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Disciplina de Teoria da Contabilidade 3.º Trimestre Ano Lectivo 2005/2006 Mestrado CONTABILIDADE Discente: - Lígia Cândido n.º 21959 Docentes: Prof. Doutor Duarte Trigueiros Prof. Dr. Joaquim Guimarães Data de Entrega: 9 de Outubro de 2006 Universidade do Algarve Faculdade de Economia

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Disciplina de Teoria da Contabilidade

3.º Trimestre Ano Lectivo 2005/2006

Mestrado CONTABILIDADE

Discente: - Lígia Cândido n.º 21959

Docentes: Prof. Doutor Duarte Trigueiros Prof. Dr. Joaquim Guimarães

Data de Entrega: 9 de Outubro de 2006

Universidade do Algarve

Faculdade de Economia

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ÍNDICE

Página

1. Introdução 2

2. Contextualização e Origem do Neopatrimonialismo 2

3. Fundamentos do Neopatrimonialismo e sua Visão da Contabilidade 5

4. Principais Axiomas 7

5. Relações Lógicas do Fenómeno Patrimonial 8

6. Sistemas de Funções 10

7. Teoremas 11

8. Aspectos Conclusivos 12

9. Bibliografia 14

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1. INTRODUÇÃO

O mundo da contabilidade é o mundo do Homem, pois é neste que, no dizer de

Federigo Melis, todas as ciências têm origem comum.1

A contabilidade data dos primórdios da civilização, acompanhando a evolução

do próprio ser humano, o qual ao sentir necessidade de controlar e memorizar as suas

posses, ou seja o seu património, começou a utilizá-la de modo rudimentar e não

sistematizado.

O aumento gradual da complexidade da vida social conduziu a uma evolução da

contabilidade do simples registo empírico à busca pelo entendimento racional e

científico dos factos e consequente criação de doutrinas que sob diferentes prismas

visaram descortinar as razões subjacentes à evolução e comportamento da riqueza.

Dessas doutrinas a mais reconhecida é o patrimonialismo. Porém as diversas

mudanças da segunda metade do século XX que abriram as mentalidades para o

estabelecimento de uma nova era, a do conhecimento, conduziram ao aparecimento do

Neopatrimonialismo criado pelo Prof. Doutor António Lopes de Sá.

Ao longo deste trabalho irei abordar esta nova doutrina que muitos seguidores

tem juntado e que adicionou um rigor epistemológico, holístico e heurístico a esta tão

relevante ciência denominada Contabilidade.

Porém, irei incidir principalmente na Teoria das Funções Sistemáticas do

Património das Células Sociais, ponto de partida da doutrina neopatrimonialista.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO E ORIGEM DO NEOPATRIMONIALISMO

A curiosidade e a procura de justificações sobre o meio envolvente são inatas ao

ser humano e incentivam o progresso científico.

Deste modo, do empirismo passou-se à percepção da importância de analisar e

interpretar as informações, criando um raciocínio lógico e científico.

Despertar do estado letárgico da acomodação de registros e demonstrações,

para o campo da explicação e interpretação dos fenómenos patrimoniais das células

sociais, foi a grande conquista da História da Contabilidade e esta se nutriu, como

ainda se nutre, de escolas e correntes científicas.2

1 Martim Noel Monteiro – Pequena História da Contabilidade (2.º Edição, revista), p. 15. 2 António Lopes de Sá – A Moderna Ciência da Riqueza e o Neopatrimonialismo Contábil.

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Destas escolas destacam-se o Materialismo substancial, o Contismo, o

Personalismo, o Controlismo, o Reditualismo, o Aziendalismo, o Patrimonialismo e

claro o Neopatrimonialismo.

A contabilidade adquiriu o estatuto de ciência social no início do século XIX

pela Academia de Ciência da França, tendo J. P. Coffy contribuído para tal ao definir o

capital como objecto de estudo. Logo, sendo o capital um dos aspectos do património, a

contabilidade como ciência tem uma essência patrimonialista.

O patrimonialismo do italiano Vicenzo Masi constituiu a doutrina cujas ideias

foram mais difundidas. Embora Masi não tenha sido o primeiro a considerar a riqueza

patrimonial, isto é o estudo do património, como objecto da contabilidade, foi o

primeiro a criar uma doutrina científica sobre esse tema, partindo da ideia que a conta

apenas representa o fenómeno patrimonial e carece de ser compreendida e explicada.

