PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS. A ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL.

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A ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

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A estratégia organizacional constitui o mecanismo através do qual a organização

interage com seu contexto ambiental. A estratégia define o comportamento da

organização em um mundo mutável, dinâmico e competitivo. A estratégia é condicionada pela missão organizacional, pela visão do

futuro e pelos objetivos principais da organização. O único integrante racional e inteligente da estratégia organizacional é o

elemento humano: a cabeça e o sistema nervoso da organização.

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A MISSÃO DA EMPRESA

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A missão representa a razão da existência de uma organização. Significa a finalidade ou o motivo pelo qual a organização foi criada e para o que ela deve servir. Uma definição da missão organizacional deve responder a três perguntas básicas:

Quem somos nós? O que fazemos? E por que fazemos o que fazemos?

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A missão deve traduzir a filosofia (valores e crenças centrais) em metas tangíveis e que orientem a organização para um desempenho excelente.

É a missão que indica o caminho a ser seguido pela organização.

É a missão que agrega identidade e personalidade à organização. Da missão decorrem os valores da organização que devem ser partilhados por todos os seus membros.

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A missão facilita a identificação dos valores que a organização deve cultivar. Quando

todas as pessoas conhecem a missão e os valores que norteiam seu trabalho, tudo fica mais fácil de entender, inclusive saber qual o

seu papel e como contribuir eficazmente para a organização.

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A missão da organização deve ser cultivada com todo cuidado pelos dirigentes e

difundida intensamente entre todos os funcionários para a conscientização e

comprometimento pessoal de todos em relação ao seu alcance. No fundo, todos os

membros, e não apenas alguns deles, precisam trabalhar juntos para a sustentação

da missão da organização.

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A declaração da missão é uma definição do propósito da organização, o que ela deseja atingir em um ambiente maior. A

definição clara da missão age como uma "mão invisível" guiando as pessoas dentro da organização a fim de que elas possam

trabalhar no sentido de atingir os objetivos totais da organização, de forma

independente, mas ao mesmo tempo coletiva e harmônica.

A Declaração de Missão

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ser orientadas para o mercado; ser realistas; ser específicas; adaptar-se ao ambiente do mercado; ser baseadas na competência característica da

organização; ser motivadoras e inspiradoras; ser orientadas por uma visão; dar a visão e a direção da empresa para os

próximos anos; refletir um consenso interno da organização; ser facilmente compreendidas pelas pessoas de

fora da organização.

Declarações de Missão Devem:

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ser definidas pelos produtos ou tecnologias utilizados;

ser definidas como vendas ou lucros; ser muito restritas ou muito amplas ser estáticas e imutáveis.

Declarações de Missão NÃO Devem:

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“Criar soluções contábil-tributárias ágeis e diferenciadas, contribuindo

para a lucratividade, competitividade e crescimento dos nossos clientes,

através da busca contínua de nosso aperfeiçoamento técnico e humano”.

EXEMPLO DE MISSÃO

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OS OBJETIVOS DA EMPRESA

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Portanto, a missão proporciona os elementos para a definição dos

objetivos e a formulação da estratégia organizacional.

A estratégia organizacional funciona como o meio para realizar a missão e

alcançar os objetivos organizacionais.

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ANÁLISE ESTRATÉGICA

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A estratégia parte dos objetivos estratégicos da missão que se pretende

realizar e é balizada por dois tipos de análise:

De um lado, a análise ambiental para verificar e analisar as oportunidades que devem ser aproveitadas e as ameaças que devem ser neutralizadas ou evitadas.

De outro lado, a análise organizacional para verificar e analisar os pontos fortes e fracos da empresa.

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A análise estratégica do ambiente enfrenta duas questões:

Quando organizações competem por um mesmo recurso essencial, uma delas tende a deslocar a outra. Se não houver compensações que mantenham um equilíbrio estável que dê a cada uma delas uma vantagem em seu próprio território, somente uma das duas conseguirá sobreviver.

