
seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim como os demais
países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço
da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo
produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades,
agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros,
constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a
humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.
A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se
acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os
acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a
materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um
ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem
deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
formas de abordagem.
Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a
existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao
espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de
214
pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o
conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente
transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades
devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:
• Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;
• Realizar a leitura das construções humanas como documento importante que
a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;
• Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio
do espaço chamado espaço geográfico;
• Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação
humana para além da economia;
• Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da
natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;
• Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala
local, regional e global;
• Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na
elaboração do espaço geográfico;
• Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em
função do uso de novas tecnologias;
• Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento
com o meio natural e seus aspectos físicos;
• Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as
sociedades:
215
• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar
informações nos diversos campos do conhecimento.
CONTEÚDOS:
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários
• Atividade industrial no mundo
• Tipos de energia
• Base epistemológica da natureza
• Coordenadas geográficas
• Cartografia
• Movimentos da Terra
• Fusos Horários
• Os fatores que influenciam no clima
• Tipos de clima
• Os grandes biomas terrestres
• A questão da água
• Destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais
• Erosão e poluição dos solos por agrotóxicos
• Lixo urbano e impactos ambientais
• Poluição do ar: inversão térmica, ilhas de calor e chuva ácida, efeito
216
estufa, da camada de ozônio
• desenvolvimento sustentável
• A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas
• A população da Terra e suas diversidades
• Redes Urbanas
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
• A formação e a expansão territorial
• Caracterização do espaço
• Regionalização
• Estrutura fundiária e conflitos da terra
• Urbanização e hierarquia Urbana
• Brasil: de agroexportador a país industrializado dependente
• O comercio exterior brasileiro
• Industrialização
• Transportes
• Estrutura geológica e relevo
• Tipos de clima
• Ecossistemas
217
• Hidrografia
• Recursos minerais e energéticos
• Impactos ambientais em ecossistemas
• População: crescimento e formação étnica
• Distribuição e estrutura da população
• Migrações
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
• Dimensão Política do Espaço Geográfico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
• Os continentes
• Internacionalização do capital
• Subdesenvolvimento
• Países emergentes
• O comercio mundial
• Blocos econômicos
• Capitalismo e a construção do espaço geográfico
• Socialismo
• Guerra Fria
• O mundo pós-guerra Fria
• O mundo pós URSS
218
• China: um país e dois sistemas
• África
• G7
• Países ricos do Sul
• EUA: a potência que controla o mundo
• Migrações internacionais e xenofobia
• Minorias étnicas e separatismo
• Islamismo e terrorismo
• A Geografia do crime.
METODOLOGIA
Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar
sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar,
paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da
realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação,
desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação
entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade
individual do aluno.
Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os
alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na
universidade como também para a sociedade.
A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,
como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do
conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através
da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local
para o global e vice e versa.
Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os
conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,
musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,
possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o
219
aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento
empírico.
A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial
deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e
ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais
didáticos disponíveis.
AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir
não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico
do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e
processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem
observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem,
região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de
um aluno consciente das relações socio-espaciais de seu tempo, o ensino da
geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que
incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,
constitutivas de um determinado espaço.
O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de
avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação
de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,
tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de
maquetes, etc.
REFERÊNCIA
MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
220
POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da
O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record,
2000.__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-
Cientifico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.
__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São
Paulo: Hucitec, 1996b.-
__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.
8.9 MATEMATICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo da matemática deve envolver-se com as relações entre o ensino-
aprendizagem e o conhecimento matemático.
Os objetivos básicos na Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto:
campo de investigação e produção do conhecimento, natureza científica e a
melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática-natureza
pragmática.
A educação matemática não deve se destinar a formar matemáticos, mas sim,
pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a
matemática na sua vida cotidiana.
OBJETIVOS GERAIS
O educando deve compreender e se apropriar da matemática concebida
como um conjunto de resultados, métodos, procedimento algorítimos, etc. E através
do conhecimento matemático, construir valores e atitudes de natureza diversa,
visando a formação integral do ser humano onde o indivíduo seja participante ativo e
não receptor passivo.
E numa perspectiva crítica, articular o conhecimento matemático com outras
221
áreas, contribuindo na resolução de problemas presentes no meio sócio, político,
econômico e histórico.
CONTEÚDOS:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebra
Conteúdos Básicos
• Números Reais;
• Números Complexos
• Sistemas lineares;
• Matrizes e Determinantes;
• Polinômios;
• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes
contextos;
• Compreenda os números complexos e suas operações;
• Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
• Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam
por meio de determinantes;
• Identifique e realize operações com polinômios;
• Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive
as exponenciais, logarítmicas e modulares.
222
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Medidas de Área;
• Medidas de Volume;
• Medidas de Grandezas Vetoriais;
• Medidas de Informática;
• Medidas de Energia;
• Trigonometria.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas
suas unidades;
• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar
elementos desconhecidos.
CONTEÚDDOS ESTRUTURANTES
• Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Polinomial;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Função Trigonométrica;
223
• Função Modular;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;
• Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações problema;
• Realize análise gráfica de diferentes funções;
• Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao
conceito das progressões aritméticas e geométricas;
• Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência
numérica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Geometria
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da
Geometria Analítica;
• Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a
224
compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos
diferentes do plano de Euclides;
• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço
das teorias científicas;
• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Tratamento da Informação
Conteúdos Básicos
• Análise Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudo das Probabilidades;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma
leitura crítica dos mesmos;
• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
• Compreenda a ideia de probabilidade;
• Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações
estatísticas;
• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da
atividade humana;
• Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a
transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
225
• Geometrias não-euclidianas.
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da
Geometria Analítica;
• Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão
de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano
de Euclides;
• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço
das teorias científicas;
• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
METODOLOGIA
A aula propõe discussões e sistematização dos conteúdos levando o aluno a
investigar e criar novas ideias. Propondo também a resolução de problemas onde o
estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos e
também terá condições de buscar várias alternativas que almejam a solução; a
etnomatemática que prioriza um ensino que valoriza a história do aluno através do
reconhecimento e respeito de suas raízes culturais; o trabalho com a modelagem
matemática que propõem a valorização do aluno no contesto social, procura levantar
problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida; a história da
matemática que é necessária para que o aluno compreenda a natureza da
matemática e sua importância na vida da humanidade; e ainda o uso de recursos
tecnológicos como: software, televisão, jornais, revistas, calculadoras, os aplicativos
da internet, entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e
226
aprendizagem. O professor considera no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções
e subjetividades, isto é, a busca de diversos métodos avaliativos, incluindo o uso de
tecnologias.
A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,
um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de
metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim
visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e
entende-lo nas suas relações.
Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros
para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido
tornarão o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de
forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse
momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do
processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses
alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual
pertence.
É necessário assumir o compromisso pela busca de novas ferramentas e
estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência entre objetivos e
avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam coerentes com os objetivos
inicialmente definidos.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/
aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as
estratégias didáticas-metodológicas, compreendendo esse processo como algo
continuo, permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
Orientações Curriculares do Departamento do Ensino Médio de Matemática. (SEED-
227
PR), 2006.
BIEMBENGUT, Maria Salett. HEIN, Nelson. Modelagem Matemática no Ensino. São
Paulo: Contexto, 2005.
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa:
Gradiva, 2005.
POLYA, George. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
8.10 SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As grandes mudanças na história da humanidade, ocorridas no século XVII e
que se estenderam ao século XIX, só foram superadas pelas transformações do final
do século XX. A Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e a Revolução
Francesa de 1789, geraram grandes problemas sociais, que os pensadores da
época não conseguiam explicar, surgindo assim a Sociologia enquanto ramo do
saber científico, com a função de compreender e interpretar as transformações
econômicas, sociais e políticas que se processavam na Europa a partir da
desagregação da sociedade feudal e da consolidação do capitalismo.
Historicamente, o marco de surgimento da Sociologia insere-se na busca de
explicações científicas para as inúmeras transformações sociais, econômicas,
políticas e culturais decorrentes dessas duas revoluções.
As novas formas de organização social que surgiram devido à industrialização
firmaram o modo de vida de grandes contingentes humanos. As mudanças que se
deram naquele período e seus reflexos na sociedade podem ser comparados ao que
está acontecendo na conjuntura atual, em que outra grande transformação científico-
tecnológica está influenciando profundamente a vida das pessoas, que por estarem
vivendo-a, ainda não conseguem, em sua maioria, perceber a dimensão dessas
alterações.
A profunda transformação do modo de produção e as novas ideias políticas
228
desenvolvidas a partir dessas revoluções produziram novas relações sociais e novos
problemas para a sociedade. “Os conflitos gerados pelo surgimento de novas
classes sociais, de novas ideologias, de diferentes questionamentos, reclamam a
elaboração de respostas. A sociedade torna-se um problema que precisava de
explicação” (CARVALHO, 2004, p. 199). Era necessário, portanto, que se
desenvolvesse um saber científico capaz de encontrar respostas e soluções para a
crise e de compreender a problemática social que se instalava. E assim nasce a
Sociologia.
Por um lado, o saber sociológico surge enquanto um mecanismo
importantíssimo para a compreensão das transformações e, por outro, funcionava
para “amenizar o espanto” do homem frente à crise social e econômica que se
instaurava. Não é à toa que o pensamento positivista que se desenvolve nos
primórdios da Sociologia visava restaurar a ordem social por meio de um processo
conservador e reformista.
A Sociologia surgiu, portanto com os movimentos de afirmação da sociedade
industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela
resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento
conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta tanto no
comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e
enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da
sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares ”Parecia aos contemporâneos um
produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os
passos da civilização, quando na verdade, o progresso crescente dos modos de
pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos. E disso a Sociologia é uma
prova, era produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa
Pinto (l965,p.37).
Todavia, esse conhecimento não explica a realidade unicamente a partir de
uma teoria, visto não haver uma única forma de explicar sociologicamente a
realidade. Cabe ao professor, de acordo com seus posicionamentos políticos e com
as teorias tradicionais da Sociologia, escolher aquela mais adequada para explicar o
objeto de estudo em questão.
O ensino da Sociologia deve buscar, nas diferentes tradições sociológicas, o
229
seu devido potencial explicativo, bem como resgatar a história da Sociologia, como
forma coerente de estabelecer um processo dialético entre a ação política e a ação
educacional, visando construir um conhecimento crítico e com o rigor científico
necessário.
Conforme destaca CARVALHO, a Sociologia nasce:
“Como forma autoconsciente da realidade para boa parte das reflexões dos primeiros pensadores, que hoje fazem parte dos clássicos das Ciências Sociais. Como exemplo podemos citar Saint-Simon, Tocqueville, Comte, Burk, Spencer, Feurerbach, Durkheim, Weber, Marx e outros. Todos tratando de compreender, explicar e responder às transformações e crises manifestas em processos sociais e estruturais, em movimentos de protesto, greve, revolta e revolução”. (CARVALHO,
2004, p. 200).
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, estabelecidas pela SEED/PR,
destacam algumas concepções teóricas, que fundamentam a Sociologia enquanto
disciplina acadêmica e escolar:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA
Toda ciência, como produto histórico, está em constante processo de
construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram
as bases teórico-metodológica do pensar a realidade com método e espírito de
indagação.
Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e
ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade
européia da sua época,valendo-se da ciência ara compreender o sentido da crise
que a cometia. Cada qual lhe lançou um olhar:
Émile Durkheim
Durkheim toma por pressuposto que a sociedade é regida por leis e uma
ciência que dela se ocupe deve chegar à formulação de grandes generalizações que
a explicam. Assim propõe a teoria da coesão ou da solidariedade social,
230
demonstrando que o princípio da integração perpassa a sociedade, cujo
funcionamento tende à estabilidade. O sistema social, na sua concepção, é
formulado em comparação com o organismo vivo do que infere ser saudável a
sociedade quando ocorre integração entre suas partes, ou patológica, se qualquer
distúrbio retire-lhe a harmonia.
Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a
sociologia, Durkheim dedicou-se a essa questão, salientando que nenhuma ciência
poderia se constituir sem uma área própria de investigação. A sociologia deveria se
ocupar de acordo com ele, com os fatos sociais que se apresentavam aos indivíduos
como exteriores, coercitivos e gerais, que captada na regularidade dos fenômenos
coletivos encontrados em sociedades de todos os tempos e pode ser ilustrada pelas
relações de parentesco; um fato social é normal por estar presente na extensão de
uma dada sociedade.
Segundo Durkheim, a divisão do trabalho, como fato social, deveria em geral
provocar uma relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. No
entanto, como as transformações socioeconômicas ocorriam velozmente nas
sociedades europeias, inexistia ainda, de acordo com ele, um novo e eficiente
conjunto de ideias morais que pudesse guiar o comportamento dos indivíduos. Tal
fato dificultava o '' bom funcionamento” da sociedade. Essa situação fazia com que a
sociedade mergulhasse em um estado de anomia, ou seja experimentasse uma
ausência de regras claramente estabelecidas, ou seja a sociedade encontrava-se
socialmente doente.
Durkheim considerava a Sociologia, a ciência das instituições, de sua gênese
funcionamento, cuja missão era reconstruir uma moral que respondesse às
exigências do espírito científico da época. Numa visão otimista da história colocava
a necessidade de consenso social e via na educação uma instituição integradora por
passar para as novas gerações as condições essenciais para a sobrevivência da
sociedade, identificando-a com o sistema de normais morais.
Max Weber
A intenção de conferir à Sociologia uma reputação científica encontra na
figura de Max Weber (1864-1920) um marco de referência. Durante toda sua vida,
insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de
231
cuidadosa investigação e os julgamentos de valor sobre a realidade.
A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma
rigorosa fronteira entre o cientista, homem do saber, das análises frias e
penetrantes, e o político, homem de ação e de decisão comprometido com as
questões práticas da vida. O que a ciência tem a oferecer a esse homem de ação,
segundo Weber, é um entendimento claro de sua conduta, das motivações e das
consequências de seus atos.
A ideia de uma ciência social neutra seria um argumento útil e fascinante
para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia como profissão. Ela abria a
possibilidade de conceber a Sociologia como um conjunto de técnicas neutras que
poderiam ser oferecidas a qualquer comprador público ou privado .Vários estudiosos
da formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade defendida
por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma
forma de manter a autonomia da Sociologia em face da burocracia e do Estado
alemão da época.
A formação da sociológica desenvolvida por Weber é influenciada
enormemente pelo contexto intelectual alemão de sua época. Incorporou em seus
trabalhos algumas ideias de Kant, como a de que todo ser humano é dotado de
capacidade e vontade para assumir uma posição consciente diante do mundo.
Compartilhava com Nietzche uma visão pessimista e melancólica dos tempos
modernos. Com Sombart possuía a preocupação de desvendar as origens do
capitalismo.
A Sociologia por weber desenvolvida considerava o indivíduo e a sua ação
ponto chave da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto
de partida da Sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos.
Em Weber também se manifesta o cuidado metodológico para garantir a
cientificidade ao processamento do investigador, deixa claro o papel da subjetividade
na produção do conhecimento. Para ele, o sujeito cognoscente é parte do processo
de compreensão da realidade, ou seja, compreender equivale captar o sentido de
uma ação social. Isso significa que Weber busca também a evidência dos
fenômenos estudados, ainda que essa não esteja explícita na ação. Logo,
compreender o sentido da ação implica chegar ao significado que o sujeito ou os
232
sujeitos da ação conferem a ela, orientando-se pela conduta de outros.
No âmbito da realidade política, a contribuição de Weber sobre o fenômeno
da dominação, seja racional, tradicional ou carismática, como os tipos ideais puros,
coloca a luz na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao tratar o poder nas
condições da ação humana disposta à obediência no confronto com os dominadores
que pretendem deter o poder legítimo. A pretensão de legitimação dos dominadores,
ou seja, o seu reconhecimento e aceitação sociais são mais considerados por Weber
que o próprio exercício da dominação.
Karl Marx
A elaboração mais significativa do conhecimento sociológico crítico foi feita
pelo marxismo. Deve-se a Marx e Engels a formação e o desenvolvimento desse
pensamento sociológico crítico radical da sociedade capitalista.
Na concepção de Marx e Engels o estudo da sociedade deveria partir de sua
base material, e a investigação de qualquer fenômeno social da estrutura econômica
da sociedade, constituiria a verdadeira base da história humana.
O método proposto por Marx é o método dialético, que possui quatro
características fundamentais; tudo se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão
universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento
incessante); mudança qualitativa; luta dos contrários.
A aplicação do materialismo dialético aos fenômenos sociais teve o mérito de
fundar uma nova teoria científica de inegável alcance explicativo: o materialismo
histórico. Engels e Marx concluíram de que seria necessário situar o estudo da
sociedade a partir de sua base material. Tal constatação implicava que a
investigação de qualquer fenômeno deveria partir da estrutura econômica da
sociedade, que a cada época constituía a verdadeira base da história humana.
A função da sociologia não era o de solucionar “problemas sociais”, com o
propósito de restabelecer o “bom funcionamento da sociedade”, como o Pensavam
os positivistas. Longe disso, ela deveria contribuir para a realização de mudanças
radicais na sociedade. Sem dúvida, foi o socialismo, principalmente o marxista, que
despertou a vocação crítica da sociologia, unindo a explicação e alteração da
sociedade, e ligando-a aos movimentos de transformação da ordem existente.
233
Segundo Marx as situações de conflitos existentes na nascente sociedade
industrial capitalista foram em larga medida omitidas pela vertente sociológica do
positivismo. Comprometido com a transformação revolucionária da sociedade, o
pensamento marxista procurou tomar as contradições do capitalismo como um de
seus focos centrais. Para Marx, assim como para a maioria dos marxistas, a luta de
classes, e não a “harmonia” social, constituía a realidade concreta da sociedade
capitalista.
Marx (1975) “... se pergunta o que é a sociedade em qualquer de suas formas
e demonstra que ela é o resultado da ação recíproca dos homens, que não
escolhem esta ou aquela forma. E prossegue: para um estado particular de
desenvolvimento das forças produtivas, todos os meios materiais e recursos de
conhecimento - tem-se uma forma particular de comércio e de consumo. A etapa
particular de desenvolvimento da produção corresponde determinada estrutura
social, uma organização corresponde da família, dos estamentos, das classes, ou
seja, uma sociedade civil correlata.”(DIRETRIZES CURRICULARES DE
SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO, 2008, P.62).
Pierre Bourdieu
Com uma complexa e vasta produção Pierre Bourdieu (1930-2002) ultrapassa
qualquer interpretação de ser estruturalista sua proposta sociológica, ao dar ênfase
à ciência capaz de ir além dos modelos para apreender a natureza da vida social. Ao
explicar as relações de poder inscritas em um campo social e ao analisar a
dimensão simbólica, cultural, do capital, Bourdieu(1989) constrói uma teoria da
prática social, onde cunhou o conceito de habitatus. No espaço social distinguem-se
as práticas sociais mediante habitatus sistema de esquemas instituintes, espécie
de história das relações sociais. Desse modo, o habitatus é o gerador de um
conjunto de disposições comuns, por exemplo, do gosto de uma classe social. No
campo da educação, Bourdieu exemplifica o professor como alguém que herda
capital cultural recebe iniciação em leituras e desenvolve um gosto que o diferencia
de trabalhadores de escritório.
Para Bourdieu, os bens culturais aos qual o aluno tem acesso conforme sua
classe social, incrementados pelos conhecimentos escolares – seu capital cultural
determina a sua posição na hierarquia econômica e social.
234
Florestan Fernandes
Florestan Fernandes (1920-1995), para quem o pensamento crítico descortina
as diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos
sociais por diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e
classes sociais em sua situação histórica. Para ele, o conhecimento sociológico
crítico configura-se em uma autoconsciência científica da sociedade, com Sociologia
assumindo o caráter de uma técnica racional de consciência e de explicação das
condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais.
No pensamento de Florestan Fernandes a sociedade é um nexo de relações
que se desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade
social. O homem se constitui como um ser social ao constituir sua sociabilidade, sua
forma de organização concreta. “Existir” socialmente significa, para o sociólogo,
compartilhar condições e situações, desenvolver atividades e reações, praticar
ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente. Tal
nexo de relações configura as condições de persistência e/ou transformação da
realidade social.
Seu trabalho de professor é reconhecido internacionalmente. Foi responsável
pela criação de vários grupos de pesquisadores que vieram a reformular a sociologia
no Brasil, conferindo-lhe um rigor que jamais tivera, contribuindo para transformar as
ciências sociais no país estabelecendo um novo estilo de pensamento.
A reflexão principal de Florestan Fernandes é sobre a desigualdade social,
procurando identificar as contradições da sociedade de classes e o papel da
Sociologia diante dessa realidade, realizando ao longo de suas obras, várias
pesquisas sobre temas, alguns até então pouco estudados, como a situação do
negro na ideologia dos operários brasileiros e a vida social nas tribos indígenas, fez
um retrato da burguesia brasileira, mostrando o esforço que essa classe social
realizou na sua resistência à mudança social.
Ao se voltar para conteúdos que propiciem a consciência social de classe dos
trabalhadores e sua objetificação, Florestan Fernandes reivindica uma escola que dê
prioridade à maioria da população marginalizada. A educação e a auto-emancipação
coletiva se tornam, então, co-determinantes de uma relação recíproca mediada pela
escola e inspirada no papel político da classe trabalhadora de negar a sociedade
235
capitalista existente.
As concepções sociológicas acima pontuadas orientam a prática pedagógica
de sala de aula e oferecem aos alunos uma reflexão crítica da realidade que o cerca.
Conforme o caderno de Sociologia da SEED/PR destaca, é “do resgate dos
conteúdos críticos, da sociologia clássica e moderna que permitem esclarecer
muitas questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais
da sociedade brasileira”.
Esse resgate permite que se coloque em pauta, no ensino de sociologia, a
teoria e a realidade social, de forma que se discutam os principais problemas sócio-
econômicos do país, reconhecendo as classes e grupos sociais excluídos na
sociedade capitalista. É necessário resgatar para o aluno as determinações
históricas que originaram os problemas sociais, bem como a necessidade de
posicionar-se criticamente e politicamente frente a essa realidade, transformando-a.
OBJETIVOS GERAIS
A Sociologia propiciará ao aluno do Ensino Médio, as bases para a
compreensão de como as sociedades se organizam, estruturam-se, legitimam-se e
se mantêm, habitando para uma atuação humanista, cidadã e crítica, levando-os a
um maior comprometimento e responsabilidade para com a sociedade em que
vivem.
