Manual para Interpretação de Informações sobre Substâncias Químicas
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Manual para
interpretao deinformaes sobre
substncias qumicas
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Manual para interpretao dinformaes sobre substncias q
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Presidenta da RepblicaDilma Rousseff
Ministro do Trabalho e Emprego
Carlos Daudt Brizola
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Jos Tarcsio BuschinelliMina Kato
Manual para interpretao d
informaes sobre substncias q
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Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada aDisponvel tambm em: www.fundacentro.gov.br
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Servio de Documentao e Biblioteca SDB / FundacentrSo Paulo SP
Erika Alves dos Santos CRB-8/7110
CIS Classificao do Centre International dInformations de ScuritdHygiene du Travail
CDU Classificao Decimal Universal
1234567Buschinelli, Jos Tarcsio.1234567890Manual para interpretao de informaes sobre1234567substncias qumicas / Jos Tarcsio Buschinelli, Mina Kato1234567 So Paulo : Fundacentro, 2011.
123456789062 p. ; 23 cm.1234567890ISBN 978-85-98117-68-312345678901.Substncia qumica Ficha de dados Interpretao1234567de linguagem. 2. Produtos qumicos Propriedades qumic1234567Segurana qumica. I. Kato, Mina. II. Ttulo.
CISFy Zai Kimi
CDU661:54.04
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Agradecemos Claudia Esteban e a Albertinhpor sua reviso tcnica e sugeste
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Lista de abreviaturas e siglas
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ACGIH American Conference of Governmental Industrial Hygienists
AIHA American Industrial Hygiene Association
ATSDR Agency for Toxic Substances & Diseases Registry
BEI Biological Exposure IndexCAS Chemical Abstracts Service
CCOHS Canadian Centre for Occupational Health and Safety
CDC Centers for Disease Control and Prevention
CE Comisso Europeia
CL50 Concentrao Letal 50%
DFG Deutsche ForschungsgemeinschaftDHMO Dihydrogen Monoxide ou Monxido de Di-hidrognio
DL50 Dose Letal 50%
ECHA European Chemicals Agency
EINENC European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances
ELINCS European List of Notified Chemical Substances
EPI Equipamentos de Proteo IndividualERPG Emergency Response Planning Values
ESIS European Chemical Substances Information System
FISPQ Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos
GHS Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals
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IPVS Imediatamente Perigoso para Vida ou Sade
LC50 Lethal Concentration 50%
LD50 Lethal Dose 50%
LEO Limites de Exposio Ocupacional
MSDS Material Safety Data Sheet
NIOSH National Institute of Occupational Safety and Health
NPIC National Pesticide Information Center
OECD Organization for Economic Co-operation and Development
OIT Organizao Internacional do Trabalho
OMS Organizao Mundial da Sade
ONU Organizao das Naes Unidas
OSHA Occupational Safety and Health Administration
PEL Permissible Exposure Limit
PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais
REL Recommended Exposure Limit
RTECS Registry of Toxic Effects of Chemical Substances
SDS Safety Data Sheet
SST Sade e Segurana no Trabalho
STEL Short-Term Exposure Limit
TLV Threshold Limit Value
LT Limite de Tolerncia
TWA Time-Weighted Average
UE Unio Europeia
UNCETDG United Nations Committee of Experts on the Transport of Dangerous Go
UNEP United Nations Environment Programme
US-EPA United States Environmental Protection Agency
VRT Valor de Referncia Tecnolgico
WEEL Workplace Environmental Exposure Levels
WHO World Health Organization
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Sumrio
Apresentao
1 Introduo
2 Conceitos e definies
2.1 Substncia qumica
2.1.1 Substncia qumica simples
2.1.2 Substncia qumica composta
2.1.3 Nmeros de identificao de uma substncia qumica
2.2 Produtos qumicos
3 Fontes de informao
3.1 FISPQ Fichas de Informao de Segurana de Produtos Qumicos
3.2 SDS ou MSDS
3.3 GHS
4 Como encontrar as informaes sobre produtos qumicos
4.1 Composio qumica
4.2 Usando o nmero CAS para encontrar informaes
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5.2.4 Estado fsico (State of matter)
5.2.5 Temperatura de ebulio e presso de vapor (Boiling point and vapour pressure)
5.2.6 Solubilidade (Solubility) 5.2.7 Densidade relativa de vapor ou do gs (Vapour or gas density)
5.3 Principais perigos das substncias qumicas
5.3.1 Incndio e exploso (Fire and explosion)
5.3.2 Ponto de fulgor (Flash-point)
5.3.3 Faixa de explosividade (Explosive range, flammable range)
5.3.4 Temperatura de autoignio (Autoignition temperature)
5.3.5 Exploso e incndio com material particulado (Dust hazard)
5.4 Produtos gerados na combusto e na termodegradao (Combustion and thermal decomposition products)
5.5 Danos sade
5.5.1 Efeitos agudos ou por exposio de curto prazo (Acute effects or effects of short-term exposure)
5.5.1.1 Efeitos locais
5.5.1.2 Efeitos sistmicos
5.5.1.3 DL50 e CL50 (LD50 and LC50)
5.5.1.4 IPVS ou IDLH
5.5.2 Efeitos crnicos ou por exposio de longo prazo (Chroniceffects or effects of long-term exposure)
5.5.2.1 Classificao de carcinogenicidade
5.6 Limites de exposio ocupacional (Occupational exposure limits)
5.7 Monitoramento biolgico
5.8 Converso de ppm para mg m-3
5.9 Odor como propriedade de alerta (Warning property)
6 Outras informaes
6.1 Controle da exposio e equipamento de proteo individual
6 11 Amostragem e anlise
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Apresentao
Este manual foi escrito com a inteno de dar mais subsdios para a
formaes sobre produtos qumicos para aqueles que no se especializaram nes
mento. O objetivo se familiarizar com os itens que, primeira vista, podem no
direta para Sade e Segurana do Trabalhador.
Essas informaes sero de grande importncia antes, durante e depo
de ambiente de trabalho e gerenciamento qualitativo de riscos, para delineamento
preveno de acidentes e exposio a produtos qumicos e tambm para subsidiar o
panhamento clnico-laboratorial nos Programas de Monitoramento da Sade do Tra
Com o intuito de sermos prticos e didticos, apresentamos exempl
os itens, com tabelas comparativas. Isso permite que o leitor tenha a possibilidadebase terica e aplic-la, utilizando as mesmas abordagens, ao produto qumico sob
procurar informaes e interpretar os dados obtidos de forma correta.
O texto no exaustivo, mas foi elaborado de modo a facilitar o aprofun
cimento sobre o assunto as referncias bibliogrficas foram, sempre que poss
linksna internet e colocadas ao longo do texto, facilitando a busca.Lembramos que as informaes e as fontes podem mudar com o temp
fizer a consulta, fique atento s datas de publicao/disponibilizao dos dados
es.
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1 Introduo
Para uma boa gesto dos riscos qumicos nos ambientes de trabal
corretas a respeito das substncias qumicas so de fundamental importncia p
de um determinado produto sejam adequadamente dimensionados e gerenciados
possvel, pr-requisito que as inmeras fontes de informao disponveis e atual
tamente interpretadas.
Atualmente, inclusive por fora da legislao,1,2,3,4 as empresas fornacerca da composio e dos efeitos dos produtos qumicos (nem sempre de for
existe uma grande dificuldade de se interpretar corretamente as informaes di
estas possam ser transformadas em conhecimento aplicvel na defesa da sade
Essa dificuldade na interpretao atinge no s a populao em geral, mas tamb
e muitos profissionais da rea de Segurana e Sade do Trabalhador.
Esta realidade tem causado vrios problemas: por um lado, a proteo
adequada, podendo trazer consequncias graves em termos de danos agudos e
dos a sua sade por substncias com efeitos bem conhecidos e com informaes
veis na literatura, inclusive com acesso pela internet; de outro, a proteo exagera
frente a falsos perigos, o que acarreta, muitas vezes, problemas aos trabalhado
no trabalho, utilizao de muitos equipamentos de proteo individual (EPIs) concgeral desconfortveis), coleta de sangue para exames inapropriados, entre outros,
que geralmente repassado para a sociedade.
A dificuldade em interpretar as informaes disponveis acerca dos efe
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H alguns anos, nos EUA, foi publicada na internet uma ficha de segur
tncia denominada DHMO (Dihydrogen Monoxide ou Monxido de Di-hidrognio)
es preocupantes, como a de que sua inalao, quando na forma lquida, geral
minutos e a exposio a sua forma gasosa provoca graves leses de pele e do sAinda, que o seu contato com a pele provoca enrugamento e sua ingesto leva a a
renal com um aumento da diurese.
Tambm foi lanada, utilizando-se da internet, uma campanha pelo bagosa substncia6 (DMHO.ORG, 2011), pois: A inalao, mesmo de pequenas quantidades, provoca centenas de mortes p
A prolongada exposio forma slida provoca graves leses de tecidos; A forma gasosa causa graves queimaduras;
o principal componente da chuva cida; Contribui para a eroso dos solos;
Contribui para curtos-circuitosde equipamentos eltricos; encontrada nas bipsias de leses pr-cancerosas e tumores.
A campanha ainda complementa que, no obstante todos esses periggamente utilizado emmuitas atividades: como solvente industrial, em usinas nucledos EUA em sistemas de propulso de alguns navios, na fabricao de armas quna sntese qumica do poliestireno expandido, no desenvolvimento de plantas gecadas, na produo e na distribuio de agrotxicos e ainda um subproduto da qbonetos em fornalhas.