A segunda metade do século XX “abriu as portas” a uma nova realidade,

suscitada pelas seguintes mudanças:

1) Avanço prodigioso da informática,

2) Internacionalização dos mercados e que imprimem modificações nos

procedimentos de concorrência através de preços e qualidade,

3) Declínio considerável da ética e da moral,

4) Facilidade extrema da comunicação,

5) Relevância dos aspectos sociais,

6) Abusiva concentração da riqueza e excessos da especulação financeira,

7) Intervenção cada vez maior do Estado no destino dos empreendimentos e na

ação humana pelo trabalho,

8) Aumento considerável dos índices de miséria,

9) Avanço expressivo das tecnologias e da ciência,

10) Necessidade de preservar o planeta em suas condições ecológicas, pelos

graves danos causados pela era industrial; aparecimento da Bioética como disciplina

específica e relativa ao comportamento perante a vida e

11) Grandes esforços de harmonização de princípios e normas.3

Neste contexto, a contabilidade começou a reclamar uma nova visão, uma

abordagem holística que revolucionasse o pensamento contabilístico e correspondesse

às actuais exigências da sociedade.

3 António Lopes de Sá – Neopatrimonialismo Moderna Corrente Científica da Contabilidade, p. 4-5.

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Assim, nesta sequência surgiu o Neopatrimonialismo como uma filosofia, um

farol que guia a pesquisa. Esta doutrina ligada ao social distingue-se das outras, sem

menosprezar o contributo dessas, adicionando-lhes outras perspectivas e conhecimentos

com um rigor epistemológico até então ainda não adoptado, ostracizando o

subjectivismo.

O seu criador António Lopes de Sá pretendeu proporcionar uma grande

quantidade de elementos para um melhor entendimento dos fenómenos e

transformações patrimoniais, tendo como objectivo o estudo das suas causas.

Deste modo, tendo em conta que o Neopatrimonialismo teve como principal

base o patrimonialismo de Masi, a partir do qual se desenvolveu, é relevante a seguinte

comparação.

Quadro 2.1 – Comparação entre o Patrimonialismo e o Neopatrimonialismo

Parâmetro de Comparação Patrimonialismo Neopatrimonialismo

1. Criador e sistematizador Vicenzo Masi António Lopes de Sá

2. Inspirações Fábio Besta Vincenzo Masi, Giovani Rossi, Garnier, Ceccherelli

3. Espaço Itália Brasil

4. Surgimento (época) Década de 20 (Século XX) Década de 80 5. Objecto de estudo Património O Fenómeno Patrimonial

6. Análise de informação “ex-post” “ex-ante” e “ex-post”

7. Paradigma Gerencial Social com ênfase na gestão patrimonial (eficácia)

PONTO DE RUPTURA: O OBJECTO DE ESTUDOS Fonte: Joaquim Guimarães – Seminário “O Neopatrimonialismo de António Lopes de Sá”, diapositivo 35.

Embora o ponto de ruptura entre as duas doutrinas seja o objecto de estudos, o

neopatrimonialismo não recusa o património como tal, apenas passa a considerá-lo na

vertente das relações estabelecidas por esse, inserindo-o no seu contexto sócio-

económico, abordando-o mediante a Teoria das Funções Sistemáticas e sob o ponto de

vista da eficácia gerada.

A Teoria das Funções Sistemáticas do Património Aziendal4 de Lopes de Sá foi

elaborada com recurso à obra Primeiros Princípios de Contabilidade Pura de Francisco

D´Auria em 1949 (bases sistemáticas), da sua própria Filosofia da Contabilidade em

1952 (bases lógicas) e da Filosofia da Contabilidade de Masi em 1962 (epistemologia

contábil).

4 Posteriormente conhecida como Teoria das Funções Sistemáticas do Património das Células Sociais.

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Esta teoria conduziu ao desenvolvimento da Teoria das Interações de Sistemas

de Funções e da Teoria dos Campos de Fenómenos.

Destas três teorias foi constituida a Teoria Geral do Pensamento Contábil, base

do Neopatrimonialismo.

É de referir que outra das teorias derivadas é a Teoria da Prosperidade.

