OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · participação na comunidade, especialmente nas...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica –
Turma 2013
Título: Enfrentando o racismo e o preconceito na escola: em foco a Lei
11.645/08
Autor: Claudimira Aparecida Gonçalves
Disciplina/Área: Pedagogia
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Santa Bárbara
Município da escola: Bituruna
Núcleo Regional de Educação: União da Vitória
Professor Orientador: Dra Sandra Salete de Camargo Silva
Instituição de Ensino Superior: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras –
União da Vitória – FAFIUV
Relação Interdisciplinar:
Resumo:
A inclusão escolar deve garantir o acesso e a
permanência de todos ao ambiente escolar,
propondo mudanças na sua organização
pedagógica e até revendo a postura de todos
que o compõem , reconhecendo e valorizando
as diferenças, não discriminando, nem
segregando os educandos. O projeto se
justifica por contribuir para combater a
exclusão existente desde que ocorrem as
participações, sejam na sociedade ou mesmo
nas instituições escolares, onde ocorre a
interação entre os indivíduos. Pretende-se
como objetivo geral proporcionar aos
professores que atuam no ensino regular
possibilidades para o envolvimento dos
educadores na temática das relações étnico
raciais, visando contribuir para um trabalho
efetivo de promoção à igualdade racial e
formação dos futuros cidadãos.
Especificamente buscamos sensibilizar os
futuros educadores para que, assim possam
realizar um trabalho além de datas pré-
estabelecidas em calendários oficiais em
relação às questões étnico raciais, para que
esta atividade se desenvolva ao longo do seu
planejamento. Instrumentalizar de forma
teórica os educadores em formação, bem
como prático e metodologicamente para que
se apropriem das alterações vigentes na LDB,
quanto à temática racial e organizar materiais
didáticos a fim de vivenciar na prática o
trabalho efetivo com essa nova prática de
superação das desigualdades raciais, ainda
muito presença no espaço escolar.
Palavras-chave: Inclusão; Diversidade; racismo; preconceito
na escola; Lei 11.645/08
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: 4ª Série de Formação de Docentes
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Diáspora Africana foi um fenômeno sociocultural e histórico que
aconteceu nos países africanos por ocasião da imigração sem a vontade
da população africana, era trazida à força para os países que tinham como
características a existência da mão de obra escrava, no caso um destes foi o
Brasil. Tal fenômeno ocorreu no início da Idade Moderna, durando até o final
do século XVIII.
Tal denominação foi criada pelos historiadores, segundo estes o povo
africano chegava ao lugar onde seriam submetidos a escravidão, totalmente
desprovidos de sua dignidade humana e social . Os senhores de escravos os
recebiam sem se importar com o grau de parentesco entre estes, já que não os
viam como seres humanos, porém para os africanos isso tinha um grande
valor, considerando até a mais distante linha de parentesco, uniam-se mesmo
de longe, facilitando assim as revoltas, pois eram parentes uns dos outros,
estabelecendo confiança entre si.
Assim conclui-se que, muitos homens e mulheres, negros sofreram
pela escravidão a que foram submetidos. Seus descentes herdeiros deste
estigma de escravos, sem direitos e respeito enquanto indivíduos sociais e
integrantes com dignidade da população brasileira:
A noção de raça é fruto da ruptura com a tradição fundamental da condição humana, tão cara ao Direito Natural, qual seja, “o direito a ter direitos a começar pelos inatos”. Significa dizer que são quebradas as condições de razoabilidade de um mundo comum, compartilhado, caracterizado pela pluralidade, tendo como fundamento a igualdade da condição humana. Há uma inversão de valores que passa a dominar o pressuposto da desigualdade como inerente a condição humana, cujo limite, como se sabe, foi consumado pelos totalitarismos. Significa dizer que se passa a admitir que nem todos pertencem igualmente à espécie humana (HERNANDEZ, 2008, p.10).
A abordagem da Cultura Afro-brasileira teve que ser implantada
mediante a criação da Lei 10.639/03 que no Art.26-A estabelece: que nos
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-
se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira.
Dispõe ainda, que os membros das coordenações pedagógicas,
auxiliarão os professores na elaboração e execução de projetos, programas e
estudos. O tema será abordado preferencialmente de forma curricular nas
disciplinas de Artes, Literatura e História do Brasil. A mesma Lei, no Art. 79-B
apresenta que, o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia
Nacional da Consciência Negra”.
