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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 12 de setembro de 2019 MENINOS SOLTANDO PIPAS, PORTINARI, 1938 DIA NACIONAL DA RECREAÇÃO

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 12 de setembro de 2019

MENINOS SOLTANDO PIPAS, PORTINARI, 1938 DIA NACIONAL DA RECREAÇÃO

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Barco percorre o Rio Pinheiros, na zona sul da capital ........................................................................ 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E EIO AMBIENTE ......................................................................... 5

Melhores skatistas do mundo disputam em São Paulo vaga para Tóquio 2020 ....................................... 5

Com tricampeão olímpico Shaun White, Mundial de skate park começa em São Paulo ............................ 6

ExpoVerde 2019 recebe 80 mil visitantes ......................................................................................... 8

Sabesp apresenta revisão do contrato de metas e investimentos em Suzano ........................................ 9

Sabesp e Prefeitura de Santo André anunciam segundo pacote de obras ............................................ 10

Por que é possível falar do Pinheiros limpo para 2022 ...................................................................... 11

Sabesp assume a distribuição de água em Santo André ................................................................... 12

Esgoto polui rio em Embu-Guaçu ................................................................................................... 13

Conversa com Edison Airoldi e Stela Goldenstein ............................................................................. 14

Cidade: Sabesp começou a operar serviços de água e esgoto ........................................................... 15

Sabesp revisa contrato e prevê investimentos de R$ 600 mi até 2041 ............................................... 16

Sabesp anuncial R$ 17 milhões para Sto André ............................................................................... 18

Sabesp assume saneamento de S. André e anuncia obras para acabar com a falta d’água .................... 19

Mercedes-Benz firma parceria para contratar funcionários da Ford ..................................................... 20

Alexandre Baldy detalha projeto de mobilidade para o ABC ............................................................... 21

Colisões envolvendo caminhões complicam região ........................................................................... 22

CEI da GRU Airport recebe representantes da CETESB ..................................................................... 23

Acidentes na região ..................................................................................................................... 24

Acidente envolvendo caminhão tanque em Limeira .......................................................................... 25

Brodowski terá centro empresarial na rodovia ................................................................................. 26

Vizinhos da Saturnia fazem abaixo-assinado contra garimpo em terreno ............................................ 27

Caminhão tomba com 40 mil litros de etanol .................................................................................. 30

Carreta carregada com etanol tomba na rodovia de Limeira .............................................................. 31

CETESB indica boa qualidade do ar em Araraquara .......................................................................... 32

Discussão sobre rodízio de carros e inspeção pode ser retomada no ABC ............................................ 33

Consultor que fez EIA-Rima do Centro Logístico é indiciado por laudo falso ......................................... 35

No Orquidário Ruth Cardoso há flores o ano inteiro - Dica de passeio ................................................. 36

Tempo seco compromete qualidade do ar em SP ............................................................................. 37

Sabesp anuncia segundo pacote de obras para melhorar abastecimento............................................. 38

Escola de Sto.André recebe ação social neste sábado - Diário do Grande ABC - ................................... 39

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 40

O concurso que reúne as fotos mais cômicas de animais selvagens ................................................... 40

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 42

Painel: Desobediência a ordem expressa de Bolsonaro foi gota d’água e levou à queda de Cintra .......... 42

Após Dersa, Doria quer acabar com outra estatal alvo de investigação em SP ..................................... 44

Folha e IDS realizam debate sobre tarifa de água e esgoto ............................................................... 46

'Nós falhamos na comunicação', diz Salles sobre crise ambiental ....................................................... 47

Bolsonaro nunca incentivou invasões, diz presidente do ICMBio ........................................................ 49

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Marcia Tiburi vai dar aulas sobre 'capitalização do ridículo na política' ....................... 52

Arte rupestre e tecnologia se completam no Parque Nacional da Serra da Capivara ............................. 54

ESTADÃO ................................................................................................................................... 56

Todos contra o mosquito .............................................................................................................. 56

Abjuração ................................................................................................................................... 58

Tributação em números ............................................................................................................... 60

Em um mundo inundado por plásticos, uma fábrica gigante surge nos EUA para produzir ainda mais ..... 62

Gastos com ações de gestão ambiental do País despencam neste ano ................................................ 65

Divisão do ICMBio refuta dados de auditoria interna sobre consumo de carros sucateados .................... 68

Deputado dos EUA quer impedir importação de carne, petróleo e soja do Brasil .................................. 70

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 72

CTG recorre à biotecnologia no combate ao mexilhão ...................................................................... 72

MME espera aval do TCU para leilão ainda este mês ........................................................................ 74

Incertezas preocupam o setor de petróleo e gás na Argentina ........................................................... 75

Sem plano, não haverá gás para crescer ........................................................................................ 77

Empresariado de infraestrutura está menos otimista ........................................................................ 79

ExxonMobil reforça presença na costa sergipana ............................................................................. 80

Setor químico tem primeira emissão verde com Sabará ................................................................... 81

STF permite pulverização aérea de inseticida .................................................................................. 83

Campanha Brazil by Brasil rebate críticas ....................................................................................... 84

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Data: 17/07/2019

Barco percorre o Rio Pinheiros, na

zona sul da capital

https://globoplay.globo.com/v/7916723/

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

EIO AMBIENTE Veículo: Isto é

Data: 12/09/2019

Melhores skatistas do mundo disputam em São Paulo vaga para Tóquio 2020

A disputa por uma vaga nos Jogos Olímpicos

de Tóquio 2020 é uma das atrações do

Campeonato Mundial de Skate Park, que reúne

entre esta quinta-feira e o próximo domingo

os melhores skatistas do mundo em São

Paulo.

Esta competição é a que mais conta pontos

para o ranking de classificação para a próxima

Olimpíada, onde este esporte fará sua estreia,

ao lado do surfe, escalada e caratê.

Na capital paulista “vai ter muito skate. A

galera está mandando muito na pista como

nunca tinha visto antes. Todo mundo sabe que

este campeonato é importante, e todo mundo

está dando ‘110%’. Eu acho que isso é muito

legal de ver”, disse à AFP o catarinense Pedro

Barros, oito vezes campeão mundial e atual

número 1 do mundo.

A competição, que será realizada na pista do

Parque Cândido Portinari, oferece 80 mil

pontos ao vencedor, superando em pontuação

as etapas do Pro Tour (60 mil pontos) e os

eventos Five Star (40 mil).

Além de Pedro, apontado como sucessor de

Sandro Dias e Bob Burnquist, a competição vai

reunir grandes nomes do skate mundial como

a também catarinense Yndiara Asp, o paulista

Luizinho Francisco, os americanos Shaun

White (tricampeão olímpico de snowboard) e

Heimana Reynolds (medalha de ouro no

Aberto Internacional de skate, disputado na

China), e as japonesas líderes do ranking

mundial Misugu Okamoto e Sakura Yosozumi,

que buscarão ao lado dos 160 participantes

uma vaga nos Jogos Olímpicos.

Este evento é o último teste da primeira fase

da qualificação olímpica. Os atletas com a

melhor pontuação geral se classificam

diretamente para as semifinais da segunda

fase.

Para definir os atletas que estarão em Tóquio

no próximo ano, serão contabilizados os dois

melhores resultados da primeira fase olímpica

(de janeiro a setembro) e os quatro melhores

da segunda fase (de setembro a maio de

2020).

“A realização do Mundial no Brasil não é

apenas uma conquista de gestão esportiva no

âmbito estrutural. É graças ao reconhecimento

que a World Skate tem no trabalho da

Confederação Brasileira de Skate que estamos

conseguindo isso”, disse o presidente da

Confederação Brasileira de Skate, Eduardo

Musa.

“É muito importante proporcionar aos

skatistas um ambiente com o calor da torcida

brasileira na competição mais importante de

park na temporada. Sem dúvida, o evento vai

marcar história”, acrescentou.

Além da disputa na park, São Paulo também

será palco da última etapa da Street League

Skateboarding (SLS) de 2019, maior

campeonato da modalidade street, que é

também olímpica. O evento, considerado o

mundial da liga, será realizado no Pavilhão do

Anhembi, nos dias 21 e 22 de setembro, e é

classificatório para Tóquio-2020.

https://istoe.com.br/melhores-skatistas-do-

mundo-disputam-em-sao-paulo-vaga-para-

toquio-2020/

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo/ R7/ Terra

Data: 12/09/2019

Com tricampeão olímpico Shaun

White, Mundial de skate park começa em São Paulo

SÃO PAULO - O multicampeão Shaun White é

uma das principais atrações do Mundial de

skate na modalidade park , que terá início

nesta quinta-feira, no Parque Cândido

Portinari, em São Paulo . Tricampeão olímpico

no snowboard, o norte-americano busca agora

conquistar classificação para disputar os Jogos

de Verão pela primeira vez na carreira.

Por enquanto, o skatista se exime de

comparar o que representa competir em cada

versão olímpica.

—Os Jogos de Inverno foram incrivelmente

desafiadores todas as vezes em que competi.

Mas é difícil comparar com os Jogos de Verão.

Acho que poderei responder melhor essa

questão daqui um ano — brincou o atleta, em

entrevista ao O GLOBO.

— Mas acho que será um alívio estar longe do

frio das montanhas e do sol escaldante do

Brasil — acrescenta ele, que veio ao Brasil

pela primeira vez e ficou surpreso com a

temperatura que chegou a 30ºC neste inverno

paulistano.

Ainda sem pontuação no ranking mundial,

Shaun White espera estar entre os três norte-

americanos classificados para Tóquio 2020. O

ranking, que define as vagas olímpicas, será

fechado em maio. Por conta disso, o skatista

evita falar em chances de medalha em Tóquio

2020.

— Gosto de levar as coisas um dia de cada

vez. Este Campeonato Mundial aqui no Brasil

será minha primeira grande competição em

busca da classificação para a Olimpíada. Acho

que, após vários eventos, saberei melhor

quais serão as minhas chances — analisa.

Superação olímpica

Que ninguém duvide da capacidade de Shaun

White. O atleta já pode ser considerado um

vencedor desde a infância. Ele nasceu com a

chamada tetralogia de Fallot, que consiste em

quatro malformações cardíacas. Teve que

passar por duas cirurgias cardíacas antes de

completar um ano de idade. Foi apenas o

início de suas provações na infância.

— Nasci com um defeito cardíaco congênito.

Fiz várias cirurgias para corrigir as

complicações surgidas desse problema —

lembra ele, que se recusou a conviver com

limitações físicas desde a infância.

— Eu deveria ter me tornado um garoto lento

e sedentário. Acho que isso me instigou a lutar

para superar tudo. Minha saída foi o

snowboard e o skate — acrescenta ele.

Ganhou fama em nível mundial aos 19 anos,

quando se tornou campeão olímpico de

snowboard, na modalidade halfpipe em Turim

2006. Quatro anos depois, bisou a conquista

em Vancouver, com um recorde de 48,6

pontos (a pontuação máxima é 50).

Em 2014, passou pela decepção de ficar fora

do pódio olímpico em Sochi. Na ocasião,

terminou na quarta posição. Quatro anos

depois, passou por acidente quando treinava

na Nova Zelândia justamente para os Jogos de

Inverno. Ele bateu a cabeça na pista e levou

62 pontos. Nada que o impedisse de ir à pista

em PyeongChang 2018 para conquistar o

terceiro ouro olímpico.

Relação com o Brasil

Agora no skate park, sabe que os desafios

poderão ser ainda maiores. Inclusive contra o

exército de brasileiros. Para ele, um se

destaca.

— Acho que Pedro Barros é um skatista

incrível. Ele não só faz grandes manobras para

vencer provas, mas também tem a

consistência necessária para acertar as

corridas durante uma competição.

Definitivamente vou estar de olho nele e

torcer por ele — afirma o norte-americano.

Pedro Barros participa de treino para o

Mundial de skate park Foto: Pablo Vaz /

O brasileiro, vice-líder do ranking mundial,

surpreendeu-se com o elogio de Shaun White.

— Fico lisonjeado de receber um elogio de

uma lenda como Shaun White. Já competi

diversas vezes com ele na época em que

competia no vertical. Com certeza ele é um

atleta diferenciado. Uma lenda no skate e no

snowboard — agradece o brasileiro.

Movido a desafios aos 33 anos em uma

modalidade em que conta com rivais com

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talentos precoces, Shaun White ainda não

pensa em parar.

— Enquanto estiver inspirado, continuarei a

competir no snowboard ou no skate —

garante.

— Mas, quando decidir me aposentar, não

será o fim. Sempre vou amar e disputar esses

esportes, mesmo que por diversão. Quem

sabe talvez volte para São Paulo e aprenda a

dançar salsa com todo meu tempo livre —

brinca o skatista, confundindo os ritmos

brasileiros e caribenhos.

https://oglobo.globo.com/esportes/com-

tricampeao-olimpico-shaun-white-mundial-de-

skate-park-comeca-em-sao-paulo-23941295

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Veículo: Sigamais.com

Data: 12/09/2019

ExpoVerde 2019 recebe 80 mil

visitantes

Além da exposição, parque e shows, público

teve contato com vários exemplos de

sustentabilidade.

ExpoVerde 2019 contou com rodeio, prova dos

três tambores e shows todas as noites com as

duplas Thiago & Graciano; Munhoz & Mariano;

Thaeme & Thiago; Brenno & Matheus e Jads &

Jadson (Da Assessoria).

Depois de cinco dias de festa com entrada

franca, a ExpoVerde 2019 chegou ao fim.

Passaram pelo recinto poliesportivo mais de

80 mil pessoas tanto de Adamantina quanto

de Lucélia, Flórida Paulista, Caiabu e outras

cidades da região.

A 29ª Feira do Verde e Exposição

Agropecuária, Comercial e Industrial de

Adamantina mobilizou comerciantes do

município, da região, da capital do estado e

também de Minas Gerais.

Além das atrações dos estandes com roupas,

artesanato, flores, plantas e outros, durante

os cinco dias de feira, os visitantes puderam

conhecer de perto o Planeta Inseto.

Por meio desse jardim zoológico de insetos

que é único no Brasil e na América Latina e

que conta com autorização do IBAMA e da

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de

São Paulo, aqueles que passaram pelo

estande aprenderam de forma lúdica e

interativa sobre os organismos e o universo

em que eles estão inseridos.

Além do Planeta Inseto, uma Maquete

Sustentável apresentou as diferenças entre

uma cidade que pensa no meio ambiente e faz

a sua preservação e outra que cresce de

forma desordenada. Essa iniciativa teve como

base o tema da festa que foi

“Sustentabilidade”.

A fim de incentivar a separação correta do lixo

durante os dias de exposição, a Prefeitura de

Adamantina promoveu uma gincana com os

alunos das EMEFs do município.

Os estudantes trouxeram mais de três mil

garrafas pets que foram transformadas em

lixeiras pelos catadores de material reciclável.

Os mesmos foram credenciados e recolheram

durante os cinco dias de festa todo o material

reciclável produzido durante a ExpoVerde.

(Continua após a publicidade...)

Haddad

Durante a 29ª Feira do Verde e Exposição

Agropecuária, Comercial e Industrial de

Adamantina foi realizada ainda uma cerimônia

solene de entrega de um caminhão e um

revolvedor que integram o Acordo do

Programa de Eficiência Energética (PEE).

Essa parceria é celebrada entre a Prefeitura e

a UniFAI com a empresa Energisa Sul-Sudeste

Distribuidora de Energia S.A. Para execução

do projeto, serão investidos no município mais

de R$600 mil reais destinados a aquisição dos

equipamentos que serão doados a Prefeitura,

além de investimentos técnicos e

administrativos.

Além das atrações dos estandes com roupas,

artesanato, flores, plantas e outros, durante

os cinco dias de feira, os visitantes puderam

conhecer de perto o Planeta Inseto (Da

Assessoria).

A iniciativa visa o aproveitamento dos resíduos

de poda de árvores e os resíduos orgânicos

das cozinhas das escolas municipais para

serem transformados em adubo e destinado à

população por meio do programa Agricultura

Familiar e para os participantes dos programas

sociais da Secretaria de Assistência e

Desenvolvimento Social.

Ainda durante a exposição, as pessoas

puderam participar de um curso sobre o

cultivo de orquídeas e de um seminário sobre

a “A Importância do Reprodutor Puro de

Origem (PO) no rebanho comercial”

A ExpoVerde 2019 ainda contou com rodeio,

prova dos três tambores e shows todas as

noites com as duplas Thiago & Graciano;

Munhoz & Mariano; Thaeme & Thiago; Brenno

& Matheus e Jads & Jadson.

https://www.sigamais.com/noticias/lazer/expo

verde-2019-recebe-80-mil-visitantes/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura de Suzano/ABC

Repórter

Data: 12/09/2019

Sabesp apresenta revisão do contrato de metas e investimentos em Suzano

Atualização foi consolidada a partir do futuro

Plano Municipal de Saneamento; estão

previstos R$ 600 milhões pelos próximos 22

anos

Com o objetivo de universalizar o

fornecimento de água e o tratamento de

esgoto em Suzano, a Secretaria Municipal de

Meio Ambiente e a Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São

Paulo (Sabesp) se reuniram com o prefeito

Rodrigo Ashiuchi para apresentar uma prévia

da revisão do Contrato de Programa, Plano de

Metas, Plano de Investimentos e demais

anexos.

A revisão foi consolidada a partir do Plano

Municipal de Saneamento elaborado pela

prefeitura, já apresentado em audiência

pública e que está em tramitação na Câmara.

Os investimentos previstos da Sabesp no

município serão superiores a R$ 600 milhões,

distribuídos nos próximos 22 anos.

Na oportunidade, a equipe da Sabesp

apresentou informações sobre os trabalhos

para ampliação do sistema de esgotamento

sanitário concluídas nos bairros Vila Fátima,

Parque Buenos Aires, Jardim do Lago e

Recanto Ouro Fino. Detalhou também as obras

que estão em andamento no Jardim Dora,

Jardim Alto da Boa Vista, Vila Voegels, Vila

Ipelândia, Recreio das Palmas, Jardim Ikeda,

Jardim Silvestre e Jardim Ana Rosa, e os

futuros serviços em diversos locais de Suzano,

com destaque para o Jardim Brasil, com

previsão de início em novembro deste ano.

Todas as intervenções no distrito de Palmeiras

irão beneficiar mais de 5 mil famílias.

A Sabesp prevê o aumento da capacidade de

reservação, para garantir o abastecimento de

água e atender ao crescimento do município,

com a implantação futura de dois

reservatórios, ampliação de redes de

distribuição e adequação de boosters.

Ainda na região sul, a companhia deverá

iniciar obras no bairro Rincão das Lendas. Já

na região norte, a Sabesp anunciou a

implantação de sistema de saneamento na

estrada Portão do Honda, após regularização

de uma área na região do Jardim Gardênia

Azul pela Prefeitura de Suzano. Esse trabalho

irá beneficiar mais de 2 mil moradias.

O prefeito reiterou que sua intenção é que,

após essa etapa, a empresa possa agilizar o

processo de ampliar o fornecimento de água e

a coleta e o tratamento de esgoto,

principalmente em bairros que são regidos por

leis ambientais. Ashiuchi disse que pediu

prioridade também para a ligação em bairros

onde famílias abastecem suas casas por meio

de caixas d’água comunitárias. Para ele, o

objetivo é oferecer mais qualidade de vida aos

cidadãos e acabar com essa triste realidade.

Segundo o superintendente da Unidade de

Negócio Leste da Sabesp, Maycon Rogério de

Abreu, a revisão do Contrato de Programa,

assim como do Plano de Metas e

Investimentos, está norteada pelas diretrizes

do Plano Municipal de Saneamento, que foi

encaminhado à Câmara de Suzano para ser

analisado e votado.

“Sabemos que a prefeitura está avançando e

que o plano está prestes a ser oficialmente

lançado na cidade. Por isso, já trouxemos a

nossa a revisão do contrato e a equipe

técnica, para que tenhamos um alinhamento,

inclusive das demandas, junto ao Meio

Ambiente a ao prefeito, que conhecem a

realidade do município e as prioridades das

famílias”, explicou Abreu.

Também estiveram na reunião o secretário

municipal de Meio Ambiente, Edson Gianuzzi,

a diretora da pasta, Solange Wuo, a

representante da Unidade de Planejamento e

Assuntos Estratégicos da Prefeitura de

Suzano, Bruna Beatriz Godinho Correia, e

integrantes da Unidade de Negócio Leste da

Sabesp: a gestora de Planejamento Técnico,

Michele Oliveira; a gerente de Departamento

de Planejamento, Ana Lucia Scavassini; o

gerente do Polo de Manutenção de Esgoto,

Wilian Ferreira dos Reis, o gerente da

Comercial, Zemicindo Miguel Mendes; a

encarregada da Comercial, Carolina Queiroz; e

o gerente de Departamento da UGR Alto Tietê,

Eduardo Camargo Afonso.

http://www.suzano.sp.gov.br/web/sabesp-

apresenta-revisao-do-contrato-de-metas-e-

investimentos-em-suzano/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 12/09/2019

Sabesp e Prefeitura de Santo André

anunciam segundo pacote de obras -

Flavia Kurotori

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico

do Estado de São Paulo) e a Prefeitura de

Santo André anunciaram, na tarde desta

quarta-feira (11), o segundo pacote de obras

na cidade. Com investimento de R$ 17

milhões, as intervenções incluem a instalação

de novas adutoras e a ampliação da rede de

água. Aproximadamente 332 mil habitantes

serão beneficiados.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) destacou que

este é o segundo de três questões que devem

ser melhoradas em até seis anos. “Até

dezembro, vamos melhorar a qualidade de

distribuição da água, por meio das novas

adutoras; até junho de 2020, iremos resolver

o problema de regiões que não tem

abastecimento, e teremos esgoto 100%

tratado em seis anos”, explicou.

Nesta fase, será instalada adutora que irá

atender moradores dos arredores dos bairros

Vila Vitória e Jardim Miguel Ângelo, cuja obra

inicia dia 18. A partir de 2 de outubro, no

Parque Miami e Recreio da Borda do Campo

haverá duplicação da adutora. O terceiro

empreendimento é a implementação de redes

de distribuição e ligações de água às

residências do Recreio da Borda do Campo.

As obras do primeiro pacote iniciaram no dia

21, com a duplicação de adutora que atende o

Parque Erasmo Assunção e outros sete bairros

do entorno. Com previsão de término em

novembro, Roberval Tavares de Souza,

superintendente da Unidade de Negócio

Centro da Sabesp, garantiu que 30% do

processo já está concluído.

