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A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto tomou uma importante decisão no último mês, optando pela solução defendida pela AEAARP no Comur, no Condema, bem como em outras instâncias, inclusive em manifestações públicas, pela opção de canal aberto na obra de conten-ção de enchentes que vai promover na avenida Jerônimo Gonçalves. Esta intervenção é um grande passo para o poder público assumir o protagonismo de ações maiores que possam dar um novo significado na revitalização do centro da cidade.

Tema de debates, de trabalhos técnicos, acadêmicos e de embates políticos, o centro abriga todas as representações da história econô-mica e social de nossa cidade. Revitalizá-lo, mantendo-o vivo e ativo é obrigação dos homens públicos e também de todos nós da AEAARP que temos participado ativamente das discussões, colaborando com o debate, tanto de forma institucional quanto no “Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro”, em nossa casa. A revista Painel traz, nesta edição uma reportagem que expõe os aspectos históricos da região e traça uma linha por onde poderá passar o futuro do centro da cidade.

Reverberar os debates que interessam à sociedade é uma das funções da AEAARP, que sempre estará na dianteira dos temas impor-tantes e úteis da nossa região. Tanto é que a escolha dos homenage-ados com o prêmio Profissionais do Ano de 2007 espelha a vocação de nossa entidade, pois os três têm ligações íntimas com os debates urbanísticos, econômicos e sociais e, cada qual na sua esfera, são atores da história de progresso da nossa região.

Ao distinguí-los com o prêmio, realizamos talvez o nosso mais alto objetivo que é o da valorização profissional, bandeira de luta desta diretoria, uma vez que temos certeza que ao distinguirmos nossos pro-fissionais através de ações como esta, bem como de todas as outras de-senvolvidas pela nossa Associação, estamos promovendo e ajudando a construir cidadãos conscientes e capazes de influir nas soluções viáveis e duradouras para nossa cidade e região. A cerimônia e a maravilhosa festa que realizamos para a entrega do troféu mostram a grandeza, a vocação aglutinadora e a organização da nossa AEAARP.

O mundo está atento à nossa região em decorrência da capacidade de produzir bioenergia, tanto que o Secretário Geral da ONU esteve em uma unidade produtora em Jaboticabal para conhecer de perto o pro-cesso de produção de biomassa e de energia. O artigo do Engenheiro Agrônomo Manoel Polycarpo de Castro Neto, Coordenador Geral da Agência Nacional do Petróleo, que publicamos nesta edição, descreve este cenário, que é uma janela de oportunidades para todos nós.

O futuro da cidade, da nossa região, das mudanças climáticas, da movimentação do mercado de trabalho e da economia estão sendo traçados à nossa frente. Reafirmamos através da AEAARP a disposição de sermos parceiros nos debates.

Editorial

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello José Roberto Hortêncio Romero Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor-administrativo: Pedro Ailton GhideliDiretor-financeiro: João Lemos Teixeira da SilvaDiretor-financeiro Adjunto: Antônio Rounei JacomettiDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos FagionatoDiretora Comunicação e Cultura: Maria Inês CavalcantiDiretora Social: Luci Aparecida Silva

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro GonçalvesAgronomia, Alimentos e Afins: José Roberto ScarpelliniArquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos SantiagoEngenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto MenegucciEngenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís DarcieGeologia e Minas: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio Tadashi TanakaEngenharia Química e Afins: Denisse Reynals BerdalaEngenharia de Segurança e Afins: Edson BimComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Onésimo Carvalho LimaDa Mulher: Camila Garcia AguileraDe Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Wilson Luiz Laguna João Paulo de S. C. FigueiredoCarlos Alberto Palladini Filho Luiz Eduardo Lacerda dos SantosCecílio Fraguas Junior Luiz Fernando CozacDílson Rodrigues Cáceres Luiz Gustavo Leonel de CastroEdes Junqueira Manoel Garcia FilhoEdgard Cury Marcos A. Spínola de CastroEricson Dias Mello Marcos Villela LemosHideo Kumasaka Maria Cristina SalomãoHugo Sérgio Barros Riccioppo Ronaldo Martins TrigoInamar Ferraciolli de Carvalho Sylvio Xavier Teixeira Júnior

CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP REPRESENTANTE DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Ericson Dias Mello

REVISTA PAINEL

Conselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Ericson Dias Mello e Hugo Sérgio Barros Riccioppo

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes MTb 25679

Departamento Comercial: Promix (16) 3931.1555 - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares

Locação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718

Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected]

Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

Engº CivilRoberto Maestrello

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SOCIAL

Centenas de pessoas participaram da solenidade e da festa que reverenciou os Profissionais do Ano 2007, realizada na Sociedade Recreativa e de Esportes, no dia 24 de novembro. A entrega da premiação teve a participação do coral Som Geométrico. Na mesma festa, como é a tradição da AEAARP, também foi comemorado o Dia do Engenheiro e do Arquiteto. Diversão e elegância foram as marcas daquela noite. Nas próximas páginas você confere as principais imagens da festa, cuja síntese é o sucesso dos profissionais homenageados e a alegria compartilhada por todos.

SOCIALSOCIAL

FestaPROFISSIONAIS DO

José Fernando Chiavenatto e Luci Aparecida da Silva foram os mestres de cerimônia

José Tadeu, Luci, Gabarra, Nilson Barono, Welson Gasparin

Coral Som Geométrico

Monika e Wilson Laguna. Maestrello e Gabarra. Gasparini e Spínola.

Autoridades compuseram a mesa de trabalho

Evaldo Jardim, Nilson Baroni, José Tadeu da Silva, Marcos Spínola de Castro, Carlos Gabarra, Welson Gasparini, Monika Bergamaschi.

marcou a premiaçãoANO - 2007

Os homenageados

Carlos Gabarra – arquiteto nascido em Ribeirão Preto, é graduado pela FAU-Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo e, além das obras particulares, tem a carreira marcada por sua atuação por mais de 20 anos no serviço público.Marcos Spínola de Castro – engenheiro civil, em Ribeirão Preto graduou-se no Instituto Politécnico (atual Centro Universitário Moura Lacerda). Presidiu o Comur e é Secretário de Planejamento e Gestão Ambiental.Mônica Bergamaschi – engenheira agronoma, formada pela Unesp de Jaboticabal, é diretora da Abagrp. Fez carreira na capital paulista e foi eleita, pela revista Forbes, a mulher mais influente do Brasil na categoria agronegócio e pecuária.

