Poiésis 167

12
Ano XVI - nº 167 - fevereiro de 2010 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro Literatura, Pensamento & Arte IMPRESSO www.jornalpoiesis.com Caixa Postal 110.912 - Bacaxá Saquarema - RJ - CEP 28993-970 [email protected] Luísa Valle Ambientado nas montanhas peruanas, o novo conto de Gerson Valle, publicado nas páginas 6 e 7, mostra uma pro- funda reflexão sobre a América Latina de ontem e de hoje e UMA VIAGEM AO PERU sua relação com as heranças pré-colombianas e europeias. Com uma ficção que esbarra no ensaio, ele oferece ao leitor uma visão mosaica, realista e lírica ao mesmo tempo. Na objetividade pós-moderna que ultrapassa tendências subjetivas do século XX, Valle faz retomar a Litera- tura ao papel de provocadora de reflexões, de forma genérica, sobre a condição humana. A fome e seu refrão O escritor e jornalista Luiz Ho- rácio escreve sobre “O refrão da fome”, do Nobel de Literatura Jean Marie Le Clezio, lançado no Brasil em tradução de Leo- nardo Froes. Página 2. O direito de deseleger O maestro Jorge Antunes propõe no artigo publicado na página 3 a possibilidade de se criar no Brasil o direito de deseleger. Segundo ele, "o processo é simples: por meio de um abaixo-assinado, cidadãos e cidadãs solicitam a convocação de eleições revocatórias, questionando a manutenção do mandato de alguém." Poesia de todo lado Nesta edição, poemas de Celso Brito, Gladys Barrientos, Euni- ce Mendes, Nicolas Behr, Aricy Curvello e Gerson Valle. Páginas 4 e 5.

description

Edição 167, fevereiro de 2010.

Transcript of Poiésis 167

Page 1: Poiésis 167

Ano XVI - nº 167 - fevereiro de 2010 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro

Literatura, Pensamento & Arte

IMP

RES

SO

www.jornalpoiesis.comCaixa Postal 110.912 - Bacaxá

Saquarema - RJ - CEP [email protected]

Luís

a Va

lle

Ambientado nas montanhas peruanas, o novo conto de Gerson Valle, publicado nas páginas 6 e 7, mostra uma pro-funda reflexão sobre a América Latina de ontem e de hoje e

UMA VIAGEM AO PERU

sua relação com as heranças pré-colombianas e europeias. Com uma ficção que esbarra no ensaio, ele oferece ao leitor uma visão mosaica, realista e lírica ao mesmo tempo. Na objetividade

pós-moderna que ultrapassa tendências subjetivas do século XX, Valle faz retomar a Litera-tura ao papel de provocadora de reflexões, de forma genérica, sobre a condição humana.

A fome e seu refrãoO escritor e jornalista Luiz Ho-rácio escreve sobre “O refrão da fome”, do Nobel de Literatura Jean Marie Le Clezio, lançado no Brasil em tradução de Leo-nardo Froes. Página 2.

O direito de deselegerO maestro Jorge Antunes propõe no artigo publicado na página 3 a possibilidade de se criar no Brasil o direito de deseleger. Segundo ele, "o processo é simples: por meio de um abaixo-assinado, cidadãos e cidadãs solicitam a convocação de eleições revocatórias, questionando a manutenção do mandato de alguém."

Poesia de todo lado

Nesta edição, poemas de Celso Brito, Gladys Barrientos, Euni-ce Mendes, Nicolas Behr, Aricy Curvello e Gerson Valle. Páginas 4 e 5.

Page 2: Poiésis 167

Talvez eu precise dar uma aula sobre autoficção, autor implícito e autor-criador e autor- pessoa. Não farei isso agora. Em outra oportunidade, por que não?

Voltemos a Ethel. Bem nascida, vive em bairro nobre de Paris, gasta sua infância ao lado do tio-avô, Samuel Soliman. Le Clézio descreve a amizade entre eles utilizando um lirismo nada comum. Os passeios, a cumplicidade, a fantasia, o sonho compartilhado com Samuel, o velho comprara um pavilhão indiano na Exposição Colonial de 1931, a ideia de erguê-lo um dia em seu quintal, a expectativa dessa construção que acompanhará Ethel até a frustração pressentida pelo leitor, o futuro desenhado pelo tio-avô. Caso você entenda Refrão da fome como um poema, um poema que trará seu último verso na morte de Samuel, você não terá cometido crime algum contra a literatura. Muito pelo contrário. E terá exposto sua sensibilidade, privilegiado leitor de Le Clézio.

Logo entra em cena Xénia, uma imigrante russa, de origem nobre mas devastada economicamente; a russa despertará a amizade e paixão em Ethel. Xénia, no entanto, será mais uma frustração na trajetória de Ethel. Ao desaparecer e logo participar seu casamento e ao reaparecer como alguém extremamente arrogante e com ares de superioridade.

Alimenta um amor burocrático pelo inglês Laurent, militar atuando no front. Esse amor atravessará o romance. O único aspecto duradouro, apesar da fragilidade, na vida de Ethel. Vida que desce ao porão sombrio com a debacle econômica da família, a guerra e seus tentáculos implacáveis, um deles, os alemães invadindo a França.