Vale lembrar que o anúncio foi realizado no

mesmo dia em que a empresa assume as

operações na cidade. “Hoje, 12 mil imóveis já

receberam a primeira conta com o nome da

Sabesp”, observou Souza.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3128622/s

abesp-e-prefeitura-de-santo-andre-anunciam-

segundo-pacote-de-obras

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Santo Amaro / Jornal

de Moema/ Gazeta dpo

Broklin/Interlagos Newa

Data: 12/09/2019

Por que é possível falar do Pinheiros limpo para 2022

http://cloud.boxnet.com.br/y6djksb4

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Grupo de Comunicação

Veículo: SPTV1

Data: 12/09/2019

Sabesp assume a distribuição de água em Santo André

http://cloud.boxnet.com.br/y55a6v2a

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Grupo de Comunicação

Veículo: SPTV1

Data: 12/09/2019

Esgoto polui rio em Embu-Guaçu

http://cloud.boxnet.com.br/y4cut6wk

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Eldorado

Data: 12/09/2019

Conversa com Edison Airoldi e Stela

Goldenstein

http://cloud.boxnet.com.br/yyppx8ph

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 12/09/2019

Cidade: Sabesp começou a operar

serviços de água e esgoto

http://cloud.boxnet.com.br/y4sw2bg8

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diáraio de Suzano/ Diário do Alto

Tietê

Data: 12/09/2019

Sabesp revisa contrato e prevê investimentos de R$ 600 mi até 2041

Revisão foi consolidada a partir do Plano

Municipal de Saneamento elaborado pela

prefeitura, já apresentado em audiência

pública e que está em tramitação na Câmara

Equipe da Sabesp apresentou informações

sobre os trabalhos para ampliação do sistema

de esgotamento sanitário concluídas nos

bairros

Com o objetivo de universalizar o

fornecimento de água e o tratamento de

esgoto em Suzano, a Secretaria Municipal de

Meio Ambiente e a Companhia de Saneamento

Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) se

reuniram com o prefeito Rodrigo Ashiuchi para

apresentar uma prévia da revisão do Contrato

de Programa, Plano de Metas, Plano de

Investimentos e demais anexos.

A revisão foi consolidada a partir do Plano

Municipal de Saneamento elaborado pela

prefeitura, já apresentado em audiência

pública e que está em tramitação na Câmara.

Os investimentos previstos da Sabesp no

município serão superiores a R$ 600 milhões,

distribuídos nos próximos 22 anos.

Na oportunidade, a equipe da Sabesp

apresentou informações sobre os trabalhos

para ampliação do sistema de esgotamento

sanitário concluídas nos bairros Vila Fátima,

Parque Buenos Aires, Jardim do Lago e

Recanto Ouro Fino. Detalhou também as obras

que estão em andamento no Jardim Dora,

Jardim Alto da Boa Vista, Vila Voegels, Vila

Ipelândia, Recreio das Palmas, Jardim Ikeda,

Jardim Silvestre e Jardim Ana Rosa, e os

futuros serviços em diversos locais de Suzano,

com destaque para o Jardim Brasil, com

previsão de início em novembro deste ano.

Todas as intervenções no distrito de Palmeiras

irão beneficiar mais de 5 mil famílias.

A Sabesp prevê o aumento da capacidade de

reservação, para garantir o abastecimento de

água e atender ao crescimento do município,

com a implantação futura de dois

reservatórios, ampliação de redes de

distribuição e adequação de boosters.

Ainda na região sul, a companhia deverá

iniciar obras no bairro Rincão das Lendas. Já

na região norte, a Sabesp anunciou a

implantação de sistema de saneamento na

estrada Portão do Honda, após regularização

de uma área na região do Jardim Gardênia

Azul pela Prefeitura de Suzano. Esse trabalho

irá beneficiar mais de 2 mil moradias.

O prefeito reiterou que sua intenção é que,

após essa etapa, a empresa possa agilizar o

processo de ampliar o fornecimento de água e

a coleta e o tratamento de esgoto,

principalmente em bairros que são regidos por

leis ambientais. “Pedi prioridade também para

que façam ligação em bairros onde famílias

abastecem suas casas por meio de caixas

d’água comunitárias. Quero oferecer mais

qualidade de vida aos cidadãos e acabar com

essa triste realidade”, disse Ashiuchi.

Segundo o superintendente da Unidade de

Negócio Leste da Sabesp, Maycon Rogério de

Abreu, a revisão do Contrato de Programa,

assim como do Plano de Metas e

Investimentos, está norteada pelas diretrizes

do Plano Municipal de Saneamento, que foi

encaminhado à Câmara de Suzano para ser

analisado e votado.

“Sabemos que a prefeitura está avançando e

que o plano está prestes a ser oficialmente

lançado na cidade. Por isso, já trouxemos a

nossa a revisão do contrato e a equipe

técnica, para que tenhamos um alinhamento,

inclusive das demandas, junto ao Meio

Ambiente a ao prefeito, que conhecem a

realidade do município e as prioridades das

famílias”, explicou Abreu.

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Grupo de Comunicação

Também estiveram na reunião o secretário

municipal de Meio Ambiente, Edson Gianuzzi,

a diretora da pasta, Solange Wuo, a

representante da Unidade de Planejamento e

Assuntos Estratégicos da Prefeitura de

Suzano, Bruna Beatriz Godinho Correia, e

integrantes da Unidade de Negócio Leste da

Sabesp: a gestora de Planejamento Técnico,

Michele Oliveira; a gerente de Departamento

de Planejamento, Ana Lucia Scavassini; o

gerente do Polo de Manutenção de Esgoto,

Wilian Ferreira dos Reis, o gerente da

Comercial, Zemicindo Miguel Mendes; a

encarregada da Comercial, Carolina Queiroz; e

o gerente de Departamento da UGR Alto Tietê,

Eduardo Camargo Afonso.

https://www.diariodesuzano.com.br/cidades/s

abesp-revisa-contrato-e-preve-investimentos-

de-r-600-mi-ate-2041/49996/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Metro ABC

Data: 12/09/2019

Sabesp anuncial R$ 17 milhões para

Sto André

http://cloud.boxnet.com.br/yy9vjqjs

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Grupo de Comunicação

Veículo: ABC Repórter/Diário Regional

Data: 12/09/2019

Sabesp assume saneamento de S.

André e anuncia obras para acabar com a falta d’água

http://cloud.boxnet.com.br/y253arca

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha do ABC Online

Data: 12/09/2019

Mercedes-Benz firma parceria para

contratar funcionários da Ford

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando,

e o presidente da Mercedes-Benz no Brasil e

na América do Sul, Philipp Schiemer,

firmaram, na quarta (11), parceria para

contratação preferencial de ex-funcionários da

fábrica da Ford, instalada no município. O

compromisso foi selado em reunião realizada

na sede da montadora alemã na cidade. O

encontro contou ainda com a presença do

Diretor de Comunicação Corporativa e

Relações Institucionais da Mercedes-Benz do

Brasil e presidente da Anfavea, Luiz Carlos

Moraes, além do secretário de

Desenvolvimento Econômico, Hiroyuki Minami.

A reunião estabeleceu um cadastro

preferencial de ex-funcionárias da fábrica da

Ford de São Bernardo que deverá ser utilizado

para preenchimento de futuras vagas a serem

abertas pela Mercedes-Benz na sua planta

instalada no município.

Este é o segundo acordo firmado pelo prefeito

Orlando Morando com montadoras do Grande

ABC com o objetivo de garantir a manutenção

de empregos de profissionais desligados da

montadora americana. Em agosto, parceria

similar foi oficializada com o presidente da

General Motors (GM) na América do Sul,

Carlos Zarlenga.

“O encontro com a direção da Mercedes foi

muito positivo. A proposta do cadastro foi

muito bem recebida pelo presidente da

montadora no Brasil, Philipp Schiemer. Mais

uma prova de que a Mercedes continua

acreditando firme na nossa cidade. Investindo,

gerando novos empregos e mais recentemente

retomando o segundo turma na sua produção

de ônibus. Fica aqui meu agradecimento a

toda direção da empresa”, afirmou Morando.

COMPROMISSO – Durante a reunião, o

prefeito Orlando Morando firmou ainda um

novo protocolo junto a empresa para combate

às enchentes nas proximidades da fábrica da

montadora. O acordo prevê a criação de um

canal direto entre a Prefeitura de São

Bernardo, Mercedes-Benz e Daee

(Departamento de Águas e Energia

Elétrica) para monitoramento e limpeza

regular do piscinão Mercedes/Pauliceia.

“Fica aqui meu agradecimento ao prefeito

Orlando Morando pela parceria. Nós temos

tido uma colaboração muito boa da Prefeitura,

incluindo, agora a prevenção de novas

enchentes que é uma preocupação de todos

nossos funcionários”, destacou o presidente da

montadora, Philipp Schiemer, ao frisar os

últimos investimentos na cidade. “Apenas

neste ano, a Mercedes-Benz já contratou 700

funcionários na fábrica de São Bernardo, o que

tem ajudado a cidade a crescer”.

INVESTIMENTO – Em agosto, a Mercedes

retomou o segundo turno da produção de

chassis de ônibus em São Bernardo. A

operação com turno único acontecia desde

2016 e a mudança foi impulsionada pela

renovação da frota dos coletivos em São

Paulo. Além disso, a empresa vai entregar R$

1,4 bilhão de investimento da nova linha de

caminhões em 2020.

http://cloud.boxnet.com.br/y36u5dxc

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário online

Data: 12/09/2019

Alexandre Baldy detalha projeto de

mobilidade para o ABC

O secretário estadual de Transporte

Metropolitanos, Alexandre Baldy, visitará os

prefeitos da região nesta quinta-feira (12). O

encontro se dará na sede do Consórcio

Intermunicipal Grande ABC, em Santo André.

A ideia é detalhar todo o plano de transporte

para a região, principalmente as reformas nas

estações da CPTM, a linha 20-Rosa e o BRT

(Bus Rapid Transit) que substituí o monotrilho

para a linha 18-Bronze.

CPI da Despoluição da Billings aguarda

respostas

Em rápida reunião nesta quarta-feira (11), os

membros da CPI (Comissão Parlamentar de

Inquérito) da Despoluição da Billings, na

Câmara de São Bernardo, os vereadores

receberam a informação de que ainda são

aguardadas as respostas da Emae e da

Prefeitura sobre os cuidados com a represa.

Além disso, na próxima reunião, no dia (25),

os vereadores vão definir as visitas técnicas.

Enquanto isso, CPI do Primeiro de Maia segue

a passos lentos

Questionado sobre os encaminhamentos da

CPI do estádio Primeiro de Maio, o líder do

governo em São Bernardo, Pery Cartola

(PSDB), afirmou que espera que o

Departamento Jurídico da Câmara faça a

oficialização do número de reuniões e a forma

de trabalho para iniciar a comissão de forma

mais ativa. Os questionamentos para os

possíveis responsáveis ainda não estão

formulados.

Contas de Carlos Grana retornam ao plenário

na Câmara de Santo André

Retorna ao plenário da Câmara de Santo

André para votação dos vereadores, nesta

quinta-feira (12), as duas contas do ex-

prefeito Carlos Grana (PT) em relação aos

anos de 2014 e 2016, ambas com parecer

negativo do Tribunal de Contas do Estado de

São Paulo (TCE-SP). Lembrando que nos

bastidores, boa parte dos vereadores querem

rejeitar as contas, o que poderia fazer com

que Grana ficasse inelegível.

http://cloud.boxnet.com.br/y4zexkuf

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Popular/ Notícias Já

Data: 12/09/2019

Colisões envolvendo caminhões complicam região

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30976400&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha Metropolitana/Guarulhos

Hoje

Data: 12/09/2019

CEI da GRU Airport recebe representantes da CETESB

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30982658&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Prefeitura de Lençóis Paulista

Data: 12/09/2019

Acidentes na região

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30993178&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: SBT Campionas

Data: 12/09/2019

Acidente envolvendo caminhão

tanque em Limeira

http://cloud.boxnet.com.br/y5nalq4c

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Verdade Franca

Data: 12/09/2019

Brodowski terá centro empresarial na

rodovia

http://cloud.boxnet.com.br/y34yrtra

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Cruzeiro do Sul

Data: 12/09/2019

Vizinhos da Saturnia fazem abaixo-assinado contra garimpo em terreno

Moradores pedem providências contra a

queima de materiais tóxicos no terreno da

antiga indústria

Vizinhos da Saturnia fazem abaixo-assinado

“Garimpeiros” estão queimando produtos

encontrados no terreno, o que provoca fumaça

tóxica.

Cansados de reclamar, sem obter apoio das

autoridades competentes, moradores e

funcionários de empresas nas imediações do

local onde funcionava a fábrica de baterias

automotivas Saturnia estão fazendo um

abaixo-assinado para exigir providências

contra as atividades que envolvem a

exploração do chumbo e outros materiais

abandonados e enterrados no terreno da

antiga indústria.

Recentemente, a situação da vizinhança se

agravou porque os chamados “garimpeiros”

passaram derreter as baterias no próprio local.

Além do mau cheiro, a fumaça tóxica está

preocupando a todos, por motivo de saúde. As

reclamações incluem crises de asma, irritação

nos olhos e na pele e dor de cabeça. Os mais

prejudicados são os moradores dos bairros

Iporanga 1 e 2 e do Éden.

O abaixo-assinado está sendo organizado por

Patrícia Barbosa de Sousa, que mora e

trabalha no Iporanga 1. Ela afirma que teve a

iniciativa após ver muita gente reclamando e

cobrando atitude dos vereadores pelo

Facebook. “Eu geralmente reclamo no canal da

Prefeitura. Registrei reclamação, conversei

com o pessoal da Secretaria do Meio

Ambiente…”, afirma. Como nada foi resolvido,

ela começou o abaixo-assinado. Eles estão

pensando em protocolar não apenas na

Prefeitura mas também no Ministério Público.

Conforme Patrícia, a maior preocupação é com

a saúde. Como os “garimpeiros” estão

queimando as baterias na antiga fábrica, os

componentes tóxicos estão sendo espalhados

pelo ar, e até mesmo quem não está envolvido

com essa atitude tem sido prejudicado.

Patrícia lembra que em uma entrevista, a

Cetesb identificou a contaminação por chumbo

de todo o solo da fábrica e que a Justiça tinha

determinado a retirada do material químico do

terreno. “Mas aí a Cetesb disse que não tinha

equipe para fazer isso e nem lugar para

colocar os produtos”, diz.

O proprietário de uma empresa ali perto disse

que os funcionários do turno da noite, quando

ocorre a maior parte do derretimento das

baterias, estão precisando usar máscaras anti-

gás para conseguirem trabalhar. Um porteiro

dessa mesma empresa — ambos preferiram

não se identificar — disse que logo no começo

ele e os colegas desconfiaram que o cheiro

estivesse vindo de borracharia lá perto. “Mas

aí continuou e o pessoal começou a observar

pontos de fogueira no terreno da Saturnia”,

conta.

Ele recorda que quando iniciaram as denúncias

sobre o garimpo no terreno, a única coisa que

foi feita pela empresa proprietária foi cercar

todo o espaço. “Mas arrancaram cerca e tudo.

Levaram a cerca porque também tem valor

comercial.”

O porteiro disse que o cheiro é forte e teve

dias que formou uma fumaça preta ali.

“Alguns colegas relataram dor de cabeça.

Praticamente todos os dias está tendo isso. A

gente sabe que chumbo é material perigoso e

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Grupo de Comunicação

a preocupação é se a fumaça tem resíduos de

chumbo.”

Autoridades questionadas

Ele acredita que esse garimpo esteja sendo

lucrativo pois tem gente que aparece com

caminhonete e tem até retroescavadeira no

local.

Questionada a respeito, a Secretaria do Meio

Ambiente, Parques e Jardins (Sema) de

Sorocaba informa que está acompanhando o

caso com bastante atenção, assim como todo

o trabalho realizado pela Câmara Municipal,

que criou a Comissão Especial de Investigação

(CEI) para apurar as denúncias de crime

ambiental; pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), que é o

órgão licenciador e tem responsabilidade sobre

o caso; e também na esfera judicial, com a

participação do Ministério Público.

Vizinhos da Saturnia fazem abaixo-assinado

Cetesb identificou contaminação em toda área

onde funcionou a fábrica de baterias.

Conforme a Sema, a massa falida da empresa

Saturnia vem sendo autuada pela Cetesb e o

processo está na Justiça, que suspendeu o

desmembramento da área.

O órgão estadual determinou uma nova

análise investigatória na área para que então

a empresa dê início ao processo de

descontaminação, com o monitoramento da

Cetesb. Uma reunião está agendada para o dia

20 de setembro para que a empresa

contratada pela Câmara Municipal apresente

as informações finais da investigação para

elaboração de propostas para o relatório final.

Já a Cetesb informa que fez vistoria no local

no dia 5 de setembro e constatou que a área

não está cercada em sua totalidade, conforme

exigência feita em 8 de agosto, quando a

massa falida da Saturnia foi multada em R$

530.600,00. Nos próximos dias, a Cetesb

informará à Promotoria Pública de Meio

Ambiente sobre este descumprimento. Sobre a

retirada e destinação adequada dos resíduos

de chumbo que ainda se encontram no

terreno, cabe ao administrador tomar esta

providência, conforme também exigido pela

Cetesb na penalidade aplicada em agosto

último.

Queima das baterias gera fumaça tóxica

A professora da Uniso, Camila Augusta de

Oliveira Martins Arakaki, licenciada em

Química e doutora em Ciências, explica quais

são os gases resultantes da queima das

sucatas de baterias automotivas e o que

podem provocar aos seres humanos e

animais.

Conforme ela, uma sucata de bateria contém

aproximadamente 32% de Pb (chumbo), 3%

de PbO (óxido de chumbo II), 17% de PbO2

(óxido de chumbo IV), 36% de PbSO4 (sulfato

de chumbo II), além de plásticos e

componentes ácidos. Camila informa que a

presença de grandes quantidades de sulfato

de chumbo II gera vapores de dióxido de

enxofre, gás que tem um odor forte. Como as

baterias também têm plástico, é outro fator

que causa cheiro desagradável. Mais do que o

mau cheiro, o perigo está nas partículas que

vão para o ar, que são prejudiciais à saúde e

podem causar problemas respiratórios. Na

natureza, podem provocar chuva ácida.

Informação do Ministério da Saúde aponta que

o chumbo inalado é absorvido pelos pulmões e

atinge rapidamente a corrente sanguínea.

Após chegar à corrente sanguínea, o chumbo

é distribuído para o fígado, rins, cérebro, baço,

coração e tecidos moles. Ao longo do tempo,

parte do chumbo é armazenada nos ossos e

dentes, onde pode permanecer na forma de

fosfato de chumbo por décadas.

Os principais efeitos do chumbo são no

sistema nervoso (encefalopatia crônica,

alterações cognitivas e de humor, neuropatia

periférica) e nos rins (nefropatia com gota,

insuficiência renal crônica e síndrome de

Fanconi). Em casos mais graves, os danos

cerebrais e renais podem levar à morte.

Além disso, outros sinais e sintomas podem

ser observados, entre eles dor de cabeça;

dificuldades de concentração; redução da

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libido; fraqueza nos dedos, pulsos e

tornozelos; cólicas abdominais; náuseas;

constipação intestinal; anemia; aborto; parto

prematuro; desenvolvimento neurológico

comprometido em crianças; infertilidade

masculina; entre outros.

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o

Câncer classifica o chumbo e seus compostos

inorgânicos como “possivelmente

carcinogênicos para humanos”. Pesquisas com

animais demonstraram o desenvolvimento de

tumores renais após a ingestão de altas

concentrações desses compostos. Assim, o

chumbo é reconhecido pela Organização

Mundial da Saúde (OMS) como um dos

elementos químicos mais perigosos à saúde

humana.

Já com relação à chuva ácida, publicação da

química Jennifer Fogaça no site Brasil Escola

informa que ela causa vários estragos

ambientais, trazendo problemas para as

plantas, ao destruir folhas e galhos das

árvores; para o solo, provocando a sua

alteração química; para as águas de rios e

lagos, levando à morte de peixes,

contaminando também as águas

subterrâneas; além de estar relacionada com

o surgimento de doenças respiratórias.

Além desse estrago ambiental, as chuvas

ácidas reagem com carbonatos, como o

mármore (calcário carbonato de cálcio CaCO3)

que compõe as estátuas, monumentos

históricos e diversos materiais usados na

construção civil, que são, com o tempo,

degradados. Reagem também com metais,

destruindo estruturas metálicas de prédios e

pontes. (Daniela Jacinto)

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/v

izinhos-da-saturnia-fazem-abaixo-assinado-

contra-garimpo-em-terreno/

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Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 12/09/2019

Caminhão tomba com 40 mil litros de etanol

Um caminhão que transportava 40 mil litros

de etanol tombou na manhã de ontem no

trevo da rodovia Anhangüera, que fica

próximo da faculdade Unip.

O acidente ocorreu às 5h10 e, de acordo com

a Polícia Militar Rodoviária, o motorista tinha

deixado a rodovia Engenheiro João Tosello

(SP-147/Limeira-Mogi Mirim) e iria acessar a

Anhangüera, sentido capital. “O veículo entrou

na canaleta de água e veio a capotar”,

informou a PMR.

Além dos policiais, estiveram pelo local

agentes do Corpo de Bombeiros, devido ao

risco de incêndio, e representantes de órgãos

ambientais, como Cetesb, por conta do

vazamento do combustível. Conforme a PMR,

toda a carga vazou.

O trânsito não precisou ser interditado e o

motorista sofreu ferimentos leves.

RIBEIRÃO PINHAL

O acidente ocorreu perto de um trecho do

Ribeirão Pinhal e a concessionária BRK

Ambiental foi acionada devido ao risco de

contaminhação da água. "Assim que foi

acionada pela Cetesb sobre o ocorrido, a BRK

intensificou o monitoramento na captação de

água bruta do Ribeirão do Pinhal e em três

pontos do ribeirão. A concessionária ressalta

ainda que a distância do ponto do vazamento

até a captação de água bruta é de cerca de 15

quilômetros e, portanto, a probabilidade de

contaminação é baixa. Caso a empresa note

alguma alteração na qualidade da água, há a

alternativa de captação do rio Jaguari evitando

assim o desabastecimento da população. O

abastecimento de água no município está

normal", informou o setor de comunicação da

empresa. (Colaborou Daíza de Carvalho)

https://www.gazetainfo.com.br/portal/noticia/

2147492200/caminhao-tomba-com-40-mil-

litros-de-etanol.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Balanço Geral

Data: 12/09/2019

Carreta carregada com etanol tomba

na rodovia de Limeira

http://cloud.boxnet.com.br/y5jlz9n6

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Morada do Sol

Data: 12/09/2019

CETESB indica boa qualidade do ar em Araraquara

http://cloud.boxnet.com.br/y6k276vt

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 12/09/2019

Discussão sobre rodízio de carros e

inspeção pode ser retomada no ABC

A possível implantação de rodízio ou inspeção

veicular para a região do ABC foi apontada por

João Carlos Mucciacito, químico da Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo), como meio para reduzir a poluição. A

declaração foi dada durante o Seminário

Práticas Sustentáveis no Polo Grande ABC,

organizado pelo Comitê de Fomento Industrial

do Polo do Grande ABC (Cofip ABC), que

ocorreu nesta quarta-feira (11/9), na

Braskem, em Santo André.

Além do rodízio, a Cetesb apresentou outras

práticas que visam melhorar a qualidade do ar

na região onde o Polo Petroquímico está

localizado, como monitoramento, com duas

centrais instaladas próximas às indústrias,

atendimento à população para registro de

reclamações e definição de metas que visam

reduzir cada vez mais a emissão de gases

industriais na atmosfera.