Conforme salienta Martins (2006, p.8), "A Sociologia desde o seu início
sempre foi algo mais que uma mera tentativa de reflexão sobre a sociedade. Ela é o
resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente
novas, criadas pela então sociedades capitalistas e suas tensões e conflitos."
A relevância da Sociologia no currículo escolar do Ensino Médio, o campo
teórico e científico e as reflexões que ela propõe ao educando, permitem o
desenvolvimento de uma consciência crítica, de uma desnaturalização, de
processos tido como naturais, como as desigualdades sociais, o enriquecimento de
poucos, os crimes, etc, serão melhor esclarecidos pelas "lentes" das teorias
sociológicas .
236
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apropriar-se de conhecimentos e conceitos da Sociologia.
Compreender o pensamento sociológico e problematizar a vida em
sociedade no campo ético, político, cultura e econômico.
Relacionar as teorias sociológicas com os problemas atuais: políticos,
sociais, econômicos e culturais.
Adquirir uma visão sociológica do mundo no sentido de contribuir para
a formação da pessoa humana, negando o individualismo e compreendendo a
sociedade na qual estamos inseridos.
Desenvolver uma reflexão crítica e analítica da sociedade globalizada.
Estabelecer procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão
e construção de conceitos, argumentações e problematização.
Promover o contanto cognitivo do aluno como pensar sociológico por
meio da análise de textos clássicos e da pesquisa.
Desenvolver técnicas e métodos de leitura e análise de textos.
Estimular a produção textos analíticos e reflexivo vive.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdos estruturantes é um rol de fenômenos sociais inter-relacionados.
São, portanto, instâncias conceituais que remetem à reconstrução da realidade e às
suas implicações lógicas. São estruturantes os conteúdos que identificam grande
campo de estudos, onde as categorias conceituais básicas da Sociologia-ação
social, relação social, estrutura social e outras eleitas como unidades de análise
pelos teóricos, fundamentam a explicação científica.
De acordo com o caderno “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino
Médio” da SEED/PR, os conteúdos que seguem não se resumem a uma listagem de
temas e conceitos encadeados de forma engessada e rígida. São “conteúdos
237
representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento
universal e deve ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção
teórica”. São considerados, portanto, como uma gama de conteúdos estruturantes,
centrais para a compreensão da realidade social, cuja função básica é
instrumentalizar alunos e professores na seleção, problematização e organização
dos conteúdos específicos da sociedade em que o aluno está inserido.
Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece
sem uma crítica social. Os conteúdos em sociologia têm a tarefa de exercer um
efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar-se sobre
si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são.
Os Conteúdos Estruturantes não se confundem com listas de temas e
conceitos encadeados de forma rígida, as constitui apoio conceitual históricos e
contextualizados, que norteiam professores e alunos, sujeitos da educação escolar e
da prática social, na seleção organização e problematização dos conteúdos
específicos relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os
conteúdos que estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o
coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-
relações que constituem a sociedade.
Os conteúdos também incorporam a temática referente às Relações Étnico-
Raciais propostas pela Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho
Estadual de Educação no que se refere ao Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana e Indígena.
Além da temática afro-brasileira e africana, procuraremos inserir nas
discussões os conteúdos referentes à História do Paraná, conforme consta na Lei
Estadual 13.381/01, principalmente no que diz respeito à formação da sociedade
paranaense, a contribuição das etnias européias na construção do povo do Paraná.
A questão do meio ambiente também se faz presente nos conteúdos a serem
trabalhados em Sociologia, em função da interligação entre sociedade e ambiente,
principalmente no que se refere à exploração e degradação do espaço na produção
da vida material. Nesse sentido, conforme a Lei 9.795/99 que trata da Educação
Ambiental, sempre que possível, os conteúdos abordarão a temática do meio
ambiente e a relação do homem com a natureza enquanto um dos polos de
238
construção da vida social.
Os conteúdos estruturantes ficaram assim divididos por série:
Conteúdos 1ª Ano
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
1. O surgimento da Sociologia e as
teorias sociológicas
* Introdução à sociologia
* Contexto histórico do surgimento da
sociologia
* Formação e consolidação da
sociedade capitalista
* Teorias sociológicas clássicas: Conte,
Durkheim, Engels e Marx, Webber.
*Desenvolvimento da Sociologia no
Brasil
2. Processo de socialização e
instituições sociais
* Grupos sociais
* Principais agentes de socialização
* Instituições sociais: familiares,
escolares, religiosas, instituições de
reinserção
Conteúdos 2ª Ano
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
1. Cultura e Indústria Cultural
* Diversidade cultural
* Identidade cultural
* Indústria cultural, cultura erudita e
popular
* Étnocentrismo
* Meios de comunicação de massa
* Globalização e cultura
* Globalização e neoliberalismo
* Sociedade de consumo
239
* Indústria cultural no Brasil
* Questões de gênero
* Cultura Afro-Brasileira e africana
* Culturas indígenas
2. Trabalho, produção e classes * Conceito de trabalho e o trabalho nas
diferentes sociedades
* Desigualdades sociais
* Estamentos, castas, classes sociais
* Organização do trabalho nas
sociedades capitalistas e suas
contradições
* Neoliberalismo
* Relações de trabalho no Brasil
* Trabalho e degradação ambiental
Conteúdos 3º Ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
1. Poder, Política e Ideologia * Formação e desenvolvimento do
Estado Moderno
* Democracia, autoritarismo,
totalitarismo
* Estado no Brasileiro
* Conceito de Poder, ideologia,
dominação e legitimidade
* As expressões de violências nas
sociedades contemporâneas
2. Direito, Cidadania e Movimentos
Sociais
* Conceito de cidadania
* Direitos: civis, políticos e sociais
* Direitos humanos
* Movimentos sociais
* Movimentos sociais no Brasil
* A questão ambiental e os movimentos
240
ambientalistas
* ONGs
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Fruto de um dissenso constante, o pensamento sociológico tem sido
construído no embate entre as variadas formas de se aprender/compreender o real.
Tal característica, entretanto, não deve ser compreendida como uma fragilidade, ela
apenas torna visível a forma como a Sociologia tem produzido e reproduzido seu
conhecimento, em um processo que localiza problemas, mas também aponta
condições para superá-los.
Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia, manter no
foco de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos
clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos
básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx serão desenvolvidos levando-se em
conta o recorte temporal, retomando o histórico da disciplina em cada teoria
trabalhada.
Cabe a Sociologia ensinar o aluno a fazer perguntas e buscar respostas no
seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na
família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de história etc., ao
invés de receber respostas prontas. As peculiaridades da região em que a escola
está inserida e a origem social do aluno não serão perdidas de vista, para que os
conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam às demandas e
possíveis inquietações e questionamentos desse grupo social.
A abordagem dos conteúdos dos conteúdos de Sociologia acontecerá sob
três aspectos teorias, conceitos e temas em função da dinâmica da sociedade e da
própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos metodológicos.
Estes instrumentos devem ser adequados aos objetivos pretendidos em cada
conteúdo, bem como devem possibilitar o desenvolvimento de um pensamento
crítico e questionador. Ao aprender a questionar a sociedade, o aluno amplia a visão
que tem de seu papel, na comunidade, na cidade no país e no mundo e, adquire
241
significados concretos para a sua vida e desenvolve o pensamento crítico no
cotidiano. Ao ampliar a capacidade de interpretação dos fenômenos sociais, os
alunos poderão superar o senso comum e nele reconhecer o ponto de chegada do
conhecimento.
Os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo com o
conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos, que serão trabalhados com
rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento
do espírito crítico. Destacam-se alguns encaminhamentos metodológicos próprios do
conhecimento sociológico que podem ser adotados:
. Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos.
. Aula, expositiva provocando discussões, partindo sempre do cotidiano do
aluno, embasando com uma teoria, para a superação do senso comum.
. Utilização dos recursos multimídia será organizada e aplicada das mais
diversas formas, mas evidenciando estranhamento e desnaturalização de
alguns conceitos, já aceitos pela maioria da sociedade, mas que os mesmos
proporcionam a nossa perda de identidade nacional mudança de valores,
consumismo exagerado, manutenção do poder das mesmas elites entre
outras coisas.
. Pesquisa de campo – definição de temas específicos, produção de pré-projeto
de pesquisa, roteiro de observação e/ou entrevistas, análise e articulação
com a teoria.
. Dinâmicas de grupo/e ou seminários – esta prática permite uma reflexão livre,
criativa e motivadora, de maneira que o aluno possa trocar idéias, interagir e
produzir uma leitura própria dos textos sociológicos e de outros materiais
como: artigos de jornais, revistas, poesias, letras de músicas...
. Recursos audiovisuais e de comunicação (cinema, televisão, fotografia,
música) – a escolha de um filme, de uma música ou de um programa de
televisão pode ser definida a partir de um tema ou de um recorte a ser
privilegiado na discussão. Estes recursos possibilitam que se faça uma
articulação entre eles e os temas e/ou teorias que estão sendo contempladas.
. Utilização da literatura brasileira e gibis para análises de temas como
feminismo, discriminação das mulheres, violência doméstica, desigualdade
242
social, entre outros.
. Pesquisa de campo
. Análise de pesquisas sobre economia, política e dados sociais (interpretação
dos mesmos e apresentação).
. Resolução de questões com textos clássicos e contemporâneos em sala.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem adquire seu sentido na medida em que se
articula, com um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A
avaliação tanto no global quanto no caso específico da aprendizagem, não possui
uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado
previamente definido ( Luckesi, Avaliação da Aprendizagem Escolar, pg.85)
Aproveitando discussões, debates, reflexões durante as aulas de Sociologia,
nas dinâmicas de grupo, produção de textos, exposição oral de trabalhos, no uso
dos recursos multimídia, entre outros instrumentos, observar-se-á se o aluno
enriqueceu seus conhecimentos, saindo do senso comum para um conhecimento
mais elaborado, mas evidentemente respeitando-se a diversidade existente em sala
de aula.
Os mecanismos de percepção e de leitura da realidade são aplicados
facilitando a identificação dos sinais de que o aluno aprendeu e das pistas para
viabilizar a reconstrução de seu conhecimento. A finalidade última da avaliação é
que todos possam ampliar continuamente seus conhecimentos e que cada um em
seu tempo, por seu caminho, e que a mediação do professor provoque um desafio
intelectual nesse aluno, torrnando-o capaz de agir e, posicionar-se criticamente,
conscientemente perante os fatos complexos da realidade atual.
A avaliação será contínua e formativa, para proporcionar avanços,
progressão, num processo de ação-reflexão. O aluno será parâmetro dele mesmo,
respeitando-se o acúmulo de seu conhecimento. A observação durante os trabalhos
em grupos, provas específicas, produções de textos entendimentos dos recursos
multimídias, leitura e análise de livros de literatura com temas específicos,
interpretação de dados estatísticos, entre outros, serão instrumentos nas avaliações
243
de Sociologia.
Cumprindo sua função, a avaliação possibilita, desta forma, verificar se houve
ou não enriquecimento do conhecimento do aluno e de que maneira se processou a
construção de seu conhecimento, primando sempre pela preponderância dos
aspectos qualitativos em detrimento dos quantitativos.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, L. M. G. de (org). Sociologia e ensino em debate: experiências e
discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
CHAUÍ,M. Convite á Filosofía. São Paulo ,Ed. Ática,1995.
DIAS, R. Introdução à Sociología. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall,2005.
DURKHEIM, É. Sociología (organizador da coletânea: Albertino Rodrigues) São
Paulo;Ática,1978.
DURKHEIM,É. As Regras do Método Sociológico. São Paulo; Editora Abril,1973
( Coleção os Pensadores).
MARTINS, C. Benedito. O que é Sociología. São Paulo: Ed.Brasililiense,2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
8.11 QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de química deve ser utilizado como uma ferramenta para que os
alunos possam ler o mundo sob visão científica. Ou seja, a Química deve ser
apresentada ao aluno no sentido de possibilitar que ele “entenda” o mundo.
Por exemplo, em tempos de estiagem muitas pessoas não se comprometem
com a economia do problema e consequências das suas atitudes. Porém, se ele
244
conhecesse o ciclo da água a escassez de água, poluição, tratamento perceberia o
custo de tudo isto.
Desta forma, cabe ao professor levar o aluno a pensar mais criticamente
sobre o seu mundo, refletir sobre as razões dos problemas, neste caso os
ambientais. Essa noção de leitura de mundo deve proporcionar ao estudante do
Ensino Médio uma reflexão sobre as razões que levaram, no caso do exemplo, o
racionamento da água.
O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta
vem sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do
conhecimento. Além disso, formou-se uma crença de crescimento econômico
ilimitado, de recursos naturais inesgotáveis e sempre substituíveis pelas descobertas
da ciência e tecnologia.
Essa prévia análise pode desencadear críticas precipitadas que condenam a
Química e não o seu mau uso. Na verdade, muitas vezes, aqueles problemas têm
solução na própria Química.
A Química tem forte presença na procura de produtos novos, essa presença
está cada vez mais solicitada, nas novas áreas específicas surgidas nos últimos
anos.
Enfim, a estratégia metodológica que tem sido recomendada é a abordagem
temática que discuta o aspecto sócio-científico, ou seja, questões ambientais,
políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais, relativas à ciência e tecnologia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A Química tem papel essencial na formação do sujeito, pois, ligada
diretamente à vida, é uma ciência que o leva ao estudo das substâncias materiais e
suas transformações.
A origem história dos saberes da Química está ligada às transformações
sofridas pelo mundo e surgimento/desenvolvimento da sociedade tecnológica que
exige das ciências dos materiais respostas precisas e específicas às suas
demandas.
Propõe-se um esquema de conteúdos estruturantes centrado na matéria, que
245
é sustentada pela tríade: Composição, Propriedades e Transformações.
A partir deste esquema inovador, sugere-se pensar nas possíveis e contínuas
relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes e seus
desmembramentos.
Pensando desta maneira, propomos uma possível lista de conteúdos a serem
abordados no Ensino Médio. Cabe ressaltar que esta proposta pode e deve Ter
modificações dependendo dos saberes já trazidos pelos alunos ou a necessidade de
alterações para melhor compreensão dos alunos. É necessário que haja uma
interelação entre todos estes conteúdos para integrar o conhecimento como um
todo.
• Matéria e sua Natureza
• Biogeoquímica
• Química Sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• MATÉRIA – constituição da matéria, estados de agregação, natureza elétrica,
modelos atômicos estudos dos metais,
• SOLUÇÃO- substancia simples e composta, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão,
densidade, dispersão e suspensão;
• VELOCIDADE DAS REAÇÕES – reações químicas, leis das reações,
representação das reações, condições das reações ( natureza dos reagentes,
contato dos reagentes, teoria de colisão), fatores que interferem na
velocidade das reações( superfície, de contato, temperatura, catalisador,
concentração dos reagentes, inibidores), velocidade das reações químicas.
• EQUILIBRIO QUIMICO- reações químicas reversíveis, concentração,
constante de equilíbrio, deslocamento de equilíbrio (principio de chatelier):
concentração, pressão, temperatura, e feitos canalizadores, equilíbrio químico
em meio aquoso, constante de ionização.
• LIGAÇÃO QUÍMICA - propriedade dos materiais, tipos de ligações químicas
246
em relação às propriedades materiais, solubilidade e as ligações químicas,
interações intermoleculares e as propriedades da substancias moleculares,
ligação de hidrogênio, ligação metálica (elétrons semi-livres), ligação sigma e
PI, ligações polares e apolares, alotropia
• REAÇÕES QUÍMICAS – reações de oxi -redução, reações exotérmicas e
endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação
de entalpia, calorias, equações, termoquímicas, princípio da termodinâmica,
lei de Hess, entropia e energia livre, calorimetria.
• RADIOATIVIDADE - modelos atômicos, elementos químicos, reações
químicas, velocidade das reações, emissões radioativas, leis da
radioatividade, cinética das reações químicas, fenômenos radioativos ( fusão
e fissão nuclear)
• GASES- estados físicos da matéria, propriedade dos gases (densidade/
difusão e fusão, pressão e temperatura, pressão x volume e temperatura x
volume), modelos de partículas para os materiais gasosos, misturas gasosos,
diferença entre gás e vapor, leis do gases
• FUNÇÕES QUIMICAS – funções orgânicas, funções inorgânicas
• Tabela periódica – de foram que perpasse por todos os conteúdos básicos.
METODOLOGIA
No âmbito da área da Educação Química também precisamos utilizar a
contextualização e a interdisciplinaridade como eixos centrais organizadores das
dinâmicas interativas no ensino de Química, na abordagem de situações reais
trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da experimentação.
Para que esta estratégia ocorra de modo adequado é preciso utilizar
situações experimentais onde ocorra a contextualização de conhecimentos em
atividades diversificadas que enfatizam a construção coletiva de significados aos
conceitos, em detrimento da mera transmissão repetitiva de “verdades” prontas e
isoladas.
Contudo, é necessário aumentar os espaços de estudo e planejamento
247
coletivo dirigidos à ampliação das relações entre teoria e prática nas aulas de
Química.
Defende-se uma abordagem de temas sociais (do cotidiano) e uma
experimentação que não sejam pretensos ou meros elementos de motivação, mas
efetivas possibilidades de contextualização dos conhecimentos químicos, tornando-
os socialmente mais relevantes. Para isso, é necessária a articulação na condição
de proposta pedagógica na qual situações reais tenham um papel essencial na
interação com os alunos / suas vivências, saberes, concepções, sendo o
conhecimento, entre os sujeitos envolvidos, meio ou ferramenta metodológica capaz
de dinamizar os processos de construção e negociação de significados.
Precisamos destacar a essencialidade de cada saber disciplinar, legitimado
no papel que a apropriação da linguagem e do pensamento próprio a cada cultura
científica assume, no desenvolvimento das abordagens, das ações e das
interlocuções. Assim, a esculturação contextualizada em Química, aliada à
interdisciplinaridade não superficial, traz à tona limites dos saberes e conceitos
cotidianos e, sem negá-los nem substituí-los, amplia-os nas abordagens
transformadoras possibilitadas pelos conhecimentos emergentes e pelas ações das
condições potencializadoras da qualidade de vida socioambiental.
Tudo isso deve ocorrer conjuntamente com uma mudança da visão do que é
um professor. Este deve ser um orientador na construção do conhecimento do aluno.
AVALIAÇÃO
O presente documento destaca diversas vezes a imprescindível modificação
da simples transmissão de conteúdos. Neste sentido, é necessário que haja uma
transformação no modo avaliativo da disciplina de Química.
Pretende-se que a avaliação ocorra diariamente, de modo que possibilite
analisar o desenvolvimento do aluno dentro desta nova visão interdisciplinar,
contextualizada e crítica.
O desenvolvimento de projetos pelos alunos possibilita a demonstração do
avanço intelectual dos alunos mostrando efetivamente os conhecimentos e
habilidades adquiridos dentro do processo educativo.
248
Neste âmbito o professor também deverá avaliar o educando através de:
leituras, interpretação e produção de textos químicos, leitura e interpretação da
Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,
apresentação de seminários, entre outros instrumentos de avaliação. Todavia esses
instrumentos devem ser selecionados de acordo com o conteúdo e objetivo de
ensino de cada aula.
REFERÊNCIAS
HALL, N. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
MENEZES, L.C. A matéria – uma aventura do espírito – fundamentos e fronteiras do
conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria de Física, 2005.
Química / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed., v.1, São Paulo: Makron, 1994.
8.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo
escolar sofreram constantes interferências da organização social no decorrer da
história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente instigados a atender às
expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos. Assim, é na relação
entre as abordagens de ensino, a estrutura do currículo e a sociedade, que residem as
causas da ascensão ou do declínio do prestígio das línguas estrangeiras nas escolas.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa- desempenha um
papel essencial no Currículo escolar, pois permite ao aprendiz sua inclusão social em
249
uma sociedade pluricultural, inserindo-o como participante ativo, capaz de se relacionar
com outras comunidades e outros conhecimentos, levando-o a refletir sobre a língua
como algo que constrói e é construído.
Ao utilizar a língua estrangeira – Língua Inglesa - o aprendiz deverá ser capaz
de reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente e em
diferentes culturas e maneiras de pensar. A partir da interação com a língua estrangeira
o aluno poderá compreender que os significados são construídos social e
historicamente e que a língua organiza e determina as possibilidades de percepção de
mundo e de si mesmo. Desta maneira terá a possibilidade de constatar, vivenciar e
criticar essa diversidade, realizando transformações sociais necessárias sem perder a
própria identidade cultural.
A comparação entre procedimentos de construção de significados na língua
estrangeira e língua materna permitirá ao aprendiz expandir sua capacidade de
interpretar a língua, desenvolver seu senso crítico, ampliando suas possibilidades de
entendimento de mundo, tornando-o capaz de comunicar-se em diferentes formas
discursivas materializadas em diferentes situações.
As propostas aqui adotadas seguem as orientações das Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação do Estado do Paraná /2009, que estão embasadas na corrente
sociológica e nas teorias do círculo de Bakhtin e tem como referencial teórico a
pedagogia crítica.
OBJETO DE ESTUDO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, além de servir como meio para
progressão no trabalho e estudos posteriores, deve também contribuir para formar
alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam explorar as
práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna, propõe superar os fins utilitaristas,
pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino dessa
disciplina.
Desta forma, espera-se que o aluno:
250
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as
diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte
comum na seleção de conteúdos específicos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Embasada na língua como discurso enquanto prática social, o conteúdo
estruturante se efetiva na prática de leitura, da escrita e da oralidade.
O texto, de diferentes gêneros e nas diferentes esferas sociais de circulação,
entendida como uma unidade de sentido pode ser oral, escrito, verbal e não-verbal.
CONTEUDOS BÁSICOS
• GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS
• LEITURA – identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade, vozes
sociais presentes no texto, léxico, coesão e coerência, marcadores de
discurso, funções das classes gramaticais no texto, elementos semânticos,
discurso direto e indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo,
figurar de linguagem, marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação
gráfica e ortografia
• ESCRITA - identificação do tema, finalidade do texto intertextualidade,
intencionalidade, informatividade, vozes sociais presentes no texto, vozes
verbais, léxico, coesão e coerência, marcadores de discurso, funções das
251
classes gramaticais no texto, elementos semânticos, discurso direto e
indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo, figurar de linguagem,
marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação gráfica e ortografia
• ORALIDADE - elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;
adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no
texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão , coerência gírias,
repetição; diferença e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação
da fala ao contexto ; pronuncia.
