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CLIPPING 18 de outubro de 2019 SEMANA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NAS RODOVIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

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CLIPPING 18 de outubro de 2019

SEMANA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO NAS RODOVIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Governo de SP apresenta megaprojeto de desenvolvimento para o Vale do Ribeira ............................... 4

Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental ...................................................................... 7

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 9

Ribeirão tem evento sobre o setor sucroenergético e o futuro do planeta nesta sexta-feira, 18 ............... 9

Artesp não envia representante em audiência pública sobre obras das marginais ................................ 10

Comissão da Câmara aprova projeto de lei que proíbe cavas subaquáticas ......................................... 11

Sema apresenta estratégias para dar mais eficiência ao licenciamento ambiental ................................ 12

Evento na ACIRP discute propostas para desenvolvimento econômico da região .................................. 13

Fazenda convoca contadores para apresentação do programa Via Rápida Empresa .............................. 14

Distrito Industrial de Silvânia receberá 7 novas empresas ................................................................ 15

Governo de SP regulamenta lei que proíbe canudos plásticos no Estado ............................................. 16

Guarulhos integra grupo de fiscalização contra invasões na Serra da Cantareira .................................. 17

Centro logístico ignora Justiça e segue processo de licenciamento ..................................................... 18

Programa Metrópole Em Foco / Decreto sobre a proibição de canudos no estado de São Paulo foi assinado

/ Parte II .................................................................................................................................... 19

Prefeitura gasta quase R$ 300 mil para evitar novos deslizamentos no aterro ..................................... 20

Pardini apresenta mais documentos para construção da Represa no Rio Pardo .................................... 21

Seminário discute a economia da RMRP ......................................................................................... 22

Poluição em São Paulo está caindo ................................................................................................ 24

Acidente entre ônibus e caminhão deixa feridos na Rodovia Anhanguera em Porto Ferreira .................. 27

Parque ecológico do Guarapiranga recebe 370 mil pessoas por ano ................................................... 28

Âncora pergunta ao empresário André se terá final feliz o projeto Andaranguá .................................... 29

Praça da Cidadania será inaugurada no dia 27 de outubro em Santo André ........................................ 30

Trabalhadores de usina sucroalcooleira encontram filhote de gato-do-mato em meio a canavial em Junqueirópolis ............................................................................................................................. 31

Campanha propõe R$ 0,25 a mais no preço de sanduíche para reduzir sofrimento de milhões de frangos 33

Flagra da semana ........................................................................................................................ 35

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 36

Resgate do propósito ................................................................................................................... 36

Macacos obrigados a girar, gatos com 13 extrações de sangue por dia ............................................... 38

A natureza já não pode mais sustentar os humanos ......................................................................... 40

SP lança ‘São Paulo Mais Humana’ para aproximar voluntários e entidades assistenciais ...................... 42

'Blob': o que é a misteriosa criatura com 720 sexos e sem cérebro .................................................... 44

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 46

Painel: Briga intestina fragiliza imagem de Bolsonaro no Congresso e desmoraliza o PSL ...................... 46

Com pré-sal, Petrobras anuncia recordes de produção no 3º trimestre ............................................... 48

Meio ambiente sem achismo ......................................................................................................... 49

Justiça aceita recuperação judicial da Renova Energia e nomeia KPMG como gestora ........................... 50

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Bolsonaro não irá se opor caso STF vete condenação em 2ª instância ....................... 52

Opinião: Amazônia: esse debate tá errado, certo? ........................................................................... 54

Se Amazônia virasse pasto, região ficaria 5,5ºC mais quente e continente teria menos chuva ............... 56

Anvisa dá aval para venda de água do mar dessanilizada ................................................................. 58

Em livro, FHC diz que se sentia como goleiro de Lula contra desconfiança internacional ....................... 59

Doria cria app para facilitar doações a ONGs em meio a cortes de gastos para assistência .................... 62

ESTADÃO ................................................................................................................................... 65

Uma fusão improvável ................................................................................................................. 65

Choro sobre o óleo derramado ...................................................................................................... 66

Começa o debate sobre a reforma sindical ...................................................................................... 68

Clima, prioridade do FMI .............................................................................................................. 69

Petrobrás bate recorde de produção no 3º trimestre ........................................................................ 71

Governo federal é cobrado por plano contra avanço de óleo no litoral ................................................ 72

Tambores da Shell achados no Nordeste eram de empresas dos Emirados Árabes e da Libéria .............. 74

FHC: ‘Huck vai deixar de ser celebridade e ser líder?’ ....................................................................... 76

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 78

Cenário econômico mundial continua com risco negativo, diz FMI ...................................................... 78

José de Souza Martins: O mundo que o Sínodo da Amazônia se propõe a decifrar é o mundo da alienação ................................................................................................................................................. 80

Recuperação da Renova consolida nova relação entre Cemig e Light .................................................. 82

State Grid indica interesse na privatização da Eletrobras .................................................................. 83

Pré-sal puxa alta na produção da Petrobras .................................................................................... 84

SP prepara mudança na previdência, afirma Meirelles ...................................................................... 85

Para FHC, Bolsonaro se destaca pelo anacronismo ........................................................................... 86

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Veículo2: Diário do Litoral

Veículo3: Diário Comercial

Veículo4: Jornal Regional

Data: 17/10/2019

Governo de SP apresenta megaprojeto de desenvolvimento

para o Vale do Ribeira

Iniciativa prevê R$ 2 bilhões em investimentos

públicos e privados e criação de 30 mil

oportunidades de emprego e geração de renda

até 2022

Governo de São Paulo vai alavancar economia

das cidades do Vale do Ribeira e eliminar

gargalos sociais de curto prazo

Programa prevê R$ 1 bilhão em investimentos

públicos e atração de mais R$ 1 bilhão em

recursos privados

Fomento econômico irá apoiar vocações da

região, como agricultura, piscicultura,

gastronomia regional e turismo ecológico e

cultural

O Governador João Doria lançou, nesta quinta-

feira (17), um megaprojeto de políticas

públicas para impulsionar ações de curto,

médio e longo prazo de desenvolvimento

econômico e social do Vale do Ribeira.

Denominado Vale do Futuro, o programa

prevê R$ 1 bilhão em investimentos públicos e

atração de mais R$ 1 bilhão em recursos

privados, além de 30 mil oportunidades de

emprego, renda e empreendedorismo até o

final de 2022.

“Este é o maior e mais importante projeto

para o desenvolvimento social e redução da

pobreza em São Paulo. É um projeto inovador

e transformador e que vai envolver todas as

áreas do nosso governo”, afirmou Doria na

cerimônia de lançamento no Palácio dos

Bandeirantes. O evento reuniu cerca de 2 mil

pessoas, entre autoridades públicas,

empresários, representantes da sociedade civil

e lideranças comunitárias do Vale do Ribeira.

Embora São Paulo seja o Estado brasileiro com

os mais altos índices de desenvolvimento,

condições históricas e geográficas acabaram

isolando os municípios do Vale do Ribeira das

demais regiões paulistas.

Como consequência, as cidades do Vale do

Ribeira têm médias piores em indicadores

como PIB per capita, percentual de inscritos

em programas sociais, renda média de

emprego formal e mortalidade infantil, entre

outros. O IDH (Índice de Desenvolvimento

Humano) da região é de 0,711 (nível médio),

abaixo da média estadual de 0,783 (nível

alto).

“[A criação desse programa] é um trabalho de

muitos meses, que ilustra a visão integrada de

20 secretarias, com todos os prefeitos do Vale

do Ribeira e com todos que estão aqui hoje. O

objetivo é criar o maior exemplo de emprego e

geração de renda, mas a forma de trabalhar é

o que vai fazer com que a gente alcance um

resultado diferente”, afirmou a Secretária de

Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da

Silva.

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Grupo de Comunicação

A meta do Governo de São Paulo é alavancar

a atividade econômica nas cidades do Vale do

Ribeira e eliminar gargalos sociais de curto

prazo, em benefício de uma população somada

de 340 mil habitantes. Ao mesmo tempo, o

Estado organiza ações intersetoriais entre 20

secretarias para obras e projetos de melhoria

da qualidade de vida na região, com ênfase

em saneamento, saúde, educação,

infraestrutura urbana, logística e habitação.

“O Vale do Futuro é uma grande esperança de

futuro para o Vale do Ribeira, uma região de

grande potencial de desenvolvimento”,

destacou o Secretário de Desenvolvimento

Regional, Marco Vinholi.

O fomento econômico prevê apoio às vocações

da região, como agricultura, piscicultura,

gastronomia regional e turismo ecológico e

cultural. O Governo de São Paulo pretende

aliar o aumento de oportunidades no Vale do

Ribeira à preservação ambiental e ao

desenvolvimento sustentável. A região conta

com 100 km de litoral e 21% de toda a Mata

Atlântica remanescente do país, além de

abrigar 30 comunidades quilombolas e 10

aldeias indígenas.

A agência estadual Desenvolve SP, por

exemplo, vai disponibilizar R$ 100 milhões

com taxas subsidiadas em crédito para micro,

pequenas e médias empresas do Vale do

Ribeira. Outra meta é oferecer, até 2022, R$

75 milhões em microcrédito pelo Banco do

Povo para empreendedores formais (pessoas

jurídicas – MEI e ME).

O Estado também vai oferecer capacitação

profissional pelos programas Novotec, Via

Rápida, Meu Emprego Cidadão Trabalhador,

Meu Emprego Trabalho Inclusivo e qualificação

empreendedora pelo Sebrae-SP. No próximo

dia 29, a cidade de Registro receberá o

programa Empreenda Rápido, que incentivar

empreendedores por meio da concessão de

linhas de crédito, cursos de qualificação em

gestão de negócios e formalização de

empresas.

Presente na cerimônia, o Presidente da

Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado

Cauê Macris, enfatizou a importância de se

priorizar a gestão social em paralelo às ações

de desenvolvimento econômico. “O Governo

do Estado de São Paulo já avançou em muitas

áreas: criou Fatecs, Etcs, criou [linhas de]

metrô, trilhos, hoje é o Estado mais rico da

federação. Mas é a primeira vez que eu vejo a

sensibilidade com aqueles que mais precisam

do nosso Estado de São Paulo”, disse.

Educação e mobilidade social

Para ampliar a mobilidade social, o programa

Prospera prevê oferta de bônus financeiro a 4

mil estudantes da rede estadual do último ano

do ensino fundamental e de todo o ensino

médio. Serão beneficiados jovens com renda

familiar per capita de até R$ 178 para

melhorar indicadores educacionais e a

qualidade da aprendizagem. A ação piloto será

feita com 22 municípios e prevê investimento

inicial de R$ 5 milhões. O Estado também

dobrará o repasse das verbas do Fundo

Estadual de Assistência Social para a região,

passando de R$ 2,7 milhões para R$ 5,4

milhões anuais.

O Fundo Social de São Paulo, por sua vez,

participa do projeto com oferecimento de

cerca de 500 vagas das escolas de qualificação

para pessoas em situação de vulnerabilidade

social em 17 municípios da região.

Logística e transportes

A reduzida malha viária é um dos entraves

para o desenvolvimento econômico do Vale do

Ribeira. O Estado vai investir R$ 200 milhões

em 12 obras em rodovias, vicinais e pontes no

Vale do Ribeira. Ao todo, são quase 200 km de

serviços em rodovias como a SP-165

(Eldorado, Iporanga e Apiaí), SP-193

(Eldorado e Jacupiranga) e SP-057 (Juquitiba).

O Vale do Ribeira também será beneficiado

pela futura concessão rodoviária do Litoral Sul,

que prevê a duplicação de 45 quilômetros da

SP-055 entre Miracatu e Peruíbe,

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Grupo de Comunicação

modernizando o principal corredor viário até a

Região Metropolitana de Santos e o Litoral

Norte.

Tributação

A ampliação do ICMS Ecológico é outra

inovação para injetar mais recursos nos caixas

das prefeituras do Vale do Ribeira. O Estado

vai propor à Assembleia Legislativa novo

percentual de repasse do IPM (Índice de

Participação dos Municípios) para cidades em

áreas de proteção e alíquotas diferenciadas a

empresas com compromisso de

responsabilidade ambiental.

Habitação

O Estado também já confirmou investimento

de R$ 25 milhões em 2020 no programa Viver

Melhor. A meta é requalificar até 5 mil

moradias no Vale do Ribeira com melhorias

habitacionais e urbanas e emissão de títulos

de propriedade por meio de regularização

fundiária.

Saneamento e meio ambiente

Nas ações ambientais, o Governo de São Paulo

pretende levar saneamento básico a regiões

isoladas onde a Sabesp não atua e dar

tratamento adequado para o esgoto

residencial rural. A meta de curto prazo é

instalar 2 mil fossas sanitárias e beneficiar 4

mil habitantes. Outra proposta é criar quatro

projetos piloto de coleta seletiva e reciclagem

de lixo no Vale do Ribeira.

Turismo

No primeiro semestre de 2020, o Vale do

Ribeira será palco da primeira edição da

Adventure Week São Paulo, em parceria com a

Adventure Travel Trade Association. A

proposta é inserir destinos da região no

catálogo de operadores nacionais

internacionais. Com três parques ecológicos

estaduais e mais de 300 cavernas, o Vale do

Ribeira é classificado como patrimônio natural

e cultural pela Unesco (Organização das

Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura).

Saúde

Nos próximos meses, o Estado prevê entregar

Unidades Básicas de Saúde em Miracatu e

Iguape, sob investimento total de R$ 6,4

milhões. Em novembro, outro investimento de

R$ 40 milhões deve ser feito para

complementação e finalização do novo hospital

de Pariquera-Açu, com entrega prevista para o

final de 2021. A nova sede do Direção

Regional de Saúde de Registro recebeu R$ 16

milhões e deve funcionar em janeiro de 2020.

Além disso, a reforma do Pronto Atendimento

de Juquiá deverá ser concluída em maio, ao

custo de R$ 1,5 milhão.

Para mais informações:

www.saopaulo.sp.gov.br/valedofuturo.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/gov

erno-de-sp-anuncia-investimentos-para-o-

vale-do-ribeira/

https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/p

ara-governo-do-estado-futuro-do-vale-do-

ribeira-passa-pelo-programa/129642/

http://cloud.boxnet.com.br/yy6m35vy

http://cloud.boxnet.com.br/y23qqkk4

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Grupo de Comunicação

Veículo: Sistema Costa Norte

Data:

Governo de SP entrega 89 veículos para PM Ambiental

Governador também assinou contrato para a

compra de 40 mil pistolas e anunciou a

aquisição de mais 10 mil armas

Ogovernador João Doria entregou, na

segunda-feira (14), 89 viaturas à Polícia

Militar Ambiental do Estado de São Paulo.

entregues até novembro. A aquisição foi

realizada pela Secretaria de Infraestrutura

e Meio Ambiente (Sima), com um

investimento total de R$ 16,8 milhões, para

reforçar a frota da PM Ambiental e,

consequentemente, sua atuação na

fiscalização às infrações contra 'Com estes

veículos, nós estamos ampliando a fiscalização

aos quatro Batalhões de Policiamento

Ambiental existentes no Estado. O governador

João Doria também assinou contrato para

compra de 40 mil pistolas semiautomáticas de

calibre .40 e anunciou que outras 10 mil

armas serão adquiridas. Para a compra das 40

mil pistolas, foram investidos R$ 35,6 milhões.

Cada uma delas foi adquirida pelo valor

unitário de R$ 891,86, o que representou uma

economia total de cerca de R$ 53 milhões aos

cofres públicos. A aquisição foi realizada por

meio de processo licitatório e teve 'A nossa

vantagem foi que, com o valor correspondente

para aquisição de 40 mil armas, estamos

comprando 50 mil. São 40 mil que já foram

incorporadas e mais 10 mil, mantida a mesma

condição de preço por arma. Essas são as

armas que a polícia americana utiliza. São as

melhores pistolas do mundo', afirmou o

governador. A aquisição faz parte de um

pacote de investimento de R$ 108,9 milhões

que inclui a compra de 1 mil fuzis calibre 7,62,

300 fuzis calibre 5,56, dois fuzis de alta

precisão, dez metralhadoras

leve e 1 mil armas de incapacitação

neuromuscular, além de 500 escudos e 5,5 mil

coletes balísticos. As armas foram testadas em

setembro de 2019. As pistolas serão

entregues em cinco lotes diferentes, com 8 mil

armas em cada um deles. O primeiro deverá

ser entregue em até 90 dias da assinatura do

contrato e o último até o final do primeiro

semestre do próximo ano.

O processo licitatório para a compra das

armas seguiu a norma internacional

AC/225/D14 da Organização do Tratado

Atlântico (Otan) para armas leves, que incluiu

testes de tiro, precisão e força da puxada de

gatilho e queda, por exemplo, ocorrências em

áreas de proteção integral ou de uso

sustentável que consumiram 3.460 hectares

de vegetação, enquanto neste ano foram

registradas 74 ocorrências que afetaram 2.167

hectares. reduzir incêndios florestais durante o

inverno.

A ação é coordenada pela Sima e conta com a

parceria do Corpo de Bombeiros, da

Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa

Civil (Cepdec), da Polícia Militar Ambiental, da

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb), da Fundação Florestal e o Instituto

Florestal. Gestores, monitores e voluntários no

entorno de áreas toramento e combate ao

fogo. Também há parcerias com

empreendedores de usinas de álcool e açúcar

e por meio dos Planos de Auxílio Mútuo. Neste

ano, 267 municípios aderiram à Operação.

Os veículos fazem parte de um pacote de 152,

os outros 63 serão o meio ambiente em todo o

território estadual. ambiental para evitar

desmatamentos, extrações ilegais e monitorar

focos de incêndio e de conservação. São Paulo

tem desmatamento zero. A cobertura vegetal

foi ampliada nestes últimos dois Do total dos

veículos, 100 são do modelo Fiat Palio e 52

tipo como vencedora a empresa austríaca

Glock.

Operação Corta-Fogo

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Grupo de Comunicação

A Operação Corta-Fogo 2019 registrou até o

dia 10 de outubro uma redução de 41% no

número de ocorrências de incêndios florestais

em Unidades de Conservação e de 37% de

área queimada O contrato foi assinado no dia

14 de outubro, no Palácio dos Bandeirantes

em comparação ao ano anterior. Em 2018,

foram registradas 125 O Governo do Estado

promove um conjunto de ações para verdes

são capacitados para atuar em prevenção,

controle, monitoramento.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32559160&e=577

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Portal Revide

Data: 17/10/2019

Ribeirão tem evento sobre o setor sucroenergético e o futuro do planeta nesta sexta-feira, 18

1º Fórum do Meio Ambiente da AEAARP traz

especialistas para debater questões

ambientais

O avanço do setor sucroenergético e a

normatização ambiental do setor são os temas

do 1º Fórum de Meio Ambiente que a

Associação de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP)

promoverá nessa sexta-feira, 18, a partir das

8h.

Autoridades, profissionais, empresários,

produtores e pesquisadores pautarão o tema

“O setor sucroenergético e os desafios do

planeta”.

Antônio Luiz Lima Queiroz, dirigente da

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), diz que o desafio atual é

aprimorar as regulamentações para o uso da

vinhaça, da torta do filtro do processamento

do etanol e da cinza da caldeira no cultivo na

cana-de-açúcar.

O setor sucroenergético responde por 2% do

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Significa que mais de R$ 40 bilhões são

movimentados em negócios que envolvem a

cana, do campo à industrialização. Para

Queiroz, que vai compor a mesa de debates

do Fórum, o desafio é otimizar a utilização do

subproduto, colaborando para os resultados

ambientais e financeiros.

Serviço

1º Fórum de Meio Ambiente

18 de outubro – das 8h às 13h

Local: AEAARP (entrada pela Rua Almirante

Gago Coutinho, 333)

Inscrições no site da AEAARP

Ingresso solidário: 2 quilos de alimentos não

perecíveis

https://www.revide.com.br/noticias/agronegoc

io/ribeirao-tem-evento-sobre-o-setor-

sucroenergetico-e-o-futuro-do-planeta-nesta-

sexta-feira-18/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio 94 FM

Data: 17/10/2019

Artesp não envia representante em audiência pública sobre obras das

marginais

Conforme a 94 antecipou, a Artesp não enviou

representante à audiência pública realizada na

manhã desta quinta-feira (17), para discutir o

projeto de passagem em nível da marginal da

rodovia Marechal Rondon, com a avenida

Duque de Caxias. Mesmo com a ausência de

representantes do governo estadual, a

audiência foi bastante concorrida, contando

com a presença de vereadores, representantes

da Assenag, comerciantes e de conselhos

municipais, além do vice-prefeito Toninho

Gimenez, secretários municipais e os

presidentes da Emdurb, Eliseu Eclair e da Via

Rondon, Fábio Abritta. Mais informações com

o repórter Emerson Luiz.

Durante a audiência, foi cogitada a

possibilidade da realização das obras a partir

do Gasparini. A 94 já noticiou que ainda não

há licença ambiental emitida pela Cetesb,

para a realização das obras nesse trecho.

O post Artesp não envia representante em

audiência pública sobre obras das marginais

apareceu primeiro em 94FM.

https://94fm.com.br/artesp-nao-envia-

representante-em-audiencia-publica-sobre-

obras-das-marginais/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Veículo2: Rádio Peão

Veículo3: Gazeta SP

Data: 17/10/2019

Comissão da Câmara aprova projeto de lei que proíbe cavas subaquáticas

Projeto de lei também estabelece fechamento

das cavas já existentes. O texto define que

destinação final deve ser feita em solo.

Por G1 Santos

A Comissão de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos

Deputados aprovou, nesta quarta-feira (16),

um projeto de lei que proíbe a construção de

cavas subaquáticas em oceanos, rios, lagos,

lagoas ou estuários. O texto segue agora para

a Comissão de Constituição e Justiça e, se

aprovada, vai para sanção do presidente Jair

Bolsonaro.

O Projeto de Lei nº 3285/2019, de autoria da

deputada federal Rosana Valle (PSB/SP),

busca evitar que empresas depositem resíduos

sólidos, semissólidos e pastosos ou

sedimentos contaminados em ambientes

aquáticos. Além de proibir a abertura das

novas cavas, o projeto também estabelece o

fechamento dos depósitos já existentes no

prazo de cinco anos.

A destinação final, ainda segundo o texto da

lei, deve ser feita em solo. O projeto também

determina que os resíduos passem por um

sistema de tratamento específico para ser

descontaminado antes da disposição final

adequada ou também para o caso de ser

reaproveitado como material reciclado.

Além disso, os cursos de remoção, tratamento

e disposição dos resíduos contaminados serão

de responsabilidade das empresas que

produzirem o material ou as que tenham o

interesse na remoção. Aquelas que forem

flagradas depositando os resíduos tóxicos de

forma ilegal, podem ser penalizadas com a

perda de benefícios fiscais ou de créditos.

Cava subaquática

Em Cubatão, uma cratera de 25 metros de

profundidade e 400 metros de largura,

escavada às margens de um manguezal no

Largo do Casqueiro para receber o passivo

ambiental do início da exploração do Polo

Industrial de Cubatão, está instalada há quase

meio século.

Os sedimentos contaminados depositados nela

estavam no fundo de Piaçaguera, cuja

navegabilidade foi ampliada. A cava

subaquática está preenchida com cerca de 2,4

bilhões de litros de sedimentos tóxicos.

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) e o Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Ibama) afirmam que a cava não

oferece riscos à natureza ou à comunidade.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/10/17/comissao-da-

camara-aprova-projeto-de-lei-que-proibe-

cavas-subaquaticas.ghtml

http://radiopeao.blog.br/comissao-da-camara-

aprova-projeto-de-lei-que-proibe-cavas-

subaquaticas/

http://cloud.boxnet.com.br/y3teg6mb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Bem Notícias

Veículo2: Celeiro do Norte

Veículo3: O Documento

Veículo4: O Estado Mato Grosso do Sul

Veículo5: Portal MT

Data: 17/10/2019

Sema apresenta estratégias para dar

mais eficiência ao licenciamento ambiental

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente

(Sema) apresentou em São Paulo as

estratégias do Governo de Mato Grosso para

aumentar a eficiência do licenciamento

ambiental para o setor energético. A palestra

foi feita pela secretária de Meio Ambiente e

vice-presidente da Associação Brasileira de

Entidades Estaduais de Meio Ambiente

(Abema), Mauren Lazzaretti, durante a

abertura do Lase 2019 – Licenciamento e

Gestão Socioambiental no Setor Elétrico.

“O licenciamento digital será um marco na

gestão ambiental do Estado. A tecnologia irá

reduzir em, pelo menos, 20% o tempo de

resposta ao empreendedor, eliminando a

tramitação burocrática do processo físico. O

sistema também permitirá mais transparência

das informações e visão geoespacial do

Estado”, destacou Mauren Lazzaretti.

A previsão é de que o sistema, que permitirá a

integração entre as diversas ferramentas

utilizadas atualmente na Sema, esteja

implementado em 2020.

A redução no tempo de resposta ao

empreendedor é uma das principais metas da

atual gestão da Sema. Desde o início de 2019,

a Pasta, por meio da revisão de fluxos e

processos, reduziu em 52% o tempo médio de

análise dos processos de licenciamento, ou

seja, 230 dias para análise dos processos a

média caiu para 111 dias, abaixo do limite

legal de seis meses.

Também estavam presentes na abertura do

Lase 2019, o presidente da Centrais Elétricas

Brasileiras S.A (Eletrobras), Wilson Ferreira

Júnior; secretário de Estado de Meio Ambiente

e Desenvolvimento Sustentável de Minas

Gerais e presidente da Associação Brasileira

de Entidades Estaduais de Meio Ambiente

(Abema), Germano Vieira; a secretária de

Estado da Secretaria do Ambiente e

Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Ana Lúcia

Santoro e a diretora-presidente da

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb), Patrícia Faga Iglecias

Lemos.

Lase 2019

Há dez anos, o Lase reúne governos e

empresas do setor de geração e transmissão

de energia para discutir temas da gestão

socioambiental dos empreendimentos. Os

debates e palestras apresentam as

experiências dos empreendedores, aspectos

regulatórios e técnicos da pauta ambiental e

social dos projetos do setor elétrico.

“Esta é uma oportunidade para debatermos

temas relevantes na agenda ambiental como a

Lei Geral do Licenciamento, as autorizações

ambientais para o setor energético, além de

discussões relevantes sobre alternativa de

fontes de energia e planejamento estratégico

para garantir a matriz energética do País”,

finaliza a gestora do órgão ambiental mato-

grossense.

A conferência reúne mais de 60 palestrantes

de diversos setores ligados ao setor elétrico e

segue até 17 de outubro. O evento é realizado

no Rooftop 5 & Centro de Convenções no

bariro Pinheiros, em São Paulo.

https://bemnoticias.com.br/sema-apresenta-

estrategias-para-dar-mais-eficiencia-ao-

licenciamento-ambiental/

http://www.celeirodonorte.com.br/VerNoticia/

26024

https://odocumento.com.br/sema-apresenta-

estrategias-para-dar-mais-eficiencia-ao-

licenciamento-ambiental/

https://oestadodematogrosso.com.br/noticias/

cidades/3471-sema-apresenta-estrategias-

para-dar-mais-eficiencia-ao-licenciamento-

ambiental.html

http://portalmt.com.br/sema-apresenta-

estrategias-para-dar-mais-eficiencia-ao-

licenciamento-ambiental/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Facesp

Data: 17/10/2019

Evento na ACIRP discute propostas

para desenvolvimento econômico da região

Investe Ribeirão é uma realização da

Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto em

parceria com a Investe SP e a ACIRP, com

apoio do Ciesp, Sincovarp e Assilcon;

seminário será dia 21, às 8h30

A ACIRP – Associação Comercial e Industrial

de Ribeirão Preto, e a Prefeitura Municipal

promovem na próxima segunda-feira, dia 21,

o seminário “Investe RP SP – Diálogos &

Oportunidades”, com o objetivo de debater

propostas para acelerar o desenvolvimento

econômico da Região Metropolitana.

