NOME DO ALUNO DE MESTRADO - tede.unioeste.br
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - CAMPUS DE CASCAVEL
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS E SAÚDE – MESTRADO
FABÍULA DOS SANTOS TOSO
IMPACTO DA PREMATURIDADE SOBRE OS CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DA
SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES
CASCAVEL-PR (fevereiro/2020)
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FABÍULA DOS SANTOS TOSO
IMPACTO DA PREMATURIDADE SOBRE OS CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DA
SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES
DISSERTAÇÃO apresentada ao Programa De Pós-Graduação em Biociências e Saúde – Mestrado, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Biociências e Saúde.
Área de concentração: Biologia, processo saúde-
doença e políticas de saúde
ORIENTADOR: Cláudia Silveira Viera
CASCAVEL-PR
(fevereiro/2020)
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FICHA CATALOGRAFICA
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5
DEDICATÓRIA
À minha família.
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AGRADECIMENTOS
A Deus;
A meus familiares, pelo incentivo e apoio nessa trajetória, em especial à minha
Mãe, pelo suporte em todos os momentos;
À profª Cláudia, pela profissional competente, pelos conhecimentos repassados,
por sua atenção, dedicação e disposição em orientar!
Aos professores Ana Teresa e José Rocha, que aceitaram participar da banca,
suas contribuições aprimoraram o trabalho!
Aos adolescentes e seus familiares, que aceitaram participar do estudo,
imprescindíveis para os objetivos serem alcançados;
Aos meus amigos, pelo incentivo e pela compreensão a respeito de minhas
ausências;
À Janaíne, pela parceria durante essa jornada, pela ajuda e pelos desabafos em
todos os momentos;
À Mirian, pelas palavras e por ser sempre disposta a ajudar;
Ao Núcleo Regional de Educação, que autorizou a coleta de dados no Colégio
Estadual;
Aos profissionais do Colégio Estadual Santos Dumont, que abriram suas portas e,
mesmo essa pesquisa interferindo em suas atividades de rotina, sempre estiveram
dispostos a auxiliar;
Às acadêmicas da graduação de enfermagem, Amanda, Bruna e Renata, que
auxiliaram nas entrevistas;
À SESAU, por autorizar a liberação para a realização do Mestrado e à equipe da
USF Santos Dumont, pelo suporte na Unidade em minha ausência.
Muito Obrigada!
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RESUMO
TOSO, F.S. Impacto da prematuridade sobre os critérios de diagnóstico da
síndrome metabólica em adolescentes.127 páginas. Dissertação (Mestrado).
Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde, Centro de Ciências Biológicas
e da Saúde, Campus Cascavel, Unioeste, 2020.
A prematuridade é a principal causa de mortalidade infantil e a maior causa de internamentos nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, em todo o mundo. Os índices de prematuridade se elevaram, ao longo dos anos, mas, graças ao desenvolvimento tecnológico, à melhor capacitação dos profissionais e ao envolvimento familiar, a morbimortalidade tem se reduzido. Consequentemente, houve aumento na sobrevida dessas crianças, o que acarreta diversas repercussões que podem ser observadas em todas as faixas etárias, ao longo da vida. Entre as complicações tardias, apresentam-se crescimento diferenciado, alterações hormonais e metabólicas, que levam os indivíduos a maiores índices de sobrepeso, obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2, coronariopatias e hipertensão arterial. Associando essas alterações ao aumento do sedentarismo na vida moderna, a síndrome metabólica é cada vez mais evidente entre os adolescentes e sua incidência tem aumentado a cada ano. Assim, o presente estudo tem como objetivo apresentar o perfil antropométrico, pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo, comparando-os à coorte semelhante de adolescentes nascidos pré-termo, ambos residentes na região Oeste do município de Cascavel, Paraná. O estudo é de desenho transversal, com amostra do tipo conveniência, composta por 150 adolescentes de 10 a 19 anos de idade, nascidos a termo e 50 adolescentes nascidos pré-termo. Realizaram-se entrevistas e avaliação física, com aferição da pressão arterial, mensuração antropométrica, circunferência abdominal e coleta de sangue por punção capilar para exames de glicose, colesterol total e triglicerídeos. Os resultados encontrados apontaram que a maioria, em ambos os grupos, é composta por indivíduos eutróficos, contudo, 34% dos a termo e 30% dos pré-termos estavam com sobrepeso ou obesos. Não foi verificado diferença estatística significativa entre os perfis sociodemográfico, antropométrico, pressórico e glicêmico entre os grupos. As maiores médias foram verificadas nas variáveis percentil da circunferência abdominal, na pressão arterial sistólica média, na glicemia e nos triglicerídeos dos sujeitos do grupo de adolescentes nascidos a termo (p<0,05). A prevalência de síndrome metabólica foi de 12% entre os adolescentes a termo e apenas de 2% entre os nascidos pré-termo (x2=4,36; p=0,037). Assim, pode-se inferir que, apesar da prematuridade ser considerada fator de risco para doenças crônicas, os hábitos de vida podem constituir-se em fator agravante para os indivíduos a termo, sobrepondo-se à prematuridade. Ações e intervenções de promoção de saúde e prevenção de agravos devem ser planejadas pelos serviços de seguimento de
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adolescentes, na atenção primária, independentemente de sua idade gestacional, a fim de se reduzir o excesso de peso e, consequentemente, as alterações metabólicas que podem colocá-los em risco de desenvolverem complicações à saúde, a exemplo das doenças cardiovasculares.
Palavras-Chaves: Saúde do Adolescente. Perfil de Saúde. Síndrome Metabólica.
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ABSTRACT
TOSO, F.S. Impact of prematurity on the diagnostic criteria formetabolic syndromein adolescentes. 127 páginas. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Campus Cascavel, Unioeste, 2020.
Prematurity is the main cause of infant mortality and the leading cause of hospitalization
in neonatal intensive care units worldwide. Prematurity rates have increased over the
years, but thanks to technological development, better training of professionals and family
involvement, morbidity and mortality has been reduced. Consequently, there was an
increase in the survival of these children, which has several repercussions that can be
observed in all age groups throughout life. Among the late complications, there are
differentiated growth, hormonal and metabolic alterations, which lead individuals to higher
rates of overweight, obesity, type 2 diabetes mellitus, coronary artery disease and arterial
hypertension. Associating these changes with increased sedentary lifestyle in modern
life, metabolic syndrome is increasingly evident among adolescents and its incidence has
increased every year. Thus, the present study aims to present the anthropometric,
pressure, glycemic and lipid profile of full-term adolescents, comparing them to the similar
cohort of preterm born adolescents, both living in the western region of the municipality
of Cascavel, Paraná. The study is cross-sectional, with a convenience sample composed
of 150 adolescents from 10 to 19 years of age, born at term and 50 adolescents born
preterm. Interviews and physical evaluation were conducted, with blood pressure
measurement, anthropometric measurement, abdominal circumference and blood
collection by capillary puncture for glucose, total cholesterol and triglycerides tests. The
results showed that the majority, in both groups, are composed of eutrophic individuals,
however, 34% of the term and 30% of the preterms were overweight or obese. There was
no statistically significant difference between the sociodemographic, anthropometric,
pressure and glycemic profiles between the groups. The highest means were found in
the percentile variables of abdominal circumference, mean systolic blood pressure,
glycemia and triglycerides of the subjects of the group of full-term adolescents (p<0.05).
The prevalence of metabolic syndrome was 12% among full-term adolescents and only
10
2% among preterm infants (x2=4.36; p=0.037). Thus, it can be inferred that, although
prematurity is considered a risk factor for chronic diseases, life habits can constitute an
aggravating factor for full-term individuals, overlapping prematurity. Actions and
interventions to promote health and prevent injuries should be planned by adolescent
follow-up services in primary care, regardless of their gestational age, in order to reduce
excess weight and, consequently, metabolic alterations that may put them at risk of
developing health complications, such as cardiovascular diseases.
Key words: Adolescent Health. Health Profile. Metabolic Syndrome.
11
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fluxograma de captação dos sujeitos amostra adolescentes a termo....... 40
12
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Definição de SM para crianças e adolescentes de acordo com a IDF..... 35
13
LISTA DE ABREVIATURAS
AIG Adequado para Idade Gestacional
AT A Termo
BPN Baixo Peso ao Nascer
CA Circunferência Abdominal
CC Circunferência da Cintura
CEP Comitê de Ética e Pesquisa
CM Centímetros
CT Colesterol Total
DCV Doença Cardiovascular
DM Diabetes Mellitos
DM-2 Diabetes Mellitos tipo 2
ERICA Estudos de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes
FSH Hormônio Folículo-Estimulante
GM/MS Gabinete do Ministro/Ministério da Saúde
GnRH Hormônio Liberador de Gonadotrofina
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica
HDL High Density Lipoproteins
IDF Federação Internacional de Diabetes
IG Idade Gestacional
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I-DBSM I Diretriz Brasileira de Diagnóstico de tratamento da Síndrome
Metabólica
IMC Índice de Massa Corporal
IPAQ International Physical Activity Questionnaire
KG Quilograma
LH Hormônio Luteinizante
MS Ministério da Saúde
NCEP National Cholesterol Education
NCEP-ATP III National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment
Panel III
NRE Núcleo Regional de Educação
ODM Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
OMS
PA
PADM
PASM
Organização Mundial da Saúde
Pressão Arterial
Pressão Arterial Diastólica Média
Pressão Arterial Sistólica Média
PIG Pequeno para Idade Gestacional
PT Pré-termo
RCIU Restrição no Crescimento Intra-Uterino
RN Recém-Nascido
RNPT Recém-Nascido Prematuro
SBAC Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
SBC
SBD
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Sociedade Brasileira de Diabetes
SISVAN Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
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SM Síndrome Metabólica
TALE Termo de Assentimento Livre e Esclarecido
TCLE Termo de Compromisso Livre e Esclarecido
TG Triglicerídeos
UCIN Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais
UNICEF United Nations Children´s Fund
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SUMÁRIO
RESUMO ......................................................................................................................... 7
ABSTRACT ..................................................................................................................... 9
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 11
LISTA DE QUADROS ................................................................................................... 12
LISTA DE ABREVIATURAS ......................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 18
2. OBJETIVOS ........................................................................................................... 21
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 21
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 21
3. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 22
3.1 A Prematuridade .................................................................................................. 22
3.2 Caracterizando o Adolescente ............................................................................. 27
3.3 Adolescência como janela crítica na programação metabólica............................ 32
4. METODOLOGIA ..................................................................................................... 38
4.1 Tipo de Pesquisa ................................................................................................. 38
4.2 Campo de Pesquisa ............................................................................................. 38
4.3 População e Amostra ........................................................................................... 39
4.4 Métodos/Técnicas/Procedimentos/Protocolos empregados na coleta de dados . 41
4.5 Organização, Apresentação, Análise e Interpretação de Dados.......................... 44
4.6 Aspectos éticos .................................................................................................... 46
5. ARTIGOS CIENTIFICOS .......................................................................................... 47
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Artigo Científico 1 – REVISTA DE NUTRIÇÃO .......................................................... 48
Artigo Científico 2 – CADERNOS DE SAÚDE PÚBLICA ........................................... 81
CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES FINAIS .............................................................. 104
REFERENCIAS GERAIS ............................................................................................ 106
APÊNDICES................................................................................................................ 115
Apêndice A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE .. 116
Apêndice B – HISTÓRICO FAMILIAR E NASCIMENTO DO ADOLESCENTE ....... 117
Apêndice C - TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TALE ..... 118
Apêndice D – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA ..................................................... 119
Apêndice E – RESULTADO DOS EXAMES DENTRO DA NORMALIDADE ........... 121
Apêndice F – RESULTADOS DOS EXAMES (ORIENTAÇÃO) ............................... 122
Anexo A – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ................................ 123
Anexo B – Comprovante de Submissão .................................................................. 127
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1. INTRODUÇÃO
A prematuridade é a principal responsável pela mortalidade e por complicações
no período neonatal e é causa importante desses desfechos na infância, assim como é
responsável por doenças e sequelas que se manifestam ao longo do desenvolvimento.
O parto pré-termo (PT) é definido como aquele nascimento que ocorre antes da 37ª
semana de gestação (MACHADO; PASSINI; ROSA, 2014, WHO, 2012).
No Brasil, conforme o Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Ministério
da Saúde (MS), as taxas de prematuridade, em 2016, representaram 11,11% dos
nascidos vivos (SINASC, 2017).
Dados do United Nations Children´s Fund - UNICEF (2018) apontam que, em
2017, a prematuridade foi responsável por 17,1% dos óbitos infantis e 29,3% dos óbitos
no primeiro mês de vida, no Brasil. Entre as causas perinatais de mortalidade infantil,
61,4% estão relacionadas à prematuridade, entre elas a síndrome de sofrimento
respiratório, hipóxia, bem como outros problemas respiratórios (SILVEIRA et al., 2008).
Nesse contexto, em vista da complexidade de redução das taxas de
prematuridade, necessita-se planejar a atenção ao Recém-Nascido Prematuro (RNPT),
tanto para o período de hospitalização como após a alta hospitalar, uma vez que esses
RNPT têm maior probabilidade de apresentarem complicações após o nascimento,
principalmente relacionadas a problemas respiratórios, infecciosos e de
desenvolvimento (CHAWANPAIBOON et al., 2019). A maioria possui baixo peso ao
nascer (menor que 2500g), em torno de 5% apresentam alterações físicas e 4%,
intelectuais (SALGE et al., 2009).
A prematuridade associada ao baixo peso pode afetar o desenvolvimento
neuropsicomotor e cognitivo, assim, RNPT apresentam, com maior freqüência,
complicações neonatais, diminuição no desenvolvimento cognitivo e escolar, além de
distúrbios de crescimento. No entanto, prematuros nascidos com peso Adequado para a
Idade Gestacional (AIG), também estão sujeitos a complicações mais tardias,
evidenciadas no período escolar e adolescência (CAMPOS et al., 2011). Isso pode se
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dar em decorrência do ambiente intrauterino subótimo e das repercussões pós-natal a
que essas crianças são sujeitas, o que pode ser explicado pela teoria proposta por Barker
(2007), segundo a qual o desenvolvimento fetal sob condições adversas, associado à
inadequada nutrição pós alta hospitalar, pode alterar o metabolismo do organismo,
levando ao surgimento de Doenças Cardiovasculares (DCV) ao longo da vida do sujeito.
Assim, além das repercussões neurocognitivas, têm-se as alterações
relacionadas ao crescimento e às modificações metabólicas entre os RNPT, as quais
podem levar ao desenvolvimento de doenças crônicas, como problemas pulmonares,
DCV e intolerância à glicose e podem ser observados na infância, adolescência e vida
adulta (LUU et al., 2016), bem como são observadas alterações no peso nas diferentes
fases da vida.
Os índices de sobrepeso e obesidade estão cada vez mais elevados, nos últimos
anos, tanto entre a população adulta como na infantojuvenil. No Brasil, nas últimas
décadas, tem ocorrido um processo de transição nutricional, com redução na prevalência
da desnutrição e um aumento do excesso de peso na população em geral (RECH et al.,
2010). Essa transição está relacionada a diversos fatores, como urbanização, mudanças
no estilo de vida, principalmente com o aumento do sedentarismo e maior consumo de
alimentos hipercalóricos (KRINSKI et al., 2011).
Esse excesso de peso, nas primeiras décadas de vida, está associado às altas
taxas de morbimortalidade na idade adulta por DCV (OLIVEIRA et al., 2004). Dentre os
fatores de risco cardiovasculares, têm-se aqueles que compõem a Síndrome Metabólica
(SM), como a circunferência da cintura elevada, o colesterol ligado à lipoproteína de alta
densidade (HDL) em baixa concentração, a pressão arterial sistêmica, os triglicerídeos
e a glicemia elevados (KUSCHNIR et al., 2016).
Em crianças e adolescentes, sua prevalência está cada vez mais elevada e está
associadas: risco aumentado de doenças cardiovasculares, problemas psicossociais,
alteração no metabolismo de glicose, distúrbios hepáticos e gastrintestinais, apneia do
sono, complicações ortopédicas e distúrbios no desenvolvimento motor (MORAES et al.,
2009).
No Brasil, há poucos estudos sobre essa temática, no que tange à população
infantojuvenil. Investigação de base nacional denominado Estudo de Riscos
Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) identificou a prevalência de SM de 2,6%
entre os adolescentes. No entanto, esse estudo não diferenciou as idades gestacionais
20
de nascimento, não especificando se nascer prematuro, ou a termo (AT), influencia a
prevalência da SM.
Para tanto, identificar precocemente essas alterações entre adolescentes
contribuirá para que medidas possam ser tomadas a fim de evitar que essa situação se
torne uma condição crônica de saúde no futuro, como o desenvolvimento de Diabetes
Mellitus (DM) ou Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
A prevenção dos nascimentos prematuros é complexa e exige, além das técnicas
e dos cuidados biológicos, ampliar o olhar para as demais disciplinas que são
necessárias para auxiliar nessa prevenção. Portanto, enquanto esse problema não é
resolvido, é preciso trabalhar as repercussões tardias daqueles que nascem
prematuramente. O acompanhamento pré-natal adequado, realizado por equipe
multidisciplinar capacitada, assim como com o seguimento dos RNPT até a
adolescência, possibilitará identificar precocemente marcadores para a SM e, assim,
possibilitar intervenções adequadas que contribuam para a redução dos índices das DCV
no futuro.
Com base nas evidências apresentadas nos questionamos neste estudo, qual
seria a relação das repercussões metabólicas, do perfil antropométrico e pressórico dos
adolescentes nascidos AT, em comparação aos nascidos prematuros?
Dessa forma, analisar, a partir do perfil antropométrico, pressórico, glicêmico e
lipídico dos adolescentes nascidos AT, o risco de desenvolverem SM, comparando-os à
coorte semelhante de adolescentes nascidos prematuros, possibilitará o
desenvolvimento de ações/intervenções que proporcionem melhor qualidade de vida
futura, reduzindo complicações à saúde.
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Apresentar o perfil antropométrico, pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes
nascidos prematuros, comparando-os à coorte semelhante de adolescentes nascidos a
termo, ambos residentes na região Oeste do município de Cascavel, Paraná.
2.2 Objetivos Específicos
- Identificar e descrever o perfil sociodemográfico, antropométrico, pressórico, lipídico e
glicêmico de adolescentes nascidos pré-termo e a termo;
- Comparar o perfil antropométrico, pressórico, lipídico e glicêmico, identificando a
prevalência de marcadores para síndrome metabólica entre os grupos pré-termo e a
termo.
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3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 A Prematuridade
No ano 2000, representantes de 191 países reuniram-se na Cúpula do Milênio e
aceitaram o desafio de atingir oito objetivos, conhecidos como Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), com metas a serem atingidas até o ano de 2015.
Nesse ano, alguns desses objetivos foram alcançados, no entanto, um novo documento
foi proposto, chamado “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o
desenvolvimento sustentável”, no qual 17 novos e mais complexos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram estabelecidos, dentre eles está o ODS nº3.2,
que propõe:
acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, em todos os países, objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1000 nascidos vivos, e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1000 nascidos vivos, até 2030 (BRASIL, 2018, p.22).
No Brasil, houve uma redução drástica nas taxas de mortalidade infantil, de 47,1
no ano 1990, para 13,3 em 2015, alcançando a meta dos ODM, de redução das taxas
de Mortalidade Infantil e na Infância (BRASIL, 2018). A redução gradativa, ou mesmo a
manutenção dessas taxas, acabou não ocorrendo e, em 2016, aumentou para 14/1000
nascidos vivos, correspondendo a um aumento de 5%, em relação ao ano anterior
(COLLUCI, 2018).
No entanto, em 2017, ainda no Brasil, essa taxa novamente foi reduzida para 11,9
(UNICEF, 2018), porém, o componente neonatal precoce está cada vez mais presente
nas taxas de mortalidade infantil. A partir dos anos 2000, mais de 50% dos óbitos
ocorreram na primeira semana de vida no país, sendo mais de 57% em recém-nascidos
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prematuros. Em 2013, aproximadamente um em cada quatro óbitos infantis ocorreram
no primeiro dia de vida (BRASIL, 2015). Em 2017, a taxa de mortalidade neonatal foi de
7,6 (UNICEF, 2018). Esses dados apontam a importância da assistência adequada à
gestante e ao recém-nascido (RN), durante o pré-natal e o parto, além de atendimento
imediato à criança, ações fundamentais para se evitar os óbitos neonatais (BRASIL,
2015).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os partos podem ser
classificados conforme o tempo de nascimento em: parto PT (menos de 37 semanas
completas ou menos de 259 dias de gestação), parto AT (de 37 semanas a menos de
42 semanas completas ou 259 a 293 dias de gestação) ou parto pós-termo (42 semanas
completas ou mais ou acima de 294 dias de gestação) (BRASIL, 2019).
Para melhor compreensão do maior risco ao nascer, o parto prematuro pode ser
subdividido com base na IG em: prematuros extremos (nascidos com menos de 28
semanas), muito prematuros (nascidos entre 28 e 32 semanas incompletas) e
prematuros moderados (nascidos entre 32 e 37 semanas incompletas, estando inclusos
nessa faixa os prematuros tardios, ou seja, aqueles entre 36 a 36 semanas e 6 dias)
(WHO, 2012).
Os partos prematuros corresponderam a 9,8% dos nascimentos, no ano 2000, e
a 10,6%, no ano de 2014, em todo o mundo (CHAWANPAIBOON et al., 2019). Mais de
60% dos nascimentos prematuros, no mundo, ocorrem na África e sul na Ásia, sendo
que, em 2014, esse número aumentou para 80% (WHO, 2012). No Brasil, em 2013, o
índice de prematuridade foi de 11,9%, com variações regionais. Uma maior proporção
ocorreu em mães indígenas e entre aquelas com menor grau de escolaridade, que
apresentaram ainda menor acesso ao atendimento pré-natal (BRASIL, 2015).
Desse modo, os índices de prematuridade estão cada vez mais elevados, tendo
como principais causas o aumento dos índices de doenças crônicas como diabetes e
hipertensão arterial, infecção do trato geniturinário, doenças infecciosas, abuso de
substâncias como álcool e tabaco, baixo peso materno pré-gestacional ou ganho de peso
inadequado durante a gestação, além do aumento de gestações múltiplas por técnicas
de fertilização. Outros fatores de risco incluem: história prévia de natimorto, curto
intervalo entre as gestações, gestação em extremos de idade materna, cinco ou menos
consultas de pré-natal e problemas psicológicos. Além disso, aumento do número de
mães sem parceiro, baixa escolaridade, trabalhos exaustivos e em pé também podem
24
interferir no aumento dos índices de prematuridade no país (SILVEIRA et al., 2008; WHO,
2012).
Essa situação ainda está atrelada à elevada proporção de partos induzidos,
comumente presentes entre os atendimentos nos serviços de saúde privados. A
associação entre partos cesáreos prévios e todas as patologias maternas e/ou fetais
avaliadas indicam que a redução da prematuridade pode ser possível mediante medidas
como o adiamento da intervenção, nos casos sem evidência clara de benefícios, tanto
para mãe como para o feto. A associação da prematuridade espontânea com a variável
econômica confirma que a redução da desigualdade social e de saúde deve ser uma
prioridade nacional, visto que quanto maior o risco social, maior a taxa de parto
prematuro (LEAL et al., 2016).
Com relação às cesarianas, as taxas no Brasil, em 2015 foram 55,5%, sendo a
referência da OMS para que ocorra em torno de 15%. A Portaria Gabinete do
Ministro/Ministério da Saúde - GM/MSnº466, de 14 de junho de 2000, instituiu o Pacto
Nacional pela Redução das taxas de Cesáreas, estabelecendo 25% como limite a ser
alcançado, no entanto, os dados apontam índices bem superiores ao recomendado,
expondo a mulher e o RN a riscos, dentre os quais está o aumento da prematuridade, a
síndrome da angústia respiratória e a necessidade de reanimação cardiorrespiratória
(BRASIL, 2018).
O desenvolvimento das tecnologias de suporte avançado à vida vem garantindo
maior sobrevida dos RNPT. Contudo, acarretam aumento de diversas repercussões,
complicações e sequelas. Problemas neurológicos, como leucomalácia cística
periventricular e hemorragia intraventricular grave, estão associadas às sequelas
neurológicas graves em longo prazo. Conforme estudo acerca da sobrevida e da
morbidade em prematuros, na região central do Brasil, as principais complicações
decorrentes da prematuridade são síndrome do desconforto respiratório (74,5%),
persistência do canal arterial (44%), enterocolite necrosante (44%), hemorragia
intraventricular grave (20%), sepse tardia (71%), displasia broncopulmonar (50%),
hemorragia pulmonar (32%), pneumotórax (8,5%) e leucomalácia (7%), (CASTRO;
RUGOLO; MARGOTTO, 2012).