• ESFERAS SÓCIAS DE CIRCULAÇÃO - Cotidiana: bilhetes, anedotas,
cantigas de roda, comunicado, musicas, parlendas, cartão postal, quadrinhas,
receitas, piadas, convites; Literária / Linguística: biografias, fábulas, contos,
memórias, poemas, romances, histórias em quadrinhos, literatura de cordel,
narrativas, letras de musicas, textos dramáticos; Científica: artigos, palestras,
pesquisas, resumo, relatório; Escolar: ata, cartazes, seminários, resenha,
texto de opinião, exposição oral, relato histórico verbetes de enciclopédia, ,
discurso argumentativo; Imprensa: charge, classificados, entrevista,
horóscopo, reportagens, tiras, sinopse de filme , manchetes, cartum, crônica
jornalística,; Publicitária: anúncios, comercial de TV, fôlder, slogan, placas, ,
publicidade comercial, institucional e oficial; Política: abaixo assinado,
assembleia, debate regrado, manifesto, discurso político; Jurídica: estatutos,
leis, oficio, requerimento, procuração; Produção e consumo: bulas, manual
técnico, placas; Midiática: blog, e-mail, chat, fotoblog, filmes, telenovelas,
desenho animado.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como práticas sociais serão
trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem como
as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.
A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo verbal
ou não-verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma prática
analítica e crítica, ampliar os conhecimentos linguísticos e culturais de suas
implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as
252
diferenças culturais. Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades
diversificadas que permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem
como sua esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a
intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise linguística.
Cabe ao professor possibilitar o conhecimento dos valores culturais e estratégias
que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas. Cabe ainda ao professor,
criar condições para que o aluno seja um leitor critico, que demonstre reações aos
textos com os quais se depara e assuma uma atitude critica e transformadora com
relação aos discursos apresentados. O professor deve direcionar as atividades de
produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para
quem se escreve em situações reais de uso. As atividades devem ser significativas,
instigantes remetendo os alunos à pesquisa, discussão e reflexão e/ou prática
discursivas.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante
organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um plano
de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e articulada.
A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os textos e
nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades e avanços
dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e diferentes formas de
avaliar.
A auto avaliação deve ser introduzida com a compreensão de que o ato do
conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis.
O Plano de Trabalho Docente deve ser construído de modo que o aluno
conheça previamente os objetivos do ensino definidos pelo professor, os conteúdos
que serão ensinados e os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados.
Deve-se definir os critérios de avaliação assim como articular o instrumento avaliativo
com os encaminhamentos metodológicos adotados.
A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e
pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno
253
carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão
acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e propor
outros encaminhamentos que busquem superá-las.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de
Bakhtin. 1 ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003.
JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.
Curitiba, UFPR,2004b.
Secretaria do Estado da Educação do Paraná-SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica-Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008
9. CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
9.1 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de
ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a
compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e
aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do
254
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se
no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser
organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura
curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos
significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em
núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de
Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada
em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso
aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação
Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas
diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos
nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais
devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se
restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações
etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à
abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
9.2 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção
de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser
considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a
enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse
por sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o
texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão:
255
• Discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.
• Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos
indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer
do autor.
• A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de
gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses
gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a
competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas
situações de interação socioverbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora
dos limites escolares.
• Quanto à análise linguística é preciso trabalhar com a gramática, com a
compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com
elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando
palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo
autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como
assunto é organizado e como as ideias e as partes do texto são costuradas.
Também considerando as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais da
Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a formação
humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural,
à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da
proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na ênfase ao
uso social dos diferentes gêneros textuais. O estudante deve tem a oportunidade de
aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção
ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da
escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe
possibilitem interagir na sociedade.
OBJETIVOS:
• Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na
disciplina de língua portuguesa, busca: empregar a língua oral em diferentes
256
situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer
as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade
de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;analisar os textos produzidos, lidos
e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos
linguístico-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica
da oralidade, da leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se,também, da norma padrão.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um
processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização,
consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar,
mas se estende por toda a vida.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como
prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.
◦ A análise do discurso como prática social, ou o texto como essência do
trabalho com a língua materna para busca de informação e o exercício da reflexão
em atividades de leitura, escuta e produção de textos variados considerando suas
condições de produção (conteúdo temático, análise de interlocutor, fonte, lugar
preferencial de circulação, finalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade,
marcas lingüísticas e outras especificidades de cada gênero).
257
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ensino Fundamental Fase II
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUISTICANoticias
televisivas e
radiofônicas;
- “contação” de
historias e
piadas;
- Teatro mudo
e falado;
- Fantoches;
- Musicas e
declamações.
- Jornal falado;
- Debates;
- ramatização;
- Enquetes;
- Entrevistas;
- “Causos”;
- Noticias
Radiofônicas.
- Leitura de
fabulas,mitos,
contos de fadas,
cartas, bilhetes,
cartãopostal,
poemas,(haikai),
acrósticos,
classificados,
jograis, resenhas
(filmes e livros),
charges,
literatura de
cordel, adivinhas,
cartuns, HQs,
revistas, jornais,
revistas,
fotografias...
cartas familiar
e comercial, email,
apólogo,
Parábola, noticia
de jornais
(elementos),
Poema-prosa,
relato histórico e
biográfico,
resumos,
- Produção de
fabulas, mitos,
contos de fadas,
Cartas, bilhetes...
- Reestruturação
de textos.
Produção de
textos narrativos,
descritivos
e informativos
Produção de
crônicas,
resumos,
Relatórios...
Produção de
textos
Dissertativos,
Pesquisas,
Resenhas
(conforme as
tipologias textuais
Trabalhadas
durante o
ano letivo);
- Fonemas;
- Letras;
- Silabas;
- Ortografia;
-Classes gramaticais;
- Acentuação;
- Tipos de frases;
- Pontuação;
-Encontros vocálicos,
Consonantais e Dígrafos.
- Classes de palavras;
- Frase;
- Oração e período
-Sujeito e predicado
(tipos);
- Vozes verbais;
-Predicação verbal;
- Regência verbal e nominal;
- Concordância verbal e
nominal;
-Verbos regulares e
irregulares.
- Período simples e composto;
- subordinação e
coordenação;
- Figuras de linguagem,
Pensamento e
258
relatórios... Construção;
- Estrutura e formação de
palavras.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ensino Médio
ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE
LINGUISTICA- Debates sobre
temas
atuais veiculados
pela
imprensa: jornais,
- Leitura
Compreensão de
textos
literários e não
literários e de livros
- Produção de textos
considerando o
destinatário,
finalidade,características
do gênero como
- Variação
linguística;
- fonologia;
- acentuação
gráfica;
259
radio,
teve, Internet etc.;
- Analise de
características de
textos
lidos ou ouvidos,
letras de musicas
etc.;
- Narração de
experiências
pessoais;
- Seminários (a
respeito
de obras literárias
lidas
ou pesquisas sobre
autores);
-Representação
teatral;
- Declamação de
poemas.
- Relatos de
entrevistas
Realizadas;
- Júri simulado;
- apresentação de
Parodias.
- Defesa de ponto
de
Vista quanto a
Questionamentos
de textos e Livros
(contexto de
produção,
intencionalidade
e momento histórico);
- Diferenciação de
textos de gêneros:
lírico, épico e
dramático;
- Ritmo e fluência na
declamação de
poemas e entonação
da voz na
apresentação de
pecas
teatrais;
- Leitura de livros de
Literatura como
compreensão e
fruição;
- Busca de textos
para
Leitura como fruição;
- Panorama da
Atividade
Literária no Brasil de
1500
a 1822;
-Contexto (histórico);
- Artigos científicos;
- Romances;
- Contos e poesias;
unidade temática e
estrutural;
- dramáticos (peças
teatrais);
- em verso (rima, métrica,
figuras de linguagem);
- Descrição.
- Produção de textos:
em prosa e em verso
(ficcionais e não
Ficcionais);
Informativos; resumos,
Sinopses...
Produção de textos:
Dissertativos, manuais,
publicitários,
questionários,
reportagens, resumos,
resenhas
- ortografia;
- estrutura das
palavras;
- processo de
formação das
palavras).
- Estudo do
léxico;
- Classes de
palavras;
- Sintaxe;
- Língua
padrão
(concordância
verbal,
Nominal;
regência
Verbal e
conjugação
verbal);
- Pontuação
260
realizados em
classe;
- Debates sobre
Assuntos
polêmicos ou
Questões de
interesse da turma
- Reportagens;
- Analise de textos
Verbais e não verbais
(outdoors,
Propagandas,
imagens
digitais e virtuais,
Charges, tiras
(Cômicas...)
. XIX;
- Panorama Cultural
do
período – sec. XIX
em
Portugal.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá
atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do
texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e
construções da língua. A leitura de textos, incentivando na leitura oral, o ritmo e a
entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de
pontuação.
O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando
oportunidade para todos os alunos exporem suas ideias, levando-os a relacionarem
textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação
destes com situações cotidianas (intertextualidade).
261
O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter
prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada
através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de
cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos
descritivos, narrativos e dissertativos.
As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais
como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de
Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensinoaprendizagem dos
conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre
outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica
do aluno.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a
todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação
para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam
comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os
alunos, sejam elas especiais ou não.
As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes
curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades
dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas
com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola,
buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais
especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná,
conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de currículos inclusivos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula
utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do
aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do
seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:
262
• ORALIDADE:- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos,
programas de tv, anedotas...)- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...-
apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...- clareza e
capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.
• LEITURA:- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;
reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e
interpretação.
• PRODUÇÃO:- observação das especificidades de cada gênero;- adequação
da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que será
veiculado;- coerência;- uso adequado dos elementos coesivos;- análise
linguística de acordo com as principais dificuldades encontradas e
apresentadas pelos alunos.
É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique
e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando
seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de
aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno. Os alunos
que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a avaliação
diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser mais
individualizado e com uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a dificuldade
de cada um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações, de tal forma
que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na
escola. Brasília: MEC, 2005.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.
São Paulo: Atual, 2002.
263
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.
9.3 ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Breve percurso histórico
Um longo processo existiu desde a educação jesuítica às Diretrizes
Curriculares Educacionais.
Hoje a LDBN 9394/96, estabelece em seu artigo 26 paragrafo 2º: “O Ensino
de Arte constituirá componente curriculares obrigatórios nos diversos níveis da
Educação Básica, de forma
a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”.
E os PCNS, incluem a arte na estrutura curricular como área de conhecimento
ligado à cultura artística, e não como uma atividade apenas.
Segundo MARTINS (1998) a ARTE é importante na escola, porque é
importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através do
tempo, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem o
direito ao acesso a esse saber.
Por isto e com isto se firma a posição da disciplina como uma forma de
conhecimento importante e necessário que as Escolas Públicas oportunizam as
comunidades escolares.
Conhecimento em Arte
Para as aulas de Arte é necessário antes de tudo a compreensão de que a
Arte é um campo de conhecimento produzido pelas sociedades humanas, portanto
264
tem conteúdo e metodologia ambos ligados a produção cultural artística social e
historicamente construída pela Humanidade.
Neste sentido a abordagem de seus conteúdos devem apresentar uma
unidade. Tanto em relação aos conteúdos estruturantes, quanto a seleção de
conteúdos para fazer frente a resposta ao Projeto Político Pedagógico da Escola.
Para tanto, a Escola deverá ser como um espaço de conhecimento artístico
articulando currículo e anseios da comunidade local. A organização pedagógica
seguirá os três momentos pedagógicos da proposta triangular e as orientações
metodológicas das DCEB-Pr a saber: Teorizar, Sentir, e Perceber.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE ARTE
Pelo que já foi exposto acerca da disciplina de Arte sua história e importância,
os objetivos devem se alinhar em conteúdo e encaminhamento metodológico ao
Projeto Político Pedagógico com vista a formação do homem que se almeja.
Neste sentido então o Ensino de Arte é resultado de um processo teórico
prático fundamentado no conhecimento em Arte. A articulação da teoria e prática
deverá ser encaminhada tento pelo próprio objetivo como agente norteador, como
também através da seleção dos conteúdos de acordo com as DCEB-Pr e o
apropriado recorte ou acréscimo de conteúdos para fazer frente as demandas
desejadas e explicitadas no Projeto Político Pedagógico.
A seguir temos a relação de objetivos desejados para a disciplina de Arte:
OBJETIVOS GERAIS
• Procurar metodologicamente adaptar os conteúdos a realidade dos alunos da
Escola;
• Aproveitar as características peculiares da comunidade escolar para
encaminhar o plano de trabalho docente alinhados tanto a realidade como as
DCEB-Pr;
265
• Trabalhar com as produções artísticas disponíveis nas suas diferentes
linguagens (Arte Visual, Música, Teatro e Dança);
• Propiciar momentos em que a sensibilidade humana aflore nas aulas, através
de atividade sensibilizantes;
• Considerar a produção artística como meio de comunicação e expressão de
conhecimento;
• Utilizar a produção artística construída historicamente pela Humanidade como
forma de reflexão e compreensão dos diferentes processos de manifestação
social;
• Utilizar os momentos de produção individual como forma de reflexão e
compreensão dos diferentes processos de manifestação pessoal;
• Desenvolver capacidades de reflexão, análise crítica, auto expressão e
relacionamento social.
CONTEÚDOS
Ensino Fundamental II
ARTE VISUAL
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos forma: Ponto, Linha, Textura,
Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz.
Composição
• Composições: Bidimensional, Figurativa, Simétrica, Geométrica. Tridimensional,
Figura e Fundo, Abstrata, Perspectiva; semelhanças, Contrastes, Ritmo
Visual, Deformação.
• Técnicas de Composição: Pintura, Escultura, Arquitetura, Desenho, Fotografia,
Áudio Visual
• Gêneros de Composição: Mitologia, Paisagem, Retrato e Natureza Morta
Paisagens Urbanas, Cenas do Cotidiano
266
Movimentos e Períodos
Elementos e características das Artes: Grego Romana, Africana, Oriental e Pré
Histórica; Indígena, Popular, Brasileira, Paranaense, Renascimento e Barroco, Arte
Africana, Arte no Século XX, Contemporânea, elementos da Industria Cultural.
Realismo, Vanguardas, Muralismo, Arte Latino Americana, Hip Hop.
MÚSICA
Elementos Formais
• Apresentação e aprofundamento dos fundamentos dos elementos
formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia, Harmonia.
• Composição: Tonal, Modal e fusão de Ambos
• Escalas: Diatônica, Pentatônica e Cromática.
• Introdução aos Gêneros Musicais: Folclórico, Indígena, Popular, Étnico.
• Técnicas: vocal, instrumental e mista.
• Improvisação.
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Música: Grega Romana, Oriental, Ocidental,
Africana, Popular e Étnica; Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno;
Engajada, Música Popular Brasileira, Contemporânea.
TEATRO
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Personagem
(Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
• Composição:
• Representação e Leitura Dramática, Representação no Cinema e Mídias
267
• Elementos da Composição: Enredo, Roteiro, Espaço Cênico, Adereços, Texto
Dramático, Maquiagem, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.
• Introdução as Técnicas de composição: Jogos, Teatro Direto e Indireto,
Improvisação, Manipulação, Máscara, Mímica, Formas animadas.
• Introdução Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia e Circo, Rua e Arena e
Caracterização, Monólogos, Direção, Ensaio, Teatro-Fórum.
• Dramaturgia
Movimentos e Períodos
• Elementos e características do teatro: Grego-romano, Oriental, Medieval e
Renascentista, Teatro Africano, Comédia Dell'Arte, Popular, Brasileiro,
Paranaense, Indústria Cultural, Impressionismo, Realismo e Cinema Novo,
Teatro Engajado, Teatro do oprimido, Teatro do Pobre, Teatro do Absurdo,
Vanguarda
DANÇA
Elementos Formais
• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,
Tempo, Espaço
Composição
• Elementos de composição: Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos
Articulares, Fluxo, Rápido e Lento, Formação, Deslocamentos, dimensões,
Rotação, Coreografia, Salto e Queda, Peso, Fluxo, Lento, Rápido e
moderado, níveis, formação, Direção, Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e
desaceleração, Sonoplastia, Peso, Giros, Rolamentos, Extensão,
Deslocamento.
• Técnicas de composição: improvisação.
• Gêneros de dança: Circular, Folclórica, popular e Étnica, Indústria Cultural e
Espetáculo, Performance e Moderna.
268
Movimentos e Períodos
• Elementos e características da Dança: Pré Histórica, Greco-Romana,
Renascentista, Clássica, Dança Popular, Brasileira, Africana, Indígena, Hip
Hop, Músicas, Expressionismo, Indústria Cultural, Dança Moderna,
Vanguarda, Dança Contemporânea.
Ensino Médio
ARTES VISUAIS
Elementos Formais
• Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz.
Composição
• Composições: Bidimensional, tridimensional, figura e fundo, Figurativa,
abstrato,perspectiva, semelhanças, contraste, ritmo visual. simétrica,
deformação, estilização.
• Técnicas de Composição: Pintura, desenho, modelagem,instalação,
performance, fotografia, gravura, Escultura, Arquitetura, história em
quadrinhos
• Gêneros de Composição: Paisagem, natureza – morta, cenas do cotidiano,
histórica, religiosa e da mitologia.
Movimentos e Períodos
• Arte Ocidental, Oriental, africana, brasileira, paranaense, popular, de
vanguarda, industria cultural, contemporânea , latino -americana;
269
MÚSICA
Elementos Formais
• Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.
Composição
• Ritmo e Melodia, harmonia.
• Escalas: modal, tonal e fusão de ambos.
• Gêneros: Erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop
• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação
Movimentos e Períodos
• Música Popular, Brasileira, Paranaense, Industria Cultural, Engajada, de
Vanguarda, Oriental, Ocidental, Africana, Latino- Americana.
TEATRO
Elementos Formais
• Personagem (Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.
Composição
• Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mimica, ensaio, Teatro –
Fórum, Roteiro, Encenação e leitura dramática.
• Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia, Drama e Épico.
• Representação nas Mídias: Caracterização, Cenografia, sonoplastia, Figurino
e Iluminação, Direção, Produção.
Movimentos e Períodos
• Teatro Grego-romano, Oriental, Medieval, Brasileiro, Parananense, Popular,
Indistria Cultural, Engajado, Dialético, Teatro essencial, Teatro do oprimido,
270
Teatro pobre, de Vanguarda, Renascentista, Teatro Africano, Latino –
Americano e Simbolista..
DANÇA
Elementos Formais
• Movimento Corporal, Tempo, Espaço.
Composição
• Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Saltos e Quedas, Giros, Rolamentos, Movimentos
articulares, Lento rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis de
deslocamento, Direção, Planos, Improvisação, Coreografia,
• Gêneros: Espetáculo, Industria Cultural, Ética, folclórica, Populares e de Salão
Movimentos e Períodos
• Pré – história, Greco – Romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica,
Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Industria
Cultural, Dança de Vanguarda, Dança Moderna, Dança Contemporânea.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
O encaminhamento metodológico para o ensino fundamental da Educação
de Jovens e Adultos da rede pública do Estado do Paraná está fundamentado nas
Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, onde estão identificados três eixos
articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base nesses eixos que norteiam o
currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA, ARTE E IDENTIDADE e ARTE E
SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina de Artes, dos quais derivarão as
temáticas propostas e os conteúdos que serão desenvolvidos na aula.
Arte e Estética
271
“Hoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas artes, uma
concepção especial, uma maneira de fazer, uma escola ou tendência determinada.”
(Zamacois, 1986)
A experiência estética se revela com a sensibilização, com a descoberta do olhar,
um encontro com as emoções, libertando o ser para perceber o mundo em si e ao
seu redor, permitindo um pensar filosófico, crítico e reflexivo. Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira, em seu Dicionário da Língua Portuguesa, apresenta, dentre
outros, os seguintes significados para a palavra estética: “1- estudo das condições e
dos efeitos da criação artística. 2- (...) estudo racional do belo, quer quanto à
possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e
sentimentos que ele suscita no homem”.
Partindo dessas definições e as ampliando, a Estética aqui é entendida
como sendo “toda teoria que se refira à beleza ou à arte" (Pareyson, 1997, p. 2),
sendo ela derivada de uma experiência filosófica ou concreta. E por ser uma
reflexão sobre a experiência, inclui-se aqui o fazer artístico, que é a manipulação
dos elementos da linguagem artística, presentes nas Artes Visuais, na Música, no
Teatro e na Dança. Portanto, entendemos que ao adotar um eixo articulador para a
disciplina de Arte baseado no entendimento acima exposto, devemos possibilitar as
experiências estéticas e compreender como aproximar e proporcionar o olhar
estético para as produções artísticas e para o cotidiano. E assim sendo, “o educando
da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a compreensão
dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura. “(Diretrizes
Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 30)
Arte e Identidade
É comum ouvirmos falar de crise de identidade, mas o que é identidade e
como essa identidade se revela a partir da arte que produzimos? A identidade está
em crise?
O que é identidade? É idêntico, igual, registro... Para o dicionário Houaiss identidade
é: 1- estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2- consciência da
persistência da própria identidade, 3- o que faz com que uma coisa seja a mesma
272
que outra, 4- conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma
pessoa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-la.
A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos demais.
Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar idêntico, fazer
(se) reconhecer, distinguir traços característicos como gosto, música, festas,
folguedos, crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros tantos que usam da
linguagem artística para expressar-se e assinar suas características sociais,
antropológicas e psicológicas.
A nossa identidade pessoal e social é um importante mediador das relações
com os demais. A proposta deste eixo temático na Educação de Jovens e Adultos do
Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná preocupa-se em uma educação
pela arte que transmita significados que estão próximos da vida concreta do
educando, produzindo aprendizagem. É um processo que mobiliza tanto os
significados e os símbolos quanto os sentimentos e as experiências a que se
propõe.
Quando um indivíduo desenvolve sua percepção estética e tem consciência
do poder destas representações, textos e imagens na produção das identidades,
compreende a força persuasiva da arte, no sentido de criar e reforçar
representações que possuímos como indivíduos e como identidade coletiva.
