Prof. Diogo Mayer Fernandes – Clínica Cirúrgica Medicina Veterinária - FDO

CAVIDADE ORAL

FÍSTULAS ORONASAIS

Comunicações anormais entre as cavidades oral e nasal Adquirida ou Congênita Traumatismos ou doenças FISIOPATOLOGIA Adquirida Frequentemente ocasionado por odontopatias Traumatismo pálato Complicações cirúrgicas Corpos estranhos alojados podem ocasionar necrose Congênita Palato mole, palato duro, pré-maxila e lábios Fechamento incompleto (fenda palatina, fenda primária ou secundária)

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Fenda primária = lábio e pré-maxila (labios leporinos) Fenda secundária = palato mole e palato duro (fenda palatina) Problema de desenvolvimento = 25 a 28 dias de gestação Fator hereditário Nutricionais (ác. Fólico) Hormonais (esteróides) Mecânico (traumas intra-uterino) Tóxico (virais) Normalmente há associação das fendas Fetos são incapazes de mamar Pneumonia Aspirativa

DIAGNÓSTICO Clínico!!!! Radiografias e endoscopia = auxiliam nas alterações secundárias EPIDEMIOLOGIA - Raças braquicefálicas são mais predispostas do que gatos - Cães puros apresentam maior incidência do que raças mestiças - Boston Terrier, Pequinês, Buldogues, schnauzer miniatura, beagle, cocker spaniels e daschunds - Gatos siameses possuem incidências maiores do que outras raças - Acomentem mais fêmeas do que machos - Encontra-se presente ao nascimento: avaliar em cesarianas ou parto assistido! - Adquirida por odontopatias ou neoplasias acometem animais de meia-idade à idosos - Traumatismo, ocorrem em qualquer idade

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HISTÓRICO E SINAIS CLÍNICOS:

CONGÊNITA

- Dificuldade em mamar - Secreção nasal, regurgitação nasal - Falhas no crescimento - Refluxo nasal ao mamar ou logo após - Engasgos, tosse ou espirros - Infecções respiratórias: rinite, pneumonias, bronquites - Estertores pulmonares à ausculta

ADQUIRIDA

- Rinite crônica, odontopatias, traumatismo ou neoplasias orais recentes ou crônicas - Espirros e corrimentos nasais serosos ou mucopurulentos unilaterais crônicos - Cuidado com periodontites, podem esconder o problema!! - Face palatal do canino é um local comum para o desenvolvimento de fístulas oronasais

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EXAMES COMPLEMENTARES Radiografias podem auxiliar em doenças associadas Posicionamento: Médio-ventral/latero-dorsal Abscessos periapicais, periodontopatias avançadas, neoplasias maxilares, fraturas dentárias... Hemograma = pode haver alterações de inflamação e infecção Culturas e Antibiogramas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Fenda palatina ou lábios leporinos = traumatismos, diferenciar de fístulas adquiridas, rinite, corpo estranho nasal e pneumonia por aspiração Fístulas oronasais adquiridas = diferenciar de doenças que possam causar rinites crônicas (inf. Fúngicas, corpo estranho, neoplasia oral invasiva...)

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TRATAMENTO MÉDICO - Rinites infecciosas = antibióticos de largo espectro Sulfa + trimetropim (15mg/kg, BID) Ampicilina (22mg/kg, TID ou QID) Cloranfenicol (50mg/kg, TID a QID) Clindamicina (11mg/kg, BID) - Fendas palatinas ou leporinas, sondar filhotes até que sejam capazes de serem operados - Terapias de suporte (oxigênioterapia, fluido, broncodilatadores e expectorantes) TRATAMENTO CIRÚRGICO - Defeitos congênitos = eutanásia ou óbito - Indicado a partir de 8 semanas de vida - Palatoplastia associada à esterilização (hereditariedade)

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ANESTESIA Anestesia Geral sob intubação endotraqueal (pneumoaspiração) Entubação oral, sonda por traqueostomia, tampões oral caudal Infusão contínua de propofol ou Inalatória CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS Proceder a lavagem da cavidade nasal e oral com jato de solução e anti-séptica diluída Antibioticoterapia Intravenosa Cloranfenicol 50mg/kg, tid a qid Trimetoprima-sulfadiazina 15mg/kg, bid Ampicilina 22mg/kg, tid a qid Clindamicina 11mg/kg, bid Animais desnutridos, alimentação via gastrotomia ou esofagostomia Decúbito Dorsal para fendas palatinas Ventral ou Dorsal para lábios leporinos lateral para fístulas oronasais adquiridas