Sequelas neurossensoriais graves, como cegueira, surdez e paralisia cerebral,
são detectadas com maior frequência nos prematuros extremos, porém atrasos no
25
desenvolvimento cognitivo, na fala, outras alterações visuais e alterações no padrão de
crescimento ainda são apontados (RUGOLO, 2005).
Machado, Passini e Rosa (2014) realizaram estudo de revisão sobre os RNPT
tardios, identificando maior mortalidade e maior frequência de hospitalizações em
Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN), gerando maior gasto pelo sistema
de saúde, visto que necessitam de maior permanência na unidade hospitalar, devido a
complicações, como hipoglicemia, necessidade de fototerapia, hemorragia
intraventricular, enterocolite necrosante, sepse, problemas respiratórios, metabólicos,
maior frequência de crescimento inadequado, retardo mental e psicomotor. O conjunto
de estudos mostra não somente associação com morbimortalidade neonatal, mas
também complicações, em longo prazo, como a associação entre a prematuridade e
diabetes nos adultos jovens.
Luu et al. (2016) identificaram, a partir de revisões sistemáticas e estudos de
coorte, evidências ligando o nascimento prematuro a doenças crônicas em adultos, com
vistas a fornecer diretrizes para o tratamento de adultos que nasceram prematuros.
A Restrição no Crescimento Intra-Uterino (RCIU) é outro fator que pode interferir
na programação endócrina e cardiovascular, estando associado às doenças crônicas na
vida adulta, como obesidade, HAS, DM, hiperlipidemia, doenças coronarianas e
Síndrome Metabólica (SANTOS; OLIVEIRA, 2011).
Alguns estudos citam a relação do catch up nos RNPT (velocidade acelerada de
crescimento, que ocorre após um período de crescimento lento e permite a recuperação
dessa deficiência), decorrente da RCIU, das displasias broncopulmonares e da
inadequada nutrição pós alta do RNPT, com a falha no desenvolvimento nos primeiros
anos de vida, apontando sua relação com doenças futuras nas crianças, como
obesidade, e no adulto, como HAS, DM, hiperlipidemia e doença coronariana (MARTINS;
CARVALHO, 2006; RUGOLO, 2005). Okada et al. (2015) reforçam que as crianças
nascidas Pequenas para a Idade Gestacional (PIG), que apresentam catch-up, estão em
risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas elevado.
Assim, taxas de crescimento acelerado, nos primeiros anos de vida, podem trazer
consequências indesejáveis para as crianças que nascem com RCIU, podendo
apresentar aumento na ingestão de alimentos por meio da ação do hormônio leptina,
que, em baixas concentrações, ao nascimento, pode desencadear o catch-up, por
26
reduzir a inibição da saciedade e, futuramente, gerar sobrepeso ou obesidade
(RUGOLO, 2005).
A inadequada nutrição após a alta hospitalar também é considerada fator de risco
ao crescimento inadequado entre os prematuros, a qual, associada à elevada morbidade
neonatal, implica em aumento dos gastos energéticos e necessidades nutricionais,
apresentando crescimento diferenciado (RUGOLO, 2005; SALGE et al., 2009). Estudos
apontam que crianças que receberam aleitamento materno apresentaram menor
adiposidade, no decorrer da infância, em relação às que utilizaram fórmulas infantis. O
consumo elevado de calorias resulta em rápido crescimento do tecido adiposo, assim, a
promoção do ganho de peso rápido em RN PIG, por meio do uso de fórmulas, deve ser
realizada com cautela (OKADA et al., 2015).
Moura (2007), baseado na teoria da origem fetal das doenças de Barker, coloca
que a nutrição no início da vida está associada à DCV na idade adulta, podendo ter
origem por meio do desequilíbrio na interação entre o indivíduo e variáveis ambientais,
em determinado período da vida. Assim, o ambiente nutricional, hormonal e metabólico,
proporcionado pela mãe, no período gestacional, pode programar a estrutura e fisiologia
dos indivíduos (BARKER, 2007).
A ideia de janela de exposição se aplica ao momento em que ocorre a
programação metabólica, sendo uma combinação entre o meio ambiente, como os
nutrientes disponíveis, a recepção do sistema nervoso e modulação do sistema
endócrino, que poderá gerar diversos efeitos, a depender da fase de desenvolvimento
em que ocorre. Assim, alguns distúrbios alimentares têm sido associados a alterações
nutricionais ocorridas durante determinadas janelas de exposição na infância ou
adolescência (MOURA, 2007).
O nascimento prematuro, portanto, tem repercussões ao longo da vida da criança
e se referem tanto a alterações em seu desenvolvimento como no crescimento, bem
como a alterações metabólicas associadas a essa vulnerabilidade, a prematuridade.
Essas crianças, quando chegam na adolescência, têm maior propensão a problemas
metabólicos, sobrepeso e obesidade, pois a adolescência, assim como o período fetal,
o neonatal e de lactação, é considerada janela crítica para a programação metabólica.
27
3.2 Caracterizando o Adolescente
A adolescência é uma fase evolutiva de intensas transformações físicas e sociais
que antecedem a fase adulta. Conforme a OMS, essa fase compreende a faixa etária
aproximadamente entre os 10 e 19 anos de idade (GOMES, 2003).
O período inicial corresponde à faixa etária de 10 e 14 anos de idade, quando as
mudanças físicas começam a se evidenciar com a aceleração do crescimento, o
desenvolvimento dos órgãos sexuais e as características sexuais secundárias. A fase
final da adolescência é, em geral, entre 15 a 19 anos de idade. Nesse período, as
principais alterações físicas já aconteceram, porém, o corpo ainda permanece em
desenvolvimento, assim como aumenta a capacidade do indivíduo de avaliar os riscos e
tomar decisões (UNICEF, 2011).
Com relação às mudanças físicas, essas são caracterizadas por modificações de
peso, estatura, composição corporal, transformações fisiológicas nos órgãos internos,
desenvolvimento dos sistemas circulatório e respiratório, além de crescimento ósseo
(EISENSTEIN; COELHO; COELHO, 2003).
As transformações biológicas são responsáveis pelo início da capacidade
reprodutiva dos indivíduos, a puberdade, a qual representa um período de transição da
infância para a idade adulta (LOURENÇO; QUEIROZ, 2010). Com o início da puberdade,
inicia-se a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo,
que estimula a hipófise anterior a secretar outros hormônios gonadotrópicos, como o
hormônio luteinizante (LH), responsável pela secreção de testosterona pelos testículos
e o hormônio folículo-estimulante (FSH). Ambos levam ainda ao início de ciclos sexuais
mensais normais, com crescimento dos ovários e alguns de seus folículos. Neste
período, ocorre o desenvolvimento das características sexuais masculinas e femininas
(GUYTON; HALL, 2006).
A adolescência é a fase final do crescimento humano, na qual a velocidade do
crescimento se acelera, atingindo pico máximo aos 15 anos de idade e, depois,
reduzindo até chegar aos 20. É a segunda fase mais rápida do crescimento, sendo a
velocidade do crescimento, no primeiro ano de vida, a mais rápida da vida extrauterina.
O pico de aceleração do crescimento corresponde ao estirão de crescimento, podendo
chegar de 10 a 12cm/ano no sexo masculino e no sexo feminino de 8 a 10cm/ano. Esse
crescimento ocorre de forma não-linear, inicia pelos membros inferiores (mais
28
especificamente pés e mãos), seguindo-se das pernas e membros superiores,
conferindo aspecto de desproporcionalidade até o crescimento do tronco. Este ocorre no
final do estirão, sendo responsável pela estatura final do indivíduo, quando o corpo
retoma o aspecto harmonioso. O crescimento pode ser suscetível às influências
externas, oferta alimentar, aspectos psicossociais, ambientais e hormonais. Nesse
período, os adolescentes ganham cerca de 50% do seu peso adulto e 20% de sua
estatura final (MOREIRA, 2011; LOURENÇO; QUEIROZ, 2010).
Os meninos ganham mais massa magra do que as meninas, com aumento da
massa muscular de 80 a 85%, para 90%, devido à ação dos andrógenos circulantes. No
sexo feminino, o ganho maior é de tecido adiposo, importantes para manutenção dos
ciclos menstruais regulares (COUTINHO, 2011). Esse depósito de tecido adiposo nas
meninas ocorre principalmente nas regiões das mamas e dos quadris, característica do
sexo feminino. O período da menarca representa estágio de desaceleração do
crescimento e maior acúmulo do tecido adiposo. Já nos meninos, o crescimento do
diâmetro biacromial, ou seja, entre ombros, e o desenvolvimento muscular escapular,
define a forma masculina, tendo seu pico de crescimento coincidindo com a fase
adiantada do desenvolvimento dos genitais e da pilosidade pubiana (LOURENÇO;
QUEIROZ, 2010).
Dentre os hormônios que podem influenciar o crescimento de adolescentes, tem-
se a leptina, a qual é um hormônio secretado pelos adipócitos o qual desempenha um
papel fundamental na homeostase energética, comumente conhecida como hormônio
da saciedade. A relação da leptina com a obesidade e o sobrepeso entre adolescentes
vem sendo estudada e já evidenciou que a obesidade é um estado resistente à leptina
(LUDWIN-PEERY, 2014). Em estados de privação energética/calórica, como no caso do
RCIU em RNPT, seu papel é crítico na regulação da homeostase energética, da função
neuroendócrina e imunológica, bem como da resistência à insulina (KELESIDIS;
MANTZOROS, 2006).
O aumento nos níveis de pressão arterial (PA) é uma alteração desta fase,
podendo levar à HAS, doença crônica de diversas causas, em que os níveis de PA se
mantêm elevados por um determinado período. Atualmente, tem-se alta prevalência
entre os adolescentes no Brasil (GONÇALVES et al., 2016). Uma das causas é a
obesidade infantil, decorrente principalmente de hábitos alimentares inadequados e
sedentarismo (CORDEIRO et al., 2016).
29
Estudo de Baroncini et al. (2017) aponta que alterações no perfil glicêmico e
lipídico durante a adolescência podem ter influência da hipertensão nesta fase da vida.
Os adolescentes apresentam aumento dos hormônios de crescimento e da resistência à
insulina, além de aumento nas células vermelhas no sexo masculino, devido à produção
de testosterona, que estimula a eritropoiese (COUTINHO, 2011).
Nessa fase, além das transformações físicas, ocorrem também alterações
comportamentais. Iniciam-se os relacionamentos afetivos e progressos físicos e mentais
que levam à maturidade (MOREIRA, 2011). Normalmente, no início da adolescência,
ocorre diminuição do interesse relacionado às atividades familiares, aumentam os
conflitos com os pais, e os adolescentes preocupam-se mais com a imagem, devido às
mudanças físicas do período e ao intenso relacionamento com amigos, principalmente
do mesmo sexo. Ademais eles requerem maior privacidade e agem por impulsos,
expondo-se mais a situações de risco, necessitando de uma maior atenção nesse
período, no que tange a ações de prevenção. Na fase final da adolescência, ocorre maior
estabilidade emocional, com maior aceitação de valores parentais, comprometimento e
aceitação de limites (COUTINHO, 2011).
As causas da obesidade entre os adolescentes estão relacionadas a fatores
biológicos e socioambientais. As mudanças no estilo de vida, com redução de
realizações de atividades físicas, além de atividades sedentárias - como o uso excessivo
de computadores, televisão ou vídeo-game - associado a hábitos alimentares
inadequados - como consumo elevado de alimentos com elevado teor de gorduras, sódio
e açúcares-, assim como a diminuição no consumo de alimentos mais saudáveis,
acarretam aumento na prevalência de excesso de peso e na obesidade nessa fase
(CARNEIRO et al., 2017; PINHO et al., 2017).
A Rede Nacional da Primeira Infância publicou um mapa sobre a saúde da criança.
Nesse documento, os dados revelaram que o excesso de peso (incluído o sobrepeso e
obesidade), em crianças menores de cinco anos, está próximo de 15% (BRASIL, 2014).
Pesquisa realizada no Brasil, entre os anos 2008 e 2009, aponta o excesso de peso em
um quinto dos adolescentes avaliados, sendo que, destes, cerca de um quarto
correspondeu à obesidade (IBGE, 2010).
O excesso de peso compromete a qualidade de vida, desde a infância até a idade
adulta. Dentre as complicações advindas do sobrepeso e obesidade, têm-se as
metabólicas, psicossociais, respiratórias, DCV e complicações ortopédicas em geral. Os
30
principais fatores contribuintes para o excesso de peso são a diminuição das atividades
físicas e a qualidade da dieta. Crianças e adolescentes com excesso de peso
apresentam grande tendência a serem adultos obesos (CARNEIRO et al., 2017; RECH
et al., 2010).
A presença de alterações metabólicas como resistência à insulina, dislipidemia,
hipertensão, alterações trombogênicas e hiperuricemia, durante a infância e
adolescência, pode contribuir para o surgimento de lesões precoces de aterosclerose,
nas primeiras décadas de vida, além do surgimento de diabetes mellitus tipo 2, conforme
o aumento no Índice de Massa Corpórea – IMC (OLIVEIRA et al., 2004).
Os adolescentes possuem aumento de necessidades energéticas e nutricionais,
ocorrendo, muitas vezes, inadequação da dieta, sendo então considerado um grupo de
risco nutricional. Suas principais fontes de energia são provenientes de carboidratos, que
garantem o metabolismo e a manutenção da temperatura corporal, correspondendo a
55% da energia total da dieta. A glicose e a frutose, embora liberem quantidade de
energia semelhante, apresentam efeitos metabólicos diferentes. A glicose é responsável
pela liberação de insulina, sendo metabolizada em todos os tecidos, enquanto a frutose
é metabolizada no fígado, sendo a responsável pelo aumento de peso em muitos
adolescentes. Os carboidratos atuam no centro da saciedade no hipotálamo e interferem
na ingestão dos demais alimentos, por meio da oxidação e da transformação das calorias
no fígado (EISENSTEIN et al., 2000; ENES; SLATER, 2010).
As gorduras devem fornecer 30% das calorias da dieta, assim, o National
Cholesterol Education Program (NCEP) recomenda os seguintes critérios de ingestão de
gordura e colesterol: ácidos graxos saturados menos de 10% das calorias totais, ácidos
graxos poli-insaturados até 7% das calorias totais, ácidos graxos monoinsaturados de
10 a 15% das calorias totais, gordura total máximo de 30% das calorias totais e colesterol
da dieta, menos de 300mg/dia (GIANNINI, 2007).
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares, analisando-se a média de
consumo energético da população brasileira, as maiores médias de ingestão de energia
foram observadas nos adolescentes de 14 a 18 anos, do sexo masculino,
correspondendo a 2289 kcal/dia. Nesse mesmo estudo, no grupo dos adolescentes, 28%
da energia da dieta foi proveniente de lipídios, e 15 a 16%, de proteínas. Quanto ao
consumo de ácidos graxos trans, os adolescentes do sexo masculino apresentaram o
consumo de 3,1g diárias. Já em relação à ingestão de açúcares totais, a faixa etária de
31
maior ingestão também foi a dos adolescentes, variando de 105,4g a 113,1g, no sexo
masculino, e de 106,8g a 110,7g, no sexo feminino (IBGE, 2011).
As necessidades de proteínas para os adolescentes correspondem de 12 a 15%
do total calórico, quantidade necessária para manter o crescimento de novos tecidos,
sendo aproximadamente 46g/dia para meninas e 52g/dia para os meninos (GIANNINI,
2007). As vitaminas e minerais também têm suas necessidades aumentadas na
adolescência, devido ao aumento do anabolismo e do gasto energético. Da mesma
forma, aumento das atividades físicas, gravidez, contracepção oral e doenças crônicas
também contribuem para esse aumento. Tiamina, riboflavina e niacina devem ser
consumidas em maior quantidade para atingir altas necessidades de energia, além do
ácido fólico, devido à sua importância na replicação celular, nesse período, e da vitamina
D, necessários para o rápido crescimento ósseo. O zinco e a vitamina A são importantes
para a maturação sexual, e a vitamina C, essencial para a síntese de colágeno,
garantindo um crescimento satisfatório. O ferro tem suas necessidades elevadas nos
meninos, devido ao aumento da massa muscular, acompanhado por maior volume
sanguíneo e das enzimas respiratórias. Enquanto para as meninas, deve ser elevado
devido à sua perda durante os ciclos menstruais mensais. No estirão de crescimento, as
necessidades de cálcio, ferro, zinco e magnésio são o dobro em relação às outras fases
(EISENSTEIN et al., 2000; GIANNINI, 2007).
O National Institutes of Health recomenda a ingestão de cálcio de 1200 a
1500mg/dia, durante toda a adolescência, assim como o National Osteoporosis
Foundation recomenda 60 minutos de atividades físicas diárias, incluindo exercícios de
fortalecimento dos ossos, pelo menos três dias por semana, para crianças e
adolescentes (LASSI et al., 2017). Os autores apontam ainda, baseados nas diretrizes
atuais da American Academy of Pediatrics, o consumo de 400UI de suplementação diária
de vitamina D para crianças que consomem menos de 1 litro de leite enriquecido com
vitamina D por dia.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares apresenta também dados quanto à
ingestão de micronutrientes, em que os adolescentes apresentaram prevalências de
inadequação elevadas no consumo de vitamina E, vitamina D, cálcio, vitamina A, fósforo,
magnésio e vitamina C. Na faixa etária dos 14 aos 18 anos, apresentam consumo menor
de ferro, tiamina e piroxidina, comparado aos adolescentes de 10 a 13 anos. Quanto à
32
ingestão de sódio, cerca de 70% apresentaram consumo superior ao valor máximo de
ingestão tolerável (IBGE, 2011).
As diretrizes da OMS sobre a ingestão de sódio para adultos (acima de 16anos)
e crianças (2 a 15 anos) recomendam importante redução na ingestão desse eletrólito
para controlar a PA (LASSI et al., 2017).
A adolescência, portanto, perfaz uma fase do ciclo vital de inúmeras
transformações que têm repercussões na vida do jovem adolescente, e quando este
nasceu prematuramente, está sujeito, além das alterações características do período, às
modificações oriundas da prematuridade.
3.3 Adolescência como janela crítica na programação metabólica
A Síndrome Metabólica (SM) é definida pela associação entre fatores fisiológicos,
bioquímicos, clínicos e metabólicos, que aumentam diretamente o risco de doenças
cardiovasculares aterosclerótica e levam à mortalidade. Esses fatores incluem
dislipidemia aterogênica, hipertensão, intolerância à glicose, estado pró-inflamatório e
protrombótico (KAUR, 2014).
Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC (2005), a SM é um transtorno
representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados à
deposição central de gorduras e à resistência insulínica. O termo define a maior
probabilidade de o indivíduo desenvolver eventos cardiovasculares, devido a uma base
fisiopatológica comum entre seus componentes, relacionada à obesidade central (SBD,
2017).
Pela primeira vez em 1922, a SM foi identificada, porém tem sido descrita por
várias terminologias, dentre elas, quarteto mortal, síndrome X, síndrome plurimetabólica,
síndrome metabólica cardiovascular, síndrome de resistência à insulina e síndrome de
Reaven. No entanto, foi melhor definida em 1988, como a relação entre resistência
insulínica e alterações metabólicas (alterações lipídicas, PA e Diabetes Mellitus tipo 2 -
DM-2), com aumento dos riscos de DCV nos adultos (COOK, 2004; MORAES et al.,
2009).
A definição do National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel
III (NCEP-ATP III) foi elaborada para uso clínico e não exige a comprovação da
33
resistência insulínica, sendo de mais fácil utilização. Sua definição é a recomendada pela
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (I-DBSM) e
representa a combinação de pelo menos três componentes, dentre eles, obesidade
abdominal verificada por meio da circunferência abdominal, triglicerídeos, colesterol High
Density Lipoproteins (HDL), PA e glicemia de jejum (SBC, 2005).
Outras condições clínicas, apesar de não fazerem parte dos critérios diagnósticos,
estão associadas à SM, a exemplo de: síndrome de ovários policísticos, acanthosis
nigricans, doença hepática gordurosa não alcoólica, microalbuminúria, estados pró-
trombóticos, pró-inflamatórios e de disfunção endotelial, hiperuricemia, apnéia obstrutiva
do sono, problemas psicossociais, metabolismo anormal de glicose, distúrbios
gastrintestinais, complicações ortopédicas e distúrbios no desenvolvimento motor (SBD,
2017; MORAES et al., 2009; SBC, 2005).
Nos adultos, a relação entre obesidade e doença coronariana está bem
estabelecida, porém, a prevalência de obesidade está cada vez maior entre crianças e
adolescentes. Esse fato está relacionado à maior disponibilidade de alimentos
hipercalóricos e ao aumento do sedentarismo, associado à utilização de computadores,
televisão e jogos eletrônicos. O aumento da obesidade infantil também está associado
às complicações como DM-2, HAS e dislipidemias, que corroboram ao aumento do risco
de eventos cardiovasculares (SBD, 2017). A SM identifica uma relação de fatores de
risco cardiovasculares em crianças e adolescentes com excesso de peso, sendo
influenciada, portanto, por comportamentos e estilo de vida que contribuem para o
excesso de adiposidade (COOK, 2004).
Assim, a presença de alterações metabólicas, na infância ou adolescência,
contribui para o aumento das doenças crônicas supracitadas, visto a forte associação
entre o excesso de peso nas primeiras décadas de vida e as elevadas taxas de
morbidade por doenças cardiovasculares na idade adulta (OLIVEIRA et al., 2004).
Ainda na infância, a resistência à insulina associada à hiperinsulinemia são
considerados fatores de risco importantes para o desenvolvimento da redução da
tolerância à glicose em crianças obesas. Além disso, a hiperinsulinemia tem papel
importante no desenvolvimento de outros componentes da SM, como dislipidemia, HAS
e hiperuricemia, sendo considerada fator de risco independente para DCV (OLIVEIRA et
al., 2004).
34
Nos Estados Unidos, a prevalência da SM está em mais de 4% entre os
adolescentes, porém aumenta para 30% em adolescentes com excesso de peso (COOK,
2004; MORAES et al., 2009). No Brasil, o estudo ERICA utilizou os critérios da
Federação Internacional Diabetes (IDF), junto a 37.504 estudantes de 12 a 17 anos,
residentes em municípios com mais de 100 mil habitantes. A prevalência de SM entre os
adolescentes foi de 2,6%, com variações de acordo com regiões, idade e sexo. As
prevalências dos componentes da SM observados neste estudo, em ordem decrescente,
foram: circunferência da cintura (CC) elevada, HDL baixo, PA, triglicerídeos e glicose
elevados (KUSCHNIR et al., 2016).
Estudo de Nobre et al. (2018), realizado com adolescentes na região Nordeste do
Brasil, apontou prevalência de 3,2% de SM. A partir de uma interação entre fatores
genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais, desenvolve-se a SM,
destacando a obesidade abdominal, associada ao excesso de peso. Conforme a
Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD (2017), os principais fatores desencadeantes
da SM incluem a obesidade visceral, a dislipidemia aterogênica, a hipertensão e a
resistência à insulina. Contudo, nas crianças e adolescentes, os pontos de corte para
definição da SM ainda não estão bem definidos (KUSCHNIR et al., 2016).
O mecanismo de resistência insulínica ocorre quando as células do corpo se
tornam menos sensíveis e resistentes à insulina, hormônio produzido pelo pâncreas para
auxiliar na absorção de glicose, a qual deixa de ser absorvida, permanecendo circulante
na corrente sanguínea, quando o organismo necessita de quantidades mais elevadas de
insulina para tentar processar a glicose. A produção excessiva de insulina afeta o
pâncreas até suspender sua produção, tendo como consequência o DM-2. Além disso,
o acúmulo de triglicerídeos também prejudica a sensibilidade à insulina (IDF, 2017).
Para avaliar a SM entre os adolescentes, Cook et al. (2003) adaptaram os
critérios do NCEP-ATP III, propondo, como definição de SM em populações pediátricas,
a presença de pelo menos três dos seguintes critérios: obesidade abdominal maior ou
igual ao percentil 80 para a CA, glicemia de jejum maior ou igual a 110mg/dl,
triglicerídeos maior ou igual a 100mg/dl, colesterol HDL menor que 40mg/dl e PA maior
ou igual ao percentil 90, ajustados para idade, sexo e percentil de altura (MORAES et
al., 2009).
Em 2007, a IDF desenvolveu nova definição para SM, baseada na idade das
crianças e adolescentes, devido à existência de diferenças em seu desenvolvimento
35
(Quadro 1). Sugere-se não diagnosticar a SM em crianças abaixo de 10 anos de idade,
no entanto, naquelas acima de 10 anos, pode ser diagnosticada a SM, com a presença
de obesidade abdominal, associada a dois ou mais critérios clínicos (SBD, 2017).
Quadro 1: Definição de SM para crianças e adolescentes, de acordo com a IDF, 2007.