Data do aniversário de morte de Zumbi de Palmares, ocorrida em 1965,
símbolo da resistência do negro a escravidão e a submissão ao branco. No Dia
Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro em geral se realizam
reflexões sobre o papel do negro na sociedade brasileira, suas contribuições e
dificuldades na sociedade.
Outros temas lembrados pela comunidade negra e nos ambientes
educacionais, que ganham evidência neste dia ou até na semana em que
ocorre são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, a
discriminação por parte da polícia, sociedade, escola, instituições, moda e
beleza negra, gastronomia e muitos outros temas.
O dia é lembrado e celebrado desde a década de 1960, embora só
tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro
tinha como data a ser lembrada o dia 13 de maio, Abolição da Escravatura –
comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a
"generosidade" da Princesa Isabel, que todos bem sabem nunca ocorreu.
Porém na forma de Lei, só na criação da Lei 10.639/03, acontecendo assim de
forma efetiva a partir deste momento, principalmente no ambiente escolar.
Não podemos restringir o legado Afro-descente, apenas em dias
marcados, como se os negros só existissem neste período, conhecer a
contribuição de um povo precisa ser um processo continuo como ocorre com
outras etnias. Nesse sentido, a Lei 11.645/08 alterou o conteúdo do texto
normativo, da Lei de Diretrizes Bases da Educação de 1996:
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira (BRASIL, 2009, p. única).
Além de abranger a Cultura Afro-brasileira e Africana, esta Lei
estabelece o trabalho com os estudos referentes aos povos indígenas no
Brasil, a cultura indígena brasileira e o índio na formação da sociedade
nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e
política, pertinentes à história do Brasil. Sendo que este povo compõe as
minorias brasileiras, esquecidas e desvalorizadas ao longo dos tempos.
O multiculturalismo, este termo esta frequentemente vinculado à diferença racializada e à tentativa de identificação com a cultura hegemônica. No entanto, ele também é utilizado pelas minorias como uma estratégia para combater essa política governada pelas sociedades dominantes. Apesar de o multiculturalismo ser um termo com várias facetas semânticas, ele representa importante política de recusa às práticas dominantes de exclusão e objetificação (SILVESTRE, 2011, p. 202).
A superação de manifestações racistas envolve o enfrentamento das
famílias, professores e até dos educandos, sejam eles descendentes de negros
ou não. Inibindo repasse por meio de informações cotidianas e no sistema
educacional de ensino por meio de dados e ações racistas ou discriminatórios.
Esse cuidado evitará que continuem havendo publicações de textos,
divulgação de imagens e sons, discriminatórios e agressivos contra a
população afrodescendente. No dia-a-dia das escolas, percebemos publicação
de imagens que representam africanos escravizados com semblante
desfigurado com características selvagem, ao lado de brancos com semblantes
humanos, saudáveis, sendo observados pelos negros com ar de submissão,
infelizmente muito presente nos livros didáticos e documentos históricos.
O professor assume assim a tarefa de analisar as representações e
imagens dos livros didáticos e até em obras de arte, desconstruindo visões que
depreciam os afrodescendentes, construindo visões positivas. Tendo como
ponto principal a valorização dos sujeitos históricos e sua contribuição na
formação da sociedade, desmitificando o papel de submissão dos
afrodescendentes, expresso na relação senhor e escravo.
Nos Cadernos Temáticos referentes à Lei 10.639/03 (PARANÁ, 2005)
as obras de arte passaram a ser utilizadas como um dos documentos possíveis
para a reconstrução de um tempo, retratando a visão do artista, assim como as
representações da mentalidade de um povo e de uma época.
O reconhecimento desses referenciais nos diferentes espaços de
atuação social é um dos desafios dos educadores. Romper com estereótipos e
possibilitar um processo educacional onde todos os alunos se reconheçam
enquanto parte integrante da sociedade é o primeiro passo em direção a
igualdade de oportunidades tão necessária à construção de um país mais justo.
Analisar o papel de algumas imagens recorrentes em livros didáticos
de História, enquanto documentos que transmitem ideias e contribuem para
manutenção de representações discriminatórias sobre os africanos e
afrodescendentes.
Nas escolas muitas vezes, professores e alunos tem atitudes de
individualismo que é estimulada pela sociedade atual, ser solidário é visto
como um favor aos sujeitos, não uma razão de ser. Faz necessário detectar e
superar atitudes individualistas, que comprometem o convívio de solidariedade
e respeito entre os indivíduos. De acordo com as DCNs, Diretrizes Curriculares
Nacionais:
Reconhecimento requer a adoção de políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-racial presente na educação escolar brasileira, nos diferentes níveis de ensino (BRASIL, 2004, p. 12).