Realizado no período da manhã, das 8h30 às

12h, o evento será gratuito e oferecerá três

palestras aos participantes, todos com o

Prefeito Municipal, Duarte Nogueira como

moderador.

A primeira palestra, às 9h30, será

“Licenciamento e Simplificação”, ministrada

por Patrícia Iglesias, diretora presidente da

Cetesb, e terá como debatedores o presidente

da ACIRP, Dorival Balbino, e a secretária

municipal de Meio Ambiente, Dra. Sônia Valle.

Às 10h15 ocorre a palestra “Linhas de

Financiamento”, ministrada por Ana Paula

Shuay, superintende de Negócios - Setor

Privado, do Desenvolve SP, tendo como

debatedores André Fávero, subsecretário de

Competitividade da Indústria, Comércio e

Serviços, e Edsom Ortega, secretário

municipal de Planejamento e Gestão Pública.

A terceira palestra, “Eixos de Desenvolvimento

da Região Metropolitana de Ribeirão Preto e

Oportunidades”, começa às 11h e será

ministrada por Wilson Melo, presidente da

Investe SP, tendo como debatedores André

Fávero, subsecretário de Competitividade da

Indústria, Comércio e Serviços; Nelson Rocha

Augusto, economista e presidente do Banco

Ribeirão Preto, e Guilherme Feitosa, diretor

regional da Ciesp.

O prefeito Duarte Nogueira será o moderador

das três palestras.

O seminário será realizado na sede da ACIRP,

no Auditório Amin Antônio Calil, à rua

Visconde de Inhaúma, 489 – 6º andar –

Centro. A inscrição deve ser feita no site da

ACIRP.

Investe RP SP – Diálogos & Oportunidades

Data: 21 de outubro, segunda-feira

Horário: 8h30 às 12h

Local: Sede da ACIRP, no Auditório Amin

Antônio Calil, à rua Visconde de Inhaúma, 489

– 6º andar – Centro

Inscrição:

https://www.acirp.com.br/eventos/evento_list

.php?cod=1416

https://facesp.com.br/noticia/evento-na-acirp-

discute-propostas-para-desenvolvimento-

economico-da-regiao

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Exemplo Indaiatuba

Data: 17/10/2019

Fazenda convoca contadores para apresentação do programa Via Rápida

Empresa

Novo método de abertura de empresa vigora a

partir de hoje, dia 17

A Prefeitura de Indaiatuba por meio da

Secretaria da Fazenda firmou convênio com o

Governo do Estado por meio da Junta

Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp),

para utilizar o programa de licenciamento de

empresas Via Rápida Empresa (VRE). O novo

método para abertura de CNPJ passa valer a

partir do dia 17 de outubro e para integrar os

contadores com o novo sistema o

Departamento de Rendas Mobiliarias realiza na

terça-feira (15) às 10h no auditório da

Prefeitura a apresentação do Módulo Estadual

de Licenciamento do Via Rápida Empresa, e

convoca a participação dos contadores da

cidade.

O Via Rápida Empresa integra os sistemas

Cadastro Web e o Sistema Integrado de

Licenciamento (SIL), para coleta de dados

para o registro empresarial, consulta prévia de

viabilidade de localização apenas para

municípios conveniados, e as licenças para o

exercício das atividades econômicas,

envolvendo os municípios paulistas

(conveniados ou não) e os órgãos estaduais

responsáveis pelo licenciamento: Vigilância

Sanitária (representada pelo Centro de

vigilância Sanitária – CVS), Meio Ambiente

(representado pela Cetesb) e Corpo de

Bombeiros.

Anteriormente ao convênio a Prefeitura não

mantinha o controle de quantas empresas

iniciavam atividade na cidade, com esse

método qualquer abertura de CNPJ depende

de prévia da administração municipal.

“Atualmente temos mais de cinco mil CNPJs

sem cadastro mobiliário municipal na

Prefeitura. Com o Via Rápida Empresa, além

de desburocratizar o processo teremos um

controle melhor das aberturas, alterações e

encerramento de empresas”, comenta o

responsável pelo Departamento de Rendas

Mobiliarias, Luiz Antônio Cezário dos Santos.

As atividades econômicas de baixo impacto

relacionadas no CNAE (Código Nacional de

Atividade Econômica), serão analisadas em

primeiro momento pela Prefeitura,

manifestando quanto aprovação ou não. Caso

a empresa não atenda aos critérios de

zoneamento, o pedido será reprovado.

http://www.jornalexemplo.com.br/jornal/faze

nda-convoca-contadores-para-apresentacao-

do-programa-via-rapida-empresa/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura de Novo Matão

Data: 17/10/2019

Distrito Industrial de Silvânia

receberá 7 novas empresas Lucas Marcelino

Empreendimentos animam setor de

construção civil e abrirão vagas de trabalho;

Nova licitação será realizada dia 13 de

novembro para mais interessados em adquirir

lotes

Após a abertura dos envelopes da

Concorrência Pública no dia 9 de outubro, a

Prefeitura de Matão, por meio da Secretaria de

Planejamento e Desenvolvimento Econômico,

informa sobre as empresas que serão

instaladas no Distrito Industrial de Silvânia.

Até o fechamento desta edição na tarde de

quinta-feira (17), nenhuma empresa havia

entrado com pedido de recurso, sendo que o

prazo máximo era até as 17h. Portanto, 18

lotes foram comprados por sete empresas de

diferentes ramos, sendo elas Orivaldo Montor -

ME, Israel Henrique da Silva, Polymers High

Performace Iindústria de Revestimento

Termoplástico LTDA, Redentor Rebarbação,

Usinagem e Fundição LTDA, Rhaifel Montagens

Industriais LTDA, Sofer Cotton Máquinas e

Equipamentos LTDA e Terravam Construtora

LTDA. Empreendimentos animam o setor de

construção civil e abrirão novas vagas no

mercado de trabalho.

De acordo com o prefeito Edinardo Esquetini,

ainda estão disponíveis 112 terrenos de 1000

m² até 1800 m². 'Quero lembrar que é uma

grande oportunidade para o empresário que

pagará 10% do valor de um terreno que já

está com toda infraestrutura pronta, sendo

guias, sarjetas, água e esgoto, energia e o

mais importante para o empresário: licenciado

pela Cetesb. Lembrando que a maioria dos

terrenos são de 1000 m², apenas os de

esquina chegam a 1800 m², de qualquer

forma, a pessoa pode comprar dois, três,

quatro, cinco ou mais lotes com o pagamento

de 10% do valor, lógico que a licitação abre a

possibilidade dos lances, ou seja, alguém dá

10% ou 12%, vai outro e dá 15% ou 20%,

então quem dá mais pela área fica com o

terreno', fala.

Desta forma, empresários que estiverem

interessados em adquirir lotes, uma nova

Concorrência Pública acontecerá no dia 13 de

novembro, às 8h30, no Departamento de

Compras e Licitações. 'Abrimos mais uma vez

esta possibilidade aos empresários que

desejam comprar um lote, porque queremos

gerar emprego e renda por meio do Distrito

Industrial de Silvânia. Este é um processo que

será de desenvolvimento da cidade, ou seja,

esta é uma oportunidade importante para os

empresários porque será um investimento de

baixo custo e que, após a instalação das

empresas, aproximadamente 400 empregos

serão gerados de forma direta, além dos

empregos indiretos durante o processo de

construção e de elaboração dos projetos',

explica Hudson Martins, secretário da pasta

responsável.

Empresas de médio e grande portes serão

instaladas no local. Lembrando que as antigas

concessões foram revogadas, portanto, as

empresas interessadas devem participar da

licitação para poder adquirir os terrenos. É

importante observar quais os tipos de

atividades que podem ser realizadas (Cetesb).

As empresas terão o prazo de seis meses para

fazer o projeto, aprová-lo e iniciar as obras. Já

a finalização deve ocorrer no máximo de 360

dias, caso não seja cumprida, a Prefeitura de

Matão poderá retomar essas áreas para

concessão a uma nova empresa.

Lembrando que, após 14 anos do protocolo

feito junto à Cetesb, a atual gestão resolveu

as pendências que existiam desde 2003. Ao

longo de 2017, aconteceu um amplo trabalho

de adequação do distrito e a liberação foi

amparada pelos trâmites legais, que ainda

incluiu a licença de operação publicada pela

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb). Dentre os ajustes realizados

estão a recuperação das galerias de águas

pluviais, pavimentação, interligação da rede

de esgoto, construção das calçadas ecológicas

e adequações na área verde, instalação da

bomba d'água, outorga do poço, plantio de

árvores e outras questões ambientais.

http://novo.matao.sp.gov.br/distrito-

industrial-de-silvania-recebera-7-novas-

empresas/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal A Rua

Veículo2: O Liberal

Veículo3: Tribuna de Ribeirão

Veículo4: Jornal SP Norte

Veículo5: Jornal do Comércio Matão

Data: 18/10/2019

Governo de SP regulamenta lei que proíbe canudos plásticos no Estado

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32555376&e=577

https://liberal.com.br/brasil-e-

mundo/brasil/governo-regulamenta-lei-que-

proibe-canudos-plasticos-no-estado-de-sp-

1091843/

https://www.tribunaribeirao.com.br/site/canu

dos-plasticos-ja-estao-proibidos-em-sp/

https://www.jornalspnorte.com.br/distribuicao

-de-canudos-plasticos-estao-proibidos-no-

estado-de-sao-paulo/

http://cloud.boxnet.com.br/y4dp2h8w

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 17/10/2019

Guarulhos integra grupo de fiscalização contra invasões na Serra

da Cantareira

A preservação do meio ambiente na região

metropolitana de São Paulo ganhou um

importante aliado na manhã desta quarta-feira

(16). Em encontro realizado na sede da

Secretaria Estadual de Segurança Pública, as

prefeituras de São Paulo, Guarulhos e Governo

do Estado criaram o Grupo de Trabalho para

Fiscalização Integrada de Invasões na Serra

da Cantareira, que realizará um trabalho

intensivo nas áreas de proteção ambiental do

parque estadual.

A fiscalização integrada tem a missão de

impedir invasões que ocorrem quase que

diariamente na Serra da Cantareira, além de

realizar a retirada de invasores já

estabelecidos na região, que se aproveitam da

imensidão da serra para se consolidar

irregularmente no local. O Grupo de Trabalho

é composto pela Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente de São Paulo, Secretaria de

Meio Ambiente de Guarulhos, Polícia Militar

Ambiental, Guarda Civil Ambiental de

Guarulhos e Subprefeitura do

Jaçanã/Tremembé.

A Prefeitura de Guarulhos foi representada na

reunião pelo secretário de Meio Ambiente,

Adbo Mazloum, e pelo secretário-adjunto de

Segurança, Joel Bomfim, que estiveram

acertando os detalhes da implantação do

grupo com o secretário-executivo de

Segurança de São Paulo, coronel Álvaro

Batista Camilo, e com técnicos das secretarias

de Meio Ambiente de Guarulhos e São Paulo.

Os órgãos municipais e estaduais realizarão

ações de rotina e atenderão denúncias sobre

invasões, contando ainda com aeronaves para

sobrevôos na área para mapeamento das

invasões. Para denunciar ilícitos ambientais

em Guarulhos, a SEMA disponibiliza o número

0800-772-2006, que não requer identificação

do denunciante.

https://www.guarulhoshoje.com.br/2019/10/1

7/guarulhos-integra-grupo-de-fiscalizacao-

contra-invasoes-na-serra-da-cantareira/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 18/10/2019

Centro logístico ignora Justiça e segue

processo de licenciamento –

Apesar de a juíza da 1° Vara de Fazenda

Pública de Santo André, Daniele Machado

Toledo, ter anulado, em 23 de setembro, as

duas audiências públicas realizadas no

processo de obtenção de licenciamento

ambiental para o CLCG (Centro Logístico

Campo Grande) e barrado a construção de

empreendimento em área próxima a

Paranapiacaba, o empreendedor tenta dar

andamento ao processo que autoriza a obra

junto à Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo).

A decisão judicial cancelou também dois

alvarás de uso de solo expedidos pela

Prefeitura de Santo André e um parecer

técnico de 2014 emitido pela Cetesb, órgão

responsável pelo licenciamento. No mesmo dia

23 de setembro, foi enviada pelo

empreendedor à Cetesb certidão de uso de

solo emitida pela administração municipal que

atesta que o empreendimento é compatível

com a Luops (Lei de Uso e Ocupação do Solo)

e com o Plano Diretor. Ocorre que o artigo da

Luops que permitia a instalação de atividade

logística na área – dentro da macrozona de

proteção ambiental da Mata Atlântica – foi

revogado no ano passado. O projeto de

revisão do Plano Diretor foi retirado da

Câmara no início de setembro e não tem prazo

para retornar.

Em ofício enviado à Cetesb, o empreendedor

justifica que a Lei 4.169, de 1973, determina

que todas as áreas do município localizadas

fora do perímetro urbano foram consideradas

de expansão urbana, logo, compatíveis com o

empreendimento. No entanto, Virgílio Alcides

de Farias, advogado e ambientalista autor da

ação judicial que tenta barrar a construção,

argumenta que desde 1988 o zoneamento das

cidades é regido pela Luops e pelos planos

diretores. O documento vigente em Santo

André é de 2004.

Farias fez nova representação junto ao MP

(Ministério Público) pedindo que tanto o CLCG

quanto a administração municipal, bem como

os responsáveis pela certidão emitida pela

Prefeitura e pelo EIA/Rima (Estudo de Impacto

Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental)

sejam punidos por crime ambiental e, os

agentes públicos, por improbidade

administrativa.

“O empreendedor está agindo como quem não

respeita a legislação municipal. Apresentando

essa documentação, que não condiz com as

leis em vigência, também desrespeitam a

decisão da juíza de Santo André”, argumentou

Farias. O advogado declarou, ainda, que o

projeto do centro logístico foi apresentado

recentemente ao Contur (Conselho Municipal

de Turismo) da cidade, o que, na sua

avaliação, também vai contra a decisão

judicial que anulou todo o processo de

licenciamento.

Questionado, o CLCG informou que todos os

atos e documentos que têm sido utilizados no

licenciamento do projeto foram obtidos em

absoluta conformidade com a legislação.

“Quanto a eventuais alegações em sentido

contrário, o CLCG irá se manifestar quando e

se houver um comunicado oficial, o que até o

momento não ocorreu.”

A Prefeitura informou que não há nenhum tipo

de relação entre o processo jurídico e a

apresentação realizada ao Contur e que, como

a ação não está transitada em julgado, o

conselho não pode se omitir em debater o

tema. A Cetesb confirmou que a certidão de

uso municipal foi protocolada dentro do prazo

concedido e que dará continuidade à análise

do relatório.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3147589/c

entro-logistico-ignora-justica-e-segue-

processo-de-licenciamento

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Trianon

Veículo2: Super Rádio Piratininga

Data: 17/10/2019

Programa Metrópole Em Foco / Decreto sobre a proibição de canudos no estado de São Paulo foi assinado /

Parte II

http://cloud.boxnet.com.br/y4ynvsug

http://cloud.boxnet.com.br/yyrw5rqf

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Grupo de Comunicação

Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 18/10/2019

Prefeitura gasta quase R$ 300 mil

para evitar novos deslizamentos no aterro

http://cloud.boxnet.com.br/yxvr2bak

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Grupo de Comunicação

Veículo: Leia Notícias Botucatu

Data: 18/10/2019

Pardini apresenta mais documentos

para construção da Represa no Rio Pardo

NA CESTEB. Prefeito disse que saiu otimista

com a obra e ansioso pelo licenciamento de

instalação e construção.

Haroldo Amaral

O Prefeito Mário Pardini esteve nesta semana

na CETESB, em São Paulo, onde apresentou

mais documentos relacionados à construção

da Represa no Véu de Noiva, que permitirá

abastecimento de Botucatu por

aproximadamente 40 anos. Essa Represa está

projetada no Rio Pardo.

Conforme informou, Pardini fez uma defesa

oral do plano de licenciamento da obra, onde

garantiu que todas as exigências estão sendo

cumpridas, inclusive as dúvidas que os

técnicos do órgão levantaram. "Fiz a defesa do

projeto, entendendo que ela permitirá o

abastecimento de Botucatu por mais algumas

décadas, sua importância regional, e

apresentamos novos documentos que foram

solicitados à medida que o projeto avança’,

destacou o Prefeito.

“Eles pediram informações sobre a obra de

represamento, plano relacionado à

preservação da fauna e flora, e pediram

detalhes sobre alguns afluentes que fazem

parte da bacia do Tietê, como o Pardo eo

Tejupá, entre outros. Questões muito técnicas

sobre armazenamento, tempo médio de

retenção de águas, entre outras questões”,

finalizou.

Complexo

Pardini ressaltou, ainda. que saiu otimista com

a obra, ansioso pelo licenciamento de

instalação e construção da represa,

ambicionada desde o tempo em que o atual

chefe do executivo era Superintendente da

Sabesp.

“É muito complexa a construção de uma

represa e estamos falando de uma das

maiores obras de abastecimento e

represamento em andamento no Estado”

destacou.

A CETESB deve se manifestar sobre os

documentos apresentados pela Prefeitura de

Botucatu e a defesa oral da obra feita por ele

na próxima semana. "Agora é aguardar, estou

muito otimista, pois já estamos vendo cidades

na região sem abastecimento e ainda nem

começou o Verão”. comentou.

Licitação

A obra que dará forma à Represa do Véu de

Noiva no Rio Pardo já tem um consórcio de

empresas selecionado em licitação pública

conduzida pela Sabesp, que executará a

construção. Em abril, o Consórcio DP Barros,

Novatec Construções e ETC Empreendimentos

venceu a licitação com o valor de R$

44.300.000.00.

O projeto prevê a inundação de 150 hectares

de área entre os municípios de Botucatu e

Pardinho. Diversos proprietários de terras

cederam às áreas e em outros casos houve

acordo judicial em relação aos valores da área

ocupada.

http://cloud.boxnet.com.br/y3k59tel

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Grupo de Comunicação

Veículo: Joranl Tribuna

Data: 18/10/2019

Seminário discute a economia da RMRP

A prefeitura e a Associação Comercial e

Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) promovem,

na próxima segunda-feira, 21 de outubro, o

seminário “Investe RP SP - Diálogos &

Oportunidades”, com o objetivo de debater

propostas para acelerar o desenvolvimento

econômico da Região Metropolitana (RMRP),

responsável por cerca de 2,95% das riquezas

produzidas no País, segundo estudo do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de

2016 - o mais recente.

O evento será no período da manhã, das 8h30

às 12 horas, com entrada franca. Quem

comparecer poderá acompanhar três palestras

que terão como moderador o prefeito Duarte

Nogueira Júnior (PSDB), também presidente

do Conselho de Desenvolvimento da RMRP. A

primeira palestra, às 9h30, será

“Licenciamento e Simplificação”, ministrada

por Patrícia Iglesias, diretora presidente da

Companhia de Tecnologia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), e te rá como

debatedores o presidente da Adrp, Dorival

Balbino, e a secretária municipal de Meio

Ambiente, Sônia Valle Walter Borges de

Oliveira.

Às 10hl5 ocorre a palestra “Linhas de

Financiamento”, ministrada por Ana Paula

Shuay, superintende de Negócios - Setor

Privado, do Desenvolve SP, tendo como

debatedores André Fávero, subsecretário de

Competitividade da Indústria, Comércio e

Serviços, e Edsom Ortega, secretário

municipal de Planejamento e Gestão Pública.

A terceira palestra, “Eixos de Desenvolvimento

da Região Metropolitana de Ribeirão Preto e

Oportunidades”, começa às onze horas e será

ministrada por Wilson Melo, presidente da

Investe SP, tendo como debatedores André

Fávero, subsecretário de Competitividade da

Indústria, Comércio e Serviços; Nelson Rocha

Augusto, economista e presidente do Banco

Ribeirão Preto, e Guilherme Feitosa, diretor

regional do Centro das Indústrias do Estado de

São Paulo (Ciesp).

O seminário será na sede da Acirp, no

Auditório Amin Antônio Calil, na rua Visconde

de Inhaúma n° 489, sexto andar, no Centro. A

inscrição deve ser feita no site

https://www.adrp.om.br/eventos/evento_list.

php?cod=1416. O evento tem o apoio do

Ciesp e do Sindicato do Comércio Varejista de

Ribeirão Preto e Região (Sincovarp).

A Região Metropolitana de Ribeirão Preto

(RMRP), formada por 34 cidades, tem uma

população de 1.720.469 habitantes,

crescimento de 1,05% em relação aos

1.702.479 do ano passado, segundo

estimativa do IBGE divulgada em 29 de

agosto.

Houve um acréscimo de 17.990 moradores no

período. O índice de crescimento foi inferior ao

de 2018, quando a população da RMRP

avançou 1,4%. A metrópole é a mais

populosa, com 703.293 pessoas. Ribeirão

Preto também é a 23a cidade que mais produz

riquezas no Pais, mas é apenas a 414a no

ranking do PIB per capita. Segundo o estudo,

em 2016, quando a cidade tinha 674.405

habitantes de acordo com o próprio IBGE, o

Produto Interno Bruto da cidade era de R$

29,98 bilhões, o 23° do BrasiL A participação

de Ribeirão Preto na produção das riquezas

nacionais é de 0,48% - era de 0,46% em

2015 e de 0,49% no período anterior. No

ranking estadual, a cidade, que havia galgado

uma posição entre 2014 e 2015, subindo do

11° para o 10° lugar - era o 12a em 2013 -,

agora voltou para o 11° lugar . A participação

do PIB ribeirão-pretano no Estado é de 1,43%,

contra 1,44% do estudo anterior.

Ribeirão Preto perdeu onze posições no

ranking do PIB per capita - divisão da

produção local pelo número de habitantes -

e caiu do 403“ para o 414° lugar.

O valor que cada trabalhador da cidade recebe

por ano, no entanto, aumentou 6,5%, de R$

41.736,07 em 2015 para R$ 44.463,80 em

2016, acréscimo de R$ 2.727,73 - pelo valor

atual (R$ 954), são quase três salários

mínimos a mais.

Compõem a RMRP as cidades de Altinópolis,

Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia

dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba,

Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis

Antônio, Mococa, Monte Alto, Morro Agudo,

Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pontal,

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Grupo de Comunicação

Pradópolis, Ribeirão Preto, Sales Oliveira,

Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa

Quatr o, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio

da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana,

Sertãozinho, Taiuva, Tambaú e Taquaral.

Serviço

Seminário: "Investe RP SP -

Diálogos & Oportunidades"

Quando: segunda-feira, 21 de outubro

Horário: das 8h30 às 12 horas

Local: Auditório Amin Antônio Calil, sede da

Acirp

Endereço: rua Visconde de Inhaúma n° 489,

sexto andar, Centro

Inscrição:

https://www.acirp.com. br/eventos/eventojist.

php?cod=l416

RAFAEL CAUTELLA Seminário será na sede da

Acirp com o objetivo de debater propostas

para acelerar o desenvolvimento econômico da

Região Metropolitana (RMRP)

http://cloud.boxnet.com.br/y5vqnjvu

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Grupo de Comunicação

Veículo: Estadão

Data: 18/10/2019

Poluição em São Paulo está caindo

Estudo da Cetesb mostra que os níveis de

poluição no Estado de São Paulo têm

diminuído ao longo dos anos

COM A RENOVAÇÃO GRADUAL DA FROTA DE

AUTOMÓVEIS E A CHEGADA DE NOVAS

TECNOLOGIAS, O NÍVEL DE POLUIÇÃO TEM

MELHORADO AO LONGO DOS ANOS

Crédito: Werther Santana/Estadão

Ainda é cedo para comemorar, mas a poluição

no Estado de São Paulo tem diminuído ao

longo dos últimos anos. Dados da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)

demonstram que o nível dos gases poluentes

tem caído. Para se ter uma ideia, nos últimos

12 anos a emissão de monóxido de carbono

(CO) caiu pela metade.

De acordo com o gerente do setor de emissões

veiculares do órgão, Marcelo Pereira Bales, a

redução gradual pode ser creditada ao

Proconve, programa instituído nos anos 80

para controlar as emissões veiculares.

Carro elétrico x gasolina

Naquela época, os automóveis ainda

utilizavam carburador. Atualmente o programa

está na sexta fase, chamada de L6. A cada

etapa, os limites de emissão foram sendo

restringidos, o que exigiu a introdução de

motores mais modernos. Segundo o órgão

ambiental, fatores como renovação gradual da

frota de automóveis (entrada de novos

veículos e sucateamento de modelos velhos) e

introdução de novas tecnologias (injeção

eletrônica e catalisador, por exemplo) podem

explicar a diminuição da poluição.

Mesmo assim, de acordo com a Cetesb, ainda

que as emissões estejam decrescendo, a

qualidade do ar nas grandes cidades

apresenta altos níveis de concentração de

ozônio e de material particulado. Nesse caso,

embora não se trate de material poluente, eles

“não protegem a saúde das populações

expostas”.

Índice de monóxido de carbono caiu pela

metade

O gráfico abaixo mostra que em 12 anos

(entre 2006 e 2017) as emissões de monóxido

de carbono (CO) caíram das 658 mil toneladas

emitidas no Estado em 2006 para 328 mil

toneladas em 2017. Assim, embora a queda

tenha sido relevante, os níveis atuais ainda

são muito elevados.

É preciso levar em conta, no entanto, que não

há uma relação direta entre os dados

referentes a cada poluente. O nível de emissão

de cada um é muito diferente. Eles só

aparecem próximos para poder figurar no

mesmo gráfico.

O vetor vertical refere-se a 1.000 toneladas de

emissões, enquanto o horizontal representa os

anos.

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Grupo de Comunicação

Além da redução no monóxido de carbono, a

queda é verificada também nos outros

poluentes. Os óxidos de nitrogênio (NOx)

caíram de 238 mil toneladas em 2006 para

155 mil t em 2017. O nível de hidrocarbonetos

não metano (NMHC) foi reduzido de 128 mil

toneladas para 70 mil toneladas. O dióxido de

enxofre (SO2) caiu de 13,9 mil toneladas para

4,7 mil toneladas. Nesse caso, houve uma

brusca redução em 2014, época em que o

nível de enxofre na gasolina foi reduzida

fortemente.

De acordo com a Cetesb, 60% dessas

emissões estão concentradas em regiões

metropolitanas. Os automóveis foram os

maiores responsáveis pela emissão de CO e

NMHC. Caminhões respondem pela emissão de

material particulado (MP), NOx e SO2. O

Estado de São Paulo detém cerca de 40% da

frota nacional.

Poluição pode até causar câncer

O monóxido de carbono reduz a oxigenação no

sangue. Já o material particulado é uma

espécie de fuligem que, devido a seu pequeno

tamanho, mantém-se suspensa na atmosfera

e pode atacar as defesas do organismo.

Entre os sintomas causados no corpo humano

estão irritação de olhos e garganta, dor de

cabeça, bronquite, asma e até câncer de

pulmão.