6 a 9 anos 10 a 16 anos > 16 anos
Diagnóstico de SM Não estabelecido Sim (presença de
obesidade
abdominal em mais
de dois critérios)
Sim (presença de
obesidade
abdominal em mais
de dois critérios)
Obesidade
abdominal (CA)
≥ percentil 90 ≥ percentil 90 Mesmos critérios
usados em adultos
Glicemia de jejum
(mg/dl)
- ≥ 100 Mesmos critérios
usados em adultos
Pressão arterial
(mmHg)
- Sistólica/diastólica ≥
130 ou ≥ 85
Mesmos critérios
usados em adultos
Colesterol HDL
(mg/dl)
- < 40 Mesmos critérios
usados em adultos
Triglicerídeos - ≥ 150 Mesmos critérios
usados em adultos
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2017, p. 58).
A obesidade andróide refere-se ao maior acúmulo de gordura na região abdominal
e está fortemente associada às alterações metabólicas. Assim, para avaliar a gordura
abdominal, os métodos mais utilizados são a circunferência abdominal (CA), a relação
da circunferência cintura-quadril e as dobras cutâneas. A mais utilizada dentre elas é a
CA, medida no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca, demonstrando
uma melhor associação com as alterações metabólicas (OLIVEIRA et al., 2004).
As crianças obesas apresentam risco duas a três vezes maior de HAS em relação
às não obesas (CORDEIRO et al., 2016). Além disso, indivíduos obesos apresentam
ainda resistência à ação do hormônio leptina, responsável pela redução da ingestão
alimentar e pelo aumento do gasto energético, sendo também um fator de risco
independente para DCV (OLIVEIRA et al., 2004).
O início do crescimento durante a vida fetal até a infância é importante fator de
risco para o desenvolvimento das doenças crônicas, como mencionado anteriormente,
36
visto que um crescimento alterado pode interferir na estrutura e nas funções de diversos
órgãos do corpo (BARKER et al., 2009). Tem-se, então, a hipótese de origem fetal das
doenças no adulto, ocorrendo uma programação da predisposição a essas doenças, que
podem ser observadas na infância, adolescência ou idade adulta. Ainda durante o
desenvolvimento fetal, ocorre a programação dos sistemas endócrino e cardiovascular,
que podem ser afetados com a RCIU (SANTOS; OLIVEIRA, 2011).
O baixo peso ao nascer (BPN) tem sido associado à resistência insulínica, devido
à persistência da resposta fetal pela qual as concentrações de glicose são mantidas em
benefício do cérebro, utilizando-se da glicose liberada para o crescimento muscular.
Além disso, o BPN aumenta a vulnerabilidade aos efeitos da falta de exercícios futuros,
sendo os indivíduos sedentários os mais propensos a desenvolverem intolerância à
glicose (BARKER et al., 2009).
Crianças que nascem com baixo peso ou RCIU têm seu crescimento acelerado
nos primeiros anos (catch-up), estando mais susceptíveis ao risco da obesidade,
comparadas àquelas que nascem com peso adequado (MARTINS; CARVALHO, 2006).
Esse rápido ganho de peso influencia o metabolismo da criança, sendo considerado fator
de risco à obesidade (SANTOS; OLIVEIRA, 2011). Embleton et al. (2016) apontam
aumento da resistência insulínica e aumento da PA em adolescentes que apresentaram
crescimento acelerado nas duas primeiras semanas de vida. Crianças nascidas baixo
peso ou PIG apresentam não só maior risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, como também risco para desenvolvimento de obesidade, diabetes
mellitus tipo 2(DM-2), hipertensão e SM na vida adulta (OKADA et al, 2015).
O baixo ganho de peso na primeira infância desencadeia rápida recuperação da
adiposidade, levando a aumento no IMC na infância e na idade adulta, podendo ser à
base de associações duradouras entre baixo peso ao nascer, IMC elevado tardiamente
e resistência insulínica. A HAS e DM-2, que predispõem o indivíduo à doença
coronariana, estão associados ao BPN e ao IMC elevado na vida adulta, além do
surgimento tardio da SM e da composição corporal com maior adiposidade (BARKER et
al., 2009). A redução da secreção insulínica fetal resulta em redução do peso de
nascimento e, posteriormente, aumenta a ocorrência de DM-2 (SANTOS; OLIVEIRA,
2011).
Estudo desenvolvido por Jong, Cranendonk e Weissenbruch (2015) aponta que
os níveis de glicose em jejum, nas crianças nascidas muito baixo peso, foram
37
significativamente maiores que os níveis das crianças nascidas com peso adequado para
idade, provavelmente causado pela redução da sensibilidade insulínica em crianças
muito baixo peso. Além disso, os níveis de triglicerídeos estavam elevados, também
devido à baixa sensibilidade insulínica, afetando o fígado, resultando em aumento da
produção de lipoproteínas e no desenvolvendo hipertrigliceridemia.
Reforçando a hipótese de que crianças com baixo peso apresentam maior
prevalência de alguns componentes da SM, deve-se atentar para mudanças no estilo de
vida e nos riscos de doenças cardiovasculares (JONG; CRANENDONK;
WEISSENBRUCH, 2015).
Então, a adolescência, por si só, é considerada uma janela crítica para o
desenvolvimento da programação metabólica. Associada à prematuridade e ao baixo
peso ao nascer, temos que adolescentes nascidos prematuros são mais vulneráveis à
ocorrência de problemas cardiovasculares, à obesidade e ao diabetes.
Assim, no intuito de respondermos aos objetivos da pesquisa, descreve-se a
metodologia utilizada para verificar a relação das repercussões metabólicas e do perfil
antropométrico e pressórico dos adolescentes nascidos AT, em comparação com os
nascidos prematuros.
38
4. METODOLOGIA
4.1 Tipo de Pesquisa
Este estudo integra o projeto de pesquisa “Repercussões da Prematuridade:
estresse materno e programação metabólica após a alta hospitalar”, o qual está
cadastrado na pró-reitoria de pesquisa, intitulado como “Repercussões da
Prematuridade: do nascimento à adolescência”. O projeto foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa, sob o Parecer nº 2.625.378 (ANEXO A).
Trata-se de estudo de abordagem quantitativa, descritivo, explicativo, caso-
controle, de desenho transversal associado à análise de dados primários e secundários.
A análise dos dados existentes ou secundários é uma forma de fazer uso dos que
já foram coletados, a fim de abordar novas questões ou fornecer uma avaliação mais
diversificada dos resultados primários do estudo original (CHENG; PHILLIPS, 2014;
VEZZONI, 2015). Hakim (1982) apud Johnston (2014) define a análise secundária como
qualquer outra análise de um conjunto de dados existentes, que apresenta
interpretações, conclusões ou conhecimentos adicionais ou diferentes em relação aos
apresentados no primeiro relatório.
4.2 Campo de Pesquisa
O presente estudo foi realizado em um Colégio Estadual da região Oeste do
município de Cascavel, Paraná, para arrolar a amostra de adolescentes nascidos AT.
Foi utilizado, ainda, o banco de dados secundários, de pesquisa realizada com coorte de
adolescentes nascidos prematuros, em uma Unidade Básica de Saúde da região Oeste
do município. Por ser realizado estudo comparativo entre coortes semelhantes, optou-se
por Colégio em mesma região do município, a fim de garantir dados mais fidedignos à
realidade do estudo primário com os adolescentes nascidos prematuros.
39
4.3 População e Amostra
A população do estudo foi composta por adolescentes com idade entre 10 e 19
anos, nascidos AT (IG maior ou igual a 37 semanas), matriculados em Colégio Estadual
da região Oeste do município de Cascavel, no ano de 2018.
Após autorização do Núcleo Regional de Educação (NRE), foi realizado contato
com o referido Colégio para sortear os adolescentes que iriam compor a amostra dos
nascidos AT. O cálculo amostral foi determinado por conveniência, pela amostra de
RNPT (IG menor que 37 semanas), que fez parte da pesquisa que originou o banco de
dados para análise secundária comparativa nesta pesquisa, que analisou um total de 50
adolescentes nascidos prematuros.
A amostra dos adolescentes nascidos PT foi do tipo conveniência. Baseado na
população de adolescentes da UBS Palmeiras, foi estimado, a partir da taxa de
prematuridade do município de Cascavel (9,4%), que, em torno de 120 deles nasceram
PT (SINASC, 2015). Foi realizado levantamento na UBS em todos os prontuários de
nascidos PT, no recorte temporal de 1998 a 2006, mediante a revisão manual dos
arquivos. Também foi verificado o livro de registro de Declarações de Nascidos Vivos
(DNV) que a UBS recebe do Programa Ninar dos recém-nascidos de sua área de
abrangência. Assim, realizou-se abordagem direta pela pesquisadora com alguns
usuários dos serviços da UBS, para tentar identificar os adolescentes nascidos no
referido período.
Ademais, foi contatada a equipe pedagógica do Centro Estadual de Educação
Profissional Pedro Boaretto Neto, colégio pertencente à região Oeste do município, e foi
solicitada a identificação de estudantes de ensino médio, nascidos prematuros.
Finalizada a etapa de identificação dos participantes, todos os nascidos pré-termo com
idades entre 10 e 19 anos foram contatados para serem convidados a participar do
estudo. Dentre o total de adolescentes PT estimados, houve a perda de sujeitos para o
estudo, devido a: não aceitação em participar da pesquisa, não localização, mudança de
endereço, não comparecimento ao atendimento agendado ou outros motivos, ocorrendo
redução do número de participantes.
Portanto, por ser estudo do tipo caso-controle, para que fosse possível analisar o
risco de SM associado à prematuridade, o grupo de RN AT foi estabelecido como
controle dos RNPT,constituindo-se a amostra por 150 adolescentes nascidos AT.
40
Figura 1: Fluxograma de captação dos sujeitos amostra adolescente a termo. Cascavel, 2020.
TCLE ENTREGUES
492
EXCLUSÃO
FALTOSOS/TRANSFERIDOS/>20
ANOS
136
10 A 12 ANOS
51
13 A 15 ANOS
66
EXCLUÍDOS
PT (22); SEM
AUTORIZAÇÃO (10)
33
AMOSTRA FINAL
150
TOTAL DE ALUNOS
MATRICULADOS NA ESCOLA
628
TCLE SEM
AUTORIZAÇÃO
277
TCLE
RETORNARAM
215
ELEGÍVEIS
182
16 A 19 ANOS
33
41
4.4 Métodos/Técnicas/Procedimentos/Protocolos empregados na coleta de dados
A coleta de dados dos adolescentes PT foi realizada no consultório de
enfermagem da UBS Palmeiras. O convite para participação do estudo foi feito aos
adolescentes pela pesquisadora, por contato telefônico e, em alguns casos, diretamente
com um familiar na UBS. Após adesão à participação, foram agendadas as consultas,
conforme a disponibilidade do adolescente, do responsável e da agenda da
pesquisadora. Ao iniciar a consulta, os participantes e seus responsáveis foram
informados sobre os aspectos éticos e legais do estudo.
Inicialmente, procedeu-se a entrevista com formulário, a maioria realizada com o
adolescente e sua mãe. Nos casos em que o menor estava acompanhado de outros
familiares e ficaram dúvidas sobre alguma informação, foi entrado em contato com a
mãe, por telefone, para esclarecimentos. Na avaliação das carteiras de vacinação, foram
coletados os dados de nascimento: idade gestacional, peso, estatura e perímetro
cefálico.
Posteriormente à entrevista, procedeu-se o exame físico sumário, direcionado às
medidas antropométricas registradas no instrumento de coleta de dados.
Quanto ao convite para participação no estudo, aos adolescentes nascidos AT,
esse foi feito no Colégio do campo da pesquisa, após autorização da diretora do local,
durante horário de aula. Os alunos levaram para casa termo informando sobre os
aspectos éticos e legais para a autorização e assinatura dos pais/responsáveis - Termo
de Compromisso Livre e Esclarecido – TCLE (APÊNDICE A). Foi entregue o TCLE a
todos os adolescentes presentes no dia, totalizando 492 jovens. Juntamente ao TCLE,
foram solicitadas algumas informações relativas ao histórico familiar e ao nascimento do
adolescente, para ser preenchido pelos pais/responsáveis, já que se tratava de dados
que o adolescente poderia não saber informar (APENDICE B).
Do total de termos entregues inicialmente, no primeiro contato com os
adolescentes, retornaram 215. Destes foram excluídos da amostra: adolescentes
nascidos prematuros, termos que não estavam assinados pelos pais/responsáveis,
termos sem identificação do participante e adolescentes que faltaram no dia da coleta.
Assim, as coletas foram finalizadas quando se atingiu o total da amostra calculada, de
150 adolescentes.
42
Os adolescentes que aceitaram participar do estudo, cujos pais/responsáveis
autorizaram a participação, foram chamados, na sala de aula dos filhos, pelos
pesquisadores, para se dirigirem ao espaço de coleta de dados, disponibilizado pelo
Colégio. Eles assinaram um Termo de Assentimento Livre e Esclarecido – TALE
(APÊNDICE C), para a realização da pesquisa. A coleta teve duração em torno de 30 a
40 minutos e, assim que finalizada, o adolescente foi encaminhado de volta à sua sala
de aula, acompanhado pelo pesquisador. Portanto, não estavam acompanhados pelos
pais ou responsáveis, no momento da coleta dos dados.
As técnicas de coleta de dados seguiram a metodologia utilizada no
desenvolvimento do estudo primário, junto à coorte de adolescentes nascidos
prematuros, as quais envolveram, em um primeiro momento, as entrevistas com
formulário estruturado, desenvolvido por Lopes (2018) (APÊNDICE D).
As entrevistas foram realizadas com o auxílio de alguns colaboradores,
capacitados previamente para a atividade, sendo analisadas as seguintes variáveis:
idade do adolescente, cor autodeclarada, idade, escolaridade e ocupação dos pais,
renda familiar, número de dependentes e participação em programas de transferência
de renda (Programa Bolsa Família ou outros), antecedentes familiares e pessoais de
doenças, IG, internamento ao nascer, peso, estatura e perímetro cefálico ao nascimento,
tipo de parto, tempo de aleitamento materno, uso de fórmulas, idade de introdução de
leite de vaca, morbidades neonatais, na infância ou adolescência, doenças atuais, uso
de medicamentos, realização de cirurgias, alergias.
Os aspectos biopsicossocias incluíram os hábitos de lazer, realização de
atividades físicas, ideação suicida, uso de drogas lícitas ou ilícitas. O International
Physical Activity Questionnaire (IPAQ) considera aquele indivíduo que realiza atividades
físicas a partir de 3 vezes/semana como irregularmente ativo, classificando-o como ativo
ou muito ativo, conforme aumenta a frequência e duração das atividades (MATSUDO et
al., 2001). Salientamos que, neste estudo, foi analisada somente a frequência semanal
de atividades físicas e foi considerado seu tipo, não sendo analisada a duração do tempo
destinado para tal.
Os marcadores de consumo alimentar, conforme Sistema de Vigilância Alimentar
e Nutricional (SISVAN), incluindo hábitos de realizar refeições frente às telas ou não,
quais refeições realiza durante o dia e recordatório alimentar. Alguns dados foram
verificados posteriormente, via contato telefônico com pais/responsáveis.
43
Após a entrevista, os adolescentes foram submetidos à avaliação física sumária,
que compreendeu a aferição da PA, sendo utilizado um esfigmomanômetro digital de
pulso, da marca Onrom®. O adolescente ficava sentado, enquanto era verificada a PA
em membro superior direito, com o braço apoiado na altura do coração. Após um
intervalo de 10 minutos em repouso, foi aferida novamente e, em seguida, foi realizada
a média das duas aferições, para posterior avaliação.
Em seguida, fez-se a mensuração antropométrica (peso e estatura). Assim, para
a avaliação do peso foi utilizada balança tipo plataforma digital portátil, da marca Líder®,
modelo P200m, com capacidade máxima de 200 quilogramas (kg). A pesagem foi
verificada com o adolescente descalço, pés afastados, posição ereta, e foi solicitada a
retirada do excesso de roupas, sendo o peso registrado em Kg. Já a estatura foi realizada
com estadiômetro portátil parede Sanny®, modelo Standart, com escala em milímetros,
também com o adolescente descalço, com o calcanhar, o glúteo e a cabeça encostados
na régua, joelhos esticados e o olhar direcionado à linha do horizonte, sendo a estatura
registrada em centímetros (cm).
Realizou-se, então, a medida da circunferência abdominal (CA), com uso de fita
métrica inelástica, graduada em milímetros, sendo a medida no ponto médio entre a
borda inferior da última costela e a margem superior da crista ilíaca. O adolescente se
posicionava ereto, com o abdome exposto, sendo registrado o valor em centímetros.
Posteriormente, coletou-se amostra de sangue - por punção capilar para exames
bioquímicos de glicose, colesterol total e triglicerídeos -, a qual foi realizada somente
pelo pesquisador responsável. Por ser realizado exame por punção periférica, teve-se
como limitação do estudo a de não coletar o colesterol HDL, visto que este não está
disponível neste tipo de coleta.
Quanto aos exames de glicemia, estes foram realizados com aparelho Accu-
Chek® modelo Active, para o qual o adolescente permaneceu sentado, com a mão sob
a mesa, sendo realizada a punção na lateral da polpa digital do quarto dedo da mão
direita, por meio de lancetas automáticas da marca Premium®. As coletas foram
realizadas nos períodos matutino, vespertino e noturno, tendo como limitação a coleta
de sangue não ocorrer em jejum, já que a maioria dos adolescentes haviam se
alimentado pouco tempo antes. Registrou-se, desse modo, o tempo da última refeição.
Ainda, para a coleta dos exames de triglicerídeos e colesterol total, foi utilizado o
aparelho Accuntrend Plus®, da marca Roche (2013), com tiras-teste para determinação
44
quantitativa de colesterol e triglicerídeos em sangue capilar fresco. Conforme as
especificações do fabricante, o resultado do exame de colesterol foi apresentado no
intervalo de medição de 150-300mg/dL, com um coeficiente de variação de 0,8 a 3,7%.
Já o exame de triglicerídeos foi apresentado no intervalo de medição de 70-600mg/dL
com um coeficiente de variação de 3,1 a 3,4% (ROCHE, 2014a; 2014b).
Ao término da pesquisa, foi entregue uma carta, com os resultados dos exames,
a cada adolescente que participou da pesquisa (APENDICE E). Nos casos em que foram
detectadas alterações nos exames, bem como obesidade ou sobrepeso, os
adolescentes foram encaminhados à Unidade de Saúde do seu bairro, para avaliação
médica (APENDICE F).
4.5 Organização, Apresentação, Análise e Interpretação de Dados
A análise antropométrica foi baseada no Escore-Z do IMC, recomendados pela
OMS e utilizados pelo MS, na Caderneta de Saúde do Adolescente. O IMC foi
classificado conforme o sexo do adolescente, considerado como eutrófico (> Escore-z -
2 e < Escore-z +1), magreza (> Escore-z -3 e < Escore-z -2 e Magreza Acentuada <
Escore-z -3), sobrepeso (> Escore-z +1 e < Escore-z +2) e obeso (> Escore-z +2)
(BRASIL, 2008).
O percentil da Pressão Arterial Sistólica Média (PASM) e da Pressão Arterial
Diastólica Média (PADM) foi analisado com base na SBC (2016) e classificado por meio
de gráfico de percentil da altura por idade e sexo, sendo considerado como normal,
quando o percentil da PA esteve abaixo do P90. Para os adolescentes de 17 a 19 anos,
a PA foi classificada conforme os parâmetros de adultos (SBC, 2016) sendo normal,
quando PASM< 120 e PADM < 80.
Os dados da CA foram avaliados com base na IDF (2007), classificados como
normal, quando Percentil da CA < 90.
A análise dos resultados glicêmicos foi realizada com base na SBD (2017),
classificado como normal, quando resultado foi < 100 (jejum) ou < 140 (pós ingestão
alimentar). Os resultados do perfil lipídico foram avaliados com base nos valores de
referência da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC (2016), classificados
45
como desejável, quando os valores de triglicerídeos (TG) estiveram < 90mg/dl (jejum) ou
<100mg/dl (não jejum) e colesterol total (CT)< 170mg/dl.
Para a análise dos marcadores para SM, seguiu-se a definição da IDF utilizada
para crianças e adolescentes, que considera a presença de obesidade abdominal,
associada a dois ou mais critérios clínicos (Quadro 1). Para os adolescentes de 17 a 19
anos, considerou-se a classificação de adultos, da IDF (SBD, 2017). Assim, a CA
alterada foi considerada quando ≥ P90 e para os adolescentes de 17 a 19 anos, se CA
estiver >90cm no sexo masculino e >80cm no sexo feminino. A glicemia é compreendida
como elevada quando ≥ 100 em jejum ou ≥140 pós ingestão alimentar, para
adolescentes de 17 a 19 anos, e considerou-se elevada quando >110 em jejum ou >140
pós ingestão alimentar. Com relação à PA, classifica-se como elevada quando PA
Sistólica/diastólica ≥ 130 ou ≥ 85, assim como as concentrações de triglicerídeos
elevadas quando ≥ 150. As concentrações de colesterol total não foram consideradas,
já que, para os critérios de diagnóstico da SM, considera-se somente o colesterol HDL.
A tabulação de dados dos adolescentes nascidos AT foi realizada em banco de
dados no Excel for Windows, por digitação com conferência dupla, para posterior
comparação ao banco de dados secundário de adolescentes nascidos prematuros
(LOPES, 2018). Para identificar o perfil da amostra, empregou-se a estatística descritiva,
em que as variáveis foram analisadas em dois grupos, adolescentes nascidos AT e
adolescentes nascidos PT, por meio da média, assim como para análise de significância
estatística, por meio do teste de Qui-quadrado para independência.
As variáveis CA, Percentil da CA, PASM, PADM, valores de Glicemia, TG e dados
do IMC de adolescentes nascidos AT e PT, foram avaliadas por meio do Teste T-Student
para amostras independentes, a fim de determinar se as médias são estatisticamente
similares ou não.
As variáveis relativas aos exames bioquímicos e medidas antropométricas foram
analisadas, quanto à sua significância, por meio de Análise da Variância Fator Duplo,
assumindo como fatores fixos a IG (AT e PT) e o sexo. Em caso de significância
estatística, foi realizado o teste de acompanhamento LSD-Fisher.
As variáveis relativas às medidas antropométricas também foram avaliadas,
quanto à sua significância, por meio de Análise da Variância Fator Duplo, assumindo
como fatores fixos a IG e SM (Sim e Não). Em caso de significância estatística, foi
realizado o teste de acompanhamento LSD-Fisher.
46
A prevalência de SM foi calculada considerando apenas a IG, bem como a
combinação entre IG e sexo. As frequências foram comparadas entre as IG por meio do
teste de Qui Quadrado para k proporções, enquanto a associação entre IG e sexo foi
avaliada pelo teste de Qui Quadrado para Independência. Em ambos os casos, foi
utilizado um nível de significância de 0,05.
As análises foram realizadas com α=5% de significância estatística, com os
programas licenciados XLSTat versão 2017 (Addinsoft, 2017) e R (R Core Team, 2019).
4.6 Aspectos éticos
Estudo aprovado pelo CEP, sob o Parecer nº 2.625.378 (ANEXO A). Os
participantes foram comunicados sobre o caráter voluntário da pesquisa, sigilo das
informações, além de sua autonomia para desistir a qualquer momento em participar do
estudo.
47
5. ARTIGOS CIENTIFICOS
Os resultados dos estudos foram compilados e analisados, originando dois artigos
científicos, preparados conforme as normas de cada periódico a ser submetido como
segue:
Artigo 1: Perfil sociodemográfico e metabólico de adolescentes nascidos a termo e pré-
termo, Revista de Nutrição (Comprovante de Submissão –Anexo B).
Artigo 2: Risco de alterações metabólicas entre adolescentes nascidos a termo e
prematuros, Cadernos de Saúde Pública.
48
Artigo Científico 1 – REVISTA DE NUTRIÇÃO
49
Perfil sociodemográfico e metabólico de adolescentes nascidos a termo e pré-
termo
Sociodemographic and metabolic profile of adolescents born at term and preterm
Adolescência e prematuridade
Adolescence and prematurity
1 – Fabíula dos Santos Toso. Mestranda Biociências e Saúde. Universidade Estadual do
Oeste do Paraná - UNIOESTE. Programa de pós-graduação, nível de mestrado em
Biociências e Saúde. Cascavel, Paraná, Brasil. R. Universitária, 2069, CEP 85819-110.
(45) 98803.2509. [email protected]. ORCID: 0000-0003-1974-6921.
2 - Cláudia Silveira Viera. Doutora em Enfermagem em Saúde Pública. Universidade
Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Departamento de Enfermagem. Cascavel, Paraná, Brasil. R. Universitária, 2069, CEP
85819-110. (45) 99912.0066. [email protected]. ORCID: 0000-0002-0900-4660.