Apesar de DHMO ser outra forma de denominar a guae no existir nas informaes veiculadas, a brincadeira gerou uma srie genuna de adeses pesubstncia aparentemente to malfica. Um dos casos documentados foi a de um pZelndia que escreveu ao Ministro da Sade, atravs do lder de sua bancada, indnistrio estaria fazendo para o banimento de tal produto. A troca de correspondnciseguir nas Figuras 1 e 2. A resposta do Ministro (Figura 2) foi concisa: a tal perigosa s
Entre os inmeros sitessobre DHMO que podem ser encontrados na in
ria de dois professores de Portugal, Associao Cientfica de Pesquisa Ambiental Monxido de Di-Hidrognio, diz que o objetivo em manter este site a melhoria dpas. Adverte:
O nico perigo real associado ao Monxido de Di-hidrognio o medo, exclizado, da Qumica e da linguagem que lhe prpria. O que perigoso, isso
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tos qumicos existentes, independentemente dos tipos de fonte. No objetivo disas regulamentaes das fontes de informao.
Os focos principais deste manual so, pois, as informaes referentes
lho e Toxicologia Ocupacional, no entanto algumas informaes a respeito de outro
tncias qumicas tambm sero tratadas. Sero utilizados exemplos com anlises
vrias substncias, algumas bem familiares, outras nem tanto. Dar-se- ateno es
frequentemente relegados a segundo plano, como as propriedades fsico-qumicas,
fundamentais para dimensionar de forma correta os perigos do manuseio de qualq
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Figura 2 Resposta do Ministro da Sade ao deputado10
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2 Conceitos e definies
Ateno:
A seguir, sero apresentados alguns conceitos e definies para facilitar avir a seguir. uma reviso de qumica bsica. Quem j possui esse conhesiga para o item 3.
2.1 Substncia qumica
Substncia qumica qualquer material com uma composio bem d
consegue separar por qualquer mtodo mecnico ou fsico e que mantm as mes
fsicas e qumicas em qualquer amostra obtida. Pode ser simples ou composta.11
2.1.1 Substncia qumica simples
formada por somente um elemento qumico. Por exemplo: o hlio
um s tomo deste elemento; o hidrognio, formado por dois tomos desse eleme
escreve-se H2); o cloro (Cl2), formado tambm pela ligao de dois tomos; e o e
oito tomos (S8).
2.1.2 Substncia qumica composta
formada por mais de um elemento, como a gua, que tem molcu
tomos de hidrognio e um de oxignio (H2O), o sal de cozinha, que formad
(NaCl), o clorofrmio (CHCl3), que formado por um tomo de carbono, trs de clo
nio, e o benzeno, formado por seis tomos de carbono e seis de hidrognio (C 6H6
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orto-xileno cerca de 5C mais alto que o dos demais ismeros, enquanto que su
menor que dos outros. Em algumas snteses qumicas, usam-se ismeros espec
o meta-xileno matria-prima para o cido isoftlico, enquanto o orto-xileno usa
de anidrido ftlico.12
Figura 3 Xileno e seus ismeros
Alm de propriedades fsico-qumicas, os efeitos das substncias nos
mais tambm podem variar de acordo com a estrutura molecular. Por exemplo, a
C6H14 pode representar uma substncia de cadeia linear denominada n-hexano (n d
deia reta), que txica para os nervos perifricos dos seres humanos. O hexano d(iso-hexano ou 2-metil pentano), com a mesma frmula molecular, no possui este
Resumindo:
Substncias simples possuem s um elemento:Hlio = HeHidrognio = dois tomos ligados H-H escreve-se H
2Cloro = dois tomos ligados Cl-Cl escreve-se Cl2Enxofre = oito tomos ligados em crculo escreve-se S 8
Substncias compostas possuem mais de um elemento:gua = dois de hidrognio e um tomo de oxignio H2OSal de cozinha = um tomo de sdio e um de cloro NaClClorofrmio = um tomo de carbono, um de hidrognio e trs de cloro CHC
Isomeria:Mesmo com frmula molecular idntica, as substncias possuem diferentepaciais, cada uma com propriedades fsico-qumicas prprias, podendo tertambm diferentes.
Produto qumico: pode ser tanto uma s substncia qumica, como uma mistura
Orto-xileno Meta-xileno Para-xileno
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indexando a produo cientfica na rea qumica. A partir de 1965, elaborou um s
cada substncia qumica com um nmero. A numerao possibilita congregar sin
tes nomes adotados em diversos idiomas e tambm permite separar os ismero
ismeros do xileno mostrado anteriormente (Figura 3), os nmeros CAS para ortoe para-xileno so, respectivamente, 95-47-6, 108-38-3 e 106-42-3. O solvente
(CAS: 75-09-2) recebe vrias denominaes somente em portugus: diclorometan
tileno, Freon 30, R-30, DCM, MDC.
O fungicida mancozebe pode ser encontrado no mundo inteiro com
comerciais diversos: Carbamic acid, ethylenebis{dithio-}, manganese zinc compl
dithioic acid, 1,2-ethanediylbis, manganous zinc salt; Dithane (mancozeb) M-4
Dithane M-45; Mancozebe; Maneb com Zinco; Manganese, EBDC; Fore; Man
ediylbis{carbamodithioato}}(2-)}-, {{1,2-ethanediylbis{carbamodithioato}}(2-)}Zinc
Mankoceb; mankozeb; Manzate 200; Manzeb; Manzin 80; Mn-Zn Ethylene
Nemispor; Pace fungicide (014504+113501); Penncozeb; Policar MZ; Policar
Zinc ion and manganese ethylenebisdithiocarbamate 80%; Zinc ion and mangdithiocarbamate; Zinc manganese ethylenebisdithiocarbamate. Todas essas de
nmero CAS 8018-01-7.
Normalmente, o nmero CAS se aplica a substncias puras, mas h alg
tambm o possuem, como, por exemplo, a mistura dos ismeros de xileno, que r
mero CAS 1330-20-7, ou mesmo outras misturas comerciais de grande importnci
que uma mistura de centenas de substncias qumicas, com o nmero CAS 800
Existem tambm outros sistemas numricos de identificao de subst
surgiram ao longo do tempo, como o da Organizao das Naes Unidas (ONU) ou
(UE). O nmero da ONU (UN Numberou cdigo da ONU) existe somente para su
(inflamveis, explosivas, txicas) e visa basicamente segurana no transporte.14
O North America(NA) number usado pelo Departamento de Transpo
o mesmo nmero UN, quando este existe. Complementarmente, adiciona um nm
a substncia no possui o nmero UN.
A Comisso Europeia (CE) atravs da Agncia Europeia de Produtos Q
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De importncia para sade e segurana do trabalho, h ainda o nmer
xic Effects of Chemical Substances(RTECS) de responsabilidade da National Insti
Safety and Health(NIOSH) dos EUA.16
Nmeros de registros de substncias qumicas:
Nmero CAS ( o CPF das substncias qumicas): o mais importante e maicom mais de 56 milhes de substncias registradas e entrada diria de cerca registros.17
Outros registros:
UN number: nmero das Naes UnidasNA number: nmero da Amrica do Norte (se no existir UN numberpara a suEU EINECS/ELINCS: nmero da Unio EuropeiaRTECS: Registro de efeitos txicos das substncias qumicas da NIOSH (EUA)
2.2 Produtos qumicos
Para os fins deste manual, denomina-se produto qumico uma subst
simples ou composta, ou ainda misturas. As misturas podem ser de lquidos, slid
tas, com slidos e lquidos ou gases e lquidos.
Uma substncia qumica, seja simples ou composta, tem diferentes
grau comercial com 70% a 90% de pureza, dependendo do produto; o grau far
maior); e o grau PA (Para Anlise), que chega a 99,9% de pureza. Existem gramaiores para atender s especificaes de anlises especiais, como o nanograu
Os trabalhadores esto normalmente expostos a produtos de grau co
deve-se estar atento aos efeitos no somente da substncia propriamente dita, com
possveis contaminantes, que, eventualmente, podem trazer agravos sade at
prpria substncia. Quando a substncia contaminante for carcinognica, mutag
reproduo e estiver presente em concentraes maiores que 0,1%, e se for coacima de 1%, a sua presena deve ser declarada20 (ver Tabela 1, p. 29).
Alm dos contaminantes, pode ocorrer a formao de substncias nov
radas por reaes qumicas entre os componentes de uma mistura ao longo do te
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(CAS 100-42-5) um lquido inflamvel incolor que, se no estiver estocado em co
(temperatura < 25C, sem exposio luz solar direta, com adio de inibidor de p
formar, em contato com o oxignio do ar, um perxido explosivo ou se polimerizar
reno (CAS 9003-53-6), que slido temperatura ambiente. Outra substncia, a e96-45-7), possivelmente carcinognica para seres humanos (ver item 5.5.2.1
carcinogenicidade), um produto secundrio na produo e tambm resultado da
gicidas ditiocarbamatos. O mancozebe21 (CAS 8018-01-7) considerado um exem
tiocarbonato de toxidade mediana (classe III), no carcinognico.22 O trabalhador r
durante o processo de colheita e manipulao de frutas e verduras, pode estar ex
ao fungicida original, como o mancozebe, mas tambm etilenotiureia, um possv
Para mais informaes referentes ao armazenamento de substncias
manuais de segurana de laboratrios.24,25
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3 Fontes de informao
Existem vrias fontes de informaes acerca de produtos qumicos dis
mos as principais para a rea de Sade e Segurana do Trabalho.
