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1 Classificação de Fundos Visão geral e nova estrutura Data: 13/04/2015

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    Classificao de Fundos Viso geral e nova estrutura

    Data: 13/04/2015

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    Sumrio/ndice

    APRESENTAO ................................................................................................................................... 3

    OS USOS DE UMA CLASSIFICAO DE FUNDOS ............................................................................................................................ 4

    A QUEM SE DESTINA A CLASSIFICAO: PBLICOS-ALVO .............................................................................................................. 4

    DESAFIOS ........................................................................................................................................................................... 5

    PILARES DO PROCESSO DE CONSTRUO ........................................................................................... 6

    VISO GERAL: A NOVA ESTRUTURA E A LGICA DE INVESTIMENTO .................................................. 8

    RENDA FIXA .......................................................................................................................................... 9

    DESCRIO DOS TIPOS .......................................................................................................................................................... 9

    AES ................................................................................................................................................. 12

    DESCRIO DOS TIPOS ........................................................................................................................................................ 13

    MULTIMERCADOS .............................................................................................................................. 15

    DESCRIO DOS TIPOS ........................................................................................................................................................ 15

    CAMBIAL ............................................................................................................................................. 18

    QUADRO GERAL ................................................................................................................................. 19

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    Apresentao

    Com a sofisticao da indstria de fundos de investimento e a criao de novos produtos nos ltimos anos, tornou-se necessria uma nova classificao, que se adequasse cada vez melhor a essa nova realidade. Nesse sentido, os representantes de mercado e a equipe tcnica da ANBIMA trabalharam em conjunto para desenvolver um novo modelo capaz de atender os diferentes agentes do mercado, do estrategista ao gestor, passando pelos ranqueadores, distribuidores e investidores.

    Ao longo do ltimo ano, organizamos um debate amplo na ANBIMA, envolvendo todos os representantes do mercado. Para ampliar esse debate, inclumos a perspectiva dos profissionais de distribuio e dos investidores e fizemos uma srie de pesquisas em profundidade com grupos focais de gerentes e investidores. Tambm analisamos com cuidado todas as experincias internacionais, seus modelos e formas de classificao.

    A reflexo dos diversos grupos aqui na ANBIMA nos ajudou a montar uma nova classificao que reflete bem nossas prticas e estruturas, sem deixar de lado os aprendizados que obtivemos ao estudar os benchmarks internacionais.

    O resultado desse trabalho a nova classificao de fundos da ANBIMA, em vigor a partir de 1 de julho de 2015, e que pode ser conhecida em detalhes ao longo deste documento.

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    Usos, pblicos-alvo e desafios

    Os usos de uma classificao de fundos

    A classificao busca agregar as diversas opes de carteira oferecidas por meio de fundos de investimento, de acordo com determinadas caractersticas do portflio. Assim, ela leva em considerao as classes de ativos que compem essa carteira, seus prazos e riscos, alm dos estilos e estratgias de gesto.

    Ao dividir os fundos em tipos ou categorias que expressam objetivos e polticas de investimento similares, a classificao viabiliza a comparabilidade entre os fundos e dos fundos com outras opes de investimento ou benchmarks. Tambm ajuda no processo de seleo e deciso de investimento, na medida em que facilita a identificao dos fundos mais aderentes s necessidades do investidor. Desta forma, a classificao permite a adequada comparao entre fundos ou mesmo entre esses e outras opes de investimento.

    Segregar a diversidade de fundos oferecidos em tipos similares viabiliza tambm a construo de indicadores de captao e rentabilidade que so fundamentais na anlise do desempenho relativo dos fundos em relao mdia de mercado. Assim, a classificao tambm funciona como uma ferramenta de monitoramento da indstria e do desempenho relativo dos fundos.

    Finalmente, medida que padroniza termos e cria referncias comuns para todo o universo de pessoas que interage com a indstria de fundos, a classificao contribui para aprimorar processos de comunicao entre administradores, gestores, distribuidores, analistas, consultores de investimento e investidores dos mais diversos perfis. Pode, assim, contribuir para facilitar a comunicao, apoiando processos de distribuio, seleo, comparao, monitoramento e deciso de investimento.