Quanto mais rico o ambiente, maior o número de variáveis que podem dar a cada organização uma vantagem única. Mas também, quanto mais rico o ambiente, maior o número de competidores — e mais acirrada a competição.

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Tipos de Planejamentos Estratégicos

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Tipos de Planejamento1. Planejamento conservador ou defensivo

é o planejamento voltado para a estabilidade e manutenção da situação existente. Sua ênfase é conservar as práticas vigentes. Está mais preocupado em identificar e sanar deficiências e problemas internos do que em explorar novas oportunidades ambientais. Sua base é retrospectiva, para aproveitar a experiência passada e projetá-la para o futuro.

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Tipos de Planejamento2. Planejamento otimizante ou analítico

é o planejamento voltado para a adaptabilidade e inovação da organização. Busca obter os melhores resultados possíveis, seja minimizando recursos para alcançar um certo objetivo, seja maximizando o desempenho para melhor utilizar os recursos disponíveis. É baseado em uma preocupação de melhorar as práticas vigentes. Sua base é incremental, a fim de melhorar continuamente as operações.

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Tipos de Planejamento3. Planejamento prospectivo ou ofensivo

é o planejamento voltado para as contingências e para o futuro da organização. Busca o desenvolvimento natural da empresa e o seu ajuste às contingências que surgem no meio do caminho. É o oposto ao planejamento retrospectivo. Sua base é a adesão ao futuro, preparando-se para as futuras contingências.

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Em todos os casos o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se

de decidir agora o que fazer antes que ocorra a ação necessária. Não se trata da previsão das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas da tomada de

decisões agora que produzirão efeitos e conseqüências futuras.

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PLANEJAMENTO DE RH

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Um dos aspectos mais importantes da estratégia organizacional é a sua amarração

com a função de RH. Em outros termos, como traduzir os objetivos e estratégias

organizacionais em objetivos e estratégias de RH. Isso é feito através do planejamento

estratégico de RH.

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O planejamento estratégico de RH refere-se à maneira como a função de RH pode contribuir para o alcance dos objetivos

organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos

objetivos individuais dos funcionáriosA uma determinada estratégia

organizacional deve corresponder um planejamento estratégico de RH

perfeitamente integrado e envolvido.As bases do planejamento de RH são a

demanda de trabalho e o fornecimento de trabalho. O que é preciso e o que é possível.

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Do ponto de vista de provisão de insumos humanos, o planejamento de pessoal leva em conta quatro fatores ou variáveis intervenientes, a saber:a) Volume de produção planejado pela

organização. b) Mudanças tecnológicas dentro da

organização que alterem a produtividade do pessoal.

c) Condições de oferta e procura no mercado e comportamento da clientela.

d) Planejamento de carreiras dentro da organização.

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Diagnóstico de RH

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Planejamento

Onde estamos agora?

Diagnóstico

Onde queremos chegar?

Como sair daqui e chegar

lá?

Como fizemos?

Onde estamos agora?

Analisar as condições externas e as condições organizacionais, bem como as características dos funcionários Definir a visão e formular os objetivos de RH baseados na eficiência e equidade, de acordo com as características das pessoas.

Definir a estratégia de RH, escolhendo as atividades necessárias e definindo os recursos necessários para leva-la adiante.

Analisar os resultados pela avaliação das novas condições de acordo com os objetivos definidos e reiniciar o processo.

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Missão da Organização

Objetivos Organizacionais

Requisitos dos Recursos Humanos

Planejamento de Recursos Humanos

Expansão:

Novas Admissões

Ajustamento:

Adequação ao Mercado

Mudança:

Inovação e Criatividade

Enxugamento:

Redução de Pessoal

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Modelos de Planejamento de Pessoal

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Os principais modelos de planejamento de pessoal são:

Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço;

Modelo baseado em segmentos de cargos; Modelo de substituição de postos-chaves; Modelo baseado no fluxo de pessoal; Modelo de planejamento integrado.