Maestrello e os homenageados

Batista, Pedro, Tanaka, Alexandre e Maestrello.

Iskandar Aude, Maria Alice Laguna, Sônia Nour Aude e Wilson Laguna.

Maestrello, Nilson Baroni e Jorge Luiz Pereira Rosa.

Nelson Martins da Costa e Pedro Guideli.

Eloisa, Alexrandre e Evandra, Julio, Pedro e Ruth, Gislaine, José Galdino, Sega e Sílvia.

Mônika e seus sobrinhos Maestrello, Laguna, Márcia e Evaldo Jardim. Gabarra reuniu a família para a homenagem

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SOCIAL

A família de Mônika acompanhou a premiação

Spínola festejou a homenagem com a esposa, a mãe e os filhos

José Galdino Junior e Gislaine.

Alexandre, Kurimori, José Roberto, Marcos Vilela, Giulio e José Gilberto.

Nancy e Paulo Tablas com Spínola.

Sônia e Maestrello receberam a família e os amigos em sua mesa durante a festa.

Márcia, Ado, Carlos e Lilian.AEAARP6

Miguel, Spínola, Eduardo e Hélcio. Spínola com João Coniccelli, Rosa e João Jacó, Stela Amorim e Montalvo Amorim.

Antônio Carabolanti e sua esposa Sônia com a família reunida.

Tarcísio e esposa.Sônia e Maestrello.

Os integrantes do Som Geométricol inauguraram a pista de dança.

Gabarra e sua esposa.

Carlos Troca.

José Aníbal Laguna e sua família.

Revista Painel 7

SOCIAL

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José Aníbal e seu amigo Gabarra.

Luci e Danilo entre seus amigos. Mônika recebeu os cumprimentos de Paulo Tadeu de Barros.

Isamara e Vivian. Paulo Cavalcante, Dagoberto e esposa e Maria Inês.

Hugo Riccioppo. João Lemos e esposa. Foto: Revista Revide

Sônia, Maestrello, Giulio e Taís. Leda, Mônica e Evandra. Os irmãos Paulo e Carlos com Pedro e Montalvo Amorim.

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Os colaboradores da AEAARP trabalharam com esmero para o sucesso da festa.

José Roberto Romero e Maestrello.

Roberto Rodrigues e Mônika. Pedro, Gabarra e Hideo Kumasaka.

Solange, Maria Augusta e Paulo organizaram a festa

Daniel e Laura. Leonardo e Débora

Ricardo e Adriana. Tatiana, Isabela e Verônica

AmbientBase FundaçõesBild/Camargo CorreaBonfimseg Centro Universitário Moura LacerdaConstrutora PaganoConstrutora Pereira AlvimCompanhia Geral de SoluçõesCMAG

Construtora SaidConstrucentroConstruplanCopemaCosilCSB Plotter e SuprimentosElecnorElepe Construções

FabanGDU Incorporações ConstruçõesGMA EngenhariaHabiarte Barc ConstruçõesJábali Aude ConstruçõesKumasakaLeão EngenhariaLeonel EngenhariaMCI Maistro

Patrocinadores:

Morada EngenhariaPerdizza Vilas BoasPerplanPrestconSerralheria LagoinhaUnimedVila IpêWTB Empreendimentos Imobiliários

MEIO AMBIENTE

Segundo um relatório da ONU divulgado esse ano na Tailândia, o Brasil precisa fazer três ações para conter o aquecimento global: conter desmatamentos ilegais; investir em energias limpas como as fontes eólicas e a termosolar e aplicar técnicas de eficiência energética para reduzir desperdício, investindo no uso de lâmpadas econômicas.

Já existem fabricantes que receberam aprovação da ONU, como a OSRAM, para um programa de redução das emissões de CO2 por meio do uso de iluminação mais eficiente em países do terceiro mundo. A marca tem a linha energy saving, halógenas e fluorescentes compactas. e outras linhas também

econômicas, como as fluorescentes tubulares, as lâmpadas de vapor de sódio, os LED’’S, e lâmpadas de indução magnética.

Mesmo no Brasil, onde há poucas termoelétricas, a geração de energia resulta na emissão de CO2. Há fluorescentes que consomem 80% menos energia do que as incandescentes comuns e possuem vida útil maior. São mais eficientes e podem contribuir para a redução do consumo de energia elétrica. Duram mais gerando menos lixo.

Para se ter uma idéia do benefício para o meio-ambiente, uma única lâmpada de 20W, ligada 5h por dia, em um ano, evita a emissão de 20 quilos de CO2. Isto é exatamente o

que uma árvore pode absorver de CO2 no mesmo período e equivale ao que um carro 1.0 polui ao percorrer 150 km.

Porém, ressalta Maitê Orsi da All Design, de Ribeirão Preto, as fluorescentes têm um revestimento interno que contém mercúrio, tóxico para o meio ambiente. “Por isso devem ser descartadas adequadamente, mas não há uma política governamental, nem por parte da iniciativa privada, para organizar a destinação do produto. Encaminhada para o lixo comum, essa lâmpada será lavada e acabará por contaminar nossas reservas de água. É preciso conscientizar também a população e criar postos de coleta”, alerta.

DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE E AQUECIMENTO PODEM SER EVITADOS

COM LÂMPADAS FLUORESCENTES

cidade será preparado nos próximos meses para auxiliar o projeto. As convicções do secretário encontram ressonância no discurso de Ozório Calil Junior, arquiteto e urbanista autor do trabalho “Centro de Ribeirão Preto - processo de setorização e expansão”, apresentado em 2003 na Facul-dade de Arquitetura da USP de São Carlos. “O processo de popularização do centro é generalizado nas grandes cidades. O comércio popular não desmerece o centro, dá vitalidade”, afirma.

