Manual do Criador

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MANUAL DO CRIADORRAÇA CRIOULA

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Este manual tem por finalidade orientar os criadores e proprietários de cavalos da Raça Crioula - em especial os iniciantes - no sentido de familiarizá-los com os serviços de registros genealógicos e documentações, proporcionando a eles maior comodidade e satisfação na arte de criar este que é o “cavalo da América”.

RAÇA CRIOULA

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1. ORIGEM

1.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS

O cavalo Crioulo tem sua origem no território da Península Ibérica. As prin-cipais raças de cavalos criadas na região eram originárias de duas principais linha-gens encontradas no planalto do Himalaia: o Equus Caballus Asiaticus (raça Ariana, que deu origem ao Árabe) e o Equus Caballus Africanus (raça Mongólica, que deu origem ao primeiro Bérbere). O Bérbere habitou o norte da África e, através das rotas migratórias, foi o primeiro a atingir o sul da Espanha. Dada às condições excepcionais do solo e do clima do sul da Espanha, o cavalo Bérbere primitivo teve grande desenvolvimento. Os povos que dominaram a Península influenciaram sua cultura equestre em distintos níveis, sendo que as prin-cipais influências vieram dos povos Celta, Cartaginês, Bárbaro e, principalmente, do Muçulmano. Durante a Reconquista, os cristãos usaram cavalos de grande porte, indis-pensáveis para suportar a carga dos cavaleiros armados, porém, terminada a guer-ra, os Reis Católicos e seus sucessores consideraram a necessidade de ter, além da cavalaria pesada, outra ligeira cópia da notável e aguerrida cavalaria muçulmana, surgindo assim os cavalos Andaluzes. Os cavalos Andaluz e Bérbere foram raças escolhidas para cruzar o oceano com Cristóvão Colombo, na ocasião de sua segunda viagem à América, em 1493. Além de estarem próximos às regiões portuárias de onde as expedições saíam, eram os mais aptos a afrontar as dificuldades do novo continente. O cavalo que aportou na América era a mais desenvolvida ferramenta de guerra existente na época.

Índios foram os primeiros a terem contato com o cavalo na América do Sul

HISTÓRICO DA RAÇA

Histórico da Raça_______ ______________________________________ 05Padrão da Raça_______________________________________________ 09Documentos _________________________________________________12Lembretes ao criador ou proprietário _____________________________ 18Relação dos Técnicos da ABCCC __________________________________ 20Padrão da Raça ______________________________________________ 23Seleção _____________________________________________________ 24Certas virtudes psicológicas do cavalo ____________________________ 26Como proceder para importar ou exportar animais __________________ 28Eventos _____________________________________________________ 31Registro do Mérito ____________________________________________ 32Eventos - Pistas de Prova _______________________________________ 38

SUMÁRIO

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A partir do século XVII, muitos cavalos foram perdidos ou abandonados ao acaso. Passaram a ser criados de forma livre, formando inúmeras cavalhadas selva-gens distribuídas pela imensidão da América, entre suas cordilheiras e pampas. Du-rante o período de formação da raça, as inúmeras manadas, espalhadas pelo novo continente, tiveram destinos diferentes. Nos Estados Unidos e no México, as prolongadas guerras e o cruzamento com outras raças fizeram desaparecer os cavalos descendentes dos Crioulos. Na Colômbia e na Venezuela, as altas temperaturas, a alimentação e a geografia local al-teraram – e muito – a aparência e a estatura dos cavalos. Os Crioulos, da forma como hoje são conhecidos, ficaram concentrados no sul da América, sendo, por cerca de quatro séculos, forjados através da seleção natural: foram perseguidos por homens e predadores, passaram sede e fome e precisaram aguentar temperaturas extremas, desde as rigorosas geadas do inverno até o forte sol do verão. Servindo a todo o tipo de trabalho, o Crioulo puxou água para as proprie-dades, trilhou o trigo, tracionou o arado para o plantio de diversas culturas, amas-sou o barro para a construção de casas e, usado na guerra foi o grande herói da independência do solo americano da dominação europeia. Foi montado em c avalos Crioulos que San Martim transpôs a Cordilheira dos Andes para libertar Chile e Peru e que Simon Bolivar dominou a Colômbia, a Venezuela e a Bolívia. Assim é que a raça Crioula foi moldada: em um ambiente hostil, onde só os mais fortes sobreviviam e conseguiam passar seus genes para as futuras gerações. Em meados do século XIX, após este período evolutivo, os fazendeiros do sul da América começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos Crioulos que vagavam por suas terras. Então, esta nova raça, bem definida e com ca-racterísticas próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX, quando várias associações foram criadas para exaltar e com-provar o valor do cavalo Crioulo. Entre as características herdadas de seus antepassados estão a alçada me-diana que dificilmente chega ou supera 1,50 metro; a cabeça curta, triangular, de perfil reto ou subconvexo; as orelhas curtas bem separadas, amplas em sua base e pouco perfiladas; o pescoço erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo; a abundância de crinas e cola; o aspecto “baixo e forte” e o caráter tranquilo de seus antepassados europeus.

Então, após o desembarque de Colombo, os cavalos espalharam-se pela América. O primeiro local de chegada foi a Ilha de Santo Domingo; depois, entraram no Panamá e na Colômbia. Foram introduzidos no Peru, no Chile, na Argentina. Aliás, na expedição de Pedro de Mendonza ao Rio da Prata, em 1535, para fundar Buenos Aires, havia 72 equinos – que viriam a ser considerados de extrema importância para a formação do cavalo crioulo argentino. Outro nome importante é o do desbrava-dor Cabeza de Vaca, que chegou a Santa Catarina, no Brasil, em 1541, com 46 dos 50 cavalos que partiram da Espanha. Com eles, atravessou o território brasileiro até Assunção, capital do Paraguai. Em seguida, os cavalos foram introduzidos no chaco argentino para depois atingirem o Rio da Prata. O século XVI foi marcado pelo des-bravamento e o assentamento no novo território – e estes animais (acertadamente batizados “pequenos grandes cavalos da América” por Guilherme Echenique) foram de fundamental importância para o sucesso destas empreitadas.

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1. CABEÇA

PERFIL:

GANACHA:

LARGURA:

COMPRIMENTO:

ORELHAS:

OLHOS:

2. PESCOÇO

INSERÇÕES:

BORDO SUPERIOR:

BORDO INFERIOR:

LARGURA:

COMPRIMENTO:

SubconvexoRetilíneo

DelineadaForte e moderadamente afastada

Fronte – Larga e bem desenvolvidaChanfro – Largo e curto

Curta

AfastadasCurtasBem inseridasCom mobilidade

ProeminênciaVivacidade

Cabeça - Limpa e ResistenteTórax - Rigorosamente apoiado no peito

SubconvexoCrinas grossas e abundantes

Retilíneo

AmplaForteMusculosa

Mediano

PADRÃO DA RAÇA 1.2 - A FUNDAÇÃO DA ABCCC

Desde que um grupo homens de visão do Rio Grande do Sul decidiu, no dia 28 de fevereiro de 1932, constituir uma entidade dedicada exclusivamente ao cavalo Crioulo, uma história repleta de conquistas começou a ser escrita. Estabe--lecida na cidade de Pelotas há mais de 80 anos, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos está hoje na vanguarda das Associações de raça do país. Sua história, porém, começou antes de sua fundação, no início do sécu-lo XX, quando estancieiros gaúchos organizaram-se no sentido de criar e ordenar parâmetros seletivos para a formação de uma base racial. A necessidade de regula-mentação deu forma à então Associação de Criadores de Cavalos Crioulos (ACCC), que mais tarde viria a se tornar Associação Brasileira (ABCCC), cuja primeira ação foi a certificação de animais no Stud Book, realizada através de inspeções técnicas.