Arte e Sociedade
... concernem à determinação social da atividade artística,
seja do ponto de vista da finalidade social das obras – por
exemplo, o culto religioso ou o mercado de arte – seja o lugar
ocupado pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita
secreta, financiado por um mecenas renascentista,
profissional liberal ligado ao mercado de arte, etc – seja das
condições de recepção da obra de arte – a comunidade de
fieis, a elite cultivada e economicamente poderosa, as classes
populares, a massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153)
273
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou
apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação, e sim, uma ciência
que trabalha com o conhecimento presente em diferentes instâncias sociais.
A profunda relação entre arte e sociedade é possível na medida em que
pensarmos a arte como construção social e não como um dom natural, talento ou
mera produção. As pessoas são construções sociais que necessariamente influem e
são influenciados pelo fazer e pensar arte. A música rap, por exemplo, constrói um
determinado tipo de consciência social, propaga os conhecimentos de um grupo
popular, que são absorvidos e muitas vezes até revivificados em outras formas
artístico-culturais.
A abordagem crítica e intertextualizada é necessária para que no cotidiano se
problematizem as relações entre arte e sociedade e se permita, assim, a formação
de sínteses pessoais enriquecedoras. Em outras palavras, o conceito de arte e
sociedade abrange grandes temas da vida social como: a relação do homem com o
trabalho; as relações de gênero; a ocupação do espaço urbano e outros. Também
através deles podemos compreender, inclusive, a influência da indústria cultural,
segundo a qual, muitas vezes a (pseudo) cultura de massa tenta impor uma ordem
social passiva e alienada. Em contrapartida, o conhecimento da arte em seu aspecto
social, deve desvelar-se de modo que o ser humano possa pertencer, dialogar e
transformar a realidade que o circunda.
Não podemos perder de vista as concepções de mundo e de sociedade que
queremos construir e vivenciar com os educandos, pois o grande desafio do trabalho
pedagógico em arte nos dias de hoje não se resume somente em aceitar e respeitar
a diversidade, mas principalmente em trabalhar, partilhar, dialogar e recriar
conjuntamente a fim de educar para uma sociedade mais justa e igualitária.” Ação da
escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo
assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social” (Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos,p. 31).
PRÁTICAS AVALIATIVAS
274
A avaliação deve se fazer presente para a disciplina de Arte. É, portanto
diagnóstica, processual contínua e acumulativa.
De acordo com a LDB 9394/96, a avaliação é “contínua e cumulativa do
desempenho do aluno”. O professor participa do processo e compartilha a produção
do aluno. É o professor quem compreende a avaliação e a executa como um
projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento
do aluno baseados em critérios específicos que ele mesmo estipula visando
alcançar os objetivos explicitados no seu plano de trabalho docente de forma clara
e disponibilizados aos alunos.
“A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda.
A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo. ”(DCEB-PR, p.32).
REFERÊNCIAS
MARTINS, Mirian C; PSOSQUE, Gisa; GUERRA M.T. Telles. Didática do Ensino de
Arte – A Língua do Mundo; São Paulo; FTD:1998.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
9.4 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA-INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do
currículo escolar sofreram constantes interferências da organização social no
275
decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos. Assim, é na relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do
currículo e a sociedade, que residem as causas da ascensão ou do declínio do
prestígio das línguas estrangeiras nas escolas.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa- desempenha um
papel essencial no Currículo escolar, pois permite ao aprendiz sua inclusão social
em uma sociedade pluricultural, inserindo-o como participante ativo, capaz de se
relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos, levando-o a refletir
sobre a língua como algo que constrói e é construído.
Ao utilizar a língua estrangeira – Língua Inglesa - o aprendiz deverá ser capaz
de reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente e
em diferentes culturas e maneiras de pensar. A partir da interação com a língua
estrangeira o aluno poderá compreender que os significados são construídos social
e historicamente e que a língua organiza e determina as possibilidades de
percepção de mundo e de si mesmo. Desta maneira terá a possibilidade de
constatar, vivenciar e criticar essa diversidade, realizando transformações sociais
necessárias sem perder a própria identidade cultural.
A comparação entre procedimentos de construção de significados na língua
estrangeira e língua materna permitirá ao aprendiz expandir sua capacidade de
interpretar a língua, desenvolver seu senso crítico, ampliando suas possibilidades de
entendimento de mundo, tornando-o capaz de comunicar-se em diferentes formas
discursivas materializadas em diferentes situações.
As propostas aqui adotadas seguem as orientações das Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação do Estado do Paraná /2009, que estão embasadas na
corrente sociológica e nas teorias do círculo de Bakhtin e tem como referencial
teórico a pedagogia crítica.
Objeto de Estudo da Língua Estrangeira
276
A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, além de servir como meio
para progressão no trabalho e estudos posteriores, deve também contribuir para
formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam
explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a
pesquisa e a reflexão.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna propõe superar os fins utilitaristas,
pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino dessa
disciplina.
Desta forma, espera-se que o aluno:
• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar
as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um
norte comum na seleção de conteúdos específicos.
Ensino fundamental Fase II
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Embasada na língua como discurso enquanto prática social, o conteúdo
estruturante se efetiva na prática de leitura, da escrita e da oralidade.
O texto, de diferentes gêneros e nas diferentes esferas sociais de circulação,
entendida como uma unidade de sentido, pode ser oral, escrito, verbal e não-verbal.
Na EJA, dadas as características, o trabalho parte da exploração de diversos
gêneros textuais que propiciam a exposição do educando a língua dentro de um
contexto de interação verbal, como espaço de produção de sentidos possibilitando a
277
análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para criar a
interação entre as habilidades em cada contexto.
O conteúdo estruturante Discurso como prática social será priorizado através da
leitura, oralidade e escrita. Servindo-se de materiais reais e textos autênticos para a
construção de significados com a interação ativa dos educandos. Os textos serão
selecionados a partir das necessidades e sugestões dos alunos desta modalidade
de ensino, visando, não apenas os objetivos de natureza linguística e sim os fins
educativos com diversos graus de complexidade da estrutura lingüística, permitindo
assim, estabelecer relações entre as ações individuais e coletivas.
Além dos temas sugeridos pelos alunos, será também trabalhado, através de textos
e afins os temas sugeridos pela lei 10.639/03 e 13.381/01 que visa a discussão da
História e Cultura Afro-brasileira e Africana, da História do Paraná e as questões
ambientais.
Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros)
• Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos,
narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de
remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, rótulos e embalagens e
etc.;
• Identificação da ideia principal de textos. (skimming);
• Identificação de informações específicas em textos. (scanning);
• Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem
(verbal e não verbal);
• Inferência de significados a partir de um contexto;
• Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc.
Foco Linguístico
• Substantivos;
• Adjetivos;
• Pronomes: pessoais, possessivos demonstrativos, e interrogativos;
278
• Verbo to be e there to be (formas: afirmativa, interrogativa e negativa);
• Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples regular e
irregular de verbos mais comuns) e futuro com Will;
• Imperativo: formas afirmativa e negativa;
• Preposições (in, on, at, from, to...);
• Advérbios de tempo, lugar e frequência.
.Vocabulário Básico
• Saudações, apresentações horas, família, partes do corpo, cores, dias da
semana, meses, estações do ano, profissões, roupas, animais, locais
públicos, condições do tempo, partes da casa, refeições, adjetivos, numerais
(cardinal e ordinal);
• Identificação da idéia principal de textos. (skimming);
• Identificação de informações específicas em textos. (scanning).
Ensino Médio
• GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS
• LEITURA – identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade, vozes
sociais presentes no texto, léxico, coesão e coerência, marcadores de
discurso, funções das classes gramaticais no texto, elementos semântios,
discurso direto e indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo,
figurar de linguagem, marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação
gráfica e ortografia
• ESCRITA - identificação do tema, finalidade do texto intertextualidade,
intencionalidade, informatividade, vozes sociais presentes no texto, vozes
verbais, léxico, coesão e coerência, marcadores de discurso, funções das
classes gramaticais no texto, elementos semânticos, discurso direto e
indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo, figurar de linguagem,
marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação gráfica e ortografia.
• ORALIDADE - elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;
adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no
279
texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão , coerência gírias,
repetição; diferença e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação
da fala ao contexto ; pronuncia.
• ESFERAS SÓCIAS DE CIRCULAÇÃO- Cotidiana: bilhetes, anedotas,
cantigas de roda, comunicado, musicas, parlendas, cartão postal, quadrinhas,
receitas, piadas, convites; Literária / Linguística: biografias, fábulas, contos,
memórias, poemas, romances, histórias em quadrinhos, literatura de cordel,
narrativas, letras de musicas, textos dramáticos; Científica: artigos, palestras,
pesquisas, resumo, relatório; Escolar: ata, cartazes, seminários, resenha,
texto de opinião, exposição oral, relato histórico verbetes de enciclopédia,
discurso argumentativo; Imprensa: charge, classificados, entrevista,
horóscopo, reportagens, tiras, sinopse de filme , manchetes, cartum, crônica
jornalística,; Publicitária: anúncios, comercial de TV, fôlder, slogan, placas,
publicidade comercial, institucional e oficial; Política: abaixo assinado,
assembleia, debate regrado, manifesto, discurso político; Jurídica: estatutos,
leis, oficio, requerimento, procuração; Produção e consumo: bulas, manual
técnico, placas; Midiática: blog, e-mail, chat, fotoblog, filmes, telenovelas,
desenho animado.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo verbal
ou não-verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma prática
analítica e crítica, ampliar os conhecimentos linguísticos e culturais de suas
implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as
diferenças culturais. Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades
diversificadas que permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem
como sua esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a
intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise linguística.
Cabe ao professor possibilitar o conhecimento dos valores culturais e estratégias
que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas. Cabe ainda ao professor,
280
criar condições para que o aluno seja um leitor critico que demonstre reações aos
textos com os quais se depara e assuma uma atitude critica e transformadora com
relação aos discursos apresentados. O professor deve direcionar as atividades de
produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para
quem se escreve em situações reais de uso. As atividades devem ser significativas,
instigantes remetendo os alunos à pesquisa, discussão e reflexão e/ou práticas
discursivas.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante
organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um plano
de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e articulada.
A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os
textos e nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades
e avanços dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e
diferentes formas de avaliar.
A auto-avaliação deve ser introduzida com a compreensão de que o ato do
conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis.
O Plano de Trabalho Docente deve ser construído de modo que o aluno
conheça previamente os objetivos do ensino definidos pelo professor, os conteúdos
que serão ensinados e os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados.
Deve-se definir os critérios de avaliação assim como articular o instrumento
avaliativo com os encaminhamentos metodológicos adotados.
A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e
pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno
carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão
acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e propor
outros encaminhamentos que busquem superá-las.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
281
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de
Bakhtin. 1 ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003.
JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.
Curitiba, UFPR,2004b.
Secretaria do Estado da Educação do Paraná-SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica-Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008
9.5 FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de filosofia se pauta por uma relação de ensino-aprendizagem,
portanto, que traz para a escola uma forma dialética de aprender e ensinar, onde
são valorizadas a formação e construção de conceitos, a discussão de temas e
problemas recorrentes na historia do pensamento ocidental, onde se busca mais um
entendimento das formas e estruturas de pensamento lógico-linguistico do que a
mera apreensão de conteúdos.
Na Educação de Jovens e adultos o ensino da Filosofia está baseado na
compreensão não apenas do conhecimento teórico, mas no questionamento da
realidade e no movimento em torno das respostas de forma livre e emancipadora do
pensamento e ações do nosso aluno.
Uma escola que privilegia a argumentação critica e reflexiva, por parte dos
alunos, visa formar cidadãos conscientes de seu papel em sociedade, no caminho
para uma humanidade mais feliz e justa. Conforme a LDB/96, a disciplina de filosofia
deve contribuir para a formação de pessoas conscientes; para tanto, aborda os
conteúdos necessários ao exercício da cidadania numa pratica que visa construir
liberdade para todos.
OBJETIVOS
282
• Apresentar ao aluno uma introdução à Filosofia e ao pensamento
filosófico, mostrando as diferenças fundamentais entre razão e mitologia,
enfatizando o uso da razão e colocando a atitude racional como superação
do pensamento mítico.
• Apresentar para o aluno algumas das principais correntes do pensamento
filosófico em relação a teoria do conhecimento, especialmente: o
empirismo; o racionalismo/intelectualismo; o criticismo.
• Capacitar o aluno a pensar logicamente, discernindo entre as proposições
falaciosas e os juízos enganadores, daqueles verdadeiramente legítimos.
Das ao aluno referencias básicas para validação de juízos de fato e juízos
de valor, bem como critérios seguros para distinção das noções de
realidade, verdade e falsidade.
• Contribuir para que o aluno tome consciência da necessidade de uma
busca pessoal, constante e incessante da sua própria cidadania enquanto
ser que pensa, fala e trabalha. Explicitar e discutir o problema da
liberdade, dos direitos e deveres do homem enquanto membro de uma
sociedade organizada.
• No ensino da EJA, o desafio inicial é desenvolver no aluno as
potencialidades que a caracterizam, como: capacidade de indagação e
critica; poder de sistematização, de fundamentação; domínio de conceitos;
uso de argumentação teórica que influencie no seu cotidiano; desejo de
transformação enquanto indivíduo e ser social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Mito e Filosofia
• Teoria do Conhecimento
• Ética
• Filosofia e política
• Filosofia da Ciência
• Estética
283
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Saber mítico
• Saber filosófico
• Relação mito e filosofia
• O que é filosofia
• Possibilidade do conhecimento
• As formas de Conhecimento
• O problema da Verdade
• A questão do método
• Conhecimento e lógica
• Ética e Moral
• Pluralidade Ética
• Ética e violência
• Razão desejo e Vontade
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
• Reações entre comunidade e Poder
• Liberdade e Igualdade política
• Política e ideologia
• Esfera publica e privada
• Cidadania formal e/ou participativa
• Concepções de ciência
• A questão do método científico
• Contribuições e Limites da Ciência
• Ciência e Ideologia
• Ciência e ética
• Natureza da Arte
• Filosofia e arte
284
• Categorias Estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,
• Estética e sociedade
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
O Ensino da filosofia deve desenvolver-se em quatro momentos:
• A mobilização para o conhecimento,
• A problematização
• A investigação
• A criação de conceitos
O Ensino da Filosofia deve preocupar - se com o cotidiano dos alunos,
buscando focar os conteúdos com a sua realidade, de modo que ao problematizar
haja sempre uma preocupação com a atualidade. De forma que ao estudar a história
da filosofia, textos clássicos em uma abordagem contemporânea, o aluno possa
formular conceitos e construir seu discurso filosófico. Utilizar os textos filosóficos no
sentido de que possam auxiliar a compreender os problemas atuais da sociedade.
O ensino da Filosofia deve apresentar-se numa perspectiva de emancipação
humana do pensamento, estimulando o aluno a pensar sobre a sua própria realidade
com coerência e senso crítico. Podemos dizer que o ensino da Filosofia “na escola
pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do
pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação,
da análise e da criação de conceitos” (DIRETRIZES CURRICULARES DE
FILOSOFIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA, 2008, p. 51).
A aula de Filosofia na EJA deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remeta o educando a sua própria realidade. Assim, os conteúdos serão estudados com o auxílio de textos filosóficos, que devem fornecer subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer as co-relações e ampliar a sua visão de mundo.
É fundamental que o ensino da filosofia seja permeado por atividades
285
investigativas individuais e coletivas de modo que organizem e orientem o debate
filosófico com objetivo de tornar este dinâmico e participativo. Para que isso
acontece é necessário incluir no desenvolvimento das aulas a leitura, debate , a
produção de textos e outras estratégias para que o aluno possa fazer a criação de
conceitos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
As avaliações serão condizentes com a metodologia empregada, e
privilegiará, justamente, o processo de aprendizagem como um meio muito mais do
que os fins. Assim, serão consideradas as praticas de arguição, argumentação e
formação de argumentação escrita, oral, e atividades em grupo. Em filosofia, se
avalia muito mais o processo do que se o objetivo foi plenamente atingido. Desse
modo, as avaliações poderão considerar os trabalhos em grupo, dinâmicas de
sensibilização, participação em debates, apresentação de seminários, trabalhos
escritos, em grupos e individuais e provas escritas.
REFERÊNCIAS
ARENDT, Hannah. Que é liberdade? In: Entre o passado e o futuro. 5ª ed. São
Paulo: Perspectiva, 2003.
Filosofia / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo: Paulus, 1991.
VERNANT, Jean-Pierre. Entre o Mito e Política. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 2001.
9.6 SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
286
As grandes mudanças na história da humanidade, ocorridas no século XVII e
que se estenderam ao século XIX, só foram superadas pelas transformações do final
do século XX. A Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e a Revolução
Francesa de 1789, geraram grandes problemas sociais, que os pensadores da
época não conseguiam explicar, surgindo assim a Sociologia enquanto ramo do
saber científico, com a função de compreender e interpretar as transformações
econômicas, sociais e políticas que se processavam na Europa a partir da
desagregação da sociedade feudal e da consolidação do capitalismo.
Historicamente, o marco de surgimento da Sociologia insere-se na busca de
explicações científicas para as inúmeras transformações sociais, econômicas,
políticas e culturais decorrentes dessas duas revoluções.
As novas formas de organização social que surgiram devido à industrialização
firmaram o modo de vida de grandes contingentes humanos. As mudanças que se
deram naquele período e seus reflexos na sociedade podem ser comparados ao que
está acontecendo na conjuntura atual, em que outra grande transformação científico-
tecnológica está influenciando profundamente a vida das pessoas, que por estarem
vivendo-a, ainda não conseguem, em sua maioria, perceber a dimensão dessas
alterações.
A profunda transformação do modo de produção e as novas ideias políticas
desenvolvidas a partir dessas revoluções produziram novas relações sociais e novos
problemas para a sociedade. “Os conflitos gerados pelo surgimento de novas
classes sociais, de novas ideologias, de diferentes questionamentos, reclamam a
elaboração de respostas. A sociedade torna-se um problema que precisava de
explicação” (CARVALHO, 2004, p. 199). Era necessário, portanto, que se
desenvolvesse um saber científico capaz de encontrar respostas e soluções para a
crise e de compreender a problemática social que se instalava. E assim nasce a
Sociologia.
Por um lado, o saber sociológico surge enquanto um mecanismo
importantíssimo para a compreensão das transformações e, por outro, funcionava
para “amenizar o espanto” do homem frente à crise social e econômica que se
instaurava. Não é à toa que o pensamento positivista que se desenvolve nos
primórdios da Sociologia visava restaurar a ordem social por meio de um processo
287
conservador e reformista.
A Sociologia surgiu, portanto com os movimentos de afirmação da sociedade
industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela
resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento
conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta tanto no
comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e
enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da
sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares ”Parecia aos contemporâneos um
produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os
passos da civilização, quando na verdade, o progresso crescente dos modos de
pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos. E disso a Sociologia é uma
prova, era produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa
Pinto (l965,p.37).
Todavia, esse conhecimento não explica a realidade unicamente a partir de
uma teoria, visto não haver uma única forma de explicar sociologicamente a
realidade. Cabe ao professor, de acordo com seus posicionamentos políticos e com
as teorias tradicionais da Sociologia, escolher aquela mais adequada para explicar o
objeto de estudo em questão.
O ensino da Sociologia deve buscar, nas diferentes tradições sociológicas, o
seu devido potencial explicativo, bem como resgatar a história da Sociologia, como
forma coerente de estabelecer um processo dialético entre a ação política e a ação
educacional, visando construir um conhecimento crítico e com o rigor científico
necessário.
Conforme destaca CARVALHO, a Sociologia nasce:
“Como forma autoconsciente da realidade para boa parte das reflexões dos primeiros pensadores, que hoje fazem parte dos clássicos das Ciências Sociais. Como exemplo podemos citar Saint-Simon, Tocqueville, Comte, Burk, Spencer, Feurerbach, Durkheim, Weber, Marx e outros. Todos tratando de compreender, explicar e responder às transformações e crises manifestas em processos sociais e estruturais, em movimentos de protesto, greve, revolta e revolução”. (CARVALHO, 2004, p. 200).
288
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, estabelecidas pela SEED/PR,
destacam algumas concepções teóricas, que fundamentam a Sociologia enquanto
disciplina acadêmica e escolar:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA
Toda ciência, como produto histórico, está em constante processo de
construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram
as bases teórico-metodológica do pensar a realidade com método e espírito de
indagação.
Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e
ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade
européia da sua época,valendo-se da ciência ara compreender o sentido da crise
que a cometia. Cada qual lhe lançou um olhar:
Émile Durkheim
Durkheim toma por pressuposto que a sociedade é regida por leis e uma
ciência que dela se ocupe deve chegar à formulação de grandes generalizações que
a explicam. Assim propõe a teoria da coesão ou da solidariedade social,
demonstrando que o princípio da integração perpassa a sociedade, cujo
funcionamento tende à estabilidade. O sistema social, na sua concepção, é
formulado em comparação com o organismo vivo do que infere ser saudável a
sociedade quando ocorre integração entre suas partes, ou patológica, se qualquer
distúrbio retire-lhe a harmonia.
Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a
sociologia, Durkheim dedicou-se a essa questão, salientando que nenhuma ciência
poderia se constituir sem uma área própria de investigação. A sociologia deveria se
ocupar de acordo com ele, com os fatos sociais que se apresentavam aos indivíduos
como exteriores, coercitivos e gerais, que captada na regularidade dos fenômenos
coletivos encontrados em sociedades de todos os tempos e pode ser ilustrada pelas
relações de parentesco; um fato social é normal por estar presente na extensão de
uma dada sociedade.
289
Segundo Durkheim, a divisão do trabalho, como fato social, deveria em geral
provocar uma relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. No
entanto, como as transformações socioeconômicas ocorriam velozmente nas
sociedades europeias, inexistia ainda, de acordo com ele, um novo e eficiente
conjunto de ideias morais que pudesse guiar o comportamento dos indivíduos. Tal
fato dificultava o '' bom funcionamento” da sociedade. Essa situação fazia com que a
sociedade mergulhasse em um estado de anomia, ou seja experimentasse uma
ausência de regras claramente estabelecidas, ou seja a sociedade encontrava-se
socialmente doente.
Durkheim considerava a Sociologia, a ciência das instituições, de sua gênese
funcionamento, cuja missão era reconstruir uma moral que respondesse às
exigências do espírito científico da época. Numa visão otimista da história colocava
a necessidade de consenso social e via na educação uma instituição integradora por
passar para as novas gerações as condições essenciais para a sobrevivência da
sociedade, identificando-a com o sistema de normais morais.
