Lbj lição 7 A igreja na reforma protestante

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1º trimestre de 2017 lição 7 12 de Fevereiro de 2017 Título: A Igreja de Jesus Cristo — Sua origem, doutrina, ordenanças e destino eterno Comentarista: Alexandre Coelho

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1º trimestre de 2017 lição 7 12 de Fevereiro de 2017

Título:  A Igreja de Jesus Cristo — Sua origem, doutrina,

ordenanças e destino eterno

Comentarista: Alexandre Coelho

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Texto do Dia

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SÍNTESESINTESE

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AGENDA DE LEITURA

SEXTA — Ef 4.5Uma só fé

QUARTA — At 4.12Um só Salvador

SEGUNDA — Jo 14.6Um só caminho

TERÇA — 1Tm 2.5Um só Deus

 

QUINTA — Sl 119.130Uma só Palavra

SÁBADO — Rm 11.36Somente a Deus toda a glória

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Obj

etiv

osCOMPREENDER a necessidade da 

reforma na igreja;

SABER como se deu a Reforma Protestante;

IDENTIFICAR os frutos da Reforma 

Protestante nos últimos séculos.

 

objetivos

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Text

o Bí

blic

o

Apocalipse 3.1-6. 1 — E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.2 — Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.3 — Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.4 — Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.5 — O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.6 — Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

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Introdução

Este ano(2017) comemoraremos os quinhentos anos da Reforma Protestante. Esse movimento representou a 

busca por um retorno às raízes da igreja do Novo Testamento, pois a igreja havia se secularizado. Até hoje, 

os cristãos são beneficiados por força dessa reforma ocorrida na Idade Média, e que mudou paradigmas na esfera da fé, do conhecimento de Deus e da salvação.

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II. A REFORMA PROTESTANTE

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A IGREJA NOS PRIMEIROS SÉCULOS.

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Nos primeiros três séculos da era cristã, enquanto a igreja não tinha vínculos com o Estado, e mantinha sua 

independência, foi perseguida, rechaçada e alvo de muitas críticas. Nessa época, ela lutou internamente contra diversas heresias e sistematizou uma série de 

doutrinas.

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OS SÉCULOS ATÉ A IDADE MÉDIA.

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Na medida em que Estado e Igreja foram se aproximando, houve mudanças que fizeram 

com que a igreja abandonasse a doutrina dos apóstolos. Os ensinos de Jesus e a fé genuína 

em Deus e no Salvador foram deixados de lado.

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Um pouco de Historia

Igreja Primitiva 

Período Apostólico 1º Século Período dos pais da igreja – 2º e 3º séculos

• Os apóstolos – sequencia ao ministério de Jesus• Escreveram o novo testamento – a conclusão da revelação • Encerra em 95 d.c com a morte do apóstolo João em Éfeso 

• Os concílios da Igreja – Acertos doutrinários • O Reconhecimento das Escrituras 

Período Medieval

• 323 – Imperador Constantino – Único imperador. Uma só lei, umas só moeda, uma só cidadania e uma só religião.• O cristianismo outrora perseguido agora torna-se a religião oficial do Império. • A partir daí inicia-se a degeneração da igreja: o paganismo na igreja • 375- culto aos santos. • 431 – institui o culto a Maria. • 503 – instituição da doutrina do purgatório. • 783 – adoração de imagens e relíquias. • 1090 – rosário 

1229 – proibida leitura da Bíblia. Além destes desvios – a corrupção, a ganancia e a imoralidade do clero descaracterizaram a igreja Cristã e

Revoltaram o rebanho.

Fonte: http://pt.slideshare.net/Secretariaipb/reforma-protestante-ano-2013

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OS AVANÇOS.

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Tivemos avanços nesse período inicial de bonança, em que a igreja não  era  mais  perseguida  e  seus  verdadeiros  membros  não  eram mais mal vistos pela sociedade. Jerônimo completou a tradução da Bíblia  para  o  latim,  e  muitas  pessoas  passaram  a  professar  a  fé cristã. Mas a aproximação entre igreja e Estado cobrou seu preço: bispos trocavam acusações para conseguirem um o lugar do outro, governantes  passaram  a  ter  influência  na  escolha  de  líderes cristãos,  e  promoveu-se  a  adoração  a  ídolos.  Muitos  cristãos adotaram uma postura de viver uma vida sem luxo, aplicando-se à castidade  e  às  orações  em  lugares  isolados,  por  causa  da  forma com  que  a  igreja  permitiu-se  participar  de  prazeres  mundanos  e ter adotado uma visão mais secularizada.

