MUSEU DE LAMEGO | apontamentos maio 2016
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APONTAMENTOS maio 2016
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1917-2017
Retrato e identidadeExposição
Portraits and identities
in donations and legacies
of the Lamego Museum
Exhibition
21 maio 2016 | 31 março 2017May Marchst st
Retrato e identidadeExposição
Portraits and identities
in donations and legacies
of the Lamego Museum
Exhibition
21 maio 2016 | 31 março 2017May Marchst st
mecenato | sponsor
organização | organization
B e i r a D o u r o
apoio | support
Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL . Tel +351 254 600 230 . [email protected] . www.museudelamego.pt . /museu.de.lamego
dest
aque
São fisionomias, rostos, perfis, homens e mulheres, anónimos ou célebres, que marcam gestos
e se ligam à cidade e ao Museu de Lamego. São doadores e legatários, são faces singulares que
se unem na salvaguarda da memória individual e coletiva e que contribuem desde 1917 para o
enriquecimento do acervo do Museu de Lamego. FACES é também o título da segunda
exposição do centenário da Fundação do Museu (1917-2017). Patente a partir do dia 21 de
maio. Entrada livre.
Museu de Lamego mostra FACES de doadores e legatários
São diversas as procedências e vários os doadores e
legatários que, desde a fundação do Museu, têm
contribuído para o engrandecimento do seu espólio. É
por isso objetivo desta exposição estabelecer,
através da seleção de retratos individuais e coletivos,
uma ligação entre a identificação, origem e razões da
doação.
FACES é, desta forma, o resultado do somatório de
proveniências e proprietários, a que se junta o
p e r c u r s o d o s o b j e t o s , q u e e x p r i m e m a
individualidade da oferta e ao mesmo tempo o desejo
da posteridade, num museu que mais uma vez se abre
à comunidade e a convida a (re)viver a sua própria
história, assinalando a importância dos legados e das
doações na formação e desenvolvimento das suas
coleções.
Patente até março de 2017 e com curadoria de Nuno
Resende, FACES é a segunda exposição que pretende
assinalar o centenário da Fundação do Museu de
Lamego, numa mostra que é ao mesmo tempo de
homenagem e reconhecimento. Mais uma vez, a
realização desta exposição apenas é possível graças
3 | APONTAMENTOS
ao envolvimento mecenático de várias entidades,
que assim se associam às comemorações dos 100 anos
do Museu: Óptica Parente, GeoDouro, Caixa de
Crédito Agrícola – Beira Douro, Casa da Farmácia e
Quinta da Pacheca.
Já em 2015, a exposição temporária dedicada à figura
do primeiro Diretor do Museu de Lamego - “O
gentilíssimo e talentoso João Amaral (1874-1955)” –
marcou o arranque das comemorações.
4 | APONTAMENTOS
B e i r a D o u r o
14 | APONTAMENTOS
MAKING OF
Retrato e identidadeExposição
Portraits and identities
in donations and legacies
of the Lamego Museum
Exhibition
21 maio 2016 | 31 março 2017May Marchst st
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9 | APONTAMENTOS
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itinerâ
nci
a
O Museu do Vinho de Alcobaça acolhe a partir do próximo dia 18 de abril e até 5 de junho a
exposição “Cister no Douro”. Desta forma, a Direção Regional de Cultura do Norte, o Museu de
Lamego e o Vale do Varosa dão continuidade ao grande objetivo desta instalação multimédia
que passa por divulgar a herança histórica, cultural, arquitetónica e artística legada pela
presença desta Ordem monástica na região.
“Cister no Douro” está em Alcobaça
Totalmente sustentada por imagem e por uma
sonoplastia capaz de envolver o visitante, “Cister no
Douro” foi reconhecida no final de 2015 com o Prémio
Reynaldo dos Santos, atribuído pela Federação dos
Amigos dos Museus de Portugal à melhor exposição
realizada em museus portugueses com o apoio de um
grupo de amigos.
“Cister no Douro” cruza saberes sobre um conjunto
notável de edifícios cistercienses instalados durante
a Idade Média e o período moderno a sul do Douro:
Tabosa, Arouca, S. João de Tarouca, Santa Maria de
Salzedas, São Pedro das Águias e Santa Maria de
Aguiar.