Em grande parte, o material particulado é

representado pela fumaça preta emitida por

motores a diesel desregulados. Mas ele

também pode ser causado por partículas de

pneus no asfalto e materiais de freio e

embreagem, por exemplo. Embora esse

material normalmente fique depositado no

chão, ele tende a voltar à atmosfera por causa

de ventos ou movimentação de veículos. É o

que a Cetesb chama de “emissão de

ressuspensão”.

Veja como economizar combustível

Como o nível de emissão está diretamente

relacionado ao consumo de combustíveis, é

importante economizar. Para conseguir esse

objetivo, basta seguir algumas dicas simples.

Em primeiro lugar, não se deve encher o

tanque até a boca. Pare o abastecimento logo

que a bomba desligar automaticamente.

Tentar colocar mais combustível é puro

desperdício, já que o excesso pode ir direto

para o cânister.

Esse filtro de carvão tem a função de eliminar

gases provenientes do combustível. Além de

jogar dinheiro fora, a prática pode estragar o

filtro. Além disso, quanto mais combustível

entrar no tanque, maior é a emissão

evaporativa. O tanque tem em seu interior

vapores de combustível. À medida que o

líquido entra, esses vapores são expulsos para

a atmosfera.

Pneus descalibrados são um dos principais

vilões do alto consumo de combustível.

Pressão mais baixa que a recomendada

aumenta a área de contato com o piso. E, com

isso, o atrito fica mais elevado.

Se a direção estiver desalinhada, o motor terá

de fazer mais força para movimentar o

veículo. Procure calibrar todos os pneus a cada

abastecimento.

Dirigir como piloto não é boa ideia

A maneira como você dirige é essencial para

economizar combustível. Não acelere mais que

o necessário. Deixe a velocidade subir

gradativamente. Excesso de rotação eleva

muito o consumo. E, se o semáforo à frente

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Grupo de Comunicação

estiver fechado, diminua a aceleração com

antecedência, para não precisar frear muito.

Agindo assim, além de economizar

combustível, você também vai poupar freios.

Também é importante não esticar as marchas.

Procure trocá-las dentro da faixa de maior

torque do motor, mais ou menos em torno de

3.000 rpm. Fazer mudanças com rotações

muito elevadas aumenta muito o consumo.

Segurar o carro em subidas com os pés na

embreagem e no acelerador não só eleva o

consumo de combustível como também

acelera o desgaste da embreagem.

E não se esqueça de manter a manutenção em

dia. Verifique as condições de velas, cabos de

ignição e filtros de ar. Se a queima de

combustível não estiver sendo bem feita,

haverá elevação de consumo. O meio

ambiente e seu bolso agradecem.

https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/p

oluicao-em-sao-paulo-esta-caindo/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 18/10/2019

Acidente entre ônibus e caminhão deixa feridos na Rodovia Anhanguera

em Porto Ferreira

Ao menos 13 pessoas foram socorridas para o

Hospital Dona Balbina na cidade.

Um ônibus bateu na traseira de um caminhão

carregado com combustível em Porto Ferreira

(SP) na madrugada desta sexta-feira (18) e

deixou feridos.

Segundo o Hospital Dona Balbina, 13 pessoas

foram atendidas, sendo 12 passageiros e um

familiar que foi à unidade e passou mal. A

assessoria de imprensa do hospital informou

nesta manhã que oito vítimas já receberam

alta. Quatro ainda estão internadas em estado

grave.

A concessionária Intervias, que administra o

trecho da rodovia, informou que o

congestionamento na pista sentido capital

chegava aos 10 km por volta das 8h.

Alguns veículos de carga pesada fazem um

desvio por uma estrada de terra no km 231.

O acidente

O acidente aconteceu no km 208 da Rodovia

Anhanguera (SP-330). O ônibus da Viação

Comenta saiu de Franca com destino a

Campinas.

Segundo a Polícia Rodoviária, a pista ainda

está interditada, porque houve vazamento de

cerca de cinco mil litros de combustível.

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) foi chamada para avaliar os

impactos no meio ambiente causados pelo

vazamento.

Desde as 6h, a equipe de uma empresa

especializada realiza o transbordo do

combustível para outro caminhão.

A previsão da concessionária é que a pista

seja totalmente liberada até meio-dia.

Socorro

A Viação Cometa informou que os feridos

foram encaminhados para atendimento. Os

demais passageiros já seguiram viagem para

Campinas.

A empresa lamentou o ocorrido e está

prestando assistência às vítimas.

A empresa reitera que está apurando os fatos

e se mantém à disposição das autoridades

para esclarecimentos.

http://cloud.boxnet.com.br/y54gkd65

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Globo

Data: 18/10/2019

Parque ecológico do Guarapiranga recebe 370 mil pessoas por ano

http://redeglobo.globo.com/videos/v/parque-

ecologico-do-guarapiranga-recebe-370-mil-

pessoas-por-ano/8013562/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jovem Pan

Data: 18/10/2019

Âncora pergunta ao empresário André se terá final feliz o projeto Andaranguá

http://cloud.boxnet.com.br/yya35b6y

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 18/10/2019

Praça da Cidadania será inaugurada no dia 27 de outubro em Santo André

http://cloud.boxnet.com.br/y3qwglu5

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Presidente Prudente e região

Data: 17/10/2019

Trabalhadores de usina sucroalcooleira

encontram filhote de gato-do-mato em

meio a canavial em Junqueirópolis

Fêmea, que apresentou o peso de 240

gramas, foi resgatada pela Polícia Militar

Ambiental e levada a uma clínica veterinária

particular em Dracena. Espécie está ameaçada

de extinção.

Por Carlos Volpi, TV Fronteira

Filhote de gato-do-mato foi resgatado em

Junqueirópolis — Foto: Polícia Militar

Ambiental

A Polícia Militar Ambiental resgatou na

manhã desta quinta-feira (17) um filhote de

gato-do-mato-pequeno que foi encontrado em

meio a um canavial em Junqueirópolis (SP).

A corporação foi acionada, por volta das 10h,

por trabalhadores de uma usina

sucroalcooleira que se depararam com o

animal na área de plantação de cana-de-

açúcar.

A fêmea apresentou o peso de 240 gramas.

(CORREÇÃO: Inicialmente, a Polícia Militar

Ambiental havia identificado o animal como

um filhote de jaguatirica. Porém,

posteriormente, a mesma corporação retificou

a informação, salientando que, após "uma

melhor identificação", concluiu que se trata de

um filhote de gato-do-mato-pequeno. A

reportagem foi atualizada às 17h54, com a

correção.)

De acordo com informações do Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade

(ICMBio), o gato-do-mato-pequeno

(Leopardus guttulus) está na Lista Nacional

Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de

Extinção.

Como se trata de um filhote ainda em estágio

de lactação, que estava no local sem a mãe,

os policiais levaram o animal a uma clínica

veterinária particular na cidade vizinha de

Dracena (SP). No local, a fêmea está sob os

cuidados do médico veterinário Colombo

Guerra Carvalho Júnior.

Segundo a polícia, o filhote terá de ficar sob

cuidados humanos em cativeiro por um

período de aproximadamente dois meses até

ganhar peso e desenvolvimento.

Depois disso, ainda de acordo com a

corporação, o animal será solto em habitat

natural no Parque Estadual do Rio

Aguapeí.

Segundo a polícia, é comum o aparecimento

desse tipo de espécie nos canaviais, porque se

tornam um refúgio natural, devido à restrição

do uso do fogo para a queima da palha da

cana-de-açúcar.

O ICMBio disponibiliza, através do Centro

Nacional de Pesquisa e Conservação de

Mamíferos Carnívoros (Cenap), as seguintes

informações sobre a espécie:

Nome comum: gato-do-mato-pequeno.

Ameaças e conservação: caça para o comércio

de peles, destruição das florestas, população

reduzida devido a fragmentação e conversão

de habitat natural em plantações e pastagens

e restrito conhecimento sobre sua biologia. É

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Grupo de Comunicação

classificado pelo Ministério do Meio Ambiente

como espécie vulnerável.

Comprimento total: 83,5cm (média).

Peso: 1,5kg a 3kg.

Alimentação: composta por mamíferos muito

pequenos (menos de 100 gramas), aves e

répteis.

Número de filhotes: 1 a 4.

Gestação: 73 a 78 dias.

Longevidade: 11 anos.

Estrutura social: solitário.

Padrão de atividade: noturno e diurno.

Distribuição geográfica: ocorre nas regiões sul,

sudeste e centro-oeste do Brasil, além do

Paraguai e do nordeste da Argentina,

ocupando geralmente ambientes variados,

desde áreas mais abertas àquelas com

vegetação densa.

Habitat: ocupa vários ambientes, desde áreas

mais abertas à vegetação densa.

Descrição física: junto com o gato-macambira

(Leopardus tigrinus), é o menor gato silvestre

da América do Sul, com tamanho semelhante

ao de um gato doméstico. A coloração é bem

variável, com tonalidades entre o amarelo-

claro e o castanho-amarelado. O melanismo

também é comum na espécie. A pelagem

dessa espécie, comparada com a L. tigrinus,

tende a tons mais escuros e com rosetas

maiores e mais arredondadas, além de ser

levemente mais encorpada, com uma cauda

mais grossa e orelhas menores e mais

arredondadas. A pelagem da barriga é pálida

coberta com manchas escuras. As orelhas são

pretas na porção posterior, com uma mancha

central branca. A cauda equivale a 60% do

comprimento da cabeça e do corpo. Os pelos

são todos voltados para trás, inclusive os da

cabeça e da nuca. Recentemente, por meio de

estudos moleculares, a subespécie Leopardus

tigrinus guttulus foi elevada para espécie.

Gato-do-mato foi levado a uma clínica veterinária

em Dracena — Foto: Carlos Volpi/TV Fronteira

Gato-do-mato foi levado a uma clínica veterinária

em Dracena — Foto: Carlos Volpi/TV Fronteira

https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-

regiao/noticia/2019/10/17/trabalhadores-de-

usina-sucroalcooleira-encontram-filhote-de-

jaguatirica-em-meio-a-canavial-em-

junqueiropolis.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Agro

Data: 17/10/2019

Campanha propõe R$ 0,25 a mais no

preço de sanduíche para reduzir

sofrimento de milhões de frangos

Segundo estudo, custo adicional permitiria que

animais fossem criados com alto nível de bem-

estar em vez de passarem por crescimento

acelerado e de conviverem em espaços

apertados.

Por Reuters

Frangos criados de maneira convencional —

Foto: Governo do Santa Catarina/Divulgação

Basta uma moeda a mais para que milhões de

animais de produção tenham uma vida melhor

antes de virarem alimento em redes de fast

food do Brasil, defende campanha lançada na

quarta-feira (16) pela organização

internacional Proteção Animal Mundial, que

toma como base estudo comparativo de custos

de criação de frangos no país.

Segundo a entidade, ONG anteriormente

conhecida como Sociedade Mundial de

Proteção Animal, um sanduíche de uma rede

de fast food no Brasil que usa frango criado

com alto nível de bem-estar sai R$ 0,25 mais

caro que aquele que contém carne de um

animal criado em condições que estimulam

crescimento acelerado e alta concentração de

animais por metro quadrado.

A pesquisa, realizada em parceria com a

consultoria internacional IHS Markit, analisou

custos fixos e variáveis de diferentes

sanduíches de carne de frango e outros

produtos de frango como nuggets. Segundo o

levantamento, a carne de frango representa

entre 8% e 11% do custo total do produto.

A campanha da Proteção Animal Mundial é

lançada em um momento de crescimento no

número de consumidores que se declaram

como vegetarianos ou que têm interesse em

produtos alternativos à carne animal.

Empresas como Fazenda Futuro, Superbom,

Seara e Marfrig lançaram este ano produtos à

base de plantas alternativos a itens como

hambúrgueres de carne de boi e bife de

frango, de olho em um mercado que está

movimentando bilhões de dólares nos Estados

Unidos.

"Nenhuma rede fast food hoje no Brasil tem

compromissos de aquisição de produtos que

zelam pelo bem-estar dos animais. Estamos

procurando comprometimentos no Brasil das

grandes redes internacionais, que lá fora têm

compromissos firmados", acrescentou ela,

referindo-se a frango de corte e citando como

exemplos redes como KFC , Burguer King e

Subway.

Crescimento acelerado

Rueda comentou que atualmente o tempo

médio de crescimento dos frangos no Brasil

até o abate é de 42 dias, ganhando 65 gramas

de peso por dia. Segundo ela, essa velocidade

causa uma série de problemas aos animais e

prejuízo às próprias granjas, uma vez que o

desenvolvimento acelerado dos frangos gera

dores crônicas e até fraturas, o que leva ao

descarte.

"Hoje, o frango cresce muito rapidamente por

causa de melhoramentos genéticos, mas as

articulações não aguentam essa velocidade de

crescimento muscular. Um dos nossos pontos

é que esses animais tenham um crescimento

saudável, um pouco mais lento, passando de

42 para 52 dias antes do abate", disse Rueda.

Espaço de criação

Além do crescimento acelerado, a entidade

também cita um quadro de aumento na

densidade das granjas, que podem chegar a

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Grupo de Comunicação

destinar um espaço menor que uma folha de

papel A4 para cada frango viver.

O pedido da Proteção Animal Mundial é para

uma redução na média de animais por metro

quadrado de 11 para 8,5. Essa redução, além

de dar mais espaço às aves, ajudaria, junto

com a desaceleração no crescimento, a reduzir

o nível de estresse dos frangos, fortalecendo o

sistema imunológico dos animais, disse Rueda.

"Animal sem estresse crônico fica menos

sujeito a ficar imunossuprimido e a

possibilidade das bactérias se reproduzirem é

menor", disse ela, citando a salmonella como

exemplo.

Nas contas da entidade, incluir cuidados como

instalação de poleiros e fardos de feno nas

granjas e garantir seis horas contínuas de

escuro por dia para descanso adequado das

aves, custariam 38 centavos de real a mais

por quilo de ave viva.

"A ideia aqui não é defender a criação de

frango solto, o que geraria um custo absurdo

para os produtores... O que o estudo mostra é

que se mexer em todos esses outros aspectos,

o bem-estar dos animais melhora muito e o

custo não é tão caro."

O que os restaurantes fazem?

A rede Subway afirmou em comunicado que

dá preferência de compra a fornecedores que

compartilham do compromisso do grupo com

o bem-estar animal e que todo frango servido

nas lojas no país vem de aves livres de

confinamento em gaiolas.

"Nós já iniciamos uma transição para

trabalharmos apenas com fornecedores que

utilizam ovos de galinhas não confinadas em

gaiolas. Nos comprometemos que até 2025 ou

antes, 100% dos ovos utilizados nas fórmulas

dos produtos nos restaurantes da Subway

Brasil, serão de galinhas não submetidas a

confinamento."

Por sua vez, a KFC Brasil, franquia master da

rede KFC, afirmou em comunicado que

"embora alguns mercados estejam mais

avançados do que outros nessas áreas (de

bem estar animal), nosso objetivo é a

melhoria contínua dos padrões de cuidados

com animais em todo o mundo".

A companhia afirmou ainda que sua política

global é concentrada em quatro áreas

principais de saúde e bem-estar animal: taxas

de mortalidade reduzidas, saúde animal

aprimorada, mobilidade animal e redução do

estresse.

O Burguer King Brasil afirmou que "possui

políticas rígidas relacionadas ao bem estar

animal que precisam ser cumpridas para que

um fornecedor seja homologado. A rede

reforça o seu compromisso na escolha de seus

parceiros para oferecer respeito e qualidade

em toda cadeia produtiva".

https://g1.globo.com/economia/agronegocios/

noticia/2019/10/17/campanha-propoe-r025-a-

mais-no-preco-de-sanduiche-para-reduzir-

sofrimento-de-milhoes-de-frangos.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Ita News

Data: 18/10/2019

Flagra da semana

http://cloud.boxnet.com.br/y3njeau2

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: O Tempo

Data: 18/10/2019

Resgate do propósito

A centralidade e a valorização das pessoas é o

fio conector das tendências

Por LUÍS MÁRCIO ARAÚJO RAMOS |

CONSELHEIRO DA ABRH E DIRETOR

EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO

XAVIER

Vivemos tempos de profundas mudanças no

comportamento da comunidade global. Novas

formas de consumo, concorrência acirrada,

disputas pelos mercados, barreiras

econômicas e muitas outras dinâmicas de um

mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo

(Vuca) nos passam uma sensação de

permanente desorganização. Somos

acometidos pelas dúvidas em relação aos

melhores caminhos e incertezas quanto ao

futuro das nossas empresas. Diante de tudo

isso, como ser sustentável, perene e

transmitir às futuras gerações os genes

daqueles que nos idealizaram?

Estaremos cada vez mais sujeitos às novas

tecnologias, robotização, inteligência artificial

e outros importantes componentes da

transformação digital, mas tudo isso somente

tem sentido quando feito em benefício do

próprio homem, da sua produtividade e da

qualidade de vida.

Em meio à velocidade das transformações,

nasce um forte movimento global de resgate e

valorização do propósito empresarial e das

pessoas. E isso parece fazer todo o sentido! A

recente conferência da Society for Human

Resource Management, maior encontro

mundial de recursos humanos, trouxe

importantes reflexões sobre a forma de

inserção do capital humano nesta jornada de

transformações. A centralidade e a valorização

das pessoas é o fio conector das tendências.

Iniciativas de estímulo à diversidade e à

pluralidade das formas de ser, pensar e agir

suscitam novas ideias e trazem a inovação

para o dia a dia das empresas. A diversidade

tem sido encarada como uma forma de

garantir a necessária renovação e evolução

das práticas e comportamentos para fazer

frente ao mundo Vuca. Novas gerações,

apoiadas por tutores mais experientes,

mulheres em posições gerenciais e de alta

liderança, pessoas com deficiências, presença

de todos os gêneros, raças e etnias são

expressões da inclusão e do acolhimento ao

amplo espectro das diferenças humanas, que

ainda se deparam com padrões inconscientes

e fortes barreiras. Estimulando ainda mais a

prática de uma força de trabalho diversa,

estudos começam a apresentar seus impactos

na performance organizacional, demonstrando

sua associação direta com a geração de

resultados em todas as dimensões, inclusive

financeiras.

Outra tendência é a constituição de uma

agenda permanente de bem-estar e qualidade

dos ambientes de trabalho. As jornadas e

formas de exercê-las também mudam.

Flexibilidade, informalidade e conectividade

aparecem com força total. Os investimentos

em saúde mental e felicidade chegam como

importantes alavancas ao fortalecimento do

engajamento e da geração de resultados, além

da contribuição direta ao desenvolvimento da

sociedade.

As empresas, por meio de seus líderes,

precisam caminhar no sentido da ampliação da

compreensão do negócio e de suas conexões.

Criada uma empresa, ela se torna do mundo,

das pessoas, das famílias, dos clientes e das

comunidades. Torna-se ativo de todos e, o

mais incrível, quanto maior essa capacidade,

maior seu sucesso e valor.

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Grupo de Comunicação

As empresas que conseguem estabelecer suas

conexões e transmitir com transparência e

clareza o seu propósito, a razão mais profunda

da sua existência – a sua alma – são capazes

de “tornar o trabalho mais significativo,

atrativo, motivante e reter pessoas

excepcionais”, segundo Jim Collins, um dos

maiores expoentes da administração

contemporânea. Nesta perspectiva, tais

empresas conseguem, seguramente, superar

os desafios do hoje e construir pontes para o

futuro.

A construção de espaços de confiança é uma

distintiva competência capaz de gerar

colaboração, produtividade, inovação e

resultados. Estimular o desenvolvimento e a

realização das pessoas, o pleno exercício do

respeito. Incentivar ambientes favoráveis à

criatividade, em que as pessoas sejam

valorizadas por suas fortalezas e façam a

diferença. Fazer a diferença para clientes,

conhecer suas estratégias e participar dos

seus desafios. Atuar com transparência junto

aos stakeholders e às comunidades e ter

muita coragem para assumir riscos e seguir

em frente. Talvez estes sejam os caminhos

para a perenidade. Então, vamos lá. Vamos

ser de todos, ter propósito inspirador e deixar

um forte legado!

https://www.otempo.com.br/opiniao/conexao-

rh/resgate-do-proposito-1.2250053

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Grupo de Comunicação

Veículo: El País

Data: 17/10/2019

Macacos obrigados a girar, gatos com 13

extrações de sangue por dia

Revelado na Alemanha um grande caso de

maus-tratos a animais num laboratório que faz

testes para a indústria

Macacos presos pelo pescoço, em cena de

vídeo gravado pelo ativista infiltrado.

ANA CARBAJOSA VICENTE

Berlim -

O Ministério Público alemão investiga um caso

de suposto maus-tratos a animais depois do

vazamento de um vídeo gravado de forma

secreta em um laboratório que faz testes com

animais. Promotores de Stade, no norte do

país, abriram um inquérito nesta semana após

receberem a ação proposta por ativistas de

defesa de direitos dos animais e os resultados

das inspeções feitas por autoridades regionais.

Macacos pendurados pelo pescoço e obrigados

a girar descontrolados sobre si mesmos e cães

presos em celas ensanguentadas são algumas

das imagens que aparecem no vídeo gravado

por um infiltrado da organização alemã Soko.

“Infiltramos um de nossos membros durante

quatro meses como funcionário no laboratório

e ele gravou as imagens. Há gatos dos quais

tiravam sangue 13 vezes por dia. As pessoas

têm o direito de saber o que acontece nesses

laboratórios”, afirma Friedrich Mülln, um dos

fundadores da Soko e responsável pelas

investigações da organização. O infiltrado

gravou imagens entre dezembro de 2018 e

abril de 2019 no LPT, um laboratório de

Mienenbüttel, perto de Hamburgo, que usa

animais para testar produtos de empresas

químicas e farmacêuticas do mundo todo. O

laboratório não respondeu aos contatos do EL

PAÍS por telefone e e-mail para apresentar

sua versão.

“Desde sexta-feira passada recebemos várias

ações judiciais e começamos a investigar”,

confirma Johannes Kiers, porta-voz do

Ministério Público, acrescentando que o

processo pode durar meses. As autoridades

veterinárias do distrito de Hargurg, que

abrange Mienenbüttel, disseram que as

imagens mostram “falhas consideráveis” no

laboratório, segundo um comunicado

divulgado pelo jornal Süddeutsche Zeitung.

Desde 2015 foram feitas nove inspeções, sete

delas sem aviso prévio. Nas inspeções feitas

após a apresentação do vídeo, foram

encontrados 44 macacos em “jaulas muito

pequenas”, em torno de um metro cúbico, o

que lhes causa “um sofrimento considerável e

prolongado”, apesar de naquele momento não

estarem sendo submetidos a experimentos. As

autoridades advertem, entretanto, que “nem

todas as imagens e vídeos publicados e que o

público corretamente percebe como cruéis

representam violações legais”.

A diretriz europeia 2010/63 relativa à proteção

dos animais usados para fins científicos

estabelece que “os animais, exceto os que

forem naturalmente solitários, devem ser

alojados em grupos estáveis de indivíduos

compatíveis”. Indica além disso que “todos os

animais devem dispor de um espaço da

complexidade suficiente para lhes permitir

expressar uma ampla gama de

comportamentos normais”. Prevê ainda que as

jaulas para o caso dos macacos tenham um

mínimo de 1,8 metro cúbico. No ano passado,

a Comissão Europeia abriu um procedimento

de infração contra a Alemanha por deficiências

em sua aplicação desta diretriz europeia.

Suspeita de crimes

Uma fonte do escritório de Proteção do

Consumidor e Segurança Alimentar (LAVE),

também competente no caso, disse que o

laboratório investigado realiza experimentos

com animais que são exigidos por lei no

processo de aprovação de medicamentos, e de

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Grupo de Comunicação

acordo com 88 alvarás expedidos pelo LAVE. O

órgão também moveu uma ação na semana

passada após conhecer as suspeitas de delitos

penais, além de suspender a concessão de

novas autorizações até conhecer o resultado

da investigação. Segundo essa fonte, as

inspeções encontraram 250 macacos, 200

cães e 50 gatos “em um estado geral que não

é contestável”.

De Londres, Katy Taylor, da ONG Cruelty Free

International, que trabalhou com a Soko neste

projeto, considera que o modus operandi no

laboratório de Hamburgo é muito similar a de

outros centros onde há experiências com

animais. “Esse laboratório não é único, o que

acontece é que as pessoas não sabem como

funcionam esses lugares, porque são muito

pouco transparentes”, argumenta a diretora

de ciência e regulação da organização. Taylor

acredita, entretanto, que neste caso “a

maneira como manipulavam os animais era

especialmente rude, e os cachorros tinham

que suportar um nível de sofrimento contrário

ao que estabelece a diretriz”.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/16/in

ternacional/1571243767_832110.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: El País

Data: 15/10/2019

A natureza já não pode mais sustentar os

humanos

Metade da população mundial sofrerá com a

redução de benefícios naturais como a

polinização e a limpeza da água nos próximos

trinta anos

NATURAL CAPITAL PROJECT

MIGUEL ÁNGEL CRIADO

Em 30 anos, mais de metade da população

mundial sofrerá as consequências de uma

natureza gravemente ferida. Um amplo estudo

modelou o que os diferentes ecossistemas e

processos biológicos oferecem hoje aos seres

humanos e o que poderão lhes dar em 2050.

Por diversas causas, a maioria antropogênicas,

processos naturais como a polinização dos

cultivos e a renovação da água reduzirão sua

contribuição ao bem-estar humano. A pior

parte caberá a regiões que hoje têm um maior

capital natural, como a África e boa parte da

Ásia.

Os autores da pesquisa determinaram a

contribuição natural dos diversos ecossistemas

a três processos cruciais para os humanos: a

polinização por parte de insetos e aves, a

regeneração da água mediante a retirada do

excesso de nitrogênio procedente da

agropecuária e a proteção que diversas

barreiras naturais oferecem na linha de costa.

"A natureza oferece muito mais aos humanos:

em um anterior trabalho propusemos 18

grandes famílias de contribuições naturais,

mas não há dados de todas elas e para todo o

planeta", diz o pesquisador Unai Pascal, do

Basque Centre for Climate Change (BC3),

coautor do estudo, explicando a escolha

destas três contribuições.

Sobrepuseram esses dados aos da população

atual e a prevista em 2050 em escala local. O

modelo incluiu também os diferentes fatores

que mais estão deteriorando a natureza, como

as mudanças no uso da terra em forma de

desmatamento e o avanço da agricultura, a

acelerada urbanização e a mudança climática.

Por último, aplicaram seu modelo a três

possíveis cenários: um em que as sociedades

continuarão baseadas no uso dos combustíveis

fósseis, como agora, outro emergente, que

denominaram de rivalidade regional, e um

terceiro protagonizado pela sustentabilidade.

O trabalho, publicado na Science, conclui que,

no pior dos cenários, até 4,45 bilhões de

pessoas poderiam ter problemas com a

qualidade da água por causa da incapacidade

dos diferentes ecossistemas para regenerá-la.

Além disso, quase cinco bilhões de humanos

sofrerão uma diminuição significativa no

rendimento de seus cultivos por causa da

polinização deficiente.

Os piores resultados não se dão no cenário

onde o petróleo (e as emissões de CO2) são a

base do sistema, e sim no novo, de rivalidade

regional. "É num cenário de geração de

blocos, onde o comércio internacional se

regionaliza, algo que já estamos vendo com o

Brexit e Trump", comenta Pascal, que é

também copresidente do relatório de Avaliação

sobre os Valores da Natureza da IPBES

(Plataforma Intergovernamental sobre

Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas).

Neste panorama de nacionalização da

globalização, o aumento da população

intensificará a pressão sobre os recursos que a

natureza pode oferecer em muitas regiões do

planeta.