Contribuições dos autores:
1. Concepção, planejamento, coleta, análise e interpretação dos dados, redação do
artigo.
2. Orientação na concepção, planejamento, análise e interpretação dos dados, revisão
intelectual crítica do artigo, responsável pela aprovação final para publicação.
O presente artigo faz parte da dissertação intitulada “Impacto da prematuridade sobre os
critérios de diagnóstico da síndrome metabólica em adolescentes”, da discente Fabíula
dos Santos Toso, apresentada em 2020 ao Programa de Pós-Graduação em Biociências
e Saúde – nível Mestrado, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
Categoria do artigo:Original.
Área de estudo:Epidemiologia e estatística.
Número total de ilustrações (tabelas, figuras e figuras): 03.
Número total de palavras: 3496.
Conflitos de interesses: Nenhum.
50
Resumo
Este estudo tem como objetivo identificar e descrever o perfil sociodemográfico,
antropométrico, pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo e pré-
termo. Estudo de abordagem quantitativa, de desenho transversal. A amostra foi
composta por conveniência, contendo 150 adolescentes, de 10 a 19 anos de idade,
nascidos a termo, e 50 adolescentes nascidos prematuros. Realizaram-se entrevistas e
avaliação física dos adolescentes, com aferição da pressão arterial, mensuração
antropométrica, circunferência abdominal e coleta de sangue por punção capilar para
exames de glicose, colesterol total e triglicerídeos. A maioria dos adolescentes tinha de
10 a 13 anos, os quais se autorreferiram como brancos. O aleitamento materno foi acima
de seis meses para maioria da amostra, cujos pais afirmaram ter de 7 a 12 anos de
estudo e possuíam vínculo empregatício; o consumo alimentar mais saudável foi
detectado entre os adolescentes prematuros, porém foram identificadas atividades
físicas com frequência inadequada em ambos os grupos. A maioria, em ambos os
grupos, é composta por indivíduos eutróficos, contudo, 34% dos nascidos a termo e 30
% dos prematuros estavam sobrepeso ou obesos. Não foi verificada diferença estatística
significativa, no que se refere aos perfis sociodemográfico, antropométrico, pressórico e
glicêmico presentes entre os grupos. No entanto, evidenciou-se percentil da
circunferência abdominal e pressão arterial de acordo com referência para idade e com
concentrações mais elevadas de triglicerídeos no grupo a termo.
Palavras-chave: Saúde do adolescente; Metabolismo dos lipídeos; Glicose; Perfil de
saúde.
51
Abstract
This study aims to identify and describe the sociodemographic, anthropometric, pressure,
glycemic and lipid profile of adolescents born at term and preterm. Study of quantitative
approach, cross-sectional design. The sample consisted of convenience, containing 150
adolescents from 10 to 19 years of age born at term and 50 adolescents born
prematurely. Interviews and physical evaluation of adolescents were conducted, with
blood pressure measurement, anthropometric measurement, abdominal circumference
and blood collection by capillary puncture for glucose, total cholesterol and triglycerides
tests.Most adolescents were between 10 and 13 years old, self-reported as white,
breastfeeding was above six months for most of the sample, parents with 7 to 12 years
of schooling and had an employment relationship; healthier food intake was detected
among premature adolescents, but identified physical activities with inadequate
frequency in both groups. The majority in both groups are eutrophic individuals, however,
34% of full-term individuals and 30% of preterm infants were overweight or obese. There
was no statistically significant difference between the sociodemographic, anthropometric,
pressure and glycemic profiles between the groups. However, it was evidenced percentile
of abdominal circumference and blood pressure according to reference for age and with
higher concentrations of triglycerides in the full-term group.
Keywords: Adolescent health; Lipid metabolism; Glucose; Health profile.
52
Introdução
Os partos prematuros mundialmente vêm evidenciando gradativo aumento, visto
que, em 2000, correspondiam a 9,8% dos nascimentos e, no ano de 2014, a 10,6% [1].
No Brasil, em 2013, o índice de prematuridade foi de 11,9%, apresentando variações
regionais. A maior proporção ocorreu em mães indígenas e entre aquelas com menor
grau de escolaridade e menor acesso ao atendimento pré-natal [2]. Em 2016, os
nascidos pré-termo (PT) representaram 11,11% do total de nascidos vivos [3].
Com esse aumento, tem-se também que a prematuridade foi responsável por
17,1% dos óbitos infantis e 29,3% dos óbitos no primeiro mês de vida, no ano de 2017,
no Brasil [4]. Esses dados apontam a importância da assistência adequada à gestante e
ao recém-nascido (RN), durante o período pré-natal, parto e atendimento imediato à
criança, para evitar os óbitos neonatais [2]. Além disso, tais condutas reduzem o risco
de sequelas, visto que prematuridade pode levar a várias complicações, no período
neonatal, como também em longo prazo, sendo associada ao maior risco de
desenvolvimento de doenças crônicas, a exemplo de problemas pulmonares,
cardiovasculares e metabólicos [5]. Alterações precoces foram identificadas no perfil
lipídico aos seis meses de idade corrigida de lactentes nascidos prematuros [6].
Essas complicações podem também ser observadas na adolescência, que se
caracteriza como fase evolutiva de intensas transformações físicas e sociais
antecedentes a fase adulta, compreendendo a faixa etária aproximadamente entre os 10
e 19 anos de idade [7]. A adolescência juntamente ao período fetal e neonatal se
configuram como períodos de maior risco à exposição externas e internas, o que podem
levar a alterações metabólicas e a doenças crônicas na vida adulta, fase denominada de
janela crítica [8]. A prematuridade se constitui em fator de risco a que o feto foi submetido
e, consequentemente, poderá ter exposto esse indivíduo a distintas alterações, como a
alteração metabólica na adolescência.
Associadas aos aspectos supracitados, têm-se as mudanças no estilo de vida
entre os adolescentes, com redução de realizações de atividades físicas, fator vinculado
ao aumento do consumo de alimentos com elevado teor de gorduras, sódio e açúcares.
Ademais, a diminuição no consumo de alimentos saudáveis acarreta aumento na
prevalência de excesso de peso e obesidade nessa fase. Associações com sexo, nível
socioeconômico e hereditariedade também são determinantes para a origem da
obesidade em adolescentes [9]. A obesidade está associada a complicações como
53
Diabete Mellitus tipo 2, Hipertensão arterial sistêmica e dislipidemias, que corroboram
ao aumento do risco de eventos cardiovasculares[10].
Embasando-se nessas evidências, acredita-se que adolescentes nascidos
prematuramente encontram-se mais vulneráveis a desenvolverem problemas
cardiovasculares, obesidade e diabetes do que aqueles nascidos a termo. Desse modo,
é pertinente identificar e descrever o perfil sociodemográfico, antropométrico, pressórico,
glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo (AT) e pré-termo (PT), em busca
de caracterizar ambos os grupos e verificar se esses apresentam diferenças entre si em
relação aos perfis analisados para possibilitar o manejo adequado da saúde do
adolescente e assim prevenir o risco de condições crônicas na vida adulta.
Métodos
Estudo de abordagem quantitativa, de desenho transversal, desenvolvido em
município da região oeste do Paraná. A amostra foi do tipo conveniência, composta por
150 adolescentes, de 10 a 19 anos de idade, nascidos AT, e 50 adolescentes nascidos
PT.
Os adolescentes do grupo AT foram captados em escola do município e os PT
foram obtidos a partir de banco de dados secundário, de pesquisa realizada por Lopes
[11] na mesma região do município.
As técnicas de coleta de dados seguiram a metodologia proposta no estudo
primário, as quais envolveram, em primeiro momento, a realização de entrevistas, por
meio de formulário estruturado, elaborado por Lopes [11], sendo analisadas as seguintes
variáveis: idade, cor auto-declarada, idade, escolaridade e ocupação dos pais, renda
familiar, número de dependentes e participação em programas de transferência de renda
(Programa Bolsa Família – PBF ou outros), IG de nascimento e aleitamento materno. Os
aspectos biopsicossociais incluíram hábitos de lazer e realização de atividades físicas.
Os marcadores de consumo alimentar foram analisados conforme o Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), incluindo hábitos de realizar refeições frente
às telas ou não, número de refeições e consumo alimentar.
Após a entrevista, os adolescentes foram submetidos à avaliação física sumária,
que compreendeu a aferição da pressão arterial (PA), verificada com o adolescente
sentado e após 10 minutos de repouso, mensurada duas vezes com intervalo de cinco
minutos e calculada a média da PA. A análise dessa variável deu-se pela identificação
54
do percentil das pressões arteriais diastólicas e sistólicas médias, (PADM e PASM,
respectivamente) [12], classificadas por meio de gráfico de percentil da altura por idade
e sexo. É considerada como PA elevada quando se encontra acima do P90. Para
adolescentes de 17 a 19 anos, a classificação seguiu os parâmetros de adultos [12],
sendo normal, quando PASM fosse < 120 e PADM < 80.
Ainda, fez-se a mensuração antropométrica (peso e estatura) e da circunferência
abdominal (CA), sendo que, para a avaliação do peso, o adolescente encontrava-se
descalço, com pés afastados, em posição ereta, com pouca roupa, sendo os resultados
registrados em quilogramas (Kg). A estatura foi registrada em centímetros (cm) e foi
realizada também com o adolescente descalço, com o calcanhar, o glúteo e a cabeça
encostados na régua, os joelhos esticados e o olhar direcionado à linha do horizonte. A
análise foi baseada no Escore-Z do Índice de Massa Corpórea (IMC), recomendados
pela Organização Mundial da Saúde e utilizados pelo Ministério da Saúde. O IMC foi
classificado conforme o sexo, sendo considerado eutrófico (-2 <Escore-z< +1), magreza
peso (-3 <Escore-z < -2 e Magreza Acentuada Escore-z < -3), sobrepeso (+1 < Escore-
z <+2) e obeso (Escore-z >+2) [13].
Em seguida, foi realizada a medida da CA, com uso de fita métrica inelástica,
graduada em milímetros, sendo a medida no ponto médio entre a borda inferior da última
costela e a margem superior da crista ilíaca. Os dados foram avaliados com base na
International Diabetes Federation [14], classificados como elevada, quando Percentil ≥
90.
Posteriormente, foi realizada a coleta de sangue por punção capilar para exames
bioquímicos de glicose, colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG). A análise dos
resultados foi realizada com base na Sociedade Brasileira de Diabetes [10], sendo
classificada como elevada se ≥ 100 (jejum) ou ≥ 140 (pós ingestão alimentar).
Conforme as especificações do fabricante, o resultado do exame de CT foi
apresentado no intervalo de medição de 150-300mg/dL, com coeficiente de variação de
0,8 a 3,7%. Já o exame de TG foi apresentado no intervalo de medição de 70-600mg/dL,
com coeficiente de variação de 3,1 a 3,4%, indicado pelo fabricante. Os resultados foram
avaliados com base nos valores de referência da Sociedade Brasileira de Análises
Clínicas[15], classificados como elevado quando TG ≥ 90mg/dl (jejum) ou ≥100mg/dl
(não jejum) e CT ≥ 170mg/dl.
55
A tabulação de dados dos adolescentes nascidos AT foi realizada em banco de
dados no programa Microsoft Excel®, por digitação, com conferência dupla, para
posterior comparação ao banco de dados secundário, de adolescentes nascidos
prematuros. Para identificar o perfil da amostra, empregou-se a estatística descritiva, em
que as variáveis foram analisadas em dois grupos, adolescentes nascidos AT e PT, por
meio das frequências, assim como para análise de significância estatística, por meio do
teste de Qui-quadrado para independência. As análises foram realizadas com α=5% de
significância estatística, com os programas licenciados XLSTat versão 2017 [16] e R [17].
Todos os preceitos éticos foram seguidos, em que os adolescentes participantes
assinaram o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido e os pais/responsáveis
autorizaram a participação, por meio de um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres
Humanos da Unioeste, sob o parecer nº 2.625.378.
Resultados
O grupo AT e o PT, em estudo, caracterizam-se por adolescentes, em sua maioria,
com idade entre 10 a 13 anos, que se autodeclararam de etnia branca. Com relação à
caracterização ao sexo biológico, o grupo AT, em sua maioria, era de adolescentes do
sexo feminino e no grupo PT, do sexo masculino, porém sem diferenças estatística entre
os grupos (p>0,05; Tabela 1).
Quanto ao tipo de atividade de lazer, a maioria, em ambos os grupos, foi
classificada como lazer ativo, atividades que envolvem maior movimentação corporal,
como esportes (AT 69% e PT 62%), apresentando discreta elevação no grupo AT, em
comparação ao grupo PT. Assim como, dentre os que realizam atividades de lazer
passivo (sedentárias), como uso de computadores, televisão, videogame, foi superior no
grupo PT (36%) em comparação ao grupo AT (25%), no entanto, sem diferenças
estatísticas entre os grupos (p=0,1751).
Com relação à frequência de atividades físicas, a maioria se enquadrou na
categoria inadequada (atividades físicas < 3 vezes/semana), porém, a frequência do
grupo PT foi significativamente superior em comparação ao grupo AT (p-valor = 0,0058)
(Tabela 1), considerando-se, portanto, o grupo PT mais sedentário. Salienta-se que,
neste estudo, foram analisados somente a frequência semanal de atividades físicas e o
tipo de atividade realizada, não sendo analisado o tempo destinado para tal atividade.
56
Dentre os hábitos alimentares, classificou-se, primeiramente, conforme o hábito
de uso de telas durante as refeições, sendo que, em ambos os grupos, a maioria foi
classificada como intermediário (realizam ≥ 4 refeições/dia em frente às telas ou de 2 a
4 refeições/dia, não em frente às telas), apresentando discreta elevação na frequência
do grupo PT. Na classificação inadequada, o grupo AT foi superior ao PT, porém não foi
observada diferença estatística entre os grupos (p>0,05; Tabela 1).
Quanto ao tipo de alimentação, o consumo de alguns alimentos, como
feijão/frutas/legumes (alimentos saudáveis) e carboidratos/gorduras (alimentos
nutricionalmente desbalanceados, não saudáveis), os adolescentes, em sua maioria,
foram classificados na categoria intermediária (consumo moderado de alimentos
saudáveis e não saudáveis), com frequências semelhantes em ambos os grupos
(p>0,05). Apesar da ausência de significância estatística, o grupo AT apresentou
frequência superior de alimentação, considerada inadequada, não saudável, em relação
ao grupo PT, indicando que o grupo PT possui hábitos alimentares mais saudáveis
(Tabela 1).
Referente ao aleitamento materno, a maioria dos adolescentes o recebeu,
apresentando uma frequência pouco maior no grupo AT. Foi predominante entre os
grupos o tempo de amamentação acima de seis meses de idade, com discreta elevação
no grupo PT, em comparação ao grupo AT, mas também sem significância estatística
(p>0,05; Tabela 1).
Dentre os dados sociodemográficos de ambos os grupos, evidenciou-se que a
maioria das mães e pais cursou de 7 a 12 anos de estudo, no entanto, no grupo PT, os
pais que apresentaram acima de 12 anos de estudo foram em maior número; e, em
comparação ao grupo AT, tanto para as mães (p = 0,0004) como para os pais (p <0,0001)
(Tabela 2).
A maioria das mães tinha vínculo empregatício (maior proporção no grupo PT). O
grupo AT apresentou maior número de mães classificadas como do lar, em comparação
ao grupo PT, contudo, sem diferenças estatísticas (p>0,05). Os pais, em sua maioria,
também tinham vínculo empregatício, com maior frequência no grupo PT, em
comparação ao grupo AT, seguidos da classificação autônomos, com maior frequência
verificada no grupo AT (p = 0,0399) (Tabela 2).
O estado civil dos pais foi predominante como casados, em ambos os grupos,
com renda familiar entre 2 a 3 salários mínimos. O grupo PT, porém, apresentou maior
57
frequência para quatro salários mínimos ou mais; em relação ao grupo AT, este continha
de 3 a 5 pessoas dependentes no domicílio e a maioria das famílias não era beneficiária
do PBF, porém sem significância entre os grupos para essas variáveis (p>0,05; Tabela
2). A maioria também não participava de outros programas sociais, mas as pessoas que
participavam estavam, em maior freqüência, no grupo PT, em relação ao grupo AT (p =
0,0167).
Quando se compara o perfil antropométrico, as maiores frequências são de
indivíduos eutróficos, com semelhanças nas proporções em AT e PT, porém o índice de
adolescentes com excesso de peso chama atenção em ambos os grupos. Na categoria
magreza, o maior índice foi observado entre adolescentes nascidos PT, do que entre os
AT (p<0,031) (Tabela 3).
Ao serem analisados os percentis do perfil pressórico, isoladamente (PASM e
PADM), observa-se que ambos os grupos encontravam-se classificados como adequado
à idade, apresentando discreta elevação na frequência de PASM, no grupo AT, em
relação ao grupo PT, mas sem significância estatística (p>0,05; Tabela 3). Quanto à
classificação do percentil geral da PA, os dois grupos apresentaram frequências
desejáveis em maior proporção, no entanto, 35% dos adolescentes do grupo AT e 30%
do grupo PT apresentaram elevação na PA (p <0,0001).
Em relação ao perfil lipídico, embora não tenha sido observada diferença
estatística nas concentrações de CT, entre os grupos, concentrações elevadas foram
observadas em proporções semelhantes (Tabela 3). Observa-se que as concentrações
de triglicerídeos foram mais elevadas em ambos os grupos, com frequências maiores no
grupo AT, quando comparadas ao grupo PT (p<0,0001).
O perfil glicêmico foi caracterizado como euglicêmico em ambos os grupos. No
entanto, o grupo AT apresentou maiores concentrações glicêmicas elevadas em
comparação ao grupo PT, porém sem significância estatística (p = 0,0834).
Com relação ao percentil da CA, em sua maioria, os adolescentes foram
classificados como dentro da normalidade. Ao serem comparados os grupos, observa-
se que os adolescentes do grupo AT apresentaram valores elevados, com frequências
superiores ao grupo PT (p <0,0001).
58
Discussão
A caracterização da amostra evidenciou que, apesar de a maioria dos
adolescentes do estudo realizarem atividades de lazer ativo, boa parte ainda representa
aqueles com hábitos de vida sedentários e que realizam atividades físicas em
quantidade considerada inadequada, destacando-se, entre eles, o grupo PT. A alta
prevalência de excesso de peso e a elevada proporção de atividades de tempo de tela
entre os adolescentes já foram evidenciadas, com 39,1% casos, sendo que esses
realizavam de três ou mais atividades de tela por dia [18], resultado semelhante ao
nosso, em que 36% do grupo AT desenvolvia atividades passivas.
Em nosso estudo, apesar de os hábitos de tela e as refeições e o tipo de
alimentação terem sido classificados como intermediários, os hábitos de tela
inadequados se destacaram entre os AT, assim como, os hábitos alimentares mais
saudáveis dentre os PT. Em estudo desenvolvido com escolares, no Rio Grande do Sul,
os hábitos alimentares classificados como restritos foram os mais frequentes entre os
adolescentes, indicando baixo consumo de todas os grupos alimentares e maior
consumo de feijão e refrigerante [19]. A frequência de consumo de alimentos
ultraprocessados e hipercalóricos, como doces, refrigerantes, batata frita, foi elevada
entre os adolescentes no Sul do Brasil [18]. Estudo brasileiro realizado em municípios
com mais de 100.000 habitantes apresentou que mais de 70% dos adolescentes passam
duas horas ou mais em frente às telas, com a maior prevalência na região Sul. Além
disso, cerca de 56,6% realizam as refeições quase sempre ou sempre em frente à
televisão, e 39,6% consomem petiscos em frente às telas com a mesma regularidade,
principalmente entre os adolescentes de escolas públicas, sendo tal comportamento
possivelmente relacionado ao grau de instrução e à rotina de trabalho dos pais [20].
A análise do tempo de aleitamento materno, em nosso estudo, constatou que, em
ambos os grupos, os adolescentes foram amamentados até acima de seis meses de
idade. Estudo [21] apontou que a obesidade central em adolescentes apresentou
correlação inversamente proporcional à duração da amamentação, indicando o
aleitamento materno exclusivo como fator de proteção contra o excesso de peso e
obesidade na adolescência.
O excesso de peso esteve presente em cerca de 34% no grupo AT e 30% entre
os PT. Indivíduos que passaram por alguma restrição no crescimento uterino ou na
infância apresentam perfil metabólico que propicia acumulação de gordura, quando
59
associado a excessos alimentares e a hábitos sedentários de vida, podendo levar a
doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial sistêmica, futuramente [22].
Maiores valores de IMC estiveram associados à maior PA, em ambos os sexos, tanto na
infância como adolescência [23].
Estudo nacional, realizado com adolescentes de 12 a 17 anos, apontou cerca de
24% com PA elevada, assim como 25% com excesso de peso, com maiores
prevalências na região Sul, exceto a maior frequência de obesidade encontrada entre os
adolescentes de 15 a 17 anos da região Sudeste. O estudo associa ainda maiores
frequências de hipertensão à obesidade [24]. Em Vitória - ES, estudo apontou diferenças
significativas na PAD, associada à obesidade. Dentre os indivíduos classificados como
eutróficos, 18,5% do sexo masculino e 21,2% do sexo feminino estavam hipertensos ou
considerados como limítrofe, assim como, entre os indivíduos obesos, 26,3% era do sexo
masculino e 25% do sexo feminino, ressaltando o aumento da frequência entre os
adolescentes com excesso de peso [25]. Frequências superiores foram encontradas em
nosso estudo, com alteração significativa no grupo AT (35%) e entre os PT (30%).
Nos Estados Unidos, nos anos 2011 e 2012, 1 a cada 10 crianças e adolescentes
apresentaram PA elevada, sem mudanças significativas com relação aos anos
anteriores. Analisaram, ainda, a prevalência de dislipidemias, apontando melhoria na
prevalência, em que aproximadamente 1/5 das crianças e dos adolescentes
apresentaram alguma alteração nesse mesmo período, com concentrações de CT
semelhantes ao encontrado em nosso estudo [26]. Observam-se alterações importantes,
principalmente com relação às concentrações de triglicerídeos, que teve maior
frequência dentre os AT. Níveis elevados de dislipidemias foram identificados entre
adolescentes (CT=20,1%, TG=7,8%, lipoproteína de baixa densidade - LDLc=3,5% e
lipoproteína de alta densidade - HDLc baixo=46,8%). Na região Sul do Brasil, a
prevalência de CT elevado foi de 22,8%, resultado semelhante ao nosso, porém, a
prevalência de TG elevados foi inferior (8,2%), o que pode ser em parte decorrente à
divergência dos valores de referência seguidos [27].
Os efeitos tardios da prematuridade em mulheres, na adolescência e fase adulta,
não mostraram diferenças de peso, altura e IMC entre os grupos PT e de referência,
porém a relação cintura-quadril foi maior no grupo prematuro, indicando importante fator
de risco para obesidade abdominal, assim como DCV na adolescência e vida adulta [28].
60
A relação da deposição central de gordura corporal em crianças e adolescentes como
fatores de risco para DCV também foi observada [29].
Identificaram-se alterações em relação à CA e glicemia, com maior incidência
entre os AT, apesar de a variável glicemia não apresentar diferença estatística. Estudo
[23] não encontrou associação entre o peso, ao nascer, ou IG de nascimento com fatores
de risco cardiovasculares, em adolescentes de 11 e 18 anos de idade. Contrapondo-se
ao estudo de revisão sistemática que evidenciou que o IMC, o perímetro da cintura e a
relação cintura-estatura são considerados fatores de risco cardiometabólico na infância
e adolescência [30]. Nosso estudo encontrou maiores índices de CA, PA e TG alterados
no grupo AT, bem como, o grupo PT apresentou maior prevalência de atividades físicas
inadequadas, maior escolaridade dos pais, maior vínculo empregatício e receberam mais
benefícios sociais.
O desenho transversal pode ser uma limitação do estudo, pois avalia uma
exposição em um único momento, bem como, o nº amostral pode ser menor, assim como
o tipo conveniência. Contudo, os resultados apontam que adolescentes nascidos AT e
PT precisam de um olhar mais atento dos profissionais de saúde, no seguimento de sua
saúde, para que ações e intervenções relacionadas à redução do sedentarismo, tempo
em telas, melhores hábitos alimentares e realização de atividades físicas, considerados
hábitos de vida saudáveis, possam ser estimulados e implementadas, com fim de reduzir
o excesso de peso e o risco de desenvolver futuras DCV.
Conclusão
Observa-se maior frequência de triglicerídeos elevado entre os adolescentes do
grupo AT, em comparação ao grupo PT. Não foram verificadas diferenças entre os perfis
sociodemográfico, antropométrico, pressórico e glicêmico entre os grupos. Alterações,
no perfil lipídico, encontradas foram maiores entre os AT, podendo-se inferir que, apesar
da prematuridade ser considerada fator de risco para doenças crônicas, os hábitos de
vida podem se constituir em fator agravante para os indivíduos AT, sobrepondo-se à
prematuridade.