Le Clézio apresenta a desgraça

2 nº 167 - fevereiro de 2010

EXPEDIENTEO Jornal Poiésis - Literatura, Pensa-mento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunica-ção Ltda.

Editor: Camilo MotaDiretora Comercial: Regina Mota

Conselho Editorial:Camilo Mota, Regina Mota, Fer-nando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Celso Caciano Brito, Fran-cisco Pontes de Miranda Ferreira

Jornalista Responsável:Francisco Pontes de Miranda Fer-reira, Reg. Prof. 18.152 MTb

Diagramação: Camilo Mota

CAIXA POSTAL 110.912BACAXÁ - SAQUAREMA - RJCEP 28993-970

( (22) 2653-3597( (22) 9201-3349( (22) 8818-6164( (22) 8836-8483( (22) 9982-4039

[email protected]

Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro.

Fotolito e Impressão:Tribuna de Petrópolis

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, em formato A4, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão de-volvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo do Word (.doc ou .docx). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

SHOW DAS PLANTAS

A maior variedadecom beleza e qualidadevocê encontra no

Av. Saquarema, 5442 - Bacaxá ( (22) 2653-2744

Dê plantas a quem você ama!

O refrão da fomeLuiz Horácio Rodrigues

Refrão da fome (Cosac Naify, 2009, Tradução de Leonardo Fróes) é um romance sem herói, sem heroína, é um romance com sobreviventes. Sobreviver significa vencer a violência. Não importando a forma que esta se estabeleça.

Refrão da fome é uma história de tensão, do início ao fim. Essa tensão aumenta à medida que a menina protagonista cresce, não há trégua. O escritor Jean Marie Le Clézio vai descascando, camada por camada, a violência, algumas de suas nuances, que sobrevivem inclusive à guerra.

Em seu estilo preciso, claro, quase didático, Le Clézio, Prêmio Nobel de Literatura de 2008, pode ser classificado como um memorialista. Ele traz à tona retratos, repletos de minúcias do passado, para tencioná-los no presente. E quem sabe, também no futuro.

Em Refrão da Fome, o escritor, mais um, examina, sem luvas, mas com delicadeza a ferida incicatrizável causada pela Segunda Guerra Mundial. Vale lembrar que excetuando-se o cenário de guerra, tal ferida não difere em muito das feridas provocadas pelo homem na atualidade.

Refrão da fome retrata a tragédia de Ethel, da menina inocente aos 12 até seus vinte anos de idade, então sem resquícios da ilusão e ciente do potencial predador do ser humano. Entenda-se, também, por potencial predador o fascínio pelos bens materiais. Fascínio esse capaz de levar o pai de Ethel a roubá-la. Do auge da ilusão ao apogeu da miséria. O período de sofrimento da menina, sua infância e a adolescência, tem início nos anos 30 e perdura até o final da guerra, em 1945. No entender deste aprendiz, Refrão da fome é um romance de formação. Mas por favor, afobado leitor, de formação se objetivarmos a trajetória de Ethel e um romance com rastros biográficos se partirmos para o lado do autor. Entendido? Não, não entendeu?

RESENHA

sem exageros ou truques analgésicos, mostra uma família a p a r e n t e m e n t e tranquila em sua rotina burguesa de tênues atribulações.

Por falar em burguesia, Le Clézio vai às entranhas da burguesia francesa, representada pela família, e suas relações, de Ethel. Burguesia alienada e, talvez a única escorregadela de

Le Clézio, extremamente infantilizada. Ao longo da trama vêm à tona assuntos relacionados com as ex-colônias francesas, os imigrantes árabes a “macular” o território francês.

Refrão da fome, insisto, é um romance de formação, é um romance político, é um romance que só poderia ser escrito por um francês. Do mesmo modo que François Truffaut é insuperável ao mostrar a infância no cinema, Le Clézio e Raymond Quenau (Zazie no metrô) são insuperáveis na literatura.

Não se trata de contar uma história edulcorada, só porque tem criança protagonizando, coisa comum entre nossos autores, armadilha que não cai Quenau e tampouco Le Clézio.

A violência está presente em ambas histórias. Em Refrão da fome vestindo alguns disfarces, guerra, miséria, trapaça, ganância, morte...

A violência que cresce, conforme a referência a “refrão” (ritournelle de la faim), o narrador se reporta aos últimos compassos, de estrondoso crescendo) de Bolero,de Maurice Ravel.

“O Bolero não é uma peça musical como as outras. É uma profecia. Conta a história de uma cólera, uma fome. Quando acaba em violência, o silêncio que se segue é terrível para os sobreviventes aturdidos”. Palavras do narrador.