Só uma aposta por uma trajetória sustentável

poderia reduzir a um terço ou até um décimo

o número de pessoas afetadas pela

deterioração dos ecossistemas. Entretanto,

seja qual for o cenário que se dê dentro de 30

anos, 500 milhões de habitantes das zonas

costeiras enfrentarão um maior risco de

erosão do litoral ou de inundações.

O trabalho, plasmado numa poderosa

ferramenta visual do Projeto Capital Natural,

permite saber quem serão os maiores

perdedores. Até 2,5 bilhões de pessoas do

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Grupo de Comunicação

leste e sul da Ásia e outros 1,1 bilhão na

África sofrerão uma redução na qualidade de

sua água. Os riscos costeiros se concentrarão

no sul e o norte da Ásia. Enquanto isso, os

maiores problemas com a polinização natural

caberão de novo ao Sudeste Asiático e África,

mas também à Europa e América Latina.

Nessas regiões, as pessoas afetadas poderiam

se aproximar de 900 milhões.

"Os países em desenvolvimento, que já

estavam em desvantagem social e econômica,

contavam com supostas vantagens do maior

capital natural, mas é aqui onde se degrada

mais rapidamente", diz Pascal.

Embora a tecnologia venha suprindo um

número crescente de serviços antes prestados

pela natureza, desta vez ela poderia não ser a

resposta. "Se nos referimos a tecnologias

como aquelas que substituam por completo as

contribuições da natureza, como a polinização

manual de cultivos que fazem na China, ou

usinas de tratamento de água para eliminar o

nitrogênio, ou a elaboração de estruturas

sólidas para proteger as costas, não me

parece que sejam a solução", opina por email

a pesquisadora da Universidade Nacional

Autônoma do México (UNAM) Patricia

Balvanera, não relacionada com o estudo.

Especializada na inter-relação entre

biodiversidade e bem-estar humano,

Balvanera explica: "Não são soluções, por um

lado, porque elas não cumprem todas as

funções que cumpre a natureza. Ter vegetação

ao longo dos rios ou à beira dos lagos não só

contribui para a retenção de nitrogênio, mas

também para a infiltração da água, para

bombear água para a atmosfera, além de ser

um lugar apto para a recreação. O mesmo

com os mangues, recifes, pastos marinhos.

Não só contribuem para a proteção costeira

como também são os ninhais dos peixes e,

portanto, contribuem para a regulação

pesqueira".

A

concentração das maiores perdas de capital

natural nas zonas mais pobres revelada pelo

estudo também torna inviável a aposta

tecnológica. Assim argumenta a pesquisadora

mexicana: "Não é realista que Madagascar

possa investir em construções custosas para a

proteção costeira. Não é realista que a Índia

pudesse instalar centenas ou milhares de

usinas de tratamento de água. Tampouco é

realista que a China compense toda a

polinização com trabalho manual".

Mais realista parece ser conservar a

biodiversidade onde ela mais tem a oferecer.

E, como diz em nota a cientista Becky Chaplin-

Kramer, do Projeto Capital Natural e coautora

do estudo, "contamos com a informação que

necessitamos para evitar os piores cenários

que projetam nossos modelos e avançar para

um futuro justo e sustentável".

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/10/ci

encia/1570701640_165943.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 17/10/2019

SP lança ‘São Paulo Mais Humana’ para

aproximar voluntários e entidades

assistenciais

Aplicativo é a primeira plataforma digital

pública voltada para doações e permite

cidadão encontrar instituições mais próximas

O Governador João Doria lançou, nesta quinta-

feira (17), o aplicativo ‘São Paulo Mais

Humana’ para facilitar a busca do cidadão por

organizações não-governamentais que

necessitam de ajuda, aproximando ações de

voluntariado e doações. Por meio da

ferramenta, o usuário terá acesso a

organizações cadastradas próximas a ele e

poderá, a partir de filtros de pesquisa,

escolher a forma como deseja ajudar.

“O ‘São Paulo Mais Humana’ é

importantíssimo, pois agiliza e amplia o

processo de forma digital. Não é mais

analógico e nem distante. Agora se faz de

forma digital no seu celular”, disse Doria. O

lançamento foi realizado no Palácio dos

Bandeirantes, com a participação da Primeira-

Dama e Presidente do Conselho do Fundo

Social de São Paulo (FUSSP), Bia Doria, do

Presidente do Fundo Social, Filipe Sabará, e do

Presidente da Prodesp, André Arruda.

Desenvolvida com tecnologia da Prodesp, a

“São Paulo Mais Humana” conta com layout

moderno e navegação intuitiva. Por meio do

recurso de geolocalização (disponível no site

www.saopaulomaishumana.sp.gov.br e

aplicativo), o cidadão pode definir um raio de

busca, que varia de 1 a 50 km do endereço

indicado, para localizar instituições que

estejam dentro da sua área de interesse.

“Há anos venho trabalhando com especialistas

na área do serviço social, voluntariado,

filantropia e desenvolvimento tecnológico na

busca por uma solução prática que facilite a

cultura de doação e engaje mais a sociedade.

O resultado se materializa hoje com o

lançamento da ‘São Paulo Mais Humana’, que

em formato de aplicativo conecta pessoas e

empresas a entidades beneficentes de forma

simples, rápida e eficaz”, afirmou Sabará.

O processo de doação é muito simples. O

primeiro passo é definir raio de localização da

entidade, depois selecionar a causa desejada:

Crianças e adolescentes; Idosos; Mulheres;

Pessoas com deficiência e Pessoas em situação

de rua. E por último, o cidadão escolhe de que

forma pode ajudar as mais de 16 mil

entidades cadastradas no FUSSP: doação de

materiais; serviço voluntário ou vaga de

trabalho (para jovens e adultos atendidos

pelas ONGs cadastradas). Antes de fazer a

doação, certifique-se que o produto está em

bom estado e dentro das condições de uso.

“A plataforma é uma importante ferramenta

de integração social para conectar pessoas e

empresas que desejam fazer o bem, ser

solidárias, doando materiais, tempo como

voluntário ou vagas de trabalho. A solução é

intuitiva, como toda tecnologia deve ser. O

objetivo principal é estreitar a relação do

cidadão que quer ser um doador com a

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Grupo de Comunicação

entidade que precisa do voluntariado”, explica

Arruda.

Para Bia Doria, a plataforma “São Paulo Mais

Humana” vai impulsionar campanhas como a

do Agasalho, que a partir de agora poderão

ser contínuas. “Esse programa era o nosso

sonho desde o começo. Assim [com o

aplicativo] o processo [de comunicação entre

entidades e quem quer doar] vai ser direto e

rápido”, complementou Bia Doria.

Tecnologia

Um dos diferenciais adotados pela Prodesp na

elaboração da plataforma foi o conceito

Progressive Web App (PWA), solução que

permite ao site ter as mesmas funcionalidades

e a agilidade de navegação, no acesso via

celular, semelhante a dos aplicativos. Já a

versão mobile conta com a função de

notificações push, tecnologia que permite o

envio de mensagens quando o usuário

cadastrado passar próximo ao endereço da

instituição da sua área de interesse.

Para os usuários da ‘SP Mais Humana’, as

informações registradas são 100% seguras e a

plataforma ainda permite o acompanhamento

das instituições, oferecendo mais

transparência ao processo de doação. Outra

funcionalidade da ferramenta é a parceria

direta com a Defesa Civil do Estado, que

oferecerá ajuda emergencial para os casos de

catástrofes e desastres ambientais.

Como participar

Após o usuário baixar o aplicativo, ele deve

seguir os passos:

1. Autorize sua localização ou digite o CEP do

local que gostaria de consultar;

2. Escolha a causa quem tem mais afinidade;

3. Selecione a instituição que quer ajudar;

4. Preencha o cadastro detalhadamente;

5. Aguarde o retorno da ONG;

6. A partir do contato, o voluntariado é

realizado diretamente com a entidade;

Para fazer parte da “São Paulo Mais Humana”,

a entidade deve se cadastrar e aguardar a

avaliação do Fundo Social de São Paulo.

O Fundo Social de São Paulo desenvolve a

promoção de autonomia, renda e cidadania

para pessoas em situação de vulnerabilidade

social através de escolas de capacitação nas

áreas de Beleza, Bioconstrução, Gastronomia,

Informática, Mecânica e Moda. Atualmente,

está sob o comando da Primeira-Dama e

Presidente do Conselho, Bia Doria, e do

Presidente Executivo, Filipe Sabará.

A Prodesp é a empresa de Tecnologia da

Informação do Governo do Estado de São

Paulo. Criada em 1969, também é responsável

pela gestão e operação do Programa

Poupatempo, que tem 99% de aprovação dos

usuários e foi eleito o ‘Melhor Serviço Público

de SP’ em 2019, pelo quinto ano consecutivo.

Em 2016, foi eleita a melhor empresa do

segmento Indústria Digital do Brasil, no

ranking Melhores & Maiores da revista Exame.

Por quatro anos consecutivos (2016, 2017,

2018 e 2019), a empresa foi contemplada com

o Destaque do Ano do Anuário Informática

Hoje, na categoria “Prestador de Serviços para

Governo (empresas de grande porte)”.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/governo-de-sp-lanca-sao-paulo-mais-

humana/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 18/10/2019

'Blob': o que é a misteriosa criatura com

720 sexos e sem cérebro

Um dos organismos mais curiosos da Terra —

que não é animal, planta, tampouco fungo —

será exibido em zoológico de Paris.

Por BBC

O Physarum polycephalum é considerado um dos

maiores mistérios da natureza — Foto: Reuters/BBC

Ele não tem boca, estômago, olhos, tampouco

pode detectar ou digerir alimentos. Também

não tem braços ou pernas, mas consegue se

locomover — e, em um único dia, dobrar de

tamanho.

É capaz de aprender e transmitir

conhecimento, apesar de não ter cérebro. Se

for cortado ao meio, tem a capacidade de se

regenerar em dois minutos.

Os cientistas sabem que não se trata de uma

planta, tampouco de um animal ou fungo —

embora aja como uma mistura destes dois

últimos. E, no seu mundo, não existem

machos ou fêmeas, mas 720 sexos diferentes.

Nota: Em termos científicos, a quantidade de

sexos de um organismo refere-se ao número

de células sexuais que este organismo produz,

sem nenhuma relação com o conceito cultural

normalmente usado, muitas vezes confundido

com o gênero de cada indivíduo. As células

sexuais são produzidas pelos organismos para

serem combinadas com as de outros

indivíduos da mesma espécie com objetivo de

reprodução.

É o Physarum polycephalum, que literalmente

quer dizer "bolor de várias cabeças".

Conhecido como "Blob", o curioso organismo

será exibido no zoológico de Paris, na França,

a partir deste fim de semana.

"Existe há milhões de anos e ainda não

sabemos muito bem o que é. Não se sabe

muito bem se é um animal, se é um fungo ou

se é algo entre os dois", acrescentou.

O apelido "Blob" vem de um filme de ficção

científica de 1958, A Bolha Assassina (The

Blob, em inglês), estrelado por Steve

McQueen, no qual uma forma de vida

alienígena, a "Bolha" (ou "Blob"), consome

tudo que vê pela frente em uma pequena

cidade da Pensilvânia, nos EUA.

Como é essa criatura?

O Physarum polycephalum já vivia na Terra

500 anos antes dos seres humanos.

Durante muito tempo, foi considerado um

fungo, mas, na década de 1990, um estudo o

reclassificou no grupo dos mixomicetos, ou

bolor limoso, uma subcategoria da família das

amebas.

Consiste em uma única célula — às vezes,

com muitos núcleos, que podem replicar seu

DNA e se dividir.

É frequentemente encontrado em locais onde

há decomposição de folhas e em troncos de

árvores, locais frescos e úmidos.

Parece que não se movimenta, mas se

locomove a um centímetro por hora em busca

de presas, como esporos de fungos, bactérias

e micróbios.

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Grupo de Comunicação

O 'Blob' é geralmente encontrado em locais úmidos e frescos, como a casca de algumas árvores —

Foto: AFP/BBC

É capaz de pensar

Para os cientistas, uma das características

mais fascinantes do "Blog" é sua capacidade

de raciocinar.

"Ele é capaz de memorizar, é capaz de

adaptar seu comportamento, é capaz de

resolver problemas, de se movimentar por um

labirinto, procurar soluções de otimização, de

se comportar um pouco como um animal",

explica David.

A análise deste organismo chegou, inclusive, a

redefinir o entendimento de como a

inteligência — de qualquer tipo — funciona,

após a publicação de um estudo em 2016.

Os pesquisadores concluíram que essa

criatura, apesar de não ter um sistema

nervoso central, é capaz de "aprender" com

suas experiências e mudar seu

comportamento de acordo com elas.

Em experimentos de laboratório, os cientistas

observaram como o bolor se adaptava ao

longo do caminho até uma fonte de

alimentação.

E, quando se funde com outro, pode transmitir

conhecimento.

O Physarum polycephalum não possui espécimes

femininos e masculinos, mas uma variedade de 720

sexos — Foto: Reuters/BBC

'Quase imortal'

Se os espectadores do zoológico de Paris

esperam uma atração com movimentos

espetaculares, podem ficar desapontados com

um ser vivo cujo movimento dificilmente é

percebido.

Por isso, o zoológico terá uma tela interativa

que inclui um vídeo acelerado da locomoção

de "Blob", que se move por meio da extensão

de saliências, chamados pseudópodes.

Mas as características do Physarum

polycephalum são espetaculares por si só.

Ele se reproduz mediante a produção e

liberação de esporos, que se tornam novos

"Blobs".

Mas, como na maioria das outras espécies, a

sobrevivência é impulsionada pela diversidade

genética, que no caso do "Blob" acontece

quando dois organismos geneticamente

diferentes se encontram e se fundem em um

novo "Blob".

Também se deve a seu mecanismo de defesa

— quando se vê ameaçado, ele entra em

estado de hibernação e "seca".

Esse modo vegetativo está "próximo da

imortalidade", informou à AFP Audrey

Dussutour, especialista em "Blob", do Centro

Nacional de Pesquisa Científica da França.

"Você pode, inclusive, colocá-lo no micro-

ondas por alguns minutos" — e com algumas

gotas de água, voilà!, ele volta à vida,

disposto a se alimentar e procriar.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1

0/18/blob-o-que-e-a-misteriosa-criatura-com-

720-sexos-e-sem-cerebro.ghtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Briga intestina fragiliza imagem de

Bolsonaro no Congresso e desmoraliza o

PSL

Saiu menor do que entrou

A briga intestina do PSL fragilizou a imagem do

presidente e de seus aliados no Congresso. O

fato de Jair Bolsonaro ter entrado em campo para

fazer do filho Eduardo líder da sigla na Câmara e

ter perdido a primeira batalha foi visto como erro

crasso. “Se ele entra, tem que entrar para

matar”, explica um dirigente da centro-direita. Já

a sequência de gravações ocultas maculou a

agremiação toda, classificada como um

aglomerado de “gente inconfiável, sem palavra,

sem ética nem lealdade”.

Entre mortos…

Dois dos nomes mais proeminentes do PSL na

Câmara foram afetados pelo tiroteio interno.

Joice Hasselmann (SP), que perdeu a liderança

do governo no Congresso, terá que

“experimentar pela primeira vez a planície”, nas

palavras de um colega, sem cargos de assessoria

e regalias que tinha no posto.

…e feridos

Já o presidente da Comissão de Constituição e

Justiça, Felipe Francischini (PR), que agia para se

projetar para o Planalto como uma opção para o

comando da Casa, foi gravado falando mal de

Jair Bolsonaro e rapidamente classificado como

agente duplo.

Retorno triunfal

A queda de Joice e a consequente ascensão do

senador Eduardo Gomes (MDB-TO) ao posto de

líder do governo no Congresso é o marco de uma

era de maior dependência de Bolsonaro do

partido que foi o fiel da balança para FHC, Lula e

Dilma.

Retorno triunfal 2

Melhor: dependência do MDB do Senado, ala que

congrega as figuras mais experientes da sigla,

como Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM)

e Jader Barbalho (PA). O líder do governo no

Senado já é do partido, Fernando Bezerra (MDB-

PE).

Você manda Assim que assumiu, Gomes

telefonou para líderes da Câmara. Disse que,

apesar de ser senador, “tem cabeça de

deputado”. O ministro Luiz Eduardo Ramos

(Secretaria de Governo) também comunicou

dirigentes do centrão. Resposta: “Líder de

governo quem escolhe é o Planalto. A gente não

opina”.

A bola é sua

O presidente do MDB, Baleia Rossi, fez questão

de deixar claro que, apesar de “ter orgulho dos

quadros que o partido tem e de seguir apoiando

a agenda do governo”, a direção da sigla não tem

ingerência nem responsabilidade pela escolha de

Gomes –e segue independente.

Fresta

Das grandes legendas, a que menos resiste a

receber Bolsonaro e seu grupo é o PRB.

Última que morre

Mesmo céticos, aliados do presidente do PSL,

Luciano Bivar (PE), propuseram entregar a

Bolsonaro 50% dos postos da direção da

legenda. Antes de a crise explodir, o clã do

Planalto reivindicou a secretaria-geral e a

tesouraria da sigla.

Nem vem

A chance de a oferta surtir efeito é mínima. “Que

haja a cisão e a atual gestão facilite a saída do

bloco [bolsonarista], em vez de dificultar, retaliar

e criar inimizades”, diz Luiz Philippe de Orleans e

Bragança.

Alma lavada

O ex-presidente Michel Temer celebrou a

absolvição sumária da acusação de obstrução de

Justiça gerada pela gravação de Joesley Batista,

mas indicou que a história ainda não acabou.

“Essa irresponsabilidade quase paralisou o país.

Não podem ficar impunes”, disse.

Alma lavada 2

“Desde o primeiro instante [eu disse] que a frase

criada pelo pgr (ele não merece a maiúscula) era

falsa; que o diálogo era monossilábico; que neste

e nos feitos desdobrados só havia ilações,

nenhuma prova”, escreveu o ex-presidente ao

Painel.

Penca

A reforma tributária da Câmara recebeu mais de

190 sugestões de emenda. Só o PT apresentou

11. Uma delas sugere taxar lucros e dividendos.

Selva

Acaba na próxima semana a GLO (Garantia da

Lei e da Ordem) criada para combater queimadas

na Amazônia.

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Visitas à Folha

Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde

(Federação Nacional de Saúde Suplementar),

visitou a Folha nesta quinta (17). Estava

acompanhada de Dil Mota, assessora de

comunicação, e André Lacerda, consultor de

comunicação.

Sylvio Mode, diretor-geral da Autodesk Brasil,

visitou a Folha nesta quinta. Estava

acompanhado de Priscilla Fiorin, gerente de

Comunicação da empresa, e Carlos Brazil,

consultor de comunicação.

TIROTEIO

Estranho quem jurou a Constituição tentar de

novo tutelar o STF e impedir julgamento de

questão que faz valer a Carta

Do deputado Paulo Pimenta, líder do PT, sobre

texto publicado pelo general Villas Bôas às

vésperas de decisão sobre a segunda instância

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/18/

briga-intestina-fragiliza-imagem-de-bolsonaro-

no-congresso-e-desmoraliza-o-psl/

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Com pré-sal, Petrobras anuncia recordes de

produção no 3º trimestre

Vendas de combustíveis, porém, caem 7% em

relação ao mesmo período do ano anterior

Nicola Pamplona

RIO DE JANEIRO

A Petrobras informou nesta quinta (17) o registro

de recordes diário e mensal de produção durante

o terceiro trimestre de 2019.

Na média trimestral, a empresa produziu 2,878

milhões de barris de petróleo e gás, alta de 9,3%

em relação ao trimestre anterior e de 14,6% na

comparação com o mesmo período de 2018.

Os dados fazem parte do Relatório de Produção e

Vendas da empresa, que passou a divulgar esses

dados antes da publicação do balanço, a exemplo

do que faz a Vale.

Segundo o texto, o crescimento da produção é

resultado da instalação de sete plataformas de

produção entre 2018 e 2019, seis delas no pré-

sal da Bacia de Santos.

Juntas, elas contribuíram com 555 mil barris por

dia para a média trimestral.

Em agosto, a empresa bateu seu recorde mensal

de produção, chegando a três milhões de barris

por dia.

No mesmo mês, bateu seu recorde diário, com

3,1 milhões de barris por dia.

No relatório, a empresa diz que o resultado

mostra "sólido desempenho operacional" no

período. No quarto trimestre, uma nova

plataforma entrará em operação, também no

pré-sal da Bacia de Santos.

Os campos do pré-sal já representam 60% da

produção da estatal no Brasil. Já as operações

fora do pré-sal mostraram estabilidade, fechando

o trimestre na média de 706 mil barris por dia –

0,8% a mais do que no trimestre anterior e 4,9%

a menos do que no mesmo período de 2018.

Na área de refino, a Petrobras ampliou a

utilização de suas refinarias, que operaram com

80% da capacidade no trimestre, contra 76% no

trimestre anterior.

A empresa produziu 1,816 milhão de barris de

combustíveis por dia, 2,9% a mais do que no

trimestre anterior e praticamente estável com

relação ao registrado um ano antes.

As vendas, porém, representam queda de 7%

com relação ao mesmo trimestre de 2018,

quando o preço do diesel estava tabelado e a

concorrência com importados caiu.

O volume de vendas do combustível registra

queda de 8,7% nessa base de comparação,

chegando a 770 mil barris por dia. Segundo a

estatal, o desempenho reflete o "aumento da

participação de competidores no mercado".

A maior competição também impactou nas

vendas de gasolina pela estatal, que caíram

2,7% em um ano, para 377 mil barris por dia.

Com menor venda de combustíveis e maior

produção de petróleo, o saldo comercial da

companhia cresceu 708,6% com relação ao

mesmo período de 2018, chegando a 469 mil

barris por dia –a empresa exportou 801 mil e

importou 332 mil barris por dia.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/com-pre-sal-petrobras-anuncia-recordes-de-

producao-no-3o-trimestre.shtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Meio ambiente sem achismo

É preciso pôr a mão na massa e ampliar o

investimento em soluções inovadoras

Grandes rupturas de valores a que estamos

habituados desde sempre não costumam ser

suaves, como conta a história, e é o que estamos

assistindo com a discussão sobre a mudança

climática. É tão quente quanto os efeitos do

aquecimento da Terra que se quer combater,

politizado por alguns, como se houvesse

ideologia do clima, e contestado pelos que não

lhe dão importância.

Causaria menor dissabor aos críticos saber que a

economia de baixo carbono se tornou o novo

paradigma do desenvolvimento, graças a

tecnologias poupadoras de recursos naturais e

menos agressivas ao meio ambiente.

Desde os anos 1970 a economia global produz

mais bens com menos aço, papel, energia,

fertilizantes, como demonstra o cientista principal

do MIT, Andrew McAfee, em livro lançado dias

atrás.

Seu título: “More From Less: The Surprising

Story of How We Learned to Prosper Using Fewer

Resources —and What Happens Next”, ou mais

com menos, em tradução livre.

Só que esse ganho de eficiência é ainda

insuficiente para enfrentar a crise climática ao

não levar em conta as demandas ambientais.

É disso que trata o Acordo de Paris, com medidas

para reduzir a emissão de gases de efeito estufa,

implicando o aumento da temperatura no mundo

e catástrofes naturais cada vez mais intensas.

Aprovado em 2015 com o compromisso de se

conter o aquecimento global abaixo de 2ºC, o

acordo foi aprovado por 195 países. Em 2017,

Donald Trump tirou os EUA do acordo. Jair

Bolsonaro disse que faria o mesmo, mas não

levou a ameaça adiante.

A verdade é que estamos em meio a

transformações profundas no mundo em todos os

campos do conhecimento, sem lugar para

achismos. Eles se agravam no Brasil devido ao

nosso enorme atraso na economia, na tecnologia

e na governança pública. É mais racional

incentivar a boa ciência, envolver os

empresários, fomentar a inovação, coisas assim.

Tome-se o caso das derrubadas e queimadas de

florestas protegidas, portanto, ações criminosas,

na Amazônia, sem nexo com a agricultura

moderna. Ela progride com produtividade e uso

racional do solo, assegurando a proteção integral

das áreas preservadas.

Assim vem se dando em todas as atividades,

como diz McAfee. Sua análise deixa claro que, ao

contrário do barulho dos alarmistas e

negacionistas, o desenvolvimento sustentável é

possível. Mas precisamos pôr a mão na massa,

redobrando os aportes em tecnologia inovadora

—a solução mais eficaz contra a crise climática.

A área de energia da consultoria McKinsey, por

exemplo, prevê que a demanda por petróleo

deverá parar de crescer ao redor de 2035, e a de

gás, uma a duas décadas adiante.

Energias renováveis (solar e eólica) e o motor

elétrico são os novos protagonistas.

Poluição da água e do ar e contaminação dos

oceanos com resíduos plásticos são apontados

como causas de mortes em países díspares como

EUA e Índia e fazem parte do mesmo problema.

O futuro pode ser promissor com outro olhar

sobre o desenvolvimento. A boa nova é que não

nos falta legislação contra tais males, falta é

capacidade de execução pelos nossos

governantes.

Também não faltam recursos. Desafio climático e

inovação tecnológica são temas afins, sinalizando

uma miríade de oportunidades para nos tirar da

estagnação.

O futuro será sombrio se prevalecerem o

obscurantismo e o desprezo à ciência. A questão

climática é emergência global.

O Brasil ainda não se deu conta de que a

integração da questão climática à agenda de

longo prazo é crucial para o progresso com

equidade social.

Pedro Luiz Passos

Empresário, conselheiro da Natura.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/pedropas

sos/2019/10/meio-ambiente-sem-achismo.shtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Justiça aceita recuperação judicial da

Renova Energia e nomeia KPMG como

gestora

Empresa opera pequenas hidrelétricas e tem um

complexo eólico com obras paralisadas na Bahia

SÃO PAULO | REUTERS

A elétrica Renova Energia teve deferido pela 2ª

Vara de Falências e Recuperações Judiciais da

Comarca do Estado de São Paulo seu pedido de

recuperação judicial, que listou R$ 3,1 bilhões em

dívidas, das quais quase R$ 1 bilhão junto ao

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social).

A Renova disse em comunicado ao mercado na

noite de quarta-feira (16) que a Justiça ainda

nomeou a KPMG Corporate Finance, representada

por Osana Mendonça, para atuar como

administradora judicial, e determinou a

suspensão de execuções contra empresas do

grupo por 180 dias.

A Renova Energia opera pequenas hidrelétricas e

tem um complexo eólico com obras paralisadas

na Bahia, o parque Alto Sertão III. As suas

subsidiárias que operam as usinas hídricas não

entraram no pedido de recuperação. A empresa

tem como controladores a estatal mineira Cemig

e o fundo CG 1, dos fundadores da Renova,

Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral.

A companhia deverá prestar contas até o dia 30

de cada mês enquanto perdurar o processo de

recuperação, sob pena de afastamento dos

controladores e substituição dos administradores

das empresas do grupo.

Ainda foi determinada a expedição de edital com

prazo de 15 dias para apresentação de

habilitações ou divergências de créditos no

âmbito da recuperação judicial.

"O Grupo Renova possui, atualmente, sérias

deficiências de caixa, possuindo valores

absolutamente ineficientes para fazer frente às

suas despesas imediatas caso não haja

suspensão dos pagamentos de dívidas sujeitas à

recuperação judicial", afirmou a empresa na

petição à Justiça.