61
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65
Tabela 1 – Caracterização de adolescentes nascidos a termo (N=150) e pré-termo (N=50). Cascavel-PR, Brasil,
2019.
Variáveis Categorias A TERMO –
FA (FR%)
PRÉ-TERMO – FA
(FR%) p-valor
Idade
Entre 10 a 13 anos 81(54%) 27(54%)
0,3247 > 13 a 16 anos 53(35%) 17(34%)
>16 anos 16(11%) 6(12%)
Sexo Masculino 58(39%) 26(52%)
0,0981 Feminino 92(61%) 24(48%)
Cor
Branca 84(56%) 27(54%)
0,5581 Parda 63(42%) 23(46%)
Negra 3(2%) 0(0%)
Lazer
Ativo 103(69%) 31(62%)
0,1751 Passivo 37(25%) 18(36%)
Não informado 10(7%) 1(2%)
Adequação de Atividades
físicas
Adequada 59(39%) 9(18%) 0,0058
Inadequada 91(61%) 41(82%)
Hábitos telas/refeições
Ideal 12(8%) 3(6%)
0,4818 Intermediário 107(71%) 40(80%)
Inadequado 31(21%) 7(14%)
Tipo de alimentação
Ideal 24(16%) 10(20%)
0,7562 Intermediário 94(63%) 31(62%)
Inadequado 32(21%) 9(18%)
Aleitamento materno
Não 11(7%) 8(16%)
0,108 Sim 135(90%) 42(84%)
Não informado 4(3%) 0(0%)
Tempo aleitamento materno
Não se aplica 20(13%) 10(20%)
0,462 0 a 4 meses 39(26%) 9(18%)
4 a 6 meses 23(15%) 6(12%)
> 6 meses 68(45%) 25(50%)
FA: Frequência absoluta; FR: Frequência relativa.
66
Tabela 2 - Perfil sociodemográfico de adolescentes nascidos a termo (N=150) e pré-termo (N=50). Cascavel-PR,
Brasil, 2019.
Variáveis Categorias A TERMO –
FA (FR%)
PRÉ-TERMO – FA
(FR%) p-valor
Escolaridade Mãe
Não se aplica 21(14%) 0(0%)
0,0004
<5 anos 11(7%) 0(0%)
5 a 6 anos 19(13%) 6(12%)
7 a 12 anos 87(58%) 31(62%)
> 12 anos 12(8%) 13(26%)
Ocupação mãe
Do lar 41(27%) 9(18%)
0,2316
Com vínculo
empregatício 71(47%) 31(62%)
Autônoma 22(15%) 7(14%)
Desempregado 6(4%) 0(0%)
Serviço público 4(3%) 3(6%)
Outros 0(0%) 0(0%)
Aposentado/pensionista 2(1%) 0(0%)
Não sabe/NA** 4(3%) 0(0%)
Escolaridade pai
Não se aplica 54(36%) 4(8%)
<0,0001
<5 anos 8(5%) 3(6%)
5 a 6 anos 29(19%) 7(14%)
7 a 12 anos 57(38%) 28(56%)
> 12 anos 2(1%) 8(16%)
Ocupação pai
Com vínculo
empregatício 60(40%) 31(62%)
0,0399
Autônoma 56(37%) 14(28%)
Desempregado 4(3%) 0(0%)
Serviço público 4(3%) 0(0%)
Outros 0 (0%) 1(2%)
Aposentado/pensionista 4(3%) 0(0%)
Não sabe/NA** 22(15%) 4(8%)
União pais
Casados 93(62%) 31(62%)
0,3685
Separados 46(31%) 19(38%)
Viúvos 7(5%) 0(0%)
Solteiros 1(1%) 0(0%)
Não sabe/NA** 3(2%) 0(0%)
Renda
Até um SM 16(11%) 7(14%)
0,1491 2 a 3 SM 106(71%) 28(56%)
4 ou mais SM 28(19%) 15(30%)
Número dependentes
Até 2 pessoas 8(5%) 3(6%)
0,6953 3 a 5 pessoas 122(81%) 38(76%)
>5 pessoas 20(13%) 9(18%)
67
Programa Bolsa Família Não 130(87%) 46(92%)
0,3149 Sim 20(13%) 4(8%)
Outros Programas Sociais Não 148(99%) 46(92%)
0,0167 Sim 2(1%) 4(8%)
SM: salários mínimos; NA**: não se aplica; FA: Frequência absoluta; FR: Frequência relativa.
68
Tabela 3 – Perfil antropométrico, pressórico, lipídico, glicêmico e circunferência abdominal de adolescentes nascidos
a termo (N=150) e pré-termo (N=50). Cascavel-PR, Brasil, 2019.
Variáveis Categorias A TERMO –
FA (FR%)
PRÉ-TERMO – FA
(FR%) p-valor
Escore Z
Eutrófico 98(65%) 31(62%)
<0,031 Magreza 1(1%) 4(8%)
Sobrepeso 32(21%) 11(22%)
Obesidade 19(13%) 4(8%)
Percentil da circunferência
abdominal
Normal 118(79%) 45(90%) <0,0001
Elevado 32(21%) 5(10%)
Percentil da PASM Normal 118(79%) 45(90%)
0,074 Elevado 32(21%) 5(10%)
Percentil da PADM Normal 109(73%) 35(70%)
0,7161 Elevado 41(275%) 15(30%)
Percentil da Pressão Arterial Normal 97(65%) 35(70%)
<0,0001 Elevado 53(35%) 15(30%)
Glicemia Normal 131(87%) 48(96%)
0,0834 Elevado 19(13%) 2(4%)
Colesterol Total
Desejável 115(77%) 38(76%)
0,2197 Elevado 35(23%) 11(22%)
Não realizado 0(0%) 1(2%)
Triglicerídeos
Desejável 37(25%) 29(58%)
<0,0001 Elevado 113(75%) 20 (40%)
Não realizado 0(%) 1(2%)
PASM: pressão arterial sistólica média; PADM: pressão arterial diastólica média; FA: Frequência absoluta; FR:
Frequência relativa.
69
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
ISSN 1415-5273 versão impressa ISSN 1678-9865 versão on-line
Escopo e política
A Revista de Nutrição (e-ISSN 1678-9865) é um periódico especializado que publica
artigos que contribuem para o estudo da Nutrição em suas diversas subáreas e interfaces.
Com periodicidade bimestral, está aberta a contribuições da comunidade científica nacional
e internacional.
Não há taxa para submissão e avaliação de artigos.
Submissão
Todos os artigos devem ser submetidos de forma eletrônica pela página <http://mc04.manuscriptcentral.com/rn-scielo>.
Qualquer outra forma de envio não será apreciada pelos editores.
No momento da submissão, deve ser anexado: (1) o artigo (arquivo completo em formato
Word, incluindo folha de rosto, resumo, abstract, texto, referências e ilustrações); (2) as
ilustrações (em arquivo editável, nos formatos aceitos pela revista); (3) toda a
documentação exigida pela revista (devidamente assinada por todos os autores).
Os manuscritos podem ser rejeitados, sem comentários detalhados, após análise inicial,
por, pelo menos, dois editores da Revista, se os artigos forem considerados inadequados ou de prioridade científica insuficiente para publicação na Revista.
A Revista de Nutrição não publica mais que 1 (um) artigo do mesmo autor no mesmo ano
(volume), para evitar a endogenia. Esse procedimento visa a aumentar o número de temas
e de colaborações provenientes de autores nacionais e internacionais.
Política de acesso público
A Revista proporciona acesso público - Open Access - a todo seu conteúdo e são protegidos pela Licença Creative Commons (CC-BY).
Pesquisas envolvendo seres vivos
Resultados de pesquisas relacionadas a seres humanos e animais devem ser acompanhados de cópia de aprovação do parecer de um Comitê de Ética em pesquisa.
Registros de Ensaios Clínicos
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Artigos com resultados de pesquisas clínicas devem apresentar um número de
identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal
Editors (ICMJE), cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. O número de
identificação deverá ser registrado ao final do resumo.
Conflito de interesse
Autores: Os autores devem declarar, de forma explícita, individualmente, qualquer
potencial conflito de interesse financeiro, direto e/ou indireto, e não financeiro etc., bem como qualquer conflito de interesse com revisores ad hoc.
Revisores ad hoc: No caso da identificação de conflito de interesse, da parte dos revisores, o Comitê Editorial encaminhará o manuscrito a outro revisor ad hoc.
Plágio
A Revista verificará os artigos submetidos, por meio de uma ferramenta de detecção de plágio Cross Check, após o processo de revisão por pares.
Redes Sociais
A Revista de Nutrição visando maior disseminação do seu conteúdo, solicita aos autores
que, após a publicação no site da SciELO, divulguem seus artigos nas redes sociais abaixo,
entre outras:
Academia.edu– https://www.academia.edu/
Mendeley– https://www.mendeley.com/
ResearchGate– http://www.researchgate.net/ Google Acadêmico - https://scholar.google.com.br/schhp?hl=pt-BR
Revisores
Os autores devem indicar três possíveis revisores para o manuscrito, com os respectivos
e-mails e as instituições às quais estão vinculados. Opcionalmente, podem indicar três
revisores para os quais não gostaria que seu trabalho fosse enviado.
Processo de avaliação
Os originais serão aceitos para avaliação, desde que não tenham sido enviados para
qualquer outro periódico e/ou publicados anteriormente em eventos, preservando o
caráter inédito do artigo, e que venham acompanhados de: Carta de apresentação de
artigo para submissão, Checklist para submissão preenchido, além dos demais
documentos listados no item "Documentação". Todos os documentos devem estar assinados por todos os autores do trabalho.
Os manuscritos só iniciarão o processo de tramitação se estiverem de acordo com as
Instruções aos Autores. Caso contrário, serão devolvidos para adequação às normas, inclusão de carta ou de outros documentos eventualmente necessários.
Originais identificados com incorreções e/ou inadequações morfológicas ou
sintáticas serão devolvidos antes mesmo de serem submetidos à avaliação quanto
ao mérito do trabalho e à conveniência de sua publicação. Veja o item Preparo do Manuscrito.
71
Pré-análise: a avaliação é feita pelos Editores Científicos com base na originalidade, pertinência, qualidade acadêmica e relevância do manuscrito para a área de nutrição.
Aprovados nessa fase, os manuscritos serão encaminhados aos revisores ad
hoc selecionados pelos editores. Cada manuscrito será enviado para três revisores de
reconhecida competência na temática abordada, podendo um deles ser escolhido a partir
da indicação dos autores. Em caso de desacordo, o original será enviado para um quarto revisor.
O processo de avaliação por pares é o sistema de blind review, procedimento sigiloso
quanto à identidade, tanto dos autores quanto dos revisores. Por isso, os autores deverão empregar todos os meios possíveis para evitar a identificação de autoria do manuscrito.
Os pareceres dos revisores comportam três possibilidades: a) aprovação; b)
recomendação de nova análise; c) recusa. Em quaisquer desses casos, o autor será comunicado.
Os pareceres são analisados pelos editores associados, que propõem ao Editor Científico a
aprovação ou não do manuscrito. Caberá ao Editor-Chefe a decisão final sobre o parecer do artigo (Aprovado ou Rejeitado).
Manuscritos recusados, mas com possibilidade de reformulação, poderão retornar como
novo trabalho, iniciando outro processo de julgamento.
Os trabalhos que receberem sugestões para alterações serão devolvidos aos autores para
as devidas correções, com os pareceres emitidos, devendo ser devolvidos no prazo
máximo de 20 (vinte) dias, respeitando-se o fuso horário do sistema (fuso-horário de Londres).
Manuscritos aceitos: manuscritos aceitos poderão retornar aos autores para aprovação
de eventuais alterações, no processo de editoração e normalização, de acordo com o estilo da Revista.
Publicação em inglês: em caso de aprovação, os artigos serão publicados na versão em
inglês. Nesses casos, para que o manuscrito seja publicado, os autores deverão
providenciar sua versão completa (tal como aprovado) para o inglês, arcando com os
custos de sua tradução.
Para assegurar a qualidade e uniformidade dos textos traduzidos para a Língua Inglesa,
esse trabalho deverá ser realizado, necessariamente, por um tradutor altamente
capacitado e com experiência comprovada na versão de textos científicos, indicados e credenciados junto à Revista.
Havendo necessidade de revisão de inglês do artigo por um profissional credenciado pela
Revista, os autores deverão seguir as instruções de normalização do documento, conforme
orientação enviada por e-mail. Os autores ficarão responsáveis pela verificação da
tradução, em todos os itens do trabalho (corpo do texto, ilustrações, tabelas, quadros,
etc.).
Preparando o manuscrito
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A Revista só publica artigos inéditos no idioma inglês. No entanto, os autores podem
submeter os artigos em português e, após a avaliação do manuscrito, este passará pelo
processo de tradução, com tradutores credenciados pela Revista, com o custo da tradução arcado pelos autores, nas seguintes categorias:
Categoria dos artigos
Original: contribuições destinadas à divulgação de resultados de pesquisas inéditas, tendo
em vista a relevância do tema, o alcance e o conhecimento gerado para a área da pesquisa
(limite máximo de 3.500 palavras - incluindo: resumo, abstract, tabelas, gráficos, figuras e referências).
Revisão (a convite): síntese de conhecimentos disponíveis sobre determinado tema,
mediante análise e interpretação de bibliografia pertinente, de modo a conter uma análise
crítica e comparativa dos trabalhos na área, que discuta os limites e alcances
metodológicos, permitindo indicar perspectivas de continuidade de estudos naquela linha
de pesquisa (limite máximo de 4 mil palavras - incluindo: resumo, abstract, tabelas, gráficos, figuras e referências). Serão publicados até dois trabalhos por fascículo.
Nota Científica: dados inéditos parciais de uma pesquisa em andamento (limite máximo
de 1.500 palavras - incluindo resumo, abstract, tabelas, gráficos, figuras e referências).
Seção Temática (a convite): seção destinada à publicação de 2 a 3 artigos, coordenados
entre si, de diferentes autores, e versando sobre tema de interesse atual (máximo de 10 mil palavras no total - incluindo: resumo, abstract, tabelas, gráficos, figuras e referências).
Categoria e a área temática do artigo: Os autores devem indicar a categoria do artigo
e a área temática, a saber: alimentação e ciências sociais, avaliação nutricional, bioquímica
nutricional, dietética, educação nutricional, epidemiologia e estatística, micronutrientes,
nutrição clínica, nutrição experimental, nutrição e geriatria, nutrição materno-infantil, nutrição em produção de refeições, políticas de alimentação e nutrição e saúde coletiva.
A Revista de Nutrição não avalia trabalhos que já foram apresentados em eventos
(nacionais e internacionais) e/ou traduzidos em outros idiomas, a fim de preservar o
caráter inédito da obra.
O texto deverá contemplar o número de palavras de acordo com a categoria do artigo.
Estrutura do texto
O texto deve ser preparado em:
Espaçamento 1,5 entre linhas;
Com fonte Arial 12;
A quantidade total de palavras deve estar de acordo com a categoria do artigo
(Contabiliza-se a partir do resumo, até a última página do conteúdo do artigo. Não
devem ser consideradas a folha de rosto, referências e ilustrações);
A seguinte ordem de apresentação deverá ser respeitada, incluindo-se os itens em
páginas distintas:
o Folha de rosto (página 1);
o Resumo/Abstract (página 2);
o Texto (página 3);
73
o referências (em uma página separada, após o final do texto);
o Ilustrações (iniciar cada uma em uma página separada, após as referências).
O arquivo deverá ser gravado em editor de texto similar à versão 2010 do Word;
O papel deverá ser de tamanho A4 com formatação de margens superior e inferior
(2,5 cm), esquerda e direita (3 cm);
A numeração das páginas deve ser feita no canto inferior direito;
A formatação das referências deverá facilitar a tarefa de revisão e de editoração.
Para isso, deve-se utilizar espaçamento 1,5 entre linhas e fonte tamanho 12, e
estar de acordo com o estilo Vancouver;
As Ilustrações (Figuras e Tabelas) deverão ser inseridas após a seção de
referências, incluindo-se uma ilustração por página, independentemente de seu
tamanho.
Página de rosto deve conter:
a) Título completo em português: (i) deverá ser conciso e evitar palavras desnecessárias
e/ou redundantes, (ii) sem abreviaturas e siglas ou localização geográfica da pesquisa.
b) Sugestão obrigatória de título abreviado para cabeçalho, não excedendo 40 caracteres (incluindo espaços), em português (ou espanhol) e inglês.
c) Título completo em inglês, compatível com o título em português.
d) Nome de cada autor, por extenso. Não abreviar os prenomes. A indicação dos nomes
dos autores, logo abaixo do título do artigo, é limitada a 6. A revista recomenda fortemente
que todos os autores e coautores tenham seus currículos atualizados na Plataforma Lattes,
para submissão de artigos.
e) Informar os dados da titulação acadêmica dos autores (se é mestre, doutor, etc.), a
afiliação institucional atual (somente um vínculo por autor, em 3 níveis, sem abreviaturas ou siglas), além de cidade, estado e país.
f) Indicação do endereço completo da instituição à qual o autor de correspondência está vinculado.
g) Informar telefone e e-mail de todos os autores.
h) Informar, explicitamente, a contribuição de cada um dos autores no artigo. O crédito
de autoria deverá ser baseado em contribuições substanciais, tais como concepção e
desenho, análise e interpretação dos dados, revisão e aprovação da versão final do artigo.
Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima. Redigir a contribuição no idioma que o artigo será publicado.
i) Informar o número de Registro ORCID® (Open Researcher and Contributor ID). Caso
não possua, fazer o cadastro através do link: <https://orcid.org/register>. O registro é gratuito. Saiba mais aqui.
j) Informar se o artigo é oriundo de Dissertação ou Tese, indicando o título, autor, universidade e ano da publicação.
k) Indicar os seguintes itens:
74
Categoria do artigo;
área temática;
Quantidade total de ilustrações (tabelas, quadros e figuras);
Quantidade total de palavras (de acordo com a categoria do manuscrito).
Poderá ser incluída nota de rodapé contendo apoio financeiro e o número do processo e/ou
edital, agradecimentos pela colaboração de colegas e técnicos, em parágrafo não superior
a três linhas. Observação: essa deverá ser a única parte do texto com a identificação dos autores, e outros tipos de notas não serão aceitos (exceto em tradução de citações).
A tramitação do artigo só será iniciada após a inclusão destas informações na
página de rosto.
Resumo
Todos os artigos submetidos em português ou espanhol deverão ter resumo no idioma original e em inglês, com um mínimo de 150 palavras e máximo de 250 palavras.
O texto não deve conter citações e abreviaturas. Destacar no mínimo três e no máximo
seis termos de indexação, utilizando os descritores em Ciência da Saúde - DeCS - da Bireme <http://decs.bvs.br>.
Os artigos submetidos em inglês deverão vir acompanhados de resumo em português,
além do abstract em inglês.
Texto
Com exceção dos manuscritos apresentados como Revisão, Comunicação, Nota Científica
e Ensaio, os trabalhos deverão seguir a estrutura formal para trabalhos científicos:
Introdução
Deve conter revisão da literatura atualizada e pertinente ao tema, adequada à
apresentação do problema, e que destaque sua relevância. Não deve ser extensa, a não ser em manuscritos submetidos como Artigo de Revisão.
Métodos
Deve conter descrição clara e sucinta do método empregado, acompanhada da
correspondente citação bibliográfica, incluindo: procedimentos adotados; universo e
amostra; instrumentos de medida e, se aplicável, método de validação; tratamento estatístico.
Em relação à análise estatística, os autores devem demonstrar que os procedimentos
utilizados foram não somente apropriados para testar as hipóteses do estudo, mas
também corretamente interpretados. Os níveis de significância estatística (ex. p<0,05;
p<0,01; p<0,001) devem ser mencionados.
75
Informar que a pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética credenciado junto ao Conselho Nacional de Saúde e fornecer o número do processo.
Ao relatar experimentos com animais, indicar se as diretrizes de conselhos de pesquisa
institucionais ou nacionais - ou se qualquer lei nacional relativa aos cuidados e ao uso de animais de laboratório -, foram seguidas.
Resultados
Sempre que possível, os resultados devem ser apresentados em tabelas, quadros ou
figuras, elaboradas de forma a serem autoexplicativas e com análise estatística. Evitar repetir dados no texto.
Discussão
Deve explorar, adequada e objetivamente, os resultados, discutidos à luz de outras observações já registradas na literatura.
Conclusão
Apresentar as conclusões relevantes, considerando os objetivos do trabalho, e indicar
formas de continuidade do estudo. Não serão aceitas citações bibliográficas nesta seção.
Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos, em parágrafo não superior a
três linhas, dirigidos a instituições ou indivíduos que prestaram efetiva colaboração para o trabalho.
Anexos: deverão ser incluídos apenas quando imprescindíveis à compreensão do texto. Caberá aos editores julgar a necessidade de sua publicação.
Abreviaturas e siglas: deverão ser utilizadas de forma padronizada, restringindo-se
apenas àquelas usadas convencionalmente ou sancionadas pelo uso, acompanhadas do
significado, por extenso, quando da primeira citação no texto. Não devem ser usadas no título e no resumo.
Referências de acordo com o estilo Vancouver
Devem ser numeradas consecutivamente, seguindo a ordem em que foram mencionadas
pela primeira vez no texto, conforme o estilo Vancouver.
Nas referências com até seis autores, todos devem ser citados. Nas referências com mais
de 6 autores, deve-se citar os seis primeiros, e depois incluir a expressão et al.
As abreviaturas dos títulos dos periódicos citados deverão estar de acordo com o Index Medicus.
80% das referências citadas devem ser dos últimos 5 anos e oriundas de revistas indexadas, e 20%, dos últimos 2 anos.
Não serão aceitas citações/referências de monografias de conclusão de curso de
graduação, de trabalhos de Congressos, Simpósios, Workshops, Encontros, entre outros,
e de textos não publicados (aulas, entre outros).
76
Se um trabalho não publicado, de autoria de um dos autores do manuscrito e/ou de outras
fontes, for citado (ou seja, um artigo in press), é obrigatório enviar cópia da carta de
aceitação (artigo já aprovado com previsão de publicação) da revista que publicará o referido artigo. Caso contrário, a citação/referência será excluída.
Se dados não publicados obtidos por outros pesquisadores forem citados pelo manuscrito,
será necessário incluir uma carta de autorização, do uso dos mesmos por seus autores.
Quando o documento citado possuir o número do DOI (Digital Object Identifier), este
deverá ser informado, dispensando a data de acesso do conteúdo (vide exemplos de material eletrônico). Deverá ser utilizado o prefixo https://doi.org/...
Citações bibliográficas no texto: deverão ser expostas em ordem numérica, em
algarismos arábicos, dentro de colchetes (exemplo: [1], [2], [3]), após a citação, e devem
constar da lista de referências.
Em citações diretas, traduzidas pelos autores, deve constar, em nota de rodapé, o trecho
no idioma original. Na indicação da fonte, deve constar: Tradução minha ou tradução nossa. Exemplo: (Rodgers et al., 2011, tradução nossa).
A exatidão e a adequação das referências a trabalhos que tenham sido
consultados e mencionados no texto do artigo são de responsabilidade do
autor. Todos os trabalhos citados no texto deverão ser listados na seção de Referências.
Exemplos
Artigo em publicação periódica científica impressa
Canuto JMP, Canuto VMP, Lima MHA, Omena ALCS, Morais TML, Paiva AM, et al. Fatores
de risco associados à hipovitaminose D em indivíduos adultos infectados pelo HIV/aids. Arch Endocrinol Metab. 2015;59(1):34-41.
Artigo com mais de seis autores na Internet
Fuermaier ABM, Tucha L, Janneke K, Weisbrod M, Lange KW, Aschenbrenner S, et al.
Effects of methylphenidate on memory functions of adults with ADHD.s Appl Neuropsychol
Adult. 2017 [2017 May 15];24(3):199-211. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/23279095.2015.1124108
Artigo com o n° de DOI
Lazarini FM, Barbosa DA. Intervenção educacional na Atenção Básica para prevenção da
sífilis congênita. Rev Latino-Am Enfermagem. 2017 [citado 2017 maio 2];25:e2845. https://doi.org/10.1590/1518-8345.1612.2845
Livro Damiani D. Endocrinologia na prática pediátrica. 3ª ed. Barueri: Manole; 2016.
Livro em suporte eletrônico
Baranoski MCR. A adoção em relações homoafetivas. Ponta Grossa: UEPG; 2016 [citado
2017 maio 25]. Disponível em: http://books.scielo.org/id/ym6qv
77
Capítulos de livros
Cominetti CR, Horst MM, Aderuza M. Parte 4: nutrientes, genômica nutricional e relação
saúde-doença. In: Cominetti CR, Horst MM, Aderuza M. Genômica Nutricional: dos fundamentos à nutrição molecular. Barueri: Manole; 2015.