É dever do Estado, da sociedade e das instituições de ensino garantir a
igualdade de oportunidades e de valorização, reconhecendo a todo cidadão
brasileiro, independentemente da etnia ou da cor da pele, o direito à
participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas,
econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo
sua dignidade e seus valores religiosos e culturais. Isso se aplica tanto ao povo
indígena, quanto afrodescendente.
É indispensável que os currículos e livros escolares estejam isentos de
qualquer conteúdo racista ou de intolerância. Mais que isso. Refletindo, em sua
plenitude, as contribuições dos diversos grupos étnicos para a formação da
nação e da cultura brasileiras. Ignorar essas contribuições ou não lhes dar o
devido reconhecimento é uma forma de discriminação racial. Ainda recorrendo
às DCNs:
O racismo pode ser representado através de humor disfarçado, como na humilhação verbal, gestual e até simbólica, ou até pelo bullying, a escola não deve permitir, tais atitudes destroem a autoestima e o bem estar dos estudantes. A escola deve ser um espaço de convivência onde a diversidade, ensina a aprender a conviver. A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de
história e cultura afro-brasileiras e africanas (BRASIL, 2004, p. 11).
Os profissionais da educação muitas vezes que não visualizam os
conflitos raciais existentes, não compreendendo em quais momentos ocorrem
atitudes e práticas discriminatórias e preconceituosas que impedem a
realização de uma sociedade e de um trabalho valorizando a questão racial.
O desafio não pode ser posto de lado, ignorando-o, deixando
simplesmente acontecer. É preciso repudiar o racismo, promovendo o respeito
mútuo, propiciando a condição de falar sobre as diferenças sem medo, sem
receio e sem preconceito.
A formação dos educadores muitas vezes não contribui
suficientemente para que consigam desenvolver de forma satisfatória seu
trabalho para que seus alunos se desenvolvam enquanto pessoas, tendo
sucesso na sua aprendizagem escolar, principalmente agindo e interagindo
como cidadãos detentores de direitos e deveres na chamada sociedade do
conhecimento.
Esse desenvolvimento exige metodologias pautadas na articulação
teoria-prática, na resolução de situações-problema e na reflexão sobre a
atuação profissional. Nos Desafios Educacionais Contemporâneos (PARANÁ,
2002, p.09) encontramos:
O reconhecimento desses referenciais nos diferentes espaços de atuação social é um dos desafios dos educadores. Romper com estereótipos e possibilitar um processo educacional onde todos os se reconheçam enquanto parte integrante da sociedade é o primeiro passo em direção à igualdade de oportunidades tão necessária à construção de um país mais justo.
Muitos educadores, não percebem quando o preconceito ou mesmo o
racismo se apresentam, ou se percebem, não mudam sua forma de trabalhar,
porque não veem necessidade ou não se sentem incomodados, ou por não
achar importante abordar este tema. Isso se reflete em crianças e adolescentes
discriminados, adultos desvalorizados, e outros tantos alienados os quais
julgam ter havido à superação do racismo e do preconceito na sociedade e no
ambiente escolar.
Nós educadores precisamos buscar o estudo da legislação a criação
de estratégias de trabalho docente para superar essas questões que ocorrem
no cotidiano da escola.
A inclusão escolar deve garantir o acesso e a permanência de todos no
ambiente escolar, propondo mudanças na sua organização pedagógica e até
revendo a postura de todos que compõe este, reconhecendo e valorizando as
diferenças, não discriminando, nem segregando os educandos.
A exclusão existe desde que ocorrem as participações sejam na
sociedade ou mesmo nas instituições escolares, onde ocorre a interação entre
os indivíduos. Nesse contexto, devemos priorizar a valorização da dimensão
humana de cada sujeito, do sujeito cidadão, com seus direitos fundamentais e
deveres garantidos. (FREITAS, 2006, p.162).
A unidade didática pretende abordar a temática seguindo
criteriosamente o encaminhamento metodológico que passaremos a expor:
1° Encontro
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Fundamentação legal para o enfrentando do racismo e do
preconceito na escola.
Recursos: Vídeo, Colóquio Pedagógico (Conversação entre duas ou mais
pessoas) e clipes. Esta atividade terá a participação da professora Dra Sandra
Salete de Camargo Silva. A professora possui formação na área de Pedagogia
e em Direito o que lhe qualifica para abordagem legal do tema.
Temas: Lei 11.645/08; Movimento Negro; História de Zumbi.