Desde então, a ABCCC trabalha sobre uma base formada por três pilares principais: selecionar, difundir e preservar o cavalo Crioulo. Esse tripé tornou-se o norte que guiou os criadores na oficialização de modalidades que salientaram as vir-tudes da raça e atestaram a sua capacidade e versatilidade. A principal delas, o Freio de Ouro, é hoje considerada o grande responsável pelo crescimento e a valorização atual dos exemplares. As provas e exposições, divulgadas pela televisão, pela internet e por ou-tros meios de comunicação, aceleraram o processo de expansão da raça no país. Hoje o cavalo Crioulo está presente em todo o território brasileiro com uma manada de mais de 311 mil animais, mantidos por cerca de 35 mil criadores e proprietários. Além disso, a entidade referenda 25 técnicos e 85 núcleos, responsáveis pela promo-ção de aproximadamente mil eventos por temporada.

1ª Comissão de Inspeção e Diretoria da ABCCC

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5. MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES

BRAÇOS E COTOVELOS:

ANTEBRAÇOS:

JOELHOS:

CANELAS:

BOLETOS:

QUARTELAS:

CASCOS:

QUARTOS:

GARRÕES:

MusculososBraços inclinadosCom cotovelos afastados do tórax

MusculososAprumadosAfinando-se até o joelho

Fortes, nítidos, no eixo

Curtas, com tendões fortes e definidosAprumadas

Secos, arredondados, fortes e nítidosMachinhos na parte posterior

De comprimento médioFortes, espessas, nítidas e medianamente inclinadas

De volume proporcional ao corpo, duros, densossólidos, aprumados e medianamente inclinadosDe preferência pretos

Musculosos, com nádegas profundasPernas moderadamente amplas e musculosasinterna e externamente

Amplos, fortes, secosParalelos ao plano mediano do corpo, comângulo anterior medianamente aberto

* não existe máximo estabelecido

Machos 1,40 1,50 1,68 0,18Fêmeas 1,38 1,48 1,70 0,17

Min. Max. Min.* Min.*

1,38 1,50 1,68 0,18

Alçada Torax Canela(perímetro) (perímetro)

Castrado

3. LINHA SUPERIOR

CERNELHA:

DORSO:

LOMBO:

GARUPA:

COLA:

4. TÓRAX, VENTRE E FLANCO

PEITO:

PALETAS:

COSTELAS:

VENTRE:

FLANCO:

Destaque moderadoMusculosa

MedianoMusculosoBem unido à cernelha e ao lombo

MusculosoUnindo suavemente o dorso e a garupa

Moderadamente larga e compridaLevemente inclinada proporcionando boadescida muscular para os posteriores

Com a inserção dando uma perfeita continuidadeà linha superior da garupaSabugo curto e grosso, com crinas grossas eabundantes

AmploLargoProfundoEncontros bem separados e musculosos

Inclinação medianaComprimento medianoMusculosas, caracterizando encontros bem separados

Arqueadas e profundas

Subconvexo, com razoável volumePerfeitamente unido ao tórax e ao flanco

CurtoCheioUnindo harmonicamente o ventre ao posterior

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2.1.1 - O Setor de Registro da ABCCC disponibiliza ao criador uma área res--trita no site da entidade onde pode ser acessada a relação de todas as fêmeas de sua propriedade aptas à reprodução (confirmadas no registro definitivo).

2.1.2 - O proprietário ou o responsável pelo garanhão deverá comunicar a padreação das éguas ao SRG, tanto de sua propriedade, como de terceiros, desde que esteja sob sua responsabilidade, até o dia 30 de junho de cada ano.

2.1.3 - Serão aceitas comunicações de padreação até o dia 30 de setembro, mediante pagamento de multa previsto na tabela em vigor. Os comunicados poste-riores a setembro serão processados mediante pagamento de multa e os produtos resultantes destes acasalamentos somente serão inscritos mediante exame compa--rativo para determinação de paternidade e maternidade.

2.1.4 - Sendo adotado o serviço a campo deverão ser mencionadas as da-tas extremas do período em que o reprodutor esteve solto na manada, mantendo a data final sempre em 30 de junho de cada ano. No caso de adotado o serviço de padreação individual deverá ser mencionada a data dos saltos, para cada égua.

2.1.5 - Serão aceitas também a reinclusão na Carta de Padreação de até três coberturas de temporadas anteriores, a qual as fêmeas destinadas não tenham concebido, provenientes de doações aos Núcleos de Criadores;

2.1.6 - Também deverá ser feita a inclusão dos ventres cobertos por repro-dutores sediados no Brasil, dos ventres provenientes dos países integrantes da FICCC e demais homologados pelo MAPA.

2.2 - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES

Será permitida a Inseminação Artificial com sêmen fresco ou congelado, de garanhões vivos ou mortos a partir do dia 24/06/2013. Os criadores que fizerem o uso de inseminação devem também cumprir legislação específica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

2.2.1 - A inseminação artificial com sêmen de garanhões mortos deve ser informada em formulário específico, com número total de 120 padreações para os que não estão inscritos no Registro de Mérito na data de sua morte e 150 para os inscritos no Registro de Mérito na data de sua morte.

NOTA: essas padreações serão aceitas até a data limite de 30 de junho da res-pectiva temporada reprodutiva, sem a possibilidade de comunicar em atraso, sem limite de tempo e vinculadas ao teste comparativo para verificação de paternidade e maternidade.

Enumeramos a seguir os itens que consideramos mais importantes para o conhecimentos dos criadores

1. FORMULÁRIOS (Impressos)

Todo o criador tem acesso na Associação ou em nosso site (http://cavalo-crioulo.org.br/studbook/formularios_documentos) aos seguintes formulários indis-pensáveis:

a) Alteração de Dados Cadastraisb) Cadastro de Marcac) Comunicado de Transferênciad) Formulário de Proposta de Associadoe) Formulário de Registro de Afixof) Formulário de Solicitação de Serviçosg) Formulário Individual de Padreaçãoh) Termo de Responsabilidade para transações eletrônicasi) Transferência de Embriõesj) Transferência de Prenhez e Produtosl) Troca de Razão Social

2. COMUNICAÇÕES* Toda a comunicação de ocorrência ao SRG (Serviço de Registro Genealó- gico) deverá ser apresentada diretamente na Associação, através do correio (vale a data do protocolo no SRG ) ou via Internet, através de e-mail cadastrado ao da área do criador e entrega do Termo de Responsabilidade.