Em Abril de 1987, a convite da Universidade de Sevilha na Espanha expôs a

Teoria das Funções e em 1988 apresentou-a no Congresso Brasileiro de Contabilidade

em Cuiabá, recebendo a Medalha João Lyra. Em 1990 adaptou-a para artigo, em 1992

lançou o livro Teoria Geral do Pensamento Contábil e em 1997 este foi traduzido para

espanhol.

3. FUNDAMENTOS DO NEOPATRIMONIALISMO E SUA VISÃO DA

CONTABILIDADE

A ideia principal que permitiu a Lopes de Sá construir um processo lógico para a

elaboração de uma teoria geral foi a de (…) que no património tudo se transforma, tudo

se relaciona, tudo se organiza em sistemas, tudo busca a eficácia e nada pode estar

alheio aos continentes da riqueza (…)5.

Dum modo mais geral, as bases do Neopatrimonialismo que orientaram os seus

estudos e conduziram à sua afirmação como corrente científica foram as seguintes:

Figura 3.1 – Bases específicas do Neopatrimonialismo

Fonte: Elaboração própria com base em António Lopes de Sá – Prosperidade e o esforço científico do neopatrimonialismo contábil para uma nova sociedade, p. 6.

5 António Lopes de Sá – Fundamentos do Neopatrimonialismo.

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Segundo o Neopatrimonialismo, a Contabilidade dedica-se ao estudo da riqueza

patrimonial na perspectiva da eficácia, com vista à obtenção de prosperidade, tendo

como alvo as relações entre o património e a satisfação das necessidades das células

sociais6, em harmonia com o seu contexto. Enfim, é uma ciência que procura a verdade

sobre o comportamento dos meios patrimoniais das células sociais.

Para tal, é indispensável efectuar uma observação consciente, criar raciocínios e

sintetizá-los em conceitos, definir axiomas que agrupados dão origem a teoremas, reunir

teoremas referentes a um mesmo tema criando teorias e conjugar essas teorias, facto que

dá lugar ao aparecimento da ciência.

Figura 3.2 – Curso lógico do pensamento (rigor epistemológico)

Fonte: Elaboração própria com base em António Lopes de Sá – Prosperidade e o esforço científico do neopatrimonialismo contábil para uma nova sociedade, p. 4.

Face a esta visão da contabilidade, o neopatrimonialismo não a considera como

uma ciência exacta à semelhança da matemática, mas sim social.

Embora no início a contabilidade tenha sido associada à ciência da matemática,

por uma grande focalização nas quantias registadas nas contas, é obvio que ela apenas

recorre a essa como um instrumento para efectuar os cálculos.

As causas justificativas da não inserção da contabilidade nas matemáticas são

essencialmente as seguintes:

- a matemática é ampla e abstracta aplicável nas diferentes áreas do

conhecimento e a contabilidade é específica do património, o qual está ligado à vida do

6 Célula social é um conceito introduzido pelo Neopatrimonialismo, de acordo com o qual é um complexo constituído por elementos pessoais e impessoais que buscam, em movimento permanente, atingir um objectivo na sociedade humana. É o caso das instituições e das empresas. Esta expressão foi criada em substituição de azienda.

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Homem e é influenciado pelas relações humanas, cuja tradução matemática e explicação

lógica são difíceis de efectuar;

- na matemática o factor tempo não existe, visto as suas verdades serem

formuladas como eternas, prevalecendo a estática. Na contabilidade neopatrimonialista

o factor tempo existe necessariamente na análise dos fenómenos, interessando a

dinâmica patrimonial, destacada nas relações dimensionais e no axioma do movimento7.

Por outro lado, as modificações na realidade patrimonial geram outras realidades

impactando a sociedade, pois esta é constituída por células sociais, o ser humano,

gerador do fenómeno, é naturalmente social, o património é influenciado pela evolvente

e o output da contabilidade é útil à sociedade.

4. PRINCIPAIS AXIOMAS

A Teoria das Funções Sistemáticas contém diversos axiomas, isto é, verdades

evidentes donde outras derivam. Todavia os principais são os seguintes:

Quadro 4.1 – Principais axiomas da Teoria das Funções Sistemáticas

Designação Conteúdo

Axioma da Transformação

Todo meio patrimonial (Pm) tende a implicar em movimento (Mo), o que implica logicamente em transformação (Tr) da riqueza das células sociais.

Pm � Mo ⇒ Tr

Este axioma tem em conta que a célula social ao ser composta por pessoas e

meios patrimoniais encontra-se em constante e sistemático movimento com vista a

atingir um determinado fim. Logo, todo o património pertencente a essa célula

acompanha esse movimento e sofrendo as consequentes modificações.