Até 2025, a expectativa é diminuir os índices

em 95% e um importante passo foi dado

nesse sentido com a substituição de

combustível usado no Polo, de óleo para gás

natural. “Houve um ganho ambiental

substancial com isso”, afirmou Mucciacito.

Dados de reclamações vindas da população

registradas pela Cetesb demonstram que, das

4.549 recebidas, 1.534 foram referentes a

substâncias odoríficas.

Com relação à poluição veicular, o químico

afirmou que é provável a implantação de

rodízio na região, uma vez que a medida

beneficiaria não somente o meio ambiente,

como também o trânsito nas cidades.

“Existem algumas formas de fazer isso

[reduzir a poluição veicular], uma delas é o

rodízio, mas existem outras formas, como

fazer a inspeção veicular, para ter uma

redução considerável de poluentes

atmosféricos, mas tudo isso a gente está

conversando ainda”, disse.

Além dos dados da Cetesb, o seminário trouxe

números do Cofip nas áreas de saúde, meio

ambiente, segurança e sociedade. De acordo

com as informações apresentadas por Carlos

Barbeiro, assessor técnico da Abiquim

(Associação Brasileira da Indústria Química) e

do Cofip ABC, houve melhora em todos os

indicadores de 2018 em comparação com o

ano anterior. Entre os destaques o

levantamento mostrou que em 2018 houve

redução de acidentes com afastamento, de 17

para 10 casos, reaproveitamento total de

resíduos advindos de limpeza de tanques,

aproximação entre o Polo e a vizinhança e

aumento no reaproveitamento de água por

meio do sistema Aquapolo, que trata e torna

próprios para consumo industrial 9,7 milhões

de metros cúbicos de água, o que equivale a

cerca de 45.300 casas com quatro pessoas.

Para Carlos Barbeiro, conhecer os números é

fundamental para que ações de resolução

sejam criadas. “Os números nos ajudam a

resolver os problemas e apontar

possibilidades”, comentou. Os dados de 2019

serão divulgados somente no ano que vem.

Outra apresentação foi feita pela Abiquim,

com informações referentes a 81 empresas,

com total de 225 plantas em todo o País.

Assim como no Polo de Capuava, foi registrada

queda substancial nos acidentes, com 61% de

redução naqueles que necessitaram de

afastamento e 62% nos que não. A geração de

resíduos registrou queda de 21% e, no que

tange o contato com a comunidade, a Abiquim

registrou 58% de reclamações procedentes,

ou seja, que foram analisadas e constatadas

como pertinentes. Dessas, a associação afirma

ter solucionado 100% dos casos.

Além dos dados, houve apresentação sobre

poluição atmosférica, melhorias e controles de

conformidade e reflexão sobre uso do

transporte rodoviário para produtos químicos e

como a mudança por outros sistemas, como o

marítimo, poderia contribuir para redução do

uso de combustíveis fósseis – como o óleo

diesel – e da emissão de dióxido de carbono.

Para Luís Pazin, presidente do Cofip ABC, as

discussões em pauta são primordiais para que

o polo petroquímico possa se manter

positivamente. “Para que a gente tenha a

perenidade do Polo, precisamos evoluir

sempre”, finaliza.

Consórcio prioriza transporte coletivo para

reduzir emissões

Questionado sobre implantação de rodízio ou

inspeção veicular na região, o Consórcio

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Grupo de Comunicação

Intermunicipal informa, por meio de nota, que

“iniciou as discussões sobre a possibilidade de

implementar um rodízio parcial de veículos na

região, em 1995, mesma época em que foi

iniciado em São Paulo o período de testes do

rodízio municipal, regulamentado dois anos

depois”. Quanto ao ABC, houve a avaliação de

que a medida traria impacto reduzido no

tráfego.

Na década seguinte, mais precisamente em

2008, o assunto voltou a ser discutido no

Consórcio. Desta vez, a avaliação foi de que

um sistema regional não seria viável, em

função das diferenças de demandas de

veículos entre as cidades.

A nota aponta ainda que em 2009, quando o

Governo do Estado apresentou projeto de lei

para tornar obrigatória a inspeção veicular, o

Consórcio criou o Grupo Temático Inspeção

Veicular com o objetivo de discutir a

possibilidade de implementar a iniciativa na

região. “O projeto de lei ainda está tramitando

na Assembleia Legislativa de São Paulo

(Alesp). Sendo aprovada a lei, o tema pode

voltar a ser tema na entidade regional”,

informa.

A entidade recorda que em 2012 a Assembleia

de Prefeitos do Consórcio contratou estudo de

opinião para avaliar a implantação do rodízio

no ABC. A pesquisa ouviu 1.500 pessoas nas

sete cidades e apontou que 46% dos

entrevistados eram contra a restrição de

circulação de veículos nos moldes da Capital,

por placas, e 40,13% favoráveis ao rodízio. “O

principal resultado da pesquisa, no entanto, foi

que 86,33% dos entrevistados entenderam

que o melhor investimento em mobilidade

para região deve ser voltado para o transporte

coletivo e não na locomoção individual”,

esclarece.

A nota também aponta que em 2013 a

entidade regional lançou o Plano Regional de

Mobilidade para priorizar o transporte coletivo

por meio de corredores exclusivos ou

prioritários, além de obras viárias

estruturantes para melhorar a fluidez e

desafogar gargalos do transporte público.

Por fim, o Consórcio informa que “atualmente

estão sendo desenvolvidos os projetos

funcionais e básicos de engenharia para a

requalificação de corredores preferenciais para

transporte coletivo, necessários para

viabilização das futuras obras previstas no

plano regional, possibilitando uma rede

integrada de transporte coletivo no ABC”. Para

a entidade, a iniciativa pode reduzir o número

de carros em circulação na região e, assim,

diminuir o número de poluentes emitidos por

esses veículos.

O Consórcio destaca também que o Conselho

de Desenvolvimento Metropolitano, composto

pelos 39 municípios da Grande São Paulo,

criou em 2017 duas câmaras temáticas para a

área de transportes, tendo uma delas como

principal objetivo a regulamentação dos

critérios de circulação de cargas e o padrão de

veículos em toda Região Metropolitana, o que

também contribuiria para a redução da

poluição na região. A entidade conta com dois

representantes neste grupo.

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/272

4021/discussao-sobre-rodizio-de-carros-e-

inspecao-pode-ser-retomada-no-abc/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diáraio

Data: 12/09/2019

Consultor que fez EIA-Rima do Centro Logístico é indiciado por laudo falso

O ex-funcionário da Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo) e

consultor de meio ambiente Sérgio Pompeia,

que elaborou o EIA-Rima (Estudo de Impacto

Ambiental – Relatório de Impacto de Meio

Ambiente) do Centro Logístico Campo Grande,

foi indiciado em inquérito que investiga

emissão de laudo total ou parcialmente

falsificado. O inquérito foi instaurado na Dicma

(Delegacia de Investigações sobre Infrações

Contra o Meio Ambiente) da Seccional de

Santo André.

Pompeia é fundador e presidente CPEA, uma

consultoria que, segundo seu próprio site já

realizou 1,5 mil projetos ambientais no país.

Sua empresa elaborou os estudos para

implantação do Centro Logístico, que visa se

instalar em área de Mata Atlântica a 4

quilômetros da Vila de Paranapiacaba, em

Santo André. O projeto está orçado em R$

780 milhões e deve ser implantado ao longo

de 20 anos, com geração de aproximadamente

1,2 mil empregos. Segundo o CLCG, a

ocupação será de 900 mil m² de uma área

total de 4,6 milhões de m². Em duas

audiências públicas realizadas no ano passado,

a maioria dos presentes se manifestou contra

o projeto. Os movimentos ambientalistas e

preservacionistas também são contrários.

Em uma destas audiências, a última, realizada

em Santo André, o advogado e presidente do

MDV (Movimento em Defesa da Vida do ABC),

Virgílio Alcides Farias, apontou que Pompeia é

membro do Conselho da Biosfera da Mata

Atlântica, que aprecia e vota em projetos que

afetam diretamente o meio ambiente. O

ambientalista disse que a situação era

antiética, e acabou processado por Pompeia.

Em seus argumentos no processo, Farias

apontou o que considerou irregular e a Justiça

remeteu os autos à Dicma, que instaurou

inquérito.

“É antiético, ele (Pompeia) deveria se retirar

de um conselho que vota nos projetos que ele,

como consultor representa. Ele me processou

e eu esclareci que ele cometeu crime

ambiental, o juiz achou por bem encaminhar

os autos para a polícia e agora o Centro

Logístico virou caso de polícia”, disse Virgílio.

O advogado de Pompeia, Luiz Carlos de

Castro Vasconcelos, disse que seu cliente

ainda não foi notificado para prestar

esclarecimentos, mas está tranquilo sobre o

assunto. “O Sergio Pompeia é uma das

maiores autoridades em meio ambiente do

país e tem um nome a zelar. Esse inquérito é

uma resposta a dois processos movidos contra

o senhor Virgílio, um de queixa crime e outro

por danos morais. O EIA-Rima está correto,

tanto que a Cetesb está acompanhando e

vamos mostrar que está tudo certo. Sérgio

Pompeia está a disposição da Dicma para

qualquer esclarecimento”, disse o advogado.

Em nota o Centro Logístico informou que

desconhece o teor do inquérito policial. “O

Centro Logístico Campo Grande esclarece que

não tem conhecimento do inquérito, mas está

à disposição para qualquer esclarecimento”.

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/272

4299/consultor-que-fez-eia-rima-do-centro-

logistico-e-indiciado-por-laudo-falso/

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Crecisp

Data: 26/07/2019

No Orquidário Ruth Cardoso há flores

o ano inteiro - Dica de passeio

https://tv.crecisp.gov.br/midia?v=8Q5V7DZZ6

M

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Grupo de Comunicação

Veículo: BandNews

Data: 12/09/2019

Tempo seco compromete qualidade

do ar em SP

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30964341&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 12/09/2019

Sabesp anuncia segundo pacote de obras

para melhorar abastecimento

Flavia Kurotori

do Diário do Grande ABC

A Sabesp (Companhia de Saneamento

Ambiental do Estado de São Paulo) e a

Prefeitura de Santo André anunciaram, ontem,

segundo pacote de obras após a empresa

assumir os serviços de água e esgoto na

cidade. Com investimento de R$ 17 milhões,

as intervenções incluem a instalação de

adutora para atender o entorno dos bairros

Vila Vitória e Jardim Miguel Ângelo, duplicação

de adutora no Parque Miami e Clube de

Campo e a instalação de redes de distribuição

e ligações de água às residências do Recreio

da Borda do Campo.

Segundo Roberval Tavares de Souza,

superintendente da unidade de negócios

centro da Sabesp, aproximadamente 332 mil

habitantes serão beneficiados nesta fase.

Ainda que as entregas sejam gradativas, a

previsão de conclusão é em junho de 2020.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) destacou que o

cronograma de ações foi definido de acordo

com as principais reclamações da população.

Por este motivo, as obras do primeiro pacote

iniciaram com a duplicação de adutora que

atende o Parque Erasmo Assunção, onde a

falta de água é comum. Outra demanda é a

falta de ligações à rede, fazendo com que

casas sejam abastecidas por caminhões-pipa

ou por ‘gatos’ (ligações clandestinas) –

questões que deve ser solucionadas com a

conclusão do segundo pacote.

No dia 18, com prazo de dois meses,

comaçam as intervenções que irão contemplar

os setores da Vila Vitória e Jardim Miguel

Ângelo. Entre 2 de outubro e 2 de dezembro,

será a vez do Parque Miami e do Clube de

Campo receberem as melhorias. Já a

instalação de novas redes e ligações de água

no Recreio da Borda do Campo devem ser

realizadas de 16 de outubro a 16 de junho de

2020.

No dia 14 de outubro, residentes dos bairros

Camilópolis, Parque Erasmo Assunção e Vila

Progresso terão serviço de abastecimento

interrompido durante 16 horas para

interligação ao sistema.

Na ocasião, Paulo Serra garantiu que a

Prefeitura irá aproveitar a atividade da Sabesp

para realizar melhorias no Recreio da Borda do

Campo, Clube de Campo e Parque Miami. “A

infraestrutura destes bairros não tem a

mínima condição de continuar como está,

portanto, irá receber os programas Banho de

Luz e o Rua Nova.”

O anúncio foi realizado no mesmo dia em que

a Sabesp assumiu as operações na cidade.

“Hoje (ontem), 12 mil imóveis já receberam a

primeira conta com o nome da Sabesp”,

afirmou Souza.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3128753/s

abesp-anuncia-segundo-pacote-de-obras-

para-melhorar-abastecimento

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 12/09/2019

Escola de Sto.André recebe ação social neste sábado - Diário do Grande ABC -

A EE Dr. Júlio Pignatari, no bairro Jardim Teles

de Menezes, em Santo André, recebe no

sábado, das 9h às 15h, o Diário do Grande

ABC nos Bairros. Será oferecida à comunidade

série de serviços gratuitos oferdados por

parceiros do jornal.

Dentre as ações desenvolvidas se destacam os

cortes de cabelo, aferição de pressão arterial,

exames oftalmológicos, plantão com

psicólogos, apresentações e diversões

voltadas às crianças.

A diretora da escola, Desiclei Mara Oliveira

Barrocal, ressalta que há mais de dez anos a

escola não recebe um evento semelhante. E

que será de grande importância para a

comunidade. “Fiquei muito feliz quando soube

que íamos receber essa ação. O bairro

apresenta muitos problemas, como a

vulnerabilidade social, e isso está entre os

nossos principais desafios. Tenho certeza de

que toda população vai usufruir da melhor

forma os serviços gratuitos. Já estamos

ansiosos”, conta.

A escola possui aproximadamente 400 alunos

do 1° ao 5° ano do ensino fundamental, nos

período matutino e vespertino.

PROBLEMAS

O bairro Jardim Teles de Menezes apresenta

vários problemas estruturais, como falta de

água e sinalização nas ruas, o que pode ser

constatado logo na frente do colégio. “Eu

trabalho aqui pelo menos há um ano e já

presenciei diversas vezes a falta de água,

inclusive nesses últimos meses”, lamenta a

vendedora Maria Aparecida Andrade, 18 anos.

A aposentada Aparecida Ribeiro, 66, que há

30 mora no bairro, ressalta também a

ausência de sinais de trânsito. “Entrada e

saída de alunos nessa escola são sempre

bagunçadas. É perigoso para eles. Falta a

faixa de pedestre e outros sinais para orintá-

los”, conta.

Sobre as torneiras secas, a Sabesp

(Companhia de Saneamento Básico do Estado

de São Paulo) – que assumiu o abastecimento

da cidade ontem – destaca que já foram

iniciadas as obras que têm o objetivo de

solucionar os problemas de abastecimento em

todo o município. “O bairro em questão está

entre as regiões do segundo pacote de obras,

que contempla a ampliação do sistema

integrado metropolitano aos bairros Vila

Vitória e Miguel Ângelo”, aponta a empresa.

Sobre a falta de orientações a pedestres e

motoristas, a Prefeitura de Santo André diz

que o DET (Departamento de Engenharia de

Tráfego) irá ao local para fazer vistoria e

avaliar o que necessita de reforço nas

sinalizações horizontal e vertical.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3128740/e

scola-de-sto-andre-recebe-acao-social-neste-

sabado

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Natureza

Data: 11/09/2019

O concurso que reúne as fotos mais

cômicas de animais selvagens

Comedy Wildlife Photography Awards

selecionou 40 finalistas entre imagens

"irreverentes, alegres e possivelmente

despretensiosas de animais selvagens fazendo

coisas engraçadas"; veja algumas delas.

Por BBC

A competição de fotografias Comedy Wildlife

Photography Awards acaba de anunciar seus

40 finalistas da edição de 2019, e uma delas é

esta imagem, 'Oh My' (algo como 'Meu Deus'),

de Harry Walker — Foto: Harry M.

Walker/Comedy Wildlife Photografy Awards

Criado por dois fotógrafos e conservacionistas,

o concurso almeja, "além de oferecer um

pouco de irreverência, destacar a importante

mensagem de conservação da vida selvagem";

aqui, a foto "Guerra de cócegas de lontras

marinhas", de Andy Harris — Foto: Andy

Harris/Comedy Wildlife Photography Awards

"A cada ano em que realizamos a competição,

torna-se mais e mais empolgante ver como as

pessoas visualizam o lado engraçado da vida

selvagem", afirma Paul Joynson-Hicks, um dos

criadores da premiação. Esta foto, de Eric

Fisher, foi batizada de "Melancolia da

segunda-feira" — Foto: Eric Fisher/Comedy

Wildlife Photography Awards

Os vencedores serão escolhidos por um júri,

mas o público pode votar online em suas

favoritas, na categoria popular, pelo site

www.comedywildlifephoto.com. Aqui, "Olá", de

Kevin Sawford — Foto: Kevin Sawford/Comedy

Wildlife Photography Awards

Os vencedores da premiação serão anunciados

em 13 de novembro. Aqui, "Esconda-se", de

Marion Vollborn — Foto: Marion

Vollborn/Comedy Wildlife Photography Awards

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Grupo de Comunicação

As fotos finalistas também serão reunidas em

um livro. Entre elas, a foto "Veado? Que

veado?", de Mike Rowe — Foto: Mike

Rowe/Comedy Wildlife Photography Awards

Aqui, a foto "Marcando território - prossiga

sob seu próprio risco", de TilakRaJ'NagaRaJ —

Foto: TilakRaJ'NagaRaJ/Comedy Wildlife

Photography Award

O Comedy Wildlife Photography Awards tenta,

também, incentivar o público a aderir a um

estilo de vida mais sustentável, com menos

consumo de plástico. — Foto: Vicki

Jauron/Comedy Widlife Photography Awards

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

9/11/o-concurso-que-reune-as-fotos-mais-

comicas-de-animais-selvagens.ghtml

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Data: 12/09/2019

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FOLHA DE S. PAULO Painel: Desobediência a ordem expressa de

Bolsonaro foi gota d’água e levou à queda

de Cintra

Manda quem pode

Jair Bolsonaro ficou especialmente irritado e

mandou demitir Marcos Cintra porque viu na

divulgação de detalhes da proposta de recriação

da CPMF uma desobediência a pedido feito

pessoalmente por ele à equipe econômica. Antes

de ser internado para sua quarta cirurgia, o

presidente foi ao ministério e solicitou que o

assunto não fosse esmiuçado até que ele saísse

do hospital. Ressaltou que não estava convencido

e pediu que o aguardassem para dar rumo à

reforma tributária.

Gota d’água

Este último episódio acabou sendo a cereja do

bolo no processo de fritura de Cintra, agora ex-

secretário da Receita. Bolsonaro estava

insatisfeito e fazia críticas ao trabalho dele no

órgão a outras autoridades, sem qualquer

cerimônia, há meses.

De boas intenções…

O presidente costumava dizer que Cintra era uma

boa pessoa, mas que não tinha condições de

controlar a Receita. Depois disso, Paulo Guedes

(Economia) começou a confidenciar que, dado o

rumo da coisa, não seria possível manter o

secretário no cargo por muito tempo.

…o inferno está cheio

No dia 15 de agosto o Painel relatou que a

cabeça do então chefe do fisco estava à prêmio.

Foi-se

Na noite desta terça (10), mais de 12 horas

antes da exoneração de Cintra, membros da

Receita já especulavam, junto a parlamentares,

que a queda do chefe era certa.

Sete palmos de terra

Na Câmara, o debate sobre a criação de um novo

tributo nos moldes da CPMF é considerado

natimorto. O DEM, partido dos presidentes do

Congresso, liderou a derrubada da contribuição

no passado. Assumir sua volta seria uma derrota

política, na avaliação de integrantes da sigla.

Nova via

Bernard Appy, instado agora a apresentar

alternativa para desonerar a folha de

pagamentos sem a CPMF, estudou o tema no

passado. Na ocasião, concluiu que o desconto

deveria se concentrar nos trabalhadores que

recebem um salário mínimo. O custo calculado à

época, envolvendo outros penduricalhos, seria de

R$ 150 bi.

Dia da caça

O plenário do TCU decidiu dar andamento a

processo contra o ex-secretário da Receita Jorge

Rachid por ter descumprido ordem da corte. Ele

deve apresentar alegações em 15 dias. As penas

vão de multa à inabilitação para cargo público

por até 8 anos.

Armas em punho

Naufragou a tentativa de Felício Laterça (PSL-RJ)

de derrubar o líder do PSL da Câmara, Delegado

Waldir (GO), mas a bancada de deputados da

sigla segue em pé de guerra. Houve lavação de

roupa suja em reunião na terça (10).

Segundas intenções

É grande o grupo de deputados que questiona a

liderança de Waldir, mas a suspeita de que

Laterça articulou um abaixo-assinado para

derrubá-lo só para depois tentar ficar com o

posto fez os insatisfeitos recuarem da operação.

Não fica um

O presidente do PSL, Luciano Bivar (PSL-PE), não

escapa das queixas. Cerca de 10 deputados

estudam meios de convocar uma assembleia

para discutir a renovação da executiva com o

objetivo de tirá-lo do comando da sigla.

Dois é bom

O debate sobre medidas de aperfeiçoamento do

Judiciário não ficará restrito à Câmara. O senador

Cid Gomes (PDT-CE) protocolou projeto que cria

a figura do juiz de garantia. Para ele, o

magistrado que conduz a investigação não pode

ser o mesmo que julga.

Umbigo do mundo

Cid já mapeou resistências e avalia que será alvo

de críticas de lavajatistas que verão na iniciativa

uma tentativa de fustigar o ex-juiz Sergio Moro.

Diz, porém, que a discussão nasceu antes da

Lava Jato e chegou a ser defendida no passado

por Renato Casagrande (PSB), hoje governador

do ES.

BFF

Em almoço com deputados do PSDB, Luiz

Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) declinou

elogios a Aécio Neves (MG). Disse que votou no

mineiro para presidente em 2014, tratou aquela

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Data: 12/09/2019

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Grupo de Comunicação

derrota para o PT como fruto de fraude e ainda

posou para foto.

Visita à Folha

Marcos Alves, presidente do Mercado Bitcoin,

visitou a Folha nesta quarta (11). Estava

acompanhado de Ricardo Bonatelli, presidente da

PUB Comunica.

TIROTEIO

O Marcos Cintra acabou como bode expiatório,

porque na verdade era o Paulo Guedes quem

queria a nova CPMF

Do deputado Paulinho da Força (SD-SP), sobre a

queda do agora ex-secretário da Receita em meio

à discussão da recriação do imposto

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/12/

desobediencia-a-ordem-expressa-de-bolsonaro-

foi-gota-dagua-e-levou-a-queda-de-cintra/

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Data: 12/09/2019

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Após Dersa, Doria quer acabar com outra

estatal alvo de investigação em SP

Estatal fabricante de remédios (Furp) é alvo de

CPI na Assembleia e de delação premiada

Carolina Linhares

José Marques

SÃO PAULO

Após ter conseguido aprovar na Assembleia a

extinção da Dersa, estatal paulista sob suspeita

de corrupção em obras viárias em gestões

tucanas, o governador João Doria (PSDB) estuda

acabar também com outra empresa pública

citada em delação premiada e alvo de CPI.