A companhia alegou no documento que uma

demanda similar já foi apresentada e acatada no

caso de recuperação judicial do aeroporto de

Viracopos.

PARQUE EÓLICO PARALISADO

O movimento da Renova acontece após o

fracasso neste mês de uma tentativa da

companhia de vender à AES Tietê o parque eólico

Alto Sertão III, que está paralisado por falta de

recursos após quase 90% das obras concluídas.

Se concluído com sucesso, o negócio pelo ativo

na Bahia teria envolvido a transferência para os

compradores de uma dívida de quase R$ 1 bilhão

do empreendimento eólico com o BNDES.

Como as negociações não evoluíram, a Renova

disse não ter capacidade para suportar os custos

e as condições de prorrogação do empréstimo

junto ao BNDES, que venceria em 15 de outubro.

A Renova apontou que, de suas dívidas

envolvidas no processo de recuperação, R$ 834

milhões correspondem a débitos "intercompany",

enquanto R$ 980 milhões são débitos com os

atuais acionistas.

A companhia ainda listou dívidas extraconcursais

de R$ 614 milhões, das quais R$ 434 milhões

junto a seus acionistas.

Criada em 2001, a Renova chegou a ser vista

como uma das mais promissoras empresas do

setor de energia limpa do Brasil e atraiu em 2011

aportes da Cemig e da Light, que queriam utilizar

a companhia como veículo para expansão em

renováveis.

Mas a empresa passou a sofrer problemas para

implementar seu ousado plano de negócios após

o cancelamento de uma associação com a

americana SunEdison em 2015 e em meio a

dificuldades financeiras à época em suas

controladoras Cemig e Light. Com isso, entrou

em um longo processo de reestruturação e

vendas de ativos.

No pedido de recuperação, a Renova disse que

buscou socorro por meio de captações junto aos

acionistas, antecipando valores de contratos de

venda de energia, mas destacou que o nível de

recursos exigido tem sido proibitivamente alto, o

que segundo ela impediu a continuidade dessa

estratégia.

Agora, com o plano de recuperação, a Renova

defendeu que pretende restabelecer seu

equilíbrio econômico-financeiro e honrar seus

compromissos.

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

A companhia também afirmou que pretende, "em

um futuro próximo, retomar uma trajetória de

crescimento sustentável, dentro das reais

possibilidades operacionais e financeiras da

Renova e de seus acionistas".

Hoje a Renova é controlada pela elétrica mineira

Cemig e pelo fundo CG I, que reúne participações

em empresas de seus fundadores, Ricardo Lopes

Delneri e Renato do Amaral.

A empresa ainda tem como acionistas relevantes

BNDESPar (braço de participações do BNDES),

com 5% do capital, e o FIP Caixa Ambiental, com

3,93%.

A Light, que fazia parte do bloco de controle,

deixou a empresa na terça-feira (15), ao concluir

a venda de sua participação de 17% na

companhia ao fundo CG 1 por valor simbólico de

R$ 1. A decisão ocorreu na sequência de uma

oferta de ações em julho, após a qual a Light

deixou de ser controlada pela Cemig.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/justica-aceita-recuperacao-judicial-da-renova-

energia-e-nomeia-kpmg-como-gestora.shtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Bolsonaro não irá se opor

caso STF vete condenação em 2ª instância

Ele afirma a interlocutores que se a corte voltar a

esse entendimento, resta aceitar o resultado

O presidente Jair Bolsonaro deixou claro a

interlocutores do universo político, militar e da

área jurídica que não vai se contrapor a eventual

decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que

vete a prisão depois de condenação em segunda

instância.

PÁGINA VIRADA

Está na Constituição que a presunção de

inocência só acaba depois de exauridos todos os

recursos na Justiça, disse Bolsonaro, segundo

relatos. Para completar: se a corte voltar a esse

entendimento, é aceitar o resultado. E ponto

final.

EM OUTRA

Bolsonaro não colocaria, portanto, o peso do

governo para aprovar a proposta de emenda

constitucional apresentada pelo PSL para

ressuscitar a segunda instância no Congresso,

como deseja o ministro da Justiça, Sergio Moro.

GAFE

Na quinta (17), Carlos Bolsonaro, filho do

presidente, chegou a pedir desculpas

publicamente por postar no Twitter do pai

afirmação de que ele é favorável à prisão em

segunda instância.

SOZINHO

E as postagens do ex-comandante do Exército

Eduardo Villas Bôas, que falou de “convulsão

social” às vésperas do julgamento do STF, não

encontraram eco entre militares da ativa no

Ministério da Defesa, que as consideraram fora

de hora.

COM A PALAVRA

A defesa de Lula apresenta nesta sexta (18) sua

resposta à possibilidade de progredir para o

regime semiaberto.

ONDE ESTOU

O ex-presidente não aceita nem mesmo sair da

prisão para ficar em casa tendo horário para

voltar, uma das medidas mais comuns para

presos que estão em situação semelhante.

PONTO FINAL

E o STF arquivou o caso do desembargador

Rogerio Favreto, que deu uma liminar para que

Lula fosse solto no ano passado. Ele era acusado

de prevaricação.

O desembargador foi representado pelo escritório

Bottini e Tamasauskas.

CANETA

“Para além de constatar a inegável instabilidade

gerada pelo ato no caso concreto, o magistrado é

livre para julgar conforme seu convencimento,

desde que o faça fundamentadamente”, escreveu

o ministro Luís Roberto Barroso em seu voto.

GARFO E FACA

O advogado Augusto de Arruda Botelho e a sua

mulher, a modelo Ana Cláudia Michels,

receberam convidados na 1ª edição do jantar

“Voices for Justice”, organizado pela Human

Rights Watch na Pina Estação, em SP, na quarta

(16). O ex-embaixador do Brasil Rubens Barbosa,

o presidente da Human Rights Watch, Kenneth

Roth, o economista Pérsio Árida e a ex-consulesa

da França Alexandra Loras também estiveram lá.

O RETORNO

A saída do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) da

direção do PSL no Rio abre as portas para o ex-

ministro Gustavo Bebianno, desafeto da família

Bolsonaro, voltar para a legenda.

LONGE DELE

Questionado, ele diz: “Posso me filiar a qualquer

partido, desde que [Jair] Bolsonaro não faça

parte dele. Não gosto de conviver com quem trai

os seus melhores amigos e aliados”.

HOMENAGEM

A fotógrafa Vania Toledo e o publicitário Ruy

Nogueira organizam evento em SP no sábado

(19) em homenagem ao artista argentino Patricio

Bisso, morto no domingo (13). Na ocasião, será

vendida, pelo melhor preço, uma foto de Patricio

feita por Vania —o valor será destinado à mãe do

argentino.

CORRIDA

Na cerimônia de abertura da Mostra Internacional

de Cinema de SP, na quarta (16), o secretário

municipal de Cultura, Alê Youssef, brincou com a

possibilidade da presidente da SPcine, Laís

Bodanzky, concorrer a cargos eletivos. “Imagina

a Laís deputada federal? Ou como presidente?”,

disse no palco.

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

CORRIDA 2

Apesar de a plateia ter respondido com

entusiasmo, a cineasta afirmou à coluna que não

considera essa possibilidade. “Mas o que posso te

falar é que estou adorando estar do lado de

dentro da máquina pública. A gente tem esse

olhar de que o que é público não é nosso, é do

governo. Como se isso não pertencesse ao

cidadão. Mas é o contrário: o que é público é

nosso. Temos que nos apropriar e participar”, diz

a cineasta.

RESISTÊNCIA

E a atriz Bárbara Paz, que se diz “sempre

otimista”, classificou a noite como “histórica”. “Se

a Renata de Almeida [diretora da mostra]

conseguiu manter esse festival, é porque a gente

pode. É resistência mesmo, ninguém vai parar a

gente”, disse.

ACABOU CHORARE

O ator Lucio Mauro Filho assina o texto do

musical “Novos Baianos”, que apresenta a

trajetória do grupo musical de mesmo nome e

estreia no Sesc Vila Mariana no dia 8 de

novembro. O espetáculo tem direção de Otávio

Müller e direção musical de Davi Moraes e Pedro

Baby.

TELONA

O filme francês “Retrato de uma Jovem em

Chamas”, de Céline Sciamma, e inédito no país,

vai abrir o Festival Mix Brasil deste ano. O evento

ocorre entre 13 e 20 de novembro em São Paulo.

TAPETE VERMELHO

A atriz Bárbara Paz e o produtor Rodrigo Teixeira

foram à abertura da 43ª Mostra Internacional de

Cinema em SP, no Auditório Ibirapuera, na

quarta (16). O apresentador Serginho Groisman

e a diretora da mostra, Renata de Almeida,

compareceram, assim como o escritor e

jornalista Fernando Morais e a atriz Sandra

Corveloni.

CURTO-CIRCUITO

Teago Oliveira lança o CD “Boa Sorte” em show

nesta sexta (18), às 21h, no Auditório

Ibirapuera.

A exposição “Galvão - 50 anos de carreira -

Cores” é inaugurada nesta sexta (18) no

B_arco/Galeria Virgílio.

A fisioterapeuta Marina Berti, da clínica

Landecker, faz treinamento do uso de

equipamento de laser para tratar a flacidez. No

dia 28.

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/bolsonaro-nao-ira-se-opor-caso-

stf-vete-condenacao-em-2a-instancia.shtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Opinião: Amazônia: esse debate tá errado,

certo?

Caetano Scannavino

Alimentar o embate entre desenvolvimento vs

meio ambiente é estar na vanguarda do atraso.

Esse debate tá errado. Ninguém é contra

energia, transportes, internet, muito menos a

favor do fim das florestas, mesmo quem planta

—salvo o lado ogro do agro. Sem elas não tem

água, sem água não tem agricultura.

Se é pra falar sério, que debatamos sobre qual

modelo de desenvolvimento está em jogo, se

para muitos ou para poucos, se só para as

gerações de agora ou também para as próximas,

se para frente ou para trás.

Por exemplo, devastamos uma área igual a duas

Alemanhas de florestas, para que 63% dela fosse

ocupada por pastagens de baixíssima

produtividade, com menos de um animal por

hectare, e outros 23% fossem abandonados —

dados do Inpe e da Embrapa.

Desmata-se a Amazônia para ficarmos ainda

mais pobres. É sobre essa falta de sentido que

precisamos falar.

Não bastasse isso, o governo eleito quer mostrar

a que veio receitando mais do mesmo, inclusive

liberar o agronegócio dentro das áreas indígenas.

Se quisesse de fato fazer a diferença, estaria

blindando as florestas e focando no aumento da

produtividade nas zonas agrícolas já consolidadas

do bioma, incentivando técnicas modernas, mais

amigáveis ao meio ambiente, para se fazer mais

com menos terra, menos desmatamento, menor

pressão sobre as Unidades de Conservação e

Territórios Indígenas.

Se é para crescer, que seja para cima, até

porque para o lado é caso de polícia diante do

lucro fácil de especuladores e grileiros de terras.

Rumar nesse sentido já seria um passo para o

manejo racional da agricultura de grande escala

na região, como estratégia de redução de danos.

Além do que se perde, é preciso falar também do

que deixamos de ganhar. É insano que o país

com a maior biodiversidade do planeta não tenha

até agora uma política robusta de bioeconomia,

voltada para o processamento de produtos da

floresta como o açaí, cacau, cupuaçu, castanha,

andiroba e tantos outros.

Beneficiados na forma de manteigas, polpas,

óleos, essências, extratos, agregam valor com

alta demanda de mercado junto as indústrias de

fármacos, alimentos e cosméticos. Mobilizam não

só os grandes, como também as associações e

cooperativas comunitárias. Os conhecimentos

tradicionais são valorizados, e a floresta é

conservada ao se demonstrar que em pé tem

mais valor do que caída.

Como bem lembra o cientista Carlos Nobre: “os

sistemas agroflorestais com açaí podem render

anualmente 200, até 1500 dólares por hectare,

enquanto o gado fica em torno de cem dólares

por hectare. O grande potencial do Brasil é o

potencial da biodiversidade, aí nos precisamos de

uma indústria da biodiversidade, e de uma

ciência e tecnologia que desenvolva esse

potencial”.

Soluções existem, muitas construídas a partir da

academia, dos povos indígenas,

agroextrativistas, empreendedores locais e

projetos demonstrativos do terceiro setor. O que

não dá mais é perder tempo debatendo paranoias

sobre soberania e nacionalismo, alimentadas por

fake news generalizadas de ONGs que botam

fogo na floresta —aliás, atirando assim acabou

fortalecendo-as, surtindo efeito contrário, o tal

"bumerONG".

Esbraveja-se sobre a internacionalização da

Amazônia, mas nada do Brasil ratificar o

Protocolo de Nagoya, que reconhece os direitos

de soberania das nações detentoras sobre sua

biodiversidade.

Quanto ao Acordo de Paris, o debate não pode se

acomodar em apenas continuarmos nele. É

preciso cobrar do Governo que aponte caminhos

de como será cumprido, por exemplo, a meta de

redução do desmatamento anual na Amazônia

para algo em torno de 3,8 mil km² até 2020,

quando tudo indica que superaremos os 10 mil

km².

O fato é que até agora o Brasil não tem um

projeto efetivo para a Amazônia, em pé,

pactuado entre os diversos setores, a começar

pelos amazônidas. Sim, seria pedir muito, ainda

mais nestes tempos.

Mas há luz. Justamente por estes tempos, que

geraram toda essa mobilização nacional pela

Amazônia, com a sociedade brasileira sinalizando

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Grupo de Comunicação

que não quer ver mais queimadas nem sangue

indígena derramado. Nem ela nem quem compra

da gente lá fora.

Quem sabe esse despertar, pautando ao invés de

se deixar pautar, possa ser a semente por um

debate mais civilizado. E civilizatório, sem medo

de novos paradigmas, sem medo do futuro, a

partir da nossa Amazônia de todos.

Sem ilusões, mas na batalha para que o combate

ao fogo não seja fogo de palha.

Táoquei?

Caetano Scannavino

Coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria,

com atuação na Amazônia e integrante da Rede

Folha de Empreendedores Socioambientais;

trabalho vencedor do Prêmio Empreendedor

Social de 2005

https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc

ial/2019/10/amazonia-esse-debate-ta-errado-

certo.shtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Se Amazônia virasse pasto, região ficaria

5,5ºC mais quente e continente teria menos

chuva

Pesquisadores da Universidade de Princeton

tentaram responder à questão com simulação de

computador

Reinaldo José Lopes

SÃO CARLOS

O que aconteceria se toda a floresta tropical que

hoje existe na Amazônia fosse magicamente

transformada em pasto? Uma simulação

computacional feita por pesquisadores da

Universidade de Princeton (EUA) tentou

responder a essa pergunta, e o cenário tem ares

de distopia.

Caso isso ocorresse de fato, calculam os

cientistas, a região amazônica poderia esquentar

2,5 graus Celsius a mais do que o resto do

mundo na segunda metade deste século,

dependendo do cenário global. Poderia ficar,

portanto, 5,5 graus Celsius mais quente do que

era no século 19.

Tal aumento de temperatura, porém, seria

apenas a ponta do iceberg. Sem a mata, a região

também perderia entre 700 mm e 800 mm de

chuva por ano (o equivalente a mais ou menos

metade da chuva que cai no município de São

Paulo anualmente). Isso reduziria tanto o fluxo

de água dos rios da Amazônia quanto a

pluviosidade que a área exporta para o resto do

Brasil e da América do Sul.

Os dados foram apresentados por Stephen Pacala

e Elena Shevliakova durante a conferência

“Amazonian Leapfrogging” (algo como “pulo-do-

gato amazônico”). O evento foi realizado pelo

Brazil Lab, órgão da universidade americana

dedicado a estudos sobre questões brasileiras.

Especialistas e representantes da sociedade civil

de ambos os países se reuniram para debater

soluções inovadoras para a crise enfrentada pela

Amazônia —os tais “pulos-do-gato” do título da

reunião. “Na minha opinião, enfrentamos quatro

grandes crises ambientais no mundo: clima,

alimentos, água e biodiversidade. A Amazônia

está no epicentro de todas elas”, declarou Pacala.

“A modelagem que fizemos ajuda a comunicar a

urgência por trás disso.”

Segundo Shevliakova, a equipe de Princeton se

inspirou numa pesquisa similar dos anos 1990

que tinha entre seus coautores o climatologista

brasileiro Carlos Nobre (um dos convidados do

evento nos EUA). “O impressionante é como a

magnitude dos efeitos, em grande medida,

acabou se mantendo”, contou ela.

Os modelos matemáticos do novo estudo levam

em conta detalhes específicos da interação entre

a atmosfera e a superfície terrestre em florestas

tropicais, em especial a química atmosférica e a

presença de aerossóis —no caso da Amazônia,

partículas de matéria orgânica, de diferentes

tamanhos e composições, que são emitidas pela

própria floresta.

Tudo indica que os aerossóis atuam como

“sementes” de nuvens, ajudando a manter nos

elevados níveis atuais a chuva que costuma cair

em território amazônico.

Sem a mata, portanto, os modelos mostraram

grandes alterações na precipitação e na umidade,

o que contribui para o excesso de calor. “São

mudanças tremendas as que nós vemos. Tanto o

mundo quanto a Amazônia jamais seriam os

mesmos”, declarou Shevliakova. Caso a

devastação alcance 50% da floresta, os impactos

na temperatura regional também seriam mais ou

menos a metade do que aconteceria com o

desmate completo.

Para evitar que esse cenário acabe se

concretizando —convém lembrar que 20% da

floresta já foi desmatada desde os anos 1970—,

os participantes do evento defendem que é

preciso combinar desenvolvimento econômico

“inteligente” e inovação tecnológica de maneira a

gerar renda na região sem mais desmatamento.

É basicamente essa a receita defendida pelo

engenheiro florestal Tasso Azevedo, do projeto

MapBiomas, e do engenheiro agrônomo Beto

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Veríssimo, do Imazon (Instituto do Homem e

Meio Ambiente da Amazônia).

“Uma área desmatada de 20% na Amazônia já é

uma coisa imensa, equivalente a todo o território

usado para a agricultura no resto do Brasil. A

gente não precisa desmatar mais do que isso,

não faz sentido”, diz Azevedo. Ele sugere que

outros 40% da região poderiam ter o uso

sustentável da madeira e de outros produtos

florestais, enquanto os restantes 40% seriam

reservas ambientais “puras”. Veríssimo propõe

números ligeiramente diferentes (50% de uso

econômico sustentável da floresta em pé, 30%

de reservas).

Os especialistas, porém, defendem que o

verdadeiro “pulo-do-gato” para a região seria o

uso de abordagens inovadoras para diminuir a

dependência de estratégias econômicas

destrutivas. “Seria viável rastrear

eletronicamente todo o gado criado no país para

evitar que ele venha de áreas desmatadas

ilegalmente. Também seria possível criar

laboratórios que unissem num só lugar a

pesquisa básica sobre a biodiversidade

amazônica e a criação de produtos com base

nessas descobertas”, diz Azevedo.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/se-amazonia-virasse-pasto-regiao-ficaria-55oc-

mais-quente-e-continente-teria-menos-

chuva.shtml

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Grupo de Comunicação

Anvisa dá aval para venda de água do mar

dessanilizada

Agência definiu requisitos sanitários e vai exigir

registro de produtos

Sede

O mercado de água ganha nova fonte. A Anvisa

definiu requisitos sanitários para regular a água

do mar dessalinizada, potável e envasada. Só as

fontes de água doce eram autorizadas para

produzir a bebida envasada. Agora, passa a ter

no Brasil quatro tipos: a água mineral natural, a

natural, a adicionada de sais e a dessalinizada

potável.

Água de beber

Pelo regulamento, publicado nesta sexta (18),

esse novo tipo de água deve ser registrado na

agência, que avaliará a especificação do produto,

a forma de captação, o processo de

dessanilização e o padrão.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/10/anvisa-da-aval-para-venda-de-agua-do-

mar-dessanilizada.shtml

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Em livro, FHC diz que se sentia como goleiro

de Lula contra desconfiança internacional

Em quarto e último volume de diários, ex-

presidente diz que se viu obrigado a defender

adversário

Fábio Zanini

SÃO PAULO

Um "goalkeeper", defendendo Lula das bolas que

a comunidade internacional tentava lançar por

baixo das suas pernas.

Era assim que o então presidente Fernando

Henrique Cardoso (PSDB) se sentia ao final de

seu governo, em 2002, forçado a ser uma

espécie de goleiro para seu ex-adversário contra

a desconfiança de muitos, sobretudo

estrangeiros.

O relato consta do quarto e último volume dos

"Diários da Presidência" (ed. Companhia das

Letras), que será lançado em 21 de outubro.

"Eu, como um goalkeeper, tratando de defender

as bolas que querem passar pelas pernas do

Lula. Eu o estou defendendo o tempo todo, é do

meu interesse que haja calma no Brasil [...] O

Lula não é nenhum ferrabrás", afirma FHC,

usando outro termo datado, que significa algo

como valentão, inconsequente.

O volume cobre o biênio final de seu mandato

(2001-02) e, a exemplo dos três anteriores,

registra observações feita a quente pelo então

presidente, geralmente gravadas ao final de dias

extenuantes.

O tema principal, obviamente, é a campanha que

elegeu Lula, seguida por uma transição de poder

vista na época como exemplar, mas que nada

teve de tranquila.

O pano de fundo econômico, com dólar

disparando, desconfiança internacional sobre o

novo governo de esquerda e o ainda fresco

acordo de US$ 30 bilhões assinado com o FMI,

tornava tudo nebuloso.

FHC se converteu em defensor de Lula depois de

meses tendo os mesmos temores que depois

buscou dissipar.

"Acho que a crise vem pela figura do Lula. Claro,

eu vou atuar como presidente, vou fazer o

possível para acalmar tudo isso e para haver uma

transição pacífica e democrática, mas não

podemos tapar o sol com a peneira."

"O Brasil está escolhendo um caminho na

contramão do momento atual da história.

Vejamos o que vai acontecer", registra FHC ainda

antes da eleição, mas em um momento em que a

vitória do petista já se mostrava iminente.

Para o tucano, Lula se mostrava um

"despreparado", mas ainda pior que ele era o

também candidato Ciro Gomes (PPS), um

"destrambelhado". "Meu Deus do Céu, quem diria

isso, a candidatura do PT dando mais segurança

quanto ao futuro [do que a do Ciro]", exaspera-

se.

Já José Serra (PSDB), embora contasse com sua

torcida e fosse considerado por ele o mais apto a

exercer a Presidência, ainda precisava se

converter totalmente ao novo mundo da

economia internacionalizada.

A metáfora escolhida, nesse caso, foi científica.

"Acho que a visão dele [Serra] é a de quem

ainda não fez totalmente a revolução copernicana

ou, se quiserem, para falar em Galileu, ele ainda

não falou 'Eppur si muove'".

A volatilidade econômica, com fuga de capitais e

um ataque ao real, criava uma situação difícil

para os tucanos. Grande parte da tensão era

causada pelo próprio Lula, mas era o petista que

ganhava discurso fácil com a deterioração da

situação.

Os meses anteriores ao fechamento do acordo

com o FMI foram de embate. Os petistas

gritavam "Fora já, fora já daqui, o FHC e o FMI",

mas o tucano é quem tinha de bater de frente

com exigências vistas como impraticáveis.

"O Fundo quer aumentar o esforço fiscal, que já

está a 3,75% do PIB. Querem ir para 4,5%, é

inviável", reclama.

Num momento de desabafo, FHC chega a flertar

com medidas heterodoxas que à época sua

equipe econômica negava de forma veemente.

Entre elas, a que despertava mais temores no

mercado, a centralização do câmbio (controle do

fluxo de dólares pelo Banco Central).

"Se não houver um apoio forte do Fundo, o que

vai acontecer? O radicalismo será imediato, de

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Grupo de Comunicação

todos. Vai ter uma saída: a centralização de

câmbio, uma visão mais antiglobalizadora, mais

nacional-estatismo, isso é automático. Estamos

numa situação que não é de brincadeira.

Precisamos de uma solução desse assunto com

certa urgência", afirma.

O livro traz uma revelação importante: foi por

sugestão do próprio diretor-geral do FMI, o

alemão Horst Köhler, que FHC convidou os

principais candidatos à Presidência para

conversar sobre o acordo. O então presidente a

princípio resistiu.

"Köhler perguntou o que eu acho de falar com os

três candidatos, o Serra e os outros. 'Em

princípio tudo bem, mas', disse eu, 'como é que

vou falar com alguém que ainda não é

presidente?' Isso vai ser visto como uma espécie

de uso do cargo antes da vitória. Não acho

prudente", afirmou.

Mas FHC cedeu e, em 19 de agosto, recebeu os

quatro principais candidatos, um de cada vez,

num momento memorável da história das

campanhas eleitorais brasileiras.

Como relata o ex-presidente, Ciro chegou "tenso,

muito tenso, com as mãos geladas e suadas".

Lula foi "ultrassimpático" e tornou o ambiente

descontraído. Já Anthony Garotinho foi um

desastre, quase agressivo. "Entrou assobiando,

com pouca educação", lembra FHC. Com Serra,

ele tomou apenas um lanche. "Na chegada, todo

mundo se queixou que ele [Serra] não

cumprimentou os funcionários", diz.

A boa relação de FHC e Lula se estendeu para

uma transição amistosa, em que o petista chegou

a revelar nomes de seu ministério em primeira

mão para o tucano.

FHC ficou pouco impressionado com a equipe de

seu sucessor, com exceção de alguns nomes,

como Antônio Palocci para a Fazenda. Achou o

time "adequado para os anos 1970, pouco apto a

enfrentar os problemas e a realidade de hoje".

Mas guardou para si sua avaliação e não tocou

no assunto num dos vários cafés e jantares que

teve com Lula e sua mulher, Marisa, durante o

período de transição.

Não foi apenas a situação interna que testou a

fleuma de FHC durante seus últimos dois anos no

poder. O volume cobre os atentados de 11 de

setembro de 2001 e mostra o receio do então

presidente de que as regras de convivência

internacional fossem reescritas pelos EUA, o que

de fato aconteceu.

"É possível que eles queiram refazer a agenda do

mundo, mas não para o lado que eu desejo, que

é, como eu disse ao [George] Bush, tentar abrir

um espaço de negociação mais amplo no mundo.

Eles estão aumentando a ação unilateral",

registra, apenas três dias após os ataques.

Da mesma forma, mantinha-se tenso um ano

depois, quando Bush começou a dar sinais de

uma invasão ao Iraque, o que de fato ocorreria

no início de 2003.

"E me disse o Armínio [Fraga, presidente do BC]

que a situação internacional é preocupante. De

fato, ontem o Bush fez um discurso sobre o

Iraque. Ele não foi muito claro, ameaçou, mas

não cumpriu. O panorama mundial é ruim, é

pesado, é difícil", afirma, em setembro de 2002.

Curiosa, vista com os olhos de hoje, é a relação

de FHC com Hugo Chávez (morto em 2013), que

chama a atenção pela cortesia.

"O Hugo é amável, é caloroso comigo, e o Serra

está atacando a Venezuela. Teve a gentileza de

não tocar no assunto. Ele, claro, está feliz com a

vitória do Lula. Mas tem sido comigo mais do que

correto, amigo", diz.

FHC se queixa de reportagens da Folha no final

de seu governo

A exemplo do que ocorreu nos três livros

anteriores, o ex-presidente Fernando Henrique

Cardoso faz uma série de críticas à imprensa no

volume final de seus diários (2001-2002).