Com comissariado científico de Nuno Resende,
“Cister no Douro” não é uma exposição tradicional,
mas a tradução de um espaço maior, de uma Ordem
que transformou um vale e que desempenhou um
papel primordial na excelência hoje reconhecida à
região duriense como Património da Humanidade.
A inauguração da exposição no Museu do Vinho de
Alcobaça integra o programa de comemorações do
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
12 | APONTAMENTOS
public
açã
o
Centro oleiro com maior produção nacional e projeção internacional, Coimbra foi desde o
século XVI um importante centro produtor de faiança. Contando com centenas de olarias, que
compunham o Bairro das Olarias, chega ao século XXI com apenas uma, que haveria de encerrar
em 2007. “A Última Olaria de Faiança de Coimbra” representa a última memória das olarias
coimbrãs, através do registo e estudo de tradições seculares. A obra, numa edição da Direção
Regional de Cultura do Norte, Museu de Lamego e Vale do Varosa, em forma de e-book, foi
apresentada em Coimbra (4 de maio), Lisboa (5 de maio) e Porto (12 de maio).
Última Olaria de Coimbra apresentada em Coimbra, Lisboa e Porto
14 | APONTAMENTOS
Da autoria de Luís Sebastian e Filipa Formigo, a
publicação apresenta de forma acessível e clara as
bases necessárias ao entendimento e fruição da
faiança portuguesa como um bem cultural, histórico
e artístico, pretendendo contribuir para o
reconhecimento da importância da indústria
cerâmica coimbrã na História da cidade, região e país
e ainda para a recuperação da identificação da
cidade de Coimbra com o seu passado histórico-
industrial.
Ao mesmo tempo, o Museu de Lamego prossegue a
sua política de descentralização das suas atividades,
indo ao encontro dos seus públicos, especificamente
o público escolar e universitário e investigadores,
não deixando de fora o público generalista, que
poderá aceder ao e-book livremente.
DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD EM
http://bit.ly/OlariaCoimbraPDF
A produção de faiança no Bairro das Olarias de Coimbra foi, desde os finais do século XIX e até
meados do século XX, alvo da atenção dos principais ceramólogos portugueses, desenvolvendo-
se então como um dos aspetos mais importantes da História da produção cerâmica em território
nacional. Contando entre os seus principais investigadores nomes como Charles Lepierre,
Joaquim de Vasconcelos, Joaquim Teixeira de Carvalho, José Queiroz ou Reynaldo dos Santos,
foi inclusive no Bairro das Olarias coimbrãs que os primeiros três autores encontraram o seu
principal objeto de caracterização do fabrico da faiança em Portugal, perante a já então total
extinção da atividade nos restantes dois grandes centros de fabrico – Vila Nova (Gaia) e Lisboa.
Com o início da segunda metade do século XX, o extraordinário incremento sentido no estudo da
faiança portuguesa desde a década de oitenta do século XIX esmorece, dando lugar a outros
temas e interesses. Com a escavação na década de oitenta de século XX do Bairro dos Judeus
Portugueses em Amesterdão e o crescimento exponencial do interesse pela faiança portuguesa,
com notícia da sua exumação em escavações arqueológicas em mais de centena e meia de
países distribuídos pelos cinco continentes, a faiança como objeto de estudo histórico e
arqueológico ganha desde então um interesse renovado, contribuindo para a revisão da posição
de Portugal no contexto da criação e desenvolvimento das relações comerciais internacionais
no período Moderno, sendo a faiança portuguesa vista pela historiografia do continente
Americano como o primeiro produto do processo de globalização que conhece agora o seu
extremo.
Neste contexto, a produção de faiança em Coimbra carece de contribuições que lhe permitam
tomar o seu justo lugar neste processo histórico, tratando-se do centro oleiro com maior
produção nacional e projeção internacional.
Restando apenas uma das centenas de olarias de faiança, entretanto desativada, entendeu-se
como de todo pertinente avançar com a publicação do registo das técnicas e tradições seculares
que aí estiveram em prática até ao seu encerramento em 2007, sob risco da sua perca total a
breve trecho.