Segundo ele, a formatação da área cen-tral começou em 1870 com o surgimento de dois núcleos, um no entorno da praça XV de Novembro e o segundo na região da rodoviária, que abrigava uma estação ferroviária. À época, a movimentação eco-nômica promovida pelo café ditava o ritmo das mudanças urbanas na cidade.

Calil Jr. assinala que a primeira mo-

URBANISMO

O reconhecimento nacional de Ribei-rão Preto nas áreas da saúde, da indústria canavieira, da educação e da prestação de serviços passa por uma construção histórica que nasceu na região central da cidade. Desde então, o prefixo ‘re’ insiste em sur-gir como determinante de um movimento de qualificação, construção e formatação de um lugar que é, a um mesmo tempo, testemunha e vítima do crescimento da densidade econômica e populacional de Ribeirão: o centro da cidade.

O tema voltou à pauta com o anúncio, por parte da Prefeitura, das obras de con-tenção de enchentes que devem ocorrer na avenida Jerônimo Gonçalves, a partir de 2008. Marcos Spínola de Castro, secretá-rio de Planejamento e Gestão Ambiental, afirma que este é o primeiro passo de um projeto que o poder público deve liderar e planejar para a próxima década.

“Não vamos revitalizar o centro se não dermos vida a ele. Revitalização não é maquiar as fachadas e transformá-las

UMA NOVA hISTóRIA PARA O CENTRO

em museu para visitação pública”, dita o secretário ao elencar uma série de ações necessárias, em sua visão, para dar vida à região central. O poder público deve ser o líder destas ações.

O primeiro passo é “povoar o centro”, implementando políticas públicas de habita-ção, para a ocupação de espaços ociosos, e de segurança pública, para garantir tranqüi-lidade aos moradores depois do fechamento do comércio. A região deve atrair também investimentos culturais, com a abertura de novas salas de cinema, teatro, restaurantes e cafés. Indagado se esta não seria uma visão saudosista, Spínola reage com veemência: “nós não estamos brincando” e chama de revitalização sustentável um planejamento de longo prazo que recebe um impulso com a obra da Jerônimo Gonçalves, cujo custo é estimado em R$ 40 milhões.

ESTUDOUm estudo completo sobre a capacidade

de vazão dos cursos d’água que banham a

O comércio popular não desmerece o centro, dá vitalidade”

Ozório Calil Junior

Revista Painel 11

Século XIX até 1920 Setorização funcional em torno da Praça XV de Novembro, com bancos e comércio diversificado, e da estação ferroviária, onde predominavam as pensões, hotéis e armazéns atacadistas.

1920 até 1940 Segunda expansão e modernização. A característica ainda é a setorização funcional. O núcleo de comércio é ampliado e a cidade recebe filiais de grandes lojas paulistanas e cariocas que se fixam na rua Amador Bueno. Os bancos ocupam a rua General Osório e surgem na paisagem o Quarteirão Paulista e o edifício Diederichsen, que anuncia o início da verticalização da cidade. No entorno na Praça XV de Novembro são construídos sobrados para padronizar as edificações e embelezar a região.

LINhA DO TEMPOum passeio pela história

Acervo: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

Acervo: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

URBANISMO

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Marcos Spínola no palco da obra de R$ 40 milhões:

menos enchentes

1940 até 1960 Setorização profissional e social, marcada pelo atendimento às diversas classes sociais, ou seja, setores do comércio e serviços para atender às camadas de menor renda (localizadas a partir da rua Saldanha Marinho em direção à estação) e outros setores que atendem às camadas de alta renda (localizadas ao longo a rua Amador Bueno em direção à praça XV de Novembro e rua São Sebastião). O comércio sofisticado se restringe à rua Amador Bueno, enquanto aumenta o volume de lojas com artigos populares. Na baixada, o movimento da ferrovia continua ditando a dinâmica do comércio.

Final dos anos 1960 A ocupação dos loteamentos, localizados no vetor sul, implantados na década de 1940 e 1950 (Alto da Boa Vista etc.), onde residiam camadas de alta renda, atraiu o comércio de luxo na direção desses novos bairros. Esse processo de expansão do centro se expressa na constituição de um eixo comercial diferenciado ao longo da rua Barão do Amazonas, no trecho compreendido entre o centro e a

dernização do centro da cidade ocorreu nos anos de 1920, com a construção do Quarteirão Paulista, que abriga o conjunto arquitetônico formado pela Cervejaria Pin-güim, Theatro Pedro II e Hotel Palace.

Fernando Freire, arquiteto e presidente do Comur-Conselho Municipal de Urbanis-mo, afirma que a infra-estrutura de serviços do centro está consolidada e a expansão da cidade não pode ser detida. Ele acre-dita que o centro tem vocação para atrair profissionais autônomos e que as ações do poder público e da sociedade civil devem ter foco definido. A deficiência da rede de transporte público é um dos entraves a serem superados, em sua opinião.

A Acirp-Associação Comercial e Indus-trial de Ribeirão Preto, em parceria com o

O canal do Ribeirão Preto que passa pela avenida Jerônimo Gonçalves vai ter quase o dobro do tamanho

atual, que é de 8 metros, para suportar o volume de água das chuvas que causam enchentes reincidentemente naquela região. Após meses de discussões, a Prefeitura anunciou o alargamento do canal com o passeio de pedestres em balanço sobre as águas do Ribeirão Preto. As palmeiras - reais, imperiais e mistas - serão repostas após o final da obra, que compreende 3,5 quilômetros de extensão, da rotatória Amim Calil até a rua Primo Tronco, na Vila Virgínia. A intervenção vai melhorar o escoamento do encontro das águas do Córrego Retiro Saudoso e do Ribeirão Preto, que acontece na confluência das avenidas Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves. O secretário Marcos

Spínola afirma que a obra vai proporcionar mais espaço para o tráfego de automóveis nas duas pistas da avenida Jerônimo Gonçalves, alargando em até dois metros cada via, colaborando para melhorar o trânsito dos ônibus que se utilizam da rodoviária, que também está sendo modernizada.