A Furp (Fundação para o Remédio Popular) será

incluída em uma leva de desestatização e

extinção prevista para este ano e que inclui

outras entidades da área de saúde, como a Fosp

(Fundação Oncocentro de São Paulo) e a Sucen

(Superintendência de Controle de Endemias).

Atualmente, o governo Doria tem maioria folgada

na Assembleia para aprovar seus projetos.

Principalmente quando esse tratam de enxugar o

estado, pauta que tem respaldo de partidos que

se declaram independentes, como Novo e PSL

(maior bancada da Casa, com 15 dos 94

deputados).

No começo deste ano, a base do governo

conseguiu barrar a instalação de uma CPI que

investigasse a Dersa. Como "plano B",

oposicionistas e deputados independentes

pretendiam usar a CPI da Furp para levantar

eventuais irregularidades dos governos do PSDB

no estado.

A Furp, que é a maior fabricante pública de

remédios do país, tornou-se um imbróglio para a

gestão Doria por causa de uma PPP (parceria

público-privada) desvantajosa e por suspeita de

pagamento de propina.

Como a Folha mostrou, mesmo antes de ter sua

extinção aprovada pelos deputados, a Dersa já

vinha sendo esvaziada pela gestão Doria. A Furp

também é alvo de desmonte. Seus funcionários

temem demissões e a paralisação da produção de

medicamentos importantes.

Em delação firmada com o Ministério Público de

São Paulo, mantida sob sigilo, os executivos da

Camargo Corrêa Martin Wende e Emílio Eugênio

Auler Neto afirmaram, em 2017, que houve

pagamento de propina a representantes do

governo de 2008 a 2013, relativa à obra da

fábrica de Américo Brasiliense (SP).

Segundo eles, o ex-secretário de Saúde Luiz

Roberto Barradas Barata (morto em 2010)

recebeu ao menos R$ 1 milhão, em 2008, pela

assinatura de um aditivo na obra. Ele atuou nas

gestões de José Serra (PSDB) e Geraldo Alckmin

(PSDB).

Já o ex-superintendente Flávio Vormittag teria

recebido em 2013, segundo os relatos, R$ 1,8

milhão para que o governo não recorresse de

uma sentença que condenou o estado a pagar

mais R$ 22 milhões pela obra à construtora. A

obra custou R$ 124 milhões e foi concluída em

2009. À CPI Vormittag reconheceu que o estado

não recorreu do pagamento.

Em 2013, sob Alckmin, o governo concedeu a

gestão, operação e manutenção da fábrica de

Américo Brasiliense à iniciativa privada por meio

de PPP por 15 anos. A Concessionária Paulista de

Medicamentos (CPM), controlada pelo laboratório

EMS, seria responsável por investir R$ 130

milhões e produzir 96 tipos de remédios.

Atualmente, a fábrica opera com 25% da

capacidade, produz 14 medicamentos e recebe

R$ 90 milhões anuais do governo. A Secretaria

de Saúde, porém, calcula que gastaria R$ 34

milhões para comprar os mesmos remédios no

setor privado, ou seja, há um prejuízo de R$ 56

milhões todos os anos para o Tesouro.

Reunião de instalação da CPI da Furp na

Assembleia Legislativa de SP, com o presidente

Edimir Chedid (DEM) à mesa

Reunião de instalação da CPI da Furp na

Assembleia Legislativa de SP, com o presidente

Edimir Chedid (DEM) à mesa - Carol

Jacob/Divulgação Assembleia Legislativa de São

Paulo

Desde 2015, quando a fábrica de Américo

Brasiliense começou a operar, os cofres públicos

já cobriram R$ 70 milhões de dívidas da Furp,

que ainda deve cerca de R$ 110 milhões,

segundo a CPI. No início do mês, a CPI aprovou a

quebra do sigilo telefônico de três ex-dirigentes

da Furp, incluindo Vormittag.

Para o governo Doria, a extinção ou privatização

da fundação, cuja proposta será enviada à

Assembleia, é uma forma de sanar esses

problemas que recaem sobre gestões tucanas. Já

deputados que fazem parte da CPI da Furp

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Data: 12/09/2019

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Grupo de Comunicação

defendem a manutenção da entidade, que tem

mil funcionários.

“O governo paulista tem promovido, ao longo dos

anos, e esse governo aprofundou isso, um

sucateamento dessas instituições. Há casos de

remédio que está pronto, mas não vai porque

não tem a caixa ou a bula”, diz a deputada Beth

Sahão (PT), que faz oposição a Doria.

Embora a petista considere a situação da Furp

diferente daquela da Dersa, pois há mais

problemas de gestão do que escândalos de

corrupção rumorosos, ela diz que, nos dois casos,

“tem convicção de que é conveniente para o

governo acabar com os órgãos”.

Já o deputado Edmir Chedid (DEM), que preside

a CPI, não acredita que o governo Doria esteja

tentando empurrar a Furp para debaixo do

tapete. “Há um esforço da nova diretoria. Uma

movimentação para tentar produzir e vender

mais”, diz.

Chedid, porém, considera que a PPP foi um erro.

“É um grande problema que o estado tem na

mão faz tempo e não resolveu até agora.

Queremos saber o porquê”, diz.

A oposição a Doria na Assembleia também se

organiza para resistir a mudanças no Oncocentro

e na Sucen. No Oncocentro, os cerca de 90

funcionários já foram avisados de que o órgão

será desmobilizado. A direção da Sucen já

admitiu a deputados que a intenção é extinguir a

autarquia e transformá-la num departamento

subordinado à Secretaria de Saúde.

OUTRO LADO

Em nota, a Secretaria de Saúde diz que está à

disposição para colaborar com as investigações

em relação à Furp.

A respeito da desestatização, o governo afirma

que "estuda a extinção e/ou privatização de

empresas e fundações estatais, considerando

tecnicamente a necessidade de otimizar recursos

do estado com eficiência e sem nenhum prejuízo

na prestação dos serviços públicos para a

população".

A pasta diz buscar alternativas para as fábricas

da Furp. "Qualquer medida que venha a ser

adotada priorizará a garantia do fornecimento

gratuito dos medicamentos à população e, até o

momento, não há qualquer definição quanto a

mudanças."

O ex-superintendente Vormittag não foi

localizado pela reportagem.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/09/a

pos-dersa-doria-quer-acabar-com-outra-estatal-

alvo-de-investigacao-em-sp.shtml

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Data: 12/09/2019

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Grupo de Comunicação

Folha e IDS realizam debate sobre tarifa de

água e esgoto

Instituto apresentará trabalho inédito com 23

propostas de mudança do modelo de cobrança da

concessionária

SÃO PAULO

O Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS),

com apoio da Folha, realiza no dia 24 de

setembro debate sobre a tarifa de água e esgoto

da Sabesp. As inscrições são gratuitas e podem

ser realizadas no site Folha Eventos.

O instituto apresentará trabalho inédito com 23

propostas de mudança do modelo de cobrança da

concessionária, que atende 371 municípios

paulistas, e pesquisa de opinião realizada pelo

Datafolha sobre o conhecimento da população

sobre o tema.

Participarão do debate João Paulo Capobianco,

vice-presidente do IDS, Marussia Wathely,

coordenadora da Aliança pela Água, Samuel

Barreto, gerente de águas da The Nature

Conservancy Brasil, e representantes da Abar

(Associação Brasileira de Agências de Regulação)

e da Sabesp.

O colunista da Folha Vinicius Torres Freire fará a

mediação. As recomendações são resultado da

análise de políticas tarifárias nacionais e

internacionais de saneamento básico e consultas

a especialistas.

Além do modelo de cobrança, o trabalho

apresenta propostas em temas como o direito

das famílias pobres à tarifa social, instrumentos

de proteção dos mananciais, estratégias de

comunicação de concessionárias com a sociedade

e políticas públicas de universalização do

saneamento básico e de melhoria da qualidade

dos serviços prestados.

Segundo dados oficiais, 33 milhões de pessoas

não têm acesso à água tratada no Brasil, e 96

milhões vivem sem coleta e tratamento de

esgoto. Em São Paulo, há 84 mil pessoas sem

abastecimento de água e mais de 445 mil sem

coleta de esgoto.

A Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e

Energia do Estado de São Paulo) está revisando a

tarifa da Sabesp e deve implementar mudanças

a partir de junho de 2020.O evento acontece no

auditório do jornal (al. Barão de Limeira, 425,

Campos Elíseos — 9º andar, em São Paulo) a

partir das 8h30.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

9/folha-e-ids-realizam-debate-sobre-tarifa-de-

agua-e-esgoto.shtml

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Grupo de Comunicação

'Nós falhamos na comunicação', diz Salles

sobre crise ambiental

Ministro do Meio Ambiente avalia que

alinhamento entre os entes da federação tem de

melhorar

Gustavo Uribe

BRASÍLIA

Passado um mês do 'dia do fogo', que marcou o

início do aumento das queimadas na floresta

amazônica, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, fez a primeira autocrítica em relação à

crise ambiental que afetou a imagem do país no

exterior.

Em entrevista à Folha, ele considerou que o

governo federal falhou na comunicação e avaliou

que o alinhamento entre as gestões municipais,

estaduais e federal no combate ao

desmatamento deve melhorar.

Na semana que vem, o ministro viajará à Europa.

Ele diz que buscará apoio financeiro para a

preservação da floresta amazônica e que está

aberto a dialogar com todos, inclusive com os

governos da Alemanha e da França, criticados

pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo ele, o superintendente regional do

Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) no

Pará, Evandro Cunha dos Santos, demitido na

terça-feira (10), fez uma afirmação “que não é

verdadeira” em um evento onde não “tinha que

estar presente”. Em audiência pública, na

segunda-feira (9), ele havia dito que recebeu

ordem para interromper a queima de veículos

que são flagrados pela fiscalização do órgão

federal cometendo crimes ambientais na

Amazônia.

Comunicação

Nós temos de comunicar melhor. [Repassar]

informações à sociedade para [que a sociedade]

entenda a evolução dos dados, deixando todos

em um nível de conhecimento que permita um

entendimento da questão. Acho que isso é algo

importante a ser melhorado. Nós falhamos na

comunicação. Esse é o ponto mais importante. A

comunicação das ações, daquilo que estava

sendo feito e tudo mais. A comunicação podia ser

melhor e, agora, vai ter de ser melhor. Isso é

algo que a gente precisa reconhecer, é um fato.

E, daqui para a frente, se dedicar mais.

Alinhamento

O trabalho de combate ao desmatamento e às

queimadas, que são questões correlacionadas,

depende muito de uma cooperação entre os

entes federativos: municipal, estadual e federal.

E essa coordenação tem de melhorar. Os

estados, por sua vez, têm de ter um papel mais

ativo nisso. Os estados sofreram com questões

orçamentárias e governos novos, e isso criou

essa ausência de alinhamento. Poderia ter um

alinhamento melhor. A partir de agora, com

essas reuniões que tivemos, isso tende a ser algo

que flua melhor.

Queima de veículos

Essa ordem [de interromper a queima de veículos

flagrados em fiscalização] não partiu de

ninguém. Não existiu essa ordem. A atitude dele

[superintendente regional do Ibama no Pará] foi

inaceitável. Primeiro, porque fez uma afirmação

que não é verdadeira, dizendo que havia essa

ordem. E fez essa afirmação em um evento que

ele não tinha nem que estar presente.

Europa

Eu vou viajar na semana que vem. Vou aos

Estados Unidos e vou à Europa. Vou levar todas

as informações disponíveis, que são muito boas.

O Brasil está indo muito bem em vários dados.

Nas metas do Acordo de Paris, o Brasil está indo

superbem, aliás, melhor do que muitos países

que nos criticam. Criticam e, no final das contas,

nós é que estamos cumprindo as metas. Nós

temos um percentual de conservação de matas

nativas de mais de 60% que outros não têm. Nós

precisamos mostrar isso e mostrar o que

fazemos bem. E mostrar que dá para fazer mais

se tivermos apoio financeiro para isso.

França e Alemanha

Nós estamos estabelecendo conversas

institucionais com os países e com o setor

produtivo. Nós vamos conversar com os meios de

comunicação e câmaras de comércio. Eu não

tenho vedação para conversar com ninguém.

Vamos conversar com quem considerarmos

importante e abrir as portas para fazermos as

apresentações necessárias. Nós estamos

montando uma agenda superbem recebida.

Então, não tem nenhum ruído.

Medidas Ambientais

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Grupo de Comunicação

Os governos estaduais pediram ao governo

federal para fazer o que vem sendo defendido

desde o início do ano: a necessidade da

regularização fundiária, o zoneamento econômico

e ecológico e a dinamização das oportunidades

da nossa bioeconomia. Tudo isso que foi

combinado entre todos é o que estamos

planejando e viabilizando com a solidez que as

coisas requerem, porque são temas complexos.

Agora, são várias medidas que precisam ser

construídas.

Queimadas

Foram apresentados pelo Inpe [Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais), pelo ICMBio (Instituto

Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade], pelo Ibama [Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente] e pelo Censipam [Centro

Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da

Amazônia] gráficos mostrando que, com a

exceção de Mato Grosso, os outros estados já

estão com tendência de diminuição de queimada,

graças à GLO [Garantia da Lei e da Ordem].

Portanto, está dando certo a atuação do governo

federal. Queimada não é fácil de controlar e não

vai acabar. A questão é a diminuição dos focos.

Estava subindo e agora está descendo.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

9/nos-falhamos-na-comunicacao-diz-salles-

sobre-crise-ambiental.shtml

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro nunca incentivou invasões, diz

presidente do ICMBio

Coronel da PM-SP Homero de Giorge

Cerqueira culpou governos anteriores pelo

desmatamento em 2019 em unidade de

conservação

Fabiano Maisonnave

Presente na reintegração de posse da Floresta

Nacional (Flona) do Bom Futuro, o presidente do

ICMBio, o coronel da PM-SP Homero de Giorge

Cerqueira, negou que as declarações do

presidente Jair Bolsonaro contra áreas protegidas

tenham incentivado invasões.

No cargo desde maio, Cerqueira culpou os

governos anteriores e até seu antecessor no

governo Bolsonaro pelo desmatamento de 734

hectares dentro da Flona —a maior devastação

nessa unidade de conservação desde 2007.

Em entrevista à Folha enquanto caminhava pela

invasão, ele confundiu a Flona Bom Futuro com

um parque nacional também de Rondônia, usou

“flora” no lugar Flona e, demonstrando irritação,

encerrou a entrevista falando para este repórter

cortar a barba.

Vários dos invasores chegaram aqui no dia 22 de

outubro do ano passado, motivados por

declarações de Bolsonaro, de que há áreas

protegidas demais. O sr. acredita que essas

declarações tenham uma parcela de

responsabilidade dessa e de outras invasões em

unidades de conservação?

Não, absolutamente. O ministro Ricardo Salles

pediu que acompanhássemos a reintegração de

posse para cumprir uma determinação legal e

preservar a integridade física e moral das

famílias.

Em momento nenhum, o presidente da

República, Jair Messias Bolsonaro, incentivou a

invasão em unidades de conservação e terras

indígenas. Porque aqui há uma sobreposição de

unidade de conservação e terras indígenas.

Aqui, não, isso é lá no Parque Nacional Pacaás

Novos. Aqui é a Flona Bom Futuro.

Isso, eu estava confundindo Eu estava

sobrevoando também Pacaás Novos. Se tiver de

acontecer alguma coisa, tem de mudar a lei. E o

que o presidente e o próprio Ricardo Salles têm

falado é que tem de trabalhar dentro da

legalidade, da transparência e do resultado. A

gente está cumprindo uma ordem judicial. O

governo passado deixou de cumprir, né? Deixou

invadir e não fez nada.

A gente veio aqui, deu apoio, fez transferência

financeira para os órgãos que estão apoiando, as

Polícias Militar, Civil e Federal e o Exército.

Estamos aqui pra ver o cumprimento da ordem.

Em nenhum momento, o presidente e o ministro

compactuam com o desmatamento, o descaso,

com o desrespeito à natureza.

Haverá mudanças na política do ICMBio para a

Bom Futuro?

A Flona Bom Futuro vai ser o que o decreto

preconiza. Para a gente diminuir ou aumentar, é

preciso um projeto de lei para que o Congresso

aprove. O que a gente vai fazer? No primeiro

momento, retirar as famílias que invadiram um

terreno que é da unidade de conservação.

Aqui na Flona, houve um desmatamento de ao

menos 700 hectares neste ano. Por que não foi

possível coibir?

Isso vai antes da nossa entrada. Eu cheguei ao

ICMBio em maio. A gente conversou com o

Ministério Público Federal pra gente fazer isso aí.

Conversamos com o comandante-geral e

acertamos pra fazer a reintegração de posse

agora dia 10 de setembro.

Então a fiscalização está cada vez mais intensa

nas unidades de conservação. Anteriormente,

não acontecia. Deixavam o hospital sem doente

para não ter doença hospitalar. Ou seja, não

tratavam o problema de uma forma mais serena,

de frente.

A gente tem combatido desmatamento em

unidade de conservação. No Pará, lá na flora (sic)

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Grupo de Comunicação

Jamanxim, tem muito garimpo, e o garimpo não

foi feito em oito meses. Há muito tempo, as

pessoas deixaram. Aqui a gente tem feito

fiscalização, operações, o ministro Salles tem

falado pra gente fazer fiscalizações próprias.

O que você está falando não prospera. A gente

tem feito fiscalização, e o Brasil é grande, são

334 UCs, 9,1% do território brasileiro é de

unidade. A gente tem sido eficaz, eficiente, mas

os órgãos de imprensa gostam de pautar só

nisso. Em oito meses, falando que houve

desmatamento…. Quantas vezes você viu um

presidente numa unidade de conservação onde

teve reintegração de posse?

Eu, como presidente, conversando com outras

pessoas, é a primeira vez que a gente vai no

lugar. Vocês falam que a gente não está

fiscalizando. Eu estou incentivando a fiscalização,

o acompanhamento, pra que não haja esse

desmando.

Na campanha, aqui em Rondônia, Bolsonaro

afirmou que havia áreas protegidas demais em

Rondônia. O presidente Bolsonaro tem a mesma

avaliação?

Eu, como técnico, estou falando o que estou

fazendo. Você, como jornalista, tem de procurar

o presidente e perguntar pra ele.

Mas não é o sr. que gere a política para unidades

de conservação?

Estou preservando a natureza. Está na

Constituição, no artigo 225 [que obriga o poder

público a preservar o meio ambiente]. Se mudar

o artigo, eu vou seguir. Eu, nos 35 anos de

coronel da PM, sempre trabalhei na legalidade.

Nem mais nem menos.

Há ONGs que participam de gestão de unidade de

conservação, com projetos de extrativismo. A

orientação é manter esses convênios?

Vou fazer outra pergunta pra você. Por que na

região Norte tem 10 mil ONGs e na região

Nordeste não tem nenhuma?

Há muitas ONGs no Nordeste também.

Quantas?

Eu não tenho de cabeça.

Se você me responder isso, aí te respondo.

O sr. é contra projetos de ONGs em unidades de

conservação?

Eu não sou contra. Tenho de ver qual é o escopo

da ONG, o que ela quer fazer. Sou doutor em

educação, conheço um pouco de projeto

científico. A gente precisa entender o que ela

está querendo dentro de uma unidade de

conservação. A partir daí, isso vai melhorar as

condições da população que habita os povos

tradicionais ou vai trazer problema? Ou vão levar

alguma coisa dessas unidades?

Estou há 112 dias no ICMBio. Em São Paulo, a

gente conseguiu congelar o desmatamento.

Mas São Paulo é outra dinâmica.

As práticas são boas.

Por que houve a decisão de militarizar o Ibama e

o ICMBio?

E por que não? O que você tem contra? Tenho 35

anos de carreira. O que eu tenho feito de ruim

em unidades de conservação? A gente descobriu

um monte de carro sucateado. Por que não

militar?

A crítica é que vocês não têm experiência com a

Amazônia.

Crítica é o ponto de vista, vista de um ponto. Por

que você, jornalista, usa barba? Eu não gosto de

barba. É uma opinião minha.

A crítica é que são pessoas com pouca

experiência na Amazônia.

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Grupo de Comunicação

Eu tenho 35 anos de comandar batalhões. Estou

aqui ombreado com pessoal, sou doutor em

educação, trabalhei dois anos no Ambiental como

comandante, com 2.190 homens, 498

embarcações, uma aeronave. Conseguimos

congelar o desmatamento.

Por que esse estigmatismo contra o militar? Se

você pegar um quartel de polícia, vai ver que

está tudo organizado. Tudo com norma. Estou há

cem dias. O que fiz de errado?

Houve aumento no desmatamento neste ano,

incluindo em unidades de conservação.

Estou há cem dias. Há 20 anos, tem garimpo em

unidade de conservação, há 20 anos tem

desmatamento. O desmatamento não é só

fiscalização. Com tanta pesquisa, tanta ONG,

será que nunca pesquisaram isso?

Obrigado, hein, meu. Corta a barba depois.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

9/bolsonaro-nunca-incentivou-invasoes-diz-

presidente-do-icmbio.shtml

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Mônica Bergamo: Marcia Tiburi vai dar aulas

sobre 'capitalização do ridículo na política'

Escritora e filósofa vai morar em Paris

A escritora e filósofa Marcia Tiburi, que diz ter

deixado o Brasil no fim do ano passado após ter

a casa invadida e receber ameaças de morte,

afirma que irá morar em Paris. Ela vai dar aulas

sobre “capitalização do ridículo na política

mundial” na Universidade Paris 8.

ADEUS

“Evidentemente vou usar o caso do [presidente

americano Donald] Trump e [do presidente Jair]

Bolsonaro, os exemplos mais radicais”, afirma

ela. As aulas começam em setembro. “Se o Brasil

não mudar, eu não vou voltar. Talvez eu não

volte nunca”, diz.

NÔMADE

Ela diz que a polícia foi chamada quando a casa

dela foi invadida, em dezembro, mas que não

descobriu nada. “Não tenho mais casa, meus

livros estão em um depósito. Vivo com uma

mala. Morei um tempo em uma casa para

escritores nos EUA e em sofás de amigos”,

afirma.

TIRO

Empresas da indústria brasileira de material

bélico querem tentar inviabilizar um edital que a

Polícia Militar de SP (PM-SP) vai lançar no dia 24

deste mês para comprar 4.000 coletes à prova de

bala. A licitação será aberta à participação

estrangeira.

PORRADA

Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de

Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), o

prazo dado pela PM não permite que as empresas

adequem os seus produtos às exigências de

segurança requisitadas.

BOMBA

A PM-SP alega que informou sobre o novo padrão

em audiências públicas realizadas desde 2014, e

que abriu a concorrência para a participação

internacional porque nas duas licitações

anteriores não houve empresa nacional que se

adequasse às demandas.