3.1 FISPQ Fichas de Informao de Segurana de Produto
As FISPQ foram institudas no pas por normas da Associao Brasile
nicas (ABNT).26 As empresas fornecedoras de produtos qumicos devem disponclientes e os itens abaixo devem nela constar com a seguinte numerao:
1. Identificao do produto e da empresa2. Identificao dos perigos
3. Composio e informao dos ingredientes4. Medidas de primeiros socorros
5. Medidas de combate a incndio6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento7. Manuseio e armazenamento8. Controle da exposio e EPIs
9. Propriedades fsico-qumicas10. Estabilidade e reatividade11. Informaes toxicolgicas12. Informaes ecolgicas13. Consideraes sobre tratamento e disposio14. Informaes sobre transporte
15. Regulamentaes16 Outras informaes
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Para esta publicao, os itens 2, 3, 4, 8, 9 e 11 sero de especial inte
2 (composio) a informao mais importante, pois a partir dela que se pode pe
tncia isoladamente em vrias fontes.
O que so efeitos e perigos?
Definies da ABNT:27
Perigo: fonte potencialde dano e caracterstica intrnsecade um produto.
Como exemplos: substncia, agente, fator ou condio irritante, carcinognica, explosiva, inflamvel, entre outros.
Dano: leso fsica e/ou prejuzo sade, ao meio ambiente ou propriedade.
Efeito(s): o resultado ou a consequncia de determinada substncia qumicExemplos: irritao de pele, irritao do trato respiratrio, irritao ou leso defgado, dano ao sistema reprodutor, carcinognese, mutagnese etc. a realcial de dano (perigo) da substncia, o que depende da dose, do tempo de expocontato, entre outras variveis.
Cabe ao profi
ssional de Sade e Segurana do Trabalho previnir a ocorrncia sequncias) do potencial de dano (perigo) dos produtos, evitando a exposio.
3.2 SDS ou MSDS
So as siglas em ingls para Safety Data Sheet (SDS) e Material
(MSDS). So parecidas com as FISPQs brasileiras, mas cada pas tem suas pr
sim, so muito heterogneas, no s em relao aos itens que as compem, mas
definies dos perigos.
Existem FISPQ, SDS e MSDS tanto para produtos comerciais de re
produtores/fornecedores, quanto para substncias puras; e muitas vezes, para ess
SDS publicadas por instituies pblicas, como, por exemplo, a Agncia de Prote
EUA (United States Environmental Protection Agency US-EPA).28
Vrias instituies de Sade e Segurana do Trabalho possuem base
qumicas de acesso livre, como os linksdas instituies a seguir:
Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo(INSHT)29 Espanha
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European Chemical Substances Information System(ESIS) da Joint Researchmisso Europeia.31
International Programme on Chemical Safety (IPCS) ou Programa InternacioQumica uma atividade conjunta de cooperao do United Nations Enviro(UNEP), da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) e da Organizao(OMS) para disseminar informaes sobre produtos qumicos e seus potencde humana e ao meio ambiente. As fichas de segurana, denominadas InteSafety Cards(ICSCs), fornecem um resumo de informaes essenciais paratrabalhadores em ambientes de trabalho diversos.32
Especificamente para produtos agrcolas e agrotxicos, podem-se con
ses indicadas pela National Pesticide Information Center(NPIC) dos EUA.33
Alm das bases de acesso livre, mas dentro deste universo de inform
substncias e produtos qumicos, existem bases de dados de acesso pago que s
e completas. Uma das mais completas, tanto em nmero de substncias, quanto e
informaes e multiplicidade de referncias a CHEMINFO, de responsabilidade d
for Occupational Health and Safety(CCOHS). Este material pode ser acessado ada Fundacentro nas unidades distribudas pelo Brasil.
3.3 GHS
A sigla GHS significa Globally Harmonized System of Classificatio
Chemicals ou, em portugus, Sistema Globalmente Harmonizado para Classificde Produtos Qumicos. Como cada pas, agncia reguladora, instituio ou rgo
rezas possuam sistemas e regulamentaes distintas para classificao e rotulag
qumicas, a interpretao de informaes por parte dos interessados se tornava m
como dificultava o cumprimento de todos os sistemas por parte das empresas. Ass
zao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (Organization for Econom
Development OECD) e o Comit de Especialistas em Transporte de Cargas PeUnidas (United Nations Committee of Experts on the Transport of Dangerous G
criaram em conjunto um sistema geral: o GHS.34
O GHS no uma norma, mas um sistema composto por requisitos
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Esta norma, a 14.725, dividida em 4 partes: 1 Terminologia; 2 Sistema de Cla
go; 3 Rotulagem; e 4 FISPQ.35,36,37,38
Pela alterao introduzida em 2011, a Norma Regulamentadora n 26 d
balho e Emprego (Portaria n 229, de 24 de maio de 2011),39 determina que produ
no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurana e
lhadores de acordo com os critrios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Ha
sificao e Rotulagem de Produtos Qumicos (GHS), da Organizao das Naes
informaes sobre produtos qumicos perigosos, elas devem ser apresentadas na
segurana do produto qumico cujo formato e contedo devem tambm seguir o esta
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4 Como encontrar as informaes sobre produto
A seguir sero descritos os principais passos para se encontrar inform
tos qumicos.
4.1 Composio qumica
Inicialmente, deve-se buscar a composio qumica do produto que s
Os produtos comerciais em geral so misturas, mas mesmo uma substncia pura
em concentraes diversas.
A FISPQ e os rtulos devem ser consultados a fim de se obter a com
informaes bsicas do produto comercial. Atualmente, a FISPQ do produto, qua
zada pelo fornecedor, pode ser obtida atravs da internet, no sitedo fabricante ou
Como as informaes tcnicas dessas fichas so muito resumidas e se
para a classificao de efeitos para sade, arriscado tomar decises baseand
fonte. Alm disso, as propriedades e os efeitos de misturas comerciais so geralm
interpretar, mesmo que estejam bem descritas.
Ainda so disponibilizadas, por algumas empresas, composies
acrescentam nada para a tomada de deciso de um profissional de Sade e Seg
(SST). Na Figura 4, pode ser vista, como exemplo, a primeira pgina da FISPQ d
tintas que traz como composio: solventes aromticos, lcoois, steres e aditivo
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da exposio ocupacional. As exposies ao tolueno e ao cloreto de metileno da
avaliadas utilizando-se o cido hiprico urinrio e a carboxihemoglobina no sang
respectivamente, alm de se poder realizar um monitoramento dos efeitos das v
sade, que agora podem ser estudadas separadamente e de forma mais aprofund
Se a informao da FISPQ fornecida pelo fabricante do produto refe
no for detalhada, deve-se solicit-la ao fabricante, pois a NBR 14.725-4 de 200
nome qumico ou comum da substncia e seu nmero CAS devem ser informado
determina que, em caso de misturas, tambm devem ser informados os compone
qumicos ou comuns, os respectivos nmeros CAS e suas faixas de concentraclasse de perigo da substncia, a qual pode ser vista na Tabela 1 (p. 29).
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XXXXXXX
Figura 5 Reproduo da FISPQ de um removedor de tintas disponibilizada pelo fabricante aps
Fonte: Arquivos da Coordenao de Sade no Trabalho, Fundacentro
Tabela 1 Valores de corte/limites de concentrao para cada propriedade de ABNT 200940
Classe de perigoValores
conce
Toxicidade agudaCorroso/irritao da peleLeses oculares graves/irritao ocular
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Ou seja, se uma substncia da mistura , por exemplo, irritante ocular,
na FISPQ caso sua concentrao seja maior que 1,0%, mas, se for carcinognica
da obrigatoriamente quando a concentrao for maior que 0,1%. Em casos de s
fabricante pode omitir uma substncia da frmula, mas deve ser inserida uma frascondio, como segredo industrial ou informao confidencial, e ainda serem
gos desse componente.41
A obteno da composio detalhada do produto o primeiro passo pa
liao dos perigos de substncias qumicas nos ambientes de trabalho e, a partir
qumica, possvel obter do produto comercial as informaes relevantes para a sdo trabalhador, inicialmente para cada substncia de forma isolada e, mais tarde,
A partir da composio, podem-se utilizar as ferramentas de busca da i
trar informaes de cada componente.
Ateno:
A informao da composio detalhada de um produto, com os nomes qum
CAS de cada ingrediente, de fornecimento obrigatrio no Brasil atravs da F
posio detalhada no foi fornecida na ficha, deve ser exigido do fabricante.
4.2 Usando o nmero CAS para encontrar informaesEm geral, a prpria FISPQ j fornece os nmeros CAS, como no caso d
Mas se for necessria a busca, s entrar em alguma ferramenta de busca da inter
da substncia em portugus mesmo e a sigla CAS, como no exemplo (Figura 6).
Verifica-se que o nmero CAS 79-01-6 aparece em quase todos os
feito com qualquer substncia. Se houver difi
culdades nos buscadores da internelinkhttp://chemfinder.cambridgesoft.com/. necessrio registrar-se (gratuitamente
site, e os nomes das substncias devem ser escritos em ingls.