    A quem se destina a classificao: pblicos-alvo

    Todos os agentes que transitam no mundo dos investimentos so usurios em potencial da classificao de fundos. uma ferramenta necessria a qualquer pessoa ou instituio interessada em selecionar ou comparar um fundo ou grupo de fundos, ou ainda monitorar seu desempenho. Por meio da classificao, os processos de seleo, comparao ou monitoramento so otimizados: ela permite que a anlise se restrinja a um subconjunto de fundos com as mesmas caractersticas e que sejam comparados os fundos selecionados com essa amostra.

    Dentre os principais pblicos que usam a classificao esto:

    (i) Profissionais das reas de produto das assets; (ii) Alocadores de recursos; (iii) Consultores e assessores financeiros; (iv) Ranqueadores; (v) Planejadores financeiros;

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    (vi) Profissionais das redes de distribuio no varejo, varejo alta renda e private banking; (vii) Agentes autnomos de investimento; (viii) Investidores; (ix) Imprensa.

    Desafios

    Como a classificao precisa atender as necessidades de um universo muito heterogneo de usurios, o primeiro grande desafio em um processo de reviso abrangente da sua estrutura contemplar as necessidades de todos os agentes que interagem direta ou indiretamente com a indstria de fundos. Esses agentes fazem usos distintos da classificao e tm graus de conhecimento tcnico muito diferentes. Consequentemente, qualquer classificao proposta precisa buscar refletir a complexidade da indstria para pelo menos dois tipos distintos de pblico:

    (I) que buscam profundidade tcnica e maior detalhamento; (II) que precisam de ajuda para compreender o mercado de fundos.

    Considerando esses dois extremos, o primeiro grande desafio para o processo de reformulao da

    classificao de fundos da ANBIMA foi identificar uma estrutura que aliasse a profundidade

    tcnica busca por acessibilidade e facilidade de entendimento para todo o universo de pessoas e

    instituies que tm contato com a indstria de fundos.

    Nossa indstria hoje a stima maior do mundo, e persegue cada vez mais a internacionalizao,

    tendncia que ser inclusive estimulada com a nova regulao, em vigor a partir de julho deste

    ano. Assim, outro aspecto que no poderia deixar de ser considerado so as prticas de

    classificao comuns nos grandes mercados internacionais. Para contribuir para que a indstria

    brasileira seja adequadamente compreendida e comparada com seus pares nos demais mercados,

    a classificao proposta deve considerar estruturas e caractersticas das classificaes utilizadas

    globalmente, sem deixar de levar em considerao as particularidades e a estrutura do mercado

    brasileiro, mais transparente, regulado e autorregulado do que a maior parte das grandes

    indstrias de fundos ao redor do mundo.

    A classificao deve sempre contribuir para aprimorar a transparncia, trazendo todas as informaes relevantes para quem analisa, compara ou escolhe um fundo de investimento, notadamente em relao a fatores chaves como prazo, riscos e estratgias das carteiras.

    Finalmente, em linha com os esforos capitaneados pela iniciativa de autorregulao da ANBIMA que buscam , alm da transparncia, estimular prticas maduras e conscientes de investimento, tais como, programas de educao de investidores e aprimorando as prticas de API (Anlise de Perfil do Investidor, ou suitability), a nova proposta de classificao de fundos tambm tem o desafio de aproximar o distribuidor do investidor, auxiliando no processo de educao e orientao.

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    Pilares do processo de construo

    O processo de construo da nova classificao de fundos est ancorado em trs grandes pilares que refletem os desafios descritos anteriormente:

    (i) pesquisa abrangente sobre as prticas internacionais, de forma a dar diretrizes para que a estrutura proposta para o Brasil facilitasse a internacionalizao, permitindo a comparabilidade entre as indstrias e facilitando o entendimento dos investidores globais;

    (ii) processo de ampla discusso dentre os diversos agentes da indstria representados na ANBIMA, com envolvimento de representantes de diversos comits da Associao, tais como o de Fundos, Distribuio, Indicadores de Mercado, Private Banking, Varejo e Educao, resguardando a representao de todos os tipos e portes de instituies;

    (iii) pesquisas qualitativa e quantitativa, que buscaram avaliar a forma de pensar (mindset) e o processo de escolha do investidor. Alm disso, as pesquisas tinham o objetivo de apurar a expectativa que investidores e agentes de distribuio tinham em relao classificao de fundos, por meio de grupos focais de pesquisas qualitativas com investidores de diversos segmentos e gerentes do varejo, varejo alta renda e private.