NOTA: a transferência online, através da área do criador, será aceita mediante a entrega do documento do animal para a Associação, exceto em casos em que o vende-dor solicitar a segunda via do registro.

2.1 – COMUNICADO DE PADREAÇÃO

A padreação poderá ser realizada em qualquer época do ano (em alguns casos com recolhimento de multa), podendo ser, a critério do criador, por monta dirigida, a campo ou por inseminação artificial com sêmen fresco ou congelado. _____________________________________________________________________*Baseadas no Regulamento do Serviço de Registro Genealógico da ABCCC, homolo-gado pelo MAPA em 08/01/2014.

DOCUMENTOS

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2.3.2 - A resenha do produto deve ser feita pelo Inspetor Técnico com o máximo rigor no gráfico reproduzido no formulário, anotando todos os sinais que caracterizam o animal bem como a pelagem correspondente. O contato com o téc-nico credenciado à ABCCC deve ser realizado pelo criador.

NOTA: o que é resenha? É a expressão gráfica, de todos os sinais constantes em um indivíduo. Os mesmos são identificados, no momento da inspeção ao pé da mãe do produto, por um Técnico credenciado da ABCCC. Constam na resenha de um ani-mal, data do nascimento, sexo, pelagem e suas variações, manchas e sinais diferentes da capa básica, encontrados principalmente na cabeça e nas extremidades locomotoras.

2.3.3 - É indispensável que a mãe do produto seja de propriedade de quem o inscrever. Em caso de aquisição de prenhez, deve ser apresentado formulário de transferência prenhez/produto preenchido pelo vendedor, para que o produto seja inscrito diretamente no nome do comprador.

2.3.4 - Uma vez aceita a inscrição do produto pela Associação, o formulário será autenticado e devolvido ao criador. Este será o PIP - Pedido de Inscrição Produto.

ATENÇÃO: NÃO SERÃO INSCRITOS NO REGISTRO GENEALÓGICO

a) Os produtos de pais não inscritos, sem DNA ou não confirmados com o Registro Definitivo no SRG.

b) Os produtos nascidos de éguas que não tenham padreações comunica-das conforme o regulamento.

c) Produtos provenientes de reprodutoras ao qual sua progênie possua data entre partos inferior a 310 (trezentos e dez) e superior a 365 (trezentos e sessen-ta e cinco) dias da data expressa na carta de padreação.

d) Os produtos cujas pelagens estejam em discordância com as contidas nos padrões da raça.

e) Os produtos com características transmissíveis geneticamente, reconhe-cidamente incompatíveis com os de seus genitores.

NOTA: toda a decorrência de inconformidade percebida pelo criador quanto à resenha do animal inscrito deve ser comunicada ao Setor de Registro Genealógico.

2.2.2 - Para as coberturas destinadas aos ventres de terceiros, haverá solici-tação de comprovação de coleta em Centrais homologadas pelo MAPA e verificação anual dos garanhões a partir da temporada em que completarem 25 anos, através dos Inspetores Técnicos. Essa condição é indispensável para homologar suas padre-ações.

2.2.3 - A cada período gestacional todas as éguas confirmadas poderão gerar um produto, seja no próprio ventre ou por transferência de embrião, desde que resguardado o intervalo mínimo entre partos de 310 dias.

Nota: as éguas inscritas no Registro de Mérito, as vencedoras dos Freios de Ouro, Prata e Bronze da ABCCC e da FICCC, as quatro melhores éguas do Campeonato Nacional da Morfologia, as três primeiras colocadas da Marcha de Resistência da ABCCC e da FICCC e os ventres Tríplice Coroados poderão gerar dois produtos por temporada reprodutiva (1º de julho a 30 de junho), sem a necessidade de gestar qualquer um dos produtos e sem necessidade de obedecer o intervalo mínimo entre partos.

2.2.4 - A transferência de embrião deverá ser comunicada à ABCCC em for-mulário próprio, impreterivelmente, até o dia 30 de junho da temporada respectiva.

2.2.5 - É indispensável para inscrição de um produto oriundo de trans-ferência de embriões o exame comparativo para determinação de maternidade e paternidade. 2.2.6 - Os produtos provenientes da técnica deverão conter a especificação “-TE” ao final de seu nome.

2.2.7 - Não será permitida a comercialização de embriões, apenas das pre--nhezes resultantes.

2.2.7 - Está proibida a utilização da técnica de clonagem. 2.3 - COMUNICADO DE NASCIMENTO

É de responsabilidade do criador através dos Inspetores Técnicos credencia-dos, encaminhar ao SRG o comunicado de nascimento do produto das éguas de sua propriedade, o qual se constituirá no respectivo PIP - Pedido de Inscrição Produto

2.3.1 - A comunicação de nascimento deverá ser apresentada ao SRG no máximo até nove meses (270 - duzentos e setenta dias), em formulário próprio for-necido pela ABCCC. Este deve ser vistoriado por um inspetor, assinado pelo criador e enviado à entidade.

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2.5 - COMUNICADO DE TRANSFERÊNCIA

A transferência de propriedade deverá ser solicitada em formulário espe-cial, fornecido pelo SRG ou obtido via Internet na página da ABCCC (www.abccc.com.br), no qual devem constar o nome do proprietário, a data da transferência efe--tuada (venda, troca, doação, cessão) e, quanto ao animal, o nome, o sexo e o núme-ro do registro respectivo.

2.5.1 - O formulário deverá ser encaminhado ao SRG pelo vendedor da-tado, assinado e com firma reconhecida, acompanhado do certificado original. A transferência só se tornará efetiva após seu cadastro na Associação e registro no cer-tificado do animal. 2.5.2 - A transferência de propriedade com reserva de domínio somente poderá ser aceita com o envio do respectivo contrato de compra e venda, assinado pelas partes interessadas. A transferência poderá ser cancelada somente mediante autorização formal do credor.

2.5.3 - Será registrada a reserva de domínio extensiva aos frutos e rendi-mentos somente se for cláusula constante no contrato de compra e venda e se o objeto em questão for uma fêmea.

NOTA: um dos erros mais frequentes no preenchimento deste comunicado é quanto a reserva de domínio. Marcar a opção “sim” no espaço localizado no canto su-perior direito do documento é fundamental para sacramentar as vendas financiadas. Neste caso, o vendedor deve anexar a cópia do contrato de compra e venda, sob pena de invalidar a opção.

2.5.4 - Os emolumentos de transferência serão pagos pelo vendedor, salvo autorização expressa do comprador.

2.6 - COMUNICADO DE MORTE

A comunicação de morte deve ser acompanhada do registro animal para sua efetivação; a mesma pode ser enviada via correio ou atráves dos inspetores téc-nicos por ocasião da visita técnica. O pedigree do animal poderá ser devolvido ao proprietário desde que seja referido.

2.4 – DA IDENTIFICAÇÃO E INSPEÇÃO TÉCNICA

O cavalo da raça Crioula deverá ter um nome de livre escolha de seu pro-prietário, discriminado no comunicado de nascimento, sendo que o SRG tem direito de censura para os nomes que julgar impróprios ou inconvenientes. O setor terá prazo de 60 dias para apresentar ao criador a recusa do nome, dando a este mais 30 dias para propor outro nome.