A PRODUÇÃO DE FAIANÇA
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Autores
SEBASTIAN, Luís; FORMIGO, Filipa
Título
A última olaria de faiança de Coimbra
Fotografia
Luís Sebastian
Filipa Formigo
Ilustração
Luís Sebastian
Hugo Pereira
Ana Sampaio e Castro
Editor
Direção Regional de Cultura do Norte / Vale do Varosa
Local
Lamego
Ano
2016
Conceção e composição gráfica
Edgar Almeida
Paulo Rodrigues (colaboração)
ISBN
978-989-99516-1-7
16 | APONTAMENTOS
um
ano. um
tem
a
A rubrica “Um Ano. Um Tema” regressa ao Vale do Varosa e faz paragem no Mosteiro de São
João de Tarouca. Em destaque, duas lápides de sepultura rasa que se encontram na ala Norte do
claustro medieval, junto à porta do refeitório, como testemunho dos enterramentos mais
antigos conservados no interior deste mosteiro cisterciense.
UM ANO. UM TEMATumulária do Museu de Lamego e Vale do Varosa
As escavações realizadas nas ruínas do Mosteiro de São João de Tarouca
entre 1998 e 2007 e a sua posterior musealização permitiram conservar in
situ diversos vestígios de sepultamentos distribuídos por diferentes
espaços do edifício desaparecido, que tiveram lugar a partir do século XIII
e se prolongaram por toda a época moderna.
De formato retangular, ligeiramente oblongo, denunciando a intenção
antropomórfica do seu recorte, e sem qualquer inscrição que permita a
identificação dos tumulados, ambas apresentam a superfície com
decorações, que traduzem já a preocupação que houve a partir dos
séculos XIII e XIV na personalização das sepulturas. Decorações essas - uma
espada longa comum às usadas pelos cavaleiros medievais e uma
representação heráldica – que permitem identificar a origem nobre dos
jacentes, cuja importância em vida, simbolicamente reforçada através
das decorações, se pretendia prolongar no Além.
Situadas à entrada do refeitório, as lápides em apreço refletem a
preocupação, por parte dos encomendantes, de se fazerem tumular num
local que várias vezes por dia era pisado pelos monges, que pelas suas
virtudes e exemplo de vida eram considerados intercessores privilegiados
para a salvação da alma. Para além da igreja e do nártex, os locais de
acesso ou de passagem eram os mais valorizados para os sepultamentos,
por se entender o ato de ser pisado como um sinal de grande humildade.
Em 2016, o Museu de Lamego divulga a sua tumulária e alarga a rubrica
“Um Ano. Um Tema” aos monumentos Vale do Varosa, constituindo esta
mais uma oportunidade de investigação e de divulgação do património da
região.
ARCAS TUMULARES
Lápides de sepultura rasa, situadas na ala norte do claustro medieval, à entrada do refeitório.
Legenda foto: Área arqueológica do Mosteiro de São João de Tarouca (pormenor)
17 | APONTAMENTOS
As escavações realizadas nas ruínas do Mosteiro de
São João de Tarouca e a sua posterior
musealização permitiram conservar in situ
diversos vestígios de sepultamentos distribuídos
por diferentes espaços do edifício desaparecido,
que tiveram lugar a partir do século XIII e se
prolongaram por toda a época moderna.
Desses vestígios destacamos duas lápides de
sepultura rasa que se encontram na ala norte do
claustro medieval, junto à porta do refeitório,
como testemunho dos enterramentos mais antigos
rea l i zados no in ter io r desse moste i ro
cisterciense.
De formato retangular, ligeiramente oblongo,
denunciando a intenção antropomórfica do seu
recorte, e sem qualquer inscrição que permita a
identificação dos tumulados, ambas apresentam a
superfície com decorações, que, pese embora o
esquematismo e caráter fruste da sua execução,
traduzem a preocupação que houve a partir dos
séculos XIII e XIV na personalização das
sepulturas.
Num dos exemplares surge representada uma
espada longa ou montante comum às usadas pelos
cavaleiros medievais portugueses, galegos e
castelhanos, com pomo circular, guarda-mão
curvo e lâmina sem sulco, de fio irregular e de
remate arredondado.
O outro possui uma representação heráldica, com
um escudo lanceolado e o campo preenchido com
diversos elementos, entre os quais se identificam,
na parte superior, à direita, uma arborescência e
uma faixa ondeada na parte inferior.