    A pesquisa sobre as prticas internacionais avaliou as classificaes atualmente em uso nos mercados norte-americano e europeu, bem como as adotadas por empresas especializadas como a Morningstar e Lipper/Reuters. A despeito das diferentes estruturas e abordagens de cada uma das classificaes, todas tm ao menos duas grandes caractersticas em comum:

    (i) o uso de diferentes nveis, de forma a criar uma hierarquia que parte das classes mais gerais de ativos para chegar a estratgias ou objetivos de investimento especficos;

    (ii) o esforo para explicitar de forma clara os fatores de risco associados a cada estratgia ou objetivo de investimento.

    A consulta aos representantes da indstria buscou adequar qualquer proposta inspirada pelos modelos internacionais s prticas j prevalecentes no mercado local, de forma que a nova classificao fosse aderente realidade brasileira e refletisse de maneira adequada a indstria local. Um processo permanente de discusso, que envolveu todos os fruns da Associao, buscou garantir essa aderncia.

    Finalmente, as pesquisas realizadas ao longo do processo com clientes e gerentes revelaram que,

    independentemente da quantidade de recursos de que dispem ou do segmento pelo qual so

    atendidos, os investidores tm noo sobre o risco que esto dispostos a tomar e o prazo pelo

    qual pretendem manter os recursos aplicados. A maioria dos investidores consultados, no

    entanto, demonstra precisar de orientao e suporte para fazer a ponte entre as suas

    necessidades, que eles sabem identificar bem, e os produtos adequados para atend-las. Por

    outro lado, os grupos focais com gerentes de todos os segmentos tambm revelaram que os

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    profissionais de distribuio demandam uma ferramenta que os ajude a orientar seus clientes

    durante o processo de deciso de investimento.

    Baseada nesses trs pilares, a nova classificao busca ento:

    (i) refletir e aproveitar as boas prticas do mercado global (ii) oferecer aderncias s estruturas e s prticas de negcio do mercado brasileiro (iii) adotar lgica baseada no processo de investimento, facilitando o processo de

    orientao.

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    Viso geral: a nova estrutura e a lgica de investimento

    A nova classificao de fundos, a exemplo da prtica internacional, est dividida em nveis, apresentando uma hierarquia que parte das classes de ativos para chegar a estratgias mais especficas. Tambm como praxe no mercado global, parte da poltica de investimento dos fundos e busca explicitar da forma mais clara possvel as estratgias e riscos associados s opes de carteiras que resultam dessas polticas.

    Os nveis buscam refletir a lgica do processo de investimento. A partir das necessidades, restries e apetite ao risco de cada investidor, identifica-se, no primeiro nvel, qual a classe de ativos mais adequada a ele. O segundo nvel estimula a reflexo sobre quais so os riscos que o investidor estaria disposto a correr. Por fim, no terceiro nvel, possvel avaliar as estratgias que melhor se adequam s necessidades e objetivos especficos do investidor. Essa hierarquia cria um caminho que orienta a deciso e conduz ao maior alinhamento entre os anseios do investidor e os produtos disponveis para ele.

    O primeiro nvel da classificao ANBIMA reflete as classes definidas pela CVM por meio da

    Instruo n 555/14, que passa a vigorar em julho de 2015. O segundo nvel busca explicitar o tipo

    de gesto e os riscos a ele associados, fazendo, sempre que possvel, a analogia com gesto ativa

    ou indexada (passiva) para todas as classes de ativos. O terceiro nvel traz a estratgia especfica

    do fundo.

    A estrutura inspirada na lgica do investimento busca auxiliar o processo de orientao e

    educao. Aliada pratica de API, aos esforos de qualificao e certificao dos profissionais da

    rede de distribuio e s iniciativas de educao de investidores, a nova classificao torna-se mais

    uma ferramenta no processo de evoluo do mercado brasileiro, fortalecendo os esforos para

    disseminar decises maduras e conscientes de investimento.

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    Renda Fixa

    A classificao dos fundos de renda fixa reflete os fatores chave do processo de deciso de

    investimento nessa classe de ativo:

    (i) a opo por um tipo de gesto, que pode ser ativa ou indexada (passiva); (ii) o risco de mercado que o investidor suporta e que, no caso do investimento em renda

    fixa, est diretamente ligado duration das carteiras; (iii) o risco de crdito que o investidor quer correr.