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TÉCNICA CIRÚRGICA Objetivo = separar a cavidade nasal da cavidade oral Reconstrução do assoalho nasal Reconstrução do defeito labial Granulação e Epitelização desses tecidos ocorrem em 2 a 3 semanas Fendas Secundárias Técnica de Deslizamento de Flapes bipediculares e sobrepostos (Von Lagenbeck) Sanduíche sobreposto Fístulas Oronasais Adquiridas = Aproximação Direta, Flape de Camada Única ou Flape Rotacionado, Flape Duplo Fendas Primárias = Flape de mucosa com Z-plastia Pode ser necessário a remoção de incisivos decíduos

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CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO Aspiração nasofaríngea Alimentos moles devem ser fornecidos por 2 semanas Não fornecer ossos, gravetos e brinquedos de mastigação Esofagostomia ou gastrotomia por 7 a 14 dias pode auxiliar na cicatrização Colar Elisabetano para evitar traumas com as patas COMPLICAÇÕES Deiscência e Cicatrização incompleta 3 a 5 dias após a cirurgia Cuidado com tensão excessiva Suprimento sanguíneo inadequado ou tecido traumatizado Movimento de Língua Após deiscência, retardar a cirurgia (tecido friável) PROGNÓSTICO Bom, podem ser necessárias várias cirurgias

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NEOPLASIAS ORAIS

Gengivakl, Mucosa Bucal, Mucosa Labial, Língua, Tonsilas e Elementos Dentários FISIOPATOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA 25% das neoplasias em cães e gatos ocorrem na cavidade oral Correspondem a 5% em cães e 7% em gatos das neoplasias malignas 2.6 vezes mais no cão do que no gato Origem da mucosa, língua, periodonto, mandíbula, maxila, tonsilas e lábios (disseminação por extensão direta ou invasão de ossos e tecidos cartilaginoso adjacente) Metástases ocorrem por disseminação linfática e sanguínea para linfonodos regionais e pulmões Melanoma é o mais comum maligno, carcinoma de células escamosas e fibrossarcoma Carcinoma de células escamosas é o mais comum em gatos Benignos são raros em felinos

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Outra alterações benignas = papilomatose oral, epúlides, fibroma, granuloma, condroma, lipoma, hemangioma, plasmocitoma Pode ser necessário a realização de maxilectomia, mandibulectomia, tonsilectomia e glossectomia Características Macroscópicas Melanomas = neoplasias de crescimento rápido, cinza-esbranquiçado ou preto-amarronzado, firmes e vascularizados. Metástase está presente em 80% dos casos Carcinoma de células escamosas = gengiva, lábios, línguas e tonsilas. Avermelhados, friáveis, vasculares e podem apresentar-se ulcerados. Mais comum em gatos, segunda maior recorrência em cães Fibrossarcomas = mais encontrado em cães, gengiva maxilar e palato duro, massas multilobadas, lisas, firmes e vermelho-rosada, frequentemente se fixa no tecido subjacente

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Osteossarcomas = 10% das neoplasias mandibulares e maxilares em cães. Agressivos localmente e possuem poder metastático alto. Respostas à terapia são fracas, porém a taxa de sobrevida é maior do que em osteossarcoma apendicular Epúlides = neoplasia benigna mais comum na cavidade oral (30%). Raramente em gatos. Massas gengivais firmes que aparecem no ligamento periodontal. Fibromatosas, ossificante e acantomatosa. Fibromatosas são massas rosadas, lisas, firmes e não-invasivas, sulco gengival (única, múltiplas, pendunculadas ou sésseis) Ossificante constituem matriz óssea no ligamento, firmes e difíceis de ressecção. Evolui para osteossarcoma. Acantomatosas, infiltrado ósseo, lise. Excisão cirúrgica amplas, pode haver recorrência. Ameloblastomas = benignos que ocorrem na lâmina dentária. Jovens. Mandíbula rostral. Desenvolvem-se em região intra-óssea, localmente invasiva, sem poderes metastáticos Papilomas = neoplasias benignas de origem viral (papilomavírus). Mucosa oral e gengival, pendunculados e branco-acinzentados múltiplos.