As discussões sobre a obra se arrastaram por vários meses e aconteceram em diversas reuniões do Comur, quando Spínola ainda o presidia. O tema, polêmico por mexer com um dos cartões postais da cidade, motivou a reflexão do Ministério Público Estadual. Em agosto, o promotor Marcelo Pedroso Goulart, defensor da construção de galerias sob o leito da avenida, acompanhou a apresentação da proposta atual e disse: “Os argumentos do Comur realmente abalaram minhas convicções”.

A OBRA QUE ESTá ABALANDO CONVICÇõES

Sebrae, está desenvolvendo o projeto Novo Centro. Na primeira fase foram elaborados diagnósticos e um grupo de consultores realizou workshops com as cerca de 30 empresas que integram o projeto. Os tópi-cos abordados contemplam desde questões relativas à gestão das empresas até o apro-veitamento dos espaços internos das lojas, como vitrines, disponibilidade dos móveis, climatização e fachada.

O empresário Robson dos Santos participa do projeto. Ele tem uma loja de artigos infantis na rua Barão do Amazonas e desde que começou a implementar as sugestões contempladas no projeto viu seu faturamento crescer pelo menos 30%. Ele reformou a loja e deixou-a “com cara de loja de shopping”. Para 2008, planeja

ações de marketing para atingir um objetivo ambicioso: dobrar o faturamento. Para ele, o centro é mais do que viável, é real, mas precisa de alguns ajustes. “Tanto a Asso-ciação [ACIRP] quanto os comerciantes podem ajudar”, diz.

Tema de debates acalorados, como aquele promovido pelo jornal A Cidade em agosto deste ano, a revitalização, requalificação ou reconstrução do centro da cidade ganha corpo diferenciado a cada período. Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, acredita que todos os projetos para o centro da cidade passam necessariamente pela preservação e ocupação do patrimônio histórico, transformando as construções que ainda resistem à modernidade em espaços públicos e culturais.

Acervo: Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

Carlo Monti*

O lento, mas existente, processo de revitalização do centro de Ribeirão Preto tem sido relapso na ocupa-ção dos instrumentos ar-quitetônicos. Quando um patrimônio ou um prédio de algum significado histórico é reabilitado ou restaura-do, na maioria dos casos, a utilização é atrelada a uma função comercial.

Esta ação dá continuidade ao bom e diversificado comércio da região central, todavia, mais uma vez mantém-se o cará-ter desta região que, ao ser primordialmente ocupada pelo comércio, tem o seu ciclo de vida atrelado à luz do sol. Ao anoitecer surge a cidade que ninguém quer ver, ocupada pela prosti-tuição e pelas drogas.

A preservação de al-guns expoentes históricos arquitetônicos deve, por-tanto, caminhar junto com a reutilização da área cen-tral, por meio de ações que revertam a dinâmica de funcionamento. O centro é um espaço que disponi-biliza uma grande possibilidade de trocas, que não somente são mediadas pelo caráter econômico, mas também são por relações

CENTRO DA CIDADE:

de profunda sociabilização e espontaneidade, elementos estes que são indicadores de nossa cultura.

A visão preservacionista que temos hoje é diame-tralmente oposta àquela expressada há um século. Em 6 de junho de 1907, um articulista do jornal Diário da Manhã referiu-se ao cen-tro da seguinte forma: “[...] como manchas encardidas de cousas velhas e archaicas,

algumas casinholas a enfeiarem o bello panorama. Não se poderia desmanchar essas velharias sujas para limpar a cidade,

ao menos nas ruas centrais? [...] É preciso uma reforma nesse sentido, reforma que renderá não só benefícios da esthética, mas também da hygiene”. O feio de on-tem nos parece belo hoje, as casinholas do passado enfeitam e todos queremos ver a vida pulsar no centro da cidade, a qualquer hora do dia. Isto só poderá acon-tecer se ocuparmos o centro com instrumentos culturais, assim como foi feito no Rio de Janeiro e em São Paulo.

*É professor universitário de História e coordena a pós-graduação “História, Cultura e Sociedade”.

um instrumento cultural

avenida 9 de Julho.

1970 até anos 2000 O centro de Ribeirão mantém os limites do período anterior. As mudanças que ocorreram estão relacionadas à substituição do comércio e serviços de luxo pelo comércio popular e, também, ao porte das empresas. Há ainda o deslocamento das atividades de lazer e entretenimento, que retira do centro seu caráter de animação noturna, com a subtração da sua dimensão de local de encontro e das festas. Permanecem as atividades de consumo, trabalho e habitação.

Fonte: ‘Centro de Ribeirão Preto - processo de setorização e expansão’ - Ozório Calil Junior

“O feio de ontem

nos parece

belo hoje, as

casinholas do

passado enfeitam

e todos queremos

ver a vida pulsar

no centro...”

hABITAÇÃO

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O SindusCon-SP lançou o movimento “Moradia para todos, esta meta é possível” que tem como propostas a criação de uma nova modalidade de financiamento habitacional do FGTS para a população de baixa renda, racionalização na concessão de subsídios, criação de mecanismos que ampliem as garantias de crédito habitacional para as famílias de baixa renda, estímulo ao mercado secundário de hipotecas e recebíveis, diminuição da burocracia na aprovação de projetos e na concessão de créditos e redução da carga tributária incidente na construção de moradias populares.