O nmero CAS auxilia muito na busca de informaes, pois se podem
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Para encontrar informaes, basta inserir nos buscadores da internet
SDS e o nmero CAS da substncia que se deseja. Ainda utilizando o exemplo do t
Figura 6 Reproduo de parte dos resultados da busca eletrnica por Tricloroetileno e
Entre os milhares de resultados encontrados, os primeiros esto na Fig
A maior parte do material disponibilizada pelas empresas produtoras
79-01-6 MSDS SDS
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Figura 7 Reproduo de parte dos resultados da busca por 79-01-6 MSDS SDS
4.3 Obteno de ficha completa na biblioteca da Fundacen
Qualquer profissional da rea de SST do Brasil pode ter acesso ao ada Fundacentro atravs de carta, telefone ou e-mail, alm de pessoalmente. Na
sobre produtos qumicos, a biblioteca dispe de vasto material. Existe uma base
tncias qumicas que so as fichas toxicolgicas da CHEMINFO, j citada ante
muito completas, atualizadas e com informaes de alta qualidade. Para acess
basta solicitar biblioteca as fichas da CHEMINFO para as substncias desejad
em ingls e pode haver dificuldades quanto grafia de substncias qumicas ne
problema dos mltiplos sinnimos frequentes em qumica, sugerimos sempre qu
feitos pelo nmero CAS.
Alm da CHEMINFO a biblioteca da Fundacentro tambm possui outr
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5 Interpretao dos itens mais relevantes para SSade do Trabalhador
Uma vez encontradas as informaes sobre os produtos qumicos, psua leitura e sua interpretao.
5.1 Identificao qumica
Inicialmente, deve-se verificar se a ficha disponvel da substncia que
Como exemplo, a ficha do Clorofrmio da CHEMINFO:
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Figura 9 Reproduo da seo sobre identificao qumica da ficha do Etano(CAS:64-17-5) da base de dados CHEMINFO45
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5.2 Descrio
Vrias caractersticas da substncia so apresentadas neste item.
verificar se o que descrito na ficha corresponde ao que encontrado no ambien
5.2.1 Aparncia e odor (Appearance and odour)47
Acompanhe o exemplo do Clorofrmio:
Figura 11 Reproduo do item Descrio da substncia qumica da ficha doClorofrmio da base de dados CHEMINFO48
Ou seja, com uma traduo livre: lquido claro, incolor com odor doc
agradveis que lembram o ter. Os algarismos (28, 29) so os nmeros das refer
de onde foram retiradas essas informaes e que se encontram no final da ficha.
Para Mercrio Metlico, a descrio :
Figura 12 Reproduo do item Descrio da substncia qumica da ficha doMercrio Metlico da base de dados CHEMINFO49
Ou seja, lquido branco prateado, inodoro, pesado e que se espalha fa
5.2.2 Limiar de odor (Odour threshold)
Como existe grande variao individual na capacidade olfativa das pes
acerca do limiar de odor dado para uma faixa de concentrao do menor valomais sensveis) at o maior valor, e a mdia geomtrica da populao testada
uma medida de tendncia central calculada multiplicando-se todos os n valor
raiz de ndice n deste produto). No utilizada a mdia aritmtica por causa da g
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Figura 13 Reproduo do item Descrio do limiar de odor da ficha Clorofrmio da base de d
No caso acima, foi dado apenas o limiar de deteco (perceber que
qualquer), no sendo citado o de reconhecimento (identificar a substncia ou a fam
Os valores descritos na literatura variam entre 0,6 (mnimo) e 1.413 ppm (mximo)
derada realmente aceitvel foi entre 133 a 276 ppm.
O que ppm?
PPM (partes por milho) uma unidade de concentrao frequentemente utiliza
traes de vapores ou gases no ar. Para outras unidades e converses, ver ite
Para o Tricloroetileno:
Figura 14 Reproduo do item Descrio do limiar de odor da ficha do Tricloroetileno da base d
No caso anterior, foram definidos valores de 82 ppm para deteco e
limiar de reconhecimento, e a faixa de variao ficou entre 0,5 e 167 ppm. A infor
relevante: a substncia ocasiona cansao olfativo, isto , mesmo em altas concen
se acostumam e passam a no mais sentir seu odor.
J o Mercrio Metlico no tem odor:
Figura 15 Reproduo do item Descrio do limiar de odor da ficha do Mercrio da base de
Os exemplos mostram que o odor um sinal de que a substncia (que te
tim l i t m i l h m ) t di N t t f lt d
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5.2.3 Composio/pureza (Composition/purity)
Este item se refere s composies tpicas da substncia, seu grau de
minantes mais comuns. Os graus de pureza variam muito, mas o grau comercial, u
nas indstrias, varia tipicamente de 80% a 95%, com raros casos chegando a 99
-se ficar atento presena de contaminantes, que, muitas vezes, um problema
substncia em questo.
Dibenzodioxinas policloradas (ou Policloro dibenzodioxinas PCDD
substncias que podem estar presentes como impureza em vrios agrotxicos, co
(CAS 87-86-5) e 2,4,5T (CAS 93-76-5). Dentre estes contaminantes, o 2,3,7,8-tetraxina TCDD (CAS 1746-01-6) reconhecidamente carcinognico e txico parahumano.53
Ateno:
Nunca uma substncia comercial 100% pura.s vezes, os contaminantes que esto em pequenas quantidades so to ou mque a prpria substncia. Sempre verifique o item que pode trazer a informacontaminantes mais frequentes para uma determinada substncia.
Recordando o item 2.2: Os graus de pureza variam muito, mas o grau comeutilizado nas indstrias, varia tipicamente de 80% a 95%.
5.2.4 Estado fsico (State of matter)
Refere-se ao estado fsico (lquido, gasoso ou slido) do produto qu
normais de temperatura e presso. Se as substncias estiverem na forma lquid
podem se dispersar facilmente na atmosfera a partir de uma fonte e contaminar o tr
da inalao. Os compostos slidos (no sublimveis) e lquidos no volteis, para
cessitam ser mecanicamente dispersos na forma de pequenas partculas ou produ(de combusto, por exemplo) que emitem material particulado no ar ambiente.
Se a forma descrita para o produto slida e foi observado que a sub
te de trabalho lquida, deve-se verificar se no se trata de erro de identificao
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5.2.5 Temperatura de ebulio e presso de vapor (Boiling point and v
pressure)
A volatilidade importante para a exposio ocupacional a substnc
maior a volatilidade, maior a exposio do trabalhador ao vapor do produto na atte de trabalho, independentemente do contato direto com o lquido. Mesmo a su
absorvida com facilidade pela pele pode ter mais predisposio a penetrar no orga
respiratrio.
A volatilidade pode ser avaliada atravs da temperatura de ebulio
de vapor. As duas variveis esto de certa forma relacionadas, pois, em geral, q
temperatura de ebulio, maior a presso de vapor a uma dada temperatura. A
exercida por um lquido na superfcie depende da temperatura em que o lquido se
maior a temperatura, maior a presso de vapor. Quando a presso de vapor do
presso atmosfrica (760 mmHg ao nvel do mar), a substncia entra em ebulio.
estabelecida normalmente para as temperaturas de 20C ou 25C, que so as co
te, e quanto maior a presso de vapor nessas temperaturas, maior a tendnc
substncia e, portanto, maiores so as concentraes na atmosfera do ambiente d
Tabela 2 Temperatura de ebulio e presso de vapor de substncias selecio
Substncia Temperatura ebulio (C) Presso d
ter etlico 34,5 537
n-Hexano 68,7 150
Benzeno 80,1 95
Tolueno 110,6 28,4
Acetato de butila 126 10
Fenol 181,8 0,35
n-Dodecano 216 0,3
Na tabela acima, verifica-se que, geralmente, quanto maior a tempemenor a presso de vapor, ou seja, menor quantidade de vapor gerado no am
ponto de vista prtico, para substncias com presses de vapor muito baixas, as e
vapores so desprezveis.
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A taxa de evaporao utilizando o ter etlico como padro emprega um
Por exemplo:
Benzeno: 5,1 (acetato de butila = 1) / 2,8 (ter etlico = 1).
Ou seja, o benzeno 5,1 vezes mais voltil do que o acetato de butila
voltil do que o ter etlico.
Isopropanol: 1,7(acetato de butila = 1) / 7,1 (ter etlico = 1)
O lcool isoproplico 1,7 vez mais voltil que o acetato de butila e ce
nos voltil que o ter etlico.
5.2.6 Solubilidade (Solubility)
A solubilidade da substncia em gua geralmente informada nas fic
dem ser mais ou menos vagos (parcialmente solvel, pouco miscvel), mas h font
informao de forma mais precisa, expressa em massa dissolvida em volume de
de 20oC ou 25oC. Por exemplo, a solubilidade do sal de cozinha (NaCl) em gua
to que a do sulfato ferroso (FeSO4) anidro de 25,6 g/100mL ou 256g/L de gua.