2.4.1 - O nome escolhido pelo criador deve ser acompanhado pelo afixo do estabelecimento de criação, escolhido no momento de cadastro deste no registro da ABCCC. Nota: o afixo pode ser utilizado como Prefixo (antes do nome do animal) ou Sufixo (após o nome do animal) e acompanhará o nome de todos os produtos nascidos em seu criatório.

2.4.2 - Ao completar os dois anos de idade e após inspeção técnica, que confere o padrão exigido pelo standart da raça, o animal passará a ter um Registro Definitivo, recebendo a marca a fogo da Associação. A marca será posta no terço mé-dio do quarto posterior direito do animal. Não existe idade máxima para apresentar um animal a confirmação.

2.4.3 - A marcação do número indicativo do Registro Particular (RP) é obri--gatória e deverá ser procedida antes da desmama do produto.

2.4.4 - Os machos deverão ser apresentados em concentrações públicas, onde é da competência do técnico revisor aprovar, aprazar ou até mesmo eliminar o produto. No caso de aprazamento, o animal poderá ser reapresentado após 30 dias em outro evento.

NOTA: as concentrações de machos são agendadas pelos Núcleos de Criado-res de Cavalos Crioulos, seguindo as normas de agendamento de eventos da entidade e divulgadas no site da ABCCC (www.abccc.com.br). Para participar, os criadores devem apresentar ao técnico responsável pelo evento o Documento de Registro Provisório ori--ginal do animal devidamente transferido para sua propriedade.Na avaliação o técnico credenciado observa as medidas do cavalo e o seu aparelho re-produtor e realiza uma conferência da resenha. Em seguida, os participantes são colo-cados em pista para a análise morfológica e todos são comentados, inclusive os que não serão marcados. Neste momento é avaliado se o animal está dentro do padrão da raça no que diz respeito, principalmente, ao selo racial, à correção de linha superior, ao nível de aprumos, à aptidão funcional e ao equilíbrio. A marcação é feita na concentração mesmo, onde também é realizada a coleta de material para exame de DNA.

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Nota: tanto produtos machos como fêmeas, somente podem ser acasalados após confirmação de inscrição no Registro Definitivo.

3 – DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA TRANSPORTE DE ANIMAIS 3.1 - Certificado original ou cópia autenticada (validade de 6 meses)3.2 - Exame de Anemia Infecciosa Equina3.3 - Guia de Trânsito de Animais (GTA)3.4 - Guia de recolhimento de ICMS (quando este animal já tenha sido transferido de propriedade)

4 – ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Os técnicos credenciados à Associação são profissionais autônomos das áreas de Zootecnia, Medicina Veterinária e Engenharia Agronômica, habilitados a assessorar o criador desde o momento da seleção, compra de exemplares, passando pelo manejo, reprodução e treinamento dos mesmos. Esses profissionais são indispensáveis nos processos cartoriais como re-senha de potrancos, confirmação de fêmeas, concentrações de machos e revisões coletivas. Somente o Técnico da ABCCC poderá lhe prestar serviços de inspeção téc-nica. Atualmente são 29 os habilitados a prestar esse serviço. Os técnicos deslo-cam-se permanentemente por todo o território nacional, a fim de atender todos os criadores. Confira a seguir o contato dos profissionais que podem ser acionados di-retamente, de acordo com a preferência do criador, sempre que se fizer necessário.

1. AO ADQUIRIR UM ANIMAL

1.1- ÉGUA PRENHE: verificar se o Comunicado de Padreação já foi entregue pelo proprietário ou responsável legal pelo garanhão no setor de registro e se o ca--valo que padreou já possui exame de DNA. Isto é de fundamental importância e o prazo de comunicação ao SRG é até 30 de junho de cada ano.

1.2 – ÉGUA COM CRIA AO PÉ: verificar se o potranco(a) ao pé está inscrito(a) no Registro Provisório da Raça ou se deverá ser inscrito em seu nome (o SRG pode lhe informar mediante consulta).

2 – DOS PRAZOS

Observe os vencimentos dos prazos para comunicar ao Registro Genealógico da Raça.

2.1 – DA PADREAÇÃO: até 30 de junho de cada ano.

2.2 – DO NASCIMENTO: até aos 9 (nove) meses após o nascimento do po-tranco. A partir dos 9 meses, o SRG ainda receberá os pedidos de inscrição dos pro-dutos, mediante pagamento de multa para atraso e poderá vincular sua inscrição mediante exame comparativo de maternidade e paternidade.

2.3 – DAS CONFIRMAÇÕES: o produto inscrito no Registro Provisório da Raça, após dois anos de idade, deverá ser inspecionado por Técnico da ABCCC, re-cebendo ou não a condição de ingressar no Registro Definitivo. As fêmeas e os cas-trados poderão ser inspecionados no estabelecimento de criação, enquanto que os machos somente em concentrações públicas previamente autorizadas pelo EVE. To-dos os animais podem ser aprovados, aprazados ou refugados. Só serão aceitos comunicados de cobertura de éguas e garanhões apõs ambos serem confirmados. Porém a ABCCC dá como prazo para realização da confir-mação até 30/09 do ano seguinte à cobertura.

LEMBRETES AO CRIADOR E PROPRIETÁRIO

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LUIZ FRANCISCO DE QUADROS LEITECidade: Lavras do Sul/RSTelefones: (53) 9972 3625 /(53) 9976 0025E-mail: [email protected]

MANOEL DE MACEDO PONS NETOCidade: Uruguaiana/RSTelefones: (55) 9963-4878E-mail: [email protected]

MARCELO MONTANO COELHOCidade: Viamão/RSTelefone: (51) 9982 4743E-mail: [email protected]

MARCOS GOMES ANTUNESCidade: Castro/PRTelefone: (42) 3232 1128 /(42) 8816 8721E-mail: [email protected]

OLMIRO ANDRADE FILHOCidade: São Sepé/RSTelefones: (55) 3233 1757 /(55) 9971 5211E-mail: [email protected]

PAULO ARMANDO REBELLO SOLHEIDCidade: Uruguaiana/RSTelefones: (55) 3412 2280 /(55) 9973 1015E-mail: [email protected]

RAFAEL FAGUNDES SANT’ANNACidade: Campo Grande/MSTelefones: (67) 3306 8430 /(67) 9961 8411E-mail: [email protected]

RICARDO GUAZZELLI MARTINSCidade: Vacaria/RSTelefones: (54) 3231 2340 / (54)9113 9906E-mail: [email protected]

ADOLFO JOSÉ MARTINS NETO Cidade: Camboriú/SCTelefones: (47) 3367 0294 /(47) 9981 2018 E-mail: [email protected]

ALEXANDRE PONS SUÑECidade: Bagé/RSTelefone: (53) 9963 4648E-mail: [email protected]

CARLOS MARQUES GONÇALVES NETOCidade: Cachoeira do Sul/RSTelefones: (51) 9818 4649/(51) 9917 6022E-mail: [email protected]

CHRISTINA FREITAS BANDEIRA DE MELLOCidade: Alegrete/RSTelefone: (55) 9977 0771E-mail: [email protected]