Axioma da Eficácia A anulação da necessidade (Pn) resulta na eficácia patrimonial (Ea).

Ea = (Pn=0)

Este axioma parte do princípio de que o ser humano tem necessidades materiais

e só pela utilização correcta dos meios patrimoniais é possível a sua satisfação

completa, ou seja, quando a riqueza cumpre a sua função e satisfaz a necessidade é

eficaz. Caso a necessidade não seja anulada totalmente incorre-se na ineficácia.

7 Todo o meio patrimonial tende ao movimento.

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Axioma das Relações Lógicas

Existem grupos de fenómenos característicos que operam de forma simultânea e em regime de interacção, gerando as relações lógicas estruturais do fenómeno patrimonial. Esses grupos são o da essência dos factos, o das dimensões dos mesmos factos e o dos ambientes que envolvem o património.

O axioma em questão assenta na classificação neopatrimonialista das relações

lógicas presentes na dinâmica patrimonial, nomeadamente essenciais, dimensionais e

ambientais.

Axioma dos Sistemas

As funções do património, as quais promovem a eficácia, organizam-se em sistemas definidos de utilidades, caracterizados pela sua relevância, autonomia e interdependência.

O axioma dos sistema conferiu uma metodologia sistemática científica no

tratamento dos sistemas de funções patrimoniais ao:

- organizá-los epistemologicamente;

- considerar que embora ocorram simultaneamente os seus desempenhos são

autónomos;

- constatar o facto dos elementos patrimoniais executarem várias funções em

permanentes correlações e dos sistemas serem interdependentes.

Assim, este axioma está relacionado com o da interacção sistemática, segundo o

qual os sistemas de funções estabelecem interacções constantes, em regime de

reciprocidade.

Axioma da Prosperidade Social

Quando todas as células sociais forem eficazes, a sociedade, por decorrência natural, também o será, o que equivalerá à anulação das necessidades materiais da humanidade.

Este axioma enfatiza a prosperidade como o verdadeiro motivo da existência

das células sociais e a sua procura por uma eficácia permanente.

Fonte: Elaboração própria com base em Neopatrimonialismo como pensamento moderno em contabilidade e em Diapositivos: axiomas da teoria das funções I, ambos de António Lopes de Sá.

5. RELAÇÕES LÓGICAS DO FENÓMENO PATRIMONIAL

Tal como toda a ciência, na busca de clarificar a verdade, estuda os fenómenos e

as suas relações duma forma lógica, o neopatrimonilaismo na sua Teoria das Funções

Sistemáticas considera que os fenómenos patrimoniais embora surjam na mente humana

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são afectados pelo sua envolvente, distinguindo as relações lógicas estabelecidas por

estes em essenciais, dimensionais e ambientais.

As relações lógicas essenciais prendem-se com as bases do raciocínio e com as

razões subjacentes ao aparecimento do fenómeno. Essas são:

- a necessidade material (Pn) inerente ao ser humano, de cariz subjectivo,

resultante da percepção de falta e que reclama a finalidade de satisfação;

- a finalidade (Fi) de carácter objectivo que se assume como um juízo e implica

elementos patrimoniais;

- os meios patrimoniais (Pm) que são potencialmente úteis, utilidade esta que

quando totalmente usufruída torna cumprida a função patrimonial (f) desse meios e

consequentemente gera eficácia (Ea).

Sob o formato matemático:

(Pn� Fi) (Fi� Pm)

(Fi� Pm) (Pm� f)

(Pm� f) (Pn=0)

(Pn=0) ⇒ Ea

Ea � (Pn=0)

Desta maneira relativamente ao património, a necessidade é a origem mental, a

finalidade a racionalização, ambas do foro mental, os meios patrimoniais são a

materialização e as funções são a utilização.

Em última instância este tipo de relações visam atingir o bem-estar da

humanidade.

As relações lógicas dimensionais avaliam a essência dos factos numa óptica

funcional sistemática e holística, óptica que considera a utilidade de um elemento face a

todos os tipos de necessidade, independentemente da dimensão e relaciona os

fenómenos patrimoniais com os seus agentes influenciadores.