As unidades so geralmente apresentadas em termos de massa da su
relao ao volume do lquido (solvente):
Grama por litro g/L ou g L-1
Grama por mililitro g/mL ou g mL-1
Miligrama por mililitro mg/mL ou mg mL -1
Nmero de moles por litro mol/L ou mol L-1
Proporo de massa em relao a volume % (m/v)
Substncias pouco miscveis ou imiscveis em gua so chamadas d
forma de avaliar a miscibilidade da substncia frente a solventes hidroflicos (gua)
gordura) ao mesmo tempo o Coeficiente de partio leo/gua. Este coeficiente numrica como uma substncia lquida se distribui em uma mistura metade leo
dadas temperatura e presso. Como existem muitos tipos de leos diferentes entre
o leo, normalmente utilizado um lcool (octanol) que tem caractersticas fsico-
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Tabela 3 Exemplos de logKOW para algumas substncias58
Substncia logKOW Interpretao
Hexano 3,9 Cerca de 8 mil vezes mais solvel no octanol que na
Butanol 0,88 Cerca de 7,5 vezes mais solvel no octanol que na
Acetona -0,24 Cerca de 2 vezes mais solvel na gua que no octan
Resumindo o KOW:
o coeficiente octanol/gua (octanol/water). Mede como se reparte uma subem uma mistura com metade gua e metade octanol (lcool com caracterstica
Como a variao da repartio muito grande entre as inmeras substncias, gua expresso como logaritmo base 10 (logKOW).
Quanto maioro nmero, maiora solubilidade em leos e menorem gua.
5.2.7 Densidade relativa de vapor ou do gs (Vapour or gas density)
A densidade do vapor pode ser entendida como o peso do vapor
e relativa ao ar atmosfrico, que, por conveno, tem a densidade definida co
minada temperatura, geralmente a 200oC. Quanto menor a densidade de vapor
disperso no ar do ambiente de trabalho. Uma elevada densidade de vapor, po
que o vapor tender a permanecer mais prximo da superfcie lquida, ou se acum
cho, ou no fundo dos tanques de armazenamento. Um vazamento dessas subst
despercebido se os meios de deteco de perigos estiverem em locais acima dopodendo ocasionar acidentes.
Tabela 4 Exemplos de densidades de vapor e estado fsico temperatura amalgumas substncias59
Produto qumico Densidade de vapor (Ar = 1) Estado fsico tempe
Metano 0,56 GsEtano 1,04 Gs
xido de etileno 1,49 Gs, lquido
Etanol 1,59 Lquido vo
Butano 2 0 Gs
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5.3 Principais perigos das substncias qumicas
Aps as caractersticas das substncias serem conhecidas, podem se
cipais perigos.
5.3.1 Incndio e exploso (Fire and explosion)
Alm de trazerem a informao acerca de inflamabilidade e da exp
substncia ou produto, a maior parte das fichas de informaes traz alguns parm
quantific-los e compar-los com outros produtos.
5.3.2 Ponto de fulgor (Flash-point)
Ponto de fulgor a temperatura acima da qual um lquido inflamvel d
possa pegar fogo. A combusto de lquidos inflamveis ocorre sobre a superfcie
mistura de vapores e oxignio do ar. O prprio lquido no incendeia, assim, h ne
evaporao para que o combustvel lquidofi
que infl
amvel. Os pontos de fulgor slaboratrio com metodologias normatizadas. Quanto mais baixo o ponto de fulgor,
substncia. Solventes muito volteis tm, em geral, pontos de fulgor em temperatu
Alguns exemplos de substncias puras podem ser vistas na Tabela 5:
Tabela 5 Ponto de fulgor de algumas substncias puras60
Substncia Ponto de fulgor C
n-hexano -23
Benzeno -11
Etanol 15
Fenol 79
Clorofrmio no determinado (no infl
Tambm so estabelecidos pontos de fulgor para misturas (como gas
mas, nesse caso, h uma faixa de temperatura. Alguns exemplos podem ser visto
T bel 6 Ponto de fulgor de lgum mi tur 61
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5.3.3 Faixa de explosividade (Explosive range, f lammable range)
Uma exploso pode ocorrer quando um gs ou um vapor est misturad
nada proporo (em volume) com o oxignio do ar atmosfrico e atingida por u
(fagulha). Se a mistura estiver abaixo ou acima da faixa de explosividade, no h o
so. Quanto mais ampla a faixa, maior o risco de exploso daquele produto. Algu
ser vistos na tabela a seguir:
Tabela 7 Faixas de explosividade de algumas substncias62
Substncia Faixa de explosividade (%)Hidrognio 4,0 a 75
n-Hexano 1,1 a 7,5
Benzeno 1,2 a 7,8
Metano 5,0 a 15,4
Clorofrmio no aplicvel (no inflamvel, nem ex
5.3.4 Temperatura de autoignio (Autoignition temperature)
a temperatura na qual um lquido se incendeia sem necessitar de um
So normalmente temperaturas bem elevadas, como se v nos exemplos da Tabe
Tabela 8 Temperatura de autoignio de algumas substncias63
Substncia Temperatura de autoignio (
n-Hexano 225
Etanol 363
Fenol 715
5.3.5 Exploso e incndio com material particulado (Dust hazard)
No difcil entender que poeira de madeira ou de carvo mineral pos
cndio, afinal, madeira e carvo so materiais combustveis. Mas uma nuvem de
de muitos compostos orgnicos ou inorgnicos pode ser fonte de exploso se as co
te forem propcias. Em uma determinada faixa de concentrao, um produto qumic
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Poeira de gros, farinhas, leite em p, acar, caf instantneo, de
tecidos (algodo, couro ou sinttico) e utenslios plsticos e alguns metais como a
so fontes conhecidas de combusto e exploso em locais de trabalho. A faixa de
muitos materiais orgnicos est entre 10 e 50 g m-3 (em relao notao da umidadver item 5.6 Limite de exposio ocupacional), que corresponde, visualmente, a um
Os limites inferiores da faixa de explosividade esto disponveis na lit
produtos, mas os limites superiores so difceis de determinar com exatido e tm
prtica..64 A seguir, um resumo das caractersticas fsico-qumicas dos fatores influ
de exploses por p em suspenso.
Tabela 9 Parmetros crticos para exploses de poeira65
Fatores Condio crt
Tamanho da partcula < 0,1 mm
Concentrao da poeira 40 g m-3 a 4000
ndice de umidade < 11%Oxignio > 12%
Energia de ignio 10 mJ a 100 m
Temperatura da ignio 410C a 600
5.4 Produtos gerados na combusto e na termodegradao
and thermal decomposition products)Na queima de madeira, gasolina, leo mineral ou gordura animal so p
substncias que podem ser perigosas. Em condies normais de queima (combu
material orgnico, alm de dixido de carbono, gua e nitrognio, dezenas de gru
podem ser emitidas na atmosfera, muitas delas irritantes (SO2, NOx, acrolena e ou
dos), asfixiantes (monxido de carbono CO) e outras carcinognicas (benzeno e
netos policclicos aromticos). Por exemplo, motores de combusto a diesel emitem
particulado, hidrocarbonetos variados e CO. Os motores de combusto a gasolina
10% de CO por volume de combustvel.66
I i d i l i (li ) li h i l
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Outro problema a chamada termodegradao (thermodecomposition
position), que pode ocorrer em produtos no inflamveis, os quais podem se deg
metidos a altas temperaturas, emitindo produtos potencialmente perigosos. Os
como o clorofrmio, o tricloretileno, entre outros, degradam-se em temperaturassubstncias muito perigosas, como cido clordrico (HCl), cloro (Cl2) e fosgnio (C
induzir efeitos pulmonares potencialmente fatais. Material plstico base de PV
mas tambm se degrada emitindo as substncias citadas acima.67,68
5.5 Danos sade
Os danos sade se incluem entre os principais perigos das substnc
virtude de sua importncia, foram detalhados nos tpicos a seguir.
A exposio do trabalhador a uma determinada substncia pode oca
locais, como sistmicos.
5.5.1 Efeitos agudos ou por exposio de curto prazo (Acute effects oshort-term exposure)
Efeitos agudos so aqueles que se desenvolvem rapidamente devido a
nos de 24 horasde durao, em geral com elevadas doses/concentraes do ag
fins de estudos laboratoriais com inalao, esse tempo definido como de at 4 ho
podem ser locais, ou seja, nos locais de contato da substncia, como pele ou olhsistmicos, ou seja, com efeitos em rgos internos em funo da absoro da su
Uma exposio de curto prazo a concentraes mais altas de um age
causadora de efeitos agudos com ou sem sequelas.
5.5.1.1 Efeitos locais
A ABNT70 classifica os produtos qumicos como corrosivos para a pel
danos irreversveispor contato de at 4 horas e irritantes quando o contato de
danos reversveis pele.
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sveisem at 21 dias aps o contato. Por exemplo, o cido sulfrico concentrado
provoca danos srios aos olhos, enquanto o etanol apenas irritante para a pele
5.5.1.2 Efeitos sistmicos
Efeitos sistmicos ocorrem quando a substncia absorvida pelo organ
so observados em um ou vrios rgos ou sistemas, podendo deixar danos perm
5.5.1.3 DL50 e CL50 (LD50 and LC50)
Para uma comparao da toxicidade aguda entre as diferentes subsutilizado o parmetro Dose Letal 50 (DL50 Dose Letal para 50% da populao
substncia administrada por via oral ou injetada, e a Concentrao Letal 50 (CL
Letal para 50% da populao exposta) para gases ou vapores que so inalados.
so obtidos experimentalmente em animais de laboratrio, em geral em ratos, cam
coelhos, entre outros.