CLÁUDIO NETO DE AZEVEDOCidade: Pelotas/RSTelefone: (53) 9957 2929E-mail: [email protected]

DANIEL ROSSATO COSTACidade: Dom Pedrito/RSTelefone: (53) 8108 1544E-mail: [email protected]

FELIPE CACCIA MACIELCidade: Porto Alegre/RSTelefone: (51) 8427 7427E-mail: [email protected]

FERNANDO SEGALA GRAVINACidade: Porto Alegre/RSTelefone: (55) 9987 3450E-mail: [email protected]

FREDERICO VIEIRA ARAÚJOCidade: Rio Grande/RSTelefones: (53) 9963-7226E-mail: [email protected]

GILBERTO DOMINGUES RIETHCidade: São Gabriel/RSTelefones: (55) 3232 1601 /(55) 9945 8897E-mail: [email protected]

GUSTAVO ARHANITSCHCidade: Curitiba/PRTelefone: (41) 9912.1545E-mail:[email protected]

HEITOR CHEUICHE COELHOCidade: Brasília/DFTelefones: (61) 3468 8003 /(61) 9212 0859E-mail: [email protected]

HENRIQUE LITCHINA GONZÁLEZCidade: Bagé/RSTelefone: (53) 9971 0162E-mail: [email protected]

JAIME FAGUNDES BICA DE FREITASCidade: São Gabriel/RSTelefone: (55) 9971 2313E-mail: [email protected]

JORGE AGINELO DO NASCIMENTOCidade: Ibirubá/RSTelefones: (54) 3324 1424 /(54) 9116 7771E-mail: [email protected]

LUCIANO CORRÊA PASSOSCidade: Bagé/RSTelefone: (53) 8405 7123E-mail: [email protected]

RELAÇÃO DOS TÉCNICOS DA ABCCC

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MONTA EM

1º a 6 de janeiro6 a 11 de janeiro11 a 16 de janeiro 16 a 21 de janeiro21 a 26 de janeiro26 a 31 de janeiro

14 a 19 de agosto19 a 24 de agosto24 a 29 de agosto

2 a 8 de setembro8 a 13 de setembro 18 a 23 de setembro23 a 28 de setembro

3 a 8 de outubro8 a 13 de outubro13 a 18 de outubro18 a 23 de outubro 23 a 28 de outubro

2 a 7 de novembro7 a 12 de novembro 12 a 17 de novembro17 a 22 de novembro 22 a 27 de novembro

2 a 7 de dezembro7 a 12 de dezembro12 a 17 de dezembro 17 a 22 de dezembro 22 a 27 de dezembro 27 a 31 de dezembro

PARIÇÃO APROXIMADA

6 a 11 de dezembro11 a 16 de dezembro16 a 21 de dezembro21 a 26 de dezembro26 a 31 de dezembro31 a 5 de fevereiro

19 a 24 de julho24 a 29 de julho29 a 03 de agosto

8 a 13 de agosto13 a 18 de agosto23 a 28 de agosto28 a 02 de setembro

8 a 12 de setembro12 a 17 de setembro17 a 22 de setembro22 a 27 de setembro27 a 2 de outubro

7 a 12 de outubro12 a 17 de outubro17 a 22 de outubro22 a 27 de outubro27 a 1º de outubro

6 a 11 de novembro11 a 16 de novembro16 a 21 de novembro 21 a 26 de novembro26 a 1 de novembro1º a 5 de novembro

Nota: deve ser respeitado intervalo de, no mínimo, 310 dias entre partos

PADRÃO DA RAÇA

RODRIGO ALBUQUERQUE PYCidade: Barra do Ribeiro/RSTelefones: (51) 3482 1141 /(51) 9995 9658E-mail : [email protected]

ROMEU KOCHCidade: São José/SCTelefones: (63) 3476 2523/(63) 9994 7707E-mail: [email protected]

ROUGET GIGENA WREGECidade: Jaguarão/RSTelefone: (53) 8117 9146E-mail: [email protected]

THIAGO ANDREOLLA PERSICICidade: Uruguaiana/RSTelefone: (55) 9999 0962E-mail: [email protected]

THIAGO ORLANDOCidade: Passo Fundo/RSTelefone: (54) 3311.1021/(54) 9978.9601E-mail:[email protected]

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Ao adquirirmos um garanhão, devemos estudar sua ascendência e morfo-logia e verificar se suas qualidades têm condições de somar com as das matrizes ou diluir algum defeito por elas apresentado. Os clientes devem vender garanhões de boa qualidade e castrar aqueles que possam comprometer como futuros pais. Um criador que vende um mau reprodutor ganha no momento, mas certa-mente perderá no futuro. Os cavalos castrados não reproduzem, mas podem ser bem--sucedidos em provas como o tiro de laço, marchas, vaquejadas, jogo do pato, ocasio--nando menos despesas e projetando a cabanha.

ANDADURAS Acreditava-se que o cavalo, ao passar de um andamento lento (trote) para um mais rápido (galope), estava adotando uma medida para economizar energia. Po-rém, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostraram que o galope provoca maior dispêndio de energia do que o trote. A grande vantagem do galope, no entanto, é implicar em menores riscos para os músculos, os tendões e o esqueleto, tendo em vista que é um andamento mais macio. O custo energético do animal em galope é 13% superior, em média, ao do trote. Os estudiosos verificam que os “picos de força” impostos aos órgãos de sustentação são bem menores no galope do que no trote. Para constatar a veracidade deste trabalho, Farly e Tayler realizaram estudos em duas fases. Na primeira, analisaram os animais com seus pesos normais; na se--gunda, foi colocada uma carga adicional sobre cada um deles. Se o que causava a mu-dança no andamento era realmente uma maior exigência dos órgãos de sustentação, então os animais que carregavam peso deveriam passar de trote para o galope em velocidade mais baixa, já que seus ossos e músculos estavam sendo mais exigidos. Os cientistas observaram três pôneis da raça Shetland (com peso médio de 150 kg), sem peso adicional, que andavam do trote para o galope quando atingiam uma velocidade média de 12 km/h. Neste momento, ossos e músculos estavam no nível crítico para suportar os efeitos do trote, ou seja, havia maior risco de sofrerem danos. Quando os pôneis recebiam um volume adicional (23% acima de seus pesos normais), a velocidade com a qual eles passaram do trote para o galope era, em média, de 12 km/h. Ao passarem do trote para o galope, os “picos de força” impostos aos seus órgãos de sustentação apresentavam uma redução de aproximadamente 14%, dimi-nuindo a probabilidade de danos. Para melhor conclusão campeira: no trote o cavalo gasta menos energia e, quando atinge um nível crítico, passa a se sujeitar a maiores riscos de danos. No galope o cavalo gasta mais energia, por outro lado está sujeito a menos risco. Valendo-nos deste estudo, ao preparar um cavalo para uma prova, é prefe--rível que se utilize o treinamento a galope. A maior energia gasta poderia ser equi-librada com a ração, ao mesmo tempo em que os esforços sobre ossos, músculos e tendões seriam aliviados. Queremos ressaltar que o trabalho desses pesquisadores foi fornecido como colaboração do amigo crioulista Dr. Carlos Alberto Macedo, professor de ortopedia.