PAZ

A Abimde estuda recorrer ao Ministério da Defesa

para interceder, já que o Exército é quem regula

a importação desse tipo de material —podendo

vetá-la. A PM-SP diz que preza pela maior

segurança de seus policiais.

PÓDIO

O Ministério do Turismo vai fazer uma

competição focada nos desafios do setor no

Brasil. Para isso, a pasta firmou uma parceria

com o hub de inovação da Organização Mundial

do Turismo.

HISTÓRIA MUSICAL

O cantor Ney Matogrosso participou de um bate-

papo sobre a banda Secos & Molhados na Livraria

da Vila, em SP, na terça (10). No evento, o

escritor Miguel de Almeida lançou o livro

“Primavera nos Dentes”, que conta a história do

grupo. O músico e ex-integrante do conjunto

Gerson Conrad passou por lá.

LEÃO

A Associação Nacional dos Auditores da Receita

Federal do Brasil (Unafisco) quer criar uma

emenda à PEC 45, da reforma tributária, que

propõe o reajuste anual da tabela do Imposto de

Renda. Para isso, a entidade está coletando

assinaturas de deputados para emplacar o

projeto.

LEÃO 2

“A tabela de imposto sobre a renda da pessoa

física não é reajustado desde 2015, o que

acarreta num aumento na carga tributária

suportada pelo contribuinte”, diz a justificativa do

projeto, assinado pelo deputado Professor Israel

Batista (PV-DF).

PASSO A PASSO

A organização social Comunitas e o escritório de

arquitetura dinamarquês Gehl Architects vão

lançar um guia para prefeitos sobre como

construir cidades para a população.

FICA A DICA

Segundo o estudo, quanto maior for a

convivência nos espaços públicos, menor será a

criminalidade e melhor será a saúde física e

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psíquica das pessoas. O lançamento será

realizado na prefeitura de Campinas, e contará

com representantes dos governos de São Paulo

(SP), Teresina (PI), e Salvador (BA).

FEMININAS

A atriz Mariana Ximenes, a cantora Karol Conká e

a ex-ginasta Daiane dos Santos participarão do

festival Agora É Que São Elas. O evento ocorre

no Centro Cultural SP nos dias 21 e 22 deste

mês.

PÁGINAS

O escritor Milton Hatoum é o autor homenageado

da 13ª edição do Felit (Festival de Literatura de

São João del-Rei, Tiradentes e Santa Cruz de

Minas).

MESA REDONDA

O evento, apresentado pelo Sesc em Minas e

Ministério da Cidadania, vai receber escritores

como Daniel Galera, Paula Pimenta e Zeca

Camargo.

ARTE EM IMAGEM

O fotógrafo Tinko Czetwertynski abriu a

exposição “Azur”, e sua mulher, a designer Paola

de Orleans e Bragança, compareceu ao Espaço

da Bossa Nova Sotheby’s International Realty,

em SP, na terça (10). Os atores Carlos Vieira e

Alexia Dechamps, o designer Guto Neves, a

modelo Patrícia Barros e o empresário Raul

Amorim também estiveram lá.

CURTO-CIRCUITO

Mario Sérgio Cortella dá palestra sobre a

educação no século 21 promovida pela Vereda

Educação. Nesta quinta (12), às 10h, no Teatro

São Francisco.

A Professional Women’s Network promove debate

sobre saúde mental no mundo corporativo. Nesta

quinta (12), a partir das 8h, na r. Arquiteto Olavo

Redig de Campos, 105, na zona sul de São Paulo.

Será entregue nesta quinta (12), a partir das

19h30 no Museu de Arte Brasileira da Faap, o

Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/09/marcia-tiburi-vai-dar-aulas-

sobre-capitalizacao-do-ridiculo-na-politica.shtml

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Arte rupestre e tecnologia se completam no

Parque Nacional da Serra da Capivara

No parque, os guias destacam quatro circuitos. O

mais conhecido deles corta o desfiladeiro

Capivara e passa pelas tocas da Entrada do

Pajaú, do Barro —ambos guardam pinturas

rupestres— e do Paraguaio, primeiro sítio

investigado pela equipe de Guidon, nos anos

1970. Os demais são o circuito da Serra Branca,

o Jurubeba e o do Sítio do Meio.

A arqueóloga trabalhava no Museu do Ipiranga,

em São Paulo, quando recebeu a visita do

prefeito de Petrolina (PE), cidade a 300 km de

onde hoje fica o parque. Ele levou fotos de

pinturas rupestres e despertou o interesse de

Guidon. Ela conta que o ano era 1963, quando

organizava uma exposição sobre arte rupestre do

Brasil. “Ele disse que os desenhos eram do sul do

Piauí. Eram completamente diferentes de tudo

que eu já tinha visto antes”, diz Guidon.

No ano seguinte, ela se mudou para a França,

onde seguiu os estudos e se tornou professora,

mas manteve em mente o plano de desbravar o

sul do Piauí.

Em uma expedição francesa para a Serra da

Capivara, a arqueóloga e sua equipe coletaram

resíduos de uma fogueira. Ela enviou o material a

um laboratório para datação. A fogueira tinha 26

mil anos, o que contrariava as teses majoritárias

na época sobre a povoação da América.

“Quando me mandaram o resultado, fui até o

laboratório e disse que haviam misturado minhas

amostras. Não era possível ter nada tão antigo

assim na América. A chefe do laboratório

respondeu: continue pesquisando lá, são suas

amostras mesmo. Continuamos e chegamos a

até 110 mil anos aqui”, diz Guidon.

Acreditava-se, então, que os primeiros Homo

sapiens pisaram no continente há cerca de 14 mil

anos.

A descoberta da pesquisadora foi gatilho partida

para a intensificação da busca por pinturas,

ferramentas, artefatos e resíduos. A ideia era

comprovar que o povoamento da América

começara muito antes do que se pensava.

Deu certo. O crânio de um homem, Zuzu, foi

encontrado e datado de 10 mil anos. Também

foram achados pedaços de pedra com 50 mil

anos, manipulados para servirem de

ferramentas.

Mais recentemente, a idade das cinzas de uma

fogueira próxima do Boqueirão da Pedra Furada

foi estimada em 110 mil anos.

Essas descobertas se somam a evidências no

Chile, no Uruguai, no México e nos EUA e indicam

que o homem chegou ao continente há ao menos

130 mil anos, por três diferentes rotas.

Além do trajeto já estabelecido entre cientistas,

via estreito de Bering, humanos teriam cruzado

de barco os oceanos Pacífico e Atlântico.

A história do homem na região do Parque

Nacional da Serra da Capivara é contada em

museu localizado na sede da Fundação Museu do

Homem Americano, na cidade de São Raimundo

Nonato. O ingresso custa R$ 20.

Em dezembro de 2018, o próprio parque ganhou

um espaço, o Museu da Natureza.

O edifício em formato circular, desenhado pela

arquiteta Elizabete Buco, fica em meio à

vegetação e aos paredões.

O prédio de 1.700 metros quadrados abriga 12

salas com temas que vão da origem do universo

à chegada do homem à região.

O investimento total foi de R$ 13,7 milhões. O

resultado é um museu hi-tech, com painéis e

telas interativas, projeções de vídeos e até

simulador de voos sobre o parque.

As interações ajudam a compreender as

mudanças na região, que até 9.000 anos atrás

era uma mistura de floresta amazônica com mata

atlântica e habitat de animais brasileiros

gigantescos.

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Grupo de Comunicação

Fósseis desses bichos, que conviveram com o

Homo sapiens, estão expostos. É o caso do tigre-

dentes-de-sabre (até 2,5 metros de

comprimento), do mastodonte (até 5 metros) e

da preguiça-gigante (até 6 metros). No fim do

circuito, há uma réplica em tamanho real da

preguiça-gigante.

Trata-se de um museu marcado pelos contrastes:

entre o seu visual futurista e a natureza da

caatinga; entre o passado do homem, contado

em milhares de anos, e a história do universo,

contabilizada em milhões e bilhões de anos.

Como chegar

Há voos diários para o aeroporto de Petrolina

(PE). De lá, alugue um carro e pegue a rodovia

BR-235. Em Remanso, siga pela BR-324 até São

Raimundo Nonato: são 295 km, com trecho de

terra (40 km). A viagem leva em torno de quatro

horas e meia. Para explorar o parque, entre em

contato com a associação de guias, em São

Raimundo Nonato (a diária parte de R$ 150).

Informações pelo email [email protected]

Onde ficar

Hotel Serra da Capivara As diárias partem de R$

144. End.: estrada Pará São João do Piauí, 140,

São Raimundo Nonato (PI); tel.: (89) 3582-1798

Real Hotel As diárias partem de R$ 247. End.:

rua Largo Manoel Agostinho de Castro, 22, São

Raimundo Nonato; tel.: (89) 3582-1495

O que fazer

Museu do Homem Americano A entrada custa R$

20. Aberto todo dia (exceto 2ª), das 9h às 17h.

End.: rua João Ferreira dos Santos, São

Raimundo Nonato; tel.: (89) 3582-1612

Museu da Natureza O ingresso custa R$ 30.

Aberto todo dia (exceto 3ª), das 13h às 18h.

End.: Parque Nacional da Serra da Capivara

(acesso pela avenida Nestor Paes Landim); tel.:

(89) 3582-1612

PACOTES

R$ 2.969

6 noites entre Petrolina e a Serra da Capivara, na

Maringá Lazer (maringalazer.com.br)

Uma diária na cidade pernambucana e as demais

em São Raimundo Nonato (PI), com café da

manhã e três almoços. Inclui passeios (museus,

trilhas, sítios arqueológicos), além de seguro-

viagem e traslados. Valor por pessoa. Sem aéreo

R$ 3.340

5 noites na Serra da Capivara, na Pisa

(pisa.tur.br)

Hospedagem na cidade de São Raimundo

Nonato, com café da manhã e lanche de trilha

(no primeiro dia não há refeições, e no último,

apenas café da manhã). Inclui visita a sítios

arqueológicos e museus, além de traslado, guias

e seguro-viagem. Preço por pessoa, sem

passagens aéreas

R$ 3.875

5 noites na Serra da Capivara, na Venice

(veniceturismo.com.br)

Com café da manhã, jantar e almoço (ou lanche

durante os passeios). Inclui visitas a museus e

sítios arqueológicos, além de traslados e seguro-

viagem. Valor por pessoa, sem passagens aéreas

R$ 4.420

7 noites, entre Petrolina e a Serra da Capivara,

na Ambiental (ambiental.tur.br)

Uma noite na cidade pernambucana e seis no

Piauí (cidade de São Raimundo Nonato), com

café da manhã e um almoço. Inclui passeio a

vinícola, city tour em Petrolina e Juazeiro, visita

aos sítios arqueológicos, museus e a

comunidades que cercam o parque, além de

traslado e guias. Preço por pessoa. Inclui aéreo a

partir de São Paulo

https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/09/

arte-rupestre-e-tecnologia-se-completam-na-

serra-da-capivara-no-piaui.shtml

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ESTADÃO Todos contra o mosquito

Após dois anos de relativa retração, o mosquito

transmissor da dengue voltou a se proliferar pelo

País

Opinião

Há décadas o País convive com o Aedes aegypti,

inseto transmissor da dengue. Segundo a

Organização Mundial da Saúde, o Brasil é um dos

30 países que mais sofrem com este “desastre

silencioso”. Agora, após dois anos de relativa

retração, o mosquito voltou a se proliferar pelo

País. O caso é especialmente alarmante,

primeiro, porque o verão se aproxima, depois,

porque desde os anos 2014 e 2015, quando a

incidência da dengue atingiu o nível de epidemia

em diversos Estados, o Aedes foi identificado

como transmissor também da febre chikungunya

e do zika vírus, que pode causar microcefalia em

bebês.

Segundo o Ministério da Saúde, houve aumento

nas incidências das três doenças. Entre janeiro e

agosto os casos de zika aumentaram 47% em

relação ao mesmo período do ano passado, com

surtos especialmente intensos no Tocantins, Rio

Grande do Norte e Alagoas. Já os casos de

chikungunya subiram 44%, avançando sobretudo

no Rio de Janeiro.

A maior propagação foi da dengue: 600%. Foi

mais de 1,4 milhão de casos de infecções, ou

seja cerca de 690 por 100 mil habitantes. Para

ter uma ideia, o indicador de epidemia da

Organização Mundial da Saúde é de 300 casos

por 100 mil habitantes. Apenas no Amazonas e

no Amapá houve redução de registros. Entre os

demais Estados, pelo menos 14 estão em

situação de epidemia. No Sul e no Sudeste a

crise é aguda. Em São Paulo a incidência foi 37

vezes (3.712%) maior. No Paraná, 36. O

Ministério da Saúde atribui a alta ao aumento das

chuvas neste ano na Região Sudeste e sobretudo

a alterações entre os 4 tipos de vírus causadores

da dengue. Nos últimos anos a circulação estava

concentrada nos tipos 1 e 3, mas neste ano

houve um surto do tipo 2, aumentando o número

de pessoas vulneráveis à infecção. Somadas, as

três doenças levaram a 650 mortes (591 por

dengue, 57 por chikungunya e 2 por zika).

Com a chegada do verão, o poder público e a

sociedade civil precisam se preparar para uma

guerra cujas batalhas, por sua própria natureza,

só podem ser vencidas em conjunto. A médio e

longo prazos, há a necessidade urgente de

investir pesadamente no saneamento, área de

infraestrutura mais precária do País, em especial

na coleta e tratamento de esgoto. Tramitam no

Congresso projetos de lei que podem destravar o

virtual monopólio das estatais e atrair

investimentos privados. É preciso agilizá-los.

Aos municípios, amparados por seus Estados e

pela União, cabe mobilizar os profissionais de

saúde e, se necessário, de segurança pública

para promover a pulverização intensiva e

extensiva, inclusive lançando mão de aviões, se

for o caso. A fumaça, porém, só mata o mosquito

adulto, não atingindo as larvas, de modo que o

essencial será realmente a conscientização da

população.

Como se sabe, a incidência concentra-se no

verão em razão das chuvas, que favorecem o

acúmulo de poças d’água. A água parada - limpa

ou suja - é o principal foco de reprodução do

inseto, de modo que o melhor meio de evitá-la é

simplesmente tampar ou esvaziar cisternas,

vasos e quaisquer outros recipientes. Trata-se de

uma guerra de tensão permanente. Mas as ações

preventivas tendem a ser, paradoxalmente,

reativas e de curto prazo. A experiência mostra

que sempre que a vigilância é relaxada os focos

voltam a se proliferar, como agora. Assim, a

colaboração da população é o elemento crucial,

mas o governo, bem como a imprensa, devem

fazer a sua parte, fomentando campanhas

ostensivas de alerta. As redes sociais podem ser

de grande valia neste esforço.

É tão alentador pensar que a melhor maneira de

eliminar a dengue, a chikungunya e a zika é

simplesmente evitar o empoçamento de água em

recipientes descobertos quanto é desesperador

constatar que, na prática, essa medida tão

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prosaica é negligenciada pela população. Os

brasileiros têm à sua frente um teste de

cidadania. A população tem contra si um inimigo

comum inequívoco. É hora de cada brasileiro

mostrar que é capaz de combater por todos, sem

precisar ir longe: o primeiro e principal campo de

batalha é a sua própria casa.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,todos-contra-o-

mosquito,70003006683

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Abjuração

Falas do presidente não são meras diatribes de

moleque, elas são inconstitucionais

Eugênio Bucci*, O Estado de S.Paulo

No dia primeiro de janeiro de 2019, em sessão

solene do Congresso Nacional, o presidente da

República enunciou de própria voz o

compromisso sem o qual não poderia assumir

nem exercer o cargo: “Prometo manter, defender

e cumprir a Constituição”. O presidente está sob

juramento. Apesar disso, dia sim, outro também,

grita palavras insultuosas para atentar contra a

essência da Constituição que prometeu manter,

defender e cumprir. O presidente é uma

abjuração ambulante e muita gente finge que

nada existe de anormal nesse quadro.

Em ostensivo repúdio ao compromisso que

firmou com a Nação e com a ordem jurídica,

diante dos olhos de todos nós e de

representantes de outros países, o cidadão que

está no mais alto posto da República não apenas

não defende os valores essenciais da Lei Maior,

como não se furta a agredi-la rotineiramente.

Muita gente releva os desaforos presidenciais

como se não passassem de distúrbios psíquicos

de uma personalidade acometida por surtos de

incontinência verbal, mas o fato é que o Brasil

vem sendo governado por alguém que vive de

metralhar declarações infamantes contra o que

há de mais precioso e pétreo na Carta de 1988.

Não, não se trata de uma opinião. Isso é fato,

não uma versão valorativa e impressionista. O

presidente da República não cumpre o juramento

que fez à Nação. A pergunta é: isso pode? Até

quando ou até que limite uma democracia pode

conviver com algo assim? Até onde a democracia

resistirá?

Antes de responder, não há de ser ocioso

relembrar o óbvio. Como existe muita gente,

muita gente mesmo, simulando ver normalidade

quando olha para a avalanche de absurdos que

conspiram contra as garantias fundamentais, é

legítimo e necessário esclarecer os fatos e dar os

nomes devidos ao que se passa.

O primeiro ponto é recordar que há um consenso

sobre o qual se assenta a Constituição de 1988.

Gastamos mais tempo falando das imperfeições

da Carta, que são numerosas. Reclamamos a

toda hora das contradições e dos anacronismos

que existem nela e, por descuido ou

apressamento, não valorizamos devidamente

que, por baixo de incongruências e asperezas,

existe, sim, um consenso valioso e insubstituível

que percorre a integralidade do texto. Esse

consenso é a vontade nacional de erigir um

Estado alicerçado na cidadania, na dignidade da

pessoa humana, no pluralismo político, na

erradicação da pobreza e dos preconceitos de

origem, raça, sexo, cor ou idade, na prevalência

dos direitos humanos, na defesa da paz e na

cooperação entre os povos para o progresso da

humanidade.

Em resumo, a Constituição de 1988 é produto de

um consenso que se corporifica na recusa

unânime e categórica à censura, à tortura e à

ditadura. É claro que muito se pode mudar na

Constituição que aí está. Só o que não se pode

mudar é seu fundamento essencial (seu espírito

primordial). A volta da tortura, da ditadura, da

censura, assim como a volta da escravidão, é

inaceitável. A Carta de 1988 encarna e dá

consequências jurídicas e políticas ao repúdio ao

arbítrio e à violência, em favor dos direitos

humanos, da liberdade e da democracia.

O nosso problema é que sempre que acha uma

brecha, e mesmo quando não acha, o presidente

sai por aí aos berros elogiando torturadores

notórios (chamou a um deles de “herói

nacional”), estimulando a censura a filmes e

obras de arte, investindo contra órgãos de

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imprensa, xingando empresas de comunicação,

intimidando jornalistas, nominalmente, e

distribuindo agressões no plano das relações

internacionais (dia desses enalteceu a tortura e a

morte do brigadeiro Alberto Bachelet pela

ditadura chilena, em 1973, alegando que o golpe

de Pinochet teria livrado o Chile de se converter

“numa Cuba”).

É inacreditável como tantos ainda não emitem

sinais de incômodo. Para esses, tudo se resume

ao estilo falastrão de uma autoridade mal-

educada, como se as bravatas fossem um “mal

menor” num país que “precisa de reformas”. É

realmente inacreditável e alarmante. Temos de

parar com tergiversações. Essas falas do

presidente da República não são meras diatribes

de moleque. Elas são, numa palavra,

inconstitucionais. Não podem ser aceitas ou

toleradas, pois ferem a normalidade democrática.

Tentemos pensar por analogias. O que

aconteceria na Alemanha se de repente Angela

Merkel desse para glorificar a memória de Hitler?

Como a sociedade civil alemã reagiria se a

chanceler declarasse que o nazismo serviu para

evitar que os comunistas tomassem o poder? Ela

certamente cairia. Na Alemanha o repúdio ao

nazismo e ao holocausto é a origem essencial da

democracia. Por isso, em seus pronunciamentos

Angela Merkel defende a liberdade e os direitos

humanos. No Brasil a origem essencial da

democracia está no repúdio à ditadura militar, à

censura e à tortura como prática de Estado.

Acontecer que o presidente brasileiro, em vez de

manter e defender a democracia, não se cansa

de fazer apologia de torturadores e ditadores.

Até quando vamos fazer de conta que isso é

normal?

Muita gente especula se há cálculo nos

impropérios inconstitucionais do presidente: ele

faz o que faz (fala o que fala) por despreparo ou

por estratégia? A verdade é que pouco importa,

embora não existam indícios confiáveis de que o

personagem em tela disponha de habilidades de

enxadrista político. O que importa é que, de fato,

o mandatário segue à risca uma cartilha belicosa,

xenófoba, homofóbica, militarista, antipolítica,

anti-intelectual, anticientífica e dada a

exacerbações de fundamentalismos religiosos

moralistas. Essa cartilha, que é também

hipernacionalista, embora preste vassalagem a

uma única potência estrangeira, preconiza a

transformação do Estado numa delegacia de

polícia política.

Ora, o nome dessa cartilha é fascismo. De

propósito ou por instinto, não faz diferença, o

discurso violento que está no poder ataca a

democracia porque prefere outro modelo: um

tipo amesquinhado de fascismo. Mesmo assim,

muita gente acredita que está tudo direito.

*JORNALISTA, É PROFESSOR DA ECA-USP

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,abjuracao,70003006706

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Tributação em números

Do ponto de vista federativo, as ‘reformas’

alardeadas representam um retrocesso

José Serra*, O Estado de S.Paulo

12 de setembro de 2019 | 03h00

A reforma tributária tem sido apregoada como o

principal instrumento para reequilibrar o

chamado pacto federativo. Consta que seu

principal objetivo é promover a descentralização

de receitas da União para Estados e municípios.

Mas as evidências disponíveis mostram que do

ponto de vista tributário o Brasil é o país

federativo mais descentralizado do mundo! Essa

posição, boa ou ruim, foi consequência direta do

pacto social e político que esteve por trás da

Assembleia Nacional Constituinte de 1988.

Os números são inquestionáveis. De acordo com

a Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE), Estados e

municípios brasileiros se apropriam de 56,4% da

arrecadação interna de impostos. Em média,

essa participação é de 30,9% nos países

federados situados em nossa faixa de renda e de

49,5% entre os mais ricos.

A esses dados poderíamos acrescentar: mais de

53% dos impostos federais no Brasil retornam

aos Estados e municípios em benefícios

previdenciários e assistenciais, abono salarial ou

seguro-desemprego. Ou seja, outros 23% da

arrecadação total se somam aos recursos

destinados diretamente a essas esferas da

Federação, o que produz uma descentralização

de 79,5% das receitas totais. A maior do mundo!

Diante dos números disponíveis, torna-se difícil

acreditar que estejamos sofrendo um agudo

desequilíbrio no pacto federativo, ao contrário do

que tem sido sempre alardeado. De fato, o pacto

prevalecente representa uma conquista da

sociedade brasileira que precisa ser preservada.

Isso exige múltiplos esforços. Na Federação

brasileira ainda proliferam casos de dependência

e irresponsabilidade fiscal. Nosso país continua

desigual e tem sofrido alguma piora em

indicadores relevantes, como o índice de

concentração de renda.