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DIAGNÓSTICO Histórico Clínico Macroscopia Análise Citopatológica Análise Histopatológica Radiografia SINAIS CLÍNICOS e HISTÓRICO Raças predispostas = golden retriever, boxer, pastor alemão, cocker spaniels, poodles, pointer alemão, collie, old english, sheepdog e weimaraner Ocorrem em animais de meia-idade a idosos 7 a 10 anos (papilomatose) Raças com pigmentação oral possuem maior incidência CCE comum em gatos acima de 10 anos Fibrossarcomas são mais comuns em raças grandes (Doberman pinscher e golden) São vistos pelo proprietário quando há aumento significativo da massa oral, porém pode ser verificado em exames odontológicos de rotina (cuidado com mobilidade dentária)

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Hemorragia Oral Disfagia Halitose Anorexia Perda de Peso Frouxidão dentária Deslocamento dentário Sialorréia Deformação facial Corrimento Nasal ALTERAÇÕES

NA CAVIDADE

ORAL CAUDAL

Dispnéia Anorexia Tosse Sialorréia intensa Inchaço Cervical ULCERADA, NECROSADA E INFECCIONADA

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Tecido de Granulação secundário à corpo estranho, traumatismo ou infecção Complexo Granulomatoso Eosinofílico Hiperplasia Gengival Leishmaniose e Odontopatias Inchaços sublingual e faríngea = mucocele Pólipos Osteomielite Gengivite-Faringite plasmocitária felina ANÁLISE CITOLÓGICA TRATAMENTO MÉDICO Citologia da lesão e linfonodos alterados Cirurgia associado à radioterapia, quimioterapia, criocirurgia e imunoterapia Terapia de Suporte

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TRATAMENTO CIRÚRGICO Procedimentos de rotina para cirurgias orais (anteriormente) Ressecção cirúrgica (variável de acordo com a localização, extensão e expansão) Mandibuletomia, maxilectomia, tonsilectomia e/ou glossectomia Linfonodos regionais CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS Analgesia, Antiinflamatório terapia e Antibioticoterapia Alimentação pastosa Acompanhamento clínico e radiográfico (3, 6 e 12 meses) COMPLICAÇÕES Recorrência neoplásica, deiscência de pontos PROGNÓSTICO = Reservado à Favorável

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DILATAÇÃO-VÓLVULO GÁSTRICO

Aumento de volume estomacal associado à rotação em seu eixo mesentérico Pode ocorrer a dilatação de forma isolada FISIOPATOLOGIA Afecção aguda Taxa de mortalidade de 20 a 45% Dilatação está associada com obstrução ao escoamento gástrico funcional ou mecânico Há dificuldade em remover o ar fisiologicamente eructação, vômito e esvaziamento pilórico (fechamento dos esfíncteres) Aumento de volume ocorre a medida que se acumula gás e fluído O gás é proveniente da aerofagia Fermentação bacteriana de carboidratos, difusão a partir da corrente sanguínea e reações metabólicas também contribuem para o acúmulo Secreção gástrica e a transudação de fluidos contribuem para o acúmulo de líquidos (congestão venosa)

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Ingestão de grandes refeições com alimentos altamente processados ou água podem colaborar com a patologia Predisposição anatômica, íleo paralítico, traumatismos, distúrbios de motilidade gástrica, vômitos e estresse Animais machos, abaixo do peso, única refeição diária e temperamento amedrontado Tórax profundo e estreito (altera a relação anatômica entre estômago e esôfago) Alimentar cão em altura elevada pode aumentar a aerofagia O estômago rotaciona em sentido horário (90 a 360º) O duodeno e o piloro se movem ventralmente e para esquerda na linha média, deslocando-se entre esôfago e estômago Deslocamento do Baço para o lado ventral direito Compressão das veias cavas caudal e porta pelo estômago distendido, diminui o retorno venoso e o débito cardíaco, isquemia miocárdica, redução da pressão venosa central, volume de ejeção e pressão arterial média Choque obstrutivo, perfusão tecidual inadequada dos órgaos Arritmias, contibuem para o óbito Óbito ocorre por lesão de reperfusão