De acordo com o levantamento do sindicato e da FGV Projetos, o déficit habitacional brasileiro é de 7,964 milhões de residências (números de 2006). O estudo revela ainda que 93,1% do déficit brasileiro encontram-se em famílias com renda mensal de até 5 salários mínimos. Entre 1993 e 2006, o déficit absoluto (número de domicílios inadequados ou em coabitação) cresceu em 1,7 milhão de unidades habitacionais (+27,2%), passando de 37,064 milhões para 54,719 milhões de unidades. Entretanto, o déficit relativo (porcentagem dos domicílios inadequados em comparação aos existentes no país) diminuiu de 16,9%

para 14,6%.O SindusCon-SP considera que se

pelo menos uma dezena de ações forem colocadas em prática, o déficit habitacional poderá ser erradicado até 2020. “Se todos nós juntos, governo e sociedade, nos articularmos, em breve milhões de pais de famílias brasileiros poderão finalmente realizar o sonho da moradia. Vamos erradicar o déficit habitacional e produzir milhões de moradias em todo o país, gerando emprego e renda e ativando a monumental cadeia produtiva da construção”, disse o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti.

Para a secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, boa parte das propostas apresentadas pelo SindusCon-SP são viáveis. “Há muito mais concordância do que discordância” em relação às propostas para a habitação popular, disse. Ela prometeu que o Plano Nacional de Habitação sairá no primeiro semestre de 2008 e deve incluir algumas das propostas apresentadas na divulgação do estudo.

O movimento foi lançado em um evento na capital paulista do qual participaram Inês Magalhães; a superintendente Nacional da Caixa, Vera Viana; o secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida

SINDUSCON-SP quer erradicar déficit de

8 milhões de casas

Apoios – “Moradia para todos. Esta meta é possível” conta

com o apoio de Fiesp, Abdib, Asbea, Abiclor, Crea-SP, IAB,

ABCP, Abece, Abecip, Abividro, Abrafati, Abramat, Anamaco,

Apeop, Asfamas, CBIC, CB-02/ABNT, ConLicitação, Inocoop-

SP, Instituto de Engenharia, IPT, Pini, Secovi-SP e Sinaenco. Patrocínio: Caixa Econômica

Federal e Abesc.

Os maiores déficits habitacionais do país

(número de domicílios inadequados ou em coabitação)

São Paulo - 1,517 milhãoRio de Janeiro - 752 milMinas Gerais - 632 mil

Bahia - 602 milPará - 589 mil

Filho; o vice-presidente da CBIC, José Carlos Martins; o presidente do Sintracon, Antonio Ramalho; o deputado federal Mario Reali, e representantes dos governos federal, estaduais e municipais, das entidades apoiadoras e de empresários da cadeia da construção civil.

PATRIMÔNIO

O Conppac-Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto elegeu a nova direção no final do mês de novembro. Antonio Gilberto Pinhata preside o conselho que tem Cláudia Morrone como vice-presidente. Mariângela Quartim de Moraes foi escolhida 1ª secretária e, para 2ª secretária, Maria Nair Marques Rebelo. O mandato é válido para o biênio 2007/2009.

O prefeito Welson Gasparini deu posse aos novos conselheiros que elegeram a direção no mesmo momento para agilizar os trabalhos. O Conppac foi criado em 1996, junto à Secretaria Municipal da Cultura, como órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, encarregado de representar a comunidade e assessorar o Poder Público Municipal em assuntos referentes à preservação

do patrimônio cultural do município de Ribeirão Preto.

A engenheira Maria Inês Cavalcanti representa a AEAARP no conselho, que é integrado por representantes de vários segmentos, entre eles a Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental, Secretaria Municipal da Cultura, Secretaria de Obras Públicas e Particulares, Secretaria dos Negócios Jurídicos,

Conselho Municipal da Cultura, Secretaria Municipal de Governo, Secretaria da Educação, Secretaria da Fazenda, Fundação D. Pedro II, Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Câmara Municipal de Ribeirão Preto, universidades, Federação das Associações de Bairro de Ribeirão Preto, Academia Ribeirãopretana de Letras, Ordem dos Advogados do Brasil, Academia Ribeirão-pretana de Letras Jurídicas, Alarp, Associação Comercial e Industrial (ACI) e Condema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente).

Maria Inês propõe que a agenda de debates do Conppac seja revista e dê atenção às conseqüências dos atos de tombamento de patrimônio histórico. Ela sugere que a iniciativa privada seja estimulada a assumir o restauro e também utilize uma parte destas construções como contrapartida.

CONPPAC tem novo Conselho

Conselheira propõe que

a agenda de debates

Conppac dê atenção às

conseqüencias dos atos

de tombamento.

CREA-SP

ANÚNCIOGráfica São Francisco

BREVE RESUMO SOBRE A LEGISLAÇÃO E ANÁLISE DE ACERVO TÉCNICO – CREA-SP - 3ª RegiãoO Registro de Acervo Técnico - RAT, com a expedição da Certidão de Acervo Técnico – CAT, foi criado pela Resolução nº 317/1986, do CONFEA. Conforme a Resolução nº 425/98, CONFEA, artigo 3º “nenhuma obra ou serviço poderá ter início sem a competente Anotação de Responsabilidade Técnica, nos termos desta Resolução”; sendo assim, o recolhimento de ART (s) referente (s) a (s) obra (s)/serviço (s), deverá (ão) ser efetuado (s) no período compreendido entre a data do contrato e a do início da execução. Caso a ART NÃO se fez na época devida, o interessado deverá requerer autorização para registrá-la, por escrito, ao CREA. A Câmara Especializada analisará, podendo indeferir o recolhimento da ART. Resolução nº 317/1986, do CONFEA. Antesdeprotocolarverifiqueseasinformaçõesnostrêsdocumentossãoiguaiseseasconsiderações,emcadaumdeles,foramatendidas.

Observações:_O acervo é do Profissional_Autorização para terceiroretirá-lo.

Atividades Técnicas_Projeto / Direção Técnica / Execução / Regularização 229_A palavra construção não é mencionada, conforme Resolução nº 218.

QuantificaçãoEx.: 500,30 m²

Valor_Conforme o contrato.

Período_Dia/mês/ano._Parcial declarar que vem executando, coordenando..._Observe a data de registro noCREA e a data do vínculoentre as partes.

REQUERIMENTO_RT por outras atividades._ATRIBUIÇÃO

ART_Co-responsável?_Sub-empreitada?_ATRIBUIÇÃO_Sempre que houver aditivo, nova ART vinculada.