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Enquanto a igreja manteve-se isenta das ingerências do Estado,

pôde também afastar-se das tentações de assumir o poder temporal e político.

Pense

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A Igreja passou por perseguições e se

manteve fiel ao seu chamado, até que se

permitiu envolver com o poder temporal e se

deixou influenciar por ele.

Ponto importante!

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II. A REFORMA PROTESTANTE

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A NECESSIDADE DE MUDANÇAS.

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Foi  notório  que  a  igreja  daqueles  dias  precisava  de  mudanças drásticas,  pois  não  representava  mais  o  verdadeiro  Evangelho,  e sim  a  busca  pelo  poder  temporal,  o  domínio  das  nações  e  suas riquezas.  Seus  cultos  se  tornaram  distante  das  pessoas,  seus ensinos foram corrompidos e suas práticas e doutrinas beiravam o charlatanismo.  Como  descrita  nessa  época,  a  igreja  estava realmente distante de sua vocação de agência do Reino de Deus. Era necessário que passasse por um movimento de transformação que resgatasse os princípios da Igreja Primitiva, que valorizasse as Escrituras em detrimento da tradição, e que se abstivesse da busca pelo poder terreno.

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GRUPOS EM PROL DA REFORMA ANTES DE LUTERO.

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Antes  de  Martinho  Lutero  dar  início  à  Reforma Protestante,  houve  pessoas  e  grupos  que  se  expuseram pleiteando uma mudança radical na igreja daquela época. Dentre esses grupos, destacamos os Waldenses, liderados por Pedro Waldo, que rejeitou a doutrina do purgatório e ensinou o  retorno às Escrituras  como  um modo de vida. Outro  nome  de  destaque  foi  John  Wicliff,  professor  de Oxford,  que  traduziu  a  Bíblia  para  o  inglês  a  partir  da Vulgata  Latina.  Ele  acreditava  que  o  clero  católico  não tinha interesse em que a Bíblia fosse lida na língua comum de cada povo.

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LUTERO E SEU DESAFIO.

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Lutero  foi  um  monge  que  nasceu  na  Alemanha  em  10  de novembro  de  1483.  Na  infância  foi  educado  dentro  dos  padrões cristãos  de  seu  tempo.  Na  juventude  optou  por  seguir  a  carreira monástica,  e  estudou  teologia  e  filosofia.  Deparou-se  com  uma profunda falta de paz em sua vida, e lendo as Escrituras, entendeu que  poderia  ser  salvo  de  seus  pecados  e  ter  a  paz  com  Deus, coisas que poderiam ser feitas apenas pela fé.Em 31 de outubro de 1517, certo de que a igreja romana havia se distanciado de seu verdadeiro chamado, Lutero fixou suas 95 teses contra o papa e a igreja romana com suas doutrinas do purgatório e  das  indulgências,  iniciando  assim  a  chamada  Reforma Protestante.  Lutero  casou-se  com  Catarina  Bora,  uma  ex-freira, com quem teve seis filhos. Escreveu hinos e traduziu a Bíblia para o alemão.

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1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.4. Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

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11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece  ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

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21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

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31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina[2].39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.[3]40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.[4]

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41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.[5]42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.[6]44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

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51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.

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61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

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71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, equivale à cruz de Cristo.80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.

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81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma Basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos próprios fiéis?87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.

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91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, sua cabeça, através das penas, da morte e do inferno.95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

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A Reforma Protestante foi necessária para que a

verdadeira Igreja de Jesus Cristo pudesse retornar à

sua vocação de sal da terra e luz do mundo.

Pense

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Antes de Lutero, outras pessoas já demonstravam descontentamento com o

sistema de vida da liderança da igreja romana, de suas doutrinas e do seu afastamento do público.

Ponto importante!

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III. FRUTOS DA REFORMA NOS ÚLTIMOS SÉCULOS

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TRADUÇÃO DA BÍBLIA PARA O ALEMÃO E OUTRAS LÍNGUAS.

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Até  a  Reforma  Protestante,  a  Igreja  Católica  adotou  a Bíblia  e  os  sermões  em  latim,  uma  língua  que  com  o passar  do  tempo  se  tornou  distante  das  pessoas,  e próxima apenas dos estudiosos. Após a Reforma, a Bíblia foi  traduzida  para  o  alemão,  francês,  inglês,  e  também para  o  português.  Em  nossos  dias,  instituições  como  as Sociedades Bíblicas, a Wicliff e a ALEM (no Brasil) tem sido uma força grandiosa na tradução e distribuição de Bíblias e  porções  de  textos  bíblicos  traduzidos.  Os  cultos passaram a ser  realizados na  lingua dos povos,  tornando mais clara a pregação e ensino do Evangelho.