Dose letal 50 (DL50): a dose mdia que levou morte metade (50%) damais de laboratrio submetida administrao daquela dose. A administdiferentes vias: oral, intravenosa ou outras (intraperitoneal, subcutnea, dobtidos so extrapolados com reservas para os seres humanos, mas podeperigo imediato de uma substncia qumica. Os resultados so apresentaou gramas por kilograma de peso (mg/kg, ou mg kg-1, ou g/kg, ou g kg -1) com a espcie, a idade, o sexo do animal e a via de introduo.
Concentrao letal 50 (CL50): Tem o mesmo conceito do DL50, mas dcentrao mdia da substncia no ar ambiente inalada por animais de laboacordo com a espcie animal e o tempo de exposio. semelhante expno que diz respeito via de introduo no organismo, pois se refere contalado. Os resultados so apresentados em miligramas por litro de ar (mg/L em partes por milho (ppm) para contaminantes na forma de vapor de gmetro cbico (mg/m3 ou mg m-3) para material particulado (slido ou lquido
Resumindo:
DL50 e CL50
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5.5.1.4 IPVS ou IDLH
IPVS significa Imediatamente Perigoso para Vida ou Sade, traduo de
Dangerous to Life or Health). o parmetro para toxicidade aguda mais importa
pacional. Em meados da dcada de 1970, a Occupational Safety and Health Ade o NIOSH dos Estados Unidos estabeleceram o valor IPVS ou IDLH para muita
concentrao da substncia no ar ambiente a partir da qual h risco evidente de m
efeito(s) permanente(s) sade, ou de impedir um trabalhador de abandonar uma
A OSHA exige que, para o trabalhador estar em um ambiente com concentrao
superior ou igual ao IPVS, ele deve estar protegido com respiradores com reserva
do.72 A preocupao principal com substncias corrosivas, asfixiantes ou com eo sistema nervoso central. Este parmetro derivado de dados obtidos com anim
acidentes ocorridos com trabalhadores expostos, quando disponveis, e expresso
Comparando-se os valores de IPVS, pode-se ter uma ideia do risco de exposio d
tre os listados na Tabela 10, a soluo de formaldedo tem o efeito irritante mais ev
Tabela 10 Parmetros de toxicidade aguda de algumas substncias73
SubstnciaCL50 (ppm) para
ratos para 4 horasde exposio
CL50 (ppm) paracamundongos para
4 horas de exposio
DL50 via oral,ratos
(mg kg-1)
DL5cam
(
Benzeno 13.700 13.200 930
Etanol 32.380 30.000 7.060
Soluo de
formaldedo a35,5% em gua
267
Monxidode carbono
1.807
Gs sulfdrico 444 335
5.5.2 Efeitos crnicos ou por exposio de longo prazo (Chronic effec
long-term exposure)
Os efeitos crnicos so geralmente persistentes e causados por exp
baixas doses ou concentraes por longos perodos, de meses a anos. Esses efe
ocorrer em rgos e sistemas que so alvos daquela substncia em particular
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troduo no organismo. E cada organismo receptor pode reagir de forma diferen
suas vias metablicas e da capacidade de reparo. Assim, nem sempre possvel e
encontrados em animais ou clulas cultivadas em laboratrio para o ser human
assumir que todos os seres humanos venham a apresentar exatamente os meaos mesmos nveis de dose e de concentrao da substncia no ambiente de tra
mesmo indivduo pode apresentar efeitos agudos e sequelas ocasionados por exp
curto prazo, como pode apresentar efeitos crnicos diferentes dos agudos em e
doses por longo tempo.
A 2,3 butanodiona (CAS: 431-03-8) ou diacetil um dos componente
aroma de laticnios como queijo (ocorre naturalmente, resultado da fermentao)
lizada como aditivo alimentar em margarinas e pipocas para dar o aroma da ma
considerado seguro para consumo humano como aditivo alimentar, mas h relatos d
dores em fbrica de pipocas para microondas ou de manteiga que desenvolveram
relacionada exposio a aromatizantes contendo esta substncia.74 Obviamente,
estiveram expostos quase que diariamente, por um tempo relativamente longo, a
siderveis de diacetil no ar pelo processo industrial que a quente e que volatiza
situao bem distinta de consumidores de pipoca, ilustrando que tipos de exposie
frequncia, concentrao ou dose, via) podem resultar em efeitos distintos (localiza
As mudanas nos tamanhos das partculas podem alterar a via e a int
o. No caso de nanoparticulas, suas propriedades podem ser muito diferentes
em tamanhos grandes. Por exemplo, o dixido de titnio (TiO2, CAS 13463-67-7)de nanopartculas, tem efeitos inflamatrios pulmonares que no so observados q
a partcula do mesmo material com dimetro ordinrio.75
Alguns stios alvos, pela sua importncia, so citados parte nas fichas
cos, como os efeitos ao sistema reprodutor e reproduo e ao sistema endcrino
e embriotoxicidade so caractersticas das substncias que agem no desenvolvim
fetos durante sua formao e gestao. A mutagenicidade a capacidade da subcdigo gentico de uma clula (mutao) e, ocorrendo em vulos e espermatozoid
raes que podero aparecer nos descendentes dos expostos. A ao de substn
o DNA ou o RNA tambm est relacionada formao de tumores. Carcinogenicid
b t i i t d b t i t id d d i d i t
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5.5.2.1 Classificao de carcinogenicidade
As informaes de carcinogenicidade da substncia normalmente so
um cdigo de classificao dado por instituies como a Agncia Internacional de
cer (International Agency for Research on Cancer IARC) e a American ConferenIndustrial Hygienists(ACGIH), que periodicamente atualizam suas listas.
A IARC uma instituio da OMS que desenvolveu um critrio de est
cao baseada nele, o qual organiza as substncias (e ainda exposies, hbitos
dadas em 5 grupos:77
1 Com certeza carcinognico para seres humanos
2A Provavelmente carcinognico para seres humanos2B Possivelmente carcinognico para seres humanos
3 No classificvel como carcinognico para seres humanos
4 Provavelmente no carcinognico para seres humanos
A ACGIH, entidade no governamental de higienistas ocupacionais (a
se), classifi
ca as substncias em 5 grupos:78
A1 Carcinognico para humanos
A2 Carcinognico para animais
A3 Carcinognico para animais em condies especiais
A4 No classificvel como carcinognico para humanos
A5 No suspeito de carcinognico para humanos
Tabela 11 Exemplos de substncias carcinognicas e sua classificao de acIARC (2011)79 e a ACGIH(2010)80
Agente IARC
Asbestos (fibras) 1
Benzeno 1
Clorofrmio 2B
Etanol em bebidas alcolicas 1*
xido de etileno 1
Formaldedo 1
Hematita (minrio de Fe) 3
-
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As classificaes nem sempre so concordantes, pois cada instituies em pocas diferentes e adota critrios distintos. Na tabela anterior, pode-sexemplos. O benzeno e as fibras de asbestos, por exemplo, esto classificados
IARC e A1 pela ACGIH, enquanto que o clorofrmio, pela IARC, 2B (possivelmepela ACGIH A3 (carcinognico para animais em condies especiais). O etanol, ppela IARC, apresentado somente enquanto hbito de ingerir bebidas alcolicascancergeno confirmado, classe 1 (devido ao cncer de boca e estaria ligado aosbebidas alcolicas ou metablitos do etanol). O processo da minerao de hemalhadores a minerais radioativos e considerado cancergeno, enquanto que o minno o . Processos de combusto emitem geralmente vrias substncias irritante
e, portanto, a exposio ocupacional de bombeiros considerada uma atividade cinognica pela IARC. Substncias utilizadas para desinfeco, que matam mictambm nocivas sade humana, como o xido de etileno e o formaldedo.
5.6 Limites de exposio ocupacional (Occupational exposu
Os efeitos causados pelas exposies a agentes qumicos de curto
ambientes de trabalho so levados em conta para o estabelecimento de limitespacional (LEOs). Os critrios para definio de LEOs variam de uma instituio palguns deles tm valor legal em seus pases. Como a maioria dos LEOs so atumente, deve-se procurar sempre as referncias mais atuais em sua consulta. A tevalores ficarem cada vez menores, pois a cincia vai desvendando efeitos nocivosconcentraes cada vez mais baixas.
No Brasil, os LEOs so denominados Limites de Tolerncia (LTs), sea concentrao ou intensidade mxima ou mnima, relacionada com a natureza sio ao agente, que no causar dano sade do trabalhador, durante a sua videstabelecidos nos Anexos 11 e 12 da Norma Regulamentadora n 15 do Ministrio
prego, atrelada questo da insalubridade. Vrias organizaes e governos de ouestabelecem esses parmetros para uma exposio segura, e as fichas toxico
CHEMINFO, normalmente trazem os valores da ACGIH e da OSHA (entidade ligaddo Trabalho do governo norte-americano):
Os limites da ACGIH, que no tm valor legal nos EUA, so denominaValues (TLV), ou valores limites de fronteira. Referem-se s concentraes de su
i dit i i d t b lh d t t
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O limite por mdia ponderada no tempo (TLV-TWA) a concentrao
encontrados ao longo da jornada de trabalho (8 horas dirias, 40 horas semanais)
em funo de inmeras variveis dos ciclos produtivos e ambientais. O limite de e
ponderada de 15 minutos (TLV-STEL) no deve ocorrer mais de quatro vezes ao ao TLV-TWA. O limite de exposio Ceiling a concentrao mxima que no de
qualquer momento da exposio no trabalho. Geralmente definida para substnc
definio a mesma do valor-teto da legislao brasileira.84 Os valores de expos
so importantes para as substncias irritantes, custicas e asfixiantes.