Note-se que uma descentralização adicional de

receitas sem condicionantes adequados pode

criar ineficiências que corrompem a qualidade do

gasto público e a própria autonomia dos entes

federativos. Alguns indicadores a esse respeito

são a baixa arrecadação municipal nas bases do

IPTU e do ISS e a ociosidade de recursos

destinados a projetos específicos, inclusive de

emendas parlamentares.

Ou seja, alguns Estados e municípios parecem

estar abdicando de exercer bem a competência

de tributar e de executar investimentos, ambos

fundamentais para sua plena autonomia. Ao

contrário, estão dando prioridade a gastos

correntes custeados majoritariamente pelas

transferências que recebem da União, ampliando

a dependência desses recursos.

Essa dependência crescente se inscreve no

contexto de uma elevada irresponsabilidade

fiscal, que veio à tona com a grave recessão,

evidenciada por folhas de pagamento inchadas e

má qualidade dos serviços públicos. Tal cenário

criou um ambiente político-institucional propício

ao socorro de Estados e municípios pela União,

sobretudo em momentos de queda de

arrecadação e das respectivas transferências. E

vai se criando um círculo vicioso de dependência

e indulgência em relação à irresponsabilidade

fiscal.

O aumento das desigualdades também preocupa.

Após longa recessão, o Brasil superou a África do

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Sul como o mais desigual dos países que abrigam

as 20 maiores economias, de acordo com o índice

de Gini. Nosso sistema tributário reforça esse

quadro em razão de sua alta regressividade.

As pessoas mais pobres são as que gastam a

maior parte da renda em impostos elevados que

incidem em alimentos, energia elétrica, gás,

medicamentos, telefonia e transporte.

Já as “reformas” propostas, em vez de

enfrentarem a regressividade, fazem o oposto:

aumentam a carga tributária sobre alimentos e

serviços básicos, que afetam a todos. Há quem

diga que esse aumento é mais relevante sobre a

classe média, consumidora de serviços, mas

esquecem que os serviços são a principal fonte

de renda para as classes mais pobres e regiões

menos desenvolvidas, que sofrerão

desproporcionalmente com a queda da demanda

e, logo, da renda.

Do ponto de vista federativo, as “reformas”

alardeadas também representam retrocesso. Por

concepção, impedem que os entes federativos

promovam políticas de desenvolvimento ou de

estímulo a seus mercados via tributos, minando

sua autonomia para concorrer e se

autodeterminar preconizada na Carta.

Essa visão míope, de defender o aumento da

produtividade apenas do ponto de vista de

cadeias produtivas, desconsidera a enorme

ociosidade presente na economia, especialmente

humana, e o amplo potencial de desenvolvimento

regional.

Sob a ótica da otimização econômica, seria muito

mais eficiente ocupar o capital humano e

desenvolver o potencial das regiões,

multiplicando as externalidades positivas e

difusas, do que concentrar-se em otimizar

localmente cadeias produtivas já estabelecidas.

Reconhecendo esse desequilíbrio regional e

social, que seria mantido e até estimulado, as

“reformas” encarregam o Congresso de promover

as ações políticas “mitigadoras”, em especial a

ampliação das já robustas transferências e

equalizações regionais.

Ora, isso fomentaria as ineficiências e a

irresponsabilidade fiscal nos federativos, além de

ampliar a dependência destes com a União,

perpetuando o círculo vicioso. Estaríamos

reforçando os traços do colonialismo centenário,

em que a União manteria e ampliaria o status

quo, representado por regiões desenvolvidas e

subdesenvolvidas, todos inseridos numa espiral

de dependência e irresponsabilidade fiscal que

seguiria deteriorando toda a Federação.

E as regiões subdesenvolvidas se manteriam

dependentes de equalizações definidas na arena

política do Congresso, mas sem poderem – ou

mesmo quererem – concorrer e produzir

plenamente. Assim, privaríamos essas

localidades da autonomia e dos incentivos

necessários para se desenvolverem, no esplendor

de produzirem o próprio sustento e se libertarem.

*SENADOR (PSDB-SP)

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,tributacao-em-numeros,70003006699

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Em um mundo inundado por plásticos, uma

fábrica gigante surge nos EUA para produzir

ainda mais

Projeto em construção vai produzir 1 milhão de

toneladas por ano de peças plásticas que serão

transformados em produtos como capas de

celular e embalagens de alimentos

Michael Corkery, The New York Times

MONACA, Pensilvânia - A propriedade de 156

hectares parece um Lego gigante às margens do

Rio Ohio. É um dos projetos de construção mais

ativos nos Estados Unidos, empregando mais de

5 mil pessoas. Quando concluída, a fábrica será

alimentada por dutos de centenas de quilômetros

através dos Apalaches. Terá sua própria ferrovia,

com 3.300 vagões de carga. E produzirá

anualmente mais de 1 milhão de toneladas do

que muitas pessoas afirmam que o mundo menos

necessita: plástico.

Enquanto aumentam as preocupações com os

resíduos plásticos no oceano e a reciclagem

sendo feita cada vez menos nos Estados Unidos,

a produção de novos plásticos explode. A fábrica

que a Royal Dutch Shell vem construindo a 40

quilômetros a noroeste de Pittsburgh, produzirá

minúsculos pellets que serão transformados em

produtos como capas de celular, peças para

automóveis e embalagens de alimentos, e tudo

isso será descartado depois de servirem ao seu

objetivo.

Fábrica de plástico nos EUA

A nova fábrica de plástico da Royal Dutch Shell,

no Estado americano da Pensilvânia. Foto: Ross

Mantle/The New York Times

A fábrica é uma das mais de uma dezena de

manufaturas que vêm sendo criadas ou

propostas em todo o mundo por companhias

petroquímicas como Exxon Mobil e Dow,

incluindo várias em Ohio, na Virgínia Ocidental e

na Costa do Golfo. Depois de décadas de

empregos na indústria americana indo para o

exterior, a ascensão do setor petroquímico vem

provocando entusiasmo.

“Nós entendemos que o plástico, em muitas das

suas formas, é bom e pode ser um bem para a

humanidade”, disse Hilary Mercer, que

supervisiona o projeto de construção da Shell.

O boom é impulsionado em parte pela

popularidade do plástico como material versátil e

barato que mantém frescos os chips de batatas e

torna os carros mais leves. Mas em áreas da

região dos Apalaches, ele também é alimentado

pela superabundância de gás natural.

Faz 15 anos desde que o fraturamento hidráulico

se impôs na Pensilvânia, localizada numa imensa

área de reservas de gás, Marcellus Shale. Mas os

preços do gás natural despencaram e o lucro

passou a ser buscado em outros produtos, ou

seja, no etano, subproduto do gás natural que é

liberado durante o fraturamento hidráulico e

pode ser transformado em polietileno, um tipo

comum de plástico.

Esse é um lugar onde, neste momento, o plástico

faz sentido para muita gente. Para os sindicatos

que conquistam novos membros. Para a terceira

maior companhia do mundo que enfrenta uma

queda nos preços do petróleo. E para as

autoridades do antigo governo que, na busca de

novos empregos para seus cidadãos, ofereceram

à Shell uma das maiores isenções de impostos na

história do Estado. Mas o bem a curto prazo pode

resultar em custos ao longo do caminho.

Segundo a Shell, grande parte do plástico

produzido na fábrica será usado para carros

econômicos e instrumentos médicos. Mas o setor

reconhece que alguns sistemas de eliminação de

resíduos adotados em todo o mundo não

conseguem eliminar outras formas de plástico

como o das garrafas de água, sacos plásticos

usados em supermercados e recipientes para

alimentos descartados pelos consumidores.

Estudos detectaram fibras de plástico nos

estômagos de baleias, na água de torneira e no

sal de cozinha. Um pesquisador na Inglaterra diz

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que o plástico ajudaria e definir a mais recente

camada da crosta terrestre porque ela leva muito

tempo para se romper e há muito plástico

envolvido nisso.

“O plástico realmente não desaparece”, afirmou

Roland Geyer, professor de ecologia industrial na

universidade da Califória. “Ele se acumula e

acaba nos lugares errados. E não sabemos as

implicações no longo prazo de ter todo esse

plástico no ambiente natural. É como um

experimento global gigantesco e não

conseguiremos simplesmente pôr um fim no

processo se algo der errado.”

Parte de uma jornada

As raízes dessa fábrica ultramoderna da Shell

remontam a centenas de milhões de anos,

quando a área estava ocupada por um amplo

mar interior. Com o tempo a terra mudou e o

mar foi coberto por rochas que comprimiram os

organismos mortos e sedimentos que se

assentaram no fundo aquoso formando camadas

de hidrocarbonetos, incluindo aqueles que

formam o gás natural.

Hilary Mercer passou 32 anos viajando pelo

mundo para a Shell - no sul do Iraque e na

Rússia oriental - ajudando a transformar esses

hidrocarbonetos encontrados nas profundezas da

Terra em energia. Hoje Hilary, engenheira

inglesa Formada em Oxford, trabalha num

edifício de tijolos vermelhos em Beaver,

Pensilvânia.

Fábrica de plástico nos EUA

As pequenas peças de plástico, do tamanho de

um grão de arroz arbóreo, que serão produzidas

na fábrica da Shell. Foto: Ross Mantle/The New

York Times

A planta que ela veio construir é imensa, disse.

Quando concluída ela consumirá vastas

quantidades de etano retirado de poços na

Pensilvânia transformada num enorme forno. O

gás superaquecido é resfriado, formando pellets

sólidos do tamanho de um grão de arroz arbóreo.

O processo é concluído em 24 horas.

Na opinião da engenheira, esse é um avanço

positivo para o meio ambiente. Criar mais

plástico, diz ela, reduz as emissões de carbono,

pois é possível fabricar carros e aviões mais leves

e mais econômicos. “Você tem plástico nas

turbinas das aeronaves e também nos painéis

solares.”

Ainda segundo Hilary, “a capacidade de fazer

coisas renováveis depende até certo ponto dos

plásticos e materiais químicos que produzimos.

Não vejo contradição nisso. Vejo como parte de

uma jornada”.

E a jornada da Shell no caso do plástico foi

impelida por uma necessidade de gerar lucros

num momento em que suas operações de base -

produção de petróleo e gás - sofrem com os

preços persistentemente baixos. É também uma

maneira de o setor energético se proteger contra

o consumo em queda da gasolina, à medida que

os carros se tornam mais econômicos ou movidos

a eletricidade.

Uma grande demanda de plásticos vem das

montadoras e produtoras de bens de consumo

como os expostos na imitação de loja no saguão

dos escritórios da Shell na Pensilvânia: copos de

plástico, fraldas e rolos de papel-toalha

embrulhados em plástico.

Há também pilhas de folhetos, intitulados Shell

Polymers “Constitution”, onde está escrito:

“Fomos atraídos para Beaver Valley pelo desejo

de fazer parte de algo maior do que nós - para

deixar um legado de proteção, inovação e

sucesso para as futuras gerações”.

Hilary Mercer disse que o problema com o

plástico não é sua produção, mas o descarte

inadequado dos resíduos de plástico.

”Acreditamos piamente na reciclagem”, disse.

A Shell está envolvida numa ampla campanha do

setor para limpeza das maiores fontes no mundo

de resíduos de plástico. E em Beaver County, a

companhia recentemente fez doações em

dinheiro para ampliar as horas de abertura do

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centro de reciclagem local e vem apoiando outras

iniciativas que no seu entender contribuirão para

uma “economia circular”.

Mas uma economia circular ainda não se

implantou em Beaver. Como muitas regiões do

país, o condado teve de limitar o tipo de

embalagens plásticas para reciclagem porque

poucas pessoas desejam redirecioná-los.

“Estamos buscando soluções de longo prazo”,

disse a porta-voz do centro de reciclagem. /

TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

https://economia.estadao.com.br/noticias/negoci

os,em-um-mundo-inundado-por-plasticos-uma-

fabrica-gigante-surge-nos-eua-para-produzir-

ainda-mais,70003006449

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Gastos com ações de gestão ambiental do

País despencam neste ano

Ações de planejamento de políticas do Ministério

do Meio Ambiente receberam somente R$ 1

milhão neste ano; estratégias de controle de

desmatamento tiveram menos de R$ 20 mil e o

fundo sobre mudança do clima não teve nenhum

empenho

Giovana Girardi

Nos primeiros oito meses de governo Bolsonaro,

as ações de gestão da política ambiental do País

praticamente pararam. Análise orçamentária do

Ministério do Meio Ambiente (MMA) mostra que a

administração direta reservou (empenhou), até o

dia 6, R$ 1,17 milhão para as chamadas ações

finalísticas – ou seja, os objetivos principais da

pasta: planejamento de políticas e

gerenciamento. Para comparação, no ano

passado foram empenhados R$ 35,6 milhões

para o mesmo fim.

Os dados obtidos pelo Estado são do Sistema

Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop),

da Secretaria de Orçamento Federal. No início do

ano, a pasta tinha um gasto autorizado para

essas ações de R$ 25,2 milhões e sofreu um

contingenciamento de R$ 15,5 milhões, mas

ainda havia quase R$ 10 milhões disponíveis.

Nesse ritmo, o ministério caminha para ter o

menor valor empenhado para essas ações dos

últimos quatro anos.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio

Ambiente informou que houve uma redução do

orçamento de 25 milhões para 8 milhões. A”

diferença de 17 milhões se refere a emendas

coletivas que não se confirmaram”, afirmou a

pasta. Disse também que o “valor a ser

empenhado até o final do ano está previsto nos

editais que estarão concluídos e disponíveis em

setembro e outubro” e que a “a execução neste

exercício ficará próxima de 96%, como nos anos

anteriores”.

Também afirmou que “parte das despesas

previstas foi convertida em recursos para a

estrutura do Núcleo de Conciliação Ambiental e

despesas de atividades de fiscalização e controle

do Ibama”. A pasta declarou ainda que em

relação às despesas administrativas, “vem

renegociando todos os valores dos contratos,

desde o início do exercício.”

Dentro do valor autorizado para as ações da

pasta, estavam previstas 16 linhas de atuação,

como políticas e estratégias de prevenção e

controle do desmatamento; ações contra

mudanças climáticas; e agenda ambiental

urbana, entre outras.

Apesar de a maior parte do orçamento do MMA

ser alocada para suas autarquias – Ibama e

ICMBio, que, juntos, têm quase R$ 400 milhões

de verba autorizada neste ano para suas ações

finalísticas –, é a administração direta que faz a

formulação de políticas que esses órgãos vão

depois executar.

Para especialistas que analisaram a execução do

orçamento deste ano, isso indica uma paralisia

de planejamento da pasta.

“O MMA é o órgão central do sistema ambiental,

a quem cabe planejar, coordenar, supervisionar e

controlar, por determinação legal, a política

nacional do meio ambiente. Problemas no início

da gestão são esperados, mas não a baixíssima

execução nas ações finalísticas. Os recursos do

MMA para suas próprias atividades não pesam

tanto no orçamento federal, deveriam estar

liberados e com a execução em dia”, comenta

Suely Araújo, que presidiu o Ibama durante o

governo Temer.

Uma das ações previstas, as políticas e

estratégias de prevenção e controle do

desmatamento receberam até o momento R$

19,1 mil – estavam autorizados para esse fim R$

253 mil neste ano. Em 2018, essas ações tiveram

um empenho de quase R$ 176 mil.

No início do ano, a secretaria do MMA que lidava

com prevenção e controle do desmatamento

praticamente deixou de existir. O setor que em

tese passou a tratar desse tema – a Secretaria

de Florestas e Desenvolvimento Sustentável –

atualmente é comandado por um secretário

substituto que acumula também o cargo de

secretário de Qualidade Ambiental e tem seis

cargos de chefia vagos.

O controle do desmatamento na Amazônia não

depende apenas dessa verba do ministério. A

fiscalização é feita pelo Ibama. Mas era do

Departamento de Florestas e Combate ao

Desmatamento, que não existe mais, que vinham

as diretrizes para lidar com o problema no País.

“O Ibama cumpre as ordens que vêm das

políticas feitas pelo ministério e isso

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praticamente não existiu nesse ano”, comenta

um técnico do Ibama em condição de anonimato.

Também cabia ao setor apontar estratégias para

desenvolver a chamada economia florestal – uma

das bandeiras do ministro Ricardo Salles. Em

entrevista ao Estado no final de agosto, ele

defendeu, por exemplo, que é preciso “encontrar

uma maneira inteligente de tratar a questão, que

reconheça a importância da sustentabilidade, da

conservação, do cuidado ambiental, mas dê

dinamismo econômico em escala e em impacto

suficiente para toda aquela população”.

A análise do orçamento indica que o

planejamento de estratégias de fomento para

atividades produtivas na floresta foi paralisado.

Além dos valores, relatos de servidores que

trabalham no ministério também apontam para

isso. O novo departamento, que agora é só de

florestas (não tem mais o combate ao

desmatamento no nome), ficou até julho sem um

diretor. “O departamento acabou, o novo ficou

meses sem secretário, e os recursos para ele não

foram usados”, resume um servidor ouvido em

condição de anonimato.

Em relação aos valores do Ibama para o controle

do desmatamento do Ibama, com o

contingenciamento, ficaram disponíveis pouco

mais de R$ 87 milhões para a fiscalização

ambiental de todo o País, dos quais R$ 67

milhões já foram empenhados pela autarquia. No

ano passado foram empregados nesta ação

orçamentária do Ibama R$ 89 milhões.

Oficialmente, o desmatamento é considerado um

problema mais amplo dentro do governo, sendo

alvo de ações de 12 ministérios dentro do Plano

de Ação para Prevenção e Controle do

Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm),

mas esse plano também está parado. O único

eixo ativo, de monitoramento e controle

ambiental, com a atuação do Inpe e do Ibama,

vem sofrendo duros ataques no atual governo.

“O governo tem até o final do ano para fazer o

empenho, mas essa baixa execução foi precedida

da extinção do departamento que comandava o

controle do desmatamento. Parece que a pasta

perdeu a capacidade gerencial do problema”,

afirma João Paulo Capobianco, vice-presidente do

Instituto Democracia e Sustentabilidade. Ele foi

secretário de Biodiversidade e Florestas e

secretário-executivo do ministério, durante a

gestão de Marina Silva à frente da pasta (2003 a

2008).

“O governo ignorou alertas do Deter (do Inpe) e

só aplicou 7,5% do pouco recurso que tinha até

agora para políticas de desmatamento. Então a

alta que estamos vendo no campo não pode ser

considerada como um incidente. Só poderia dar

nisso”, complementa.

Sem ação contra mudanças climáticas

O empenho do Ministério do Meio Ambiente até

agora foi zero em sete ações finais, como a de

redução da vulnerabilidade aos efeitos da

desertificação, da seca e das mudanças

climáticas. A ação tinha um gasto autorizado de

R$ 1 milhão.

Ainda nesta área, as iniciativas para a

implementação da política nacional sobre

mudança climática, que tinham recebido uma

autorização de gasto de R$ 10,4 milhões – e

sofreram um contingenciamento de R$ 9,9

milhões –, tiveram um empenho de R$ 122 mil.

Logo no início do ano, o presidente Jair

Bolsonaro, ao modificar o organograma de vários

ministérios, extinguiu a área que cuidava no

tema no ministério pelo decreto 9.672, de 2 de

janeiro de 2019 – é a mesma secretaria que

cuidava do controle do desmatamento. Salles

prometeu criar uma assessoria especial para o

tema no gabinete, o que ainda não ocorreu.

O MMA também deveria entregar neste ano um

plano para implementar as metas brasileiras de

redução de emissões de gases de efeito estufa

estabelecidas no âmbito do Acordo de Paris, o

que também não ocorreu ainda.

A questão climática foi afetada também no que

se refere ao Fundo Nacional sobre Mudança

Climática, uma unidade orçamentária própria

dentro do ministério (ou seja, aparece à parte

das ações finais). O fundo teve um aporte

autorizado de R$ 8 milhões, mas nenhuma

quantia foi empenhada neste ano.

Agenda urbana

Também considerada prioritária por Salles, a

agenda ambiental urbana foi paralisada. Dos R$

665 mil autorizados, foram empenhados, até dia

6, R$ 307,66. Dentro da agenda urbana há

também baixo empenho no fomento à melhoria

da qualidade ambiental – R$ 87 mil diante de

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uma verba autorizada de pouco mais de R$ 1

milhão.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos também

teve pouco recurso. Haviam sido autorizados R$

7,4 milhões. A ação sofreu um grande

contingenciamento – de R$ 5,6 milhões – e, do

R$ 1,7 milhão que restou, foi empenhados até o

momento pouco mais de R$ 463 mil. Este foi o

mais alto empenho das ações finais neste ano.

Por outro lado, foram empenhados R$ 46,4

milhões na administração da unidade, ou seja,

basicamente os gastos administrativos, que não

são nem as ações finais nem os salários dos

servidores. É valor usado, por exemplo, para

aluguel do prédio, segurança, terceirizados

(como copeiros, faxineiros), reformas, conta de

luz, material de escritório.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a

mbiente-se/gastos-com-acoes-de-gestao-

ambiental-do-pais-despencam/

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Divisão do ICMBio refuta dados de auditoria

interna sobre consumo de carros

sucateados

Em ofício, unidade de finanças do órgão afirma

que não teria como registrar um gasto anual de

R$ 39 milhões, como aponta a auditoria, porque

o limite do investimento anual com combustível e

manutenção é de pouco mais R$ 15 milhões

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - A unidade de administração e

finanças do Instituto Chico Mendes de

Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao

Ministério do Meio Ambiente, rechaçou

informações apuradas por uma auditoria interna

realizada no órgão, a pedido do ministro Ricardo

Salles, e aponta uma despesa inferior com

veículos sucateados. Segundo mostrou o Estado

na sexta-feira, 6, auditoria feita a pedido do

ministro Ricardo Salles aponta que o órgão

mantém, em seus galpões espalhados pelo País,

uma frota de 377 carros inutilizados que, mesmo

assim, continuam a registrar gastos com

combustível e manutenção. A estimativa contida

nesta auditoria é de uma despesa anual de R$ 39

milhões com os veículos sucateados.

Em ofício encaminhado à Diretoria de

Planejamento, Administração e Logística do

ICMBio, a divisão contesta todas as informações

do levantamento interno. A unidade de finanças

do órgão afirma que não teria como registrar um

gasto anual de R$ 39 milhões, como aponta a

auditoria, porque o limite do investimento anual

com combustível e manutenção é R$ 15,329

milhões.

Os dados da auditoria também apontam que,

hoje, o ICMBio tem mais carros do que

servidores públicos. São 1.538 funcionários em

seu quadro em todo o País, enquanto a frota

total cadastrada é de 1.986 veículos. Dos quase

2 mil veículos, sempre segundo esse

levantamento, cerca de 40% - o equivalente a

800 carros - estão inoperantes ou subutilizados.

Destes, 377 não funcionam. Ainda assim, seus

registros apontam cobranças regulares de

consumo de combustível e de manutenção,

conforme a auditoria.