Encaminhamento metodológico:
1. Repasse teórico referente Lei 11.645/08, logo após colóquio pedagógico
realizado entre eu e a professora Dra Sandra Salete de Camargo Silva.
2. Estudo referente ao movimento negro, relatando o início deste, os avanços e
as conquistas até os dias atuais.
3. Relato da história de Zumbi, sua importância na luta contra o racismo e o
preconceito.
2º Encontro – Parte I
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Conceitos de preconceitos e discriminação na sociedade
contemporânea.
Recursos: Vídeo e clipes.
Temas: Preconceito, discriminação nas manifestações culturais.
Encaminhamento metodológico:
1- Assistir os vídeos, registrar destacando o que lhe chamou a atenção em
cada um deles.
2- Reunir-se em grupos socializar com seus pares, depois relatar ao restante
dos colegas as considerações de cada grupo.
3- Visualizar as letras das músicas, a fim de aprimorar sua análise, se suas
percepções correspondem à letra escrita da música, contextualizando letra de
música e clipe.
2º Encontro – Parte II
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Preconceitos e discriminação na sociedade contemporânea.
Recursos: Vídeo e clipes.
Temas: Preconceito, discriminação nas manifestações culturais, propagandas
(TV, jornais, revistas, panfletos, rótulos, internet), marketing e consumo nas
novelas.
Encaminhamento metodológico:
Solicitar previamente a coleta de: jornais, revistas, panfletos, rótulos, para que
possa se promover a devida análise, mediante:
1- Analisar a presença do racismo, quanto aos papéis dos protagonistas, dos
participantes dos enredos nas novelas.
2- Participação do negro e sua vivência no enredo das novelas.
3- Para quem são direcionadas as propagandas sejam, televisivas, impressas,
visuais, quais os modelos de família, de moda e consumo.
4- Produzir um mural com as informações e análises realizadas.
5- Debate e compreensão dos educandos sobre o assunto, referente aos dois
encontros, caracterizando a conclusão dos dois encontros.
3º Encontro
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Análise de partes de livros didáticos utilizados nas escolas
públicas no ano de 2013.
Recursos: Livros didáticos.
Temas: Livro Didático, abordagem das questões étnico raciais nas atividades
do planejamento escolar.
Encaminhamento metodológico:
Temos programas de aquisição de livros didáticos, o Programa
Nacional do Livro Didático (PNLD) de tempos em tempos renovam o acervo
bibliográfico do livro didático, através da escolha prévia dos educadores, mas
mesmo os que são considerados “antigos” continuam sendo usado pelos
professores. Tal fato amplia sua utilização nas salas de aula, transformando os
referidos livros em um dos recursos pedagógicos mais utilizados nas escolas,
tornando-o objeto de estudo, por possuir colaboração de muitos autores, nota-
se muitas vezes a ausência de textos, imagens de pessoas afrodescendentes,
bem como a exclusão da participação de diferentes momentos do povo negro
na história brasileira.
1- Promover uma pesquisa mediante a visualização de diferentes livros
didáticos em uso nas escolas municipais do município, haja vista que é deste
que as crianças das séries iniciais fazem uso, os quais serão de diferentes
disciplinas de estudo.
3- Fazer anotações das questões que julgar importante seja de relatos de
preconceito ou a negação do negro no contexto das informações.
2- Produzir cartazes, fazendo uso de imagens, textos, frases evidenciando
casos de preconceito racial ou mesmo omissão da presença afrodescendente.
4º Encontro
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Casos de racismo explicito ou a negação da presença do negro
nos veículos midiáticos.
Recursos: Trechos de produções artísticas atuais
Temas: Imagens (novela, cinema, desenho animado, história em quadrinhos,
romance, trama).
Encaminhamento metodológico:
1- Identificar situações de racismo explicita ou a negação da presença do negro
nas novelas, cinema, desenho animado, história em quadrinhos, romance,
trama de audiência comprovada.
2- Visualização da imagem, comentários, percepções, referente às imagens.
3- Inicialmente os comentários serão realizados pelos professores em
formação, logo após haverá a intervenção, na busca de uma melhor
compreensão, seja pelos casos de racismo explicito ou a negação da presença
do negro.
4- Relato por escrito em grupos, a fim de promover registros das conclusões.
5º Encontro
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Preconceito ou ausência de negros na literatura infantil.
Recursos: Trechos de livros de literatura infantil, clipes de livros.
Temas: Preconceito presente em registros literários, literatura infantil.
Encaminhamento metodológico:
1- Análise dos livros, mediante visualização da sinopse e a edição do mesmo:
“Caçadas de Pedrinho”.