Este tipo de relações são as de:

- Causa que revelam as origens/razões do evento;

- Efeito que mostram as consequências do efeito;

- Qualidade, as quais caracterizam e diferenciam o facto/elemento face aos outros;

- Quantidade, traduzem o valor ou medida do facto;

- Tempo, indicadoras da época em que ocorreu o fenómeno;

- Espaço, as quais divulgam o local onde aconteceu.

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As relações lógicas ambientais são suscitadas por as células estarem integradas

num contexto, onde recebem e provocam influências.

Estas relações que possibilitam uma interacção dos aspectos essenciais e

dimensionais entre os fenómenos e os seus agentes são:

- as endógenas, provenientes do interior da empresa, relativas à administração,

ao pessoal executivo, às formas de utilização da riqueza e aos procedimentos laborais;

- as exógenas, oriundas do exterior da empresa, como as sociais, económicas,

políticas e legais.

6. SISTEMAS DE FUNÇÕES

Os elementos patrimoniais cumprem várias funções que podem ser agrupadas

em sistemas de funções dependendo da necessidade a satisfazer. Como já mencionado,

esses sistemas podem ocorrer ao mesmo tempo e são autónomos no seu desempenho,

mas interdependentes.

Existem, segundo o Neopatrimonialismo, oito sistemas classificados em três

grupos, os básicos, os auxiliares e os complementares.

Quadro 6.1 – Categorias dos sistemas funcionais

Designação Finalidade

Liquidez Garantir a sanidade financeira através do pagamento em dia.

Resultabilidade Conseguir resultados compatíveis com o objectivo da célula social.

Economicidade Sobreviver mantendo a capacidade de movimento (vitalidade).

Sistemas Básicos

Estabilidade Contribuir para o permanente equilíbrio e harmonia estrutural e de movimento.

Englobam as necessidades primárias a anular para a manutenção das actividades

da empresa. Quanto à natureza os dois primeiros sistemas são de circulação básica e os

outros de vitalização.

Produtividade Aproveitar ao máximo o proveito dos meios patrimoniais, evitando o desperdício e visando a eficiência.

Sistemas Auxiliares

Invulnerabilidade Proteger a empresa dos riscos.

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Abrangem necessidades secundárias e desenvolvem e apoiam a eficácia das

funções básicas, tendo uma natureza de protecção.

Elasticidade Sustentar uma dimensão do património adequada.

Sistemas Complementares

Sociabilidade Interagir harmoniosamente com os ambientes da célula social, tendo presente as qualidades de cada um deles.

Permitem melhorar as condições de total aproveitamento dos meios

patrimoniais, sendo o primeiro de cariz dimensional e segundo de conexão.

Fonte: Elaboração própria

7. TEOREMAS

Os teoremas são preposições lógicas que expõem realidades universais e perenes

para todas as células sociais, independentemente da época e do local onde pertencem.

A doutrina neopatrimonialista inclui num vasto conjunto de teoremas gerais e

específicos dos sistemas nas suas teorias, com destaque para a Teoria das Funções

Sistemáticas.

Alguns desses teoremas são os seguintes:

Quadro7.1 – Alguns Teoremas do Neopatrimonialismo

Designação Conteúdo

Teorema da Correlação de Temporalidade

Se as necessidades e os meios de um mesmo sistema de funções patrimoniais são constantes quantitativamente em temporalidades equivalentes de funcionamento, pode-se alterar as expressões de valores daqueles elementos, mas, a eficácia do sistema não se alterará.8

Tal significa que se a empresa consegue gerar os meios de pagamento

necessários em tempo útil e o prazo para obter o dinheiro e pagar a dívida não se

alterar, é indiferente o montante a pagar, visto a eficácia não modificar.

Teorema da Correlação de Origens de Capitais

Quanto maior é a velocidade do capital circulante e tanto menor é a necessidade de capital próprio.8

8 António Lopes de Sá – Prosperidade e o esforço científico do neopatrimonialismo contábil para uma nova sociedade

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Esta situação ocorre quando a empresa consegue vender o que produz num

tempo muito menor àquele que tem para pagar as suas dívidas, possibilitando a não

utilização dos seus próprios recursos.

Teorema da Prosperidade Quando a eficácia de todos os sistemas patrimoniais é constante no crescimento tende a ocorrer a prosperidade da célula social.8

Para uma empresa ser próspera é indispensável que todos os seus sistemas de

funções patrimoniais satisfaçam na totalidade as necessidades existentes, isto é, sejam

eficazes.