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1. Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviçoBaseia-se no conceito de que as necessidades de pessoal são uma variável dependente da procura estimada do produto ou do serviço. A relação entre as duas variáveis — número de funcionários e procura do produto/serviço — é influenciada por produtividade, tecnologia, disponibilidade de recursos financeiros e atual disponibilidade de pessoas na organização. Não leva em consideração possíveis fatos imprevistos, como estratégias dos concorrentes, situação do mercado de clientes, greves, etc.

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2. Modelo baseado em segmentos de cargos É o modelo de planejamento de pessoal operacional utilizado por empresas de grande porte. O modelo consiste em:

a) Escolher um fator estratégico (como nível de vendas) cujas variações afetam proporcionalmente as necessidades pessoal.

b) Estabelecer os níveis históricos (passado) e futuros para cada fator estratégico.

c) Determinar os níveis históricos da mão-de-obra para cada unidade.

d) Projetar os níveis futuros de mão-de-obra.

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3.Modelo de substituição de postos-chaveÉ o modelo que utiliza mapas de substituição ou organogramas de encarreiramento para o planejamento de funcionários. Trata-se de uma representação visual de quem substitui quem na eventualidade de alguma vaga futura dentro da organização. A montagem do sistema requer um organograma com informações fornecidas pelo sistema de informação gerencial. Cada funcionário é classificado em três alternativas de promovabilidade:A: pronto para promoção imediata;B: requer maior experiência no cargo atual;C: já com substituto preparado.

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4.Modelo baseado no fluxo de pessoalÉ um modelo que mapeia o fluxo das pessoas para dentro e para fora da organização.A verificação histórica do movimento de entradas, saídas, promoções e transferências internas permite uma predição em curto prazo das necessidades de pessoal da organização. É adequado para organizações estáveis e sem planos de expansão, nas quais a preocupação é apenas preencher as vagas existentes e dar continuidade ao cotidiano.

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5. Modelo de planejamento integrado

É o modelo mais amplo e abrangente. Leva em conta quatro fatores ou variáveis a saber:

 

a) Volume de produção planejado pela organização.

b) Mudanças tecnológicas dentro da organização que alterem a produtividade do pessoal.

c) Condições de oferta e procura no mercado e comportamento da clientela.

d) Planejamento de carreiras dentro da organização.

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VARIÁVEIS INTERNAS E O PLANEJAMENTO DE RH

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Antecedentes Críticosdas Organizações

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1. Dependência Mútua da Tarefaé a medida na qual duas unidades ou setores

dependem um do outro para assistência, informações, obediência ou outros atos de

coordenação no desempenho de suas tarefas respectivas.

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2. Assimetrias Relacionadas à Tarefaa interdependência assimétrica gera efeitos

adversos, como diferenças na maneira em que as unidades são classificadas entre

várias dimensões do status organizacional, ou seja, a direção da iniciação da ação, o

prestígio, o poder e o conhecimento de uma unidade ou setor.

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3. Critérios de Desempenho e Recompensasgeram problemas quando departamentos interdependentes têm responsabilidade por apenas um lado de algum dilema nas tarefas organizacionais. O sistema de recompensas projetado pode servir tanto para aguçar ou diminuir seu efeito de segregação: quanto mais as avaliações e recompensas da alta

administração frisarem o desempenho separado de cada cargo ou departamento em

vez de seu desempenho combinado, maior será o conflito decorrente.

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4. Diferenciação Organizacional quando cada unidade ou setor desempenha

um tipo diferente de tarefa e enfrenta um segmento diferente do ambiente, as unidades ou setores desenvolverão

diferenças internas significativas. Tais unidades ou setores podem diferir umas das

outras na orientação de seus membros a respeito de níveis de permeabilidade e

abertura no relacionamento interpessoal, por exemplo.

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5. Insatisfação com o Papel Organizacionalos membros de uma unidade ou setor podem

achar que o crescimento de suas unidades ou setores e de seu status externo não

atende às suas necessidades. Pode ocorrer que uma unidade ou setor com o mesmo

ou com menos status do que a outra, determine os padrões de desempenho para

o último.