Os LEOs so estabelecidos para concentraes de gases e vapores ou mana atmosfera do ambiente do trabalho. As unidades usadas so partes por mvolume ppm (v/v), vlidas somente para gases e vapores. A relao entre mparticulado, gases ou vapores e volume do ar expresso em mg m -3.
Para converso de ppm para mg m-3, ver item 5.8.
A ACGIH adverte que os TLVs no representam uma linha fina de s
ambiente de trabalho saudvel e no saudvel, ou um ponto no qual ocorrer um
TLVs no protegero adequadamente todos os trabalhadores. Algumas pessoas
desconforto ou at efeitos adversos mais srios sade quando expostas a subst
concentraes iguais ou mesmo inferiores aos limites de exposio. A ACGIH tamcada substncia, publicaes complementares ao livro do TLV,85 estudos tcnicovalores estabelecidos.
Algumas fichas da CHEMINFO trazem, ao lado do limite, qual(is) o(s) de base para o estabelecimento daquele valor. Existem substncias que possuemgicos de exposio ou biomarcadores denominados de BEIs (Biological Exposufichas trazem esta informao junto com os valores de TLV.
Da figura a seguir extrai-se que a ACGIH, em 2009, estabeleceu com
do benzeno e TLV-STEL de 2,5 ppm, tendo como efeito crtico para o estabelecimenogenicidade (no caso, leucemia). Apesar dessa substncia possuir efeitos no siste
hepticos e depressor da medula ssea (com anemia, leucopenia e trombocitope
ncias), o limite foi estabelecido para a leucemia, visto que, para os outros efeitos
i i i l d 86 A d i A1 d fi b i
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Figura 16 Reproduo do item sobre Exposio da ficha Benzeno da base de dados C
Tambm alerta para existncia de indicador biolgico de exposio (B
e remete o leitor para documentao da ACGIH.
Ateno:
Somente para benzeno, a legislao brasileira estabelece um limite especfi
Valor de Referncia Tecnolgico (VRT), estabelecido pelo Anexo n 13-A, in
pela Portaria SSST n 14, em 1995. O VRT o valor possvel de se atingir p
processo do ponto de vista da tecnologia vigente. No exclui risco sade, se
Limite de Tolerncia.88,89
De acordo com a CHEMINFO, no caso do etanol no existe TLV-TW
-STEL, e o efeito considerado o de irritao das vias areas superiores, visto
efeitos (em sistema nervoso, hepticos etc.) as concentraes atmosfricas nec
i l d O li it i t t lt (1 000 ) t
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Figura 17 Reproduo do item sobre Exposio da ficha Etanol da base de dado
Para o Clorofrmio, somente definido TLV-TWA, pois a substncia
e no carcinognica (A3). Os efeitos levados em conta para o estabelecimento
danos hepticos e reproduo. Comparada ao etanol, 100 vezes menor.
Figura 18 Reproduo do item sobre Exposio da ficha Clorofrmio da base de da
O mercrio metlico, o nico metal lquido temperatura ambiente, ta
cularidades em relao exposio. No caso deste metal, a notao Skinao lad
chama a ateno para o fato de que o mercrio em forma metlica (lquida) pode se
da pele, como tambm o caso do benzeno.
Figura 19 Reproduo do item sobre Exposio da fichaMercrio Metlico da base de d
Nos EUA, o instituto NIOSH, dos CDC, recomenda valores limites d
Recommended Exposure Limits (REL) e a agncia encarregada da fiscalizao
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tuies que estudam e estabelecem valores limites para substncias qumicas pre
de trabalho, como a Fundao Alem de Pesquisa (Deustsche Forschungsgemein
Health and Safety Executive(HSE), do governo britnico.
Comparaes entre efeitos agudos e crnicos e os parmetros de doses e
Benzeno: sua concentrao letal 50% (CL50) de 13.000 ppm para camun(para seres humanos) de 500 ppm (ver Tabela 10). Estes valores contrastde exposio ocupacional (ver Figura 16), que de apenas 0,5 ppm, ou seja, vezes menor em relao ao CL50 e 1.000 vezes menor que o IDLH em consportncia de seu efeito crnico, a carcinogenicidade.
Etanol: A CL50 para camundongos de 30.000 ppm, o IDLH de 3.300ppmlimite de exposio ocupacional de 1.000 ppm (Figura 17), ou seja, apenas que o CL50 para camundongos e cerca de 3,3 vezes em relao ao IDLH, poisvia inalatria no ocasiona efeitos crnicos em baixas concentraes.
Benzeno x etanol: Interpretando as informaes sobre efeitos sade entre etncias, pode-se depreender que, para o etanol, do ponto de vista da exposiconsideram-se basicamente os efeitos agudos (irritante) e que, para o benzentos agudos (tambm depressor do sistema nervoso central e irritante da pelelevam-se em considerao os seus efeitos carcinognicos em exposies deque o etanol no causa, pelo menos em termos de exposio ocupacional aos
5.7 Monitoramento biolgicoAlgumas poucas substncias possuem um indicador biolgico (IB) qu
nado de maneira quantitativa sua exposio ocupacional. Os indicadores biol
ou biomarcadores podem ser a prpria substncia, um metablito desta ou uma a
quantificados no sangue, na urina ou em outra matriz biolgica. A correlao dest
a exposio ou com efeitos da substncia tal que possibilita definir um ndice biol
denominado pela ACGIH como Biological Exposure ndex(BEI).94 Na legislao brte para esses indicadores denominado ndice Biolgico Mximo de Exposio (
importante ter certeza de que a substncia que se deseja monito
trabalho possua o IB e que este seja til nas condies de exposio possv
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As fichas da CHEMINFO fornecem essa informao, como no exempl
Figura 20 Reproduo do item sobre TLV da fichaBenzeno da base de dados C
No caso acima, deve-se procurar a documentao especfica da ACGI
a determinao de cido trans-trans mucnico na urina de final de jornada de tra
mximo de 500 mg/g creatinina, ou a quantificao de cido fenilmercaptrico urin
de jornada de trabalho, com um BEI mximo de 25 mg/g creatinina, corresponden
cido para este solvente.97 Ambos so produtos da biotransformao do benzeno.
Quanto ao mercrio metlico, a CHEMINFO traz a informao de qu
se consultar a documentao da ACGIH, verifica-se que podem ser realizadas a
prprio mercrio na urina ou no sangue com valores limites respectivamente de 315 mg L-1.98 Ambos os valores esto relacionados com um TLV-TWA de 0,025 mg
brasileira, s h o IBMP para urina e o valor o mesmo que o da ACGIH.99
Deve-se atentar para o fato de que, no se encontrando citao de IB d
confirmando-se sua no existncia em fontes confiveis como a ACGIH ou a NR-7,
monitoramento biolgicode exposio da substncia, pois o resultado no til, pfuso ao se considerar uma exposio descontrolada como adequada ou criar alar
sies perigosas. importante lembrar que metais como zinco, cobre, alumnioe
solventes como clorofrmio, vapores como cloroou amniae nuvem de cido clor
IBs at o momento.
5.8 Converso de ppm para mg m-3
Os valores em LEO de gases e vapores podem ser expressos em ppm
estabelecidos para as condies normais de temperatura e presso (CNTP). Par
unidade para outra precisamos do peso molecular da substncia (expressa em Dalt
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a Para transformar mg m-3 em ppm.
C (ppm) =C (mg m-3) 24,45 L*
Peso molecular (g mol-1)
* volume molar a 25C e presso de 1 ATM
C (mg m-3) =24,45L
C (ppm) Peso molecular (g.mol-1)
b Para transformar ppm em mg m -3
Em algumas fichas com informaes completas (como a CHEMINFO)
trar o fator de converso j calculado como, por exemplo:
Etanol: Peso molecular (PM) = 46,07Fatores de converso: 1 ppm = 1,88 mg m -3 e 1 mg m-3 = 0,53 ppm
Benzeno: PM = 78,11
Fatores de converso: 1 ppm = 3,19 mg m -3 e 1 mg m-3 = 0,31 ppm
Mercrio metlico: PM = 200,59
Fatores de converso: 1 ppm = 8,19 mg m
-3
e 1 mg m
-3
= 0,122 ppmLembrete:
A converso de ppm para mg m-3 vlida somente para gases e vapores, pois
de material particulado somente expressa em mg m-3.
5.9 Odor como propriedade de alerta (Warning property)O odor um sinal da presena de substncia no ambiente, mas seu u
troca de respiradores (assim como os sinais de irritao de vias areas) uma pr
mendada pela OSHA desde 1998.100 Para a troca de respiradores, necessrio o
uma estimativa do perodo de uso e da data de troca a partir do histrico de dados
acordo com as instrues do fabricante de cartuchos e filtros.
No seguro confiar no odor como propriedade de alerta em condi
dade, pois: o organismo se acostuma sua presena constante, deixando de pe
cansao olfativo para muitas substncias; ou, havendo uma mistura de substnc
odor de uma substncia pode mascarar o de outra; e, ainda, o sistema olfativo pod
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no ar (por exemplo, no caso do benzeno), a percepo do odor utilizando o respir
uma contaminao excessiva. Assim, o odor no serve como propriedade de aler
ocupacional j seria excessiva, muito acima do LEO.