Segundo o hipólogo Carvenim, a seleção pode ser conservadora ou pro-gressiva. Com a primeira, pode-se chegar a configurações de gerações do mesmo tipo racial, mantendo suas aptidões. Com a última avançaremos pela perfeição das quali-dades e características mais ou menos puras. Os reprodutores devem ser escolhidos isentos de sangue estranho e devem apresentar a devida nitidez que caracteriza a raça pura. Segundo o hipólogo francês Baron, as qualidades de morfologia útil e os fixadores de caracteres raciais são passa-dos não só para o produto mas também às gerações subsequentes. Para obtermos estes resultados devemos selecionar animais com qualidades marcantes, não só morfológicas como funcionais. Portanto, o criador deve ter conheci-mento das qualidades para acasalar tipos semelhantes em conformações ou aptidões, eliminando os defeituosos. Jamais devemos cruzar animais com defeitos opostos para chegar a um equilíbrio - método totalmente errôneo. Se quisermos uma maneira de eliminar defeitos nas manadas, apesar de antieconômico, é colocar as matrizes com defeito com um jumento e produzirmos uma mula. O patrimônio hereditário (qualidades morfológicas e funcionais) é transmi-tido ao descendente pelos geradores diretos; a herança dos “avós” caracteriza o atavis-mo. A herança individual direta nos descendentes se vê reforçada quase sempre, por somas acumuladas das gerações anteriores. Quanto maior o acúmulo, maior poder hereditário acusará o descendente. Quanto mais gerações compostas de animais de destacadas qualidades, mais valores terão, porque o atavismo abrirá um modo inteira-mente convergente na herança do indivíduo. Um indivíduo possuirá as seguintes somas de heranças25% de influência paterna25% de influência paternal atávica25% de influência materna25% de influência maternal atávica Em resumo, diríamos que o cavalo é um produto de herança ancestral e de suas circunstâncias ambientais. Portanto, poderemos analisá-lo pelos fatores P (pai) + M (mãe) x Ambiente. Para fixarmos uma determinada qualidade ao nosso criatório é necessário um sucessivo número de gerações. O cruzamento não é matemático ou simplesmente a colocação de bom garanhão e égua para obtenção de um belo produto. Até os dois anos de idade, um produto - apesar de ter adquirido a carga gené-tica - vai depender das circunstâncias ambientais, desde o útero da mãe até o ambiente que enfrentar até esta idade, como o clima, a qualidade de alimentação e os exercícios recebidos. Não podemos exigir de pais com regulamento ambiental negativo.

SELEÇÃO

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VONTADE: para ser adestrado precisa receber uma educação que contrarie sua vontade, fazendo-o adquirir bons hábitos no sentido de que o cavaleiro indique e ele execute.

GULODICE E LIBERDADE: são duas preferências do cavalo. Quando obser-vamos cavalos abrindo porteiras ou destampando tulhas é porque ele está à procura de gulodices ou da sua liberdade. Por isso, quando executam satisfatoriamente nos-sas exigências, deve ser contemplado com açúcar, cenoura ou liberdade. O ideal, em lugar de açúcar, é dar um torrão de rapadura, rico em cálcio, fósforo e vitamina B2.

MÚSICA: o cavalo a aprecia, dando preferência à música melodiosa e a ins--trumentos como flauta e violino. Já os barulhentos como tambores não são bem aceitos. Quando o cavalo aprecia a música, levanta a cabeça e suas orelhas ficam atentas, deixando-o calmo e paciente. Como o som causa reflexos sobre a bexiga, devemos aproveitar para ensinar o animal a urinar numa lata. Também devemos utilizá-la para os garanhões, desligados às montas, estimularem sua libido.

INTELIGÊNCIA: em primeiro lugar, o homem deve ter convivência com o cavalo para que desenvolva sua inteligência, pois este teme o desconhecido. Muitas vezes, ao comprarmos gado chegando de automóvel no rodeio, um peão nos cede sua montaria, considerando-a de toda confiança, e por nos desconhecer, ao montá--la, nos surpreende em corcovos. O cavalo é muito mais inteligente do que julgamos. Quando costumáva-mos pealar animais por esporte, de preferência os mais ordinários, bastava chegar na mangueira para eles se protegerem num canto, não dando oportunidade de pe-alá-los. Era uma demonstração de inteligência semelhante ao burro de um filósofo grego, que carregado de sal, percebeu que ao passar um córrego existente, quando cheio sua carga era aliviada. Passou, então, a ajoelhar-se quando o atravessa em bai-xa para que a água atingisse o sal. Para tirar-lhe este hábito, o filósofo teve que fazer prevalecer sua inteligência, carregando-o de lã. O burro percebeu que sua carga au-mentava, passando a atravessá-lo normalmente.

MEMÓRIA: o cavalo também tem memória. Basta verificar que reconhece locais onde teve sensações agradáveis. Se você, ao cruzar por um determinado lugar, oferecer uma cenoura ou açúcar, cada vez que fizer o mesmo caminho manifestará vontade de passar, voltando a cabeça como quem procura algo. E da mesma for-ma se receber maus-tratos em outro lugar, ao passar novamente, dará reações de inquie-tação. Nas nossas campereadas, ao regressar para a casa, o cavalo se tornará alegre, mudando suas andaduras, com vontade de chegar para ser desencilhado e, talvez, contemplado com uma ração.

ORIENTAÇÃO: é o sexto sentido do animal. Sem uma orientação maior, é capaz ao ser solto em lugar estranho de regressar a sua querência percorrendo vários quilômetros. Certamente sua memória visual colabora neste sentido, com a ajuda da audição e olfato.

TATO: ele está situado no focinho através dos pelos ali existentes.

HÁBITOS: o cavalo adquire costumes espontâneos, como o de parar na casa de clientes de um distribuidor de mercadorias ou no bar que o bêbado costuma abastecer.

SENSIBILIDADE: jamais devemos castigar um cavalo sem motivo justo, pois ele não esqueceria tamanha injustiça. Os pontos atribuídos a um animal poderão ser creditados também a seus pais e a seus avós, na razão de 50% e 25% para cada um.

CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICASDO CAVALO

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NOTA: os exames sanitários serão feitos durante a quarentena no país de ori-gem, devendo ser apresentados às autoridades sanitárias, para emissão do certificado zoosanitário internacional, que acompanhará os animais no momento da entrada dos mesmos na fronteira do país. Os animais ficarão em quarentena por 30 dias no estabe-lecimento de destino. O criador tem um prazo de 30 dias para solicitar a nacionalização do mesmo na ABCCC.

2. IMPORTAÇÃO TEMPORÁRIA PARA COBERTURAS

2.1. O criador que deseja fazer a importação temporária de uma égua para padreação por reprodutor nacional deve comunicar ao SRG que emitirá atestado declaratório de prenhez ou padreação no retorno da égua ao país de origem.