    Assim, no segundo nvel so explicitadas as opes por um tipo de gesto (indexada ou ativa) e,

    uma vez eleita a gesto ativa, o risco de mercado (durao da carteira). No terceiro nvel, a

    classificao explicita o risco de crdito.

    (iv) A classificao de investimento no exterior j aparece no segundo nvel, explicitando, quando for o caso, que o fundo tem mais de 40% de sua carteira investidos em ativos fora do mercado brasileiro.

    Descrio dos tipos

    1. Renda Fixa (nvel 1): Fundos que tm como objetivo buscar retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa (sendo aceitos ttulos sintetizados atravs do uso de derivativos), admitindo-se estratgias que impliquem risco de juros e de ndice de preos.

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    So admitidos ativos de renda fixa emitidos no exterior. Excluem-se estratgias que impliquem exposio em renda varivel (aes, etc.).

    Categoria (nvel 2): Neste nvel os fundos so classificados conforme o tipo de gesto (passiva ou ativa). Ainda para a gesto ativa, a classificao desmembrada conforme a sensibilidade taxa de juros. Incluem tambm os fundos de Renda Fixa Simples conforme a Instruo n 555 da CVM:

    1.1. Renda Fixa Simples: Estes fundos seguem o disposto no art. 113 da Instruo n 555que dispe sobre os fundos de Renda Fixa com sufixo Simples em sua denominao.

    1.2. Indexados: Fundos que tm como objetivo seguir as variaes de indicadores de referncia do mercado de Renda Fixa.

    1.3. Ativos: Fundos no classificados nos itens anteriores. Os fundos nesta categoria devem ser classificados conforme a sensibilidade a alteraes na taxa de juros (risco de mercado) medida por meio da duration mdia ponderada da carteira. As durations utilizadas como referncia destas categorias so atualizadas a cada ano, sempre com base no ltimo dia til de junho, valendo para os doze meses seguintes, ou quando o Comit de Renda Fixa & Multimercados julgar necessrio. O parmetro para estabelecimento das durations o IMA e seus subndices, conforme disposto a seguir. Sempre que necessrio, a ANBIMA emitir circular informando o nmero de dias teis de cada parmetro.

    i. Durao Baixa (Short duration): Fundos que objetivam buscar retornos investindo em ativos de renda fixa com duration mdia ponderada da carteira inferior a 21 (vinte e um) dias teis. Estes fundos buscam minimizar a oscilao nos retornos promovida por alteraes nas taxas de juros futuros. Esto nesta categoria tambm os fundos que buscam retorno investindo em ativos de renda fixa remunerados taxa flutuante em CDI ou Selic. Fundos que possurem ativos no exterior devero realizar o hedge cambial da parcela investida no exterior. Excluem-se estratgias que impliquem exposio de moeda estrangeira ou de renda varivel (aes, etc.).

    ii. Durao Mdia (Mid duration): Fundos que objetivam buscar retornos investindo em ativos de renda fixa com duration mdia ponderada da carteira inferior ou igual apurada no IRF-M do ltimo dia til de junho. Estes fundos buscam limitar oscilao nos retornos decorrentes das alteraes nas taxas de juros futuros. Fundos que possurem ativos no exterior devero realizar o hedge cambial da parcela investida no exterior. Excluem-se estratgias que impliquem exposio de moeda estrangeira ou de renda varivel (aes, etc.).

    iii. Durao Alta (Long duration): Fundos que objetivam buscar retornos investindo em ativos de renda fixa com duration mdia ponderada da carteira igual ou superior apurada no IMA-GERAL do ltimo dia til de junho. Estes

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    fundos esto sujeitos a maior oscilao nos retornos promovida por alteraes nas taxas de juros futuros. Fundos que possurem ativos no exterior devero realizar o hedge cambial da parcela investida no exterior. Excluem-se estratgias que impliquem exposio de moeda estrangeira ou de renda varivel (aes, etc.).

    iv. Durao Livre: Fundos que objetivam buscar retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa, sem compromisso de manter limites mnimo ou mximo para a duration mdia ponderada da carteira. O hedge cambial da parcela de ativos no exterior facultativo ao gestor.