Max Weber
A intenção de conferir à Sociologia uma reputação científica encontra na
figura de Max Weber (1864-1920) um marco de referência. Durante toda sua vida,
insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de
cuidadosa investigação e os julgamentos de valor sobre a realidade.
A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma
rigorosa fronteira entre o cientista, homem do saber, das análises frias e
penetrantes, e o político, homem de ação e de decisão comprometido com as
questões práticas da vida. O que a ciência tem a oferecer a esse homem de ação,
segundo Weber, é um entendimento claro de sua conduta, das motivações e das
consequências de seus atos.
A ideia de uma ciência social neutra seria um argumento útil e fascinante
para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia como profissão. Ela abria a
possibilidade de conceber a Sociologia como um conjunto de técnicas neutras que
poderiam ser oferecidas a qualquer comprador público ou privado .Vários estudiosos
da formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade defendida
por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma
290
forma de manter a autonomia da Sociologia em face da burocracia e do Estado
alemão da época.
A formação da sociológica desenvolvida por Weber é influenciada
enormemente pelo contexto intelectual alemão de sua época. Incorporou em seus
trabalhos algumas ideias de Kant, como a de que todo ser humano é dotado de
capacidade e vontade para assumir uma posição consciente diante do mundo.
Compartilhava com Nietzche uma visão pessimista e melancólica dos tempos
modernos. Com Sombart possuía a preocupação de desvendar as origens do
capitalismo.
A Sociologia por weber desenvolvida considerava o indivíduo e a sua ação
ponto chave da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto
de partida da Sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos.
Em Weber também se manifesta o cuidado metodológico para garantir a
cientificidade ao processamento do investigador, deixa claro o papel da subjetividade
na produção do conhecimento. Para ele, o sujeito cognoscente é parte do processo
de compreensão da realidade, ou seja, compreender equivale captar o sentido de
uma ação social. Isso significa que Weber busca também a evidência dos
fenômenos estudados, ainda que essa não esteja explícita na ação. Logo,
compreender o sentido da ação implica chegar ao significado que o sujeito ou os
sujeitos da ação conferem a ela, orientando-se pela conduta de outros.
No âmbito da realidade política, a contribuição de Weber sobre o fenômeno
da dominação, seja racional, tradicional ou carismática, como os tipos ideais puros,
coloca a luz na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao tratar o poder nas
condições da ação humana disposta à obediência no confronto com os dominadores
que pretendem deter o poder legítimo. A pretensão de legitimação dos dominadores,
ou seja, o seu reconhecimento e aceitação sociais são mais considerados por Weber
que o próprio exercício da dominação.
Karl Marx
A elaboração mais significativa do conhecimento sociológico crítico foi feita
pelo marxismo. Deve-se a Marx e Engels a formação e o desenvolvimento desse
pensamento sociológico crítico radical da sociedade capitalista.
291
Na concepção de Marx e Engels o estudo da sociedade deveria partir de sua
base material, e a investigação de qualquer fenômeno social da estrutura econômica
da sociedade, constituiria a verdadeira base da história humana.
O método proposto por Marx é o método dialético, que possui quatro
características fundamentais; tudo se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão
universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento
incessante); mudança qualitativa; luta dos contrários.
A aplicação do materialismo dialético aos fenômenos sociais teve o mérito de
fundar uma nova teoria científica de inegável alcance explicativo: o materialismo
histórico. Engels e Marx concluíram de que seria necessário situar o estudo da
sociedade a partir de sua base material. Tal constatação implicava que a
investigação de qualquer fenômeno deveria partir da estrutura econômica da
sociedade, que a cada época constituía a verdadeira base da história humana.
A função da sociologia não era o de solucionar “problemas sociais”, com o
propósito de restabelecer o “bom funcionamento da sociedade”, como o Pensavam
os positivistas. Longe disso, ela deveria contribuir para a realização de mudanças
radicais na sociedade. Sem dúvida, foi o socialismo, principalmente o marxista, que
despertou a vocação crítica da sociologia, unindo a explicação e alteração da
sociedade, e ligando-a aos movimentos de transformação da ordem existente.
Segundo Marx as situações de conflitos existentes na nascente sociedade
industrial capitalista foram em larga medida omitidas pela vertente sociológica do
positivismo. Comprometido com a transformação revolucionária da sociedade, o
pensamento marxista procurou tomar as contradições do capitalismo como um de
seus focos centrais. Para Marx, assim como para a maioria dos marxistas, a luta de
classes, e não a “harmonia” social, constituía a realidade concreta da sociedade
capitalista.
Marx (1975) “... se pergunta o que é a sociedade em qualquer de suas formas
e demonstra que ela é o resultado da ação recíproca dos homens, que não
escolhem esta ou aquela forma. E prossegue: para um estado particular de
desenvolvimento das forças produtivas, todos os meios materiais e recursos de
conhecimento - tem-se uma forma particular de comércio e de consumo. A etapa
particular de desenvolvimento da produção corresponde determinada estrutura
292
social, uma organização corresponde da família, dos estamentos, das classes, ou
seja, uma sociedade civil correlata.”( DIRETRIZES CURRICULARES DE
SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO, 2008, P.62).
Pierre Bourdieu
Com uma complexa e vasta produção Pierre Bourdieu (1930-2002) ultrapassa
qualquer interpretação de ser estruturalista sua proposta sociológica, ao dar ênfase
à ciência capaz de ir além dos modelos para apreender a natureza da vida social. Ao
explicar as relações de poder inscritas em um campo social e ao analisar a
dimensão simbólica, cultural, do capital, Bourdieu(1989) constrói uma teoria da
prática social, onde cunhou o conceito de habitatus. No espaço social distinguem-se
as práticas sociais mediante habitatus sistema de esquemas instituintes, espécie
de história das relações sociais. Desse modo, o habitatus é o gerador de um
conjunto de disposições comuns, por exemplo, do gosto de uma classe social. No
campo da educação, Bourdieu exemplifica o professor como alguém que herda
capital cultural recebe iniciação em leituras e desenvolve um gosto que o diferencia
de trabalhadores de escritório.
Para Bourdieu, os bens culturais aos qual o aluno tem acesso conforme sua
classe social, incrementados pelos conhecimentos escolares – seu capital cultural
determina a sua posição na hierarquia econômica e social.
Florestan Fernandes:
Florestan Fernandes (1920-1995), para quem o pensamento crítico descortina
as diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos
sociais por diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e
classes sociais em sua situação histórica. Para ele, o conhecimento sociológico
crítico configura-se em uma autoconsciência científica da sociedade, com Sociologia
assumindo o caráter de uma técnica racional de consciência e de explicação das
condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais.
No pensamento de Florestan Fernandes a sociedade é um nexo de relações
que se desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade
social. O homem se constitui como um ser social ao constituir sua sociabilidade, sua
forma de organização concreta. “Existir” socialmente significa, para o sociólogo,
compartilhar condições e situações, desenvolver atividades e reações, praticar
293
ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente. Tal
nexo de relações configura as condições de persistência e/ou transformação da
realidade social.
A reflexão principal de Florestan Fernandes é sobre a desigualdade social,
Seu trabalho de professor é reconhecido internacionalmente. Foi responsável pela
criação de vários grupos de pesquisadores que vieram a reformular a sociologia no
Brasil, conferindo-lhe um rigor que jamais tivera, contribuindo para transformar as
ciências sociais no país estabelecendo um novo estilo de pensamento.procurando
identificar as contradições da sociedade de classes e o papel da Sociologia diante
dessa realidade, realizando ao longo de suas obras, várias pesquisas sobre temas,
alguns até então pouco estudados, como a situação do negro na ideologia dos
operários brasileiros e a vida social nas tribos indígenas, fez um retrato da burguesia
brasileira, mostrando o esforço que essa classe social realizou na sua resistência à
mudança social.
Ao se voltar para conteúdos que propiciem a consciência social de classe dos
trabalhadores e sua objetificação, Florestan Fernandes reivindica uma escola que dê
prioridade à maioria da população marginalizada. A educação e a auto-emancipação
coletiva se tornam, então, co-determinantes de uma relação recíproca mediada pela
escola e inspirada no papel político da classe trabalhadora de negar a sociedade
capitalista existente.
As concepções sociológicas acima pontuadas orientam a prática pedagógica
de sala de aula e oferecem aos alunos uma reflexão crítica da realidade que o cerca.
Conforme o caderno de Sociologia da SEED/PR destaca, é “do resgate dos
conteúdos críticos, da sociologia clássica e moderna que permitem esclarecer
muitas questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais
da sociedade brasileira”.
Esse resgate permite que se coloque em pauta, no ensino de sociologia, a
teoria e a realidade social, de forma que se discutam os principais problemas sócio-
econômicos do país, reconhecendo as classes e grupos sociais excluídos na
sociedade capitalista. É necessário resgatar para o aluno as determinações
históricas que originaram os problemas sociais, bem como a necessidade de
posicionar-se criticamente e politicamente frente a essa realidade, transformando-a.
294
OBJETIVOS
A modalidade de Educação de Jovens e Adultos apresenta algumas
especificidades em relação ao Ensino Médio regular. Segundo Oliveira (2001), três
campos contribuem para a definição de quem é o adulto que frequenta a Educação
de Jovens e Adultos:
1º) a condição de não-crianças;
2º) a condição de excluídos da escola;
3º) a condição de membros de determinados grupos sociais.
Dessa forma os jovens e adultos da EJA possuem um saber que não é
escolar, mas que é importante no processo de aprendizagem e no cotidiano dos
alunos. A incorporação dos saberes que os jovens e adultos possuem é essencial
para atribuir significados à prática educacional e pedagógica, uma vez que estes
alunos têm uma grande carga de experiências e conhecimentos ligadas ao
enfrentamento da vida, ao mundo do trabalho, ao contato com o mundo burocrático.
Tais conhecimentos e experiências, que se constituem em saberes não escolares,
devem ser “transformados” em conhecimentos pela experiência escolar. Somente
assim a modalidade de Educação de Jovens e Adultos poderá ser uma ação
positiva. Ou seja, quando emancipar o sujeito da EJA e não apenas executar uma
“diplomação” que ateste sua passagem pelos bancos escolares.
Neste sentido, a disciplina de Sociologia não deve se limitar à transmissão de
conhecimentos e de teorias sociológicas, mas a um enfrentamento que propicie aos
alunos refletir sobre a sua realidade mais imediata e sobre o mundo social que o
cerca. Contudo, esta reflexão deve ter como base de sustentação os conhecimentos
fornecidos pela Sociologia, escapando assim do senso comum e das visões
preconceituosas e estereotipadas.
De maneira mais esquematizada, o objetivo geral da disciplina se apresenta
da seguinte maneira:
• Despertar no aluno a compreensão crítica da realidade em que vive e de si
mesmo;
• Construir um nível de leitura da realidade, pensando-a sociologicamente;
295
• Perceber as diferenças sociais, ressaltando os anseios de cada uma delas;
• Perceber a dinâmica dos movimentos sociais e suas causas;
• Debater a cidadania no âmbito da sociedade contemporânea de consumo
CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantes é um rol de fenômenos sociais inter-relacionados.
São, portanto, instâncias conceituais que remetem à reconstrução da realidade e às
suas implicações lógicas. São estruturantes os conteúdos que identificam grande
campo de estudos, onde as categorias conceituais básicas da Sociologia-ação
social, relação social, estrutura social e outras eleitas como unidades de análise
pelos teóricos, fundamentam a explicação científica.
De acordo com o caderno “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino
Médio” da SEED/PR, os conteúdos que seguem não se resumem a uma listagem de
temas e conceitos encadeados de forma engessada e rígida. São “conteúdos
representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento
universal e deve ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção
teórica”. São considerados, portanto, como uma gama de conteúdos estruturantes,
centrais para a compreensão da realidade social, cuja função básica é
instrumentalizar alunos e professores na seleção, problematização e organização
dos conteúdos específicos da sociedade em que o aluno está inserido.
Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece
sem uma crítica social. Os conteúdos em sociologia têm a tarefa de exercer um
efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar-se sobre
si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são.
Os Conteúdos Estruturantes não se confundem com listas de temas e
conceitos encadeados de forma rígida, as constitui apoio conceitual históricos e
contextualizados, que norteiam professores e alunos, sujeitos da educação escolar e
da prática social, na seleção organização e problematização dos conteúdos
específicos relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os
conteúdos que estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o
296
coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-
relações que constituem a sociedade.
Os conteúdos também incorporam a temática referente às Relações Étnico-
Raciais propostas pela Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho
Estadual de Educação no que se refere ao Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana e Indígena.
Além da temática afro-brasileira e africana, procuraremos inserir nas
discussões os conteúdos referentes à História do Paraná, conforme consta na Lei
Estadual 13.381/01, principalmente no que diz respeito à formação da sociedade
paranaense, a contribuição das etnias européias na construção do povo do Paraná.
A questão do meio ambiente também se faz presente nos conteúdos a serem
trabalhados em Sociologia, em função da interligação entre sociedade e ambiente,
principalmente no que se refere à exploração e degradação do espaço na produção
da vida material. Nesse sentido, conforme a Lei 9.795/99 que trata da Educação
Ambiental, sempre que possível, os conteúdos abordarão a temática do meio
ambiente e a relação do homem com a natureza enquanto um dos polos de
construção da vida social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas
• Processo de socialização e instituições sociais
• Cultura e Indústria Cultural
• Trabalho, produção e classes.
• Poder, Política e Ideologia.
• Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Introdução à sociologia
297
* Contexto histórico do surgimento da sociologia
* Formação e consolidação da sociedade capitalista
* Teorias sociológicas clássicas: Conte, Durkheim, Engels e Marx, Webber.
*Desenvolvimento da Sociologia no Brasil
Grupos sociais
* Principais agentes de socialização
* Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas, instituições de reinserção
Diversidade cultural
* Identidade cultural
* Indústria cultural, cultura erudita e popular
* Étnocentrismo
* Meios de comunicação de massa
* Globalização e cultura
* Globalização e neoliberalismo
* Sociedade de consumo
* Indústria cultural no Brasil
* Questões de gênero
* Cultura Afro-Brasileira e africana
* Culturas indígenas
Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
* Desigualdades sociais
* Estamentos, castas, classes sociais
* Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
* Neoliberalismo
* Relações de trabalho no Brasil
* Trabalho e degradação ambiental
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno
* Democracia, autoritarismo, totalitarismo
* Estado no Brasileiro
* Conceito de Poder, ideologia, dominação e legitimidade
298
* As expressões de violências nas sociedades contemporâneas
Conceito de cidadania
* Direitos: civis, políticos e sociais
* Direitos humanos
* Movimentos sociais
* Movimentos sociais no Brasil
* A questão ambiental e os movimentos ambientalistas
* ONGs
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Fruto de um dissenso constante, o pensamento sociológico tem sido
construído no embate entre as variadas formas de se aprender/compreender o real.
Tal característica, entretanto, não deve ser compreendida como uma fragilidade, ela
apenas torna visível a forma como a Sociologia tem produzido e reproduzido seu
conhecimento, em um processo que localiza problemas, mas também aponta
condições para superá-los.
Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia, manter no
foco de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos
clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos
básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx serão desenvolvidos levando-se em
conta o recorte temporal, retomando o histórico da disciplina em cada teoria
trabalhada.
Cabe a Sociologia ensinar o aluno a fazer perguntas e buscar respostas no
seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na
família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de história etc., ao
invés de receber respostas prontas. As peculiaridades da região em que a escola
está inserida e a origem social do aluno não serão perdidas de vista, para que os
conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam às demandas e
possíveis inquietações e questionamentos desse grupo social.
A abordagem dos conteúdos dos conteúdos de Sociologia acontecerá sob
299
três aspectos teorias, conceitos e temas em função da dinâmica da sociedade e da
própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos metodológicos.
Estes instrumentos devem ser adequados aos objetivos pretendidos em cada
conteúdo, bem como devem possibilitar o desenvolvimento de um pensamento
crítico e questionador. Ao aprender a questionar a sociedade, o aluno amplia a visão
que tem de seu papel, na comunidade, na cidade no país e no mundo e, adquire
significados concretos para a sua vida e desenvolve o pensamento crítico no
cotidiano. Ao ampliar a capacidade de interpretação dos fenômenos sociais, os
alunos poderão superar o senso comum e nele reconhecer o ponto de chegada do
conhecimento.
Os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo com o
conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos, que serão trabalhados com
rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento
do espírito crítico. Destacam-se alguns encaminhamentos metodológicos próprios do
conhecimento sociológico que podem ser adotados:
• Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos.
• Aula, expositiva provocando discussões, partindo sempre do cotidiano do
aluno, embasando com uma teoria, para a superação do senso comum.
• A utilização dos recursos multimídia será organizada e aplicada das mais
diversas formas, mas evidenciando estranhamento e desnaturalização de
alguns conceitos, já aceitos pela maioria da sociedade, mas que os mesmos
proporcionam a nossa perda de identidade nacional mudança de valores,
consumismo exagerado, manutenção do poder das mesmas elites entre
outras coisas.
• Dinâmicas de grupo/e ou seminários – esta prática permite uma reflexão livre,
criativa e motivadora, de maneira que o aluno possa trocar idéias, interagir e
produzir uma leitura própria dos textos sociológicos e de outros materiais
como: artigos de jornais, revistas, poesias, letras de músicas...
• Recursos audiovisuais e de comunicação (cinema, televisão, fotografia,
música) – a escolha de um filme, de uma música ou de um programa de
televisão pode ser definida a partir de um tema ou de um recorte a ser
300
privilegiado na discussão. Estes recursos possibilitam que se faça uma
articulação entre eles e os temas e/ou teorias que estão sendo contempladas.
• Utilização da literatura brasileira e gibis para análises de temas como
feminismo, discriminação das mulheres, violência doméstica, desigualdade
social, entre outros.
• Análise de pesquisas sobre economia, política e dados sociais (interpretação
dos mesmos e apresentação).
• Resolução de questões com textos clássicos e contemporâneos em sala.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação da aprendizagem adquire seu sentido na medida em que se
articula, com um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A
avaliação tanto no global quanto no caso específico da aprendizagem, não possui
uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado
previamente definido ( Luckesi, Avaliação da Aprendizagem Escolar, pg.85)
Aproveitando discussões, debates, reflexões durante as aulas de Sociologia,
nas dinâmicas de grupo, produção de textos, exposição oral de trabalhos, no uso
dos recursos multimídia, entre outros instrumentos, observar-se-á se o aluno
enriqueceu seus conhecimentos, saindo do senso comum para um conhecimento
mais elaborado, mas evidentemente respeitando-se a diversidade existente em sala
de aula.
Os mecanismos de percepção e de leitura da realidade são aplicados
facilitando a identificação dos sinais de que o aluno aprendeu e das pistas para
viabilizar a reconstrução de seu conhecimento. A finalidade última da avaliação é
que todos possam ampliar continuamente seus conhecimentos e que cada um em
seu tempo, por seu caminho, e que a mediação do professor provoque um desafio
intelectual nesse aluno, torrnando-o capaz de agir e, posicionar-se criticamente,
conscientemente perante os fatos complexos da realidade atual.
A avaliação será contínua e formativa, para proporcionar avanços,
progressão, num processo de ação-reflexão. O aluno será parâmetro dele mesmo,
respeitando-se o acúmulo de seu conhecimento. A observação durante os trabalhos
301
em grupos, provas específicas, produções de textos entendimentos dos recursos
multimídias, leitura e análise de livros de literatura com temas específicos,
interpretação de dados estatísticos, entre outros, serão instrumentos nas avaliações
de Sociologia.
Cumprindo sua função, a avaliação possibilita, desta forma, verificar se houve
ou não enriquecimento do conhecimento do aluno e de que maneira se processou a
construção de seu conhecimento, primando sempre pela preponderância dos
aspectos qualitativos em detrimento dos quantitativos.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, L. M. G. de (org). Sociologia e ensino em debate: experiências e
discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
CHAUÍ,M. Convite á Filosofía. São Paulo ,Ed. Ática,1995.
DIAS, R. Introdução à Sociología. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall,2005.
DURKHEIM, É. Sociología (organizador da coletânea: Albertino Rodrigues) São
Paulo;Ática,1978.
DURKHEIM,É. As Regras do Método Sociológico. São Paulo; Editora Abril,1973
( Coleção os Pensadores).
MARTINS, C. Benedito. O que é Sociología. São Paulo: Ed.Brasililiense,2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
9.7 EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A educação física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento.
No que entanto este corpo em movimento não é a manifestação sinestésica, mas
302
um corpo humano em movimento ( considerando aspectos emocionais).
A disciplina de educação física é fundamental na formação do educando. No
aspecto motor, onde são trabalhadas e coordenação motora e habilidades
perceptivas motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações
sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o outro
e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo capacita o aluno para analisar,
avaliar e compreender.
Assim contribuindo para a formação completa “ física e mental “ , estimulando
o auto – conhecimento do corpo, seu limite e capacidade. A partir da educação física
a criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, dinâmica
interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel
social.
CONTEÚDOS
• Cultura corporal
• Cultura corporal e ludicidade
• Cultura corporal e saúde
• Cultura corporal e mundo do trabalho
• Cultura corporal e desportização
• Cultura corporal, técnicas e táticas
• Cultura corporal e lazer
• Cultura corporal e diversidade
• Cultura corporal e mídia
• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro
motoras
• Postura
• Coordenação ampla
• Coordenação fina
• Coordenação viso-motora, óculo manual
303
• Equilíbrio
• Respiração
• Descontração
• Lateralidade
• Organização e orientação espacial
• Organização temporal
• Estruturação espaço temporal
• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo
• Percepção
• Habilidades motoras
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes: o
surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; sua relação com jogos
populares; experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas;
Conheça o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar
efetivamente das diferentes formas de jogar; reconhecer a possibilidades de
vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos
Participa com assiduidade as aulas práticas compreende que aspectos
organizacionais e comportamentais são necessários para o desenvolvimento das
aulas práticas e teóricas desenvolve habilidades de reflexo desenvolve a lateralidade
corporal e coordenação motora ampla prepara para o espírito competitivo se
envolve a habilidade óculo manual bem como o reflexo desenvolve coordenação
motora desenvolve o espírito cooperativo desenvolve velocidade em espaço
determinado:
• Aprende o jogo como atividade esportiva;
• Participa de atividade física de forma lúdica
304
• Desenvolve e aprimora as qualidades físicas e psíquicas indispensável a
formação do homem.