2.2. No caso de importação temporária de reprodutores será utilizado os mesmos critérios da importação definitiva.

NOTA: o tempo de permanência do animal no país é de dois anos, renováveis por igual período. 3. NACIONALIZAÇÃO A solicitação de nacionalização deverá ser enviada contendo o registro dos animais, anexado junto a esta solicitação o Certificado de Registro Definitivo do país de origem e a legalização da importação, bem como o comprovante de pagamento dos emolumentos correspondentes.

3.1. Para solicitar nacionalização do animal à ABCCC são necessários os se-guintes documentos: a) Carta de Solicitação de Nacionalização b) Certificado de registro original do animal, onde conste o nome do importador c) Certificado de 5ª geração, quando não constar no original d) Ata de Inspeção Zootécnica, feita por um técnico credenciado à ABCCC no país de origem 4. EXPORTAÇÃO DE ANIMAIS

4.1. O criador que desejar exportar animais em caráter definitivo ou tem-porário, deverá tomar as providências a seguir. a) Em caso de definitiva os documentos de exportações serão aceitos me-diante a apresentação conjunta do formulário de transferência de propriedade para a firma ou pessoa importadora.

Aos criadores que pretendem importar ou exportar animais da raça criou--la, atenção para os seguintes itens:

1. IMPORTAÇÃO DEFINITIVA DE ANIMAIS

1. 1. Os equinos que serão importados devem passar por inspeção zoo--técnica, realizada no país de origem por um inspetor técnico, solicitado pelo criador ou interessado, que emitirá e enviará o respectivo laudo ao SRG.

NOTA: os garanhões terão o material genético recolhido no ato da inspeção, para o caso de futuras importações de sêmen. O criador proderá solicitar a inspeção afim de obter previamente o parecer favorável de importação e respeitando-se o stan-dard racial da entidade. Os documentos de pedigree originiais dos animais importados ficarão retidos na ABCCC e será gerado em seu lugar um documento nacional com a especificação “Produto Importado”, bem como seu país de origem.

1.2. Após análise e parecer favorável para importação, os formulários são encaminhados ao MAPA para aprovação de importação. O proprietário dos animais importados deverá, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data do desembarque, solicitar ao SRG o registro dos animais.

1.3. Documentos necessários a) Cópia do certificado de registro genealógico do animal b) Genealogia de no mínimo três gerações de ascendentes c) Cópia da fatura pró-forma em nome do importador d) Certificação zootécnica, preenchida com os dados do importador e de-vidamente assinada pelo mesmo ou pelo seu procurador legal. (formulários disponí-veis no SRG-ABCCC) e) Requerimento para solicitação de autorização de importação, ao serviço de sanidade animal do Mapa no estado, conforme portaria 49/87 (formulários dispo-níveis no SRG-ABCCC) f ) Em caso de fêmea coberta ou prenhe, deverá o importador acrescentar certificado de padreação ou prenhez com registro na categoria definitivo emitido pelo Stud Book do país de origem, com dados completos do reprodutor e cópia de seu laudo genético de DNA.

COMO PROCEDER PARA IMPORTAR OU EXPORTAR ANIMAIS

Page 17: Manual do Criador

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1. PRINCIPAIS MODALIDADES Atualmente, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos conta com doze modalidades oficiais, que realizam seletivas em todos os estados brasilei-ros. O ciclo funcional da entidade, que tem início depois da Expointer e se estende até o reinício do evento, movimenta mais de 22 mil animais em 800 disputas. As modalidades podem ser divididas em seletivas ou desportivas.

1.1. MODALIDADES SELETIVAS Formam o tripé de seleção da raça, que visa formar um cavalo que reúna beleza, rusticidade e funcionalidade.

Morfologia Freio de Ouro Marcha de Resistência 1.2. MODALIDADES DESPORTIVAS A cada ano reúnem grande quantidade de adeptos em todo o Brasil. Cada uma tem características e regulamentos próprios.

Campereada Crioulaço Enduro Freio do Proprietário Freio Jovem Movimiento a la Rienda Paleteada Paleteada Internacional Rédeas

Confira os regulamentos das modalidades em www.abccc.com.br/regulamentos.

EVENTOS

b) O proprietário que está exportando deverá fazer uma correspondência para a ABCCC, informando o animal e o país a que se destina

c) A ABCCC, de posse desta solicitação, emitirá um oficio para o Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, informando que o animal está devi-damente registrado na associação e pode ser exportado para outro país (conforme Portaria do SDA/Mapa nº 5 de 13/1/1993)

d) Requerimento para solicitação de autorização de importação, ao ser-viço de sanidade animal do Mapa no estado, conforme portaria 49/87 (formulários disponíveis no SRG-ABCCC) 5. ATENÇÃO AOS PRINCIPAIS PROBLEMAS

Para efetivação de importação, exportação e pedido de nacionalização de animais da Raça Crioula são necessários alguns cuidados especiais no preenchimen-to da documentação oficial. Veja os principais problemas de preenchimento

a) Nome do exportador incompleto b) Local de destino não preenchido c) Finalidade de exportação/importação não informada d) Nome do animal incompleto e/ou incorreto

Nota: as solicitações de importação e nacionalização devem, imprescindi--velmente, ser realizadas pelo importador do animal. A ata de inspeção zootécnica é enviada pelo inspetor técnico diretamente ao SRG em nome da firma importadora.

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A B C D Tipo

GRANDE CAMPEÃO 18 12 6 M

GRANDE CAMPEÃ 18 12 6 M

RES. GRANDE CAMPEÃO 16 11 5 M

RES. GRANDE CAMPEÃ 16 11 5 M

3° MELHOR MACHO 14 9 4 M

3° MELHOR FÊMEA 14 9 4 M

4º MELHOR MACHO 13 8 4 M

4ª MELHOR FÊMEA 13 8 4 M

CAMPEÃO POTRANCO MENOR 12 8 4 M

CAMPEÃ POTRANCA MENOR 12 8 4 M

CAMPEÃO POTRANCO MAIOR 12 8 4 M

CAMPEÃ POTRANCA MAIOR 12 8 4 M

CAMPEÃO CAVALO MENOR 12 8 4 M

CAMPEÃ ÉGUA MENOR 12 8 4 M

CAMPEÃO CAVALO ADULTO 12 8 4 M

CAMPEÃ ÉGUA ADULTA 12 8 4 M

CAMPEÃ ÉGUA PRENHE 12 8 4 M

CAMPEÃ ÉGUA C/CRIA 12 8 4 M

RES. CAMP. POTRANCO MENOR 10 7 3 M

RES. CAMP. POTRANCA MENOR 10 7 3 M

RES. CAMP. POTRANCO MAIOR 10 7 3 M

RES. CAMP. POTRANCA MAIOR 10 7 3 M

RES. CAMP. CAVALO MENOR 10 7 3 M

DescriçãoPontuação

CONFIRA A PONTUAÇÃO DEREGISTRO DE MÉRITO O Livro CC3, conhecido também por Registro de Mérito, detém a lista de

animais de ambos os sexos que pelo desempenho próprio e/ou de sua descendên-cia, tenham se destacado por méritos morfológicos e funcionais na raça. Podem par-ticipar deste registro animais pertencentes ao Registro Definitivo da ABCCC, nacion-ais ou importados, vivos ou mortos, sendo confirmados e inteiros.