O CHEMINFO apresenta o limiar de odor e sua viabilidade como pro
Exemplos:
Benzeno: a faixa do limiar de odor considerada aceitvel vai de 34
geomtrica de 61 ppm), enquanto o TLV da ACGIH de 0,5 ppm, portanto, sua pr
ruim. Sentido-se algum odor de benzeno no ambiente, no se deve permanece
proteo respiratria adequada.
Clorofrmio: a faixa de limiar de odor vai de 133 a 276 ppm (mdia geom
enquanto o TLV da ACGIH de 10 ppm. Propriedade de alerta: ruim.
Etanol: a faixa de limiar de odor vai de 49 a 716 ppm (mdia geomtric
quanto que o TLV da ACGIH de 1000 ppm. Propriedade de alerta: boa. O odor
no ambiente de trabalho. Quando o odor estiver mais penetrante ou mais intenso
ambiente pode estar atingindo nveis acima daquele de ao ou se aproximando d
Acetato de butila: a faixa do limiar de deteco vai de 0,063 a 7,4 ppm
de 0,31ppm), enquanto o de reconhecimento vai de 0,038 a 12 ppm (mdia geom
e o TLV-TWA de 150 ppm. Propriedade de alerta: boa.
Ateno:
Absoro atravs da pele e propriedade de alerta para uso de proteo respira
Quando a substncia pode ser absorvida por via cutnea e h exposio do
propicie este tipo de absoro, o odor no serve como propriedade de alerta p
total do trabalhador, pois, mesmo que o limite de exposio seja maior que o
absoro por via drmica no estar sendo considerada.
Fenol: a faixa de limiar do odor fica entre 0,0045 a 1 ppm (mdia geom
enquanto que o TLV da ACGIH de 5 ppm. Mesmo assim, considera-se que o o
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ser detectados via olfato e se o seu limiar de odor em relao a esses compostos
LEOs, dos nveis de ao ou outros valores, como os ERPGs. A AIHA estabelece
es de emergncia denominadas Emergency Response Planning Values(ERPG
-guia para exposies no repetidas a substncias qumicas para serem usadasde planejamento e avaliao de planos de contingncia. Os ERPGs so apresen
acordo com a intensidade de efeitos nocivos para uma exposio nica de uma ho
No entanto, a ausncia de odor no significa ausncia de substncias
de algumas substncias inodoras, mas perigosas, como no caso dos gases combu
to de petrleo GLP), adicionam-se substncias com cheiro desagradvel e de f
de odor baixo) como medida de preveno de acidentes.
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6 Outras informaes
Fichas completas como as da CHEMINFO trazem ainda informaesavaliao, controle de exposio, entre outras.
6.1 Controle da exposio e equipamento de proteo indiv
As questes referentes avaliao ambiental e proteo respiratria
encontradas em fichas como as da CHEMINFO.
6.1.1 Amostragem e anlise
A CHEMINFO e outras fontes fazem referncia aos mtodos validado
e anlise de substncias nos ambientes de trabalho. Citam os nmeros dos m
organismos e trazem um resumo destes.Exemplos:
Figura 21 A Reproduo do item sobre Mtodos analticos OSHA da fichaBenzeno da base
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V-se que o mtodo da OSHA nmero 12 e da NIOSH 3700, 1501
Figura 22 Reproduo do item sobre Mtodos analticos NIOSH da fichaMercrio da base d
Somente a NIOSH validou mtodo analtico para mercrio, registrando-o
Figura 23 Reproduo do item sobre Mtodos analticos da fichaFenol da base de da
Esses dados so indicaes de bibliografia que devem ser consultadas
avaliaes quantitativas de contaminao ambiental ou de exposio ocupacional. Utitativa de substncias qumicas apresentada em um laudo ambiental ou em um Prog
de Riscos Ambientais (PPRA) deve citar sempre o mtodo que foi utilizado e suas ca
ra no seja obrigatrio utilizar os mtodos aqui exemplificados (OSHA ou NIOSH). A
leta e anlise devem estar descritas. Sem essas informaes, qualquer relatrio de
incompleto e pode ser questionado.
6.1.2 Proteo coletiva
As medidas de controle de engenharia so descritas de maneira suc
cuidados que devem ser tomados com esses equipamentos.
Uma vez que o sistema de proteo coletiva vai ser definido depen
fatores, como do tipo de processo, de sua atualizao tecnolgica, da disponibil
entre outros, pode variar de caso para caso. Mesmo assim, as medidas de contro
sideradas prioritrias e devem ser adotadas sempre que for verificado risco sad
substitudo por equipamentos de proteo individual (para mais detalhes, consulte
tadora n 9106 do MTE).
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Uma ficha pode trazer ainda outras informaes complementares que p
o profissional de SST a tomar decises, como medidas de proteo da exposio d
cuidados no manuseio e estocagem, aes em caso de derramamento acidental, c
entre outras. Elas no foram detalhadas neste manual, pois so mais autoexplicativressaltar que o EPI no deve ser fornecido aos trabalhadores sem instrues e trei
e que seu uso deve fazer parte de um programa geral de segurana, juntamente c
medidas de engenharia e organizao do trabalho que promovam a sade do trab
detalhes, consulte a Norma Regulamentadora n 6107 do MTE que foi recentemente
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7 Misturas
Para as misturas comerciais, existem as FISPQs fornecidas pelo fabrianalis-las com os cuidados necessrios, j apresentados no item 4.1, e tambm
de cada componente separadamente.
No entanto, a anlise dos componentes separadamente invivel quan
centenas de compostos, como os derivados de petrleo gasolina, diesel, aguar
Em alguns casos, pode-se eleger aqueles de maior concentrao ou grupos de suExistem fichas para misturas comerciais com especificao de cada produto, o
especificaes tcnicas definem as caractersticas de uma mistura, por exemplo, q
produto que pode ser comercializado como querosene. So normatizadas por en
tcnicas e publicadas por estas ou pelo fabricante do produto.
No Brasil, possvel encontrar informaes sobre as especificaes t
de produtos derivados de petrleo (combustveis ou no) no portal da BR Distribu
analisa os derivados de petrleo, deve-se ficar atento faixa de destilao do pro
terizar alguns de seus perigos, seja pela maior ou pela menor volatilidade, seja pe
presena, na mistura, de substncias especificamente perigosas, como o benzen
Exemplos:
Querosene: a especificao tcnica informa que a faixa de destilao est entrComo a temperatura de ebulio do benzeno de 80,1C, impossvel que nha mais que traos desta substncia, a no ser que tenha sido propositadaps o fracionamento. A volatilidade do produto baixa, tendo em vista que a constituem possuem temperaturas de ebulio elevadas e, portanto pressb i
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Gasolina: a faixa de destilao vai de 27C a 220C111 e tambm abrange a faibenzeno, assim como o SPB, mas como possui faixa de destilao com tempque este solvente, a proporo de benzeno tende a ser menor. Mas, em algunse outros componentes podem ser adicionados posteriormente para aumento
produto comercial. No Brasil, utiliza-se etanol para esse fim.
7.1 Efeitos da exposio concomitante a diversas substnc
A ficha da CHEMINFO fornece, s vezes, o item sinergismo toxicol
synergisms), que trata da exacerbao do efeito esperado de uma substncia na
por interao entre substncias na fase de distribuio no organismo ou no stitanto os efeitos aditivos, quanto os multiplicativos (sinergismo propriamente dito). O
estudado em caso de interao medicamentosa, mas a exposio concomitante o
rias substncias pode ser frequente em muitos ambientes de trabalho. Possveis p
ocorrem, por exemplo, quando h exposio concomitante a misturas de vrias s
am no sistema nervoso central (gasolina) ou a substncias que alteram a velocida
(hidrocarbonetos clorados). Pode-se tambm pensar em situaes de exposio mitante ao uso de certos medicamentos.
A frmula matemtica para ajustes de LEOs em exposies a mistur
reproduzir a complexidade do fenmeno fisiolgico, mas h uma frmula simple
um modelo aditivo. Para uso e exemplos da frmula, consulte o Apndice E112 da pu
sobre TLVs e BEIs.
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8 Comentrios finais
importante para todos profissionais da rea da Sade do Trabalhadtrabalhador conhecer as substncias que podem estar presentes nos ambientes
perigos. Conhecer mais detalhadamente algumas propriedades dos produtos qu
o planejamento e a tomada de decises na preveno de agravos relacionados a
volvem agentes qumicos.
Adotamos asfi
chas da CHEMINFO como modelo para o nosso manuaqualidade e estarem disponveis na Fundacentro. Consequentemente, suas fon
como a ACGIH, aparecem frequentemente em nosso texto. No entanto, h outras fi
que podem e devem ser conferidas, bem como, certamente, outras organizaes
informao relevantes. Por exemplo, no que diz respeito ao potencial carcinogni
vale uma busca no sitedo Programa Nacional de Toxicologia (National Toxicology
partamento de Sade dos EUA.
Ateno aos linksaqui fornecidos mesmo durante a elaborao de
sitesmodificaram seus endereos eletrnicos. Por isso, sempre tente encontrar os
as informaes mais atualizadas.
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Sobre o livroComposto em arial 11 (corpo texto)
BenguiatGot Bk BT 15 (ttulos)em papel offset 90g/m (miolo)
e couch 150g/m (capa)no formato 21x28 cm
Impresso: Grfica da FundacentroTiragem: 2.000
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ISBN 978-85-98117-68-3
9 7 8 8 5 9 8 1 1 7 6 8 3