ATESTADO_Fornecido pelo contratante._Emitido por empresa, em papel timbrado ou com o nº do CNPJ._Emitido por pessoa física com o nº do CPF._Reconhecerfirma._Rubricar folhas e assinar na última._Havendo planilha, deverá estar mencionada._AlémdeAtividadeTécnica,Quantificação,Valor e Período, informar o endereço.

SAÚDE

* Dra.Lídia Henrique Chagas Com a proximidade do verão, aumentam

os banhos diários, banhos de mar e piscina. A grande exposição ao sol, inevitável para os arquitetos, engenheiros e agrônomos no dia-a-dia da profissão, também acaba prejudicando a pele e contribuindo para a ruptura de uma estrutura fina constituída por lípides (gorduras). Essa camada de gordura é a responsável pela estabilidade das moléculas de água dentro das células da pele. Sem ela, pode haver a desidratação da pele.

Algumas medidas simples podem ajudar a manter a pele saudável neste verão. A principal é usar diariamente filtro solar fator 15, no mínimo, que deve ser aplicado meia hora antes da exposição ao sol, para aumentar a eficácia, e deve ser reaplicado de duas em duas horas; mesmo

Cuidados com o sol não devem ser restritos somente à pele

que o sol esteja encoberto. É importante não esquecer do dorso dos pés, lábios e orelhas, que ressecam com facilidade.

Mesmo assim, o ideal é evitar o sol entre 10h30 e 16h (horário de verão) e não ficar perto de superfícies refletoras (água, edifícios de vidro, etc.). Estas podem reenviar até 85% dos raios solares. Outra dica é banho com água morna (ou fria), com pouco sabonete, de preferência neutro, e hidratante após o banho.

Mas não é só a pele que é prejudicada com a exposição ao sol. Proteger os olhos também é importante porque as radiações UVA e UVB aumentam o risco de catarata. Para isso, os óculos de sol devem ser de boa qualidade e bloquear 99% destas radiações. O cabelo também sofre danos e como os protetores para esta região do corpo ainda têm efeito pouco comprovado, a melhor proteção é o uso de chapéu (ou

boné). A desidratação também é comum no calor e por isso a ingestão de água é fundamental. Aliás, tomar água sempre faz bem em qualquer época do ano.

*Dra. Lídia Henriques Chagas, é

dermatologista da São Francisco Clínicas

ETANOL BRASILEIRO:

OPINIÃO

* Manoel Polycarpo de Castro Neto

O governo federal tem apresen-tado, de forma entusiástica, a defesa da produção do etanol brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apresentado o etanol nos quatro cantos do mundo como a salvação da lavoura, da indústria e, porque não dizer, do Brasil e do mundo.

É de conhecimento público que o Brasil detém, hoje, supremacia na geração e difusão de tecnolo-gias da cadeia açúcar/álcool de cana. É o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, álcool e açúcar; tem vasta experiência no uso do etanol como combustível; tem todas as condições para ser um fornecedor competitivo e “confiável de etanol”; é o maior exportador de açúcar e álcool e o maior consumidor de álcool no mercado mundial, e tem, hoje, mais de 25 mil postos, com álcool hidratado - abastece mais de 3 milhões de veículos, 20% da frota nacional. Possui 367 usinas/destilarias com uma capa-cidade de produção de 19 milhões m³, com uma área cultivada para produção de álcool de 3,0 milhões de hectares.

O Brasil é o único país no mundo com grande capacidade de expandir sua produção de cana-de-açúcar e oleaginosas para a

O uso de 22% dessas terras, equivalente a 6,5 vezes a área ocupada com cana, seria suficiente para substituir 10% de toda gasolina consumida no mundo (20,07 milhões b/d), o que é equivalente a quase o triplo da produção brasileira de petróleo. No entanto, devemos observar que nem todos os países estariam inclinados a fazer esta mistura, mas se a mistura ocorresse em apenas 60% do volume dos blocos mais prováveis, a demanda potencial seria de 1,08 mm b/d, ou seja, 3,5 vezes a atual produção do Brasil, equivalendo uma área plantada de, com a tecnologia atualmente utilizada para o plantio de cana, 10,5 milhões de hectares ou 11,7% da área total disponível. O potencial nacional é, portanto, imenso.

Porém, como já aconteceu, outras matérias-primas brasileiras nos foram tiradas (Seringueira - Hevea brasiliensis), por pura incompetência nacional de se manter à frente apostando em tecnologias de ponta para a expansão da nossa produção industrial.

A cana madura, além de água (aproximadamente 50%), apresenta dois terços de sua massa na forma de fibras (material lignocelulósico) e um terço como açúcar, que, por fermentação, é transformado em álcool. É sabido que as tecnologias chamadas de segunda geração, capazes de produzir biocombustíveis a partir da biomassa (lenhinocelulósicas), utilizando meios mais eficientes de aproveitamento de seus componentes, inclusive os resíduos, têm enorme potencial na redução da necessidade de área requerida por novas plantações energéticas. O Brasil ainda não mostrou a mesma liderança neste aspecto e segue apostando na commoditização do álcool a partir de tecnologias de primeira geração.

Esta tecnologia que permite converter o material lenhinocelulósicas em açúcar é chamada de hidrólise, e torna viável a utilização de diversas outras espécies agrícolas (milho, capim elefante, eucalipto etc.) que apresentam a mesma produtividade, e por vezes até maior, em biomassa por hectare que a cana.

As fábricas onde estes métodos podem ser colocados em prática ainda estão em fase de pesquisa e estão sendo desenvolvidas em parte com o apoio de grandes companhias de petróleo. A Shell investiu na produtora canadense de etanol “Iogen”, uma das pioneiras deste jovem setor de negócios.