1. A pontuação a) Para ser inserido no CC3 é necessária a pontuação mínima de 50 pontos (machos) e 30 pontos (fêmeas), atribuídos em eventos morfológicos ou funcionais oficializados pela ABCCC. b) A descendência (filhos e/ou netos) deve contribuir pelo menos com 50% do total de pontos ou seja a pontuação obtida exclusivamente por méritos próprios não possibilita a inscrição no Livro CC3. b) Os pontos, tanto próprios como da descendência, devem ser 50% de méritos morfológicos e 50% de méritos funcionais. c) Os pontos da descendência de machos deverão vir, no mínimo de quatro filhos(as) ou de quatro netos(as), enquanto que para fêmeas deverão vir, no mínimo, de dois filhos(as) ou de quatro netos(as). d) Os pontos atribuídos a um animal poderão ser creditados também a seus pais e a seus avós, na razão de 50% e 25% para cada um deles, respectivamente. e)Animais castrados não poderão ser inscritos no Livro CC3, podendo con-tribuir, porém, com pontos para sua ascendência. f ) No caso de animal importado, serão reconhecidos exclusivamente os méritos próprios, obtidos em seu país de origem, desde que informados por escrito, pela respectiva entidade nacional reconhecida pela ABCCC e os méritos próprios e o de sua descendência, que venha obter no Brasil.

As pontuações morfológicas e funcionais, atribuídas a um animal, serão computadas da forma a seguir. a) Pontuação Morfológica: será computada apenas a pontuação mais alta, obtida em um único evento de avaliação morfológica; b) Pontuação Funcional: será computada a pontuação mais alta obtida em prova funcional ou prova de resistência ou, ainda, pela soma de ambas.

REGISTRO DE MÉRITO

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A B C D Tipo

4ª MELHOR ÉGUA PRENHE 7 4 0 M

4ª MELHOR ÉGUA C/CRIA 7 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. POTRANCO MENOR 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. POTRANCA MENOR 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. POTRANCO MAIOR 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. POTRANCA MAIOR 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. CAVALO MENOR 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. ÉGUA MENOR 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. CAVALO ADULTO 6 4 0 M

1° PRÊMIO CAT. ÉGUA ADULTA 6 4 0 M

1º PRÊMIO CAT. ÉGUA PRENHE 6 4 0 M

1º PRÊMIO CAT. ÉGUA C/CRIA 6 4 0 M

2° PRÊMIO CAT. POTRANCO MENOR 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. POTRANCA MENOR 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. POTRANCO MAIOR 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. POTRANCA MAIOR 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. CAVALO MENOR 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. ÉGUA MENOR 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. CAVALO ADULTO 4 3 0 M

2° PRÊMIO CAT. ÉGUA ADULTA 4 3 0 M

2º PRÊMIO CAT. ÉGUA PRENHE 4 3 0 M

2º PRÊMIO CAT. ÉGUA C/CRIA 4 3 0 M

3° PRÊMIO CAT. POTRANCO MENOR 3 2 0 M

DescriçãoPontuação

A B C D Tipo

RES. CAMP. ÉGUA MENOR 10 7 3 M

RES. CAMP. CAVALO ADULTO 10 7 3 M

RES. CAMP. ÉGUA ADULTA 10 7 3 M

RES. CAMP. ÉGUA PRENHE 10 7 3 M

RES. CAMP. ÉGUA C/CRIA 10 7 3 M

3° MELHOR POTRANCO MENOR 8 5 3 M

3ª MELHOR POTRANCA MENOR 8 5 3 M

3° MELHOR POTRANCO MAIOR 8 5 3 M

3ª MELHOR POTRANCA MAIOR 8 5 3 M

3° MELHOR CAVALO MENOR 8 5 3 M

3ª MELHOR ÉGUA MENOR 8 5 3 M

3° MELHOR CAVALO ADULTO 8 5 3 M

3ª MELHOR ÉGUA ADULTA 8 5 3 M

3ª MELHOR ÉGUA PRENHE 8 5 3 M

3ª MELHOR ÉGUA C/CRIA 8 5 3 M

4º MELHOR POTRANCO MENOR 7 4 0 M

4ª MELHOR POTRANCA MENOR 7 4 0 M

4º MELHOR POTRANCO MAIOR 7 4 0 M

4ª MELHOR POTRANCA MAIOR 7 4 0 M

4º MELHOR CAVALO MENOR 7 4 0 M

4ª MELHOR ÉGUA MENOR 7 4 0 M

4º MELHOR CAVALO ADULTO 7 4 0 M

4ª MELHOR ÉGUA ADULTA 7 4 0 M

DescriçãoPontuação

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ATENÇÃO

a) Eventos A - Final da Morfologia Expointer, Final do Freio de Ouro, Marcha de Resistência da ABCCC, Freio de Ouro FICCC e Morfologia FICCC.

b) Eventos B - Morfologia com mais de cem animais, Classificatória ao Freio de Ouro e Marcha de Resistência de Jaguarão.

c) Eventos C - Credenciadora ao Freio de Ouro, Morfologia com menos de cem animais e Enduro.

d) Eventos D - Paleteada, Crioulaço, Movimiento a la Rienda, Freio Jovem, Freio do Proprietário, Rédeas e Campereada.

A B C D Tipo

3° PRÊMIO CAT. POTRANCA MENOR 3 2 0 M

3° PRÊMIO CAT. POTRANCO MAIOR 3 2 0 M

3° PRÊMIO CAT. POTRANCA MAIOR 3 2 0 M

3° PRÊMIO CAT. CAVALO MENOR 3 2 0 M

3° PRÊMIO CAT. ÉGUA MENOR 3 2 0 M

3° PRÊMIO CAT. CAVALO ADULTO 3 2 0 M

3° PRÊMIO CAT. ÉGUA ADULTA 3 2 0 M

3º PRÊMIO CAT. ÉGUA PRENHE 3 2 0 M

3º PRÊMIO CAT. ÉGUA C/CRIA 3 2 0 M

4° PRÊMIO CAT. POTRANCO MENOR 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. POTRANCA MENOR 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. POTRANCO MAIOR 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. POTRANCA MAIOR 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. CAVALO MENOR 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. ÉGUA MENOR 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. CAVALO ADULTO 2 0 0 M

4° PRÊMIO CAT. ÉGUA ADULTA 2 0 0 M

4º PRÊMIO CAT. ÉGUA PRENHE 2 0 0 M

4º PRÊMIO CAT. ÉGUA C/CRIA 2 0 0 M

5° PRÊMIO CAT. POTRANCO MENOR 1 0 0 M

5° PRÊMIO CAT. POTRANCA MENOR 1 0 0 M

5° PRÊMIO CAT. POTRANCO MAIOR 1 0 0 M

5° PRÊMIO CAT. POTRANCA MAIOR 1 0 0 M

DescriçãoPontuação

Page 21: Manual do Criador

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Freio de Ouro - Prova de Figura

Freio de Ouro - Prova Mangueira

Campereada

Freio de Ouro - Prova de Campo

EVENTOS - Pistas de Prova

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Freio Jovem

Paleteada

Crioulaço

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