Segundo a unidade de finanças diz no ofício,

foram assinados os contratos de nº 02/2018

(Abastecimento) com um valor de R$ 7,588

milhões, com um desconto de 3,05%; e o

contrato nº 03/2018 (Manutenção) no valor de

R$ 7,740 milhões, sendo obtido um desconto de

4,06%. Ambos foram fechados com a empresa

MaxiFrota, totalizando um investimento anual de

R$15,329 milhões.

“Cabe frisar que os valores contratuais anuais

que são os nossos balizadores do gasto máximo

anual, demandam a respectiva previsão

orçamentária, não havendo a possibilidade de

realizar gastos excedentes a esse limite”, afirma

a unidade do ICMBio, em seu ofício. “É possível

verificar pelo Sistema de Gestão Contratado,

bem como pelos processos administrativos de

pagamento devidamente atestados pelos seus

respectivos fiscais de contratos, todos os valores

que foram gastos com a frota do ICMBio.”

O ofício detalha ainda os gastos anuais dos

veículos nos últimos três anos. Em 2017, foram

realizadas 2.598 manutenções, com custo de R$

6,150 milhões e R$ 4,606 milhões com

abastecimento. Em 2018, esses valores foram de

R$ 5,342 milhões com manutenção e R$ 5,985

milhões com combustível. Neste ano, as

manutenções já feitas somam R$ 4,727 milhões

e R$ 4,463 milhões, respectivamente. Nos

últimos três anos, segundo a unidade, foram

economizados ainda R$ 587 mil, após

negociações com prestadores de serviços.

O ofício aponta ainda que a frota do ICMBio

possui 545 veículos com até oito anos e outros

1.351 com mais de oito anos. “Diante de todos

os dados apresentados, é válido destacar que

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esta Unidade Avançada de Administração e

Finanças (UAAF 6 RJ) tem se empenhado em

harmonia aos princípios da legalidade, da

finalidade, da moralidade, ao molde de assegurar

o interesse público com eficiência e transparência

no desenvolvimento das atividades as quais

foram atribuídas, bem como em cumprir seu

papel de garantidora das ações fins deste

Instituto”, conclui o documento.

A análise dos inventários ainda continua,

segundo a unidade, com o objetivo de apurar o

numerário real de veículos que estão

classificados como “inservíveis”. Os valores e

quantidades se referem a todos os bens

cadastrados no sistema, incluindo os veículos de

todos os tipos, tratores, embarcações e

equipamentos.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,divisao-do-icmbio-refuta-dados-de-

auditoria-interna-sobre-consumo-de-carros-

sucateados,70003006194

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Deputado dos EUA quer impedir importação

de carne, petróleo e soja do Brasil

Em reação às queimadas na Amazônia, Peter

DeFazio apresentou projeto que prevê ainda a

proibição de uma negociação de livre comércio

entre os dois países

Beatriz Bulla, correspondente nos Estados Unidos

WASHINGTON - O deputado democrata Peter

DeFazio apresentou projeto de lei na Câmara dos

Estados Unidos, nesta terça-feira, 10, para

proibir a importação de produtos brasileiros como

carne, petróleo e soja, em resposta ao aumento

das queimadas na Amazônia. O texto também

prevê a proibição de uma negociação de livre

comércio entre Estados Unidos e Brasil.

O projeto de lei do congressista fala em proibir

ainda importações de produtos como couro,

açúcar, milho e tabaco do Brasil. Em nota

publicada no site do deputado, o democrata

critica os presidentes Jair Bolsonaro e Donald

Trump.

"O presidente Jair Bolsonaro acredita que pode

agir impunemente e acelerar a destruição da

floresta amazônica, e ele precisa saber que há

consequências reais por suas ações

imprudentes", disse.

O parlamentar alega ainda que o desmatamento

na Amazônia pode ter efeitos significativos nas

chuvas nos Estados Unidos e afetar a produção

americana.

Audiência

No mesmo dia, outros deputados americanos

discutiram em uma audiência pública a política

ambiental do governo Bolsonaro, no Comitê de

Relações Exteriores da Câmara. Os

parlamentares presentes sinalizaram, no entanto,

que negociações de um acordo comercial entre

os dois países não devem ser barradas pela crise

ambiental.

O governo Trump tem sido o mais importante

aliado de Bolsonaro no debate internacional

sobre a situação da Amazônia.

Senadores democratas chegaram a enviar uma

carta ao representante de comércio americano

pedindo a suspensão de tratativas comerciais

com o Brasil até que a situação das queimadas

na Amazônia fosse solucionada. O País e os

Estados Unidos trabalham em um acordo de

liberalização de comércio. A ideia é facilitar

trâmites, aumentar relação comercial e

investimento.

O chanceler Ernesto Araújo tem reunião no

Departamento de Estado, em Washington, nesta

semana, quando deve tratar do tema. A ideia de

um acordo de comércio tem sido desenhada

pelos dois lados, mas ainda não ganhou caráter

oficial. Os Estados Unidos costumam comunicar o

Congresso quando dão início formal às tratativas

para um acordo.

No debate desta terça-feira, no entanto, mesmo

entre democratas - oposição ao governo Trump -

, não houve sinalização de que a questão

ambiental possa ser um impeditivo para um

futuro acordo com o Brasil.

O deputado democrata Albio Sires disse não ver

a imposição de condições ao acordo como a saída

para os americanos exercerem pressão sobre o

Brasil.

"Vamos trabalhar juntos, vamos encontrar uma

solução, o que podemos fazer juntos para isso.

Nesse momento, essa (condição) não é uma boa

abordagem", afirmou Sires.

Já o deputado democrata Dean Phillips, que

também participou do debate na Comissão de

Relações Exteriores, disse a jornalistas que ainda

não tem uma posição formada sobre a

necessidade de incluir condições a respeito de

política ambiental para aprovação de um possível

acordo.

"Há desafios no uso desses instrumentos, mas

temos que olhar todas as opções", afirmou

Phillips.

Apesar disso, a economista e colunista do Estado

Monica de Bolle, uma das especialistas ouvidas

pelos deputados, pondera que acordos recentes

firmados inclusive na gestão do republicano

Trump incluíram previsões sobre proteção ao

meio ambiente. É o caso do USMCA - o novo

Nafta, renegociado entre Estados Unidos, Canadá

e México.

"Tanto do lado republicano quanto do lado

democrata existe uma preocupação grande com

essas questões de meio ambiente e, sendo

assim, qualquer acordo que venha a ser firmado

com o Brasil, seja um acordo de facilitação de

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comércio ou algo mais ambicioso, vai conter

essas normativas, essas exigências. Isso é

comércio no século 21", disse Monica.

Suspensão de compra do couro brasileiro

No fim de agosto, a VF Corporation, empresa

responsável por marcas como Timberland, The

North Face, Kipling e Vans, decidiu não seguir se

"abastecendo diretamente com couro e curtume

do Brasil para os negócios internacionais até que

haja a segurança que os materiais usados em

nossos produtos não contribuam para o dano

ambiental no País".

E, na semana passada, a H&M, segunda maior

varejista de moda do mundo, informou que parou

de comprar couro do Brasil temporariamente por

causa das preocupações ambientais ligadas aos

incêndios florestais na Amazônia.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,deputado-dos-eua-quer-impedir-

importacao-de-carne-petroleo-e-soja-do-

brasil,70003005648

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FOLHA DE S. PAULO

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VALOR ECONÔMICO CTG recorre à biotecnologia no combate ao

mexilhão

Por Rodrigo Polito | Do Rio

Segunda maior geradora de energia privada do

país, a CTG Brasil, empresa controlada pela

China Three Gorges Corporation, se inspira numa

biotecnologia adotada no combate aos mosquitos

da dengue e malária para enfrentar um problema

que afeta as hidrelétricas há quase 20 anos, mas

que vem se agravando: a presença do mexilhão-

dourado, espécie vinda da Ásia e sem predadores

naturais que causa um prejuízo anual da ordem

de R$ 400 milhões ao setor elétrico, segundo

estimativas da companhia. Dona de 17

hidrelétricas no Brasil, a CTG entra neste mês

numa nova fase de pesquisa e desenvolvimento

(P&D), na tentativa de controlar a praga em suas

usinas, em parceria com a startup de

biotecnologia e engenharia genética Bio Bureau.

Em 2006, o Valor publicou uma ampla

reportagem mostrando que o molusco,

hospedeiro da salmonela e impróprio para o

consumo humano, tinha chegado ao continente

vindo nos cascos dos navios da China que

aportavam na Argentina, onde foi encontrado

pela primeira vez em 1991 no rio da Prata. O

mexilhão afetou a primeira hidrelétrica argentina,

de Yacyretá, em 2000. No ano seguinte chegou a

Itaipu e, em 2002, provocou a parada de uma

turbina em Porto Primavera. Na limpeza do

equipamento foram retiradas quatro toneladas de

conchas. Hoje já são encontrados inclusive no

reservatório da hidrelétrica de Sobradinho, da

Chesf, na Bahia.

Quase 15 anos depois, a CTG planeja criar

mexilhões geneticamente modificados e,

posteriormente, liberá-los vivos em reservatórios

de hidrelétricas e outros locais infestados para

produzir apenas descendentes estéreis. A

expectativa é que essa solução leve à eliminação

da praga ao longo do tempo, a partir da redução

da taxa de reprodução do molusco e do combate

a sua proliferação descontrolada.

Inúmeros projetos já foram realizados por

empresas e centro de pesquisa brasileiros para

tentar combater o mexilhão. Porém, a incidência

do molusco nos rios do país é crescente e,

inclusive, pode avançar para a região amazônica.

Interessada em encontrar uma solução, a CTG

Brasil apostou no trabalho desenvolvido pela Bio

Bureau que visa combater o molusco com

biotecnologia.

"Ao invés de pensar em uma solução química,

fomos para uma solução biotecnológica", afirma

Mauro Rebelo, fundador da Bio Bureau. "Em

2013, tivemos o primeiro 'crowdfunding'

[financiamento coletivo] científico bem-sucedido

no Brasil. Levantamos R$ 40 mil para começar a

sequenciar o genoma do mexilhão".

As duas empresas começaram a trabalhar juntas

em um projeto, no âmbito do programa de P&D

da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),

em 2017. Neste mês será assinada a terceira

fase do projeto, que agora conta com outras

empresas do setor como patrocinadoras.

Considerando as três etapas do projeto, o valor

do investimento é de aproximadamente R$ 11

milhões.

"Nesta fase, a CTG Brasil estará junto com a Bio

Bureau em uma pesquisa aplicada para tentar

fazer uma edição genética objetivando o colapso

da população [de mexilhões-dourados] pela

infertilidade", conta Carlos Nascimento, gerente

de Pesquisa & Desenvolvimento da geradora.

Segundo Rebelo, a depender da evolução da

pesquisa, é possível que uma solução seja

disponibilizada ao mercado em cerca de dez

anos. "Ainda é uma incerteza muito grande em

relação a quanto tempo vai levar para essa

infertilidade efetivamente controlar a população

[de mexilhões] nos reservatórios".

A espécie causa prejuízos às empresas porque

provoca despesas com manutenção das unidades

geradoras das usinas, para a retirada do

mexilhão. Somem-se a isso as perdas de receitas

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associadas à paralisação da operação das

máquinas para o recolhimento do molusco. De

acordo com levantamento feito pelo Ibama, 49

hidrelétricas, que representam 55% da

capacidade instalada do parque gerador do país,

registraram a ocorrência do mexilhão-dourado.

"Não há um predador natural [para o mexilhão-

dourado] no Brasil, como há na Ásia", diz Rogerio

Marchetto, gerente de Meio Ambiente da CTG

Brasil. "Ele adere a tudo. Nas hidrelétricas, adere

às tubulações, principalmente nas que fazem

parte do resfriamento da água da usina. Ele pode

acabar entupindo as tubulações e diminuindo a

eficácia desses sistemas."

O especialista lembra que além da usina, a praga

causa impactos no reservatório, afetando

atividades de lazer e o uso múltiplo da água. Em

2001, por exemplo, as conchas entupiram os

canos de distribuição de água e quase

provocaram o colapso do abastecimento em

Porto Alegre. Na época, foram usados

contêineres para retirada dos moluscos.

https://www.valor.com.br/empresas/6431725/ct

g-recorre-biotecnologia-no-combate-ao-mexilhao

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MME espera aval do TCU para leilão ainda

este mês

Por Rafael Bitencourt | De Brasília

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, disse ontem que o Tribunal de

Contas da União (TCU) deve liberar os estudos

do megaleilão de petróleo até fim deste mês.

O certame, previsto para 6 de novembro,

oferecerá às grandes petroleiras o direito de

explorar o volume excedente aos 5 bilhões de

barris do contrato da cessão onerosa, firmado

com a Petrobras em 2010. O edital, publicado na

última semana pela Agência Nacional do Petróleo

(ANP), colocará em disputa quatro blocos na

bacia de Santos.

Ao sair de audiência pública na Câmara,

Albuquerque confirmou que passou a tarde de

terça-feira reunido com os ministros do TCU para

tratar do assunto. O encontro contou com a

presença do relator do processo, o ministro

Raimundo Carreiro. De acordo com o ministro de

Minas e Energia, a ida ao tribunal serviu para

apresentar os aprimoramentos feitos a partir da

análise do relatório elaborado pela equipe técnica

do órgão de controle.

Sobre a proposta de emenda à Constituição

(PEC), que garante a divisão de recursos do

megaleilão com Estados e municípios,

Albuquerque disse que está em "diálogo

permanente" com as lideranças do Congresso.

Ele afirmou que os presidentes da Câmara,

Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP), "têm a percepção" da

importância de realizar o megaleilão ainda neste

ano.

Além de permitir que seja repartido o dinheiro

arrecadado no certame com outros entes da

federação, a PEC possibilitaria o pagamento à

Petrobras de R$ 33,6 bilhões - valor acertado na

revisão do acordo de cessão onerosa, em abril.

Para isso, o governo pretende usar parte dos R$

106 bilhões a serem cobrados na venda dos

quatro blocos de petróleo para pagar a estatal.

https://www.valor.com.br/brasil/6431749/mme-

espera-aval-do-tcu-para-leilao-ainda-este-mes

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Incertezas preocupam o setor de petróleo e

gás na Argentina

Por Marsílea Gombata e Marina Guimarães | De

São Paulo e de Buenos Aires

O setor de petróleo e gás de xisto na Argentina

vive um momento de incerteza, poucos meses

depois começar a deslanchar. Medidas adotadas

recentemente pelo presidente Mauricio Macri e o

discurso ambíguo de Alberto Fernández, favorito

para vencer a eleição em outubro, lançam

dúvidas sobre o futuro do setor, que é visto como

um dos principais legados positivos do governo

atual.

A produção no campo de Vaca Muerta começou a

crescer nos últimos meses e deve levar a

Argentina a ter superávit na conta de petróleo e

gás no ano que vem. Mas o momento favorável

das empresas que investem na reserva pode

estar ameaçado. Em agosto, depois da derrota

nas primárias, Macri anunciou congelamento do

preço de combustíveis, o que desagradou as

companhias. Na semana passada, Fernández fez

declarações pouco amistosas às empresas

estrangeiras que operam no país.

O congelamento, afirma Marcelo García, diretor

da consultoria Contexto Consultores, deixa o

próximo governo em uma situação difícil, de ter

de escolher entre manter os preços congelados e

aliviar o bolso dos eleitores ou reajustar os

preços, atendendo a demanda das empresas. "No

curtíssimo prazo, o próximo governo deve

priorizar os eleitores", acrescenta. Isso aumenta

a insegurança das empresas

O governo fixou o preço do barril de petróleo em

US$ 42, ante US$ 62 da cotação no mercado

internacional. "Essa diferença de US$ 20 é

insustentável, e ninguém vai continuar

investindo. As companhias terão manejo de

capital muito disciplinado e o 'fracking'

[fraturamento hidráulico, a técnica para explorar

o xisto] esperará novas definições", disse uma

fonte da equipe econômica de Fernández.

Segundo fonte próxima à estatal YPF, a medida

tabelou o preço para produtores (como V ista Oil

& Gas, Tecpetrol, Chevron, Exxon) e deixou

margem de lucro maior para as que operam no

setor de refino (como YPF, Shell, Axxion ) com o

objetivo de manter o preço ao consumidor final.

Atualmente, as produtoras arcam com 90% do

custo do congelamento, e as empresas do setor

de refino com 10%.

O governo Macri, porém, não parece disposto a

resolver o imbróglio antes do primeiro turno da

eleição, em 27 de outubro. "Se a eleição

confirmar a vitória de Alberto, por que Macri vai

resolver isso? Vai deixar para que o próximo

governo se vire com o problema. O que Macri

quer é garantir o preço até novembro", diz a

fonte. "Se o congelamento ultrapassar o período

de seis meses, será complicado. Seremos

obrigados a rever os investimentos, inclusive na

estatal."

Um executivo de uma empresa produtora que

atua em Vaca Muerta diz que as empresas

continuam operando, mas estão preocupadas

porque pensavam que o congelamento de Macri

era provisório e não sabem o que Fernández fará.

Se ele ampliar o prazo, será interpretado como

uma mensagem sobre a futuro política de

governo.

Em 2003, quando Fernández era chefe de

gabinete do então presidente Néstor Kirchner,

lembrou o executivo, o país tinha superávit

energético de US$ 6 bilhões, mas logo vieram o

congelamento das tarifas e o aumento dos

impostos às exportações, que levaram empresas

a engavetar investimentos. Em 2011, o país teve

que importar US$ 15 bilhões em gás e petróleo,

gerando o maior déficit no setor.

Além do congelamento dos preços de petróleo,

comentários feitos por Fernández recentemente

também acenderam um alerta sobre o futuro de

Vaca Muerta. "Não tem sentido ter petróleo se,

para extrai-lo, tem que deixar que as

multinacionais venham e o levem", disse

Fernández em visita ao Parlamento espanhol, na

semana passada.

Assim que retornou à Argentina, nesta semana,

tentou reduzir a polêmica. "Só digo que seria

muito melhor para nossos países ter

desenvolvido nossa própria tecnologia porque

teríamos aproveitado melhor nossas riquezas",

disse Fernández, ao ressaltar que respondeu a

uma pergunta sobre tecnologia e não sobre

petróleo.

Cotado para o ministério da Fazenda em um

governo Fernández, Guillermo Nielsen disse em

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Data: 12/09/2019

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Grupo de Comunicação

entrevista ao Valor no mês passado que a ideia é

reduzir o imposto de renda das empresas em

Vaca Muerta de 35% para 20%. Apesar disso e

da tentativa de Fernández de remediar, a

declaração da semana passada rememorou o

governo de Cristina Kirchner, vice de Fernández

na chapa, que expropriou a petrolífera YPF, antes

controlada pela espanhola Repsol. A medida

afugentou o capital estrangeiro do setor de

energia da Argentina.

"O nível de incerteza aumentou nos últimos

dias", afirma Aditya Ravi, da consultoria Rystad

Energy. "Vimos a produção crescer muito nos

últimos nove meses, e para que isso continue é

preciso dar continuidade a políticas pró-

investimentos dos últimos anos. Se isso

continuará, contudo, é incerto."

Hoje Vaca Muerta é tida como potencial motor

econômico do próximo governo, afirma Jimena

Blanco, da consultoria de risco político Verisk

Maplecroft. "É a principal fonte capaz de prover o

fluxo de divisas das quais a Argentina necessita

para estabilizar o peso e a economia", diz, ao

ressaltar que a grande pergunta é o que

acontecerá com o congelamento de preços que

Macri implementou.

O ambiente macroeconômico do país não deixa

margem para o próximo governo manter os

preços congelados, afirma Esteban Kipper, ex-

vice-presidente da Cammesa (responsável pela

comercialização de energia elétrica na Argentina)

e diretor da consultoria Economia e Energia.

"Diante de uma situação fiscal tão delicada, não

creio que haja espaço para subsídios para

empresas de energia, como havia antes de Macri

chegar ao poder", diz. Ele avalia que será difícil o

governo manter o congelamento de preços de

combustível e também de tarifas de eletricidade

e gás - como Macri determinou até novembro.

Em reunião de parte da equipe de Fernández com

empresários do setor de energia elétrica, no mês

passado, foi proposta mudança no reajuste de

tarifas. "Hoje as tarifas de gás e luz são

reajustadas segundo a inflação ao produtor, que

acompanha a valorização do dólar em relação ao

peso, enquanto os salários crescem abaixo

disso", afirma fonte da equipe econômica de

Fernández. "O que se propôs na reunião foi a

'desdolarização' dessas tarifas, mas não congelá-

las."

Uma das primeiras medidas que Macri tomou ao

chegar ao poder foi reajustar as tarifas de

energia. O que os consumidores pagam na conta

de luz hoje cobre 62% do custo de geração de

energia, sendo o restante coberto por subsídios.

Há um ano, o total pago pelos consumidores

cobria 40%, segundo relatório do Instituto

Argentino de Energia General Mosconi.

O total de subsídios do governo para manter as

tarifas de gás e luz praticamente sem reajustes

passou do equivalente a 3% do PIB em 2015 -

quando Macri assumiu - para 1,5% do PIB.

"Não creio que um governo Fernández mudará

muita coisa em relação a isso. Não há espaço

para aumentar os subsídios, mas ele tampouco

pode permitir um reajuste total, porque estará

preocupado em reduzir a inflação", conclui

García.

https://www.valor.com.br/internacional/6431815

/incertezas-preocupam-o-setor-de-petroleo-e-

gas-na-argentina

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Data: 12/09/2019

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Grupo de Comunicação

Sem plano, não haverá gás para crescer

Por Luís Duque Dutra

Primo enjeitado do petróleo, o gás natural está

nas manchetes com o prometido "choque" de

oferta que baixará preços e multiplicará

investimentos. Antes tarde do que nunca. Pelas

próprias petroleiras, ele é visto como a ponte

para a economia de baixo carbono. Abundante no

pré-sal, no mundo, o recurso experimenta uma

revolução apoiada na tecnologia de liquefação,

nas reservas de folhelho e no aproveitamento

químico. Às portas da transição energética e

diante da riqueza encontrada em águas

ultraprofundas, não faltam motivos para apostar

no futuro do gás na matriz energética brasileira.

Contudo, é bom ter cuidado e alguma precaução,

afinal, não foi desprezado por décadas à toa.

A física básica ajuda a entender o problema. Por

conter muito menos energia por metro quadrado

que o carvão e o petróleo, ambos de origem

fóssil como o gás natural, ele sempre esteve em

desvantagem. Movimentá-lo e guardá-lo é bem

mais caro, a despeito de todo avanço realizado

no século passado. Fora isso, os meios para tanto

são especialmente dedicados e indivisíveis: sem

gás, um gasoduto para nada serve, uma jazida

gigantesca e distante, sem gasoduto, não vale

muito. As instalações não são concebidas

separadamente, estão todas conectadas umas às

outras.