Há diversas queixas sobre a cobertura da Folha,

sobretudo no caso do falso dossiê das Ilhas

Cayman, um conjunto de documentos forjados

que atribuía a existência de recursos não

declarados de membros da cúpula tucana no

paraíso fiscal do Caribe.

"O que a mídia tem feito nessa matéria é

inacreditável, sobretudo a Folha", registra o

tucano em março de 2001, comentando uma

reportagem do jornal.

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Sobre o mesmo assunto, FHC descreve um tenso

jantar com o publisher da Folha Octavio Frias de

Oliveira (morto em 2007).

"No final [Frias] disse que se magoou comigo

porque, quando fiz um desabafo contra a Folha,

disse que ela não tinha a hombridade de voltar

atrás. É uma falta de escrúpulo, durante quase

32 meses, fazer de conta que os papéis eram

verdadeiros! Não houve hombridade nenhuma! É

inacreditável", afirma.

Em junho de 2002, numa conversa bem mais

amistosa segundo o relato do tucano, Frias de

Oliveira passa a FHC em primeira mão o

resultado de uma pesquisa Datafolha que

mostrava Lula caindo quatro pontos e Serra

subindo quatro. "Eu estava no carro quando me

telefonou o Frias, eufórico, para me dar esses

dados", registra o tucano.

Há também reclamações pontuais sobre

reportagens e textos de colunistas. "Clóvis

[Rossi, morto em junho passado] acabou de

publicar um artigo hoje bastante azedo contra

mim, contra o governo e a favor do Serra. Enfim,

o Clóvis é o Clóvis, nasceu de mau humor."

Em outro momento, FHC expressa preocupação

com a saúde financeira dos jornais O Globo e O

Estado de S. Paulo e faz menção de ajudá-los de

alguma forma.

"Estou tentando ver se arranjo uma solução para

esses jornais, eles estão mal de finanças. Esses

jornais são instituições nacionais, é bom que

sejam preservadas", afirma, sem detalhar que

tipo de ajuda poderia ser dada pelo governo.

DIÁRIOS DA PRESIDÊNCIA 2001-2002 (VOLUME

4)

Autor Fernando Henrique Cardoso

Editora Companhia das Letras

Preço sugerido R$ 129,90

Lançamento 21 de outubro

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/e

m-livro-fhc-diz-que-se-sentia-como-goleiro-de-

lula-contra-desconfianca-internacional.shtml

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Doria cria app para facilitar doações a ONGs

em meio a cortes de gastos para assistência

Governo de SP vai terminar o ano com R$ 108

milhões a menos que o planejado para área

SÃO PAULO

O governo de São Paulo lançou nesta quinta-feira

(17) um aplicativo para conectar ONGs e

entidades que precisam de doação a pessoas que

querem ajudar, mas não sabem como fazê-lo.

No São Paulo Mais Humana (disponível pelo site e

por aplicativo, para Android e iOS), o cidadão

pode procurar ONGs próximas, definir a causa

desejada (crianças e adolescentes, idosos,

mulheres, pessoas com deficiência ou moradores

de rua) e marcar como quer ajudar —doando

dinheiro e materiais, oferecendo trabalho

voluntário ou ofertando vagas de emprego.

A plataforma foi criada pelo Fundo Social de São

Paulo e pela Prodesp (companhia de dados do

governo de SP), em parceria com a Oi, a Gocil

(empresa de segurança) e a Gazit

(administradora de shopping centers). Segundo o

governo, 16 mil entidades já se cadastraram no

aplicativo.

O lançamento da plataforma de doações

acontece em um momento em que o governo

corta gastos na área social. A gestão João Doria

(PSDB) deverá terminar este ano com R$ 108

milhões a menos que o planejado para a área,

que abriga programas como Bom Prato, Viva

Leite e atendimentos a adolescentes e idosos em

situação de vulnerabilidade.

Seguindo uma trajetória de redução nos últimos

anos, num contexto de aumento do desemprego

e da pobreza, os gastos programados em 2019

para a função assistência social caíram de R$ 833

milhões para R$ 725 milhões, uma variação

negativa de 13%.

Questionado nesta quinta, Doria afirmou que vê

nas doações uma saída para a suprir o

contingenciamento de gastos, e alfinetou a

gestão passada, o governo Márcio França (PSB),

que elaborou o orçamento deste ano.

"Nós suprimos uma deficiência, porque havia um

orçamento artificial. Nós não podemos trabalhar

com orçamentos artificiais. Também não estou

aqui criticando o passado. O passado passou.

Mas de fato ficamos com orçamento deficitário

em mais de R$ 15 bilhões. Portanto foi um

orçamento mal elaborado, ou pelo menos que fez

expectativas de crescimento econômico e de

arrecadação que não aconteceram. Mas como

superar esse contingenciamento? Com apoio do

setor privado", afirmou Doria.

O governador lançou nesta quinta também o que

pretende ser seu principal programa social, o

Vale do Futuro, para ajudar o desenvolvimento

do Vale do Ribeira, região mais pobre de São

Paulo. O objetivo é trazer a região para o

patamar médio do estado em 2022 e a

desenvolver plenamente até 2030.

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ESTADÃO Uma fusão improvável

O Ministério da Economia quer desvincular o

pagamento das bolsas do CNPq do Fundo

Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico e transferir os recursos para o

BNDES

Notas e Informações, O Estado de S.Paulo

O governo do presidente Jair Bolsonaro voltou a

deixar a comunidade científica e os meios

acadêmicos perplexos. Desta vez, o motivo foi o

anúncio de que o Ministério da Economia está

estudando, como estratégia para reduzir custos,

a fusão da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior (Capes) com o

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico

e Tecnológico (CNPq). Os dois órgãos foram

criados em 1951 com funções distintas, mas

complementares. Além disso, o Ministério da

Economia quer desvincular o pagamento das

bolsas do CNPq do Fundo Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico e

transferir os recursos para o BNDES. Atualmente

esses recursos são geridos pela Financiadora de

Inovação e Pesquisa (Finep).

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC),

desde sua origem a Capes tem a atribuição de

aprimorar a formação dos professores

universitários, estimulando a expansão da pós-

graduação e avaliando a qualidade dos cursos

oferecidos. Além de conceder bolsas para

doutorado no País e no exterior e de financiar

seminários e simpósios acadêmicos, ela ajuda na

qualificação do ensino básico e baliza a expansão

do ensino a distância no País. Periodicamente, a

Capes divulga um ranking de qualidade das

universidades brasileiras.

Já o CNPq tem por atribuição estimular o

desenvolvimento científico e tecnológico,

financiando não apenas as universidades, mas,

igualmente, institutos de pesquisa. Vinculado ao

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e

Comunicações (MCTIC), a agência também

patrocina eventos, concede bolsas de iniciação

científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado

e financia projetos complexos e sofisticados.

Um deles é o projeto Sirius, que exigiu a

construção de um laboratório de luz síncrotron de

4.ª geração, que tem um equipamento do

tamanho de um estádio de futebol e é o mais

caro e sofisticado da ciência brasileira. Quando

estiver concluído, em 2020, os pesquisadores

poderão analisar diferentes materiais em escalas

de átomos e moléculas, o que pode revolucionar

a pesquisa brasileira e mundial em áreas

essenciais, como saúde, agricultura e exploração

de gás e de petróleo. Atualmente, existe somente

um laboratório de 4.ª geração de luz síncrotron

em todo o mundo, instalado na Suécia. Com toda

a obra civil já concluída e aguardando testes no

principal acelerador de partículas, o laboratório

do projeto Sirius está instalado em Campinas, é a

maior estrutura científica do País e prevê, a partir

do momento em que estiver funcionando, pelo

menos 13 linhas de pesquisas.

Como a proposta do Ministério da Economia foi

feita com base em critérios exclusivamente

financeiros, e por técnicos que não conhecem os

campos de atuação da Capes e do CNPq, as

entidades da área estão criticando duramente o

ministro Paulo Guedes. “A fusão traria confusão

para um sistema que trabalha de forma

harmônica desde a década de 1950”, afirma o

presidente da Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Castro

Moreira. Em nota, 13 instituições acadêmicas e

de pesquisa – como a Academia Brasileira de

Ciências, a Associação Nacional dos Dirigentes

das Instituições Federais de Ensino Superior e a

própria SBPC – afirmaram que a proposta do

Ministério da Economia é “equivocada em todos

os sentidos”. Entre outros motivos, porque não

apenas desfigura um sistema consolidado que

funciona bem, como desestrutura os mecanismos

de financiamento do setor. O MCTIC se opôs à

fusão da Capes com o CNPq, alegando que ela é

“prejudicial ao País”. Mas o ministro da Educação,

Abraham Weintraub, a defende, sugerindo que

Bolsonaro a implemente o mais rapidamente

possível, por meio de Medida Provisória.

Que a crise fiscal do País é grave, isso não é

novidade. Contudo, nada justifica que, para

enfrentá-la, o governo aja com base em critérios

exclusivamente econômicos, desorganizando

áreas essenciais do Estado brasileiro.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,uma-fusao-

improvavel,70003054308

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Choro sobre o óleo derramado

Inútil culpar a esquerda, que levou anos para ver

o verde e deve levar séculos para ver o azul

FERNANDO GABEIRA*, O Estado de S.Paulo

Há três semanas ando pelas praias do Nordeste e

não consigo chegar a uma conclusão sobre esse

desastre. Foi relativamente fácil seguir os efeitos

da mancha, no sentido norte-sul, observar seus

efeitos na areia e nos seres marinhos. No

entanto, é muito complicado seguir a mancha

para trás, em busca de suas origens. Satélites

americanos foram usados para isso e não

encontraram rastros. Parece que a mancha

engana satélites.

Baseado em fotos postas à disposição pelos

europeus, pesquisadores da Universidade da

Bahia chegaram a ver o que poderia ser uma

nova mancha de 22 quilômetros quadrados a

caminho da costa baiana. Essa possibilidade foi

desmentida. O Ibama sobrevoou a região e não a

viu. Chegou a supor que os pesquisadores se

tivessem enganado, pois havia nuvens

dificultando a visibilidade. A técnica usada para

calcular a mancha baseia-se na rugosidade da

água. A região apontada como problemática era

lisa, chata. A suposição era de que o óleo

dominasse a superfície.

Os americanos, ao afirmarem não ter conseguido

rastrear a mancha, confirmam indiretamente a

ideia de que o óleo, mais pesado, afunda e

navega numa camada inferior.

Minha experiência induz a uma comparação com

o desastre na Galícia, que cobri em 2003. Um

petroleiro chamado Prestige derramou 770 mil

toneladas de óleo na costa da Espanha. A Galícia,

região cruzada por petroleiros mal equipados e

semiclandestinos, já conhecera outros

vazamentos.

Pode ser que isso esteja acontecendo com navios

que saem da Venezuela, de onde veio o petróleo

vazado. Pressionados pelas sanções americanas,

fazem de tudo para escoar a produção, que, de

modo geral, vai para a Índia e a China.

Barris de rejeitos foram encontrados nas praias

com inscrições da Shell. Pesquisadores dizem que

rejeitos e óleo derramado na praia são a mesma

substância. A Marinha discorda. A Shell também

desmente.

Tudo isso se passa com relativo desinteresse

nacional. Deputados e senadores foram ao

Vaticano e deram as costas para as praias

manchadas. O próprio Bolsonaro acusou

esquerda, ONU e ONGs de ocultarem o desastre

por a origem do óleo ser a Venezuela.

Além de denunciar a esquerda, Bolsonaro pouco

fez. Em Sergipe foi preciso uma determinação

judicial para que protegessem a foz dos Rios São

Francisco, Sergipe, Vaza Barris e Real, entre

outros.

Embora possa haver um componente político no

relativo desinteresse, vejo outras razões para

ele. Há muita atenção para certos biomas, como

a Amazônia, pois são vistos como decisivos para

as mudanças climáticas. Ignoram-se em grande

escala o papel dos oceanos e a importância das

correntes marinhas no aquecimento do planeta.

Num encontro internacional realizado na

Inglaterra, alguns cientistas chegaram a dizer

que as correntes marinhas e sua dinâmica é que

iam determinar a irreversibilidade do

aquecimento global.

Uma semana antes do desastre comecei a ler o

livro de Rachel Carson sobre o litoral. Além de

excelente escritora, Rachel Carson dedicou-se à

zoologia marinha. A riqueza biológica do litoral é

descrita por ela com detalhes, desde caranguejos

do tamanho da unha do polegar a seres maiores,

passando por medusas, nereidas, uma paisagem

visual e verbalmente encantadora. Na medida em

que conseguirmos transmitir a riqueza da vida

oceânica, talvez o interesse aumente.

Na Galícia, em 2003, vi muitos voluntários

limpando as praias. Neste desastre no Nordeste

também houve movimento, crianças em Alagoas,

artistas na Bahia, todos empenhados em tirar a

sujeira da praia. Discussão política,

requerimentos, comissões, enfim, todo o zum-

zum em torno de um desastre tem o seu papel.

Usar uma pá e sujar os pés é mais eficaz.

Assim como na Galícia, estamos diante de um

problema internacional. Como controlar os navios

bandalhas que enganam a fiscalização e

descumprem normas de segurança?

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Grupo de Comunicação

Se o desastre foi mesmo provocado por um

petroleiro, o que me parece mais lógico, o Brasil

teria de acionar mecanismos internacionais de

controle. Não fazer nada implica esperar um

novo desastre, que fatalmente virá.

Ainda não sabemos o impacto real do óleo

derramado. Temos as praias como alvo porque

sua limpeza é essencial para o turismo. Mas há

os manguezais e o consumo de crustáceos e

moluscos tem um grande papel na dieta da

população litorânea. Aí se joga também um jogo

mais difícil: limpar os mangues demanda técnica

e roupa especial. Ainda assim, é difícil.

Fico pensando num peixe-boi que é

acompanhado pela Fundação de Mamíferos

Aquáticos. Chama-se Astro e nada agora entre a

Praia do Coqueiro e Mangue Seco, na Bahia.

Astro é tão tranquilo quanto à presença humana

que foi atropelado por barcos 13 vezes. Depois

de escapar com vida dessas trombadas, enfrenta

um novo momento. O equipamento que o

monitora está coberto de óleo. Ele parece que

segue bem.

Mas, sem dúvida, a vida no mar, que é o berço

da própria vida, tornou-se uma aventura

perigosa. O transporte clandestino de

combustível é um tema que merece cuidado

especial. Tende a produzir desastres.

Inúmeras vezes, entre Boa Vista e Pacaraima, na

fronteira com a Venezuela, parei para

documentar os destroços de carros incendiados.

Em geral eram de pequenos contrabandistas

fugindo da polícia.

Não adianta apenas criticar a esquerda e as

ONGs que cuidam mais dos biomas que estão na

moda. Ou culpar a esquerda, que levou anos

para descobrir o verde e possivelmente levará

séculos para ver o azul.

O transporte marítimo de petróleo depende de

um controle internacional das embarcações. O

Brasil foi vítima. Precisa fazer algo, caso

contrário as possibilidades de novo desastre

aumentam. O oceano que deixaremos para as

novas gerações nunca mais será o que

encontramos. Mesmo assim, é preciso resistir.

* FERNANDO GABEIRA É JORNALISTA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,choro-sobre-o-oleo-

derramado,70003054292

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Começa o debate sobre a reforma sindical

Governo pretende substituir modelo varguista de

sindicato único por categoria profissional em cada

cidade ou região pelo modelo americano, que

aceita a existência de sindicatos por empresa;

centrais sindicais se opõem a esse modelo

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Os presidentes das principais centrais sindicais

do País se reuniram ontem com representantes

do Ministério da Economia para discutir a reforma

que o governo pretende promover no setor.

Embora as diretrizes dessa reforma ainda não

tenham sido anunciadas, o governo pretende

substituir o modelo varguista de sindicato único

por categoria profissional em cada cidade ou

região pelo modelo americano, que aceita até

mesmo a existência de sindicatos por empresa.

As centrais sindicais se opõem a esse modelo,

mas a maioria tem consciência de que a

estrutura atual do sindicalismo brasileiro,

concebida quando eram outras as condições da

economia do País, já se exauriu. Entre outros

motivos, porque o desenvolvimento tecnológico

extinguiu várias profissões e criou outras.

A economia brasileira também é hoje de tal modo

diferenciada, em termos funcionais, que a

estrutura sindical não consegue representar os

novos profissionais que nela atuam. É o caso dos

metalúrgicos do setor aeronáutico. Quase todos

têm diploma universitário e suas demandas

conflitam com as dos metalúrgicos do setor

automobilístico, onde muitos têm apenas o

ensino fundamental.

Além disso, com a crescente informatização das

linhas de produção, o aumento do desemprego

estrutural levou muitos sindicatos a perderem

filiados. No setor financeiro, foram extintas 400

mil vagas, entre as décadas de 1990 e 2010. O

mesmo ocorreu no setor montador, no qual o

número de filiados hoje é bem menor do que o

de há três décadas. Atualmente, há no País 17

mil sindicatos. Conjugada com a reforma

trabalhista de 2017, que proibiu o desconto da

contribuição sindical em folha, o aumento do

desemprego estrutural levou muitas entidades ao

colapso financeiro.

Para as centrais, a reforma sindical vem em má

hora, pois, como os sindicatos estão

enfraquecidos, eles não teriam poder de

barganha com o governo. Também alegam que o

fim da unicidade sindical dificultará a negociação

de greves em setores estratégicos da economia.

Por mais procedentes que sejam esses

argumentos, uma coisa é certa: a estrutura

sindical brasileira tem de ser modernizada. Por

isso, se não souberem negociar essa reforma de

modo responsável com o governo, as centrais

sindicais só aumentarão os problemas que já

enfrentam e enfraquecerão ainda mais a defesa

dos interesses de seus filiados.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-

economico,comeca-o-debate-sobre-a-reforma-

sindical,70003053805

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

Clima, prioridade do FMI

Fundo alerta que o aquecimento é ameaça

presente, as ações e compromissos foram

insuficientes e, quanto mais se esperar, maiores

serão os danos e perdas de vida

Notas e Informações, O Estado de S.Paulo

Furacões, secas, degelo e outros males ligados à

mudança climática são assuntos para bancos

centrais e Ministérios de Finanças? Nada mais

natural que uma resposta positiva, a julgar pelas

posições defendidas no Fundo Monetário

Internacional (FMI), nesta semana, por dirigentes

da instituição e participantes de pelo menos 16

debates sobre temas ambientais. Dois grandes

alertas marcaram as apresentações de técnicos e

diretores da instituição, nos últimos dias. O

primeiro, de maior impacto imediato para os

formuladores de política, veio no estilo

tradicional: a economia global está em

desaceleração, riscos financeiros se acumulam e

é preciso agir para evitar um desastre. O

segundo indicou uma visão renovada, e mais

ampla, da política econômica: “Ministros de

Finanças devem ter papel central na promoção e

na implementação de políticas fiscais para deter

a mudança climática”, disse o diretor do

Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vítor

Gaspar.

Estará o Fundo, execrado tantas vezes como um

dos símbolos mais hediondos do capitalismo,

contaminado pela esquerda? Terá sido enfim

subjugado pela influência da China, uma das

fontes do “climatismo”, como já asseguraram o

presidente Donald Trump e seu devoto Jair

Bolsonaro? Se esse for o caso, o ministro da

Economia, Paulo Guedes, terá acertado ao

desistir, em cima da hora, de participar da

assembleia anual do FMI e do Banco Mundial. As

alegadas prioridades internas podem ter sido

apenas uma desculpa diplomática.

Para centenas de milhões de outras pessoas, a

ampliação da pauta do FMI, de fato iniciada há

anos, pode ser estimulante, sem prejuízo da

melhor tradição. Quem se deleita com números,

contas públicas, crise, crescimento e emprego

evita perder as entrevistas de Vítor Gaspar. Ele

dirige há anos o Departamento de Assuntos

Fiscais do FMI e uma de suas tarefas é

supervisionar o Monitor Fiscal, um relatório

semestral sobre o estado das contas públicas, as

políticas de receitas e despesas e seus efeitos

sobre a economia. A informação é de alta

qualidade e as questões centrais são

normalmente tratadas com vigor.

Neste ano, sua apresentação incluiu dois apelos.

Para animar a atividade e prevenir um novo

tombo é hora de usar estímulos fiscais, porque os

incentivos monetários, até com juros negativos,

chegaram ao limite. A outra convocação veio fora

do formato tradicional. O aquecimento global é

uma ameaça clara e presente, as ações e

compromissos foram até agora insuficientes e,

quanto mais se esperar, maiores serão os danos

e perdas de vida. Para conter o aquecimento em

2% ou menos, dentro dos limites considerados

seguros pela ciência, será preciso fazer mais para

limitar as emissões de carbono.

A solução mais evidente, segundo o estudo

apresentado por Vítor Gaspar, é uma tributação

eficaz, calculada para encarecer as emissões e

facilitar a transição para uma nova economia,

com padrões ambientais mais saudáveis e

sustentáveis. Nos principais países emissores a

taxação poderia crescer rapidamente e atingir

US$ 75 por tonelada de carbono em 2030.

Seriam afetados, entre outros, o preço da

gasolina e as tarifas de eletricidade. Isso

dependeria das características de cada país.

Tributar, no entanto, seria só uma parte das

ações.

Os governos poderiam, por exemplo, compensar

o aumento desses custos com a diminuição de

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outros impostos. Poderiam criar compensações

para as famílias mais pobres. Deveriam, de modo

geral, investir parte do dinheiro arrecadado em

programas de transição para a nova economia.

Os planos deveriam incluir assistência aos

trabalhadores mais afetados pela mudança

energética.

Ameaça clara e presente foi a primeira noção

usada para a abordagem do tema no Monitor

Fiscal. Com outro vocabulário, o tema foi usado

pela nova diretora-gerente do Fundo, Kristalina

Georgieva, para mostrar a importância

econômica da questão climática: “No FMI sempre

olhamos para riscos e essa categoria de risco tem

de ser absolutamente central para nosso

trabalho. (…) A transição de uma economia de

alto para uma de baixo carbono não é tarefa

trivial e temos a responsabilidade de cuidar da

compreensão desses riscos, de classificá-los e –

mais importante – de apresentar políticas para

geri-los”. No FMI, o calendário indica o século 21.

E no Palácio do Planalto?

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,clima-prioridade-do-

fmi,70003054300

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Petrobrás bate recorde de produção no 3º

trimestre

Diante do desempenho, a projeção é que

alcançará a meta do ano, de 2,7 milhões de

barris por dia

Fernanda Nunes e Cristian Favaro, O Estado de

S.Paulo

Com a entrada de novas plataformas no pré-sal,

a Petrobrás bateu novos recordes de produção

diários no terceiro trimestre, deixando para trás

dificuldades enfrentadas nos três meses

anteriores. De julho a setembro, foram extraídos

2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia

(boe/d, que inclui petróleo e gás) no Brasil. No

período, teve destaque o mês de agosto, quando

a produção atingiu nível recorde, de 3,1 milhões

de barris. Diante do desempenho, a projeção é

que alcançará a meta do ano, de 2,7 milhões de

barris por dia.

A maior parte do volume produzido no período

saiu da região de águas ultraprofundas do pré-

sal, que responde por 60,4% do resultado da

empresa. “A Petrobrás está atravessando um

momento muito positivo com relação ao seu

desempenho operacional. Isso é bom para o

setor de óleo e gás do país porque aumenta a

confiança no potencial de crescimento do setor”,

disse Edmar Almeida, professor do Grupo de

Economia da Energia (GEE) da UFRJ.

Ele destaca ainda que o “bom desempenho

operacional é uma dimensão fundamental para a

recuperação da empresa”, que entrou em crise

em 2014, após o preço da commodity despencar

no mercado internacional e a Operação Lava

Jato, que investigou escândalos de corrupção

envolvendo a estatal.

Para o diretor e sócio-fundador do Centro

Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires,

nenhum outro setor tem tanta capacidade de

gerar emprego e renda no Brasil como o de

petróleo e gás. Para Maurício Canedo,

especialista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o

desempenho da Petrobrás comprova a aposta

correta da empresa no pré-sal.

Além do crescimento no pré-sal, Pires destacou a

utilização das refinarias, que passou de 76% para

80% do segundo para o terceiro trimestre. Com

isso, caíram as importações. “Desde a

administração de Pedro Parente, a Petrobrás vem

buscando um ponto ótimo no refino. Dessa vez,

optou por ampliar a produção interna, o que deve

ter contribuído para reduzir os custos”, afirmou.

Ele destacou que, ante igual trimestre do ano

passado, houve queda do consumo interno de

combustíveis. As vendas de gasolina, por

exemplo, passaram de 387 mil barris por dia

para 377 mil. Sem ter como escoar

internamente, a Petrobrás optou por exportar

petróleo e derivados. O volume vendido ao

exterior subiu de 322 mil barris por dia para 583

mil, alta de 81,1% em um ano. “Falta

investimento no refino, o que faz com que a

capacidade de produção de combustíveis seja

limitada. A tendência é que o País se torne

exportador de petróleo e comprador de

derivados”, disse Pires.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

petrobras-bate-recorde-de-producao-no-3-

trimestre,70003054188

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Governo federal é cobrado por plano contra

avanço de óleo no litoral

Técnicos e especialistas veem falta de ação

coordenada para rastrear deslocamento da

mancha; ministério diz tomar medidas cabíveis e

destaca ineditismo do problema

Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - A resposta do governo federal ao

vazamento de óleo no Nordeste vem opondo, nas

últimas semanas, Ministério Público, técnicos

ambientais e cientistas ao Ministério do Meio

Ambiente. O grupo tem alertado que não foi

acionado um plano de contingenciamento que

poderia ter acelerado a resposta ao desastre. Já

o governo federal diz tomar as providências

cabíveis e destaca o ineditismo do problema. O

poluente já foi achado em 187 pontos do litoral,

e as autoridades ainda investigam a origem do

material.

No País, existe o Plano Nacional de Contingência

para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas

sob Jurisdição Nacional (PNC), estabelecido por

decreto em 2013. Ele “fixa responsabilidades,

estabelece estrutura organizacional e define

diretrizes, procedimentos e ações, com o objetivo

de permitir a atuação coordenada de órgãos da

administração pública e entidades públicas e

privadas para ampliar a capacidade de resposta

em incidentes de poluição por óleo”.

Por lei, o responsável por acionar o plano é o

ministro do Meio Ambiente. Ele é o coordenador

do comitê executivo. Ao Estado, o ministro

Ricardo Salles disse que o plano foi, sim,

acionado desde o início de setembro e que todas

as medidas previstas foram colocadas em

andamento.

Nessa quinta-feira, 17, em audiência pública na

Comissão de Meio Ambiente do Senado, o

presidente do Ibama (órgão ligado à pasta do

Ambiente), Eduardo Bim, também deu a mesma

informação. Mas, quando os órgãos foram

solicitados a enviar à reportagem ofícios ou

portarias que indiquem o acionamento do PNC e

a composição do Grupo de Acompanhamento e

Avaliação, não houve resposta.

Conforme o Estado apurou, o comitê executivo,

responsável por acionar o plano, foi extinto

durante o “revogaço” de todos os conselhos feito

pelo presidente Jair Bolsonaro no começo do ano.

A área técnica do ministério chegou a produzir

parecer reforçando a importância de se restituir a

comissão, mas não foi atendido.

Mesmo sem o comitê, porém, a prerrogativa de

acionamento cabe a Salles. A Associação de

Servidores do MMA (Assemma) comentou que

havia todo um arcabouço legal para responder de

modo melhor ao desastre. Tanto o PNC quanto

documentos relacionados a ele traziam, por

exemplo, um manual de contingenciamento e de

boas práticas de manejo de fauna oleada, que,

segundo os técnicos ouvidos pelo Estado, não

foram usados.