Teorema do Acréscimo Ineficaz

Se o aumento da massa patrimonial ocorrer sem um correspondente aumento da capacidade funcional, ocorrerá quantitativamente o acréscimo do capital, mas, não ocorrerá a prosperidade.8

Se uma empresa adquire recursos, mas não usufrui deles com eficácia ou se

efectua uma reavaliação patrimonial, verifica-se um aumento quantitativo do capital

próprio, mas a prosperidade não aumenta, pois essa apenas é atingida quando os

recursos são utilizados com eficácia e incrementada com acréscimos da utilidade.

Teorema do Definhamento A constância da ineficácia nos sistemas básicos, promove o definhamento funcional da riqueza das células sociais.9

Se uma empresa tem sempre consecutivos resultados sem eficácia perde a

liquidez, consome o seu capital próprio, perde o equilíbrio e deixa de ter vitalidade,

acabando por definhar.

Fonte: Elaboração própria

8. ASPECTOS CONCLUSIVOS

O neopatrimonialismo embora tenha tido como ponto de partida o

patrimonialismo de Vincenzo Masi e contribuições de outras escolas e intelectuais,

expandiu os horizontes na forma como era tratada a Contabilidade, adicionando-lhe uma

metodologia de análise sistemática, assente num pensamento disciplinado acompanhado

por um rigor epistemológico de observar, perceber, conceituar, definir axiomas,

9 António Lopes de Sá – Diapositivos: Teoremas da teoria das funções

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teoremas e na sua sequência construir uma teoria de relevante valor holístico e

heurístico.

Enfim, a teoria neopatrimonialista destaca-se por ser uma doutrina cujo intuito é

analisar o fenómeno patrimonial a partir do estudo das relações lógicas e do

conhecimento das funções patrimoniais agrupadas em sistemas, indispensáveis à

construção de modelos qualitativos do comportamento/movimentação do património no

sentido da eficácia e prosperidade.

Assim, as transformações funcionais passaram a ser tidas em conta em cada

operação, nos sistemas de operações, nos campos de sistemas, nas interacções

sistemáticas e nas suas relações com os agentes transformadores.

Todavia, o facto de definir a Teoria Geral do Pensamento Contábil levantou

algumas críticas, porém sendo esta uma teoria do objecto científico, rejeitá-la é recusar

a teoria da ciência.

No princípio a procura pela definição do objecto da contabilidade ocupou as

atenções dos intelectuais, colocando para segundo plano a definição de preposições

lógicas sobre ele e a criação de uma teoria geral. Face a esta lacuna Lopes de Sá

empreendeu a sua construção duma matriz de teorias derivadas, de forma a organizar o

conhecimento contabilístico à semelhança do que ocorre nas outras ciências.

Por outro lado face à nova realidade mundial, as necessidades empresariais e

sociais tornaram-se mais diversificadas, emergindo novas exigências, às quais o

contabilista tem de se adaptar.

Não basta cingir a sua actividade a meros registos e demonstrações, limitando-se

a controlar e informar; actualmente é imprescindível ter capacidade de análise e de

compreensão dos motivos subjacentes à verificação dos factos e de apontar a melhor

maneira de usufruir racionalmente do património das células sociais, direccionando-as

para a eficácia e prosperidade.

É urgente ao contabilista ter uma cultura geral mais abrangente e uma cultura

especializada mais consistente, apostar numa actualização permanente, ser um eterno

aluno na busca do conhecimento, ser ousado, ter espírito crítico e possuir uma cultura

humanista, vinculadamente social.

Com o Neopatrimonialismo, ou seja, com esta cultura mais científica os

contadores podem influenciar a formação de uma consciência, política e social de

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modo a possibilitar uma melhor repartição dos benefícios advindos do avanço

tecnológico para toda a sociedade.10

Deste modo, após a realização deste trabalho pode-se concluir que o

neopatrimonialismo, a mais moderna doutrina contabilística, introduziu um notável

carácter científico, filosófico e doutrinário na contabilidade.

A função social do conhecimento contábil é tão vasta que um dia a humanidade

toda haverá de reconhecer que é através da Contabilidade que se conseguirá o bem

estar das nações, pelo emprego dos modelos de eficácia patrimonial, capazes de

indicarem caminhos para a prosperidade.11

E assim, o Neopatrimonialismo continua em evolução, em permanente pesquisa,

beneficiando do contributo de diferentes intelectuais e fomentando o desenvolvimento

da Contabilidade no rumo do conhecimento.