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6. Ambigüidadesa dificuldade em distribuir o mérito ou a culpa entre dois departamentos aumenta a probabilidade de conflito. Além disso,

dificuldades na definição de regras, rotinas, metas e meios são elementos de

forte potencial de conflito.

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7. Dependência de Recursos Comunsquando dois departamentos dependem de

um fundo comum de recursos escassos na organização, tais como, espaço físico,

equipamentos, mão-de-obra, capital de operação, serviços de staff, etc., podem

ocorrer problemas e disputas.

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8. Obstáculos na Comunicaçãoas dificuldades semânticas podem impedir

a comunicação, a qual é essencial para a cooperação interdepartamental. Quanto menos um setor ou unidade conhecer o outro menor será a colaboração entre

eles.

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9. Habilidades e Traços Pessoaisuma pessoa que possua poucas habilidades

comportamentais é menos provável que explore o potencial integrativo que existe

em uma relação entre unidades ou setores. Ela pode ou negociar de maneira

a excluir a solução colaborativa de problemas, retirar-se da relação, ou ainda,

permanecer passiva.

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Políticas de RH

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Políticas de RH são as linhas gerais de ação da gestão de pessoas selecionadas para alcançar determinados objetivos.

São o conjunto de critérios básicos que permitirão as tomadas de decisões necessárias para a condução disciplinada do gerenciamento de pessoal.

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Traduzir a intenção estratégica da Direção da empresa na condução das pessoas.

Evidenciar qual é a atuação efetiva da gestão de pessoas adotada pela empresa.

Orientar a ação da gestão de pessoas através da sua filosofia (crenças) e dos seus princípios (regras e diretrizes).

Os principais objetivos das políticas de RH são:

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Características das Novas Políticas de RH

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Eliminação ou redução do papel da hierarquia: o chefe tem por função interpretar as regras da organização e transmiti-las aos seus subordinados. O seu papel é mais de aconselhar, de motivar, do que de comandar. Ele torna-se, desta maneira, um “facilitador”.

Controle pela adesão e interiorização das regras, ao invés da imposição concreta de ordens e proibições. Estas últimas são substituídas por normas e princípios. Além disso, as regras são apresentadas com uma “cor positiva”, falando da qualidade, da inovação e evitando tratar dos limites, das exigências ou das restrições.

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Busca-se flexibilidade e capacidade de adaptação das pessoas, em função das mudanças e imperativos de renovação constantes do mercado. Há uma forte pressão para que o pessoal se adapte continuamente.

Busca-se o aperfeiçoamento contínuo e a aprendizagem multifuncional em virtude da intelectualização das tarefas e de adoção de procedimentos variados e complexos.

Adota-se dispositivos visando a antecipação do conflito, especialmente, aqueles que tentam evitar a emergência do descontentamentos, buscando satisfazer as reivindicações antes mesmo que elas se exprimam.

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Busca-se remunerar e avaliar as pessoas em função de sua competência e em função do potencial financeiro que representam para a organização.

Busca-se acentuar e combinar a competição entre colegas no interior da organização com a cooperação dentro de atividades de pequenos grupos e equipes, estimulando o desempenho máximo.

Valoriza-se, por outro lado, o consenso e a construção de um ideal comum através de um “projeto de empresa” com a adesão das pessoas aos princípios, valores e objetivos da organização.

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O Novo Perfil do Emprego

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O Novo Perfil do Emprego

Há muita dificuldade em se determinar para onde caminham os empregos. Os diversos autores apresentam diferentes concepções sobre o impacto da modernização produtiva nos empregos:

William Bridges, Jeremy Rifkin - ocorre a extinção inexorável dos empregos formais;

Paul Krugman - ocorre uma migração de empregos, e não a extinção de empregos;

Alvin Toffler - ocorre a extinção de empregos da indústria tradicional e massificada e surgem empregos descentralizados e “inteligentes”.

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A falta de qualificação profissional é apontada como uma das grandes produtoras de

desemprego, principalmente em países subdesenvolvidos.