    1.3.1. Subcategoria (nvel 3): Neste nvel os fundos so classificados conforme a exposio ao risco de crdito.

    i. Soberano: Fundos que investem 100% (cem por cento) em ttulos pblicos federais do Brasil.

    ii. Grau de Investimento: Fundos que investem no mnimo 80% (oitenta por cento) da carteira em ttulos pblicos federais, ativos com baixo risco de crdito do mercado domstico ou externo, ou sintetizados via derivativos, com registro das cmaras de compensao.

    iii. Crdito Livre: Fundos que objetivam buscar retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa, podendo manter mais de 20% (vinte por cento) da sua carteira em ttulos de mdio e alto risco de crdito do mercado domstico ou externo.

    1.4. Investimento no Exterior: Fundos que objetivem investir em ativos financeiros no exterior em parcela superior ou igual a 40% do patrimnio lquido. Estes fundos seguem o disposto no art. 101 da Instruo n 555 da CVM.

    1.4.1. Subcategoria (nvel 3): Neste nvel, os fundos da categoria Investimento no Exterior so classificados entre Investimento no Exterior e Dvida Externa.

    i. Investimento no Exterior: Fundos que objetivem investir em ativos financeiros no exterior em parcela superior ou igual a 40% do patrimnio lquido. Estes fundos seguem o disposto no art. 101 da Instruo n 555 da CVM.

    ii. Dvida Externa: Fundos que tm como objetivo investir no mnimo 80% de seu patrimnio lquido em ttulos representativos da dvida externa de responsabilidade da Unio. Estes fundos seguem o disposto no art. 114 da Instruo n 555 da CVM.

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    Aes

    Buscando sempre replicar a mesma lgica, os fundos de aes so classificados no primeiro nvel de acordo com o estilo de gesto (ativa ou indexada/passiva). As estratgias especficas de cada tipo de gesto so explicitadas no terceiro nvel. Tambm aqui, segregam-se os fundos com mais de 40% da carteira investidos no exterior j no segundo nvel.

    Aes: Fundos que devem possuir, majoritariamente na carteira, ativos de renda varivel tais como: aes vista, bnus ou recibos de subscrio, certificados de depsito de aes, dentre outros.

    Tipo de Gesto: o tipo de gesto indica se o fundo tem o objetivo de buscar seguir um ndice de mercado (gesto passiva) ou se busca superar o desempenho do ndice de referncia.

    Estratgia: Fundos nesta categoria se baseiam nas estratgias preponderantes adotadas e suportadas pelo processo de investimento seguido pelo gestor como forma de atingir os objetivos e executar a poltica de investimentos dos fundos. As estratgias se relacionam s caractersticas dos ativos, ao processo de seleo e forma de negociao, o que resultar na relao de risco, retorno e liquidez do fundo.

    Investimento no Exterior: fundos que tm a possibilidade de adquirir ativos no exterior (cross-border)

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    Descrio dos tipos

    2. Aes (nvel 1): Fundos que devem possuir, no mnimo, 67% (sessenta e sete por cento) da carteira em aes vista, bnus ou recibos de subscrio, certificados de depsito de aes, cotas de fundos de aes, cotas dos fundos de ndice de aes e Brazilian Depositary Receipts, classificados como nvel I, II e III. O hedge cambial da parcela de ativos no exterior facultativo ao gestor.

    Categoria (nvel 2): Neste nvel os fundos so classificados conforme o tipo de gesto (indexada ou ativa) ou especficos para fundos com caractersticas diferenciadas.

    2.1. Indexados: Fundos que tm como objetivo replicar as variaes de indicadores de referncia do mercado de Renda Varivel. Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de fundos Renda Fixa Durao Baixa Grau de Investimento ou em ativos permitidos a estes desde que preservadas as regras que determinam a composio da carteira do tipo ANBIMA.

    2.2. Ativos: Fundos que tm como objetivo superar um ndice de referncia ou que no fazem referncia a nenhum ndice. A seleo dos ativos para compor a carteira deve ser suportada por um processo de investimento que busca atingir os objetivos e executar a poltica de investimentos definidos para o fundo. Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de fundos Renda Fixa Durao Baixa Grau de Investimento ou em ativos permitidos a estes desde que preservadas as regras que determinam a composio da carteira do Tipo ANBIMA, exceo feita aos fundos classificados como Livre (nvel 3).

