MANUAL PRÁTICO DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE · PDF fileApêndice II...
Transcript of MANUAL PRÁTICO DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE · PDF fileApêndice II...
MANUAL PRTICO DE AVALIAO E
CONTROLE DE CALOR
PPRA
1 edio 2000 2 edio 2004 3 edio 20104 edio 20125 edio 20136 edio 2014
TUFFI MESSIAS SALIBA
Engenheiro Mecnico, ps-graduado em Engenharia de Segurana e Engenharia Econmica. Advogado.
Ex-pesquisador da Fundacentro-MG. Ex-professor dos cursos deEngenharia de Segurana e Medicina do Trabalho.
Diretor tcnico da ASTEC Assessoria e Consultoria em Segurana e Higiene do Trabalho.
MANUAL PRTICO DE AVALIAO E
CONTROLE DE CALOR
PPRA
6 edio
R
EDITORA LTDA.
Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-001So Paulo, SP BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.br
Projeto de capa: FBIO GIGLIO Impresso: PAYM
Outubro, 2014
Todos os direitos reservados
ndice para catlogo sistemtico:
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Saliba, Tuffi MessiasManual prtico de avaliao e controle de calor :
PPRA / Tuffi Messias Saliba 6. ed. So Paulo : LTr, 2014.
Bibliografia.
1. Calor Avaliao 2. Calor Controle3. Medicina do trabalho 4. Segurana do trabalhoTtulo.
14-09474 CDD-616.9803
1. Calor : Avaliao : Medicina do trabalho616.9803
2. Calor : Controle : Medicina do trabalho616.9803
Verso impressa - LTr 5136.0 - ISBN 978-85-361-3137-5Verso digital - LTr 8499.9 - ISBN 978-85-361-3165-8
Agradecimentos
Mrcia Angelim Chaves Corra Engenheira Qumica e de Segurana do Trabalho
Lnio Srvio Amaral Engenheiro de Segurana do Trabalho
Maria Beatriz de Freitas Lanza Engenheira de Segurana do Trabalho e Mestre em Administrao
7
SUMRIO
PARTE 1
Conceitos Bsicos ..................................................................................... 9I Trocas trmicas entre o organismo e o ambiente .............................. 9II Fatores que influenciam nas trocas trmicas entre o ambiente e o
organismo ......................................................................................... 11III Equilbrio homeotrmico ................................................................... 13IV Efeitos do calor no organismo .......................................................... 14V ndices de avaliao de calor ............................................................ 16
PARTE 2
Instrumentos de Medio .......................................................................... 18I Escalas termomtricas........................................................................ 18II Termmetro de bulbo seco (Tbs) ....................................................... 19III Termmetro de globo (Tg) ............................................................... 19IV Termmetro de bulbo mido natural (Tbn) ....................................... 20V Psicrmetro ....................................................................................... 21VI Anemmetro ..................................................................................... 22
PARTE 3
Avaliao de calor para fins de conforto ................................................... 25I Avaliao de calor para fins de conforto ............................................. 25II Temperatura efetiva corrigida (Tec) ................................................... 29
PARTE 4
Avaliao ocupacional de calor ................................................................. 31
I ndice de Sobrecarga Trmica IST Critrio de Belding e Hatch .... 31II ndice termmetro de globo mido .................................................... 36
8
III ndice de bulbo mido termmetro de globo IBUTG .................... 373.1. Instrumentos de medio ........................................................... 383.2. Limites de tolerncia................................................................... 403.3 Critrio NR-15 (Limites de Tolerncia) ........................................ 413.4. Critrio da ACGIH ....................................................................... 503.5. Procedimento de avaliao ocupacional .................................... 513.6. Avaliao de calor para caracterizao de insalubridade .......... 523.7. Avaliao de calor para fins de aposentadoria especial ............. 56
PARTE 5
Medidas de Controle ................................................................................. 57I Medidas Coletivas............................................................................... 57
1.1. Taxa de metabolismo .................................................................. 571.2. Conveco.................................................................................. 581.3. Radiao .................................................................................... 591.4. Evaporao ................................................................................ 59
II Medidas Administrativas/Organizao do Trabalho ........................... 602.1. Treinamento................................................................................ 602.2. Limitao do tempo de exposio .............................................. 602.3. Aclimatao ................................................................................ 61
III Equipamento de Proteo Individual ................................................ 62IV Controle Mdico ............................................................................... 62Apndice I Modelo de laudo tcnico de avaliao ocupacional de
Calor ................................................................................ 63
Apndice II Modelo de laudo tcnico de avaliao de conforto trmico ... 66
Apndice III Modelo de laudo tcnico de avaliao de calor para fins de insalubridade .............................................................. 68
Apndice IV Critrio recomendado pela ACGIH/2011 .......................... 72Apndice V Limites de tolerncia para exposio ao calor de acordo
com a NR-15, Anexo 3 ....................................................... 74
Referncias bibliogrficas ......................................................................... 79
9
PARTE 1
CONCEITOS BSICOS
O calor um agente presente em diversos ambientes de trabalho, tais como: siderrgicas, indstrias de vidro e, em certas situaes, at mesmo ao ar livre, j que podem ocorrer exposies superiores ao limite, dependendo das condies climticas da regio e do tipo de atividade desenvolvida.