Educação X Emprego

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Desqualificação Exclui 98% dos TrabalhadoresEm 1996, cerca de 100 mil pessoas foram atendidas no posto central do SINE-SP para disputar as 11.194 vagas oferecidas pelas

empresas. O mais dramático não é que nove candidatos disputem cada vaga. A falta de

qualificação e o grande número de exigências feitas pelas empresas foram determinantes

para que apenas 1.875 pessoas fossem empregadas. Menos de 2% dos atendimentos resultaram em contratação. Quase 98% foram excluídos por falta de qualificação. Enquanto as vagas diminuem, as empresas aumentam

as exigências.

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Gary Becker, Prêmio Nobel de Economia, é enfático ao afirmar que o maior responsável pelo desemprego da mão-de-obra qualificada na Europa não é a modernização tecnológica,

mas a legislação trabalhista antiquada e retrógrada.

Legislação Trabalhista X Emprego

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TENDÊNCIAS DO TRABALHO E DA REMUNERAÇÃO

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Tendência à concentração de renda e grandes discrepâncias salariais.

Tendência de crescente achatamento salarial e perda do poder aquisitivo.

Gradual reposicionamento das empresas frente aos planos de benefícios, tendendo a reduzi-los. Ao estabelecer o composto salarial dos funcionários, algumas empresas preferem diminuir o peso relativo do salário direto mensal em favor de ganhos maiores sob a forma de bônus e participação nos resultados.

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Tendência ao desenvolvimento de carreiras mais curtas, com encerramento pelo alcance de patamares salariais e não mais por cargos.

Ocorrência de desajustes salariais pela adoção da remuneração variável pelas empresas brasileiras em virtude da obrigatoriedade legal. Faltam, à maioria delas, infra-estrutura e metodologias adequadas para o cumprimento desta norma.

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Diminuição da previsibilidade mensal e regular com relação ao orçamento pessoal pelas flutuações salariais.

Tendência à redução parcial da jornada de trabalho e conseqüente redução salarial, ao invés do corte de pessoal.

Tendência ao desenvolvimento do trabalho informal e autônomo, além das terceirizações.

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PERFIL DA MÃO-DE-OBRA NO BRASIL

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O Brasil apresenta características sócio-econômicas que geram grandes

problemas relacionados com o nível de oferta de empregos formais, com a

qualificação profissional das pessoas e, com a remuneração oferecida pelas

organizações.Além disso, fatores como a concorrência

promovida pela Globalização dos mercados e legislação tributária e

trabalhista afetam enormemente as possibilidades de emprego e

encarreiramento das pessoas.

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A mão-de-obra no Brasil é quantitativamente numerosa, principalmente nos níveis operacionais. Ocorre crescente aumento dos profissionais com graduação. Há grande disponibilidade de profissionais de diversas áreas de atuação.

Qualitativamente é uma mão-de-obra jovem, com experiência reduzida e com deficiências variadas na sua formação educacional e profissional. É potencialmente produtiva, mas falta-lhe oportunidades.

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Ocorre crescente aumento da complexidade tecnológica pelas empresas brasileiras, requerendo grande atualização e qualificação de seus profissionais para lidar com as novas tecnologias

Os encargos sociais e trabalhistas definidos pelo Estado são pesados e opressivos, impossibilitando o estabelecimento de contratos formais de trabalho, dificultando a manutenção do pessoal na organização e gerando a precarização dos salários oferecidos.

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O desajuste econômico pela inflação e as altas taxas de juros, aliadas à ineficácia de mecanismos de correção monetária, estão reduzindo o poder de compra dos salários.

A iniciativa da remuneração variável já havia sido proposta desde a Constituição de 1946 sem, no entanto, sofrer a devida regulamentação. Somente a partir de 19 de dezembro de 2000, com a Lei n. 10.101 a remuneração variável sofreu regulamentação definitiva, tornando-se um direito do trabalhador.

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Dilema do RH:Necessidades X Oportunidades

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De um lado está a redução do número de funcionários e a conseqüente redução da oferta de empregos em função da pressão do desenvolvimento tecnológico e das contínuas inovações no sentido de proporcionar maior produtividade e qualidade no trabalho com cada vez menos recursos, ou, em outras palavras, com menos pessoas.