• Propiciar ao aluno uma condição critica sobre a realidade eu meio em que
vive;
• Conhece o seu corpo de forma conscientemente colabora e é capaz de tomar
as usas próprias decisões;
• Atende as necessidades do desenvolvimento corporal e compreende as suas
fases.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ensino Fundamental Fase II
• Esportes – coletivos, individuais e radicais
• Jogos e brincadeiras – jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e
cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais.
Jogos sensoriais, jogos dramáticos, criação e aplicação de jogos e
brincadeiras populares.
• Dança e expressões corporais – danças folclóricas, danças de rua danças
criativas, desenvolvimento de formas corporais rítmicos – expressivas,
mímica, imitação, apresentação e vivencias de diferentes ritmos e culturas,
dança circular,
• Ginástica - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,
ginástica artística, ginástica de academia, diferenciação dos tipos de ginástica
e vivencias práticas
• Lutas – lutas de aproximação capoeira, jogos de oposição, lutas com
instrumento mediador
• Atividades físicas e saúde: importância da atividade física para manutenção
da saúde
• Postura
• Higiene corporal
• noções de nutrição
305
• Conceituação da atividade aeróbica e aneróbica
Ensino Médio
• Cultura corporal
• Cultura corporal e ludicidade
• Cultura corporal e saúde
• Cultura corporal e mundo do trabalho
• Cultura corporal e desportização
• Cultura corporal, técnicas e táticas
• Cultura corporal e lazer
• Cultura corporal e diversidade
• Cultura corporal e mídia
• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro
motoras
• Postura
• Coordenação ampla
• Coordenação fina
• Coordenação viso-motor, óculo manual
• Equilíbrio
• Respiração
• Descontração
• Lateralidade
• Organização e orientação espacial
• Organização temporal
• Estruturação espaço temporal
• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo
• Percepção
• Habilidades motoras
306
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Esportes - coletivos, individuais e radicais
• Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos
dramáticos;
• Dança e expressões corporais – danças folclóricas, danças de salão, danças
de rua;
• Ginastica - ginástica artística/ olímpica, ginástica de condicionamento físico,
ginástica geral.
• Lutas – lutas com instrumento mediador, capoeira, lutas que mantêm a
distância, lutas com aproximação
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
• Ampliação da intervenção da educação física / psicomotricidade
• Conteúdo baseado no aluno
• Integração no processo pedagógico
• Visão critica e social
• Experiências e contato corporal ( respeito / visão de mundo)
• Articular experiências de ensino
• Acompanhamento diferenciado pela equipe escolar
• Respeito cultural e ético
• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como : sua origem, sua
evolução, seu contexto atual;
• Propor a vivencia das atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações
ás regras
• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos. Brinquedos e brincadeiras;
• Possibilitar a vivencia e confecção de brinquedo, jogos e brincadeiras com e
sem materiais alternativos.
307
• Ensinar a movimentação básica dos jogos de tabuleiro
• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças, contextualizar a dança e
vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
• Estudar origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações,
aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica ( ex: saltos,
rolamentos, parada de mão, roda) construção e experimentação de materiais
nas diferentes modalidades de ginástica. Pesquisar a cultura do circo.
• Estimular a ampliação da consciência corporal.
• Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem
materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivencia de jogos
de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua a relação com
a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta com: ginga esquiva e
golpes.
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação
entre o esporte de rendimento x qualidade de vida. Análise dos diferentes
esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistema
tático. Organização de campeonato, torneios, elaboração de sumulas e
montagem de tabelas, de acordo co os sistemas diferenciados de disputa
( eliminatória simples, dupla, entre outras ) analise de jogos esportivos e
confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular
X conhecimento científico sobre o fenômeno esporte. Discutir e analisar o
esporte nos seus diferenciados aspectos : enquanto meio de lazer , função
social, sua relação com a mídia, relação com a ciência, doping e recursos
ergogêncicos e esportes de alto rendimento, nutrição, saúde e prática
esportiva, analisar a apropriação do esporte pela industria cultural.
• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionado a expressão corporal e a
diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a
diversidade da dança e sues diferentes ritmos . Compreender a dança como
mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a
interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da
308
apropriação da dança pela indústria cultural. Organização de festival de
danças.
• Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos
da ginástica o pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho.
Estudar a relação entre ginástica x sedentarismo e qualidade de vida, por
meios de pesquisas debates e vivencias práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, referencias muscular, diferença entre
resistência e força, tipos de força, fontes energéticas. Frequência cardíaca,
fonte metabólica. Gasto energético, composição corporal desvios postural,
LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica
pela industria cultual entre outros. Analisar os diferentes métodos da
avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e
planejamento de treinos. Organização de festival de ginásticas.
• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das
diferentes artes marciais, técnicas, estratégias, apropriação da luta pela
indústria cultual, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre lutas e artes
marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e
estilos da capoeira enquanto jogo, luta e dança. Mobilização e ritmo.. Ginga.
Confecção de instrumentos, movimentação, roda.
Não há apenas uma metodologia utilizada nas aulas de educação física,
devido ás diferentes realidades das escolas, ex: espaço, números de alunos,
materiais inadequados, turno, entre outros. A metodologia é definida através da
diversidade cultural e social. È trabalhada de diversas formas.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,
um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de
metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim
visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e
entende-lo nas suas relações.
Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros para
309
o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o
processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de forma
continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse momento do
aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do processo
avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses
alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual
pertence.
Avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre a ação p da prática pedagógica.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Física , propõem
formar sujeitos críticos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que pelo aceso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
Diante dessa realidade é necessário assumir o compromisso pela busca de
novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior
coerência entre objetivos e avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam
coerentes com os objetivos inicialmente definidos.
A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas
durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos
poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no
processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e propor encaminhamentos que
reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/ aprendizagem da
escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias
didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo continuo,
permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
310
ASSIS O, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica.
São Paulo: Autores Associados, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
BRACHT, V. Educação física e Aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992
KUNZ, Eleanor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 2004.
(Coleção educação física).
____________. A constituição das teorias Pedagógicas da Educação física. In.:
Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999
Pesquisa em ação: educação física na escola / Valter Brancht... [et al.] – 2 ed. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2005. (Coleção educação física).
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São
Paulo: Cortez, 1992
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed. São Paulo: Cortez,
1995
9.8 MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da matemática deve envolver - se com as relações entre o ensino-
aprendizagem e o conhecimento matemático.
Os objetivos básicos na Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto:
campo de investigação e produção do conhecimento, natureza científica e a
melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática – natureza
pragmática.
A educação matemática não deve se destinar a formar matemáticos, mas sim,
311
pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a
matemática na sua vida cotidiana.
Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o
conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma relação
dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático aplicado no processo
de produção da base material de existência humana e as manifestações teórico-
metodológicas que estruturam o campo científico da própria Matemática. Dessa
forma, o ensino da Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as
necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento dialético, a
compreensão do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo
de cada sociedade - Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.
Concebida desta forma, a Educação Matemática desempenhará um papel
fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos, isto é, da
consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência das coisas
como sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser vista, como uma
ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e social da humanidade.
Ao revelar a Matemática como uma produção humana, demonstrando as
necessidades e preocupações das diferentes culturas em diferentes épocas e ao
relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os construídos no passado, o
educador permite que o educando reflita sobre as condições e necessidades que
levaram o homem a chegar até determinados conceitos, ou seja, o educador estará
proporcionando no processo de ensino-aprendizagem a reflexão da construção da
sobrevivência dos homens e da exploração do universo, dessa forma, estará
caracterizando a relação do homem com o próprio homem e do homem com a
natureza.
O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através
da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos escolares a abstração, o
conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico,
a elaboração da ciência, a produção da vida em sociedade.
Portanto, a abordagem histórica da matemática permite ao educando jovem, adulto
e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria possível sem a
herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem não deve
312
restringir-se a informações relativas a nomes, locais e datas de descobertas, e sim
ao processo histórico, viabilizando com isso a compreensão do significado das
ideias matemáticas e sociais.
Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sócio-histórico,
faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos internos
da própria Matemática - conteúdos escolares - e os conceitos sociais.
Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que considere a
especificidade da Educação de Jovens e Adultos - EJA e deve constituir o ponto de
partida para todo o ensino-aprendizagem da Matemática, ou seja, os educandos
devem ter oportunidades de contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos
informais que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas, suas
expectativas em relação à escola e às aprendizagens em matemática.
OBJETIVOS
O educando deve compreender e se apropriar da matemática concebida
como um conjunto de resultados, métodos, procedimento de algoritmos, etc. E
através do conhecimento matemático, construir valores e atitudes de natureza
diversa, visando a formação integral do ser humano onde o indivíduo seja
participante ativo e não receptor passivo.
E numa perspectiva crítica, articular o conhecimento matemático com outras
áreas, contribuindo na resolução de problemas presentes no meio sócio, político,
econômico e histórico.
CONTEÚDOS:
Ensino Fundamental Fase II
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Números e Álgebras
• Grandezas e medidas
313
• Geometria
• Tratamento da informação
• Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS
Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
• Números decimais.
• Números Inteiros;
• Equação e Inequação do 1o grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do 1o grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2o grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
314
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
• Relações Métricas no triângulo retângulo;
• Trigonometria no triângulo Retângulo.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas
• Geometria Analítica;
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
• Gráfico e Informação;
• População e amostra
• Noções de análise combinatória
• Noções de probabilidade
• Estatística
• Juros
• Noção intuitiva de Função afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
Ensino Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
315
• Números e Álgebra
• Grandezas E Medidas
• Funções
• Geometria
• Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números Reais;
• Números Complexos
• Sistemas lineares;
• Matrizes e Determinantes;
• Polinômios;
• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
• Medidas de Área;
• Medidas de Volume;
• Medidas de Grandezas Vetoriais;
• Medidas de Informática;
• Medidas de Energia;
• Trigonometria.
• Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Polinomial;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Função Trigonométrica;
• Função Modular;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica.
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
316
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
• Análise Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudo das Probabilidades;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A aula propõe discussões e sistematização dos conteúdos levando o aluno a
investigar e criar novas ideias. Propondo também a resolução de problemas onde o
estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos e
também terá condições de buscar várias alternativas que almejam a solução; a
etnomatemática que prioriza um ensino que valoriza a história do aluno através do
reconhecimento e respeito de suas raízes culturais; o trabalho com a modelagem
matemática que propõem a valorização do aluno no contesto social, procura levantar
problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida; a história da
matemática que é necessária para que o aluno compreenda a natureza da
matemática e sua importância na vida da humanidade; e ainda o uso de recursos
tecnológicos como: software, televisão, jornais, revistas, calculadoras, os aplicativos
da internet, entre outros.
O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve um
desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu
objeto de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e
do homem com o próprio homem.
É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o
desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos, como
dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o conteúdo e as
formas, entre o lógico e o histórico.
Portanto, é de suma importância que o educador se aproprie dos
encaminhamentos metodológicos do ensino da Matemática, e acrescente, esses
317
elementos a reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos. Nessa
perspectiva,
A contextualização do saber é uma das mais importantes noções pedagógicas que deve ocupar um lugar de maior destaque na análise da didática contemporânea. Trata-se de um conceito didático fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O valor educacional de uma disciplina expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com uma contextualização compreensível por ele(...). O desafio didático consiste em fazer essa contextualização sem reduzir o significado das ideias matemáticas que deram ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27).
No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares
matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos devem
contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos.
As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado
da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu capítulo “Orientações
Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de conteúdos e das práticas
educativas. São eles:
◘ a relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída
historicamente.
◘ os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto
aos educandos.
◘ a organização do processo ensino-aprendizagem, dando ênfase às atividades que
permitem a integração entre os diferentes saberes.
◘ as diferentes possibilidades dos educandos articularem singularidade e totalidade
no processo de elaboração do conhecimento.
Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim
para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas
sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser alterados e adaptados
às especificidades da comunidade escolar.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e
aprendizagem. O professor considera no contexto das práticas de avaliação
318
encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções
e subjetividades, isto é, a busca de diversos métodos avaliativos escritos, orais e
demonstrações, incluindo o uso de tecnologias.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
LINS, Rômulo Campos; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra
para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997
MACEDO, L. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.POLYA,
G. A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS. Rio de Janeiro: Interciência, 1978.
9.9 CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de ciências, dentro de um contexto histórico, visa propor uma
abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizadas os
conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos
fenômenos naturais, assim como articulação entre a ciência, tecnologia e sociedade
e as implicações daí decorrentes.
Desde a pré história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais,
seja no céu, animais e plantas, criou instrumentos e técnicas de observação ao
longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.
A ciência provocou que os avanços científicos determinam o crescimento eu
desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas, oferecendo meios para que
houvesse melhora nas condições de vida na planta. Apesar constituir um
conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é
científico do senso comum.
É uma disciplina com construção humana coletiva do qual participam a
319
imaginação, a intuição e a emoção. A Comunidade cientifica sofre a influencia do
contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Ela contribui para
formação da cidadania na medida em que favorece a participação dos alunos na
vida comunitária.
Portanto a sociedade está exigindo um questionamento maior dos indivíduos
sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os problemas que
envolvem as relações entre Ciência, ser humano e Ambiente.
O conhecimento e a valorização da diversidade biológica como um bem a
ser respeitado e preservado podem contribuir para que se busquem atitudes e
interações harmônicas co m a natureza e o meio ambiente e também ajudar a
desenvolver a tolerância à diversidade entre os seres humanos, condição para
apreciar a pluralidade cultural.
O conhecimento científico é um bem coletivo que integra nossa cultura e
marca fortemente o modo como interagimos com a natureza e como resolvemos
nossos problemas.
Fazer com que os alunos reflitam e atuem no desenvolvimento sustentável
que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. È o
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
OBJETIVOS
Os objetivos da disciplina de ciências no ensino fundamental são elaborados
para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo
e atuar como indivíduos e como cidadãos, utilizando os conhecimentos de natureza
científica e tecnológica.
Dessa forma, o ensino de ciências deverá estar organizado para que o final do
ensino fundamental, o aluno tenha desenvolvido as seguintes capacidades:
• Compreender a natureza como um todo dinâmico a ser o ser humano, em
sociedade como agente e paciente de informações do mundo em que vive em
relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do
ambiente;
320
• Valorizar e preservar a natureza e os seres vivos, compreendendo a
importância dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental:
• Compreender a tecnologia como meio, para suprir necessidades e melhorar
as condições de vida, considerando princípios éticos para avaliar as praticas
tecnológicas envolvidas em qualquer circunstância.
• Questionar a política de saúde do Brasil procurando soluções para elevar o
novel de qualidade de vida principalmente no aspecto preventivo de
atendimento a população;
• Oportunizar ao aluno o desenvolvimento da curiosidade, do interesse, da
mobilização para busca e organização de informações, ou seja, permitir que o
aluno estabeleça relações entre o mundo natural ( conteúdo da ciência), O
mundo construído pelo homem ( tecnologia), e seu cotidiano ( Sociedade)
• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação, as condições da vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável;
• Preparar o estudante para cidadania no sentido holístico, aprimorando-o
como ser humano solidário e consciente;
• Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração
entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,
coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões de
relacionadas à saúde e a sua manutenção, especialmente através da
preservação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir
da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do
currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de
especialização do seu objeto de estudo e ensino ( Lopes, 1999).
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com
suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as discussões realizadas com
321
os educadores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos
teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a
elaboração da proposta curricular desta disciplina.
A seleção dos conteúdos de ensino de ciências deve considerar a relevância
dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a
constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo,
bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo
assim, os conteúdos de ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes
ciências de referências : Biologia, física,,química, geologia, astronomia, entre outras.
Propõem-se, então, para disciplina de ciências cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas biológicos
• Energia
• Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Universo
• Origem e evolução do universo
• Sistema solar
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestes
• Gravitação universal
• Astros
• Constituição da matéria
• Propriedades da matéria
• Níveis de organização dos sistemas biológicos
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
322
• Mecanismos de herança genética
• Célula
• Formas de energia
• Conversão de energia
• Conservação de energia
• Transmissão de energia
• Organização dos seres vivos
• Evolução dos seres vivos
• Origem da vida
• Ecossistemas
• Interações ecológicas
• Sistemática
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da natureza e deve ser estudado a partir de conteúdos
abordados de forma articulada, em um a perspectiva crítica e histórica, considerando
a necessidade de contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de
conteúdos do livro didático.
A ciência deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem, como uma
construção humana, cujos conhecimentos científicos são passiveis de alteração.
Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes,
dos quais ramificam-se os conteúdos básicos a serem trabalhados considerando a
prática social do aluno.
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da
ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e
espaço e, no estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e
de construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se
optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à realidade do
323
educando da EJA, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais
propostas para esta modalidade de ensino. Segundo RIBEIRO (1999, p.8),
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos educandos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
Portanto os encaminhamentos metodológicos devem considerar o dinamismo
e a provisoriedade da ciência, cujas práticas e descobertas estão constantemente
sendo substituídas por outras mais modernas. Assim os conteúdos específicos
devem estar relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com outras
disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e sociais.
O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o
conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente
produzido.
O laboratório (desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,
pesquisas, problematização, observação, trabalhos individuais em grupos, palestras,
fóruns, debates, seminários, conversações, musicas, experimentos relatórios,
dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre
outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de
repasse de livros didáticos.
Comparações de acontecimentos científicos- passado, presente e futuro
também devem estar entre as formas de convite para a aprendizagem, assim como
a utilização das tecnologias encontradas na instituição( multimídia).
Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia de
texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar ao
interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.
Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para
324
abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos
conceitos evidencie a importância da montagem do método científico, exigindo o
desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos
fenômenos envolvidos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E
RECUPERAÇÃO
A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a
respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está
aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,
para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.
A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor
com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos
específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o
planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios
de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição
dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da
realidade.
O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da
avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações
e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora
dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços
na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.
Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e
instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a
natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação
real do progresso cognitivo doa alunos
A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº
9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,
325
com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos ( Diretrizes
Curriculares da Educação, 2008) Básica
REFERÊNCIAS
ANDRRY, M. A Para compreender a ciência . São Paulo: EDUC, 1998
APPLe, M. W. Ideologia e Currículo. Porto alegre: Artemed, 2006
AS TOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas. São Paulo : Papirus, 1991
LOPES, A . Conhecimento escolar: Ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:
EDUERJ, 1999
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
9.10 QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de química deve ser utilizado como uma ferramenta para que os
alunos possam ler o mundo sob visão científica. Ou seja, a Química deve ser
apresentada ao aluno no sentido de possibilitar que ele “entenda” o mundo.
Por exemplo, em tempos de estiagem muitas pessoas não se comprometem
com a economia do problema e consequências das suas atitudes. Porém, se ele
conhecesse o ciclo da água a escassez de água, poluição, tratamento perceberia o
custo de tudo isto.
Desta forma, cabe ao professor levar o aluno a pensar mais criticamente
sobre o seu mundo, refletir sobre as razões dos problemas, neste caso os
ambientais. Essa noção de leitura de mundo deve proporcionar ao estudante do
Ensino Médio uma reflexão sobre as razões que levaram, no caso do exemplo, o
racionamento da água.
O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta
vem sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do
326
conhecimento. Além disso, formou-se uma crença de crescimento econômico
ilimitado, de recursos naturais inesgotáveis e sempre substituíveis pelas descobertas
da ciência e tecnologia.
Essa prévia análise pode desencadear críticas precipitadas que condenam a
Química e não o seu mau uso. Na verdade, muitas vezes, aqueles problemas têm
solução na própria Química.
A Química tem forte presença na procura de produtos novos, essa presença
está cada vez mais solicitada, nas novas áreas específicas surgidas nos últimos
anos.
Enfim, a estratégia metodológica que tem sido recomendada é a abordagem
temática que discuta o aspecto sócio-científico, ou seja, questões ambientais,
políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais, relativas à ciência e tecnologia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A Química tem papel essencial na formação do sujeito, pois, ligada
diretamente à vida, é uma ciência que o leva ao estudo das substâncias materiais e
suas transformações.
A origem história dos saberes da Química está ligada às transformações
sofridas pelo mundo e surgimento/desenvolvimento da sociedade tecnológica que
exige das ciências dos materiais respostas precisas e específicas às suas
demandas.
Propõe-se um esquema de conteúdos estruturantes centrado na matéria, que
é sustentada pela tríade: Composição, Propriedades e Transformações.
A partir deste esquema inovador, sugere-se pensar nas possíveis e contínuas
relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes e seus
desmembramentos.
Pensando desta maneira, propomos uma possível lista de conteúdos a serem
abordados no Ensino Médio. Cabe ressaltar que esta proposta pode e deve Ter
modificações dependendo dos saberes já trazidos pelos alunos ou a necessidade de
alterações para melhor compreensão dos alunos. É necessário que haja uma
interelação entre todos estes conteúdos para integrar o conhecimento como um
327
todo.
• Matéria e sua natureza
• Biogeoquímica
• Química sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Matéria – constituição da matéria, estados de agregação, natureza elétrica,
modelos atômicos estudos dos metais,
• Solução- substancia simples e composta, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão,
densidade, dispersão e suspensão;
• Velocidade das reações – reações químicas, leis das reações, representação
das reações, condições das reações ( natureza dos reagentes, contato dos
reagentes, teoria de colisão), fatores que interferem na velocidade das
reações( superfície, de contato, temperatura, catalisador, concentração dos
reagentes, inibidores), velocidade das reações químicas.
• Equilibrio quimico- reações químicas reversíveis, concentração, constante de
equilíbrio, deslocamento de equilíbrio (principio de chatelier): concentração,
pressão, temperatura, e feitos canalizadores, equilíbrio químico em meio
aquoso, constante de ionização.
• Ligação química - propriedade dos materiais, tipos de ligações químicas em
relação às propriedades materiais, solubilidade e as ligações químicas,
interações intermoleculares e as propriedades da substancias moleculares,
ligação de hidrogênio, ligação metálica (elétrons semi-livres), ligação sigma e
pi, ligações polares e apolares, alotropia
• Reações químicas – reações de oxi -redução, reações exotérmicas e
endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação
de entalpia, calorias, equações, termoquímicas, princípio da termodinâmica,
lei de hess, entropia e energia livre, calorimetria.