Para complicar, até alcançar seu uso final, o gás

percorre um longo caminho numa extensa cadeia

de agregação de valor, na qual, em sucessivas

transformações e seguidos deslocamentos,

podem ocorrer numerosas variações, alguns

desvios e utilizações as mais diversas (como

matéria-prima ou fonte de energia). Algumas

vezes elas são concorrentes, outras,

complementares. A cada elo da cadeia de valor,

ocorre uma transação que corresponde a um

"custo-transação". De forma a assegurar o

controle do fluxo, evitar interrupções de qualquer

natureza e maiores riscos em investimentos de

bilhões de dólares, a propriedade dos diferentes

ativos maximiza o lucro e, portanto, viabiliza a

expansão. A verticalização, as participações

cruzadas e os contratos de longo prazo diminuem

o custo da oferta.

O valor criado a cada etapa e a infraestrutura em

rede do negócio conferem um enorme poder às

empresas. Elas não vendem um produto e, sim,

um serviço: a sua entrega, pronto para uso, em

fluxo contínuo, na especificação e no volume

desejado. Nos serviços em rede, ao contrário do

convencional, o custo de fornecer mais uma

unidade (custo marginal) tende a zero, enquanto

o benefício de adquirir a unidade adicional tende

ao infinito. Em termos práticos, o vendedor

captura o comprador, não há como substituí-lo:

boa questão para o pensamento econômico do

século XXI.

Tudo fica mais difícil quando se considera o meio

ambiente e o clima. O aproveitamento do gás

exige, então, muito mais atenção. O recurso não

renovável emite menos dióxido de carbono que

os demais combustíveis fósseis e nenhum

particulado (ou fuligem). Assim, substitui o

carvão na geração elétrica, o óleo combustível

como fonte de calor e pode deslocar os derivados

do petróleo no transporte, além de impulsionar a

nova petroquímica. Apesar do potencial, não é

panaceia e, principalmente, não existe solução de

pronto-uso. Aliás, acreditar que o livre-mercado

vai dar conta da defesa do consumidor e da

proteção ambiental, contra oligopólios articulados

em intricadas cadeias produtivas, não tem

respaldo nem histórico, nem teórico.

A queda de preço é um desafio. Monopólios serão

trocados por oligopólios, ambientes de

concorrência imperfeita

Posto isto, em agosto de 2019, àquele

interessado no assunto, salta aos olhos a aposta

na competição e na queda do preço. Ela não será

imediata, talvez daqui a quatro anos, se tudo der

certo. Ademais, a aposta ignora fundamentos

teóricos e tem pouca aderência à realidade;

afinal, trata-se de transformar monopólios em

oligopólios; dois ambientes de competição

imperfeita. Os monopólios naturais e a

concorrência pura (e perfeita) são modelos

simples, facilmente compreensíveis quanto à

conduta e ao desempenho dos atores, o que não

se verifica nos oligopólios, instáveis por natureza

e, quando concentrados, imprevisíveis; assim

ensina a microeconomia elementar.

A experiência europeia, continente dotado de

larga infraestrutura, demonstra em quanto a

práxis reflete a teoria: há 30 anos, eivada de

tentativas, erros e acertos, a política de abertura

teve impacto reduzido nos preços e no poder de

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Data: 12/09/2019

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mercado das empresas. Lá, o preço do gás é no

mínimo o dobro do cobrado nos Estados Unidos

ou no Canadá. No Brasil, por sua vez, a "quebra"

do monopólio da Petrobrás completa 20 anos e

não se consumou. Aqui, o sobrepreço é maior e

até as estatísticas são pobres: o preço médio

nem ponderado é. Os valores das transações

encontram-se protegidos pelo sigilo contratual e

os preços não estão subordinados a regulação

alguma, a não ser o botijão de GLP comprado

pelas famílias brasileiras que, aliás, nem gás

natural é. Seria bom também explicar isso às

autoridades.

Além disso, o que acontece no Hemisfério Norte

não se repetirá por aqui e, neste ponto, a

geografia foi inclemente para eles. A calefação e

a eletrificação empurraram o carvão para a base

do sistema energético nos EUA, nos países

europeus e na China. Nestes, a transição

energética passa justamente pela substituição do

carvão pelo gás, o que diminui em um terço as

emissões de CO2 por unidade de calor fornecida

à indústria e às residências e em metade as

emissões na geração de eletricidade.

No Brasil, de novo a geografia, a base é outra e a

extensão territorial de Norte a Sul nos permitiu

integrar bacias hidrográficas com diferentes

regimes pluviométricos. A mesma diversidade

hoje impulsiona o aproveitamento eólico e

fotovoltaico. Como não há quase carvão para

substituir e o gás será o complemento que

compensará a intermitência das novas fontes,

cabe pensar em outros usos, como substituir o

óleo diesel nas metrópoles e o GLP nas

residências, além do mais importante e nunca

mencionado: o uso como matéria prima, quando

seu valor até quintuplica frente ao original.

Embora essencialmente acadêmica, o que pouco

ajuda hoje em dia, vale ressaltar a inquietude

quanto ao conteúdo da "nova" política de gás

natural, do qual pouco se sabe, mas, muito se

fala. Sem planejamento metódico e regulação

precisa não haverá gás para crescer, ele ficará

como está, encalhado nas jazidas de onde jorra o

óleo do pré-sal. É este que dá lucro.

Luís Eduardo Duque Dutra é doutor em Ciências

Econômicas pela Universidade de Paris XIII,

Mestre em Planejamento Energético pela COPPE

e Professor Adjunto da Escola de Química da

Universidade Federal do Rio de Janeiro.

https://www.valor.com.br/opiniao/6431631/sem-

plano-nao-havera-gas-para-crescer

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Data: 12/09/2019

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Empresariado de infraestrutura está menos

otimista

Por Camila Maia | De São Paulo

Empresários da área de infraestrutura do país

seguem confiantes na melhora dos resultados de

suas empresas a partir de 2020, mas menos

otimistas do que estavam em março, mostrou a

recente rodada do Termômetro do GRI Club

Infra, clube privado de atuação global focado nos

mercados desse setor. Para 60,4% dos ouvidos,

os resultados nos próximos 12 meses serão

melhores. Em março, essa era a expectativa de

71,6% dos entrevistados.

A edição da pesquisa de setembro entrevistou

113 membros do clube, que reúne investidores e

empresas dos principais segmentos de

infraestrutura do país, como mobilidade urbana,

energia, saneamento, aeroportos, rodovias e

ferrovias, além de bancos, fundos, advogados e

especialistas.

O clube, que é fechado, tem em seu conselho

estratégico nomes como Andre Clark, presidente

da Siemens, Guilherme Caixeta, vice-presidente

sênior de infraestrutura do GIC, Leonardo

Vianna, presidente da CCR, Teresa Vernaglia,

presidente da BRK Ambiental e Marcos Almeida,

diretor geral do braço de infraestrutura da

Brookfield na América do Sul.

Na pesquisa de setembro, 36,9% dos

entrevistados apontaram as expectativas dos

próximos 12 meses como regulares. O percentual

era de 24,1% em março. A fatia de investidores

com expectativas ruins para o próximo ano caiu

de 4,3% para 2,7% dos ouvidos.

O percentual de empresários reduzindo o nível

dos negócios ou desinvestindo subiu de 5,2%

para 9%. Ao mesmo tempo, o número dos que

estão ampliando os seus negócios hoje subiu

ligeiramente, de 50% para 51,4%. A queda se

deu nos entrevistados que estão aguardando

para tomar as decisões: de 44,8% em março

para 39,6% em setembro.

A pesquisa também analisou quais os segmentos

de infraestrutura oferecem as melhores

oportunidades em termos de novas concessões

ou parcerias público-privadas. Aeroportos lidera o

ranking, seguidos por rodovias e saneamento. Os

demais segmentos aparecem na ordem:

iluminação pública, portos, mobilidade urbana,

transmissão de energia, ferrovias, geração de

energia e gás.

Em fusões e aquisições e consolidação, o

preferido dos investidores é geração de energia.

Saneamento e rodovias completam o ranking,

seguindo, na ordem, por transmissão de energia,

aeroportos, portos, gás, distribuição de energia,

mobilidade e ferrovias.

https://www.valor.com.br/empresas/6431703/e

mpresariado-de-infraestrutura-esta-menos-

otimista

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Data: 12/09/2019

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ExxonMobil reforça presença na costa

sergipana

Por André Ramalho | Do Rio

Com a aquisição de três novas concessões na

Bacia Sergipe-Alagoas, na oferta permanente da

Agência Nacional do Petróleo (ANP), nesta

semana, a ExxonMobil consolida sua presença na

fronteira de exploração e produção mais

promissora do Brasil desde a descoberta do pré-

sal. A expectativa do consórcio liderado pela

americana, ao lado da Enauta e Murphy Oil, é

começar a perfurar seus primeiros poços nas

águas profundas da região a partir de 2020.

O consórcio é, hoje, o principal ator privado na

exploração da Bacia Sergipe-Alagoas. Juntas,

ExxonMobil (50%), Enauta (30%) e Murphy Oil

(20%) têm seis concessões exploratórias na

região e, com a participação no leilão desta

semana, passam a operar nove blocos -

igualando-se ao número de áreas da Petrobras,

que fez importantes descobertas na costa

sergipana, nos últimos anos.

Em agosto, a Enauta anunciou que o programa

de perfuração na bacia está previsto para

começar a partir do segundo semestre de 2020.

Segundo a petroleira, as empresas já enviaram

as solicitações de licença ambiental. Os dados

sísmicos definitivos, que indicarão os melhores

pontos para perfuração, devem ser recebidos

neste ano.

A Bacia Sergipe-Alagoas desponta como a mais

nova fronteira de exploração e produção de óleo

e gás da costa brasileira. A Petrobras detém seis

descobertas na região (Cumbe, Barra, Farfan,

Muriú, Moita Bonita e Poço Verde) e espera

começar a produzir seus primeiros barris de óleo

em 2023.

Para dividir os investimentos bilionários que

serão necessários para desenvolver a

infraestrutura local, a empresa está vendendo

parte de sua participação nas concessões locais.

A presença da Exxon, principal petroleira privada

do mundo, aliás, gera a expectativa de que os

investimentos na região possam ser acelerados.

Diante do sucesso exploratório da estatal, a Bacia

Sergipe-Alagoas passou a despertar a atenção da

iniciativa privada em 2015, quando a Enauta

(então Queiroz Galvão Exploração e Produção)

pagou, sozinha, R$ 100 milhões por duas

concessões no local, na 13ª Rodada de blocos

exploratórios da ANP.

Em 2017, em meio às reformas no marco

regulatório do setor, a Exxon resolveu aumentar

sua presença no Brasil e elegeu a Bacia de

Sergipe-Alagoas como um dos principais destinos

de seus investimentos, ao lado do pré-sal de

Santos e Campos. A empresa comprou 50% da

fatia da Enauta nos dois blocos que a brasileira

operava e, junto com a Murphy e a antiga QGEP,

arrematou mais quatro áreas, nos leilões de 2017

e 2018.

https://www.valor.com.br/empresas/6431701/ex

xonmobil-reforca-presenca-na-costa-sergipana

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Data: 12/09/2019

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Setor químico tem primeira emissão verde

com Sabará

Por Vanessa Adachi | De São Paulo

Uma pequena emissão de debêntures fechada na

semana passada trouxe algumas boas novas para

o mercado de capitais local. A Sabará, empresa

química que fornece insumos para o setor de

saneamento e tratamento de água, conseguiu

captar R$ 20 milhões com uma emissão verde,

ou seja, títulos de dívida que levantam recursos

para projetos com benefícios ambientais.

Foi a primeira vez que uma empresa do setor

químico no país conseguiu atender a critérios

verdes. Além disso, a operação da Sabará indica

uma abertura para emissões com selo ambiental

de empresas de menor porte no mercado local de

dívida.

Para a Sabará, a emissão teve um significado

adicional. Foi a primeira vez que a empresa

conseguiu acessar o mercado de capitais ou

simplesmente obter um crédito por longo prazo,

no caso, de cinco anos. Ulisses Matiolli Sabará,

um dos controladores da empresa, tem uma lista

interminável de histórias sobre a dificuldade de

obter capital de longo prazo. "Durante 20 anos,

pelo menos, nós, uma empresa média e bem

estruturada, vimos poucas ou nenhuma porta

aberta para captar recursos a custos acessíveis.

O dinheiro disponível está alocado em grandes

empresas ou em startups", diz ele. "Agora

tivemos a grata surpresa de encontrar capital

alinhado com os nossos valores", diz. As

debêntures pagarão uma taxa considerada

elevada, de CDI mais 6,25% ao ano.

Os recursos servirão para abater dívidas

bancárias contraídas com Safra e Bradesco para

a construção de uma fábrica de clorito de sódio,

em Santa Bárbara do Oeste (SP), que custou R$

15 milhões. "Em 2017 solicitamos um

financiamento ao BNDES que não saiu e

acabamos nos endividando com bancos para

terminar a construção", diz Ulisses Sabará. Cerca

de R$ 5 milhões ficarão como gordura para

capital de giro da empresa.

O empresário explica que a empresa era uma

importadora de clorito de sódio, matéria-prima

para fabricar o dióxido de cloro, um agente

bactericida não poluente e não cancerígeno. Além

de ser usado no tratamento de água, é

empregado, por exemplo, pela indústria

sucroalcooleira. "Verticalizar a produção nos dá

uma vantagem competitiva enorme. Poderemos

vender no mercado local ou exportar o insumo",

diz ele. "Esperamos crescer com o aumento das

concessões de água e esgoto à iniciativa

privada."

A debênture da Sabará recebeu o selo verde da

Sitawi. "Foi a primeira emissão verde local do

setor industrial", diz Gustavo Pimentel, sócio da

Sitawi. "Finalmente estamos chegando em

tíquetes menores e fora do setor de energia, que

domina esse mercado." Outro papel de menor

tíquete emitido neste ano foi o da Athon Energia,

no valor de R$ 40 milhões. Houve outras quatro

emissões com selo verde no ano no país até

agora: AES Tietê (R$ 820 milhões), Taesa (R$

210 milhões), Neoenergia (R$ 1,3 bilhão) e

Celulose Irani (R$ 505 milhões).

Segundo Pimentel, no caso da Sabará, além da

performance ambiental da nova planta, que

opera com energia renovável, o produto em si foi

relevante na concessão do selo. "Fora isso, há o

benefício do fornecimento local que vai reduzir a

importação e as emissões de carbono

decorrentes."

O papel da Sabará foi comprado pelas gestoras

Polo Capital, Lakewood e Novero. Esta última

destinará 100% da sua fatia para um fundo

exclusivo da Wright Capital, gestora que

administra o patrimônio de famílias que se

comprometem a fazer investimentos de impacto

sócio-ambiental positivo. "Temos feito um

trabalho de ativismo junto aos gestores de

recursos tradicionais para que estes passem a

considerar critérios de ASG [ambientais, sociais e

de governança] quando fizerem suas alocações",

diz Fernanda Camargo, sócia da Wright. "No caso

da debênture da Sabará, além do retorno, da

estrutura de garantias e da governança,

encontramos uma empresa comprometida com a

transformação social e ambiental."

Para a Polo Capital, o selo verde não foi uma pré-

condição para o investimento, diz o sócio Mariano

Andrade. Pesou mais a questão de a Sabará ter

um perfil de baixa volatilidade de receita, fato

que reduz o risco de crédito do papel. "Mas nós

vislumbramos um futuro não distante em que

'green bonds' serão negociados com prêmio. Por

ora, a demanda dos investidores ainda é

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Data: 12/09/2019

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incipiente, mas, quando se trata de crédito de

longo prazo, o selo verde é desejável porque não

sabemos como o mercado vai mudar nesse

período", diz ele. Os R$ 9 milhões que a Polo

comprou da emissão serão distribuídos em vários

fundos da casa.

Leonardo Teixeira, sócio da Novero, diz que o

prêmio mais salgado está relacionado ao fato de

a Sabará nunca ter acessado o mercado antes. A

tendência, acredita, é que as taxas caiam bem

nas próximas emissões. A emissão é garantida

por dois contratos de longo prazo com empresas

de saneamento.

A Sabará Químicos e Ingredientes é a principal

empresa do grupo Sabará, que também controla

a Beraca, uma das principais fornecedoras de

ingredientes naturais da biodiversidade brasileira

para a indústria cosmética. Também do grupo, a

Concepta fornece ingredientes naturais da

biodiversidade local para o setor de alimentos.

No ano passado, o grupo faturou R$ 200 milhões.

https://www.valor.com.br/financas/6431471/set

or-quimico-tem-primeira-emissao-verde-com-

sabara

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Data: 12/09/2019

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STF permite pulverização aérea de

inseticida

Por Joice Bacelo | De Brasília

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela

possibilidade do uso de aeronaves para a

pulverização de substâncias químicas como

medida de combate ao mosquito Aedes Aegypti -

transmissor de doenças como dengue, febre

amarela, zika e chikungunya. Os ministros

condicionaram a medida, no entanto, à

autorização prévia das autoridades sanitárias e

do meio ambiente.

Fica mantida, desta forma, a Lei nº 13.301, de

2016. A norma prevê em seu artigo 1º

(parágrafo 3º, inciso IV) a pulverização, inclusive

em áreas urbanas, nas situações de "iminente

perigo à saúde pública". O uso das aeronaves,

segundo essa legislação, seria permitido

mediante a aprovação das autoridades sanitárias

e da comprovação científica da eficácia da

medida.

O assunto é polêmico. Especialistas da área da

saúde, na época em que a lei foi publicada,

manifestaram-se de forma contrária. Eles

afirmavam, principalmente, que a exposição das

pessoas ao veneno poderia desencadear

doenças.

Na ação direta de inconstitucionalidade (ADI

5592), que foi analisada pelos ministros na tarde

de ontem, a Procuradoria-Geral da República

(PGR) alegava que essa forma de combate ao

mosquito, além de ineficaz, poderia causar danos

ao meio ambiente e à saúde das pessoas e pedia

que os ministros a considerassem

inconstitucional.

Já o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação

Agrícola (Sindag), que atuou como parte

interessada (amicus curiae) no processo,

sustentou que a técnica é antiga e utilizada em

países como os Estados Unidos, o México e a

Espanha.

Os ministros começaram a julgar esse tema no

mês de abril e, na ocasião, eles ficaram divididos.

A relatora, ministra Cármen Lúcia, votou pela

inconstitucionalidade da norma. Alexandre de

Moraes divergiu e foi seguido por Marco Aurélio,

Gilmar Mendes e Luiz Fux.

Já os ministros Edson Fachin, Luís Roberto

Barroso e Rosa Weber propuseram uma solução

parcial, para permitir o uso da dispersão dos

produtos pela aeronave desde que haja

autorização prévia da autoridade sanitária e do

meio ambiente.

O julgamento foi retomado ontem com os votos

do presidente do Supremo, Dias Toffoli, e do

ministro Celso de Mello, que se posicionaram de

forma divergente.

Toffoli se uniu ao grupo de ministros que votou

pela solução parcial - tornando-o vencedor -,

enquanto Celso de Mello acompanhou o voto da

ministra Cármen Lúcia, que declarava a norma

inconstitucional.

https://www.valor.com.br/legislacao/6431437/stf

-permite-pulverizacao-aerea-de-inseticida

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Data: 12/09/2019

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Campanha Brazil by Brasil rebate críticas

Por Cristiano Zaia | De Brasília

Após uma série de bombardeios da comunidade

internacional ao presidente Jair Bolsonaro,

sobretudo na área ambiental, a Secretaria de

Comunicação da Presidência (Secom), do

ministro Fabio Wajngarten, apresentou ontem

detalhes da campanha de marketing que o

governo encomendou para melhorar a imagem

do Brasil no exterior e combater uma "narrativa

negativa" que vem sendo veiculada em larga

escala pela mídia estrangeira, na leitura do

Palácio do Planalto.

Com foco sobretudo na Europa e intitulada "Brazil

by Brasil", a estratégia publicitária - que já conta

com quatro filmes a serem divulgados em inglês,

francês e alemão - é apontar aspectos positivos

dos setores de agricultura, ambiente,

infraestrutura e tecnologia e também mostrar

ações do governo, como as aprovações da

reforma da Previdência e da medida provisória da

Liberdade Econômica.

As propagandas criadas pelas agências que

atendem a Secom não fazem qualquer citação a

Bolsonaro, alvo de muitas das menções negativas

de veículos estrangeiros como "The Economist" e

"Washington Post".

O slogan "Conheça um novo Brasil que o mundo

todo precisa conhecer" está presente na maioria

das peças e foi apresentado pelo secretário de

Publicidade e Promoção da Secom, Glen Valente,

em audiência pública, ontem, na Comissão de

Agricultura do Senado. Ele ainda informou que a

campanha, planejada ao longo dos últimos dois

meses e que conta com parceria da Embratur,

será "recorrente", seguirá até o fim de 2019 e no

ano que vem voltará a ser divulgada.

De acordo com o diagnóstico do governo, a

imagem da "marca Brasil" anda prejudicada fora

do país, em especial nos países da União

Europeia, por causa de "uma série de notícias

negativas em relação ao governo e à conduta do

presidente, que são as prioridades dos veículos

locais". Ainda conforme o plano de ação da

campanha, a mídia internacional deixa claro na

cobertura sobre o governo brasileiro que há

"entraves políticos e discordâncias entre seus

líderes".

"A gente tem que combater esses temas

negativos que extrapolam não só o ambiente,

mas também o agronegócio. A narrativa é

negativa e tem sinais de que há interesses

econômicos em relação a essa desconstrução do

Brasil", afirmou Valente. "Pelo conceito que

desenvolvemos, o Brasil com 's' vai explicar para

o Brasil com 'z' exatamente o que é o Brasil",

acrescentou.

Como parte do contra-ataque do governo,

Valente ainda explicou que serão feitos

monitoramentos frequentes de jornais e redes

sociais a respeito de notícias e comentários sobre

o Brasil difundidos não só em países do bloco

europeu, como também nos Estados Unidos, na

Ásia (China e Japão, por exemplo) e em vizinhos

sul-americanos, como Argentina e Chile. E um

site, com textos em inglês, francês, alemão,

espanhol e português, também será criado para

divulgar vídeos e peças da campanha.

Nos últimos meses, notícias como o aumento do

desmatamento no Brasil e dos focos de incêndio

na Amazônia ganharam grande proporção

internacional, instaurando uma crise no governo.

Bolsonaro virou alvo de críticas diretas do

presidente francês, Emmanuel Macron, e chegou

a editar um decreto determinando operações de

Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na região,

com o envio das Forças Armadas. E, como efeito,

o episódio repercutiu mal no Twitter, com

"hashtags" que figuraram entre as mais

comentadas do mundo, como

"#PrayForAmazonas" e "#BoycottBrazil", essa

última que defendeu o boicote a produtos

brasileiros em razão das queimadas.

Ao mesmo tempo, os discursos agressivos tanto

de Bolsonaro quanto do ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, também foram

criticados pelo agronegócio brasileiro - grande

aliado do presidente -, sobretudo pelos

exportadores, como no caso do ex-ministro da

Agricultura, Blairo Maggi, sócio da Amaggi, maior

trading do setor agropecuário, de capital

nacional.

https://www.valor.com.br/brasil/6431753/campa

nha-brazil-brasil-rebate-criticas

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