Capítulo de livro em suporte eletrônico
Baranoski MCR. Cidadania dos homossexuais. In: Baranoski MCR. A adoção em relações
homoafetivas. Ponta Grossa: UEPG; 2016 [citado 2017 maio 25]. Disponível em:
http://books.scielo.org/id/ym6qv.
Dissertações e teses
Agena F. Avaliação da prevalência de síndrome metabólica, ao longo do primeiro ano pós-
transplante renal [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2017.
Texto em formato eletrônico
Loss S. Nutrição enteral plena vs hipocalórica no paciente crítico. São Paulo: Sociedade
Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; 2017 [acesso 2017 maio 25]. Disponível em:
www.sbnpe.com.br/news-braspen/atualizacao-em-tn/nutricao-enteral-plena-vs-hipocalorica-no-paciente-critico.
Programa de computador
Brubins Comércio de Alimentos e Supergelados. Dietwin: software de nutrição. Porto
Alegre: Brubins Comércio de Alimentos e Supergelados Ltda; 2017.
Para outros exemplos, recomendamos consultar as normas do Committee of Medical
Journals Editors (Grupo Vancouver) <http://www.icmje.org>.
Preparando as ilustrações
São consideradas ilustrações todo e qualquer tipo de tabelas, figuras, gráficos, desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias, mapas, organogramas, diagramas, plantas, quadros,
retratos, etc., que servem para ilustrar os dados da pesquisa. É imprescindível a
informação do local e ano do estudo para artigos empíricos. Não é permitido que
figuras representem os mesmos dados de tabelas ou de dados já descritos no texto.
A quantidade total de ilustrações aceitas por artigo é de 5 (cinco), incluindo todas as tipologias citadas acima.
As ilustrações devem ser inseridas após o item referências, incluindo-se uma ilustração
por página, independentemente de seu tamanho, e também enviadas separadamente em
seu programa original, através da plataforma ScholarOne, no momento da submissão, na
Etapa 6.
As ilustrações devem ser editáveis, sendo aceitos os seguintes programas de edição:
Excel, GraphPrism, SPSS 22, Corel Draw Suite X7 e Word. Sendo assim, poderão ser
submetidas imagens apenas nas seguintes extensões: .cdr, .pzf, .spv, .jpg, .jpeg, .xls,
78
.xlsx, .doc, .docx, .vsdx, .vst. Caso opte pelo uso de outro programa, deverá ser usada a fonte padrão Frutiger, fonte tamanho 7, adotada pela Revista na edição.
As imagens devem possuir resolução igual ou superior a 600 dpi. Gráficos e desenhos
deverão ser gerados em programas de desenho vetorial (Microsoft Excel, CorelDraw,
Adobe Illustrator etc.), acompanhados de seus parâmetros quantitativos, em forma de
tabela e com nome de todas as variáveis.
Não são aceitos gráficos apresentados com as linhas de grade, e os elementos (barras, círculos) não podem apresentar volume (3-D).
O autor se responsabiliza pela qualidade das ilustrações, que deverão permitir redução de
tamanho, sem perda de definição para os tamanhos de uma ou duas colunas (7,5cm e 15cm, respectivamente), pois não é permitido o uso de formato paisagem.
A cada ilustração, deverá ser atribuído um título breve e conciso, sendo numeradas
consecutiva e independentemente, com algarismos arábicos, de acordo com a ordem de menção dos dados. Os quadros e tabelas terão as bordas laterais abertas.
Para Gráficos, deverá ser informado título de todos os eixos.
Todas as colunas de Tabelas e Quadros deverão ter cabeçalhos.
As palavras Figura, Tabela e Anexo, que aparecerem no texto, deverão ser escritas com
a primeira letra maiúscula e acompanhadas do número a que se referirem. Os locais
sugeridos para inserção de figuras e tabelas deverão ser indicados no texto. Os títulos
deverão ser concisos.
Deve-se incluir, sempre que necessário, notas explicativas. Caso haja alguma sigla ou
destaque específico (como o uso de negrito, asterisco, entre outros), esses devem ter seu significado informado na nota de rodapé da ilustração.
Para artigos em outro idioma, que não o português, deve ser observada a tradução correta
das ilustrações, tabelas, quadros e figuras, além da conversão de valores para o idioma
original do artigo.
Caso haja utilização de figuras ou tabelas publicadas em outras fontes, deve-se anexar
documento que ateste a permissão para seu uso, e citada a devida fonte. No caso de
fotografias, é necessário o envio de uma declaração com a autorização para uso de imagem, mesmo que haja tentativa de ocultar a respectiva identidade do fotografado.
Os autores devem garantir que nada no manuscrito infrinja qualquer direito autoral ou
propriedade intelectual de outrem, pois, caso contrário, eles poderão responder
juridicamente, conforme os termos da Lei n° 9.610/98, que consolida a legislação sobre direitos autorais.
O uso de imagens coloridas é recomendável e não possui custos de publicação para o
autor.
Checklist de submissão
Pode-se baixar aqui o Checklist de submissão. Seu preenchimento é obrigatório, e o documento deverá ser assinado e anexado no ScholarOne, junto aos demais documentos.
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Envio de novas versões
Versões reformuladas: a versão reformulada deverá ser encaminhada via site, por meio do link: <http://mc04.manuscriptcentral.com/rn-scielo>.
O(s) autor(es) deverá(ão) enviar apenas a última versão do trabalho.
O texto do artigo deverá empregar fonte colorida (cor azul) ou sublinhar, para todas as
alterações, juntamente a uma carta ao editor, reiterando o interesse em publicar nessa
Revista e informando quais alterações foram processadas no manuscrito, na versão
reformulada. Se houver discordância quanto às recomendações dos revisores, o(s)
autor(es) deverá (ão) apresentar os argumentos que justifiquem sua posição. Caso os
autores não encaminhem o manuscrito revisado e a carta-resposta, no prazo estipulado,
o processo editorial será encerrado, em qualquer etapa da submissão. O título e o número
do protocolo do manuscrito deverão ser especificados.
Após Aceitação
Provas
Serão enviadas provas em PDF aos autores para a correção da arte-final do artigo. As
provas devem retornar ao Núcleo de Editoração na data estipulada (48 horas). Outras mudanças no manuscrito original não serão aceitas nesta fase.
São permitidas apenas correções de grafia, troca de uma palavra ou outra e dados
numéricos nas tabelas e gráficos. Não será aceita inclusão e/ou exclusão de frases,
parágrafos, imagens e referências. Caso encontre algo a ser corrigido, deve-se fazer os devidos apontamentos da seguinte forma:
1) No próprio PDF do artigo, utilizando os recursos disponíveis, ou
anotar em letra maiúscula, na margem do papel, e enviar somente as páginas corrigidas
digitalizadas;
2) Listar em documento do Word, informando: página, coluna (se da direita ou esquerda),
parágrafo correspondente, início da frase e sua respectiva linha.
Os autores deverão assinar os termos de concordância da arte final, cujo modelo será
enviado junto às provas.
Documentos
No momento da submissão, a obrigatoriedade de os autores encaminharem juntamente ao
artigo, a seguinte documentação anexa:
1) Carta de apresentação de artigo para submissão. [Modelo]
2) Checklist de submissão preenchido.
80
3) Declaração do currículo Lattes, atualizado nos últimos 3 meses, de
todos os autores (somente autores brasileiros). [Modelo]
4) Declaração de Registro de Ensaio Clínico, validado pelos critérios da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International Committee
of Medical Journal Editors (ICMJE), e inclusão do n° do registro no final
do resumo (nos casos onde se aplica).
5) Cópia de aprovação do Parecer do Comitê de ética em Pesquisa.
6) Declaração de Certificado de tradução.
Todas as pessoas relacionadas como autores devem assinar os documentos. Na
plataforma Scholar One, eles devem ser inseridos na Etapa 6 da submissão.
Não serão aceitas fotos de assinaturas. São permitidas somente assinaturas escaneadas ou
eletrônicas, a fim de evitar qualquer tipo de fraude. É preferível que a documentação seja enviada digitalizada e em formato PDF.
Revista de Nutrição
Os artigos deverão, obrigatoriamente, ser submetidos por via eletrônica, de acordo com as
instruções publicadas no site <http://mc04.manuscriptcentral.com/rn-scielo>.
Núcleo de Editoração SBI - Campus II Av. John Boyd Dunlop, s/n. Prédio de Odontologia - Jd. Ipaussurama - 13060-904 - Campinas, SP, Brasil
Fone/Fax:+55-19-3343-6875
E-mail: [email protected]
URL: http://www.scielo.br/rn
81
Artigo Científico 2 – CADERNOS DE SAÚDE PÚBLICA
82
Risco de alterações metabólicas entre adolescentes nascidos a termo e prematuros
Risk of metabolic disorders among term and premature adolescents
Riesgo de trastornos metabólicos en adolescentes a términoy prematuros
Fabiula dos Santos Toso1
Claudia Silveira Viera²
Repercussões da prematuridade na adolescência
Prematurity repercussion in adolescence
Repercusiones de la prematuridad en la adolescencia
1Mestranda Biociências e Saúde. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.
Cascavel, Paraná, Brasil. R. Universitária, 2069, CEP 85819-110. (45) 98803.2509.
[email protected]. ORCID: 0000-0003-1974-6921 (Autor correspondente).
²Doutora em Enfermagem em Saúde Pública. Universidade Estadual do Oeste do Paraná -
UNIOESTE. Cascavel, Paraná, Brasil. R. Universitária, 2069, CEP 85819-110. (45) 99912.0066.
[email protected]. ORCID: 0000-0002-0900-4660.
Contribuições dos autores:
1Concepção, planejamento, coleta, análise e interpretação dos dados, redação do artigo.
²Orientação na concepção, planejamento, análise e interpretação dos dados, revisão intelectual
crítica do artigo, responsável pela aprovação final para publicação.
83
Resumo:
Objetivou-se comparar o perfil antropométrico, pressórico, lipídico e glicêmico de adolescentes
nascidos a termo com os nascidos prematuros e identificar a prevalência de marcadores de
síndrome metabólica (SM) nesses grupos. Estudo de desenho transversal, com amostra do tipo
conveniência, composta por 150 adolescentes de 10 a 19 anos de idade, nascidos a termo (AT), e
50 adolescentes nascidos prematuros (PT), residentes em município da região Oeste do Paraná.
Os resultados encontrados apontaram maiores médias nas variáveis Percentil da circunferência
abdominal (CA), pressão arterial sistólica média (PASM), Glicemia e Triglicerídeos (TG) para o
grupo de adolescentes nascidos AT (p<0,05). Os adolescentes do sexo masculino, independentes
da IG, apresentaram maiores valores de CA e glicemia e menores valores de TG, se comparados
às do sexo feminino (p<0,05). Os adolescentes caracterizados com SM apresentaram maiores
valores de CA, Percentil da CA, PASM, pressão arterial diastólica média (PADM) e TG,
independentemente de sua IG (p<0,05). A prevalência de SM foi de 12% entre os adolescentes
AT e entre os nascidos PT apenas de 2% (x2=4,36; p=0,037).
Palavras-chave: Síndrome metabólica; Saúde do Adolescente; Perfil de saúde.
Agradecimentos: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
pelo financiamento do projeto “Repercussões da prematuridade: estresse materno e programação
metabólica após a alta hospitalar”, contemplado no edital universal 014/2014 – Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aprovada pelo processo 457109/2014-9.
Conflito de interesses:Nenhum
84
Abstract:
The objective of this study was to compare the anthropometric, pressure, lipid and glycemic profile
of full-term adolescents with premature births and to identify the prevalence of metabolic
syndrome markers (MS) in these groups. Cross-sectional study with convenience sample
composed of 150 adolescents aged 10 to 19 years, born at term (TA) and 50 adolescents born
premature (PT), living in a municipality in western Paraná. The results showed higher means in
the variables Percentile of abdominal circumference (CA), mean systolic blood pressure (MBP),
Glycemia and Triglycerides (TG) for the group of adolescents born TA (p<0.05). Male
adolescents, independent of GA, presented higher VALUES of CA and glycemia and lower
VALUES of TG when compared to females (p<0.05). Adolescents characterized with MS
presented higher values of CA, CENTILE of CA, MBP, mean diastolic blood pressure (PadM)
and TG, regardless of their GA (p<0.05). The prevalence of MS was 12% among TA adolescents
and among pt births only of 2% (x2=4.36; p=0.037).
Keywords: Metabolic syndrome; Adolescent Health; Health profile.
85
Introdução
A prematuridade é a principal causa de morbimortalidade perinatal e neonatal em todo o
mundo1. No Brasil, em 2016, os nascimentos prematuros corresponderam a 11,11% dos nascidos
vivos2, assim como 17,1% dos óbitos ocorridos no primeiro mês de vida foram decorrentes de
complicações do nascimento prematuro, no ano de 20173. Está associado não somente a problemas
neonatais, mas também a repercussões que podem ser observadas na infância e ao longo do
desenvolvimento4.
Conforme a hipótese da origem do desenvolvimento da saúde e da doença, proposta por
Barker et al.5, tem-se que as condições adversas intra-útero e pós nascimento estão associadas ao
surgimento de doenças cardiovasculares futuras. Durante o desenvolvimento fetal, ocorre a
programação dos sistemas endócrino e cardiovascular, que podem ser afetados com a Restrição
do Crescimento Intra Uterino6, em que as crianças nascidas baixo peso, prematuras ou Pequenas
para Idade Gestacional apresentam não só maior risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, como também risco para desenvolvimento de obesidade, diabetes mellitus-2,
hipertensão, alterações respiratórias, metabólicas e síndrome metabólica na infância, adolescência
e vida adulta6,7,8.
O termo Síndrome Metabólica (SM) define a maior probabilidade de o indivíduo
desenvolver eventos cardiovasculares, devido a uma base fisiopatológica comum entre seus
componentes, relacionado à obesidade central. A International Diabetes Federation – IDF9 sugere
SM em adolescentes acima de 10 anos, quando diagnosticados com a presença de obesidade
abdominal associada à alteração de dois ou mais critérios clínicos, entre eles glicemia de jejum,
pressão arterial, lipoproteína de baixa densidade (colesterol HDL) e triglicerídeos em
concentrações elevadas10.
Na adolescência, ocorrem mudanças no estilo de vida, com redução da prática de atividades
físicas associados a uma alimentação inadequada, propiciando aumento do excesso de peso e de
doenças crônicas11. Portanto, a adolescência, assim como o período fetal e neonatal, constitui-se
em janela crítica para a programação metabólica, e a interação entre os fatores de riscos internos
e externos, a que os indivíduos estão expostos, pode levar a alterações metabólicas e doenças
crônicas na vida adulta12.
Assim, reforçando a hipótese de que crianças com baixo peso apresentam maior
prevalência de alguns componentes da SM, deve-se atentar para mudanças no estilo de vida e
riscos de doenças cardiovasculares13, nos distintos períodos do ciclo vital da criança nascida com
baixo peso e prematura.
86
Para tanto, este estudo tem como objetivo comparar o perfil antropométrico, pressórico,
lipídico e glicêmico de adolescentes nascidos a termo com os nascidos prematuros, identificando
a prevalência de marcadores de síndrome metabólica em ambos os grupos.
Métodos
Este estudo integra o projeto de pesquisa “Repercussões da Prematuridade: do nascimento
a adolescência”, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Unioeste, sob
o parecer nº 2.625.378, em que todos os preceitos éticos foram seguidos.
Trata-se de estudo de abordagem quantitativa e de desenho transversal. A amostra foi do
tipo conveniência, composta por 150 adolescentes, de 10 a 19 anos de idade, nascidos a termo
(AT) e 50 adolescentes nascidos prematuros (PT), ambos residentes em município da região Oeste
do Paraná. Os adolescentes do grupo AT foram captados em colégio estadual e os PT foram
obtidos a partir de banco de dados secundário, de pesquisa realizada por Lopes14.
O convite para participação do estudo foi feito aos adolescentes no colégio do campo da
pesquisa durante o horário de aula. Eles levaram para casa termo informando sobre os aspectos
éticos e legais para autorização e assinatura dos pais/responsáveis - Termo de Compromisso Livre
e Esclarecido – TCLE. Foi entregue o TCLE a todos os adolescentes presentes no dia, totalizando
492 jovens.
Do total de termos entregues inicialmente, no primeiro contato com os adolescentes,
retornaram 215. Destes foram excluídos da amostra: adolescentes nascidos prematuros;
adolescentes cujos termos não estavam assinados pelos pais/responsáveis ou estavam sem
identificação e adolescentes que faltaram no dia da coleta de dados. Assim, a amostra final foi de
150 adolescentes (Figura 1).
87
Figura 1: Fluxograma de captação dos sujeitos para comporem a amostra de adolescentes
nascidos a termo. Cascavel, 2020.
TCLE ENTREGUES
492
EXCLUSÃO
FALTOSOS/TRANSFERIDOS/>20
ANOS
136
10 A 12 ANOS
51
13 A 15 ANOS
66
EXCLUÍDOS
PT (22); SEM AUTORIZAÇÃO
(10)
33
AMOSTRA FINAL
150
TOTAL DE
ALUNOS
628
TCLE SEM
AUTORIZAÇÃO
277
TCLE
RETORNARAM
215
ELEGÍVEIS
182
16 A 19 ANOS
33
88
Os adolescentes elegíveis para o estudo foram chamados na sala de aula, pelos
pesquisadores, para se dirigirem ao espaço de coleta de dados, disponibilizado pelo Colégio. Eles
assinavam um Termo de Assentimento Livre e Esclarecido – TALE para realização da pesquisa,
a qual tinha duração em torno de 30 a 40 minutos e aconteceu durante o mês de setembro de 2018.
As técnicas de coleta de dados seguiram a metodologia proposta no estudo primário,
realizado no primeiro semestre de 2017, com adolescentes nascidos prematuramente.
Assim, foi realizada avaliação física sumária, que compreendeu a aferição da pressão
arterial (PA), sendo utilizado um esfigmomanômetro digital de pulso, da marca Onrom®. Com o
adolescente sentado, foi aferida sua pressão arterial em membro superior direito com o braço
apoiado na altura do coração. Após um intervalo de 10 minutos, em repouso, a pressão foi aferida
novamente e, em seguida, foi realizada a média das duas aferições, para posterior avaliação. A
análise refere-se ao percentil das pressões arteriais diastólicas e sistólicas médias, avaliado com
base na Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC15 e classificados por meio de gráfico de
percentil da altura por idade e sexo, sendo considerado como normal, quando o percentil da PA
esteve abaixo do P90 e elevada, quando ≥ P90. Para adolescentes de 17 a 19 anos, foi classificada
conforme os parâmetros de adultos15, sendo normal, quando Pressão Arterial Sistólica Média
(PASM) < 120 e Pressão Arterial Diastólica Média (PADM) < 80.
Em seguida, fez-se a mensuração antropométrica (peso e estatura). Para a avaliação do
peso, foi utilizada balança do tipo plataforma digital portátil, da marca Líder®, modelo P200m,
com capacidade máxima de 200 kg. Foi verificado, com o adolescente descalço, pés afastados,
posição ereta e usando pouca roupa, sendo o peso registrado em quilogramas (Kg). A estatura foi
realizada com estadiômetro portátil de parede, marca Sanny®, modelo Standard, com escala em
milímetros, com o adolescente descalço, com o calcanhar, glúteo e a cabeça encostados na régua,
joelhos esticados e o olhar direcionado à linha do horizonte, sendo a estatura registrada em
centímetros (cm). A análise foi baseada no Escore-Z do Índice de Massa Corpórea (IMC),
recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizados pelo Ministério da Saúde
(MS) na Caderneta de Saúde do Adolescente. O IMC foi classificado conforme o sexo do
adolescente, considerado como eutrófico (> Escore-z -2 e < Escore-z +1), magreza (> Escore-z -3
e < Escore-z -2 e Magreza Acentuada < Escore-z -3), sobrepeso (> Escore-z +1 e < Escore-z +2)
e obeso (> Escore-z +2)16.
Foi realizada, então, a medida da circunferência abdominal (CA), com uso de fita métrica
inelástica, graduada em milímetros, sendo a medida no ponto médio entre a borda inferior da
89
última costela e a margem superior da crista ilíaca. O adolescente se posicionava ereto, com o
abdome exposto, sendo registrado o valor em centímetros. Os dados foram avaliados com base na
IDF9, classificados como normal, quando Percentil da CA < 90.
Posteriormente, foi realizada a coleta de sangue, por punção capilar para exames
bioquímicos de glicose, colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG), a qual foi realizada somente
pelo pesquisador responsável.
A coleta de exames de glicemia foi realizada com aparelho Accu-Chek® modelo Active,
com o adolescente permanecendo em posição ortostática, com a mão sob a mesa, sendo realizada
punção na lateral da polpa digital do quarto dedo da mão direita, por meio de lancetas automáticas
da marca Premium®. A análise dos resultados foi realizada com base na Sociedade Brasileira de
Diabetes – SBD10, sendo o resultado classificado como normal, quando foi < 100 (jejum) ou < 140
(pós ingestão alimentar). As coletas foram realizadas nos períodos matutino, vespertino e noturno,
assim tivemos como limitação a coleta de sangue em jejum, já que a maioria dos adolescentes
havia se alimentado pouco tempo antes, sendo realizado o registrado da última refeição.
A coleta dos exames de TG e CT foi realizada por meio de aparelho Accuntrend Plus®, da
marca Roche, com tiras-teste para determinação quantitativa de colesterol e TG em sangue capilar
fresco. Conforme as especificações do fabricante, o resultado do exame de colesterol foi
apresentado no intervalo de medição de 150-300mg/dL, com um coeficiente de variação de 0,8 a
3,7%. Já o exame de TG foi apresentado no intervalo de medição de 70-600mg/dL, com um
coeficiente de variação de 3,1 a 3,4%, conforme indicado pelo fabricante. Os resultados foram
avaliados com base nos valores de referência da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas –
SBAC17, classificados como desejável, quando TG < 90mg/dl (jejum) ou <100mg/dl (não jejum)
e CT < 170mg/dl.
Para a análise dos marcadores para SM, seguiu-se a definição da IDF9 utilizada para
crianças e adolescentes, que considera a presença de obesidade abdominal, associada a dois ou
mais critérios clínicos. Para os adolescentes de 17 a 19 anos, considera-se a classificação de
adultos, do National Cholesterol Education Program -NCEP10. Assim, considerou-se CA alterada
quando ≥ P90 e para os adolescentes de 17 a 19 anos, se CA estiver > 102cm no sexo masculino
e > 88cm no sexo feminino. A glicemia foi considerada elevada quando ≥ 100 (jejum) ou≥140 pós
ingestão alimentar, para adolescentes de 17 a 19 anos considera-se elevada quando > 110 em jejum
e >140 pós ingestão alimentar. Com relação à PA, esta se classifica como elevada quando PA
Sistólica/diastólica ≥ 130 ou ≥ 85, assim como as concentrações de TG são consideradas elevadas
90
quando ≥ 150. As concentrações de CT não foram consideradas, já que, para os critérios de
diagnóstico da SM, considera-se somente o colesterol HDL.
A tabulação de dados dos adolescentes nascidos a termo foi realizada em banco de dados
no Programa MicrosoftExcel®, por digitação, com conferência dupla, para posterior comparação
a banco de dados secundário de adolescentes nascidos PT. Para análise dos dados, as variáveis
foram analisadas em dois grupos, adolescentes nascidos AT e adolescentes nascidos PT, e em
relação ao sexo (feminino e masculino).
As variáveis CA, Percentil da CA, Pressão Arterial Sistólica Média (PASM), Pressão
Arterial Diastólica Média (PADM), valores de Glicemia, TG e dados do IMC de adolescentes
nascidos a termo e pré termo foram avaliadas por meio do Teste T-Student para amostras
independentes, a fim de determinar se as médias são estatisticamente similares.
As variáveis relativas aos exames bioquímicos e às medidas antropométricas foram
avaliadas quanto à sua significância, por meio de Análise da Variância Fator Duplo, assumindo,
como fatores fixos, a idade gestacional (IG)- AT e PT e o sexo. Em caso de significância
estatística, foi realizado o teste de acompanhamento LSD-Fisher.
As variáveis relativas às medidas antropométricas foram avaliadas quanto à sua
significância, por meio de Análise da Variância Fator Duplo, assumindo, como fatores fixos, a
idade gestacional e a Síndrome Metabólica (Sim e Não). Em caso de significância estatística, foi
realizado o teste de acompanhamento LSD-Fisher.
Foi calculada a prevalência de SM, considerando apenas a IG, assim como a combinação
entre IG e sexo. As frequências foram comparadas entre as IG, por meio do teste de Qui Quadrado
para k proporções, enquanto a associação entre IG e sexo foi avaliada por meio do teste de Qui
Quadrado para Independência.