MEDICAMENTOS PERFUMARIA

Aberta diariamente das 7 às 21h inclusive feriados

Rua 96, nº 81, loja 1 - Jaconé Saquarema - (22) 2652-1427

Farm. Resp. Dra Marcia Wigg, PhD - CRF 2507 Direção: Eduardo Dutra

Page 3: Poiésis 167

3nº 167 - fevereiro de 2010

JCEL EMPRÉSTIMOS AGRIJAR BACAXÁRações nacionais e importadas

Medicamentos e Sementes

Av. Saquarema, 5320 - Bacaxá( (22) 2653-3114

[email protected]

CDF

Rua Roberto Silveira, 510 - Bacaxá(subida do Brizolão)

no Colégio Joaquim Costa (Lápis de Cor)

( (22) 2031-0034

Pré-Vestibulare Concursos

O seu caminho para a universidade

começa aqui.

Você, aposentado e pensionista, precisa de dinheiro?

FALE COM LÉA SAQUAREMA

Representamos vários bancos: BMG, PINE, BGN, BIC...Compramos dívida da Marinha.

Atendemos a servidores da Prefeitura de Saquarema e TJ.Desconto em folha de pagamento sem SPC e sem avalista.

R. Domingos da Fonseca, 5 - Bacaxá - ( 2653-4544(ao lado do depósito de doces, perto do Itaú)

Compramos dívida do GE e PINE. Não

precisa pegar boleto.

Jorge Antunes

Otávio, o tribuno, caiu. Ele se opôs a um projeto de reforma agrária que daria terras para a plebe. Tibério pediu uma votação popular que destituiu Otávio. Isso foi em 133 a.C. Se não adotarmos o mesmo mecanismo de partici-pação popular viveremos eterna-mente a frustração de eleitores traídos.

A Assembleia Constituinte de 1988 optou por regular ape-nas três mecanismos voltados à soberania popular: o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. Existem mais dois outros instru-mentos, praticados em alguns paí-ses, que até hoje os nossos legisla-dores têm rechaçado: o referendo revogatório e o veto popular.

O referendo revogatório per-mite ao eleitorado destituir um representante, através do voto di-reto, antes da data regular de fim de mandato. Esse mecanismo dá poder especial ao povo, de modo a que ele não tenha que continuar a ter como representante alguém que se revela corrupto, incompe-tente ou inoperante.

O mecanismo existe nos Es-tados Unidos da América, onde recebe o nome de “recall”. Existe também na Suécia, com o nome de “abberufungsrecht”. Os mandatos revogáveis existiram na Comuna de Paris. Na Suécia o mecanismo foi implantado em 1846, no Can-tão de Berna. Hoje ele existe na maioria dos estados norteameri-canos, tendo sido adotado, pela primeira vez, em Los Angeles, em 1903. Nos Estados Unidos o me-canismo do “recall” é, na maioria

Pelo direito de deselegerdos estados, um direito po-lítico do povo, não podendo, portanto, ser revisto pelos tribunais. O instrumento de participa-ção popular foi usado na Califórnia em 2003, quando o governador Gray Davis teve seu mandato revogado pelo voto popu-lar. O ator Arnold Schwarzenegger foi eleito para substituí-lo.

O processo é simples: por meio de um abaixo-assinado, cidadãos e cidadãs solicitam a convoca-ção de eleições r e v o c a t ó r i a s , questionando a manutenção do mandato de al-guém. No Brasil o tema é muito pouco discutido e, assim, acaba por receber, de estudiosos, vá-rias denomina-ções diferentes: voto destituinte, plebiscito de con-firmação de man-dato, deseleição, voto revocatório, referendo revo-gatório, plebisci-to por autocon-vocação popular, destituição etc.

O referendo revogatório existe na Argentina, em âmbito provin-cial. Existe também na Colômbia, no Equador e no Perú, sempre apli-

cáveis a alcai-des, prefeitos, d e p u t a d o s provinciais e g o v e r n a d o -res.

Na Ve-nezuela o re-ferendo re-vogatório já existia, em âmbito es-tadual, bem

antes da Revolução Bolivariana. A Assembléia Constituinte, no go-verno de Hugo Chavez, apenas es-tendeu o instrumento para o âmbi-to nacional.

No Brasil foram raros os re-presentantes que lutaram pela

adoção do meca-nismo. Na Cons-tituinte de 1988, foi heróica a luta de Lysâneas Ma-ciel, que defendeu a adoção do “voto destituinte”. A idéia foi fortemen-te rejeitada por seus pares. Uma exceção foi o apoio do Deputado Do-mingos Leonelli. Em 2003 o exem-plo bem sucedido da Califórnia en-corajou Jefferson Péres e Antônio Carlos Valladares a apresentarem,

no Senado, um projeto de emenda constitucional implantando o “re-ferendo revogatório”. Mas a PEC acabou arquivada.

Com a eclosão do escândalo do

mensalão, em 2005 um projeto se-melhante foi apresentado por três deputados do PSol: Babá, Luciana Genro e João Alfredo. Esse proje-to, de conteúdo genérico, propôs a possibilidade da convocatória de um plebiscito, subscrita por um por cento do eleitorado. Também fadado ao arquivamento, esse pro-jeto não vem demonstrando, em seu arrastado andamento, indícios de prosperar.