MPF aponta omissão de autoridades federais

Na audiência pública no Senado, o procurador da

República no Rio Grande do Norte Victor Mariz

questionou que, apesar de se perceber esforço de

ação dos órgãos federais para tentar conter o

desastre, monitorando as praias e fazendo ações

de limpeza, isso não foi suficiente. “Os sinais

indicam que não, porque as áreas mais sensíveis

estão sendo atingidas."

Ele aponta que documentos importantes, como

as cartas SAO, que são cartas de sensibilidade ao

óleo, e o Mapeamento de Área para Resposta

Emergencial no Mar (Marem), ferramentas para

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ajudar no contingenciamento do dano, não foram

levadas em conta.

Na terça-feira, 15, o Ministério Público Federal na

Bahia já tinha entrado com ação civil pública

contra a União alegando “omissão contundente

do Ibama, e consequente do Ministério do Meio

Ambiente, que age de forma retardada, tão

somente providenciando a mitigação do dano já

existente”. O documento segue: “Nas reuniões

diárias que se seguem do grupo de trabalho

formado, nenhuma decisão acerca de

implementação de medidas de proteção às áreas

sensíveis foi tomada”.

Mancha de óleo atinge praias do Nordeste

Apesar de o governo dizer que o PNC foi posto

em vigor, técnicos do ministério dizem que isso

não ocorreu e que especialistas em

gerenciamento costeiro, tanto da pasta quanto

de universidades, não foram chamados para, de

modo integrado, pensarem em soluções.

“A primeira atuação seria disparar ferramentas

imediatas de mitigação, como retirada de óleo

por sucção da superfície, uso de barragens de

contenção ou de dispersante de óleo. Nada disso

foi feito”, comenta Ronaldo Francini-Filho,

biólogo, professor da Universidade Federal da

Paraíba.

"Não houve medidas para tentar prever para

onde as manchas iriam. Estamos falando do

maior desastre do litoral do Brasil”, critica a

oceanógrafa Yara Schaeffer-Novelli, professora

sênior da Universidade de São Paulo (USP) e

sócia do Instituto BiomaBrasil, .

Ela explica que, após um tempo do vazamento, o

óleo vai perdendo a característica mais fluída e

de fato afunda, movendo-se na sub-superfície,

como alega o governo, o que torna difícil a

visualização. “Mas as primeiras manchas, na fase

aguda do vazamento, eram mais líquidas e

flutuantes. Era mais fácil de ver por satélite ou

aviões. A reação, porém, demorou demais”, diz.

O primeiro comunicado da Marinha sobre as

manchas, por exemplo, é de 27 de setembro,

sendo que a primeira notificação em praia na

Paraíba foi de 30 de agosto.

“Para dar a resposta, tem de se pensar em ações

que vão além das medidas do Ibama, que tem

competência sobre a poluição. As instituições dos

Estados, municípios se organizaram para dar a

resposta, mas de modo individual, não

organizado. Cada um fazendo de um jeito. Não

se convocaram especialista para todos juntos

pensarem na melhor resposta”, informou a

Assemma ao Estado.

Plano foi criado para acidentes com causa

determinada, diz ministro

Salles disse que “nada foi deixado para trás”.

Mas afirmou que o PNC “foi concebido para

acidentes com causa determinada”, o que não é

o caso do desastre atual. O presidente do Ibama

também usou o mesmo argumento na audiência

pública. “É tudo muito inédito. Tem soluções que

não se aplicam. Fizemos modelagem, mas saber

de antemão onde as manchas vão aparecer não é

tão simples quanto parece. Não se consegue ter

previsibilidade."

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,governo-federal-e-cobrado-por-plano-

contra-avanco-de-oleo-no-litoral,70003054351

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Tambores da Shell achados no Nordeste

eram de empresas dos Emirados Árabes e

da Libéria

Autoridades brasileiras cobraram explicações da

multinacional; governo investiga se óleo dos

recipientes é o mesmo que se espalhou por 178

pontos do litoral

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Os tambores da companhia Shell

encontrados no litoral do Nordeste, em meio ao

derramamento de borra de petróleo em 2 mil

quilômetros da costa brasileira, foram

produzidos e comercializados por empresas do

grupo Shell localizadas na Europa e no Oriente

Médio. O governo ainda investiga se o material

da empresa é o mesmo que polui 187 pontos da

costa brasileira desde o fim de agosto.

O Estado obteve, com exclusividade, detalhes

das informações repassadas pela companhia

anglo-holandesa às autoridades brasileiras. No

documento sigiloso, a Shell encaminha ao

governo brasileiro dados de dois compradores

dos produtos encontrados no Brasil. A primeira é

a empresa Hamburg Trading House FZE, uma

distribuidora baseada nos Emirados Árabes , que

adquiriu 20 tambores do lote encontrado na

costa brasileira. O segundo cliente é a empresa

Super-Eco Tankers Management, baseada em

Monrovia, na Libéria, na África Ocidental, que

comprou cinco tambores do lote da Shell.

Segundo informações técnicas da Shell, a Super-

Eco Tankers Management, que comprou cinco

tambores, “potencialmente opera em águas

brasileiras”. A distribuidora dos Emirados Árabes,

na avaliação da empresa, é menos provável que

passe pela costa do Brasil. A multinacional

informa ainda, no documento, que a identificação

do produto no tambor como “Argina S3-30” é

produzido e comercializado em vários países. Foi

por meio do código do tambor iniciado com o

número “55”, que a empresa identificou que se

trata de produtos produzidos na Europa e no

Oriente Médio.

O lote de tambores, que tem data de 17 de

fevereiro de 2019, foi produzido em Dubai pela

Shell Markets. Depois, esses tambores foram

comercializados por outra empresa do grupo, a

Shell Eastern Trading (SET) no Porto dos

Emirados Árabes. As informações foram enviadas

à Shell Brasil por meio da SET.

No documento, a Shell informa que o primeiro

tambor encontrado com a logomarca da empresa

“não foi produzido ou comercializado pela Shell

Brasil” e que se trata, efetivamente, de um

“produto líquido límpido, de coloração âmbar”,

diferente do que está invadindo o litoral do

Nordeste.

No momento da venda dos lotes, afirma a

empresa, houve “transferência de titularidade e

custódia do produto e da sua embalagem pela

SET ao cliente e ao distribuidor”. Por isso, alega

a SET, empresa do grupo Sheel, que a

informação encaminhada sobre detalhes dos

lotes e seus compradores “não indica

necessariamente que tais empresas (cliente e

distribuidor) sejam proprietários ou possuidores

dos tambores investigados”.

Material da Shell e óleo achado nas praias têm

parentesco, mostra estudo da UFS

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,

visitou nesta quarta-feira áreas afetadas pelo

vazamento de óleo no Nordeste em Bahia,

Alagoas e Sergipe. Ele se reuniu com o professor

Alberto Wisniewski, do Departamento de Química

da Universidade Federal do Sergipe (UFS) e

responsável pela análise do material encontrado

nos barris da Shell e nas praias de Sergipe. "Ele

(Wisniewski) explicou para nós que são

fisicamente diferentes porque um está diluído,

com contato com o mar, e o outro concentrado

no barril, mas a fonte molecular é a mesma. O

DNA é o mesmo", afirmou Salles ao Estado. "O

que está nos barris está em conformidade com o

que está na costa", disse.

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Grupo de Comunicação

Na avaliação do governo, a hipótese mais forte

sobre a origem do crime ambiental, neste

momento, é de “navio fantasma”, embarcação

clandestina que faz o contrabando de petróleo.

Análises da Petrobrás e da Marinha já apontaram

a origem venezuelana do material encontrado

nas praias. O governo Nicolás Maduro, porém,

nega que o óleo seja do país vizinho.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,autoridades-brasileiras-cobraram-

explicacoes-da-multinacional,70003053968

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FHC: ‘Huck vai deixar de ser celebridade e

ser líder?’

Tucano afirma que apresentador da Globo precisa

começar a exercer liderança política se quiser ser

candidato

Entrevista com

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do

Brasil

Pedro Venceslau, Marcelo Godoy e Paula

Reverbel, O Estado de S.Paulo

No momento que lança o quarto e último volume

de seus Diários da Presidência, o ex-presidente

Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assiste com

ceticismo as articulações de Luciano Huck para as

eleições de 2022. Em entrevista ao Estado, FHC

diz que o apresentador precisa ser líder, e não

uma celebridade. “É preciso ver se Huck vai

deixar de ser celebridade para ser líder”, afirmou.

Em 2018, FHC mostrou simpatia pela ideia de

que Huck saísse como candidato e quebrasse a

polarização entre Bolsonaro e PT, mas o

apresentador desistiu de disputar. Geraldo

Alckmin, que contou com uma coalizão de centro,

teve só 4,76% dos votos.

1. O sr. fala no livro sobre excessos dos

procuradores. Vê semelhanças entre abusos da

época com supostos abusos da Lava Jato?

Não sei se há paralelo. O que estão tomando

como abuso da Lava Jato: a interceptação

telefônica. No telefone você fala com

naturalidade. E as pessoas trabalham juntas, o

procurador e o juiz. É provável que na Lava Jato

haja também, como houve no passado, uma

visão política. No passado, no meu tempo, era

uma visão contra o governo e pró-PT,

basicamente. Na Lava Jato pode ter havido uma

visão política. Mas o juiz quando julga tem fatos.

Não dá para dizer que contaminou todo o

processo.

2. Compartilha da mesma opinião do senador

Aloysio Nunes?

Tem que separar bem. Houve alguma coisa

específica que incidiu sobre a decisão? Aí tem

que rever. Mas se a decisão está embasada em

fatos, então não tem sentido. São fatos. Posso

não me conformar, por exemplo, com o caso do

Eduardo Azeredo. Acho um absurdo. Foi

condenado a mais de 20 anos por uma coisa que

me parece que ele não tinha responsabilidade

direta.

3. Vê abuso na Lava Jato?

Não sei dizer. Na média a Lava Jato foi positiva.

Colocou na cadeia ricos e poderosos que nunca

iam presos. Não gosto de ver gente na cadeia,

não tenho satisfação. Mas não posso deixar de

reconhecer que a Lava Jato foi uma reação à

corrupção do sistema democrático.

4. No livro, o sr. fala que o Brasil poderia pagar

um alto preço pela eleição do Lula. O preço seria

o governo Bolsonaro?

Para o meu gosto, os dois são um preço alto. Mas

que eu saiba, não teve nada no governo

Bolsonaro até agora que tivesse sido contra a lei.

Não votei no Bolsonaro e não apoio o governo,

mas é preciso ter equilíbrio nessas coisas. Há

liberdade, imprensa livre, Justiça e Congresso

funcionando. Outra coisa é discordar das medidas

que são tomadas. Não vejo que o governo

Bolsonaro tenha incorrido em alguma coisa que

fosse crime, contra a lei.

5. E a suspeita de “rachadinha” no gabinete de

Flávio Bolsonaro e a suposta proximidade com

milícias?

Mas isso não é ele. Não posso condenar o

presidente por sua família. Tem que ver caso a

caso. Me parece suspeito que alguém que ligado

a Presidência da República tenha ligações com

milícias.

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Grupo de Comunicação

6. Em 2018, o PSDB teve o pior resultado de sua

história e hoje se fala em ‘novo PSDB’. Onde o

partido errou e o que acha do discurso do

governador João Doria de um novo PSDB, mais

conservador?

Não foi o PSDB só. O sistema político que nós

montamos na Carta de 1988 está se

desmilinguindo. O exemplo mais óbvio disso é

que o partido majoritário hoje – chama-se PSL –

está brigando entre si agora e tem só 54

deputados. Na Câmara, tem 513. É uma

proporção pequena.

7. O PSDB não errou então?

Todos erraram. Vou dar um exemplo simples: o

PSDB nunca aceitou a realidade contemporânea,

que é a internet. Quer organizar um movimento

ou um partido como? Com reuniões físicas? Isso

é uma coisa antiga.

8. O que acha dos expurgos que governador

Doria está fazendo no PSDB?

Sou contra expulsão a menos que a pessoa seja

condenada.

9. Em 2002, disse que Lula não estava preparado

para ser presidente. Acha que Bolsonaro está?

Estava errado no caso do Lula, não quero fazer a

mesma coisa com o Bolsonaro. O que Lula fez

que outros não conseguiram? Formar uma

maioria, explicar ao País para onde é que vai.

10. Lula é um preso político?

Não, eu não acho. Pode ter motivação contra ele,

inclusive por juízes, mas não é por isso que ele é

condenado. É condenado por fatos.

11. Há um movimento que busca um candidato

de centro para evitar os extremos. Luciano Huck

poderia ser esse nome?

Eventualmente sim, mas o que significa isso?

Significa que a pessoa tem que exercer a

liderança política. Sou amigo do Luciano, etc.

Agora, preciso ver se ele vai deixar de ser

celebridade para ser líder. Celebridade é uma

coisa importante, tem acesso ao povo, mas líder

é outra coisa. Se ele fizer esse passo, ele tem

chance. Às vezes pessoas são eleitas sem ter

essa qualidade, chegam ao governo e não

governam. Ou governam com dificuldade.

12. O governador Doria pode ser esse nome?

Ser eleito presidente depende de você entender e

lidar com a diversidade do Brasil. Não sei se o

Doria tem capacidade de expressar um

sentimento nacional.

13. O senhor acha que Bolsonaro fica até o final

do governo?

Eu sou democrata, profundamente. Em um duplo

sentido: institucional e olhar para a maioria, o

povo. Ele foi eleito e está começando a governar.

Tem de ser respeitada a decisão do povo.

14. O PT está cumprindo o papel de ser

oposição?

O PT tem uma única consigna: Lula livre.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fhc

-huck-vai-deixar-de-ser-celebridade-e-ser-

lider,70003054328

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Cenário econômico mundial continua com

risco negativo, diz FMI

A nova diretora-gerente do Fundo Monetário

Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, fez um

breve resumo ontem dos objetivos a serem

perseguidos pela instituição em sua gestão,

iniciada neste mês. Boas práticas nas relações

multilaterais, governança dos bancos centrais,

políticas inclusivas e atenção às mudanças

climáticas estão entre as questões a serem

defendidas pelo Fundo junto aos países-

membros.

Segundo Georgieva, o cenário econômico

mundial continua precário e com riscos

negativos, refletindo as ameaças da guerra

comercial e do aumento da vulnerabilidade

financeira. Ela disse que é crescente o risco de

que a guerra comercial transborde para a política

monetária, cambial ou para o setor financeiro,

ameaçando a estabilidade financeira global e

comprometendo o avanço dos ganhos

econômicos.

Para a executiva, é preciso encontrar soluções

para as disputas comerciais, inclusive removendo

distorções domésticas e fortalecendo o sistema

de comércio multilateral. Políticas domésticas

devem buscar economias mais resilientes,

adaptáveis e com mais inclusão. “Trabalhando

juntos, formuladores de políticas podem construir

pontes para um crescimento seguro que beneficie

todas as pessoas.”

Segundo Georgieva, mesmo com as ações dos

bancos centrais, a perspectiva de crescimento

econômico em 2020 ainda é frágil. “Políticas

domésticas e reformas devem reforçar a

resiliência e endereçar mudanças sociais para

assegurar sustentabilidade, inclusive crescimento

e emprego”, afirmou.

“Para proteger o crescimento e mitigar os riscos,

é imperativo reduzir a incerteza atual, resolvendo

as tensões entre fronteiras e reduzindo as

barreiras comerciais”, afirmou. Para ela, ter uma

coordenação da taxação internacional que

preserve as reformas pós-crise, a regulação

financeira global e previna que um

endividamento excessivo dos países de baixa

renda pode reforçar a confiança. “Os

formuladores de política devem garantir uma

rede global de segurança financeira adequada

com um forte Fundo em seu centro, que continue

a apoiar os países necessitados.”

Georgieva disse que o FMI está desenvolvendo

uma ampla agenda para aprimorar seus

conselhos sobre questões monetárias e

macrofinanceiras. Também está olhando para as

práticas de governança dos bancos centrais e

trabalhando numa nova estrutura de

transparência para os BCs.

O Fundo também continua buscando opções para

que os países reforcem o crescimento inclusivo e

ajudem a reduzir a desigualdade e a pobreza,

com o objetivo de garantir oportunidade para

todas as pessoas contribuírem e dividirem os

benefícios da atividade econômica. “Gastos

sociais adequados, eficientes e fiscalmente

sustentáveis são a chave para um crescimento

econômico inclusivo, e nós estamos trabalhando

para operacionalizar a estratégia adotada

recentemente de envolvimento do fundo em

gastos sociais.”

“O Fundo foi criado para promover a cooperação

monetária internacional e para ajudar os países a

resolver disputas monetárias e cambiais. Nós

vamos continuar a fornecer uma solução única,

rigorosa, imparcial e consistente em termos

multilaterais”, disse Georgieva. E alertou ainda:

“Os países devem evitar manipular as taxas de

câmbio com o objetivo de obter um equilíbrio

efetivo de ajuste de pagamentos ou uma

vantagem competitiva injusta”.

A diretora-gerente do FMI cobrou ainda dos

formuladores de política que intensifiquem

esforços para combater as mudanças climáticas.

“A mudança climática é uma crise global”, disse.

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

“Em resposta à cobrança por mais envolvimento

de muitos membros, o FMI está avançando nos

trabalhos sobre mudanças climáticas, incluindo

ajuda aos membros para cumprir seu

compromisso com o Acordo de Paris.”

A diretora-geral do Fundo disse haver “forte

vontade” para seguir adiante com o plano de

recuperação acordado em junho do ano passado,

quando o FMI ainda estava sob o comando de

Christine Lagarde, mas frisou que tal passo só

será dado após conhecer os detalhes da política

econômica a ser implementada na Argentina.

“Estamos muito interessados em ver qual será o

marco político que se estabelecerá e, quando

soubermos, poderemos continuar a conversa”,

disse.

A declaração ocorreu na véspera da reunião entre

o FMI e a equipe econômica do governo de

Maurício Macri, que estará representada pelo

ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, e o

presidente do Banco Central argentino, Guido

Sandleris.

Sobre o Brexit, Georgieva disse que sem um

acordo pode haver um impacto sobre o PIB do

Reino Unido de 3,5% “ou mais”. Até mesmo uma

saída com acordo teria um impacto relevante, de

2% do PIB, de acordo com a executiva. “Mesmo

com um acordo, o Brexit também tem suas

implicações, que já estão sendo absorvidas, já

que esse acordo está sendo construído há três

anos”, afirmou há pouco.

A diretora-gerente do Fundo Monetário

Internacional afirmou que o acordo entre Estados

Unidos e China, chamado pelos governos dos

dois países como “fase 1”, pode amenizar os

efeitos negativos sobre o crescimento econômico

mundial. As medidas anunciadas na sexta-feira

passada, segundo ela, podem reduzir o impacto

negativo previsto sobre o PIB global em 2020 de

0,8 ponto para 0,6 ponto percentual.

Em entrevista concedida na manhã de ontem,

Georgieva classificou como “positiva” a notícia de

acordo do Reino Unido para deixar a União

Europeia, embora ainda espere por mais

informações sobre o teor desse entendimento.

https://valor.globo.com/financas/noticia/2019/10

/18/cenario-economico-mundial-continua-com-

risco-negativo-diz-fmi.ghtml

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Data: 18/10/2019

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Grupo de Comunicação

José de Souza Martins: O mundo que o

Sínodo da Amazônia se propõe a decifrar é o

mundo da alienação

As prováveis implicações sociais e religiosas do

Sínodo Pan-Amazônico, inaugurado pelo papa

Francisco neste mês, em Roma, pedem análises

sociológicas apropriadas para compreender o que

está acontecendo. Não só e nem principalmente

na Igreja Católica, mas na sociedade

subdesenvolvida que somos.

Há um conflito no âmago do Sínodo que se situa

no cenário relativamente novo das conflitividades

sociais que já não são, essencialmente, as das

classes sociais, mas dos valores sociais.

O mundo conhecido se desmantela. Lucrar sem

contrapartida social e sem respeito pelo outro

está no cerne das pobrezas do mundo. O

capitalismo deixou de existir na sua matriz

clássica, a da ética do lucro no marco da

responsabilidade social de quem lucra. É hoje

uma economia de jogatina, que reúne executivos

e ricaços na voracidade do ganho pelo ganho,

com a cumplicidade dos que usurparam a

democracia de seus legítimos protagonistas.

O mundo que o Sínodo se propõe a decifrar e

vencer é o mundo da alienação contemporânea,

a do homem desfigurado por essa economia

coisificadora de todos. O mundo em que, cada

vez mais, a idolatria da coisificação toma o lugar

da fé. A Amazônia é o lugar do mundo em que o

homem criado à imagem e à semelhança de

Deus, na concepção judaico-cristã, está mais

ameaçado. É onde o bem comum da natureza

mediadora da revitalização da vida virou

propriedade e mercadoria para o bem de alguns

e danação de todos.

É, pois, um imenso erro analisar o crescimento

numérico dos evangélicos nominais em

comparação com o decréscimo numérico dos

católicos nominais como se fosse uma disputa

futebolística entre igrejas e fosse a motivação do

Sínodo.

Pensamos o mundo em que vivemos sem a

consciência social de que, de fato, nele não

vivemos. Tornamo-nos seres adjetivos de um

mundo que já não nos pertence. Um mundo em

que as pessoas são tratadas como seres

descartáveis. Em que até mesmo cresce a

degradação da escravidão contemporânea: 25

milhões de trabalhadores em cativeiro, em 2016,

segundo a Organização Internacional do

Trabalho. Um mundo de imensos retrocessos em

relação às grandes promessas e possibilidades do

capitalismo que emergiu da Segunda Guerra

Mundial.

Estamos em face de uma grande disputa entre a

religiosidade e a forma da fé, de um lado, e a

indiferença religiosa própria da consciência

coisificada e sem alternativa da sociedade

moderna, a sociedade do lucro pelo lucro. Uma

questão em relação à qual a Igreja Católica é

muito consciente e autora de ação crítica desde,

ao menos, o Concílio Vaticano II, convocado por

João XXIII no final de 1961, há quase 60 anos.

A suposta disputa numérica entre católicos e

evangélicos só existe na mentalidade linear e

viesada da cultura da coisificação. A Igreja

Católica de verdade cresceu qualitativamente no

Brasil inteiro e, também, na Amazônia, até pela

conversão de católicos nominais ao catolicismo

encarnado e de doutrina, o catolicismo

consciente.

Para compreender o catolicismo amazônico, suas

características e suas dificuldades, é essencial

tomar em conta que a maior celebração religiosa,

católica, do país é a Festa do Círio de Nazaré,

imensa, popular e comovente. Tive oportunidade

de participar dela há alguns anos. Desde então, o

número de participantes da Festa do Círio só tem

crescido. Mais de 2 milhões de participantes na

procissão principal, a de condução da berlinda da

santa de volta da catedral a sua basílica, em

Belém, um rito sacrificial de restituição e de

reencontro.

Uma procissão que dura cerca de 12 horas, sob

sol inclemente, como se diz. Sem contar a

procissão naval, de que também participei num

pequeno barco em que foi celebrada missa, como

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Grupo de Comunicação

em vários outros que acompanhavam a

embarcação da Marinha que conduzia a santa

num dos dias de procissão da festa que se

estende por mais de uma semana.

O aspecto principal do Sínodo é, portanto,

completamente outro. Desde o Concílio Vaticano

II, o ecumenismo e a unidade dos cristãos têm

sido um norte de igrejas como a Católica, a

Anglicana, a Metodista, a Luterana. A unidade na

diferença, como sublinhou o próprio papa na

abertura do Sínodo, a universalidade da fé

encarnada. Uma volta à concepção libertadora e

emancipadora do Evangelho, a recusa de uma

religiosidade de escravidão.

Essa causa é a do combate religioso e ético

contra a coisificação do ser humano na sociedade

moderna, cujos ídolos são hoje a mercadoria e o

dinheiro. O catolicismo renovado pelo Concílio em

nome de uma revalorização cristã do ser humano

e de uma humanização do homem no marco dos

valores evangélicos do reconhecimento do amor

ao próximo e no respeito às mediações que

recolhem a gratuidade da natureza como dom.

José de Souza Martins é sociólogo. Pesquisador

Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista

de Letras. Entre outros livros, autor de "A

Sociabilidade do Homem Simples" (Contexto).

https://valor.globo.com/eu-e/coluna/jose-de-

souza-martins-o-mundo-que-o-sinodo-da-

amazonia-se-propoe-a-decifrar-e-o-mundo-da-

alienacao.ghtml

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Data: 18/10/2019

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Recuperação da Renova consolida nova

relação entre Cemig e Light

O processo de recuperação judicial da Renova

Energia marca um novo momento na relação

entre as elétricas Cemig e Light. Controladora da

distribuidora fluminense por pouco mais de 13

anos, a estatal mineira reduziu, em julho deste

ano, sua fatia na Light, de 49,9% para 22,6%,

após operação de oferta de ações. Com isso, a

Cemig perdeu poder de decisão e influência na

Light, que passou a ser uma “corporation” (sem

controle definido).

O Valor apurou que a proposta da Light de

vender a totalidade de suas ações (17,17%) e

sair do bloco de controle da Renova Energia,

antes de a geradora renovável entrar em

recuperação judicial, desagradou a Cemig. A

mineira integra o bloco de controle da Renova,

junto com o fundo CG I FIP Multiestratégia, dos

sócios-fundadores da empresa, Reinaldo do

Amaral e Ricardo Delneri. De acordo com

comunicado da Renova, após a saída da Light, o

CG I passou a ter 34,62% e a Cemig manteve

36,23% da empresa.

O Valor apurou que a estratégia da Light foi

apresentada e discutida entre os sócios

controladores da geradora renovável desde a

semana passada. Segundo uma fonte a par do

assunto, todos os integrantes do bloco de

controle tinham acesso a todas as informações

do caso e da proposta da companhia fluminense.

A situação da Renova Energia se agravou na

última semana, quando foram encerradas sem

sucesso as negociações com a AES Tietê para a

venda do projeto eólico Alto Sertão III, na Bahia.

A partir de então, a Light iniciou negociações

para a venda da sua participação na Renova para

os sócios-fundadores da empresa. A transação,

realizada pelo valor simbólico de R$ 1, foi

anunciada na segunda-feira.

De acordo com a operação, e pelo acordo de

acionistas, a Cemig tinha direito de comprar

parte da fatia da Light na Renova ou, ao

contrário, acompanhar a elétrica fluminense na

venda da totalidade de suas ações na companhia,

deixando apenas os sócios-fundadores no bloco

de controle. A estatal mineira, no entanto, não

tomou nenhuma posição sobre o negócio.

A operação da Light foi concluída na terça-feira.

No dia seguinte, a Renova apresentou pedido de

recuperação judicial. No pedido, em que declarou

ter dívidas de R$ 3,1 bilhões, a companhia

creditou a crise financeira aos desdobramentos

da não conclusão das obras do parque eólico de

Alto Sertão III, interrompidas desde 2016.

O pedido contemplou a Renova Energia e um

conjunto de sociedades controladas pela

empresa, relativas a projetos de geração. Não

foram incluídas no pedido a Brasil PCH e a

Enerbrás Centrais Elétricas e suas respectivas

subsidiárias, por serem empresas operacionais e

financeiramente equacionadas.