De outro lado está o aumento do mercado e a oportunidade para um maior número de novas organizações com mais empregos “inteligentes” em uma economia eminentemente dinâmica, competitiva e que requer, cada vez mais, a aplicação de conhecimentos e habilidades humanas.

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Segundo Handy as organizações se estruturam para lidar com os

diferentes vínculos profissionais abrigados dentro da mesma estrutura gerando o que o autor chamou de “a

organização em trevo”.

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Trabalhadores Efetivos•Profissionais/técnicos•Trabalhadores do conhecimento•Gerentes essenciais

Trabalhadores Terceirizados• Especialistas• Não-Qualificados

Trabalhadores Flexíveis• Temporários• Meio horário

ORGANIZAÇÃO EM TREVO

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Os Quatro Papéis de RH na Construção de uma

Organização Competitiva

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Para criar valor e obter resultados, a área de RH deve focalizar não apenas as atividades ou o trabalho a ser feito,

mas as metas e resultados para, a partir daí, estabelecer os papéis e

atividades dos parceiros da organização. Os profissionais de RH precisam aprender a ser estratégicos

e operacionais ao mesmo tempo, focalizando o longo e o curto prazo.

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Segundo Dave Ulrich o RH deve hoje desenvolver uma postura baseada em quatro papéis básicos:

Foco no Futuro Estratégico; Foco no Cotidiano Operacional; Foco nas Pessoas; Foco nos Processos.

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Foco no Futuro Estratégico

Foco no Cotidiano Operacional

Foco nos Processos

Foco nas Pessoas

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As interfaces entre os diferentes focos produz quatro tipos de atividades de RH:

Administração de estratégias de recursos humanos;

Administração da infra-estrutura da empresa;

Administração da contribuição dos funcionários;

Administração da transformação e da mudança.

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Foco no Futuro Estratégico

Foco no Cotidiano Operacional

Foco nos Processos

Foco nas Pessoas

Administração da Transformação e Mudança

Administração de Estratégias de RH

Administração da Infra Estrutura da Empresa

Administração da Contribuição dos Funcionários

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1. Administração de estratégias de recursos humanos:

o RH pode ajudar a impulsionar a estratégia organizacional através do

ajuste de estratégias de RH à estratégia organizacional,

detectando forças e fraquezas da organização, atuando como parceiro estratégico no alcance dos objetivos

organizacionais.

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2. Administração da infra-estrutura da empresa:

o RH pode oferecer uma base de serviços à organização para ajudá-la a ser

eficiente e eficaz, através do redesenho de processos de trabalho, atuando

como especialista administrativo para reduzir custos e aumentar valor na

organização.

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3. Administração da contribuição dos funcionários:

o RH pode ajudar no envolvimento e comprometimento dos funcionários,

transformando-os em agentes empreendedores, parceiros e

fornecedores para a organização, ouvindo-os e respondendo-os,

incentivando contribuições e, provendo recursos. Sua atuação é de defensor

dos funcionários, treinando-os e incentivando-os.

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4. Administração da transformação e da mudança:

o RH pode ajudar na criação de uma organização criativa, renovadora e

inovadora, gerindo a transformação e a mudança, identificando

obstáculos e propondo soluções e, mantendo a persistência e o

interesse ativos. Sua atuação é de agente de mudança, motivação e

renovação.

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ConclusãoA ARH busca agora uma nova visão do homem,

do trabalho e da empresa em sintonia com o ritmo e a natureza das mudanças ambientais.

Deve lidar com estruturas planas, horizontalizadas, enxutas, de poucos níveis hierárquicos, voltada para processos e não

para funções especializadas e isoladas.Tem necessidade de criar valor e de agregar valor

às pessoas, à empresa e ao cliente e gerar condições para uma administração

participativa, ágil, flexível e dinâmica.Deve desenvolver e incentivar a inovação e a criatividade, ligadas à estratégia da empresa.