Devemos observar, ainda, que apesar do balanço energético

Área Agricultavel (milhões de ha)Área Total: 204 (milhões de ha)

Área Agricultável

Pastagem

Culturas Anuais

Culturas Perenes e Florestas

Área Disponível para cana

137

35

10

2

90

esperança ou ilusão?produção de agroenergia, temos 97 milhões de hectares de terras adequadas ao plantio da cana não ocupadas por culturas de qualquer natureza ou relativos a qualquer bioma ecologicamente sensível, protegido ou não por legislação de qualquer natureza. Veja gráfico abaixo:

11 de dezembroDia do Engenheiro Civil e do Arquiteto

Cumprimentamos pela justa homenagem

Profissionais do Ano 2007

CARLOS GABARRA“O arquiteto que abriu caminhos”

MARCOS SPINOLA DE CASTRO“O engenheiro do coletivo”

A você, profissional que participa diariamente da construção deste país, parabéns pelo seu dia!

16 [email protected]

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ao Brasil, afirmou que perderíamos a liderança no setor do etanol em poucos anos. Muitos especialistas do mundo inteiro concordam. Isso ocorreria apesar de o Brasil continuar dispondo de vantagens edafo-climáticos comparativas.

Dois anos após a manifestação de MacDiarmid, os EUA, além de incrementar as várias organizações de pesquisa de que já dispunha, criaram três novos institutos, com um orçamento total de US$ 250 milhões. Enquanto isso, continuamos discutindo se vamos ou não criar uma organização de P&D para o etanol e não tomamos nenhuma decisão quanto a planejamento e logística.

Iniciativas como a da AEAARP, da realização do Workshop Agroenergia: Matérias-Primas, deveriam ser replicados em nível nacional. Neste evento foram discutidos assuntos relativos à inovação tecnológica e cenários para biocombustíveis no Brasil em que foi apresentado um quadro geral da situação dos biocombustíveis no Brasil e no mundo, bem como as principais inovações na produção de cana-de-açúcar, tais como: mecanização da colheita canavieira; importância econômica da cogeração de energia como fator de diminuição dos custos de produção do etanol, e uso da biomassa da cana como implemento da produção de bioetanol (combustíveis de segunda geração).

Como bem disse o prof. Rogério Cezar, da Unicamp, caso o governo brasileiro fique apenas contando com o fator “Deus ajuda” e não passe para o de “quem cedo madruga”, a geração de etanol no Brasil corre o risco de ficar para traz em relação ao mundo.

Uma das soluções para este imbróglio é o investimento pesado em pesquisa de desenvolvimento de métodos mais eficientes de produção de biocombustíveis (biocombustíveis de segunda geração) e matérias-primas apropriadas, por parte do governo federal bem como incentivos à parcerias com o setor privado.

*Engenheiro Agrônomo/ Coordenador geral da ANP/EDF

da produção de etanol a partir de cereais como trigo, centeio ou milho ser bem menor (@1:2,5) que o da cana-de-açúcar (1:8), nos países onde a opção é feita por este sistema, toda a produção de etanol esta inserida em uma cadeia maior, que é a de aproveitamento dos resíduos produzidos neste processo de produção para alimentação animal, o que, quando se coloca o etanol apenas como mais um elo desta cadeia, acaba barateando os seus custos a níveis inferiores aos praticados para a produção brasileira de álcool com a cana-de-açúcar.

Não podemos esquecer os ensinamentos da história, que mostra repetida e inequivocamente que prevalece quem tem a melhor tecnologia e não quem detém condições naturais vantajosas. Os americanos se enquadram, muitos deles, na segunda categoria. Também é a posição de muitos pesquisadores e técnicos brasileiros. As tecnologias de segunda geração estão chegando, e o melhor que o Brasil pode fazer é se apropriar delas. E não há alternativa, senão um expressivo e sustentado esforço em pesquisa própria.

O governo federal atribuiu a duas entidades a missão do desenvolvimento tecnológico, Embrapa e Petrobrás. Ora, a Petrobrás acaba de assinar convênio com a Novozymes, o que pode ser entendido, e aqui espero estar errado, como desistência de desenvolver e produzir enzimas para hidrólise e, com isso, assinar um pacto de dependência tecnológica permanente. A enzima é o gargalo financeiro para a hidrólise. A atitude da Petrobrás é um enigma, tanto mais que, em nível laboratorial embora, já se produzem enzimas para tais fins no Brasil. Além disso, o esforço tecnológico dessa empresa é pífio. A Embrapa, por outro lado, optou por uma organização que deverá coordenar pesquisas, inexistentes até hoje, nas 33 unidades que detêm.

Já em 2005, o Prêmio Nobel Alan MacDiarmid, em visita

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Revista Painel 21

ECOLOGIA

FONE: (16) 3911-4200www.campEzcONtabilidadE.cOm.brcampEzcONtab@campEzcONtab.cOm.br

Engenheiro: Marcos Spínola de Castro Arquiteto: Carlos Gabarra

Agrônoma: Mônika Bergamaschi

parabéNs aOs hOmENagEadOs:

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Das suas contas a gente toma conta

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Com a filosofia de incorporar às suas obras os conceitos de sustentabilidade ambiental, uma empresa de Ribeirão Preto adotou em sua sede um telhado com cobertura ecológica. São 100 metros quadrados de telhado totalmente gramado na sede da MDJ Engenharia e Saneamento Ltda, a primeira empresa da cidade a adotar esta solução.

A laje é coberta com terra que recebe a grama, permitindo a retenção de água pluvial e minimizando o calor dos ambientes internos. A medida possibilitou que a empresa dispensasse o uso do ar condicionado. A manutenção exige somente o corte da grama e a reposição anual de composto orgânico.

O engenheiro Luiz Umberto

Menegucci, diretor da empresa, acredita que a adoção de medidas semelhantes em larga escala poderia amenizar o problema da drenagem urbana, além de colaborar para a diminuição do efeito chamado de “ilhas de calor”, fenômeno proporcionado pelo aquecimento do ar em decorrência da emissão de calor para a atmosfera, provocado por materiais que absorvem e emitem radiação solar.