328
• Radioatividade - modelos atômicos, elementos químicos, reações químicas,
velocidade das reações, emissões radioativas, leis da radioatividade, cinética
das reações químicas, fenômenos radioativos ( fusão e fissão nuclear)
• Gases- estados físicos da matéria, propriedade dos gases (densidade/
difusão e fusão, pressão e temperatura, pressão x volume e temperatura x
volume), modelos de partículas para os materiais gasosos, misturas gasosos,
diferença entre gás e vapor, leis do gases
• Funções quimicas – funções orgânicas, funções inorgânicas
• Tabela periódica – de foram que perpasse por todos os conteúdos básicos.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
No âmbito da área da Educação Química também precisamos utilizar a
contextualização e a interdisciplinaridade como eixos centrais organizadores das
dinâmicas interativas no ensino de Química, na abordagem de situações reais
trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da experimentação.
Para que esta estratégia ocorra de modo adequado é preciso utilizar
situações experimentais onde ocorra a contextualização de conhecimentos em
atividades diversificadas que enfatizam a construção coletiva de significados aos
conceitos, em detrimento da mera transmissão repetitiva de “verdades” prontas e
isoladas.
Contudo, é necessário aumentar os espaços de estudo e planejamento
coletivo dirigidos à ampliação das relações entre teoria e prática nas aulas de
Química.
Defende-se uma abordagem de temas sociais (do cotidiano) e uma
experimentação que não sejam pretensos ou meros elementos de motivação, mas
efetivas possibilidades de contextualização dos conhecimentos químicos, tornando-
os socialmente mais relevantes. Para isso, é necessária a articulação na condição
de proposta pedagógica na qual situações reais tenham um papel essencial na
interação com os alunos / suas vivências, saberes, concepções, sendo o
conhecimento, entre os sujeitos envolvidos, meio ou ferramenta metodológica capaz
de dinamizar os processos de construção e negociação de significados.
329
Precisamos destacar a essencialidade de cada saber disciplinar, legitimado
no papel que a apropriação da linguagem e do pensamento próprio a cada cultura
científica assume, no desenvolvimento das abordagens, das ações e das
interlocuções. Assim, a esculturação contextualizada em Química, aliada à
interdisciplinaridade não superficial, traz à tona limites dos saberes e conceitos
cotidianos e, sem negá-los nem substituí-los, amplia-os nas abordagens
transformadoras possibilitadas pelos conhecimentos emergentes e pelas ações das
condições potencializadoras da qualidade de vida socioambiental.
Tudo isso deve ocorrer conjuntamente com uma mudança da visão do que é
um professor. Este deve ser um orientador na construção do conhecimento do aluno.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
O presente documento destaca diversas vezes a imprescindível modificação
da simples transmissão de conteúdos. Neste sentido, é necessário que haja uma
transformação no modo avaliativo da disciplina de Química.
Pretende-se que a avaliação ocorra diariamente, de modo que possibilite
analisar o desenvolvimento do aluno dentro desta nova visão interdisciplinar,
contextualizada e crítica.
O desenvolvimento de projetos pelos alunos possibilita a demonstração do
avanço intelectual dos alunos mostrando efetivamente os conhecimentos e
habilidades adquiridos dentro do processo educativo.
Neste âmbito o professor também deverá avaliar o educando através de:
leituras, interpretação e produção de textos químicos, leitura e interpretação da
Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,
apresentação de seminários, entre outros instrumentos de avaliação. Todavia esses
instrumentos devem ser selecionados de acordo com o conteúdo e objetivo de
ensino de cada aula.
REFERÊNCIAS
330
HALL, N. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
MENEZES, L.C. A matéria – uma aventura do espírito – fundamentos e fronteiras do
conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria de Física, 2005.
Química / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed., v.1, São Paulo: Makron, 1994
9.11 FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os discursos dos livros didáticos, de uma maneira geral, mostram uma
preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma
imensidade de fenômenos físicos naturais. No entanto, neles os aspectos
quantitativos se sobrepõem aos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução
de problemas que, geralmente, recaem em trabalho matemático que apresenta
respostas prontas.
Neste contexto, os alunos não entendem os objetivos do estudo da disciplina,
pois ficam envoltos em conteúdos desvinculados da realidade, transparecendo aos
alunos uma idéia de que a física é um campo de conhecimento pronto e acabado,
idealizado por grandes gênios e somente acessível a eles.
OBJETIVOS
A Física é uma ciência natural, fruto da construção criativa da coletividade
humana e um processo de desenvolvimento. Busca mostrar aos alunos como é
construído o conhecimento, a compreensão da natureza do conhecimento, as
relações dos conteúdos com o cotidiano do aluno como agente facilitador da
aprendizagem, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas dos
331
alunos em conhecimento escolares sólidos, que possuam significado para os alunos.
O ensino de Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de
ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o
senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida,
aproximando o aluno do ato de pensar, refletir, buscando a formação de uma
consciência mais crítica, tornando possível a aproximação de outras formas de ver,
conceber e interpretar problemas comparando as diferentes soluções:
• Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas;
• Ser capaz de diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursivas e
gráficas;
• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que
envolvam aspectos físicos e ou tecnológicos relevantes (uso de energia,
impactos, uso de tecnologia específica, etc.);
• Desenvolver a capacidade de investigação física, classificar, organizar,
sistematizar,
• Identificar regularidade, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito
de medir, fazer hipóteses, testar;
• Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes,
sabendo interpretar notícias científicas;
• Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história
e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Movimentos
• Termodinâmica
• Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Momentum e inércia
• Conservação de quantidade de movimento
• Variação da quantidade de movimento = impulso
• 2ª lei de Newton
332
• 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio
• Energia e o principio da conservação da energia
• Gravitação
• Leis da termodinâmica
• Lei zero da termodinâmica
• 1ª lei da termodinâmica
• 2ª lei da termodinâmica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Movimento
• Introdução
• Evolução da Física.
• Finalidade da Física.
• Grandezas Físicas.
• Ramos da Física;
• Sistema internacional de
• Unidades Potências de dez;
• Divisões mecânicas;
• Cinemática
• Cinemática escalar: teoria, seus criadores, sua prática;
• Ponto material e corpo extenso;
• Repouso, movimento e referencial;
• Trajetória;
• Posição escalar;
• Deslocamento e caminho percorrido;
• Velocidade escalar média;
• Velocidade escalar instantânea;
• Movimento uniforme;
333
• Gráficos de movimento uniforme;
• Aceleração escalar média;
• Aceleração escalar instantânea.
• Movimento uniformemente variado;
• Equação de Torricelli;
• Gráficos do movimento uniformemente variado;
• Queda de corpos;
• Cinemática vetorial;
• Vetor;
• Operações com vetores;
• Vetor oposto;
• Componentes retangulares de um vetor.
• Composição de movimento;
• Lançamento oblíquo lançamento horizontal;
• Movimento circular;
• Velocidade angular média;
• Velocidade angular instantânea;
• Movimento circular uniforme;
• Frequência e período;
• Relação entre velocidade escalar e angular;
• Aceleração centrípeta;
• Dinâmica;
• Princípios fundamentais;
• Teoria, seus criadores, sua prática;
• Força;
• Força resultante;
• Equilíbrio;
• Princípio da inércia ou 1ª Lei de Newton;
334
• Massa de um corpo;
• Princípio fundamental da dinâmica ou 2ª Lei de Newton;
• Peso de um corpo.
• Medida de uma força;
• Deformação elástica;
• Princípio da ação e reação ou 3º Lei de Newton;
• Plano inclinado;
• Força de atrito;
• Influência da resistência do ar;
• Aceleração centrípeta;
• Energia: introdução; trabalho de uma força; trabalho da força peso;
potência; rendimento; energia; fórmula matemática da energia cinética;
fórmula matemática da energia potencial; princípio da conservação da
energia mecânica.
Termodinâmica
▪ Hidrostática
▪ Teoria, seus criadores, sua prática;
▪ Pressão;
▪ Fluído;
▪ Densidade absoluta ou massa específica;
▪ Fórmula matemática da pressão;
▪ Pressão de uma coluna de líquido;
▪ Pressão atmosférica;
▪ Cálculo da pressão atmosférica;
▪ Teorema de Stevin;
▪ Teorema de Pascal;
▪ Prensa hidráulica;
▪ Empuxo;
335
▪ Cálculo do empuxo;
▪ Equilíbrio de corpos imersos e flutuantes;
▪ Termometria;
▪ Teoria, seus criadores, sua prática;
▪ Temperatura e calor;
▪ Medidas de temperatura;
▪ Termômetro;
▪ Escalas termométricas;
▪ Equação entre as escalas termométricas.
▪ Dilatação térmica;
▪ Dilatação linear;
▪ Dilatação superficial;
▪ Dilatação volumétrica;
▪ Dilatação dos líquidos;
▪ Calorimetria;
▪ Unidades de quantidade calor;
▪ Calor sensível e calor latente;
▪ Calor específico;
▪ Capacidade térmica de um corpo;
▪ Equação fundamental da calorimetria;
▪ Princípio da igualdade das trocas de calor;
▪ Fases da matéria;
▪ Influência da temperatura no estado físico;
▪ Mudança de fase;
▪ Tipos de vaporização;
▪ Calor latente;
▪ Curvas de aquecimento e resfriamento;
▪ Diagramas de fase;
▪ Transmissão de calor;
▪ Aplicação da transmissão de calor;
336
▪ Termodinâmica;
▪ Energia interna;
▪ Trabalho de um sistema;
▪ Primeiro princípio da termodinâmica;
▪ Transformação cíclica;
▪ Segundo princípio da termodinâmica;
▪ Ciclo de Canot.
Eletromagnetismo
• Ótica geométrica;
• Divisão da ótica;
• Conceitos fundamentais;
• Velocidade da luz;
• Princípios da ótica geométrica;
• Ângulo visual;
• Câmara escura;
• Reflexão da luz;
• Difusão da luz;
• Reflexão regular;
• Espelho plano;
• Leis da reflexão;
• Formação de imagens;
• Associação de dois espelhos planos;
• Espelhos esféricos;
• Definição e nomenclatura;
• Condições de nitidez de Gauss;
• Raios particulares;
• Construção geométrica das imagens;
• Refração da luz;
• Definição;
337
• Índice de refração absoluto e relativo;
• Leis de refração;
• Prismas;
• Fenômenos que ocorrem por refração ou reflexão;
• Lentes esféricas.
• Ondas;
• Classificação das ondas;
• Ondas periódicas;
• Reflexão de um pulso numa corda;
• Refração de um pulso numa corda;
• Acústica;
• Ondas sonoras;
• Fenômenos sonoros;
• Efeito Doppler;
• Eletrostática
• Primeiros conceitos;
• Teoria, seus criadores, sua prática;
• A carga elétrica de um corpo.
• Princípios da eletrostática;
• Condutores e isolantes.
• Força elétrica;
• Lei de Coulomb.
• Campo elétrico
• Vetor campo elétrico;
• Campo elétrico de uma carga puntiforme;
• Linhas de força;
• Campo de um condutor eletrizado em equilíbrio;
• Campo elétrico de um condutor esférico;
338
• Trabalho e potencial elétrico
• Trabalho da força elétrica;
• Potencial elétrico;
• Diferença de potencial (DDP);
• Relação entre trabalho e DDP;
• Diferença de potencial num campo elétrico uniforme;
• Potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;
• Cálculo do potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;
• Capacidade de um condutor.
• Capacitores
• Associação de capacitores.
• Eletrodinâmica
• Corrente elétrica: definição; sentido da corrente elétrica; intensidade; tipos de
corrente elétrica; efeitos da corrente elétrica; elementos de um circuito
elétrico; resistência elétrica; Leis de OHM; potência dissipada.
• Reostato;
• Lâmpada de incandescência;
• Associação de resitores;
• Associação em série;
• Associação em paralelo;
• Associação mista;
• Medidores elétricos;
• Amperímetro;
• Voltímetro;
• Força eletromotriz;
• Corrente de curto – circuito;
• Associação de geradores;
• Circuitos elétricos;
339
• Lei de OHM generalizada;
• Leis de Kirchhoff;
• Fenômenos magnéticos;
• Substâncias magnéticas;
• Campo magnético;
• Indução magnética;
• Experiência de Oersted;
• Campo magnético criado por um condutor retilíneo;
• Campo magnético criado por uma espira circular;
• Campo magnético criado por um solenóide;
• Força magnética sobe cargas elétricas;
• Força magnética sobre um condutor retilíneo.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas
ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções
espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos
objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu
processo de aprendizagem.
Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído
e sistematizado, que requer metodologias específicas para ser abordada no
ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com esse
conhecimento científico, historicamente produzido.Porém, uma sala de aula é
composta de pessoas com diferentes costumes,tradições, pré-conceitos e idéias que
dependem de sua origem cultural e social, dessa forma esse ponto de partida deve
ser considerado.
340
No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia
escolhida, é importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a
respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa.
Em outros termos: é para problematizar o conhecimento já construído pelo aluno que ele deve ser apreendido pelo professor; para aguçar as contradições e localizar as limitações desse conhecimento, quando cotejado com o conhecimento científico, com a finalidade de propiciar um distanciamento crítico do educando ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao mesmo tempo, propiciar a alternativa de apreensão do conhecimento científico (DELIZOICOV. In: PIETROCOLA, 2005, p.132).
Para isso propõem-se que o conteúdos sejam trabalhados através de:
• Aula expositiva dialogada
• Atividades relacionadas ao assunto;
• Uso do laboratório de física e química;
• Conversas e debates;
• Resolução de exercícios em grupo;
• Resolução de exercícios oralmente para eliminar dúvidas;
• Resolução de problemas elaborados a partir de textos retirados de revistas ou
jornais;
• Desenhos e apresentações gráficas.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,
um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de
metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim
visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e
entende-lo nas suas relações.
Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros
para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido
341
tornará o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de
forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse
momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do
processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses
alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual
pertence.
A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o
professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando
avanços e dificuldades no processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e
propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as
dificuldades constatadas.
A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/ aprendizagem da
escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias
didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo continuo,
permanente e cumulativo.
REFERÊNCIAS
Física / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.232
CHAVES, A. Física – ondas, relatividade e física quântica. Rio de janeiro:
Reichmann & Affonso, 2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
PARKER, S. Galileu e o Universo. São Paulo: Scipione, 1996.
NICOLSON, I. Gravidade, Buracos Negros e o Universo. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1981.
9.12 BIOLOGIA
342
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O conhecimento de Biologia deve auxiliar a análise e reflexão de questões
polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos
naturais e à utilização de tecnologia.
Deve-se também discutir o avanço do conhecimento biológico, porque ele é a
base para as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variedade
genética, que podem ser estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o
real nas aulas experimentais.
A Biologia deve contribuir para a cultura científica, formação de pessoas
críticas, reflexivas e atuantes, por meio de conteúdos, desde que este proporcione o
entendimento do estudo, a formação de pessoas observadoras, uma vez que ela é o
sujeito do processo de observação.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta
Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida
em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um
indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da
interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo
sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão
sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo
tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.
Ressalta também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos
articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,
enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem
suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...)É preciso que
estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do
equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser
vivo conhecido”.
É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os
seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber
343
questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os
aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de
forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e
os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida.
OBJETIVOS
Os conhecimentos biológicos devem:
• Proporcionar ao aluno a aproximação com a sua experiência concreta, como
elemento de análise crítica, na perspectiva de superação das concepções
anteriores de pressões difusas da ideologia.
• Levar o aluno a desenvolver hábitos de saúde pessoal, social e ambiental,
além da compreensão da ciência.
• Permitir a compreensão dos avanços biotecnológicos, bem como sensibilizar
o educando a respeito das consequências e impactos da tecnologia.
CONTEÚDO
Os conteúdos devem proporcionar condições para que o educando
compreenda a vida como manifestações de sistemas organizados e integrados, bem
como reconhecer-se como organismo capaz de modificar ativamente o processo
evolutivo, alterando a biodiversidade e as relações estabelecidas entre os
organismos.
A sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo da disciplina
de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamenta-se nas “Diretrizes
Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná– SEED – PR.
É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da disciplina
de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil dos
educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica.
344
Ensino Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Organização dos seres vivos
• Mecanismos biológicos
• Biodiversidade
• Manipulação genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
• Mecanismos de desenvolvimento embrionário
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
• Teorias evolutivas
• Transmissão das características hereditárias
• Dinâmica dos ecossistemas : relação entre os seres vivos e interdependência
com o meio ambiente
• Organismos geneticamente modificados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Ecossistema.
• Origem e evolução da vida.
• Qualidade de vida das populações humanas
• Ecologia.
• Problemas ambientais.
• Leis ambientais
• Organização dos Seres Vivos
• Classificação dos seres vivos.
345
• Reinos.
• Células.
• Bactérias.
• Vírus.
• Mecanismos Biológicos
• Osmose.
• Sangue.
• Herança Genética.
• Manipulação Genética
• Tipos de reprodução.
• Embriologia.
• Célula.
• Avanços biológicos no fenômeno da vida.
• Genética.
• Clonagem.
• Vacinas.
• Origem e Evolução da Vida
• Darwin.
• Lamark.
• Neodarwinismo.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o Fenômeno da Vida e
sua complexidade de relações ou na organização dos seres vivos, funcionamento
dos mecanismos biológicos, no estudo da biodiversidade em processos biológicos
de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, na analise da
manipulação genética. Esses conteúdos devem ser estudados de forma articulada,
em um a perspectiva crítica e histórica, considerando a necessidade de
346
contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de conteúdos do
livro didático.
Destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos
conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar
sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários,
mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-
se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da
EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando
seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando
• Que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma
real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;
• As experiências dos educandos no mundo do trabalho;
• A necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo
pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação”
científica;
• As relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.
Portanto a biologia deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem,
como uma construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passiveis de
alteração.
Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos
estruturantes, dos quais se ramificam os conteúdos básicos a serem trabalhados
considerando a prática social do aluno.
O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o
conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente
produzido.
O laboratório ( desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,
pesquisas, trabalhos de campo, entrevistas problematização, observação, visitas,
projetos individuais em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,
conversações, musicas, desenhos, maquetes, experimentos relatórios,
dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre
outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de
repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos- passado,
347
presente e futuro também devem estar entre as formas de convite para a
aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias encontradas na
instituição( multimídia).
Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia
de texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar
ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.
Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para
abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos
conceitos evidencie a importância da montagem do conteúdo científico, exigindo o
desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos
fenômenos envolvidos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a
respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está
aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,
para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.
A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor
com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos
específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o
planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios
de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição
dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da
realidade.
O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da
avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações
e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora
dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços
na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.
Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e
348
instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a
natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação
real do progresso cognitivo doa alunos
A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº
9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,
com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos (Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, 2008).
REFERÊNCIAS
Biologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p. 272
LIVIA, C.P. de. Genética Humana. São Paulo: Harbra, 1996.
STORER, T.I. etal. Zoologia geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
DAJOZ, R. Princípios de ecologia. São Paulo: Artmed, 2000.
FROTA-PESSOA, Oswaldo. Biologia. São Paulo: Scipione, 2005.
LAURENCE J. Biologia. São Paulo, 2005.
LINHARES, Sérgio. Biologia. São Paulo: Ática, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008.
9.13 HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Nos dias atuais a disciplina de História tem papel fundamental na formação do
educando, pois busca a superação das carências humanas fundamentada por meio
do conhecimento construído por interpretações históricas. Essas interpretações são
compostas por meio de teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos
históricos e propõem ações no presente. Também deve ser observado que o
conhecimento histórico é provisório, se configura a partir da consciência histórica
dos sujeitos em cada tempo histórico. Também podemos pensar o ensino da história
349
destacando alguns pontos que contribuir para o desenvolvimento do educando em
quanto sujeito histórico quais são :
◦ Ressaltar o papel central da história para alicerçar a prática da cidadania,
especialmente ao colocar em evidência a diversidade das culturas que
integram a história dos povos.
◦ Análise dos processos históricos relativos às ações e às relações
humanas praticadas no tempo.
◦ Através das ações humanas produzirem novas relações que constroem
novas ações humanas.
◦ Produzir o conhecimento histórico baseado na explicação e interpretação
de fatos do passado.
Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de
que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa modalidade
tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e o acesso
à cultura geral. A diversidade presente na sala de aula, a partir dos diferentes perfis
sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no ensino de História.
Pode-se recorrer às diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes
concepções de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das
diferenças.
É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja
dinâmico e que o educando perceba que a História está em constante
transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como ponto de partida e de
chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e educadores. Há que
se considerar que o passado explica o presente, mas também o presente explica o
passado. Isso não significa, no entanto, que se possa abrir mão do rigor na
interpretação do passado. É preciso estimular o interminável diálogo entre o
presente e o passado levando em consideração as especificidades de cada contexto
histórico.
OBJETIVO GERAL
350
• Possibilitar o estudo de uma história não tradicional e eurocêntrica,
proporcionando o uso de diferentes fontes, onde o aluno possa fazer várias
interpretações de um mesmo acontecimento histórico.
• Aceitar a possibilidade de várias interpretações.
• Praticar a interdisciplinaridade.
CONTEÚDOS
Ensino Fundamental Fase II
• Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias;
• A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade
em diferentes tempos e espaço;
• Relações culturais O mundo do trabalho e os movimentos de resistências
• O mundo do trabalho e os movimentos de resistências.
• Relações de dominação e resistências do estado e das instituições sociais.
• Relações de poder;
• Relações de trabalho;
• Relações culturais;
CONTEÚDOS BÁSICOS
• O homem e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e
periodizações);
• Memórias e documentos familiares, locais e outros;
• O homem e suas relações sociais no tempo (família, Estado, religião, país e
mundo);
• Estudos dos resquícios arqueológicos da humanidade;
• Análise de fontes históricas;
• Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná;
351
• Colonizadores portugueses e suas culturas:
• O surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua
expansão;
• A cultura local e a cultura comum;
• As manifestações populares no Paraná;
• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;
• A produção científica e artística paranaense;
• A antiguidade clássica: a constituição do espaço público.