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DIAGNÓSTICO Clínico, Radiográfico e U.S SINAIS CLÍNICOS Timpanismo Abdômen agudo com distensão progressiva Depressão Letargia Êmese produtiva ou improdutiva Hipersalivação Inquietação Desidratação Anorexia Pulso fraco Taquicardia TPC prolongado, mucosas pálidas, Dispnéia

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RADIOGRAFIA Diferenciar Dilatação simples ou associada à torção Primeiramente atendimento emergencial Ar livre abdominal pode indicar ruptura gástrica. Emergência EXAMES LABORATORIAIS Sinais de choque CID (trombocitopenia) Acidose metabólica (ác. Lático) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Torção intestinal Aparente radiograficamente Hérnia Diafragmática com herniação gástrico e comprometimento de esvaziamento

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TRATAMENTO MÉDICO Emergencial Cateterização venosa (jugular ou cefálica bilateral) Fluidoterapia intensiva Coleta de sangue para Hemogasometria e bioquímico sérico Antibioticoterapia de amplo espectro Ampicilina 22mg/kg e Enrofloxacino 5-10mg/kg BID Cefalotina 20mg/kg TID Oxigenioterapia (dispnéia ou cianose) insuflação nasal ou máscara Descompressão gástrica Cateterização de calibre alto Sondagem gástrica (medida da fossa nasal até cartilagem xifóide) Trocater percutâneo Cuidado para não perfurar o estômago forçando a sonda!!!! Lavagem gástrica com água morna

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TRATAMENTO CIRÚRGICO Iniciar após estabilização clínica do paciente ANESTESIA Neuroleptoanalgesia MPA Cuidado com drogas hipotensoras e eméticas Anestesia Inalatória Indução com Etomidato e/propofol Manutenção com Isoflurado Lidocaína intravenosa poderá ser utilizada TÉCNICA OPERATÓRIA Inspeção do tecido gástrico e do baço Descomoprimir totalmente o estômago Corrigir o mal posicionamento

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Distorção gástrica Gastropexia abdominal Cuidado com o ligamento gastroesplênico Mantenha sondagem orogástrica durante o trans-operatório Pode utilizar um sugador com cateterização gástrica Realiza esplenectomia quando necessário Invagine o tecido gástrico necrosado

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CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO Internação clínica para monitoração e acompanhamento Terapia de suporte Ranitidina e metoclopramida Ampicilina Fluidoterapia Analgésico e Antiinflamatório Fornecer pequenas quantidades de alimentação pobre em gordura e carboidrato COMPLICAÇÕES Necrose e desvitalização tecidual podem levar a sepse e peritonite PROGNÓSTICO Razoável Alguns casos são aliviados e o reposicionamento é realizado quando há descompressão gástrica, há recorrência em 80% dos animais

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INTUSSUSCEPÇÃO

Encaixe ou invaginação de um segmento intestinal (intussuscepto) no interior do lúmen do segmento adjacente (intussuscepiente) FISIOPATOLOGIA Pode ocorre em qualquer porção do trato intestinal Ileocólicas e jejunojejunais são mais comuns Associadas normalamente a enterites crônicas Parasitismo, infecções virais ou bacterianas, imprudências, alterações dietéticas, corpos estranhos e massas) Pós-cirúrgicas: íleo paralítico, aderências ou mal funcionamento anastomótico Hipermotilidade Direciomanto proximal à distal ou vice-versa Normalmente ocorre no peristaltismo normal Podem ocorrer de forma múltipla

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A quantidade de mesentério disponível favorece o comprometimento vascular Inicialmente causa obstrução intestinal parcial, obstrução completa Colabamento dos vasos pelo aumento da pressão intraluminal ou do retorcimento A parede se torna edematosa, isquêmica e túrgida A fibrina se forma e adere as alças intestinais, pode ajudar a indentificar uma peritonite secundária por necrose da parede EPIDEMIOLOGIA Ocorre mais frequente em cães do que gatos Pastores Alemães e gatos siameses são mais acometidos Comum em animais imaturos Parasitismo e enterie como causa em animais jovens e espessamento e massas intestinais em animais adultos