Estudos realizados no exterior mostram que os telhados verdes podem cortar os custos com ar condicionado em 25% e reduzir em 2ºC a retenção de calor nas cidades. O telhado verde ou ecológico é muito

Empresa planta grama no telhado e elimina ar-condicionado

utilizado na Europa e nos Estados Unidos. Em Chicago, por exemplo, existem mais de 214 mil metros quadrados de telhados plantados. Em outras cidades americanas, como Nova York, Washington, Kansas City, é cada vez mais comum a utilização de verde nos telhados dos edifícios.

ANÚNCIOInfometter

Alexandre Barcelos DalriEngenheiro Agrícola

Ary Poletto

Engenheiro Eletricista

Danilo Fonseca MazoniEngenheiro Agrônomo

Luciano CarreiraEngenheiro Eletricista

NOTAS - CURSOS

Durabilidade das estruturas de concreto

CURSO

BIOEnERGIAA redução da emissão de carbono na atmosfera foi o principal tema do congresso, promovido em Guarapari (ES). José Roberto Scarpellini representou a AEAARP e conta que o tema gerou polêmica nos debates, principalmente com a intervenção de um agrônomo alagoano que contesta as teorias conhecidas até o momento sobre o aquecimento global. Scarpellini ressalta ainda a intervenção do ex-ministro Roberto Rodrigues que chamou a atenção para a oportunidade de investir e explorar a bioenergia, uma vez que novas alternativas energéticas são tema de estudos em todo o mundo.

CARREIRAAlém de Scarpellini, também estiverem no congresso em Guarapari os engenheiros agrônomos Marcos Vilela Lemos, diretor administrativo do CREA, Genésio Abadio de Paula e Silva, conselheiro do CREA e da AEAARP, e Paulo Peixoto, coordenador do Núcleo do Plano Diretor do CREA. Os congressistas tomaram decisões importantes para a carreira, como a aprovação da moção que defende a criação do Conselho Federal de Agronomia, e seus respectivos conselhos estaduais.

ACADEMIAA poetisa e escritora Luzia Stella Dias Carneiro de Souza e Mello ocupa a cadeira de número 21 da Academia Ribeirãopretana de Letras desde o início desde mês de dezembro, quando autora de pinturas, e algumas delas estão expostas na sede da AEAARP.

XXV CONgRESSO BRASILEIRO DE AgRONOmIA

Marcos, Genésio, Scarpellini e Paulo

Scarpellini com Cristiano Walter Simon, presidente da ANDEF, José Otávio Menten, consultor da ANDEF, e Francisco Graziano Neto, secretário de Estado do Meio Ambiente

Pedro Katayama, Alexandre e Evandra Barbim, Marcos Vilela Lemos e Giulio Roberto Azevedo Prado representaram a AEAARP no XVII Encontro de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Estado de São Paulo, que aconteceu em Águas de Lindóia

“Gigante verde discreto”O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, esteve em Jaboticabal no dia 11 de novembro para uma visita à Usina Santa Adélia, onde conheceu o etanol e a bioenergia produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Na declaração aos jornalistas, disse que o país é “um gigante verde discreto” e que “o mundo não consegue entender como o Brasil chegou a isso (tecnologia dos biocombustíveis)”. O secretário da ONU declarou-se “vivamente impressionado” com os investimentos do Brasil. A visita foi organizada pelo Itamaraty a pedido de Ki-Moon, que teve cenários previamente preparados para que pudesse posar para as lentes das dezenas de fotógrafos que acompanharam a visita.

13/12/07Das 08h às 18hLocal: Instituto de Engenharia - Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 Instrutor: Egydio Hervé Neto

Investimento: Associados do IE: R$180,00 Não Associados: R$240,00 Incluso no custo: material didático, coffee break e certificado

Informações: IE (11) 5574.7766www.institutodeengenharia.org.br

Descrição: A Nova NB1 e toda a moderna Normalização Brasileira para o concreto adotaram como foco a DURABILIDADE das estruturas. Isto se deve a que os materiais mudaram, os projetos são mais exigentes e arrojados, a tecnologia executiva se acelerou, os ambientes e as condições de uso se tornaram mais agressivos, tendo-se constatado mundialmente que as obras começaram a apresentar patologias acentuadas, gerando custos de manutenção não previstos, perda de qualidade e falhas na segurança, até mesmo com a ocorrência de acidentes graves. O curso apresenta os mecanismos causadores das patologias e os conceitos de “como projetar” o material concreto para as modernas condições, além de informações sobre diagnóstico, ações corretivas e considerações econômicas.

REGISTRO

NOVOS ASSOCIADOS

Akio Tony MiyasakaEstudante - Engenharia Civil

Antônio Silveira Rodrigues FilhoTécnico em Eletrotécnica

Daniel Douglas CarmoEstudante - Engenharia de Produção

Denílson José AbudEngenheiro Civil

Emílio Antônio de Oliveira FrigoriEngenheiro Agrônomo

Francisco José ErlerEngenheiro Mecânico

Ieda Carolina Sato Arquiteta e Urbanista

Renata Arantes Elias FelícioArquitetura e Urbanismo

Rodrigues Bueno FerreiraTécnico em Topografia

Fundada em 1984 com o objetivo de atender a grande demanda de obras de usinas e destilarias de álcool, setor em grande expansão devido ao Pró-álcool, participou da implantação de vários projetos deste setor e com o passar dos anos desenvolveu métodos construtivos e sistemas de gerenciamento que a credenciou a participar em obras em diversos setores diversos como: papel e celulose, bebidas, mineração, siderurgia, infraestrutura, habitação e urbanização, diversas obras comerciais como shopping centers, supermercados, escolas e cinemas.

A CP Construplan dedicou seus vinte e três anos de existência na execução de mais de 500 obras de alto nível técnico com um sistema de qualidade que busca atender os objetivos dos clientes, com alternativas construtivas modernas, observância dos cronogramas e orçamentos, colocando-se ao lado de seus clientes para o alcance do objetivo final de seus projetos.

CP CONSTRUPLAN Construção e Planejamento LtdaRibeirão Preto SP 16 3628-3388 www.cpconstruplan.com.br [email protected]