2- Assistir vídeos, que relatam as histórias produzidas nos livros literários:
“Caçadas de Pedrinho”.
3- Assistir o vídeo que relata o livro: “Menina bonita de laço de fita”.
4- Discutir as percepções que os alunos tiveram, ao visualizarem e assistirem
os vídeos.
5- Organizar em grupos textos, com objetivo de sistematizar as percepções e
discussões sobre o assunto.
6º Encontro – Parte I
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Instrumentalizar de forma teórica os educadores em formação em
relação à temática racial em busca da superação das desigualdades raciais,
ainda muito presença no espaço escolar.
Recursos: Roteiro e pesquisa, proposta de trabalho.
Temas: Oficina: enfrentamento ao racismo e o preconceito.
Encaminhamento metodológico:
1- Oficina com proposta de trabalho com as crianças, a serem elaboradas
pelos futuros educadores.
2- Escolher um dos temas abordados, filme, livro, imagens, propaganda ou
outros e elaborar atividades para o trabalho efetivo com as crianças.
Aplicabilidade no trabalho do cotidiano escolar.
6º Encontro – Parte II
Carga horária: 4 h/a
Conteúdos: Instrumentalizar de forma teórica os educadores em formação em
relação à temática racial em busca da superação das desigualdades raciais,
ainda muito presença no espaço escolar.
Recursos: Proposta de trabalho.
Temas: Oficina: enfrentamento ao racismo e o preconceito.
Encaminhamento metodológico:
1- Apresentação das propostas de planejamento aos colegas de sala.
2- Aplicação da proposta em sala de aula com os alunos da sala.
3- Sistematização e socialização dos resultados obtidos.
4- Avaliação se dará mediante a análise dos planejamentos e sua aplicação no
cotidiano escolar.
Referências
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Para A Educação Das Relações
Étinico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e
Africana. Conselho Nacional de Educação. Opinião Técnica Nº. CNE/CP
003/2004 Colegiado: CP Aprovado Em 03/10/2004. MEC/UNESCO.
BRASIL. LDBEN. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasil,
2009.
Clipe - Consciência Negra - O Brasil é isso aí. Disponível em:
<http://youtu.be/e_NYKnKMRU4>. Acesso em: 16/10/13.
Curta metragem – “O preconceito cega”. Disponível em: <http://youtu.be/aec-
i7n6V48>. Acesso em: 16/10/13.
Entenda a polêmica de racismo que envolve clipe de música de Alexandre Pires
13/05/2012. Disponível em: <http://youtu.be/3afxhxtPkZE> Acesso em: 25/10/13.
FREITAS, Soraia Napoleão Freitas. A formação de professores na educação
inclusiva: construindo a base de todo o processo. In: RODRIGUES. David
(org.) Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. Summus
Editorial, 2006, p. 162.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história
contemporânea. 2 ed. rev. São Paulo: Selo Negro, 2008.
Lei 11.645/08. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em:
16/10/13.
Menina bonita do laço de Fita. Disponível em: <http://youtu.be/W9eBpv-
WPAs>. Acessado em: Acesso em: 06/11/13.
Música protesto – Preconceito. Disponível em:
<http://youtu.be/bZ5mEFPqZds>. Acesso em: 23/10/13.
Onde você guarda o seu racismo?. Disponível em:
<http://youtu.be/ojg07xOt8CY>. Acesso em: 16/10/13.
Os Paralamas do Sucesso - Lourinha Bombril (original - 1996). Disponível em:
<http://youtu.be/Ut9HmSo9DVo>. Acesso em: 06/11/13.
PARANÁ. Cadernos Temáticos, Lei Nº 10.639/03. A Inserção dos Conteúdos
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos Currículos Escolares.
Secretaria de Estado da Educação – SEED, Superintendência Da Educação –
SUED, Departamento De Ensino Fundamental – DEF. Curitiba, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da
Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de
Desafios Educacionais Contemporâneos. Educando para as Relações
Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de
Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 208 p.
- (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos, 5).
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Rapper Abreu. Disponível em: <http://youtu.be/YTjG8OtoYdY>. Acesso em:
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Seu Jorge, Sandra De Sá - Olhos Coloridos. Disponível em:
<http://youtu.be/QUoUtLUsACI>. Acesso em: 25/10/13.
SILVETRE, Nelci Alves Coelho. Multiculturalismo em Brick Lane (2003) de
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Sítio do Pica Pau Amarelo: Capítulo 009 - Parte 1/4 - Caçadas de Pedrinho. Disponível
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