    2.2.1. Subcategoria (nvel 3): Neste nvel os fundos so classificados conforme a estratgia.

    i. Valor / Crescimento: Fundos que objetivam buscar retorno por meio da seleo de empresas cujo valor das aes negociadas esteja abaixo do preo justo estimado (estratgia valor) e/ou aquelas com histrico e/ou perspectiva de continuar com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relao ao mercado (estratgia de crescimento).

    ii. Setoriais: Fundos que investem em empresas pertencentes a um mesmo setor ou conjunto de setores afins da economia. Estes fundos devem explicitar em suas polticas de investimento os critrios utilizados para definio dos setores, subsetores ou segmentos elegveis para aplicao.

    iii. Dividendos: Fundos cuja carteira investe em aes de empresas com histrico de dividend yield (renda gerada por dividendos) consistente ou que, na viso do gestor, apresentem essas perspectivas.

    iv. Small Caps: Fundos cuja carteira de aes investe, no mnimo, 85% (oitenta e cinco por cento) em aes de empresas que no estejam includas entre as

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    25 maiores participaes do IBrX - ndice Brasil, ou seja, aes de empresas com relativamente baixa capitalizao de mercado. Os 15% (quinze por cento) remanescentes podem ser investidos em aes de maior liquidez ou capitalizao de mercado, desde que no estejam includas entre as dez maiores participaes do IBrX ndice Brasil.

    v. Sustentabilidade/Governana: Fundos que investem em empresas que apresentam bons nveis de governana corporativa, ou que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo, conforme critrios estabelecidos por entidades amplamente reconhecidas pelo mercado ou supervisionados por conselho no vinculado gesto do fundo. Estes fundos devem explicitar em suas polticas de investimento os critrios utilizados para definio das aes elegveis.

    vi. ndice Ativo (Indexed Enhanced): Fundos que tm como objetivo superar o ndice de referncia do mercado acionrio. Estes fundos se utilizam de deslocamentos tticos em relao carteira de referncia para atingir seu objetivo.

    vii. Livre: Fundos que no possuem obrigatoriamente o compromisso de concentrao em uma estratgia especfica. A parcela em caixa pode ser investida em quaisquer ativos, desde que especificados em regulamento.

    2.3. Especficos (nvel 2): Fundos que adotam estratgias de investimento ou possuam caractersticas especficas tais como condomnio fechado, no regulamentados pela Instruo n 555 da CVM, fundos que investem apenas em aes de uma nica empresa ou outros que venham a surgir.

    2.3.1. Subcategoria (nvel 3): Neste nvel os fundos so classificados conforme sua caracterstica.

    i. Fundos Fechados de Aes: Fundos de condomnio fechado regulamentados pela Instruo n 555 da CVM.

    ii. Fundos de Aes FMP-FGTS: De acordo com a regulamentao vigente.

    iii. Fundos de Mono Ao: Fundos com estratgia de investimento em aes de apenas uma empresa.

    2.4. Investimento no Exterior: Fundos que objetivem investir em ativos financeiros no exterior em parcela superior ou igual a 40% do patrimnio lquido. Estes fundos seguem o disposto no art. 101 Instruo n 555 da CVM. Admitem alavancagem.

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    Multimercados

    No caso dos multimercados, buscou-se uma analogia com os tipos de gesto indexada e ativa, criando, no primeiro nvel, os tipos alocao e estratgias.

    Investimento no Exterior: fundos que tm a possibilidade de adquirir ativos no exterior (cross-border).

    Descrio dos tipos

    3. Multimercados (nvel 1): Fundos que devem possuir polticas de investimento que envolvam vrios fatores de risco, sem o compromisso de concentrao em nenhum fator em especial. O hedge cambial da parcela de ativos no exterior facultativo ao gestor.

    Categoria (nvel 2): Neste nvel os fundos so classificados em dois grupos: Alocao e por Estratgias.

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    3.1. Alocao: Fundos que buscam retorno no longo prazo por meio de investimento em diversas classes de ativos (renda fixa, aes, cmbio etc.), incluindo cotas de fundos de investimento. Estes fundos buscam retorno de longo prazo prioritariamente da estratgia de asset allocation.