As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a
propriedade privada; a terra:
• A propriedade coletiva entre os ovos indígenas, quilombolas ,ribeirinhas, de
ilhéus e faxinais no Paraná;
• A família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a
constituição do latifúndio na América portuguesas e no Brasil imperial e
republicano;
• As reservas naturais e indígenas no Brasil;
• A reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos;
• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas;
• Ruralização da sociedade;
• Introdução do feudalismo;
O mundo do campo e o mundo da cidade
• As primeiras sociedades brasileiras: formação das vilas e das câmaras
municipais
• O engenho colonial, a conquista dos sertão;
• As missões jesuíticas
• A modernização das cidades;
• Cidades africanas e pré-colombianas;
• A ruralização do Império romano e a transição para o feudalismo europeu;
352
• A constituição dos feudos;
• As transformações no feudalismo europeu;
• O crescimento comercial e urbano na Europa;
As relações entre o campo e cidade
• As cidades mineradoras
• As cidades e o tropeirismo no Paraná;
• Os engenhos da erva mate no litoral e no primeiro planalto
• As navegações portuguesas e espanholas
• A chegada dos portugueses na América;
• O renascimento cultural e científico;
• A reforma religiosa;
Conflitos, resistências e produção cultural.
• Relações entre senhores e escravos
• Sincretismo religioso
• As cidades e as doenças
• a aquisição da terra e da casa própria;
• O MST e outros movimentos pela terra;
• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos
séc. XlX, XX e Xxl
• A peste negra e as revoltas camponesas;
• As culturas teocêntricas e antropocêntricas;
• As manifestações culturais na América latina, África e Ásia;
• As resistências no campo ena cidade: América latina e continente africano;
• A história das mulheres orientais, africanas e outras;
Histórias das relações da humanidade com o trabalho
• Conceito de trabalho
• A construção do trabalho assalariado
• A mão- de- obra no conceito da consolidação do capitalismo
O trabalho e a vida em sociedade
353
• O trabalho nas sociedades contemporâneas
• Relações de poder e violência no Estado
• O estado imperialista e sua crise
• Relações de dominação e resistências no mundo do trabalho nos sec. XVIII e
XIX
O trabalho e as contradições da modernidade
• -Neocolonialismo e imperialismo
• -Os ciclos econômicos do Paraná
Os trabalhadores e as conquistas de direito
• Os movimentos operários (sindicalismo)
A constituição das instituições sociais
• Populismo no Brasil e na América Latina
• Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea;
• Globalização e questões mundiais contemporâneas
Formação do estado
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre (1850-1888)
• Urbanização e industrialização no Brasil
Sujeitos, Guerras e revoluções
• Relações de poder e violência no Estado: 1ª Guerra Mundial, Revolução
Russa, 2ª Guerra Mundial
• Os regimes totalitários (Fascismo e socialismo real)
• Crise de 1929: crise do capitalismo
Ensino Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Relações de trabalho
• Relações de poder
• Relações culturais
354
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Trabalho escravo, servil. Assalariado, e trabalho livre
• Urbanização e industrialização
• O Estado e as relações de poder
• Os Sujeitos, as revoltas e as guerras
• Movimentos sociais, políticos e culturais as guerras e revoluções
• Cultura e religiosidade
FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O ensino da História deve basear num trabalho pedagógico tenha em sua
essência o dialogo, é uma disciplina que deve dialogar com as várias vertentes
históricas, recusando -se a construir uma proposta de trabalho que seja marcado
pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Segundo Rüsen a disciplina de história deve
ser constituída pelo pensamento histórico qual prevê:
• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua prática social estão ligadas co a orientação no tempo. Essas necessidades fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto fica claro que os sujeitos fazem relação passado / presente o tempo todo em sua vida cotidiana.• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de sentido são chamados de ideias históricas;
• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações específicas relativas ás pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos documentos.• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográficos apresentados;• Essas finalidades se expressam e realizam sobre forma de narrativas históricas. (Rüsen , 2001)
Portando é fundamental que no ensino da história sejam abordados os
355
conteúdos de forma que tenha:
• Múltiplos recortes temporais
• Diferentes conceitos de documentos,
• Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;
• Formas de problematizarão em relação ao passado
• Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar
historicamente, a superação da ideia de história como verdade absoluta por
meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em
narrativas históricas,
• Construção do processo histórico geral.
• Problematização do passado, as diferentes interpretações, diferentes
contextos históricos.
• Utilização de documentos históricos (museus, biblioteca, fotografia,
audiovisuais, etc.) como fonte de pesquisa.
No mundo contemporâneo um constante (re) pensar sobre a cultura escolar é
fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que
implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir
de discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na
centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma
prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.
Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no
ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos
rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente
com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-
se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso
de diferentes fontes e linguagens.
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos
de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo,
propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos
conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social,
reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.
356
PRÁTICAS AVALIATIVAS
Os critérios como forma de avaliar o nível de compreensão e metodologia do
processo de ensino e aprendizagem do ensino de história será contínua, diagnóstica
e processual contemplando as diferentes práticas pedagógicas como: textos, fotos,
jornais, pesquisas bibliográficas, seminários, relatórios, debates, etc.
REFERÊNCIAS
ARON, Raymond. As etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo/Brasília:
Martins Fontes/UnB, 1982.
História/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.376.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultura,
1985 (Col. Os economistas).
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.
9.14 GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”
Milton Santos
A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens
ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda,
possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta
357
perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de
conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões
que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que
participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no
interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente
sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.
Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e
agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e
desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.
A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo
compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais
são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e
SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,
composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,
culturais e econômicas) inter-relacionados.”
Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos
grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:
“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”. (SANTOS, 1996b, p.51)
Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos
conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se
como elemento fundamental na formação da observação, analise, interpretação e
criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas
geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a
heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a
velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais
358
estão cada vez mais globalizados.
É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no
tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os
aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma
ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do
corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras
ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência
sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também
descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão
conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).
Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos.
Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos,
seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim como os demais
países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço
da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo
produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades,
agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros,
constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a
humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.
A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se
acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os
acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a
materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um
ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem
deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes
formas de abordagem.
Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a
existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao
espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de
pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o
conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente
transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.
359
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades
devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:
• Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;
• Realizar a leitura das construções humanas como documento importante que
a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;
• Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio
do espaço chamado espaço geográfico;
• Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação
humana para além da economia;
• Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da
natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;
• Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala
local, regional e global;
• Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na
elaboração do espaço geográfico;
• Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em
função do uso de novas tecnologias;
• Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento
com o meio natural e seus aspectos fisicos;
• Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as
sociedades:
• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar
informações nos diversos campos do conhecimento.
CONTEÚDOS
Ensino Fundamental Fase II
360
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
• Dimensão econômica do espaço geográfico.
• Dimensão política do espaço geográfico.
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
• A importância e o surgimento da Geografia.
• Conceito de lugar: O lugar onde vivemos e os diferentes lugares.
• Relações entre os lugares: meios de comunicação, meios de transportes,
relações culturais e relações econômicas.
• Conceito de paisagem: Formação e transformação das paisagens (paisagens
naturais e humanizadas),
• Elementos da natureza formando as paisagens: relevo, hidrografia, clima,
vegetação e as suas relações.
• Elementos culturais formando as paisagens: cidades e as atividades
econômicas.
• Elementos naturais e culturais formando as paisagens e a ação humana e a
dinâmica natural
• Transformação do espaço através do trabalho humano
• Os lugares e as paisagens no tempo de sociedade e da natureza.
• Natureza, tempo geológico e o tempo histórico: estações do ano, diferenças
climáticas, ações do ventos, das águas, forças internas da Terra.
• Espaço geográfico e suas transformações: o trabalho e as atividades
econômicas modificando o espaço.
• Recursos naturais, sociedade e o meio ambiente.
• Território brasileiro: extensão e localização no mundo.
• Paisagens brasileiras e suas transformações.
361
• Formação territorial do Brasil.
• Regiões brasileiras: conhecendo as diferentes regiões.
• Divisão regional do Brasil.
• Região Centro-Sul: desenvolvimento econômico e industrial, indústria e
urbanização, produção agropecuária e transformação das paisagens e
degradação ambiental.
• Região Nordeste: Diversidade, seca no Sertão e seus efeitos e crescimento
da econômica nordestina.
• A Amazônia: Ocupação recente, exploração sustentável da floresta e sua
importância do local ao global.
• Os meios de transportes e a integração do território.
• População brasileira: crescimento.
• Pluralidade cultural do povo brasileira e formação étnica da população.
• Transformação demográfica do Brasil.
• Desigualdade social brasileira.
• As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil.
• Rural e urbano: espaços que se completam.
• A modernização da agropecuária e o aumento da produtividade no campo.
▪ Concentração de terras e a questão fundiária no Brasil.
▪ A origem dos continentes
▪ Placas tectônicas
▪ Movimentos da crosta
▪ Mudanças na dinâmica natural do planeta
▪ Os diversos tipos de poluição
▪ Efeito estufa
▪ Chuva ácida
▪ Consumo humano
▪ Avanço tecnológico
▪ Crise ambiental
362
▪ Sustentabilidade
▪ Formas de regionalização do espaço
▪ IDH regionalização em função do desenvolvimento
▪ Crescimento econômico e desenvolvimento
▪ Mundo subdesenvolvido
▪ Desigualdade interna
▪ Dependência econômica
▪ Dependência tecnológica
▪ Condições de vida, alimentação e saúde
▪ Mundo desenvolvido
▪ Supremacia econômica e tecnologia
▪ Multinacionais
• Qualidade de vida
• Localização Geográfica dos países e continentes
• Regionalização mundial (Acordos e Blocos econômicos)
• Globalização
• A bipolaridade do século XX
• A nova ordem mundial do inicio do século XXI
• Conflitos mundiais
• Órgãos internacionais
• Neoliberalismo
• Terrorismo
• Políticas econômicas culturais e ambientais
• Novo papel das organizações internacionais
• Redefinições de fronteiras: conflitos – étnico – culturais – políticos –
econômicos – de base territorial
• Circulação da poluição atmosférica
• Chuva acida
• Buraco na camada de ozônio
363
• Desmatamento
• Formações e conflitos étnicos e religiosos
• Estrutura etária de gênero e etnia da população
• Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço geográfico.
Ensino Médio
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
• Dimensão econômica do espaço geográfico.
• Dimensão política do espaço geográfico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários
• Atividade industrial no mundo
• Tipos de energia
• Base epistemológica da natureza
• Coordenadas geográficas
• Cartografia
• Movimentos da Terra
• Fusos Horários
• Os fatores que influenciam no clima
• Tipos de clima
• Os grandes biomas terrestres
• A questão da água
• Destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais
• Erosão e poluição dos solos por agrotóxicos
364
• Lixo urbano e impactos ambientais
• Poluição do ar: inversão térmica, ilhas de calor e chuva ácida, efeito estufa,
da camada de ozônio
• desenvolvimento sustentável
• A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas
• A população da Terra e suas diversidades
• Redes Urbanas
• formação e a expansão territorial
• Caracterização do espaço
• Regionalização
• Estrutura fundiária e conflitos da terra
• Urbanização e hierarquia Urbana
• Brasil: de agroexportador a país industrializado dependente
• O comercio exterior brasileiro
• Industrialização
• Transportes
• Estrutura geológica e relevo
• Tipos de clima
• Ecossistemas
• Hidrografia
• Recursos minerais e energéticos
• Impactos ambientais em ecossistemas
• População: crescimento e formação étnica
• Distribuição e estrutura da população
• Migrações
• Os continentes
• Internacionalização do capital
• Subdesenvolvimento
365
• Países emergentes
• O comercio mundial
• Blocos econômicos
• Capitalismo e a construção do espaço geográfico
• Socialismo
• Guerra Fria
• O mundo pós-guerra Fria
• O mundo pós URSS
• China: um país e dois sistemas
• África
• G7
• Países ricos do Sul
• EUA: a potência que controla o mundo
• Migrações internacionais e xenofobia
• Minorias étnicas e separatismo
• Islamismo e terrorismo
• A Geografia do crime.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar
sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar,
paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da
realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação,
desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação
entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade
individual do aluno.
Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os
alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na
universidade como também para a sociedade.
366
A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,
como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do
conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através
da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local
para o global e vice e versa.
Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os
conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,
musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,
possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o
aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento
empírico.
A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial
deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e
ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais
didáticos disponíveis.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir
não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico
do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e
processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de
aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem
observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem,
região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de
um aluno consciente das relações socio-espaciais de seu tempo, o ensino da
geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que
incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,
constitutivas de um determinado espaço.
O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de
avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação
367
de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,
tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de
maquetes, etc.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.
POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da
O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Cientifico
Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.
__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São
Paulo: Hucitec, 1996b.
__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.
9.15 ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Temos ao longo da historia o ensino religioso no espaço escolar, como sendo
a religião Católica Apostólica Romana, a oficial do Império, era, portanto a que se
ensinava nas escolas.
Por algum tempo era obrigatório, mas aos poucos se tornou facultativo, onde
surgiu o direito a liberdade de culto e expressão religiosa.
Após a nova constituição federal os estudos sobre o Ensino Religioso, sugere
que tome outro caráter superando o de proselitista que marca a disciplina histórica
no ultimo ano (2005) foi aprovado a deliberação que dá novas normas para o Ensino
religioso no sistema estadual de ensino do Paraná.
368
Assim sendo a disciplina de ensino religioso pretende contribuir para o
reconhecimento e o respeito as diferentes expressões religiosas advindas da
elaboração cultural dos povos bem como possibilitar o acesso as diferentes fontes
de cultura sobre o fenômeno religioso. Segundo Castilla uma das tarefas da escola é
a de fornecer instrumentos de leitura da realidade e criar as condições e melhorar a
convivência entre as pessoas pelo conhecimento.
Assim o ensino religioso permitira aos educandos conhecer as várias
manifestações culturais e religiosas em suas relações éticas e sociais, respeitando
os grupos e como se relacionam com o sagrado, e entender a diversidade da nossa
cultura, marcada pela religiosidade.
OBJETIVOS GERAIS
Através da disciplina de Ensino Religioso pretende-se orientar a abordagem e
a seleção dos conteúdos. Nesta perspectiva todas as religiões podem ser tratadas
como conteúdo nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o
universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes
sociedades.
Desta forma o currículo propõe-se a subsidiar os alunos por meio de
conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do
sagrado com vista à interpretação dos seus múltiplos significados. Dará aos
educandos a compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma
como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação
ou negação do sagrado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrado
Ensino Fundamental Fase II
369
• Organização religiosa
• Lugares sagrados
• Textos sagrados
• Símbolos religiosos
• Temporalidade sagrada
• Festas religiosas
• Ritos
• Vida e morte
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho será
necessário, bem mais que forma, métodos, conteúdos ou materiais a serem
utilizados em sala de aula. Assim, uma das inovações propostas é a abordagem dos
conteúdos do Ensino religioso tendo como objetivo de estudo o sagrado.
Interessante é a apresentação de manifestações religiosas pouco ou nada
conhecidas por parte dos alunos para depois apresentar os mais comuns que já
fazem parte do universo cultural da comunidade.
Outra observação necessária é que os conteúdos da disciplina não se
reduzam a manifestações religiosas hegemônicas, impedindo o conhecimento da
diversidade religiosa e dos múltiplos significados do sagrado.
Neste propósito vale destacar que todos os conteúdos fazem parte do
patrimônio cultural e que a relação pedagógica com os conhecimentos que compõe
o universo sagrado das manifestações religiosas.
A disciplina de Ensino Religioso se pauta por uma visão laica do estudo das
diferentes concepções religiosas ao longo da história da humanidade. O estudo do
desenvolvimento das religiões, aliado ao modo não-dogmático do ensinar, coloca a
disciplina de ensino religioso no âmbito dos saberes mais importantes para o
desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como para a construção de uma
perspectiva de tolerância religiosa em relação às diferentes denominações e práticas
370
de religiosidade com as quais convivemos.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação bem como
não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica
pelo caráter facultativo de matrícula na disciplina.
Para observar se houve apropriação do conteúdo, pode-se avaliar pela forma
como o aluno se relaciona com o colega de classe de diferentes religiões, se
empregam conceitos adequados, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da
cultura e da identidade de cada grupo social.
Ao sistematizar tais informações o professor poderá planejar a intervenção
necessária no processo ensino aprendizagem, retomando os conteúdos que
apresentam lacuna.
Diante da responsabilidade de que o ato de avaliar exige, tem-se ao avaliar os
alunos indicativos significativos para que o professor realize sua auto-avaliação para
que posteriormente possa se reorganizar dando outro direcionamento ao trabalho
iniciado.
REFERÊNCIAS
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da
Educação do Paraná, 2008
9.16 LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do currículo
escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,
371
política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as
metodologias de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas
sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos.
Com a criação do MERCOSUL e o estreitamento das relações entre países
da América Latina um novo painel vem se apresentando nos últimos anos, abrindo
novas perspectivas para o ensino do Espanhol, o que permitirá aos alunos terem
contato com uma outra língua estrangeira além da língua inglesa e, por isso, com
uma maior pluralidade cultural. A língua estrangeira na sala de aula deve ser
um espaço de análise de construções discursivas portadoras de diferentes
culturas e ideologias, associadas aos seus contextos de produção e às comunidades
que as interpretam, constroem e são por elas construídas.
O contato do aluno com essa perspectiva de ensino, possibilitará que, ele ou
ela perceba os diferentes usos, convenções e valores da comunidade que usa a
língua em estudo, bem como trará subsídios para que reflita sobre as formas e o
modo de ser de sua própria língua e da língua do outro. Além de possibilitar o
entendimento da língua como um construto humano em constante transformação, a
aula de Língua Estrangeira é também um espaço em que o aluno pode ampliar o
seu contato com outras formas de conhecer e interpretar diferentes construções da
realidade.
Entender a língua como um construto humano, dinâmico e revelador das
transformações pelas quais o homem tem passado, oferece aos alunos novas
possibilidades de leitura e um maior entendimento de construções da realidade
diferentes da sua, o que, em larga escala, pode contribuir para uma convivência
mundial menos agressiva e mais harmoniosa. O professor, ao trabalhar essa
dinamicidade da língua, deve apresentar aos alunos os mais diferentes e variados
gêneros textuais, buscando sempre levantar a finalidade do texto, para quem é
dirigido e o contexto de sua produção.
Mais especificamente, o espaço da aula de Língua Estrangeira é um
momento que pode contribuir para a construção de identidades nas interações
aluno professor e nas representações e ideologias que se revelam no cotidiano. Daí
372
ser de suma importância, que sejam analisadas questões pertinentes à nova ordem
global como um caminho para o desenvolvimento da consciência crítica.
A Proposta Curricular está, como as Diretrizes Curriculares, comprometida
com o resgate da função social e educacional da Língua Estrangeira, esperando que
ao término do Ensino, o aluno possa dentro das suas possibilidades: usar a língua
em situações de comunicação oral e escrita; vivenciar na aula de Língua Estrangeira
práticas que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas
compreender que os significados são construídos e, portanto, podem ser transforma
dos pela prática social; ter uma maior consciência do papel das línguas na
sociedade; reconhecer e compreender a diversidade como também os benefícios
que ela traz.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino da disciplina de língua espanhola justificase pelo fato de que a
aprendizagem de Língua Estrangeira (LEM) contribui para que o aluno:
• Colabore na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e
reflexivo;
• Priorize a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos,
acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura.
• Possibilite ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do
conhecimento e da cultura de outros povos.
• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática sócia
Na seleção de textos, propõe-se analisar os elementos linguístico
discursivos neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas
objetivos de natureza linguística, mas sobretudo, fins educativos. É importante
373
também que os textos abordem os diversos gêneros discursivos e que apresentem
diferentes graus de complexidade da estrutura da linguística.
CONTEÚDOS
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
Oralidade (Oralidad)
• Compreensão e expressão oral sobre os textos estudados nas aulas;
• Variedades linguísticas;
• Atos da fala (imagens, poemas e charges);
• Declamação de poema;
• Narração de experiências pessoais;
• Inferência de significados das palavras a partir de um contexto (cognatos etc.)
• Argumentação com temas polêmicos;
• Exemplos de pronúncias e de vocabulários da língua estudada em diversos
países.
• Música (pronúncia, vocabulário e análise linguística);
Leitura (Lectura)
• Apresentação de textos de diversos gêneros discursivos: tiras, charges,
música artigos de jornal, filmes, desenhos animados, sinopse, comentários,
blog, texto de opinião, rótulos, dentre outros;
• Interpretação de tema do argumento principal e dos secundários
• Estudo de vocabulário específico presente nos textos;
• Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos;
Escrita (Escrita)
• Produção e reestruturação de pequenos textos, descritivos e informativos;
• Pesquisa sobre os assuntos em estudo para ampliação de vocabulário e
construção argumentativa;
374
• Coesão e coerência
• Produção de diálogos com temas atualizados;
• Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais.
Análise Linguística
• El alfabeto español;
• El diccionário (Monolingue, Bilingue)
• Verbos llamarse;
• Estudiar/Estar/Ser;
• Presente del Indicativo;
• Numerales Cardinales;
• Días de la semana;
• Horas;
• Interrogativos
• Cuerpo Humano;
• Sílaba tónica;
• Utiles de la casa;
• Alimentos;
• Dónde/De Dónde/Adónde;
• Los Artículos;
• El Gerúndio;
Ouvir (Oír)
• Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;
• Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e
época;
• músicas diversificada
375
Fundamentos Teórico-Metodológicos:
As aulas de língua espanhola serão desenvolvidas a partir do estudo de texto (verbal
e noverbal), concebido enquanto uma unidade de sentido, conforme o
encaminhamento metodológico que segue:
• Leitura de textos verbais e não verbais (compreensão e interpretação,
processo que não se restringe à leitura oral em voz alta ou tradução dos
textos, mas à produção de sentidos);
• Análise textual (tipo de texto dentro da diversidade de gêneros);
• Análise temática (tema do texto)
• Análise linguística (recursos linguísticos);
• Atividades para uso da língua (exercícios escritos de leitura, compreensão,
interpretação e análise linguística de textos);
• Produção de textos (verbal ou nãoverbal);
• Reestruturação textual (reescrita);
PRÁTICAS AVALIATIVAS
O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante
organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um
plano de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e
articulada.
A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os
textos e nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades
e avanços dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e
diferentes formas de avaliar.
A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e
pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno
carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão
acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e
propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.
376
REFERÊNCIAS
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede de Ed
ucação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna .
GARCIA, Maria de Los Angeles, HERNÁNDES, Josephine Sánchez.
Español sin Fronteras. Editora Scipione .
SOUZA, Jair de Oliveira. Español para Brasileño. Editora FTD. Vários autores. Livro
Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Curitiba
377