A democracia semidireta, ado-tada em nosso país, pode caminhar para uma aproximação à demo-cracia pura. A democracia direta, nos moldes dos atenienses, não é possível em comunidades com milhões de pessoas. Mas o meca-nismo do “referendo revogatório” pode atenuar a forma clássica do governo representativo.

Mas somente o povo organiza-do, nas ruas, pode exigir a adoção do novo mecanismo. Seria neces-sário empreender luta pela mu-dança da Constituição e, ao mesmo tempo, campanhas nas Unidades da Federação propondo-se a im-plantação do novo instrumento de soberania popular, com uma emenda em suas Leis Orgânicas. A iniciativa popular, por meio de abaixo-assinado, poderia permitir a apresentação da emenda nas As-sembleias.

Enfim, outra campanha “Dire-tas Já” seria necessária. Desta vez, para dar ao povo o direito de, atra-vés do voto direto, deseleger man-datários corruptos, ineptos, in-competentes e traidores do povo.

Jorge Antunes é Maestro, compo-sitor, poeta, professor titular da Universidade de Brasília

O processo é simples: por meio

de um abaixo-assinado, cidadãos e cidadãs solicitam

a convocação de eleições

revocatórias, questionando a manutenção do mandato de

alguém.

Page 4: Poiésis 167

4 nº 167 - fevereiro de 2010

MARCUS Baterias

Venda de óleo, rolamentos e bateriasRECARGA DE BATERIASR. Prof. Souza, 706 - Bacaxá( (22) 2653-0669 / 9935-3948

DentistaDr. Guilherme

Bravo Reis

Pça. Santo Antonio, 164 sala 1Bacaxá - Saquarema - RJ

(22) 2653-2303

Incentiveseu filhoa ler...Compre livros!

Uma campanha do Jornal Poiésis

MACHUPICCHUGerson Valle

Quando o turista atinge a cidade de Machupicchuos olhos se tornam máquina fotográfica,memorizando a emoção dos planos e abismos instáveis da paisagemno equilíbrio contrastante de um relicário.Os templos e casas no meio da mata,escondidos por séculos no cume da montanha,encontram o encanto do todo no silêncio do nada.Os caminhos do entorno preparam,na beleza natural das árvores, morros,o encontro do topo onde a espécie moldou as escarpas em planos e escadas,transportando as pedras para a acolhidatranquila entre os trâmites dos deuses.

Os templos estão mudos,as casas, destelhadas,os celeiros guardam apenaso ar rarefeito das alturas abençoadas.E no chão, a grama lembra os alimentosdesnecessários entre abismos do esquecimento.O turista sente-se só na casa do sol, no império dos incas.Já nenhum ser humano ali habita.Tudo se abraça no céupor equilíbrio das nuvens com a garra das pedras e espíritos da Terra adorados outrora,na aparência insólita de serem eternos.

Gerson Valle é membro da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni e do conselho editorial do Jornal Poiésis.

RECEITANicolas Behr

Ingredientes:dois conflitos de geraçõesquatro esperanças perdidastrês litros de sangue fervidocinco sonhos eróticosduas canções dos Beatles

Modo de Preparar:dissolva os sonhos eróticosnos dois litros de sangue fervidoe deixe gelar seu coração

leve a mistura ao fogoadicionando dois conflitosde gerações às esperançasperdidas

corte tudo em pedacinhose repita com as canções dos Bea-tleso mesmo processo usado com ossonhos eróticos mas desta vezdeixe ferver um pouco mais emexa até dissolver

parte do sangue pode sersubstituído por suco de groselhamas os resultados não serãoos mesmos

sirva o poema simplesou com ilusões

Nicolas Behr é natural de Cuiabá (1958), mora em Brasília desde 1974. O poema acima faz parte de seu livro “Caroço de goiaba” (1978), reproduzido na “Micro-Antologia” da coleção Livro na Rua, Série Escritores Brasileiros Contemporâneos nº 12 (Thesau-rus Editora, 2005)

[SOU SEMPRE EU]Eunice Mendes

sou sempre eusou eu que amoque chamoque governo.e agora, meu Deusque não sou eu?o que faço?caio desfalecidanesses braçosque me dizem serem meus?...meu sonhoe meu regaço.

desfaço-me?

Eunice Mendes é natural de Santos-SP (1960), edita com Walmor Colmenero a revista artesanal de divulgação literária “Poetizando”.

retirantesCelso Brito

a esperança tece tardes sem fimno deserto de mulheres simplesde homens tristes atrás do cigarrode cães no borralho e casas caiadas

a esperança é tudo que restano fim de mais um dia de sola terra seca racha sob os pése os separam do resto do mundo

a esperança tece vidas no fimno deserto de muitos sonhose sem saber se um dia voltamfilhos vão partindo...

Celso Brito é poeta, reside em Saquarema-RJ, é membro do con-selho editorial do Jornal Poiésis.

Dra Sandra Azeredo MelloCirurgiã Dentista CRO/RJ 18156/4

Ortodontia fixa e móvel - Odontologia estética Clareamento dental

R. Prof. Francisco Fonseca, 240 - salas 5, 6 e 7 - BacaxáGaleria Luiza Azeredo

[email protected] ( (22) 2653-2141

Page 5: Poiésis 167

5nº 167 - fevereiro de 2010

Sarita O GELADOQUE ALIMENTA

MADEIREIRAE MATERIAIS

DE CONSTRUÇÃO

Tudo para sua casa, do alicerce ao telhado.