18 | APONTAMENTOS
Nos dois casos, as respetivas iconografias permitem identificar a origem nobre dos jacentes, cuja
importância em vida, simbolicamente reforçada através das decorações, se pretendia prolongar no
Além. Na verdade, não existia na Idade Média uma distinção clara entre o mundo dos vivos e o dos
mortos, sendo a morte encarada como mero rito de passagem entre os dois mundos.
Do mesmo modo, a escolha do sítio para o sepultamento não era arbitrário, permitindo a partir do
local onde este era feito, aferir-se sobre a importância social do tumulado. De facto, havia uma
distinção entre os enterramentos que se realizavam no interior do templo e aqueles que se
realizavam no nártex da igreja ou nos claustros. Os primeiros eram naturalmente os mais caros,
considerando a importância conferida ao espaço sagrado em termos de uma maior proximidade com
o divino e os demais intercessores celestiais que podiam contribuir para a salvação da alma. Assim, e
de acordo com a mesma lógica, os espaços nas igrejas mais valorizados numa perspetiva espiritual e,
por conseguinte, também material, eram os que se situavam junto dos altares.
Já no espaço exterior, os sepultamentos que se realizam junto a locais de acesso ou de passagem,
eram os mais valorizados, entendendo-se o ato de ser pisado um sinal de grande humildade (PINA,
1996, 130) que a par dos sufrágios, doações e ações beneméritas em vida, podia ajudar a precipitar a
salvação.
Situadas à entrada do refeitório, as lápides em apreço refletem essa preocupação por parte dos
encomendantes, de se fazerem tumular num local que várias vezes por dia era pisado pelos monges,
que pelas suas virtudes e exemplo de vida eram considerados intercessores privilegiados.
Referência bibliográfica:
PINA, Isabel Castro (1996) – Ritos e imaginário da morte em testamentos dos séculos XIV e XV. In MATTOSO, José (dir.) «O
Reino dos Mortos na Idade Média Peninsular». Lisboa: Edições João Sá da Costa, Lda., p. 125-164.
20 | APONTAMENTOS
SUGESTÕES
De terça a domingo, das 10h00 às 18h00.
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mu
nic
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o
MUSEU DE LAMEGOLargo de Camões5100-147 Lamego
(+351)254600230 [email protected] www.museudelamego.pt /museu.de.lamego /museudelamego /c/museudelamego
N 41º05’50’’ W 7º48’22’
ENCONTRE-NOS
22 | APONTAMENTOS
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Visite-nos e partilhe a sua experiência de visita. Diga-nos
do que mais gostou e no que podemos melhorar.
ATÉ BREVE!
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23 | APONTAMENTOS
Museu de Lamego
Largo de Camões
5100-147 Lamego
Tel: (+351) 254600230
E-mail: [email protected]
Site: www.museudelamego.pt
Facebook: www.facebook.com/museu.de.lamego
Horário
De terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00.
Encerra às segundas-feiras.
Gratuito no primeiro domingo do mês.
Serviço Educativo
Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e
exposições temporárias, mediante marcação prévia.
Biblioteca
De terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às
18h00, mediante contacto prévio.
Auditório
100 lugares
Loja
APONTAMENTOS maio 2016100 ANOS
[1917-2017]
24 | APONTAMENTOS
30,00 € adulto | 15,00 € criança (até 10 anos)Mecenas | 25,00 € adulto | 10,00 € criança (até 10 anos)
Inscrições em www.valedovarosa.ptaté 17 de junho
Para mais informações Museu de Lamego | Tel: 254 600 230E-mail: [email protected]
Organização
unicípio deTAROUCA
www.valedovarosa.pt
menu com chancela
vinhos e espumantes
Apoios
Liga dosAmigos doMuseu de Lamego
qualidade de serviço
erraInov
ervas aromáticas
PROGRAMA
| 15h00
Mosteiro de Santa Maria de Salzedas
| 15h45
Visita à Ponte Fortificada de Ucanha
| 16h30
Visita ao Convento de Santo António de Ferreirim
| 17h30
Visita ao Mosteiro de São João de Tarouca
| 18h30
Visita ao “Horto Monástico”
| 20h00
Visita ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas
| 21h00
Jantar monástico
H O T E LLam
ego
at
ru
gi
ta
s
s
adartne
Museu de LamegoMonumentos Vale do Varosa
de 24 a 26 junho