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SINAIS CLÍNICOS E HISTÓRICO Doenças Mudança de Ambiente Cirurgias recentes Diarréia (melena ou hematoquezia) Êmese Dor Abdominal Massa palpável Enterite parvoviral com piora súbita Depressão Anorexia Desidratação Peritonite Choque sético Congestão de Mucosas

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DIAGNÓSTICO Diagnóstico presuntivo à palpação de alça intestinal espessada e alongada Algumas palpações podem levar ao deslizamento das alças, dificultando Intussuscepção protruente pode ser confundido com prolapso retal RADIOGRAFIA Simples e contrastada Obstrução parcial ou total pode levar ao acúmulo de gás Evidenciação de mucosas pregueadas ULTRASONOGRAFIA Bastante útil no diagnóstico Presença de líquido no segmento proximal e diminuição na motilidade intestinal associada À varredura apresenta camadas hipoecóicas e hiperecóicas paraleals alternadas

* Colonoscopia

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EXAMES LABORATORIAIS Desidratação Leucograma de estresse Anemia Hipoalbuminemia (perda proteica pela mucosa congesta) Exame de fezes (infestação parasitária) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Descartar causas de obstrução intestinal Corpo estranho, torção intestinal, encarceramento, aderências, estenoses, abscessos, granulomas, hematomas, tumores ou mal formação congênita) TRATAMENTO MÉDICO Terapia de suporte

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TRATAMENTO CIRÚRGICO Correção cirúrgica do segmento afetado ANESTESIA Neuroleptoanalgesia Geral ou Dissociativa TÉCNICA CIRÚRGICA Explorar abdômen Buscar aderências Avaliar integridade intestinal Reduzir intussuscepção com tração leve Palpar segmento proximal e distal (massas/ corpo estranho) Enterectomia e Enteroanastomose quando necessário Coleta de material

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PÓS-OPERATÓRIO Terapia de suporte Terapia analgésica e antiinflamatória Antibioticoterapia Sulfadiazina-Trimetoprima 15mg/kg, bid PROGNÓSTICO Reservado à favorável

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PROLAPSO RETAL

Protusão da mucosa retal a partir do ânus Eversão retal, eversão anal, prolapso anal FISIOPATOLOGIA Associação ao endoparasitismo e a enterites em animais jovens Neoplasias e hérnias perineais em animais de meia-idade à idosos Situaçãoes que causam tenesmo Fraqueza dos músculos perirretais e perianais, contrações peristálticas descoordenadas e inflamações Edemas de mucosas retais Pode ser completo ou imcompleto (envolvimento da mucosas) Completo todas as camadas da parede retal e toda sua circunferência A quantidade de eversão aumenta com o esforço contínuo (de mm a cm) Tecido Evertido fica edematoso que impede a retração espontânea Escoriações, sangramento, ressecamento e necrose

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DIAGNÓSTICO Clínico SINAIS CLÍNICOS E PREDISPONENTES Ocorre em cães e gatos sem predisposição racial Pode ocorre em animais de qualquer idade, sendo mais comum em filhotes Esforços em cirurgias perineais Constipação Protusão da mucosa retal Diarréia Prostatite Infecções urinárias Tenesmo Dispnéia Distocia Irritação perineal

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Intussuscepção ileocólica TRATAMENTO MÉDICO Antibioticoterapia Sulfa + trimetoprima Ampicilina Enrofloxacino Antiinflamatório e analgésico Lavagem do tecido prolapsado com solução fisiológica Compressa gelada Pode acrescentar pomada com açúca Procedimento realizado sob sedação ou anestesia Redução compressiva digital, sutura anal em bolsa de tabaco

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TRATAMENTO CIRÚRGICO Necessário quando não é possível redução digital, traumatismos e comprometimento tecidual ou em recorrências Laparotomia média em abdômen caudal Redução por tração + colonopexia Amputação do tecido comprometido ANESTESIA Geral ou Dissociativa Epidural CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO Dieta pastosa 15 dias Remoção da sutura de 3 a 5 dias após a redução Monitoração em pacientes amputados Correção da causa

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COMPLICAÇÕES Tenesmo Hematoquezia Recorrências Disquezia Estenose anal Vazamento Incontinência Fecal PROGNÓSTICO Reservado à Favorável

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