ENTREGA EM DOMICÍLIO

2031-07882653-3574 9228-1015

R. Alcipio Vidal - Bacaxá (asfalto velho) (MATRIZ) - Rod. Amaral Peixoto, Km 70, nº 1999 - Bacaxá

((22) FABRICAÇÃO

DE SORVETE E PICOLÉ

R. Prof. Francisco Fonseca, 209Bacaxá - Saquarema - RJ

( (22) 2653-2513 e 2653-4134

UM DIA DE LLUVIA (COMO TANTOS OTROS)Gladys A. de Barrientos

Me gusta la lluvia que caeEn los verdes trigales y el vientoQue sopla sus tristes lamentos,Cuando el água corre las piedras lavando.

Me gusta el ruído que hacenLas gotas cristalinas, llenas de burbujasGotitas de llanto parecen decirEstás sola y triste... y tu corazón?

Se quedo perdido por la senda secaSin brújula, sin tiempo, sin solMaltratado doliente y maltrechoY del cielo mil ojos se me apiedabanDiciendo... que haces por la tierra?

Los granos de arena se cantarolabanCuchichando apenas... es um tonto o qué?Pequeño y miedoso no sabe volver.

Me gusta la lluvia que suave murmuraUm canto a los vientosQue sopla sus tristes gemidosY limpia las piedras del rio que va.

Gladys A. de Barrientos é natural da Bolívia e reside há muitos anos em Petrópolis-RJ. É poeta, escritora e cronista.

AINDA É TEMPOAricy Curvello

já é tarde mas ainda é tempo de significar.tudo pode ser outra coisasobre outras que não têm rosto.ainda é tempo, ainda

tentarás. o futuro ficou para tráse não terás vinte anos outra vezinterrompidos, ardor paralisado em neblina,contudo é preciso

dilacerar ainda.corta, mastiga, devora essa pasta essa geleia geralesse rio de ódio e alimentos sem clareza.não vês o delírio dos burocratastoneladas de papel e milhares deguichês quilômetros de filas e corredores nus?eosilêncio no coração do homem

Aricy Curvello reside em Serra-ES. O poema aci-ma é de sua obra “Os dias selvagens te ensinam” (1979), reproduzido no “Roteiro da Poesia Brasi-leira – Anos 70” (São Paulo, Global, 2009, seleção e prefácio de Afonso Henriques Neto)

Av. Saquarema, 3663 Loja D - Porto da Roça Aberta de 2ª a sábado de 8 às 20h e domingo de 8h às 13h

ENTREGA GRÁTIS EM DOMICÍLIO

( (22) 2655-3115 / 2655-3220

Medicamentos, Perfumaria e Variedades

Aceitamos cartões de crédito

Qualidade e variedade na

hora do lancheInfo

rme

Publ

icitá

rio

Quem visita Saquarema no verão tem uma excelente opção para lanches rápidos na Praça de Alimentação, no Centro. O Amigo Nº 1 do Lanche é uma referência no atendimento, na variedade de produtos e na qualidade do que oferece. De um simples ca-chorro quente a combinações sabo-rosas de hambúrgueres com carnes especiais (picanha, peixe, frango, etc.), a alimentação ali é sinônimo de satisfação. Faça uma visita. Conheça também todas as opções de lanche visitando o site www.novasaquarema.com.br/amigodolanche.

Fotografias

www.colorgil.com.brR. Prof. Francisco Fonseca, 49 - Bacaxá - Saquarema - (22) 2653-3376

REVELAÇÃO DIGITALA PARTIR DE R$ 0,39

acima de 100 fotos

Cobertura fotográfica de eventos,câmeras digitais, plotagem e revelação.

Revelação em 1 hora

Page 6: Poiésis 167

sacrifícios humanos... É certo que maior foi o sacrifício que com isto impuseram àquele povo, anulando-lhes à força a cultura, destruindo-lhes a civilização, ameaçando-lhes no fogo da “santa” Inquisição! Mas, não é louvável também a vingança que desconhece as “riquezas” das artes que os renascentistas trouxe-ram ao Peru, com suas construções artisticamente tão sábias, seus prin-cípios cristãos, que, mesmo quan-do hipocritamente colocados, estão presentes nos ensinamentos, à mão para serem resgatados por quem realmente seja honesto... Vingança que gera vingança, que gera nova vingança? Assim é sempre a His-tória? Daí sua pergunta, “contrar-gumentando” sua indignação que constatara ódio atual aos conquista-dores espanhóis: “Mas não foi sem-pre assim?”

Era filha de mulata com nisei, am-bos de São Paulo. Nunca conheceu o pai, que largara sua mãe e fora para o Japão num momento em que os niseis tentaram a imigração inversa, com vistas à procura do novo eldora-do econômico. Ele fugiu, literalmen-te, de sua mãe, deixando-a grávida, sem avisar para onde ia, com medo dela querer ir junto e atrapalhá-lo, como não-japonesa, na tentativa de “renacionalização”. Ironicamente, com raiva, ao ser batizada, sua mãe

validades, sendo auxiliados por na-tivos inimigos do “império inca”?...