Na própria terça-feira, o juiz Paulo Furtado de

Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e

Recuperações Judiciais da Comarca do Estado de

São Paulo deferiu o pedido de recuperação. Na

ocasião, também foi nomeada a KPMG Corporate

Finance para atuar como administradora judicial.

O juiz também determinou a apresentação de

contas da companhia até o dia 30 de cada mês,

sob pena de afastamento dos seus controladores

e substituição dos seus administradores.

Ontem, os papéis da Renova sofreram nova

queda na B3. As units, papéis mais líquidos,

recuaram 5,45%, cotadas a R$ 11,10.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/18/recuperacao-da-renova-consolida-nova-

relacao-entre-cemig-e-light.ghtml

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State Grid indica interesse na privatização

da Eletrobras

A gigante elétrica chinesa State Grid sinalizou

ontem com a possibilidade de participar do

processo de privatização da Eletrobras. Segundo

o presidente da empresa no Brasil, Chang

Zhongjiao, no entanto, é preciso aguardar o

modelo a ser apresentado pelo governo brasileiro

para decidir se de fato o negócio fará sentido

para a companhia.

“Temos interesse em aquisições [no Brasil], se

estiverem em conformidade com os planos do

grupo. Não temos muito detalhes [sobre o plano

de privatização da Eletrobras]. Se for algo que

esteja em conformidade com o nosso plano de

expansão, por que não?”, disse o executivo, em

evento de divulgação do relatório de

responsabilidade social da companhia, no Rio.

Mantido sob sigilo, o modelo de privatização da

Eletrobras já está desenhado e aprovado entre os

Ministérios da Economia e de Minas e Energia e o

presidente Jair Bolsonaro. A expectativa do

ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,

é encaminhar o projeto de lei sobre o assunto

para o Congresso ainda neste mês.

Chang afirmou também que a empresa pretende

participar do próximo leilão de linhas de

transmissão da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel), em 19 de dezembro. Na ocasião,

serão ofertados 12 lotes, somando 2.470 km de

extensão de linhas, com investimentos previstos

de R$ 4,1 bilhões. “Vamos participar, sim”, disse

o executivo.

A estratégia da State Grid Brazil Holding (SGBH),

explicou o presidente da empresa, é investir em

novos negócios no Brasil, desde que haja

oportunidades de leilões e aquisições de ativos.

O executivo também apresentou ontem um

balanço dos investimentos da companhia no

Brasil. Segundo ele, a empresa já investiu US$

12,4 bilhões no Brasil desde 2010, quando iniciou

as atividades no país. O montante corresponde a

60% do total de desembolsos do grupo fora da

China no mesmo período.

“Estamos confiantes e com visão de longo prazo.

Queremos participar do desenvolvimento do

Brasil e contribuir para o fortalecimento das

relações entre o Brasil e a China”, afirmou

Chang.

Entre os investimentos no país, o executivo

destacou a aquisição, em 2017, da CPFL Energia,

empresa da qual o grupo possui cerca de 83% de

participação, e a construção dos dois linhões que

escoam energia da hidrelétrica de Belo Monte, no

rio Xingu (PA), para a região Sudeste.

Presente ao evento, Qin Xuan, consultora de

comunicação da CPFL Energia, afirmou que o

lucro da empresa em 2018 cresceu cerca de 70%

ante o ano anterior, totalizando R$ 2,1 bilhões.

“Depois da compra pela State Grid, os resultados

melhoraram”.

Com relação ao sistema de transmissão de Belo

Monte, o Operador Nacional do Sistema Elétrico

(ONS) concedeu nesta semana a liberação para

operação plena do segundo linhão, de 2.539 km

de extensão. A linha, que teve a operação

iniciada em agosto deste ano, com quatro meses

de antecedência em relação ao prazo contratual,

interliga a hidrelétrica no rio Xingu a Paracambi,

na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Maior linha de transmissão do mundo, com

tensão de 800 quilovolts (kV), o empreendimento

é resultado de investimentos da ordem de R$ 9

bilhões.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/18/state-grid-indica-interesse-na-privatizacao-

da-eletrobras.ghtml

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Pré-sal puxa alta na produção da Petrobras

A produção de petróleo e gás da Petrobras

avançou no terceiro trimestre baseada na curva

de crescimento de novas plataformas, que

entraram em produção em 2018 e 2019. A

estatal fechou o terceiro trimestre com aumento

de 9,3% na produção de óleo e gás, ante o

trimestre anterior. A companhia produziu, em

média, 2,878 bilhões de barris diários de óleo

equivalente (BOE/dia) entre julho e setembro, o

que representa alta de 14,6% na comparação

com igual período de 2018.

A empresa ressaltou, em comunicado divulgado

ontem, que, com os resultados, mantém a

“trajetória para o cumprimento da meta de

produção anual”, de 2,7 milhões de BOE/dia, com

variação de 2,5% para mais ou para menos.

A petroleira frisou que houve alta na produção de

sete novas plataformas que entraram em

produção em 2018 e 2019 nos campos de Búzios

(P-74, P-75, P-76 e P-77) e Lula (P-67 e P-69),

no pré-sal da Bacia de Santos, e em Tartaruga

Verde (FPSO Campos dos Goytacazes), na Bacia

de Campos.

Os dados operacionais da empresa foram

puxados pela produção de petróleo do pré-sal,

que produziu 1,367 milhão de BOE/dia e já

representa 60,4% do total de óleo no Brasil. A

produção de petróleo na região abaixo da

camada de sal cresceu 17% em relação ao

segundo trimestre e 40,2% frente ao terceiro

trimestre e 2018.

Já a produção de óleo do pós-sal em águas

profundas e ultra-profundas permaneceu estável

(alta de 0,8%) ante o trimestre anterior,

principalmente por causa da entrada de novos

poços produtores no campo de Tartaruga Verde,

que ajudaram a compensar o declínio natural da

produção nessa região. Na comparação com o

terceiro trimestre de 2018, porém, houve

redução de 4,9%.

A produção de óleo em águas rasas, objeto de

desinvestimento da empresa hoje, foi de 69 mil

barris/dia, aumento 9,8%, decorrente do retorno

a produção das plataformas PPM-1 e PCH-2, que

tiveram parada para manutenção no trimestre

anterior. Na comparação anual, houve uma

redução de 22,7%, devido ao declínio natural e a

parada das plataformas PCP-1, PCP-2 e P-9.

Já a produção de derivados da companhia subiu

2,9% no terceiro trimestre, ante o segundo

trimestre, para uma média de 1,816 milhão de

barris/dia. Segundo a companhia, a alta

acompanha a maior demanda no mercado

brasileiro.

O fator de utilização do parque de refino cresceu

de 76% para 80%. Com o crescimento da

produção interna, houve uma redução das

importações, especialmente de gasolina e gás

liquefeito de petróleo (GLP). As compras de óleo

e derivados do exterior caíram 14,7% no terceiro

trimestre, ante o trimestre anterior, para 332 mil

barris/dia.

As vendas de derivados aumentaram 3,5% na

comparação com o trimestre anterior, para uma

média de 1,785 milhão de barris/dia. O destaque

foi o diesel, cujas vendas subiram 5,2%,

impulsionadas pelo plantio da safra de grãos e

pela atividade industrial.

As vendas de GLP subiram 3,2% na comparação

com o segundo trimestre principalmente pelas

temperaturas médias mais baixas.

A Petrobras registrou, ainda, aumento de 32,2%

na exportação de óleo e derivados, para 801 mil

barris/dia, acompanhando o aumento da

produção interna.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/18/pre-sal-puxa-alta-na-producao-da-

petrobras.ghtml

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SP prepara mudança na previdência, afirma

Meirelles

O Estado de São Paulo não vai esperar a

tramitação da Proposta de Emenda à Constituição

(PEC) paralela que visa incluir Estados e

municípios na reforma da Previdência do governo

federal e deve apresentar nas próximas semanas

sua própria proposta de reforma à Assembleia

Legislativa, disse ontem o secretário da Fazenda

e Planejamento do Estado de São Paulo,

Henrique Meirelles.

Segundo Meirelles, o impacto da PEC paralela

seria de R$ 34 bilhões para o Estado de São

Paulo e de até R$ 300 bilhões para todos os

Estados. Ele não especificou em que horizonte de

tempo seria gerada essa economia.

“Nós não vamos aguardar a definição da PEC,

vamos apresentar nosso projeto antes”, disse a

jornalistas após participar de evento em São

Paulo. “É uma questão de semanas, ainda neste

ano.”

Segundo Meirelles, se a PEC paralela for

aprovada, o processo de uma reforma no Estado

de São Paulo se torna mais fácil. “Nós podemos

simplesmente apresentar um projeto ordinário na

Assembleia Legislativa, que precisa de maioria

simples para ser aprovado, simplesmente

adotando a PEC paralela”, afirmou.

Sem a PEC, o processo é mais complexo. “Vamos

apresentar um projeto de São Paulo que é

bastante similar ao projeto da PEC paralela, mas

esse é um projeto com mudança na Constituição

e na lei complementar. É mais complicada a

votação, mas acreditamos que dá para passar”,

completou.

Segundo ele, se no meio da tramitação do

projeto paulista a PEC paralela foi aprovada,

pode-se apenas transformar o projeto de lei

complementar e de mudança da Constituição em

lei ordinária.

Quanto à reforma tributária, Meirelles disse

acreditar na aprovação do projeto de lei de

reforma dos Estados, que prevê a criação de um

Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), unificando

ICMS e ISS, com alíquota única.

“Se caminham os projetos federal e estadual e se

faz um IVA [imposto sobre valor agregado] dual,

legal. Mas, se não, vai só o dos Estados”,

afirmou. “Acho que o projeto dos Estados tem

chance de passar, o federal, não sei.”

Em relação à reforma administrativa, Meirelles

disse considerá-la uma iniciativa positiva. “Seria

o próximo passo depois da Previdência, mas

acredito que, para este ano, não.”

A possível aquisição da fábrica da Ford em São

Bernardo do Campo pelo Grupo Caoa, do

empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade,

ainda aguarda financiamento, disse o secretário

da Fazenda e Planejamento de São Paulo.

No início de setembro, o governador de São

Paulo, João Doria, havia dito que uma solução

para a questão da fábrica deveria acontecer em

45 dias, que seria o tempo necessário para as

partes se acertarem.

“O Carlos Alberto está lutando, mas ele precisa

conseguir financiamento”, afirmou o secretário

da Fazenda de São Paulo.

Segundo ele, o Estado de São Paulo ajuda dentro

dos limites do Desenvolve SP, mas o valor é

pequeno perto do necessário para o pagamento à

Ford e o investimento na fábrica.

“É um valor elevado”, disse Meirelles, sem

revelar o montante. O secretário disse ainda que

sugeriu ao empresário que, como ele está em

conversações para desenvolver o projeto junto a

um sócio chinês, que eles busquem apoio do

banco de desenvolvimento da China, que teria

US$ 10 bilhões para projetos de investimentos e

interesse no Brasil e em São Paulo.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/1

8/sp-prepara-mudanca-na-previdencia-afirma-

meirelles.ghtml

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Para FHC, Bolsonaro se destaca pelo

anacronismo

Às vésperas de lançar o quarto e último volume

de seus “Diários da Presidência”, com a síntese

das gravações que realizou nos anos de 2001 e

2002, o ex-presidente Fernando Henrique

Cardoso diz que o governo do presidente Jair

Bolsonaro se destaca sobretudo pelo

anacronismo. “ O Brasil está em uma guerra

contra o marxismo cultural quando se sabe que

hoje em dia não existe mais comunismo”, disse.

Ele disse não existir “nova política”, mas apenas

a política tradicional, da qual Bolsonaro não é

exceção, de distribuir posições para exercitar o

poder.

O ex-presidente aponta sua artilharia contra as

gestões de seus dois sucessores diretos, Luiz

Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Para FHC,

o PT no poder promoveu a corrupção da própria

democracia, o que foi “devastador”.

“Criaram um sistema com a bênção do governo

para extorquir empresas em troca de

pagamentos para o partido. Isso aí foi uma

corrupção da democracia. Não me lembro disso

em outros governos”, afirmou em entrevista ao

Valor.

Fernando Henrique reconheceu no livro e na

conversa com a reportagem o fenômeno da

politização da Justiça, mas indicou ser contra a

revisão da punição a seu sucessor, que cumpre

pena por corrupção em Curitiba. “Não tenho

prazer em ver líder político preso, mas não tenho

prazer em deslegitimar a Justiça. A Justiça

condena porque tem fatos, mesmo que seja

movida ideologicamente. Não posso negar que

em certas circunstâncias é isso.”

No biênio final de seu governo, FHC foi um

presidente permanentemente acuado, o que fica

nítido na leitura do livro. Ele lidou o tempo todo

com denúncias de corrupção, alimentadas por um

desafeto, Antonio Carlos Magalhães (1927-2007),

que foi presidente do Senado, e pelo que chama

de “aliança tácita” entre o Ministério Público e a

oposição.

O livro mostra que FHC cogitou em diversos

momentos impor limites ao MP. Em dezembro de

2001, conversou com Gilmar Mendes (então

advogado-geral da União) e Pedro Parente (então

ministro da Casa Civil) sobre fazer um decreto

para que a Polícia Federal só colaborasse com o

Ministério Público em investigações sobre o

Executivo com a concordância expressa do

Ministério da Justiça. A ideia não foi concretizada.

O ex-presidente arcou, ainda, com o desgaste do

que reconhece ter sido um erro grave: a falta de

medidas preventivas contra a escassez de

energia elétrica, o que provocou um

racionamento entre maio e junho de 2001.

“Como um presidente pode ter sido

surpreendido? Falha minha, claro. Deveriam ter

me informado, mas quem deveria me informar e

não me informou estava ali porque eu escolhi.

Houve imprevidência”.

Enfraquecido, FHC pouco pôde influir em favor de

seu candidato à sucessão, o hoje senador José

Serra (PSDB-SP). FHC diz também ter

menosprezado a capacidade de Lula de forjar

uma aliança para ter maioria na eleição de 2002.

A seguir, trechos da entrevista com o ex-

presidente:

Valor: O quarto volume de suas memórias indica

que a corrupção é o preço que a sociedade

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brasileira teve que pagar para viver em uma

democracia de massas. É isso?

Fernando Henrique Cardoso: Não acho que eu

tenha me referido em minhas gravações à

corrupção, mas sim ao atraso. Não se pode ceder

à corrupção. Mas o que é que o atraso? É o

sistema patrimonialista, de nomeações, de

cargos. É complicado enfrentar os desafios do

Brasil tendo em vista que esta cabeça atrasada é

parte do Brasil. Qualquer sistema de poder

implica em partilhar o poder. Quando se tem

sistemas autoritários, sem a imprensa em cima,

acontece e nós que não ficamos sabendo. É

preciso distinguir a negociação que a democracia

requer da corrupção. Aqui se trata do toma-lá-

dá-cá.

Valor: O toma-lá-dá-cá é realidade presente na

política atual?

FHC: Tem graus maiores ou menores. O que

aconteceu no Brasil foi um processo diferente. A

partir de um certo momento houve a corrupção

da democracia, ou seja, o apoio ao governo

dependia de uma mesada, o mensalão. É um

processo devastador para a democracia, além do

que pode ter acontecido desde sempre, que são

casos individuais de corrupção. O que não se

pode evitar no poder é distribuir posições. Isto é

inevitável. Ou tem isso dentro de uma tirania, ou

tem isso com o controle da opinião pública. A

repartição do poder faz parte do jogo da

democracia. Repartir o poder, não o roubo.

“Não tenho prazer em ver líder preso, mas

não tenho prazer em deslegitimar a Justiça;

ela condena porque tem fatos”

Valor: O presidente Jair Bolsonaro gosta de se

dizer um representante da nova política. Ele

representa algo novo em que medida?

FHC: Esta coisa de nova política é ideológica, é

maneira de falar. Como é que compõe

ministério? Ou com partidos ou com grupos

sociais. Você distribui. Este presidente tem uma

retórica, que entendo até a razão, depois que a

Lava-Jato demonstrou a corrupção a que se tinha

chegado. Ele parece pretender as coisas da

maneira mais correta possível em um

determinado sentido. Agora, no outro, o de

distribuição de posições, este vai sempre existir.

Não digo criticamente. Não tem nova política,

tem política, que pode ser mais aberta, mais

transparente, ou mais fechada. Quanto mais

transparente, mais grupos participam. Quem

exerce o poder tem que conquistar a população,

trazer a sociedade. Este governo é deficiente

neste aspecto. A democracia requer não só

distribuir posições, mas explicar qual é o

caminho.

Valor: Mas este governo distribuiu posições?

FHC: Não estou lá, não sei até que ponto. Mas

ele tem apoio de governadores, prefeitos,

deputados. A dificuldade deste governo é que ele

não tem maioria estável. Para cada questão há

uma maioria nova. É uma maneira de governar,

mais trabalhosa. Está faltando a compreensão de

quais são os objetivos maiores. Os valores você

sabe quais são: os anacrônicos. O Brasil está em

uma guerra contra o marxismo cultural quando

se sabe que hoje em dia não existe mais

comunismo. Todos os países do mundo entrariam

em uma economia em graus variáveis de

mercado. Em nome deste objetivo, assustam a

população com um fantasma. Compare com o

regime militar: ali havia pessoas propondo a

destruição da ordem existente para criar uma

outra ordem. Agora não existe. Quem é que está

propondo um tipo de organização diferente?

Valor: Em seu livro o senhor diz que no Brasil

não existia direita. Quem pariu a direita no

Brasil?

FHC: No meu tempo o maior problema era o

atraso, era não se entender quais eram os

desafios reais do Brasil. Hoje tem o começo de

organização de uma direita extrema. É uma visão

ideológica, além do conservadorismo, que tem

correspondência internacional, não é só aqui.

Antes se acusava o comunismo de subversão

global, agora é a direita.

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Valor: Mas quem é responsável pelo fenômeno

no Brasil? A conjuntura internacional, o fracasso

da política petista ou a permanência do toma-lá-

dá-cá?

FHC: É um pouco de cada uma dessas coisas. É

inegável que a definição ‘Nós ou eles’, veio nos

governos do PT. Tudo que não era a favor do PT

era contra o Brasil. Essa atitude mais agressiva,

verbal pelo menos, começa com o PT. E foi

assumida pelo lado contrário de forma quase

similar. Por outro lado, há a revivescência do que

é impropriamente chamado de ‘populismo da

direita’. E por que impropriamente? Porque é um

populismo que exclui. O populismo tradicional era

inclusivo. Este é de exclusão. Mas se caracteriza

muito mais por uma questão de valores, não

aceitar diversidade. É algo muito contrário à

cultura brasileira, que é a cultura da transigência.

Agora tem a cultura da intransigência.

Valor: Partindo do pressuposto de que a

corrupção no Brasil é um problema de raízes

muito antigas, o senhor considera que o seu

governo permaneceu dentro da regra ou

representou uma exceção?

FHC: Não teria a pretensão de ser exceção. Lutei

sempre contra a dominação oligárquica. No fim

do meu governo, estava rompido com chefes

locais, que eram oligarcas. Tenho uma formação

democrática e venho de uma família de origem

militar. Na minha cultura familiar, esta ideia de

se beneficiar individualmente do poder é

inaceitável. Nunca tive aspirações oligárquicas e

mesmo nunca tive uma preocupação de que o

meu partido fosse o dominante. Minha

preocupação sempre foi ter maioria para aprovar

as reformas. Não se esqueça que o PT me acusou

de ser um neoliberal, como um xingamento.

Sempre fui bastante tolerante com os

movimentos sociais, inclusive com o MST.

Ocuparam uma fazenda minha e chamei a

Justiça. Não usei a força do poder para exercer

controle. Sou muito institucional, respeitava os

limites do poder.

Valor: Seu livro mostra como o grupo político que

dominava foi perdendo as condições de manter o

poder nas eleições de 2002. Um dos detonadores

deste processo foi a eleição de Aécio Neves para

a presidência da Câmara, que deixou o PFL sem

comando das casas legislativas e colaborou para

desagregar a aliança majoritária. Por que o

senhor não interveio neste processo?

FHC: Era a última eleição da Mesa no meu

governo. Durante todo o tempo eu segurei o

PSDB, porque achava que era preciso uma

aliança mais ampla. Sabia e disse a Aécio que

isso podia custar a vitória no futuro. O governo

estava baseado em um tripé: PSDB, PMDB, PFL.

Se quebrasse uma das pernas, complicava. Mas

seria interferir demais no Congresso forçar o

Aécio a não ser presidente, porque ele tinha a

maioria. Mas não foi só por isso que perdemos

em 2002. O exercício do poder desgasta, houve

crises. Convém que haja alternância. É preciso

que se aceite a derrota, desde que seja fruto de

decisão popular. Você toma decisões erradas, às

vezes a situação é desfavorável, tive que

enfrentar quatro crises financeiras. Governei

contra a maré do mundo.

Valor: A crise do racionamento de energia em

2001 o pegou de surpresa. Aquilo foi

determinante para a derrota?

FHC: Não sei se determinante, mas teve peso

grande. Fui surpreendido realmente. Houve

muito investimento em energia elétrica. Como

um presidente pode ter sido surpreendido? Falha

minha, claro. Deveriam ter me informado, mas

quem deveria me informar e não me informou

estava ali porque eu escolhi. Houve

imprevidência. A seca que tivemos em 2001 não

explica tudo. Era possível ter tomado medidas

antes.

Valor: O interesse em privatizar o setor elétrico,

com a resistência da classe política, não produziu

um impasse que ajuda a explicar isso?

FHC: A questão não foi essa. Faltou chuva,

investimento e conhecimento oportuno para

tomar medidas de prevenção.

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“Quem exerce o poder tem que conquistar a

população, trazer a sociedade. Este governo

é deficiente nisso”

Valor: Na sucessão em 2002, o senhor estava

muito preocupado em isolar e inviabilizar as

candidaturas de Ciro Gomes e Itamar Franco e

pouca atenção dava a Lula. Por que eles

preocupavam mais?

FHC: Avaliei que o Lula tinha menos chances do

que eles. E também porque os que estão

próximos te criam mais dificuldades. Itamar,

pessoa a quem devo muito, àquela altura, como

governador de Minas Gerais, atuava de maneira

pouco preocupada com o país, ao declarar uma

moratória que era tecnicamente inviável. Sempre

tive preocupação com temperamentos não

institucionais, turbulentos. Ciro é assim. Tem seu

valor, sabe falar, mas é turbulento. Itamar

também era. Queria dar sequência às

transformações que aconteciam e talvez por isso

tenha minimizado a capacidade que o Lula tinha

de construir maioria. Achei que era possível ao

governo fazer seu sucessor. Existe uma intriga

de que apoiei o Lula contra o José Serra; não é

verdade.

Valor: A relação entre o senhor e o Serra em

2002 era estranha.

FHC: Minha relação com Serra é muito próxima.

O Serra foi meu aluno, meu ministro duas vezes,

é meu amigo. O que era difícil era convencer o

eleitorado de que ele deveria ser o presidente.

Teria sido um bom presidente, mas não basta ter

competência. Houve muita discussão sobre o

Serra não assumir a posição do governo durante

a campanha, mas compreendo, o governo estava

muito desgastado.

Valor: O senhor acha que o governo Lula foi uma

inflexão na história do Brasil de que maneira?

FHC: Lula representava àquela altura a

reinvidicação social. As pessoas achavam que ali

estava a inauguração do futuro. Lula aparecia

como o novo, o líder sindical que ia à

Presidência, um fato jornalístico mais

interessante do que eu representei. O desgaste

do PT advém do que aconteceu depois: ele

representou a corrupção da própria democracia.

Não quer dizer que eles não sejam democráticos,

porque o PT no poder não fez estripulias

autoritárias. Tem a história do hegemonismo,

mudar a sociedade a partir do Estado. É

equivocado. A direita está tendo esta visão

impositiva também, mas o PT tinha esta visão.

Valor: O senhor tornou-se presidente no décimo

ano da democracia, em 1995. E quem corrompeu

a democracia foi o Lula?

FHC: Lula não. O PT. No período anterior. A

corrupção não é uma característica do PT. O

governo Collor foi acusado de corrupção

abundantemente. Todos os governos tiveram,

mas ali foi diferente. Criaram um sistema com a

benção do governo para extorquir empresas em

troca de pagamentos para o partido. Foi uma

corrupção da democracia. Não me lembro disso

em outros governos.

Valor: E no seu governo? O senhor nunca negou

que houve corrupção...

FHC: Não sei. Eu não participei e nem fui

conivente.

Valor: O senhor se queixa de que o Brasil vivia

uma cultura da denúncia, incentivada pelo

Ministério Público, pela imprensa, que gerava um

clima de jacobinismo, que poderia levar à

ingovernabilidade. Isso mais de uma década

antes da Lava-Jato e das redes sociais. Existe

esta cultura no Brasil?

FHC: Não posso afirmar assertivamente. O que

aconteceu? Na Constituição de 1988

transformamos o Ministério Público quase em um

poder autônomo. Antes havia uma aliança tácita

entre a oposição, no caso o PT, e o MP. E

denunciavam, denunciavam, era um inferno, e

não tinha consequência judicial, porque não

tinham consistência. Hoje é diferente. O MP

encontrou base de sustentação. Não tenho prazer

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em ver líder político preso, mas não tenho prazer

em deslegitimar a Justiça. A Justiça condena

porque tem fatos, mesmo que seja movida

ideologicamente. Não posso negar que em certas

circunstâncias é isso. Mas não condena porque

tem má vontade ideológica só. Nos EUA é assim

também. Quando está no exercício do poder,

reage contra. Depois entende. Quando está na

vida pública, está na chuva, vai se molhar.

Valor: O senhor diz que a carreira judiciária era

uma das que tinha mais interferência política. A

politização da Justiça é um problema?

FHC: Na questão da Justiça, tem a lista tríplice,

você escolhe um dos três para desembargador

[de tribunais regionais federais]. No caso do

Supremo você indica quem quer, o Senado julga.

O desembargador você nomeia. Os interesses

locais se apresentam com força, em alguns

casos. Sempre tive o cuidado de passar para o

ministro da Justiça a decisão.

Valor: Mas os ministros da Justiça de seu

governo com frequência foram da cota política,

como Renan Calheiros e Iris Rezende.

FHC: Quem ficou mais tempo como meu ministro

da Justiça foi o Nelson Jobim (1995-1997), que

foi escolha pessoal, nome meu. Os que foram

políticos ficaram pouco tempo. Sempre fui

favorável que houvesse carreiras nestas funções.

A burocracia estatal não é ruim, ao contrário do

que as pessoas pensam. Veja em relação aos

militares, eu venho de família militar.

Valor: Há uma imensa mágoa de militares que

estão agora no governo Bolsonaro em relação ao

senhor.

FHC: Sabe por que isso? Porque acabei com a

promoção automática de dois cargos. Antes,

quando passava para a reserva, ganhava dois

cargos. Isto caiu mal, mas acabaria de novo. Não

tenho pessoalmente nenhuma reclamação em

relação às Forças Armadas em meu governo.

Como não tinha recursos para dar aumento de

salário e nem equipamento, dava prestígio. A

queixa vem de preconceitos. Sobre o pagamento

de indenizações a vítimas da ação do Estado no

regime militar, disse que ia fazer. A questão dos

direitos humanos para mim não é retórica. Fui à

Oban, botaram capuz na minha cabeça, vi gente

torturada. Rubens Paiva era meu amigo,

mataram ele.

https://valor.globo.com/politica/noticia/2019/10/

18/para-fhc-bolsonaro-se-destaca-pelo-

anacronismo.ghtml

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