As análises foram realizadas com α=5% de significância estatística, com os programas
licenciados XLSTat versão 201718 e R19.
Resultados
Ao realizar as comparações das variáveis antropométricas, pressóricas, glicêmicas e
lipídicas e a idade gestacional, foram observadas diferenças estatísticas significativas entre as
médias das variáveis Percentil da CA, PASM, Glicemia e Triglicerídeos entre os grupos (Tabela
1), com maiores médias observadas entre adolescentes nascidos a termo.
91
Tabela 1
Médias do Perfil antropométrico, pressórico, lipídico e glicêmico de adolescentes nascidos a termo (N=150) e
pré-termo (N=50). Cascavel-PR, Brasil, 2019.
Variável A Termo Pré-Termo p-valor
CA 76,14+11,45 72,42+13,65 0,0599
Percentil da CA 55,33+26,95 41,80+30,32 0,0033
PASM 111,94+12,97 107,44+12,36 0,0327
PADM 71,77+10,15 71,15+8,65 0,7005
Glicemia 107,89+13,35 101,10+12,93 0,0019
Triglicerídeos 159,25+104,34 101,57+67,31 < 0,0001
IMC 21,55+4,52 20,68+4,97 0,2509
CA: Circunferência Abdominal. PASM: Pressão Arterial Sistólica Média. PADM: Pressão Arterial Diastólica Média.
IMC: Índice de Massa Corpórea.
Verificou-se que adolescentes do sexo masculino, independentemente da IG, apresentaram
maiores valores de CA e glicemia, bem como menores valores de TG quando comparados às do
sexo feminino (p<0,05).
Em nenhuma das variáveis houve interação estatisticamente significativa entre os fatores
IG e sexo (p>0,05), o que indica que a interação de tais fatores não promove efeitos significativos
sobre as variáveis estudadas (Tabela 2).
92
Tabela 2
Perfil pressórico, lipídico e glicêmico de adolescentes nascidos a termo (N=150) e pré-termo (N=50), relacionados ao sexo.
Cascavel-PR, Brasil, 2019.
Variável
A Termo Pré-Termo p-valor
Masculino Feminino Masculino Feminino Grupo Sexo Interação
Circunferência
Abdominal
78,31+
12,05
a*
74,77+
10,90
ab*
74,33+
15,33
ab*
70,35+
11,53
b*
0,06 0,03 0,91
Percentil da
Circunferência
Abdominal
54,4+
29,46
a*
55,92+
25,39
a*
36,54+
31,39
b*
47,50+
28,67
ab*
<0,01 0,32 0,30
PASM
113,77+
13,75
a*
110,79+
12,39
ab*
106,92+
13,20
b*
108,00+
11,64
ab*
0,03 0,30 0,34
PADM
72,05+
10,81
a*
71,59+
9,77
a*
70,1+
8,85
a*
72,29+
8,47
a*
0,70 0,87 0,41
Glicemia
110,88+
13,00
a*
106,01+
13,29
b*
102,19+
14,23
bc*
99,92+
11,54
c*
<0,01 0,03 0,55
Triglicerídeos
142,62+
88,67
a*
169,73+
112,32
a*
89,04+
55,79
c*
114,63+
76,54
b*
<0,001 0,06 0,96
PASM: Pressão Arterial Sistólica Média. PADM: Pressão Arterial Diastólica Média. *Letras iguais indicam similaridade
estatística (p>0,05); Letras diferentes indicam diferenças estatísticas (p<0,05).
Comparando os adolescentes de ambos os grupos, quanto à presença ou à ausência de SM,
fica evidente que, independentemente de ter ou não síndrome metabólica, os adolescentes nascidos
AT possuem maiores médias de CA, Percentil da CA, PASM, glicemia e TG, em relação aos
nascidos PT (p<0,05)(Tabela 3), conforme já detectado na primeira análise aqui descrita.
Evidentemente, os adolescentes que possuíam critérios para SM, mas sem considerar sua
IG, apresentaram maiores valores de CA, Percentil da CA, PASM, PADM e TG (p<0,05).
Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os fatores IG e SM (p>0,05)
93
(Tabela 3), indicando, portanto, que a interação de tais fatores não promove efeitos sobre as
variáveis analisadas.
Tabela 3
Perfil pressórico, lipídico e glicêmico e faixa etária de adolescentes nascidos a termo (N=150) e pré-termo (N=50),
relacionados à presença ou ausência de Síndrome Metabólica. Cascavel-PR, Brasil, 2019.
Variável AT PT p-valor
Sim Não Sim Não Grupo SM Interação
CA 92,6±7,6a* 73,9±10,0b* 110,5a* 71,6±12,6b* 0,03 <0,001 0,07
Percentil da CA 89,2±3,5a* 50,7±25,4a* 90,0a* 40,8±29,8a* <0,01 <0,001 0,69
PASM 123,4±14,6a* 110,4±12,0b* 135,0a* 106,9±11,8b* 0,02 <0,001 0,23
PADM 79,4±10,7a* 70,7±9,7a* 85,0a* 70,9±8,5a* 0,69 <0,001 0,58
Glicemia 110,2±15,2a* 107,6±13,1a* 125,0a* 100,6±12,6a* <0,01 0,22 0,11
Triglicerídeos 212,3±119,0a* 152,0±100,5a* 303,0a* 97,4±61,2b* <0,001 <0,01 0,14
Faixa etária 14±2a* 14±2a* 14a* 13±2a* 0,50 0,46 0,91
CA: Circunferência Abdominal. PASM: Pressão Arterial Sistólica Média. PADM: Pressão Arterial Diastólica Média. *Letras
iguais indicam similaridade estatística (p>0,05); Letras diferentes indicam diferenças
Foi observado que adolescentes nascidos AT apresentaram prevalência de 12% de SM,
enquanto os nascidos PT apenas 2% (x2=4,36; p=0,037). Quando avaliada a associação da
prevalência de SM entre IG e sexo, não houve associação estatística significativa entre as
categorias (x2=1,17; p=0,279) (Tabela 4).
Contudo, ressalta-se que, ao realizar a comparação apenas da proporção de adolescentes
com SM, em relação à IG, foi possível verificar que aqueles nascidos AT apresentaram
significativamente maior prevalência de SM, quando comparados aos nascidos PT (x2=4,36;
p=0,037).
94
Tabela 4
Prevalência de Síndrome Metabólica em adolescentes nascidos a termo (N=150) e pré-termo (N=50). Cascavel-PR,
Brasil, 2019.
Síndrome Metabólica
Idade Gestacional NÃO SIM Prevalência Total Geral
A Termo 132 18 12% 150
Masculino 50 8 14% 58
Feminino 82 10 11% 92
Pré-Termo 49 1 2% 50
Masculino 25 1 4% 26
Feminino 24 0 0% 24
Discussão
A prevalência de excesso de peso está cada vez maior entre os adolescentes, situação
associada a hábitos alimentares e a estilos de vida inadequados, os quais tornam os distúrbios
metabólicos cada vez mais presentes. Em nosso estudo, a comparação dos perfis antropométrico,
pressórico, lipídico e glicêmico dos adolescentes nascidos AT com os dos nascidos PT evidenciou
maior frequência de alterações nos perfis do grupo nascido AT.
Conforme revisão sistemática de artigos publicados entre os anos 2014 e 2018, a
prevalência de excesso de peso encontrada no Brasil foi de 25,5%, sendo maior entre os meninos
da região Sul e Sudeste20. Estudo desenvolvido no estado do Piauí aponta excesso de peso em
16,8% dos adolescentes, resultado inferior à média nacional21. No entanto, em um município da
região Sudoeste do estado do Paraná, apresentou-se uma média de IMC semelhante ao nosso22,23.
Foi relatada a associação entre o percentual de gordura corporal e o aumento das frações
lipídicas (CT e HDL), mais evidente entre as crianças e adolescentes do sexo masculino26,
contrapondo-se ao nosso estudo, em que a prevalência foi maior nas concentrações de TG
alterados (Tabela 2). Em estudo realizado com crianças e adolescentes, em município do Rio
Grande do Sul, a prevalência de hipertrigliceridemia foi semelhante ao nosso, com maior elevação
no sexo feminino24.
Estudo de base nacional não apresentou diferenças na prevalência de hipertrigliceridemia
relacionada ao sexo (masculino média de 76,4mg/dl e feminino 79,3mg/dl)25, apresentando, assim
95
como em município da região Sudoeste do Paraná, médias inferiores às nossas22,23. No estado do
Espirito Santo, a prevalência de TG alterados entre as crianças e adolescentes também foi
semelhante entre os sexos (meninas 19,3% e meninos 20,8%), com índices de CA em 19% e 14,9%
(meninas e meninos, respectivamente)26.
A deposição central de gordura abdominal entre os adolescentes aumenta os fatores de
riscos cardiometabólicos27. Em nosso estudo, o sexo masculino apresentou maiores índices de CA
e glicemia elevados, resultado semelhante encontrado na região norte do país28. No entanto, na
região Sudoeste do Paraná, não foram encontradas divergências nos valores da CA e glicemia,
com relação ao sexo, sendo as concentrações glicêmicas, em valores, inferiores ao nosso22,23.
Devido a divergências na literatura, com relação à definição de SM para crianças e
adolescentes, vêm sendo realizados estudos para identificar uma melhor forma de diagnóstico.
Assim, estudo realizado no Paraná comparou três critérios de diagnóstico utilizados, apontando
prevalência de 1,7% de SM, conforme os critérios propostos pela IDF, 3,3% de acordo com os
critérios de Cook e 17,4% empregando os critérios de Ferranti29, identificando, então, diferença
estatística significativa entre as classificações. Nosso estudo foi baseado nos critérios da IDF e
teve uma prevalência de SM no grupo AT superior ao PT (Tabela 4).
Em município de Santa Catarina, a prevalência de SM foi de 14,1%, utilizando-se outro
critério, o da National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panell III (NCEP-ATP
III). Adolescentes com SM apresentaram maiores concentrações de TG, CA, glicemia, PA e
excesso de peso em comparação aos sem SM, semelhante ao apontado em nosso estudo30.
No Brasil, a prevalência de SM, em municípios com mais de 100.000 habitantes, foi de
2,6%, com destaque para os municípios do interior da região Sul, os quais apresentaram 4,1% de
SM. A maior prevalência foi entre os adolescentes do sexo masculino, semelhante ao nosso estudo.
Entre os adolescentes com obesidade, a prevalência aumentou mais de seis vezes, em relação
àqueles com sobrepeso31. Em município do estado do Paraná, a prevalência de SM foi de 5,4%
entre os adolescentes de ambos os sexos23.
Pesquisa desenvolvida em capital da região Norte do Brasil aponta prevalência de SM de
7% entre os adolescentes, também destacando maior risco entre os adolescentes obesos28. Na
mesma região, evidenciou-se prevalência de SM de 3,3%. Quando associada à qualidade da dieta
dos adolescentes, tem-se maior risco de TG e PA alterados, com a redução no consumo de produtos
lácteos nessa faixa etária, assim como a redução no consumo de vegetais verde-escuro e laranja
aumentaram ainda mais o risco de concentrações de HDL mais baixos21.
96
No Irã, a prevalência de SM foi de 4%, sendo 3% entre os adolescentes do sexo masculino
e 5% entre os do sexo feminino. Ao analisar os fatores de risco metabólicos entre os adolescentes
com SM, os resultados das PAS e PAD, entre aqueles com SM, foram semelhantes aos nossos,
bem superiores aos que não tinham SM. O estudo sugere a relação da cintura hipertrigliceridêmica,
ou seja, a presença de adiposidade abdominal associada à hipertrigliceridemia, como ferramenta
para triagem de alguns fatores de risco cardiometabólicos, visto que cerca de 70% dos adolescentes
com esse fenótipo atenderam aos critérios da IDF para SM27.
Nosso estudo tem como limitação o desenho transversal, pois avalia uma exposição em um
único momento, o n amostral ser reduzido e amostra ser do tipo conveniência, bem como não ter
sido realizado exames de colesterol fracionado.
Conclusão
Identificou-se que os adolescentes nascidos AT apresentaram maiores médias nas variáveis
Percentil da CA, PASM, Glicemia e TG, independentemente de possuir SM ou não. A prevalência
de SM foi maior entre os nascidos AT. No entanto, ao associar a prevalência de SM entre IG e
sexo, não houve associação estatística significativa entre as categorias.
97
Referências
1. World Health Organization. Recommendations on interventions to improve preterm birth
outcomes: World Health Organization; 2015.
2. Sistema de Informação Sobre Nascido Vivo. Dados nascidos vivos residentes em Cascavel
[acesso em 22 mai 2019]. Disponível em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvuf.def.
3. Fundo das Nações Unidas Para a Infância. Dados do Unicef: Monitorando a situação de
crianças e mulheres [acesso em 22 mai 2019]. Disponível em:
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INSTRUÇÕES AOS AUTORES
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Cadernos de Saúde Pública (CSP) publica artigos originais com elevado mérito científico, que contribuem com o estudo da Saúde Coletiva/Saúde Pública em geral e disciplinas afins. Desde janeiro de 2016, a revista é publicada por meio eletrônico. CSP utiliza o modelo de publicação continuada, publicando fascículos mensais. Recomendamos aos autores a leitura atenta das instruções antes de submeterem seus artigos a CSP. 1. CSP ACEITA TRABALHOS PARA AS SEGUINTES SEÇÕES:
1.1 – Perspectivas: análises de temas conjunturais, de interesse imediato, de importância para a Saúde Coletiva (máximo de 2.200 palavras). 1.2 – Debate: análise de temas relevantes do campo da Saúde Coletiva. Sua publicação é acompanhada por comentários críticos assinados por renomados pesquisadores, convidados a critérios das Editoras, seguida de resposta do autor do artigo principal (máximo de 6.000 palavras e 5 ilustrações). 1.3 – Espaço Temático: seção destinada à publicação de 3 a 4 artigos versando sobre tema comum, relevante para a Saúde Coletiva. Os interessados em submeter trabalhos para essa Seção devem consultar as Editoras. 1.4 – Revisão: revisão crítica da literatura sobre temas pertinentes à Saúde Coletiva (máximo de 8.000 palavras e 5 ilustrações). São priorizadas as revisões sistemáticas, que devem ser submetidas em inglês. São aceitos, entretanto, outros tipos de revisões, como narrativas e integrativas. Toda revisão sistemática deverá ter seu protocolo publicado ou registrado em uma base de registro de revisões sistemáticas como, por exemplo, o PROSPERO. O Editorial 32(9) discute sobre as revisões sistemáticas (Leia mais). 1.5 – Ensaio: texto original que desenvolve um argumento sobre temática bem delimitada (máximo 8.000 palavras e 5 ilustrações) (Leia mais). O Editorial 29(6) aborda a qualidade das informações dos ensaios clínicos. 1.6 – Questões Metodológicas: artigos cujo foco é a discussão, comparação ou avaliação de aspectos metodológicos importantes para o campo, seja na área de desenho de estudos, análise de dados, métodos qualitativos ou instrumentos de aferição epidemiológicos (máximo de 6.000 palavras e 5 ilustrações) (Leia mais). 1.7 – Artigo: resultado de pesquisa de natureza empírica com abordagens e enfoques diversos (máximo de 6.000 palavras e 5 ilustrações). Dentro dos diversos tipos de estudos empíricos, apresentamos dois exemplos: artigo de pesquisa etiológica na epidemiologia e artigo utilizando metodologia qualitativa. Para informações adicionais sobre diagramas causais, ler o Editorial 32(8). 1.8 – Comunicação Breve: relato de resultados de pesquisa que possam ser apresentados de forma sucinta (máximo de 1.700 palavras e 3 ilustrações). 1.9 – Cartas: crítica a artigo publicado em fascículo anterior de CSP (máximo de 700 palavras). 1.10 – Resenhas: crítica de livro relacionado ao campo temático de CSP, publicado nos últimos dois anos (máximo de 1.400 palavras). As Resenhas devem conter título e referências bibliográficas. As informações sobre o livro resenhado devem ser apresentadas no arquivo de texto. 2. NORMAS PARA ENVIO DE ARTIGOS
2.1 – CSP publica somente artigos inéditos e originais, e que não estejam em avaliação em nenhum outro periódico simultaneamente. Os autores devem declarar essas condições no processo de submissão. Caso seja identificada a publicação ou submissão simultânea em outro periódico, o artigo será desconsiderado. A submissão simultânea de um artigo científico a mais de um periódico constitui grave falta de ética do autor. 2.2 – Não há taxas para submissão e avaliação de artigos. 2.3 – Serão aceitas contribuições em Português, Inglês ou Espanhol. 2.4 – Notas de rodapé, de fim de página e anexos não serão aceitos. 2.5 – A contagem de palavras inclui somente o corpo do texto e as referências bibliográficas, conforme item 6 (Passo a passo). 2.6 – Todos os autores dos artigos aceitos para publicação serão automaticamente inseridos no banco de consultores de CSP, se comprometendo, portanto, a ficar à disposição para avaliarem artigos submetidos nos temas referentes ao artigo publicado.
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3. PUBLICAÇÃO DE ENSAIOS CLÍNICOS
3.1 – Artigos que apresentem resultados parciais ou integrais de ensaios clínicos devem, obrigatoriamente, ser acompanhados do número e entidade de registro do ensaio clínico. 3.2 – Essa exigência está de acordo com a recomendação do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME)/Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o Registro de Ensaios Clínicos a serem publicados com base em orientações da OMS, do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) e do Workshop ICTPR. 3.3 – As entidades que registram ensaios clínicos segundo os critérios do ICMJE são: • Australian New Zealand Clinical Trials Registry (ANZCTR) • Clinical Trials • International Standard Randomised Controlled Trial Number (ISRCTN) • Nederlands Trial Register (NTR) • UMIN Clinical Trials Registry (UMIN-CTR) • WHO International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP) 4. FONTES DE FINANCIAMENTO
4.1 – Os autores devem declarar todas as fontes de financiamento ou suporte, institucional ou privado, para a realização do estudo. 4.2 – Fornecedores de materiais ou equipamentos, gratuitos ou com descontos, também devem ser descritos como fontes de financiamento, incluindo a origem (cidade, estado e país). 4.3 – No caso de estudos realizados sem recursos financeiros institucionais e/ou privados, os autores devem declarar que a pesquisa não recebeu financiamento para a sua realização. 5. CONFLITO DE INTERESSES
5.1 – Os autores devem informar qualquer potencial conflito de interesse, incluindo interesses políticos e/ou financeiros associados a patentes ou propriedade, provisão de materiais e/ou insumos e equipamentos utilizados no estudo pelos fabricantes. 6. COLABORADORES E ORCID
6.1 – Devem ser especificadas quais foram as contribuições individuais de cada autor na elaboração do artigo. 6.2 – Lembramos que os critérios de autoria devem basear-se nas deliberações do ICMJE, que determina o seguinte: o reconhecimento da autoria deve estar baseado em contribuição substancial relacionada aos seguintes aspectos: 1. Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; 2. Redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; 3. Aprovação final da versão a ser publicada; 4. Ser responsável por todos os aspectos do trabalho na garantia da exatidão e integridade de qualquer parte da obra. Essas quatro condições devem ser integralmente atendidas. 6.3 – Todos os autores deverão informar o número de registro do ORCID no cadastro de autoria do artigo. Não serão aceitos autores sem registro. 6.4 – Os autores mantêm o direito autoral da obra, concedendo à publicação Cadernos de Saúde Pública o direito de primeira publicação. 7. AGRADECIMENTOS
7.1 – Possíveis menções em agradecimentos incluem instituições que, de alguma forma, possibilitaram a realização da pesquisa e/ou pessoas que colaboraram com o estudo, mas que não preencheram os critérios para serem coautores. 8. REFERÊNCIAS
8.1 – As referências devem ser numeradas de forma consecutiva, de acordo com a ordem em que forem sendo citadas no texto. Devem ser identificadas por números arábicos sobrescritos (por exemplo: Silva 1). As referências citadas somente em tabelas, quadros e figuras devem ser numeradas a partir do número da última referência citada no texto. As referências citadas deverão ser listadas ao final do artigo, em ordem numérica, seguindo as normas gerais dos Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados a Periódicos Biomédicos. Não serão aceitas as referências em nota de rodapé ou fim de página. 8.2 – Todas as referências devem ser apresentadas de modo correto e completo. A veracidade das informações contidas na lista de referências é de responsabilidade do(s) autor(es). 8.3 – No caso de usar algum software de gerenciamento de referências bibliográficas (por exemplo: End Note), o(s)
autor(es) deverá(ão) converter as referências para texto.
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9. NOMENCLATURA
9.1 – Devem ser observadas as regras de nomenclatura zoológica e botânica, assim como abreviaturas e convenções adotadas em disciplinas especializadas. 10. ÉTICA E INTEGRIDADE EM PESQUISA
10.1 – A publicação de artigos que trazem resultados de pesquisas envolvendo seres humanos está condicionada ao cumprimento dos princípios éticos contidos na Declaração de Helsinki (1964, reformulada em 1975, 1983, 1989, 1996, 2000, 2008 e 2013), da Associação Médica Mundial. 10.2 – Além disso, deve ser observado o atendimento a legislações específicas (quando houver) do país no qual a pesquisa foi realizada, informando protocolo de aprovação em Comitê de Ética quando pertinente. Essa informação deverá constituir o último parágrafo da seção Métodos do artigo. 10.3 – O Conselho Editorial de CSP se reserva o direito de solicitar informações adicionais sobre os procedimentos éticos executados na pesquisa. 10.4 – CSP é filiado ao COPE (Committee on Publication Ethics) e adota os preceitos de integridade em pesquisa recomendados por esta organização. Informações adicionais sobre integridade em pesquisa, leia o Editorial 34(1).
Passo-a-passo 1. PROCESSO DE SUBMISSÃO ONLINE
1.1 – Os artigos devem ser submetidos eletronicamente, por meio do sítio do Sistema de Avaliação e Gerenciamento de Artigos (SAGAS), disponível em: http://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/. 1.2 - Outras formas de submissão não serão aceitas. As instruções completas para a submissão são apresentadas a seguir. No caso de dúvidas, entre em contado com o suporte sistema SAGAS pelo e-mail: [email protected]. 1.3 – Inicialmente, o autor deve entrar no sistema SAGAS. Em seguida, deve inserir o nome do usuário e a senha para ir à área restrita de gerenciamento de artigos. Novos usuários do sistema SAGAS devem realizar o cadastro em “Cadastre-se”, na página inicial. Em caso de esquecimento de sua senha, solicite o envio automático da mesma em “Esqueceu sua senha?”. 1.4 – Para os novos usuários, após clicar em “Cadastre-se”, serão direcionados para o cadastro no sistema SAGAS, no qual haverá as seguintes solicitações: Digite seu nome, endereço, e-mail, telefone, instituição. 2. ENVIO DO ARTIGO
2.1 – A submissão online é feita na área restrita de gerenciamento de artigos. O autor deve acessar a seção “Submeta seu texto”. 2.2 – A primeira etapa do processo de submissão consiste na verificação às normas de publicação de CSP. O artigo somente será avaliado pela Secretaria Editorial de CSP se cumprir todas essas normas. 2.3 – Na segunda etapa, são inseridos os dados referentes ao artigo: título, título resumido, área de concentração, palavras-chave, informações sobre financiamento e conflito de interesses, resumo e agradecimentos, quando necessário. Se desejar, o autor pode sugerir potenciais consultores (nome, e-mail e instituição) que ele julgue capaz de avaliar o artigo. 2.4 – Na terceira etapa, são incluídos o(s) nome(s) do(s) autor(es), respectiva(s) instituição(ões) por extenso, com endereço completo, telefone e e-mail, bem como a colaboração de cada um e o respectivo número de registro no ORCID (https://orcid.org/). Não serão aceitos autores sem registro. O autor que cadastrar o artigo, automaticamente, será incluído como autor do artigo e designado autor de correspondência. A ordem dos nomes dos autores deverá ser estabelecida no momento da submissão 2.5 – Na quarta etapa, é feita a transferência do arquivo com o corpo do texto e as referências. 2.6 – O arquivo com o texto do artigo deve estar nos formatos DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format) ou ODT (Open Document Text) e não deve ultrapassar 1MB. 2.7 – O texto deve ser apresentado em espaço 1,5cm, fonte Times New Roman, tamanho 12. 2.8 – O arquivo com o texto deve conter somente o corpo do artigo e as referências bibliográficas. Os seguintes itens deverão ser inseridos em campos à parte durante o processo de submissão: resumos; nome(s) do(s) autor(es), afiliação ou qualquer outra informação que identifique o(s) autor(es); agradecimentos e colaborações; ilustrações (fotografias, fluxogramas, mapas, gráficos e tabelas). 2.9 – Na quinta etapa, são transferidos os arquivos das ilustrações do artigo (fotografias, fluxogramas, mapas, gráficos e tabelas), quando necessário. Cada ilustração deve ser enviada em arquivo separado, clicando em “Transferir”. 2.10 – Os autores devem obter autorização, por escrito, dos detentores dos direitos de reprodução de ilustrações que já tenham sido publicadas anteriormente. 2.11 – Finalização da submissão. Ao concluir o processo de transferência de todos os arquivos, deve-se clicar em “Finalizar Submissão”. 2.12 – Confirmação da submissão. Após a finalização da submissão, o autor receberá uma mensagem por e-mail confirmando o recebimento do artigo pelos CSP. Caso não receba o e-mail de confirmação dentro de 24 horas, deverá entrar em contato com a Secretaria Editorial de CSP no endereço: [email protected] ou [email protected].