Como historiadora Saionara sabe que o passado sempre narra violên-cias perpetradas por interesses dos mais poderosos, preconceitos por ignorância, sempre no limite da fase de desenvolvimento científico que se passa, injustiças cometidas em nome de deuses, princípios de uma nobreza relativa no tempo e menta-lidade das civilizações... Mas não era por isto que concordaria com deter-minados colegas que abominavam a Igreja Católica por causa da In-quisição. Meus Deus!, discutia com eles indignada, não se pode esque-cer todos os ensinamentos de amor, caridade, compreensão para com o próximo, e tantas qualidades revo-lucionárias, sim, que o cristianismo trouxe ao mundo, por causa de uma concepção extremista que o poder e a riqueza que conquistaram fizeram em algumas mentes que se torna-ram confusas, cruéis, num período histórico! E até a fé teve certa culpa, sim. Como no caso dos incas, além da ambição de tomar-lhes o ouro e a prata, muitos “padrecos” tinham a sinceridade de querer trazer-lhes para o que consideravam “verdade”, “lavar-lhes a alma no verdadeiro Deus”, indignando-se com certas práticas que consideravam bárba-ras, não se podendo esquecer aí dos

6 nº 167 - fevereiro de 2010

Gerson Valle

— Mas, não foi sempre assim? – “contrargumentou-se” Saionara, após indignar-se ante certas pos-turas adotadas por vários guias em sua viagem de turismo pelo Peru. Para ela, Cusco lembra sua estimada Ouro Preto aumentada. No entanto, os guias não enfatizam os interiores das belas igrejas e conjuntos colo-niais espanhóis tanto quanto a colo-cação de pedras de ruínas incas. de-monstrando má vontade para com os espanhois e a Igreja Católica. Eles exterminaram uma grande cul-tura, não tem dúvida. Onde era um templo ou palácio inca, que denota-va conhecimentos arquitetônicos, astronômicos, ecológicos, os “pa-drecos” e governadores espanhois aproveitavam a base de pedra para nela contruirem suas catedrais. Im-puseram à força a religião, a língua, os costumes... O povo, porém, con-tinua falando seu quíchua, usando sempre que pode suas roupas típi-cas. Como a protestar contra a do-minação e violência sofridas. Ou, mais ainda, como a querer se vingar da invasão e intolerância dos espa-nhóis, como percebia na entonação dos guias. A ela, Saionara, professo-ra de História antenada, não escapa tal “tom” vingativo. A má vontade contra os dominadores de outro-ra fazia com que estes parecessem verdadeiros bárbaros em seus pre-conceitos cristãos, “mentirinhas de milagres para boi dormir”, exage-ros de forma nas “obras de igrejas” e pieguice nas representações dos santos... No entanto, havia ali tanto empenho, tanta verdadeira e com-plexa arte, tanta expressão huma-nista vinda do Renascimento euro-peu, avolumada no Barroco, que o ódio ficava a lhes dever uma refle-xão mais atenta. Para começar, não lhe parecia correta qualquer com-paração qualitativa entre duas civi-lizações tão distintas. Os próprios povos pré-colombianos não luta-vam entre si? Não havia muitos que séculos antes foram exterminados violentamente? Os espanhois não se aproveitaram, inclusive, dessas ri-

acenou para o oriente, pronuncian-do “saionara”, que sabia ser despe-dida em japonês, no orgulho de não mais querer rever o ex-namorado. Na inspiração, deu-lhe este nome. Como doou, praticamente, a filha, a um casal de cariocas para quem prestara serviços domésticos, na esperança dela ser melhor criada. No Rio, de fato, acabou professora, frequentando pessoas intelectuali-zadas e formando a personalidade entre a procura de justiça motivada bastante pelo seu histórico de vida e os conhecimentos que lhe pres-tavam auxílio na busca da própria justiça.

Um filme mais velho que ela a mar-cara fundo na mocidade: “Hiroshi-ma, mon amour”, de Alain Resnais com roteiro de Marguerite Duras. Inesquecível o diálogo, na cama, de uma francesa com um japonês. Só este namoro já lhe trazia um inte-resse especial por motivos pessoais que podemos supor. Por mais que a francesa procurasse compreender a tragédia da bomba atômica sobre a cidade, o japonês insistia que “tu n’as rien vu à Hiroshima”... O es-trangeiro é sempre turista. Não vê tudo, mesmo que estude o local, ouça as pessoas, trabalhe num do-cumentário como a personagem do filme... Apenas passa por ali. Como compreender uma tragédia em de-talhes? Seus vários ângulos e conse-quências? Como a distância do tem-po pode recuperar uma história? E um “flash-back” faz a francesa rever a cidade de Nevers, logo após a II Guerra, com ela, adolescente, sendo tripudiada pela população, cabelo zerado para ser identificada por to-dos como traidora, por ter se amiga-do com um soldado alemão durante a ocupação. O amor não compreen-dido por quem não o viveu. Apenas a aparência superficial das coisas, o ódio medroso explodindo com a recuperação da liberdade, os mean-dros dos momentos de tensão deixa-dos para trás. Tudo, entretanto, na superficialidade genérica registrada pela História! Os fatos esfumaçados pelo tempo, restando o ódio, a vin-