9. BIBLIOGRAFIA

9.1. Livros Consultados

GUIMARÃES, Joaquim Fernando da Cunha – História da contabilidade em Portugal - Reflexões e homenagens. Lisboa : Áreas Editora, 2005. ISBN 972-8472-73-0.

MONTEIRO, Martim Noel – Pequena história da contabilidade (2.ª edição, revista). Lisboa : Europress, 2004. ISBN 972-559-259-X.

SÁ, António Lopes de – História geral e das doutrinas da contabilidade (2.ª edição, ampliada). Lisboa : Vislis Editores, 1998. ISBN 972-52-0031-4.

9.2. Artigos Consultados

GUIMARÃES, Joaquim Fernando da Cunha – Características (Algumas) do Modelo Contabilístico Actual. Revisores & Empresas, n.º 2, ano1, Junho/Setembro de 1998, 49-58. ISSN 0870-3560.

SÁ, António Lopes de – A nova realidade contábil e a concepção cientifica do neopatrimonialismo como acção intelectual além da inteligência artificial. Jornal do

10 Marco António Amaral Pires ; Wagner António Marques – Elementos estruturais da Teoria das Funções Sistemáticas e sua contribuição ao desenvolvimento social. 11 António Lopes de Sá – Tendências evolutivas nas doutrinas contabeis - o neopatrimonialismo

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Técnico de Contas e da Empresa, n.º 433, ano 33.º, Outubro de 2001, 613-618. ISSN 0870-2241.

SILVA, Nuno Dias da – Entrevista a António Lopes de Sá: O poder económico compra tudo, até normas. Revista TOC, n.º 76, ano VII, Julho de 2006, 6-11. ISSN 1645-9237.

VASCONCELOS, Yumara Lúcia – Neopatrimonialismo: natureza e demanda da informação contábil. Jornal de Contabilidade da APOTEC, n.º 287, ano XXV, Fevereiro de 2001, 35-38. ISSN 0870-8789.

9.3. Documentos electrónicos consultados

GUIMARÃES, Joaquim Fernando da Cunha – Comunicação sobre "Do patrimonialismo ao neopatrimonialismo" no VII PROLATINO [Em linha]. Infocontab, actual. 1 Set. 2006. [Consult. 7 Set. 2006]. Disponível na WWW: <URL:http://www.infocontab.com.pt/download/Patrimonialismo_Neopatrimonialismo.pdf>

GUIMARÃES, Joaquim Fernando da Cunha – Seminário "O neopatrimonialismo de António Lopes de Sá" [Em linha]. Infocontab, actual. 1 Set. 2006. [Consult. 7 Set. 2006]. Disponível na WWW: <URL:http://www.infocontab.com.pt/download/NeopatrimonialismoALS.pdf>

MAGALHÃES, Jorge – Entrevista a António Lopes de Sá: Há Normas Internacionais que ferem a doutrina contabilística [Em linha]. Infocontab, actual. 1 Set. 2006. [Consult. 7 Set. 2006]. Disponível na WWW: <URL:http://www.infocontab.com.pt/download/entrevistaLopesSa.pdf>

ROCHA, Luiz Fernando Coelho da – Elementos sobre a doutrina científica do neopatrimonialismo contábil [Em linha]. Infocontab, actual. 1 Set. 2006. [Consult. 7 Set. 2006]. Disponível na WWW: <URL:http://www.infocontab.com.pt/download/NOCOES%20SOBRE%20O%20NEOPATRIMONIALISMO%20-%20Luiz%20F.C.%20da%20Rocha.PDF>

SÁ, António Lopes de – Diapositivos: Axiomas da teoria das funções I [Em linha]. Infocontab, actual. 1 Set. 2006. [Consult. 7 Set. 2006]. Disponível na WWW: <URL:http://www.infocontab.com.pt/download/AXIOMAS_TEORIA_FUNCOES_I.pdf>

SÁ, António Lopes de – Diapositivos: Bases da teoria das funções sistemáticas do património das células sociais [Em linha]. Infocontab, actual. 1 Set. 2006. [Consult. 7 Set. 2006]. Disponível na WWW: <URL:http://www.infocontab.com.pt/download/BASES_TEORIA_FUNCOES.pdf>

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