    3.1.1. Subcategoria (nvel 3): Neste nvel os fundos so classificados conforme a liberdade da carteira ou necessidade de manter um benchmark composto.

    i. Balanceados: Buscam retorno no longo prazo atravs da compra de diversas classes de ativos, incluindo cotas de fundos. Estes fundos possuem estratgia de alocao pr-determinada devendo especificar o mix de investimentos nas diversas classes de ativos, incluindo deslocamentos tticos e/ou polticas de rebalanceamento explcitas. O indicador de desempenho do fundo dever acompanhar o mix de investimentos explicitado (asset allocation benchmark), no podendo, assim, ser comparado a uma nica classe de ativos (por ex, 100% CDI). Os fundos nesta subcategoria no podem possuir exposio financeira superior a 100% do PL. No admitem alavancagem.

    ii. Dinmico: Buscam retorno no longo prazo por meio de investimento em diversas classes de ativos, incluindo cotas de fundos. Estes fundos possuem uma estratgia de asset allocation sem, contudo, estarem comprometidos com um mix pr-determinados de ativos. A poltica de alocao flexvel, reagindo s condies de mercado e ao horizonte de investimento. permitida a aquisio de cotas de fundos que possuam exposio financeira superior a 100% do seu respectivo PL. Admitem alavancagem.

    3.2. Por Estratgia: Fundos nesta categoria se baseiam nas estratgias preponderantes adotadas e suportadas pelo processo de investimento adotado pelo gestor como forma de atingir os objetivos e executar a poltica de investimentos dos fundos. Admitem alavancagem.

    3.2.1. Subcategoria (nvel 3): Neste nvel os fundos so classificados conforme a estratgia.

    i. Macro: Fundos que realizam operaes em diversas classes de ativos (renda fixa, renda varivel, cmbio etc.), definindo as estratgias de investimento baseadas em cenrios macroeconmicos de mdio e longo prazos.

    ii. Trading: Fundos que realizam operaes em diversas classes de ativos (renda fixa, renda varivel, cmbio etc.), explorando oportunidades de ganhos originados por movimentos de curto prazo nos preos dos ativos.

    iii. Long and Short - Direcional: Fundos que fazem operaes de ativos e derivativos ligados ao mercado de renda varivel, montando posies compradas e vendidas. O resultado deve ser proveniente,

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    preponderantemente, da diferena entre essas posies. Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de fundos Renda Fixa Durao Baixa Grau de Investimento ou em ativos permitidos a estes desde que preservadas as regras que determinam a composio da carteira do tipo ANBIMA.

    iv. Long and Short - Neutro: Fundos que fazem operaes de ativos e derivativos ligados ao mercado de renda varivel, montando posies compradas e vendidas, com o objetivo de manterem a exposio financeira lquida limitada a 5%. Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de fundos Renda Fixa Durao Baixa Grau de Investimento ou em ativos permitidos a estes desde que preservadas as regras que determinam a composio da carteira do Tipo ANBIMA.

    v. Juros e Moedas: Fundos que buscam retorno no longo prazo atravs de investimentos em ativos de renda fixa, admitindo-se estratgias que impliquem risco de juros, risco de ndice de preo e risco de moeda estrangeira. Excluem-se estratgias que impliquem exposio de renda varivel (aes etc.).

    vi. Livre: Fundos que no possuem obrigatoriamente o compromisso de concentrao em nenhuma estratgia especfica.

    vii. Capital Protegido: Fundos que buscam retornos em mercados de risco procurando proteger, parcial ou totalmente, o principal investido.

    viii. Estratgia Especfica: Fundos que adotam estratgia de investimento que implique riscos especficos, tais como commodities, futuro de ndice.

    3.3. Investimento no Exterior: Fundos que objetivem investir em ativos financeiros no exterior em parcela superior ou igual a 40% do patrimnio lquido. Estes fundos seguem o disposto no art. 101 da Instruo n 555 da CVM. Admitem alavancagem.

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    Cambial

    Fundos que aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos - de qualquer espectro de risco de crdito - relacionados diretamente ou sintetizados, via derivativos, moeda estrangeira.

    4. Cambial (nvel 1): Fundos que aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos - de qualquer espectro de risco de crdito - relacionados diretamente ou sintetizados, via derivativos, moeda norte-americana ou europeia. O montante no aplicado em ativos relacionados direta ou indiretamente ao dlar ou ao euro deve ser aplicado somente em ttulos e operaes de Renda Fixa (pr ou ps-fixadas a CDI/Selic).

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    Quadro Geral

    Frame da Classificao de Fundos

    Regulao Regulao

    Nvel 1 Nvel 2 Nvel 3

    Renda Fixa

    Simples Simples

    Indexados ndices

    Ativos Durao Baixa Durao Mdia Durao Alta Durao Livre

    Soberano

    Grau de Investimento

    Crdito Livre

    Investimento no Exterior Investimento no Exterior

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