conto

Luís

a Va

lle

UMA VIAGEM AO PERU

Page 7: Poiésis 167

7nº 167 - fevereiro de 2010

gança, sentimentos primários... Se-ria autêntica a imagem de seu pai transmitida no ódio da mãe? E ela, a que parte da mãe ou do pai deve-ria se filiar, não odiar, vingar?

De repente, em Machupicchu, com a visão encantada de uma ci-dade congelada sem as vicissitu-des dos habitantes do passado, a impressão de turista que nunca vê tudo, como no diálogo do filme, lhe vem mais fortemente. Tudo se pode idealizar se passando naquele cenário majestoso, inclusive mis-ticismos óbvios. Ali fica sendo o bem, e o mal o que lhe é contrário. O engano das posições parciais, an-tropocentrismos engendrando es-tranheza ao diferente de si, medo, ódio, guerra, todo conhecimento de História lhe vem à cabeça, e insiste no “Mas não foi sempre assim?” E assim continua sendo, prossegue pensando, com as culturas se mal-dizendo. Árabes e judeus, ociden-tais e orientais, ricos e pobres... Lembra de sua leitura recente do livro de Paolo Barnard, “Perchè ci odiano?”, da editora italiana Bur, de 2006, que mostra que quase tudo que sabemos do terrorismo islâmico é falso, porque encarado do lado dos inimigos dele. Por que Osama Bin Laden, por exemplo, é o terrorista mais emblemático? Por ter sido talvez o autor do atentado que matou 3.000 pessoas nos Es-tados Unidos? E Johnson, Ford e Kissinger que, com suas guerras, mataram mais de um milhão e meio de pessoas no “distante” oriente, fazendo cocô longe da porta de suas casas? Não são muito mais terro-ristas e bandidos que o tal do Bin Laden? O ocidente ainda deu um prêmio Nobel ao monstruoso novo Hitler, Henry Kissinger, a quem o livro de Barnard é, ironicamente, dedicado. Aliás, o erro sempre se repete em nossas visões do lado de cá que odeia o lado de lá, e vice-versa, e o Nobel foi dado também ao presidente Obama, que insistiu na justificativa das incursões cató-licas medievais pelas trevas: “fazer a guerra justa”... Quando a guerra é justa?, pergunta Saionara a seus alunos. “Justa, minha boa gente, é somente a paz!”, e dá um sorrizinho lembrando-se da Utopia do sensato e santo Thomas Morus: “nenhuma

guerra que se conhece na História, no presente e no futuro que se possa prever, é justa”!

“Sim”, tem vontade de dizer aos guias de seu turismo peruano, “os espanhois católicos foram injustos ao destruir uma civilização e impo-rem a sua por cima”. Mas, também, é injusto o ódio agora que vocês têm por eles. Que adianta chorar o lei-te derramado? Vão perpetrar nova “guerra justa contra o passado”?

O passado! Este seu lar, “turismo de sempre”, a História! De onde nós viemos? De onde ela mesma veio? Como mudar a situação da guerra permanente entre as diferenças? Como ser ela a parte do pai japonês, da mãe mulata, em si já trazendo as diferenças talvez de um português e uma africana, quem sabe escrava estuprada, injustiçada...? No entan-to, ela é Saionara, se vê no espelho, é tudo isto junto! Uma parte dela vai odiar a outra parte? Não há como conciliar, sobreviver, unir-se e ser uma identidade nova? Juntando, construindo, se amando?

Chega cansada ao hotel depois de muita caminhada, subida pelas esca-das de pedras de Ollantaytambo, che-gando ao ar rarefeito dos 3.750 me-tros de altitude, onde ficara algumas vezes com pouco fôlego, e, deitando-se, repete a frase do filme francês: “Tu n’ as rien vu à.....” Aonde? São tantos os seus turismos... Aonde ela não viu nada? Em Ollantaytambo? Nos livros que lê? Nos filmes que assiste? Em si mesma?... Na possível paz justa de suas utopias, para que tudo não seja sempre assim? Suspira sobre um leve terremoto que a embala, e adormece sem o sentir.

Gerson Valle é escritor e poeta, autor de “Vozes novas para velhos ventos” (Thesaurus, 2007), mem-bro da Academia Brasileira de Po-esia.