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3 - ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DO ARTIGO
3.1 – O autor poderá acompanhar o fluxo editorial do artigo pelo sistema SAGAS. As decisões sobre o artigo serão comunicadas por e-mail e disponibilizadas no sistema SAGAS.
1.2 – O contato com a Secretaria Editorial de CSP deverá ser feito pelo sistema SAGAS. 4. ENVIO DE NOVAS VERSÕES DO ARTIGO
4.1 – Novas versões do artigo devem ser encaminhadas, usando-se a área restrita de gerenciamento de artigos http://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/ do sistema SAGAS, acessando o artigo e utilizando o link “Submeter nova versão”. 5. PROVA DE PRELO
5.1 – A prova de prelo será acessada pelo(a) autor(a) de correspondência por meio do site http://cadernos.ensp.fiocruz.br/publicar/br/acesso/login. Para visualizar a prova do artigo, será necessário o programa Adobe Reader ou um similar. Esse programa pode ser instalado gratuitamente pelo site: http://www.adobe.com/products/acrobat/readstep2.html. 5.2 - Para acessar a prova de prelo e as declarações, o(a) autor(a) de correspondência deverá acessar o link do sistema: http://cadernos.ensp.fiocruz.br/publicar/br/acesso/login, utilizando login e senha já cadastrados em nosso site. Os arquivos estarão disponíveis na aba "Documentos". Seguindo o passo a passo 5.2.1 – Na aba “Documentos”, deve baixar o arquivo PDF com o texto e as declarações (Aprovação da Prova de Prelo, Cessão de Direitos Autorais (Publicação Científica) e Termos e Condições). 5.2.2 – Deve-se encaminhar, para cada um dos autores, a prova de prelo e a declaração de Cessão de Direitos Autorais (Publicação Científica). 5.2.3 – Cada autor(a) deverá verificar a prova de prelo e assinar a declaração de Cessão de Direitos Autorais (Publicação Científica), o autor de correspondência também deverá assinar o documento de Aprovação da Prova de Prelo e indicar eventuais correções a serem feitas na prova. 5.2.4 – As declarações assinadas pelos autores deverão ser escaneadas e encaminhadas via sistema, na aba “Autores”, pelo autor de correspondência. O upload de cada documento deverá ser feito selecionando o autor e a
declaração correspondente. 5.2.5 – Informações importantes para o envio de correções na prova: 5.2.5.1 – A prova de prelo apresenta numeração de linhas para facilitar a indicação de eventuais correções. 5.2.5.2 – Não serão aceitas correções feitas diretamente no arquivo PDF. 5.2.5.3 – As correções deverão ser listadas na aba “Conversas”, indicando o número da linha e a correção a ser feita. 5.3 – Após inserir a documentação assinada e as correções, deve-se clicar em “Finalizar” e assim concluir a etapa. 5.4 – As declarações assinadas pelos autores e as correções a serem feitas deverão ser encaminhadas via sistema (http://cadernos.ensp.fiocruz.br/publicar/br/acesso/login) no prazo de 72 horas. 6. PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO
Para a preparação do manuscrito, os autores deverão atentar para as seguintes orientações: 6.1 – O título completo (no idioma original do artigo) deve ser conciso e informativo, e conter, no máximo, 150 caracteres com espaços. 6.2 – O título corrido poderá ter o máximo de 70 caracteres com espaços. 6.3 – As palavras-chave (mínimo de 3 e máximo de 5 no idioma original do artigo) devem constar na base do DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual em Saúde BVS. 6.4 – Resumo. Com exceção das contribuições enviadas às seções Resenhas, Cartas, Comentários ou Perspectivas, todos os artigos submetidos deverão ter resumo no idioma original do artigo, podendo ter no máximo 1.700 caracteres com espaços. Visando a ampliar o alcance dos artigos publicados, CSP publica os resumos nos idiomas português, inglês e espanhol. No intuito de garantir um padrão de qualidade do trabalho, oferecemos gratuitamente a tradução do Resumo para os idiomas a serem publicados. Não são aceitos equações e caracteres especiais (por exemplo: letras gregas, símbolos) no Resumo. 6.4.1 – Como o Resumo do artigo alcança maior visibilidade e distribuição do que o artigo em si, indicamos a leitura atenta da recomendação específica para sua elaboração (Leia mais). 6.5 – Equações e Fórmulas: as equações e fórmulas matemáticas devem ser desenvolvidas diretamente nos editores (Math, Equation, Mathtype ou outros que sejam equivalentes). Não serão aceitas equações e fórmulas em forma de imagem. 6.6 – Agradecimentos. Possíveis agradecimentos às instituições e/ou pessoas poderão ter no máximo 500 caracteres com espaços. 6.7 – Quadros. Destina-se a apresentar as informações de conteúdo qualitativo, textual do artigo, dispostas em linhas e/ou colunas. Os quadros podem ter até 17cm de largura, com fonte de tamanho 9. Devem ser submetidos em arquivo text: DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format) ou ODT (Open Document TEXT). Cada dado do quadro deve ser inserido em uma célula separadamente, ou seja, não incluir mais de uma informação dentro da mesma célula.
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6.8 – Tabelas. Destina-se a apresentar as informações quantitativas do artigo. As tabelas podem ter até 17cm de largura, com fonte de tamanho 9. Devem ser submetidas em arquivo de texto: DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format) ou ODT (Open Document Text). As tabelas devem ser numeradas (algarismos arábicos) de acordo com a ordem em que aparecem no texto, e citadas no corpo do mesmo. Cada dado na tabela deve ser inserido em uma célula separadamente, e dividida em linhas e colunas. Ou seja, não incluir mais de uma informação dentro da mesma célula. 6.9 – Figuras. Os seguintes tipos de figuras serão aceitos por CSP: mapas, gráficos, imagens de satélite, fotografias, organogramas, e fluxogramas. As Figuras podem ter até 17cm de largura. O arquivo de cada figura deve ter o tamanho máximo de 10Mb para ser submetido, deve ser desenvolvido e salvo/exportado em formato vetorial/editável. As figuras devem ser numeradas (algarismos arábicos) de acordo com a ordem em que aparecem no texto, e devem ser citadas no corpo do mesmo. 6.9.1 – Os mapas devem ser submetidos em formato vetorial e são aceitos nos seguintes tipos de arquivo: WMF (Windows Meta File), EPS (Encapsuled Post Script) ou SVG (Scalable Vectorial Graphics). Nota: os mapas gerados originalmente em formato de imagem e depois exportados para o formato vetorial não serão aceitos. 6.9.2 – Os gráficos devem ser submetidos em formato vetorial e são aceitos nos seguintes tipos de arquivo: XLS (Microsoft Excel), ODS (Open Document Spreadsheet), WMF (Windows MetaFile), EPS (Encapsuled Post Script) ou SVG (Scalable Vectorial Graphics). 6.9.3 – As imagens de satélite e fotografias devem ser submetidas nos seguintes tipos de arquivo: TIFF (Tagged Image File Format) ou BMP (Bitmap). A resolução mínima deve ser de 300dpi (pontos por polegada), com tamanho mínimo de 17,5cm de largura. O tamanho limite do arquivo deve ser de 10Mb. 6.9.4 – Os organogramas e fluxogramas devem ser submetidos em arquivo de texto ou em formato vetorial e são aceitos nos seguintes tipos de arquivo: DOC (Microsoft Word), RTF (Rich Text Format), ODT (Open Document Text), WMF (Windows MetaFile), EPS (Encapsuled PostScript) ou SVG (Scalable Vectorial Graphics). 6.9.5 – Formato vetorial. O desenho vetorial é originado com base em descrições geométricas de formas e normalmente é composto por curvas, elipses, polígonos, texto, entre outros elementos, isto é, utilizam vetores matemáticos para sua descrição. 6.10 – Títulos e legendas de figuras devem ser apresentados em arquivo de texto separado dos arquivos das figuras. 6.11 – CSP permite a publicação de até cinco ilustrações (Figuras e/ou Quadros e/ou Tabelas) por artigo. Ultrapassando esse limite, os autores deverão arcar com os custos extras.
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CONSIDERAÇÕES/CONCLUSÕES FINAIS
Compreende-se que apresentar o perfil sociodemográfico, antropométrico,
pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo, comparando-os à
coorte semelhante de adolescentes nascidos pré-termo, possibilitou verificar que não
houve diferenças entre os perfis. Percebeu-se, então, que, apesar de a prematuridade
ser considerada um fator de risco para doenças cardiovasculares, os hábitos de vida
podem se constituir em fator agravante para os indivíduos a termo, sobrepondo-se à
prematuridade.
Ao identificar a prevalência de marcadores para síndrome metabólica nesses
grupos, verificou-se que os adolescentes nascidos a termo apresentaram maiores
médias nas variáveis: percentil da circunferência abdominal, pressão arterial sistólica
média, glicemia e triglicerídeos em comparação ao grupo pré-termo, com prevalência de
síndrome metabólica mais elevada entre os nascidos a termo.
Questionamo-nos, neste estudo, sobre qual seria a relação das repercussões
metabólicas, do perfil antropométrico e pressórico dos adolescentes nascidos a termo
em comparação aos nascidos prematuros. Concluímos que não houve diferenças
significantes entre os perfis analisados.
Esse resultado pode ser decorrente das limitações como o tipo de desenho
elegido para desenvolver a investigação, o desenho transversal, pois avalia uma
exposição em um único momento, bem como o nº amostral ser reduzido e a amostra ser
do tipo conveniência. Aliado a esses aspectos, tem-se também, como limitação, a não
realização de exames de colesterol fracionado.
No entanto, apesar de não ter sido identificada a diferença estatística significativa
entre nascer a termo e prematuro e os marcadores de SM, entende-se que ações e
intervenções de promoção de saúde e prevenção de agravos devem ser planejadas
pelos serviços de seguimento de adolescentes na atenção primária, independentemente
105
de sua idade gestacional. O foco do cuidado deve ser o estímulo à atividade física, a
redução do sedentarismo, com hábitos alimentares adequados, proporcionando uma
melhor qualidade de vida futura, a fim de reduzir o sobrepeso, a obesidade e,
consequentemente, as alterações metabólicas que podem colocá-los em risco de
desenvolverem complicações à saúde, como as doenças cardiovasculares.
Para tanto, a atenção primária, além de estabelecer, como rotina das ações
programadas das unidades, as avaliações anuais de adolescentes, deve utilizar o
Programa Saúde na Escola para realizar o acompanhamento e as ações de promoção
de saúde para esses jovens, visto que esse público não é assíduo nas unidades de
saúde para avaliações de rotina de sua saúde.
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115
APÊNDICES
116
Apêndice A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Título do Projeto: PERFIL ANTROPOMÉTRICO E METABÓLICO DE ADOLESCENTES NASCIDOS A
TERMO: ANÁLISE COMPARATIVA AOS NASCIDOS PREMATUROS
Pesquisadora responsável: Fabíula dos Santos Toso Fone: (45) 98803.2509
Orientadora: Claudia Silveira Viera
Pesquisadores colaboradores: Amanda Martins, Bruna Saionara e Renata Rose.
Convidamos seu filho (a) a participar de nossa pesquisa, que tem o objetivo de conhecer o perfil
antropométrico, pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo, comparando-os à
coorte semelhante de adolescentes nascidos prematuros, ambos residentes na região Oeste do município
de Cascavel, Paraná.
Esperamos, com este estudo, poder comparar os dados de crianças nascidas a termo com aquelas
nascidas prematuras e verificar se há diferença nos exames bioquímicos testados, na pressão arterial e
nos dados de peso, estatura e índice de massa corpórea dessas crianças, além de confirmar que a
prematuridade pode influenciar nos itens citados e, com isso, colaborar para que medidas de prevenção
sejam tomadas para evitar que o adolescente nascido prematuro desenvolva doenças como hipertensão
e diabetes. Para tanto, ele (a) responderá a um questionário sobre a história de sua vida e o que costuma
fazer e comer. Em seguida, será pesado, medido e terá os exames realizados coletados por meio de uma
“picadinha” no dedo para coletar algumas gotas de sangue.
Durante a execução do projeto, pode ser que ele (a) se sinta envergonhado com alguma pergunta ou
que sinta um pouco de dor durante a “picadinha” no dedo. Caso aconteça alguma dessas situações ou
outras que o (a) incomodem, o pesquisador vai interromper a entrevista ou o exame, até que ele (a) se
sinta melhor. Caso algum dos exames tenha resultado alterado, o exame será repetido em outro dia e, se
for preciso, o adolescente será encaminhado para consulta médica.
A identidade dele (a) não será divulgada e seus dados serão tratados de maneira sigilosa, sendo
utilizados apenas para fins científicos. Vocês também não pagarão nem receberão para participar do
estudo. Além disso, vocês poderão cancelar sua participação na pesquisa a qualquer momento. No caso
de dúvidas ou da necessidade de relatar algum acontecimento, vocês poderão contatar os pesquisadores,
pelos telefones mencionados acima, ou o Comitê de Ética, pelo número 3220-3092.
Este documento será assinado em duas vias, sendo uma delas entregue ao sujeito da pesquisa.
Declaro estar ciente do exposto e autorizo meu (minha) filho (a) a participar da pesquisa.
_______________________________________
(Assinatura)
Nome:____________________________________________________________
Eu, Fabíula dos Santos Toso, declaro que forneci todas as informações do projeto ao participante e ao
responsável.
Cascavel, _____ de _______________ de 20___.
117
Apêndice B – HISTÓRICO FAMILIAR E NASCIMENTO DO ADOLESCENTE
NOME:
Problemas de saúde na família Caso algum dos pais, avós e irmãos tenha alguma doença ou faça uso de cigarro ou álcool, marque com um X: ( )Diabetes ( )Hipertensão ( )Obesidade ( )Colesterol ou triglicerídeos aumentados ( )Doenças no Coração ( )Câncer ( )Anemias ( )Doença autoimune ( )Fumantes ( )Uso abusivo de álcool ( )Outros: ______________________
EM RELAÇÃO AO SEU FILHO (Estes dados podem ser encontrados na carteirinha de
vacinas, bem no meio):
Nasceu com quantas semanas de gestação: ( )menos de 37 semanas ( )entre 37 e 41semanas ( )mais de 42 semanas Ficou hospitalizado ao nascer: ( )não ( )sim Por qual motivo? ____________________________________________ Ficou internado por quantos dias quando nasceu?_________________ Peso ao nascer: _______gramas Altura/Estatura/Tamanho ao nascer: _____cm PC (perímetro cefálico) ao nascer: ____cm Tipo de parto: ( ) normal ( ) cesáreo Problema na gestação que levou ao parto: _______________________ Recebeu leite materno? ( )não ( )sim. Quanto tempo? _____meses Recebeu leite em pó? ( )não ( )sim. Com que idade? _____meses Introdução de leite de vaca com que idade? _____meses
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Apêndice C - TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TALE
Título do Projeto: PERFIL ANTROPOMÉTRICO E METABÓLICO DE ADOLESCENTES NASCIDOS A
TERMO: ANÁLISE COMPARATIVA AOS NASCIDOS PREMATUROS
Pesquisadora responsável: Fabíula dos Santos Toso Fone: (45) 98803.2509
Orientadora: Claudia Silveira Viera
Pesquisadores colaboradores: Amanda Martins, Bruna Saionara e Renata Rose.
Convidamos você a participar de nossa pesquisa, que tem o objetivo de conhecer o perfil
antropométrico, pressórico, glicêmico e lipídico de adolescentes nascidos a termo, comparando-os à
coorte semelhante de adolescentes nascidos prematuros, ambos residentes na região Oeste do município
de Cascavel, Paraná.
Esperamos, com este estudo, poder comparar os dados de crianças nascidas a termo àquelas
nascidas prematuras e verificar se há diferença nos exames bioquímicos testados, na pressão arterial e
nos dados de peso, estatura e índice de massa corpórea dessas crianças, além de confirmar que a
prematuridade pode influenciar nos itens citados e, com isso, colaborar para que medidas de prevenção
sejam tomadas a fim de evitar que o adolescente nascido prematuro desenvolva doenças como
hipertensão e diabetes. Para tanto, ele (a) responderá a um questionário sobre a história de sua vida e o
que costuma fazer e comer. Em seguida será pesado, medido e terá os exames realizados coletados por
meio de uma “picadinha” no dedo para coletar algumas gotas de sangue.
Durante a execução do projeto, pode ser que você se sinta envergonhado com alguma pergunta ou
que sinta um pouco de dor durante a “picadinha” no dedo. Caso aconteça alguma dessas situações ou
outras que lhe incomodem, o pesquisador vai interromper a entrevista ou o exame até que você se sinta
melhor. Caso algum de seus exames tenham resultado alterado, ele será repetido em outro dia e, se for
preciso, você será encaminhado para consulta médica.
Sua identidade não será divulgada e seus dados serão tratados de maneira sigilosa, sendo utilizados
apenas para fins científicos. Você também não pagará nem receberá para participar do estudo. Além disso,
você poderá cancelar sua participação na pesquisa a qualquer momento. No caso de dúvidas ou da
necessidade de relatar algum acontecimento, você pode contatar os pesquisadores, pelos telefones
mencionados acima, ou o Comitê de Ética, pelo número 3220-3092.
Este documento será assinado em duas vias, sendo uma delas entregue ao sujeito da pesquisa.
Declaro estar ciente do exposto e desejo participar da pesquisa.
_______________________________________
(Assinatura)
Nome:____________________________________________________________
Eu, Fabíula dos Santos Toso, declaro que forneci todas as informações do projeto ao participante e ao
responsável.
Cascavel, _____ de _______________ de 20___.
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Apêndice D – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA
Data:____/____/____Pesquisador: ____________________N. Formulário: ______
Identificação
Iniciais do nome:__________ Idade: ______ Data de nascimento: ____/____/____ Naturalidade:_________________________ Cor:__________ Escolaridade (cursando):______________________________
Mãe/Responsável: _________ Idade:___________ Ocupação: ______________________ Escolaridade: ______________________ Pai:_____________________ Idade: ____________ Ocupação: ______________________ Escolaridade: ______________________
Condições Sociodemográficas
Nº de residentes no domicílio: ____________ Posição do jovem na família:_____________
Renda familiar: 1.( )até 1 salário mínimo 2.( )de 1 a 3 salários mínimos 3.( )4 ou mais salários mínimos Número de dependentes da renda:_________
Beneficiário do Programa Bolsa Família: 1.( )não 2.( )sim Beneficiário de outros Programas Sociais: 1.( )não 2.( )sim. Quais:_____________
Antecedentes Familiares
Considerar pais, avós e irmãos. 1.( )Diabetes 2.( )Hipertensão 3.( )Obesidade 4.( )Dislipidemias 5.( )Cardiopatias 6.( )Neoplasias 7.( )Anemias 8.( )Doença autoimune 9.( )Tabagismo 10.( )Etilismo 11.( )Outros: _______________________
Antecedentes Pessoais
IG ao nascer: ______semanas
Houve necessidade de internamento ao nascer: 1.( )não 2.( )sim. Por quê? _________________________ Por quantos dias?_________ Peso ao nascer: _______g Estatura ao nascer: _____cm PC ao nascer: ____cm Tipo de parto:____________ Intercorrência gestacional que levou ao parto: _____________________________ Recebeu leite materno: 1.( )não 2.( )sim. Quanto tempo? _____meses Recebeu fórmula infantil: 1.( )não 2.( )sim. Com que idade? _____meses Introdução de leite de vaca com que idade? _____meses Morbidades neonatais: _______________________________________________ Morbidades na infância:_______________________________________________ Morbidades na adolescência:___________________________________________ Possui alguma doença: 1.( )não 2.( )sim. Qual?_________________________ Toma algum medicamento: 1.( )não 2.( )sim. Qual?_______________________ Já fez alguma cirurgia: 1.( )não 2.( )sim. Qual?__________________________ Tem alguma alergia: 1.( )não 2.( )sim. Qual?____________________________ Vacinas adequadas para idade: 1.( )não – orientar 2.( )sim
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Aspectos Biopsicossociais
Possui atividade de lazer? 1.( )não 2.( )sim. Qual?_______________________ Pratica atividade física? 1.( )não 2.( )sim. Qual?_________________________
Com que frequência: _____vezes por semana.
Ideação ou tentativa de suicídio: 1.( )não 2.( )sim – informar a pesquisadora responsável para providências.
Usuário de drogas lícitas: 1.( )não 2.( )sim. Qual?________________________ Usuário de drogas ilícitas: 1.( )não 2.( )sim. Qual?_______________________
Marcadores de consumo alimentar (SISVAN)
Você tem costume de realizar as refeições assistindo TV, mexendo no computador e/ou celular? 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe
Quais refeições você faz ao longo do dia? 1.( )café da manhã 2.( )lanche da manhã 3.( )almoço 4.( )lanche da tarde 5.( )jantar 6.( )ceia Ontem você consumiu? Feijão. 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe Frutas frescas (não considerar suco de frutas). 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe Verduras e/ou legumes (não considerar batata, mandioca, cará e inhame). 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe Hambúrguer e/ou embutidos (presunto, mortadela, salame, linguiça, salsicha). 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe Bebidas adoçadas (refrigerante, suco de caixinha ou em pó, água de coco de caixinha,
xaropes de guaraná/groselha, suco de fruta com adição de açúcar). 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe Macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados. 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe Biscoitos recheado, doces ou guloseimas (balas, pirulitos, chiclete, caramelo, gelatina). 1.( )não 2.( )sim 3.( )não sabe
Exame Físico
PA 1:_____/___ mmHg PA 2:_____/___ mmHg PA média:_____/___ mmHg Peso: _______Kg Altura: ______cm CA: ________cm
Estágio de maturação sexual de Tanner (autor referida): ________ __________ Presença de Acantose nigricans: 1.( )não 2.( )sim.
Presença de xantomas: 1.( )não 2.( )sim. HGT: ______mg/dl
CT: _______ mg/dl TC: _______ mg/dl Tempo aproximado desde a última refeição: ______minutos.
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Apêndice E – RESULTADO DOS EXAMES DENTRO DA NORMALIDADE
Prezados pais, informamos que seu filho _____________________________________, que
participou da pesquisa “Perfil antropométrico e metabólico de adolescentes nascidos a termo:
análise comparativa aos nascidos prematuros”, foi avaliado quanto aos dados antropométricos, para
os quais foram coletados exames por punção capilar. A seguir, descrevemos os resultados obtidos:
Idade: ____________ Peso: _______ Estatura: ________
Índice de Massa Corpórea: _________, indicativo de ( )Obesidade ( )Sobrepeso
Triglicerídeos: ____________ mg/dL
Colesterol Total: __________ mg/dL
Glicemia: ______ mg/dL
Pressão arterial (média de duas verificações): _____/_____ mmHg
A partir desses dados, observamos que seu filho apresentou avaliação dentro da normalidade.
Agradecemos pela participação e contribuição com a pesquisa.
Atenciosamente,
__________________________________
Pesquisador responsável
Prof orientador da pesquisa – PPG-BCS
Unioeste
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Apêndice F – RESULTADOS DOS EXAMES (ORIENTAÇÃO)
Prezados pais, informamos que seu filho ____________________________________, que
participou da pesquisa ___________________________________________________, foi avaliado
quanto aos dados antropométricos, para os quais foram coletados exames por punção capilar. A seguir
descrevemos os resultados obtidos:
Idade: ____________ Peso: _______ Estatura: ________
Índice de Massa Corpórea: _________, indicativo de ( ) Obesidade ( ) Sobrepeso
Triglicerídeos: ____________ mg/dL Colesterol Total: __________ mg/dL
Glicemia: ______ mg/dL Pressão arterial (média de duas verificações): _____/_____ mmHg
A partir desses dados, foi observado que seu filho precisa ser encaminhado para consulta com pediatra,
na sua Unidade Básica de Saúde, ou na Unidade de Saúde da Família, ou em seu pediatra especifico
para avaliação, devido às alterações apresentadas no (a)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.
Atenciosamente,
__________________________________
Pesquisador responsável
Prof orientador da pesquisa – PPG-BCS
Unioeste
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Anexo A – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
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127
Anexo B – Comprovante de Submissão
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