Ao contrrio de outros agentes ambientais, na avaliao do calor diversos fatores ambientais e individuais devem ser considerados; por essa razo, vrios ndices de avaliao de calor foram desenvolvidos correlacionando esses fatores.
Antes de entrar nos estudos dos ndices de avaliao do calor, importante explicar de forma sucinta o comportamento fisiolgico do indivduo quando est exposto ao calor.
I TROCAS TRMICAS ENTRE O ORGANISMO E O AMBIENTE
Quando o trabalhador est exposto junto a uma ou vrias fontes de calor, ocorrem as trocas trmicas entre o ambiente e o organismo, conforme a figura 1 abaixo:
Figura 1 Trocas trmicas entre o organismo e o ambiente
10
Conduo/Conveco C Radiao R Evaporao E Metabolismo M
A) CONDUO (C) o processo de transferncia de calor que ocorre quando dois
corpos slidos ou fluidos, que no esto em movimento e se encontram submetidos a diferentes temperaturas, so colocados em contato. O corpo de maior temperatura transfere o calor em excesso para o corpo de menor temperatura, at que se estabelea um equilbrio trmico entre eles, isto , at as temperaturas dos corpos se igualarem.
Ex.: aquecimento de uma barra de ferro.
B) CONVECO (C)Esse processo de transferncia de calor idntico ao anterior;
nesse caso, porm, as trocas calorficas se realizam atravs de fluido em movimento.
Desse modo, quando o trabalhador encontra-se prximo a uma fonte de calor, conforme mostra a figura, pelo mecanismo de conduo/conveco esse calor transferido para o corpo do indivduo.
C) RADIAO (R)Quando a transferncia de calor ocorre sem nenhum suporte mate-
rial, o processo denominado radiao. A energia radiante passa atravs do ar sem aquec-lo apreciavelmente, aquecendo somente a superf-cie atingida. Essa energia se movimenta atravs do vcuo ou de outros meios, a diferentes velocidades que variam de acordo com esses meios.
Ex.: Radiao emitida pelo Sol.
Quando um trabalhador encontra-se prximo a uma fonte de ca-lor, ele recebe calor atravs da transferncia por radiao.
D) METABOLISMO (M) o calor gerado pelo metabolismo resultante da atividade fsica
do trabalhador. Quanto mais intensa for a atividade fsica, maior ser o calor produzido pelo metabolismo.
11
E) EVAPORAO (E) o processo de passagem de um lquido, a uma determinada
temperatura, para a fase gasosa, dispersando o vapor para o meio ambiente. No necessria a diferena de temperatura para o desenvolvimento do processo. O calor transferido dessa forma chamado calor latente, diferenciando-se, assim, daquele que se transmite atravs de variao de temperatura, que chamado calor sensvel. No fenmeno de evaporao, o lquido retira calor do slido para evaporar-se, assim, possvel afirmar que o slido perde calor para o meio ambiente por evaporao. O organismo perde calor devido ao seu resfriamento por evaporao (efeito refrigerante decorrente da evaporao do suor pela pele). Segundo a Engenheira Berenice Goelzer, a evaporao de 1g de gua elimina 0,59kcal.
Ex.: Suor emanado aps uma atividade fsica (jogar futebol).
II FATORES QUE INFLUENCIAM NAS TROCAS TRMICASENTRE O AMBIENTE E O ORGANISMO
A complexidade do estudo do calor reside no fato de haver diver-sos fatores variveis