Luís

a Va

lle

FLORAIS

E RVPJoao Carvalho Netoautor do livro “Psicanálise da Alma”

Rua Segisfredo Bravo, 115 - sala 4 - Bacaxá (próximo aos Correios)Rua Dr. Antonio Alves, 50, sl. 105 - São Pedro da Aldeia - RJ

Regina Alveswww.joaocarvalho.com.br

Melo ImóveisAdministração, Venda e Locação de Imóveis

Advocacia em Geral

( (22) 2653-5427 e (22) 2031-0838

R. Professor Souza, 34 loja 5 - Bacaxá (subida do Brizolão)

Dra. Emygdia MeloCRECI/RJ 30.201 / OAB-RJ 38.046

( (22) 2653-3087

MAMAS garante vitórias para mulheres

em SaquaremaO Movimento Articulado de

Mulheres e Amigas de Saqua-rema (MAMAS) foi recebido pela prefeita de Saquarema, Franciane Motta, em seu gabi-nete no dia 27/01. O grupo já havia reivindicado em março de 2009 a criação da Coordena-doria de Políticas para as Mu-lheres no município, e garantiu neste novo encontro o compro-metimento da prefeita, que fará o anúncio oficial da criação do órgão durante as comemora-ções pelo Dia Internacional da Mulher, em março próximo.

O objetivo da criação da Co-ordenadoria é contribuir na promoção da equidade de gê-nero, através da implementa-ção de políticas públicas que efetivem os direitos humanos das mulheres. Com isso, es-pera-se avançar na superação das desigualdades de gênero em Saquarema, além de cum-prir as metas já estabelecidas no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. “Uma das ações do Plano Nacional é jus-

tamente a criação da Coorde-nadoria para fazer a articu-lação das políticas públicas, integrando os governos fe-deral, estadual e municipal”, ressaltou Gleyde Selma da Hora, da coordenação execu-tiva do Movimento.

O MAMAS tem mostrado, com suas ações, a importân-cia da organização e da união em torno de um objetivo co-mum. No final do ano passa-do, o grupo conseguiu incluir no Plano Plurianual (PPA) do município dotação orçamentá-ria total de R$ 28 mil (para o período de 2010 a 2013) para ações de conscientização e valorização das mulheres. O Movimento espera agora a tão aguardada criação da Coor-denadoria de Políticas para as Mulheres, que facilitará, inclu-sive, o aporte de verbas fede-rais para desenvolvimento de novos projetos no município. Para o evento de março está sendo agendada a presença da ministra Nilcéia Freire.

Page 8: Poiésis 167

8 nº 167 - fevereiro de 2010

Restaurante Salesdique

R. Cel. Madureira, 112 - Centro - Saquarema - RJ

Comida caseira a quilo.Aberto diariamente para almoço.( (22) 2651-4622

Explicadorade 1ª a 8ª série

R. Beatriz Campos, 14Porto da Roça - Saquarema

(próximo ao Bassamar)

( 2651-9665

Mundo da AlegriaFaça sua festa com que entende

de alegria.

animação de festas e eventos

www.mundodaalegria.net(22)2651-1313 / 9935-4112

Estacionamento próprio e coberto.

O lugar idealpara suas compras

o ano todo!

Rodovia Amaral Peixoto, Km 71 - Bacaxá - Saquaremanovasaquaremawww.

.com.br

notícias * classificados guia comercial * fotos

Glória Center Park, um mundo de alegria!

Venha se divertir com toda a sua família. Curta temporada!Pela primeira vez Saquarema recebe o Glória Center Park, que está funcio-

nando todos os dias, a partir das 19 horas, na Praça de Eventos, no centro da ci-dade. O parque é um festival de diversões para crianças e adultos, com brinque-dos famosos como Samba, Surf, Auto-pista, Montanha Russa e muitos outros.

Contando com apoio da Prefeitura Municipal de Saquarema e do vereador Cabral, o Glória Center Park é dirigido por Tia Glória, idealizadora do Projeto Criança Feliz, que é realizado em vários bairros do Rio de Janeiro. “Eu agradeço muito ao apoio e a presença da prefeita Franciane Motta, do vereador Cabral e da Olga, e gostaria que todos que aqui vierem saiam muito felizes, para deixar despertar a criança que existe dentro de cada um”, disse Tia Glória.

O estado de felicidade acontece quando esta-mos em harmonia com nosso ser interior, com a alma universal. Quando passamos a ouvir mais as mensagens puras e cristalinas que fluem de nosso íntimo e que passam a ser utilizadas em nosso dia a dia. Quando percebemos que a vida é uma totalidade, regida por nossa espi-ritualidade e não pelas vicissitudes do mundo material. Para isso, um passo simples é diariamente repetirmos para nós mesmos os 5 princípios do Reiki e meditarmos ativamente sobre eles. Meditação ativa significa transformar a afirmação em realidade, em prática, em atos concretos.

Conheça mais sobre Reiki, Florais de Bach e a Terapia Holística aces-sando www.camilomota.terapeutaholistico.com.br

Atendimento e cursos com hora marcada em Bacaxá.

Ligue e agende: (22) 8836-8483 e 9201-3349.

Equilíbrio emocional e felicidade

Page 9: Poiésis 167

9nº 167 - fevereiro de 2010

Page 10: Poiésis 167

10 nº 167 - fevereiro de 2010

Page 11: Poiésis 167

11nº 167 - fevereiro de 2010

Page 12: Poiésis 167

12 nº 167 - fevereiro de 2010