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MISSÕES. 

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Com a Reforma, despertou no coração dos crentes o  entendimento  de  que  o  Evangelho  deveria  ser efetivamente  anunciado,  sem  o  interesse  de  se conquistar  novas  terras  ou  subjugar  povos.  A pregação da Palavra de Deus e a salvação das almas perdidas  ganhou  novo  enfoque,  e  muitos  cristãos dedicaram-se  a  passar  seus  dias  no  campo missionário.

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O PENTECOSTES

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O pentecostalismo tem sido a marca do avivamento da igreja cristã em nossos dias.  Por  meio  do  mover  do  Espírito  Santo,  milhões  de  crentes  no  mundo inteiro têm sido revestidos de poder para testemunhar acerca de Jesus e de sua obra.Os pentecostais pregam basicamente que Jesus salva, cura, liberta as pessoas, que batiza com o seu Espírito Santo com evidência do falar em outras línguas, e que Jesus voltará para buscar o seu povo. Creem na inspiração plenária das Escrituras,  na  necessidade  de  arrependimento  para  que  uma  pessoa  seja salva,  e  na  necessidade  de  uma  vida  santa.  Um  dos  temas  correntes  em nossas pregações é a  contemporaneidade dos dons espirituais. Cremos que os  dons  do  Espírito  Santo,  conforme  mencionados  em  1  Coríntios  12,  não foram extintos, pois a própria Palavra de Deus não nos  fala que os dons do Espírito Santo teriam data de validade apenas para o primeiro século da era cristã.

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DESAFIOS DE NOSSOS DIAS.

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Em  nossos  dias,  temos  observado  as  constantes  mudanças  que  ocorrem  na sociedade.  A  tecnologia  avança  a  olhos  vistos.  A  medicina  vem  fazendo tratamentos  para  males  que  antes  eram  incuráveis,  com  resultados comprovados. Com a  internet, o mundo se tornou pequeno, e praticamente qualquer informação pode ser consultada de um aparelho celular conectado a  internet.  Há  meios  de  se  aumentar  a  quantidade  de  alimentos  para alimentar populações  inteiras, mas por outro  lado, aumentam a violência, a fome em diversos países. O terrorismo tem sido uma das marcas dos nossos dias, com guerras que devastam países e populações. Novas doenças surgem, e  ressurgem  antigos  males,  e  a  internet  vem  sendo  usada  para  recrutar pessoas que tem pouco apego à vida e estão dispostos a levar consigo outras vidas  que  não  partilham  de  suas  ideologias.  Surgem  diversas  formas  de pensar o sobrenatural, e há uma busca pelo oculto, divulgado pelos filmes de cinema. São desafios com os quais temos de lidar em nossos dias...

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Missões, pregação da Palavra e santificação são frutos da Reforma que são seguidos em

nossos dias.

Pense

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Precisamos ser cheios do Espírito

Santo a fim de que estejamos

preparados, como igreja, para lidar com os desafios do nosso

tempo.

Ponto importante!

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A  Reforma  Protestante  foi,  sem  dúvida,  o instrumento que Deus se utilizou para redirecionar a Igreja  à  sua  verdadeira  vocação:  ensinar  o  justo  a viver pela fé, buscar o conhecimento verdadeiro das Sagradas  Escrituras  e  definir  o  sacerdócio  universal dos crentes. Somos fruto dessa Reforma, e devemos aproveitar  cada  ocasião  para  fazer  com  que  Deus seja glorificado por meio de nossas atitudes.

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1. Como era a igreja nos primeiros séculos?A igreja seguia a doutrina dos apóstolos. Os ensinos de Jesus eram obedecidos e havia fé genuína em Deus e no Salvador. 2. A união da igreja com o Estado foi benéfica? O que causou tal união?Não. Na medida em que Estado e Igreja foram se aproximando, houve mudanças que fizeram com que a igreja abandonasse a doutrina dos apóstolos. Os ensinos de Jesus e a fé genuína em Deus e no Salvador foram deixados de lado. 3. Quais foram os avanços no período de bonança?Jerônimo completou a tradução da Bíblia para o latim, e muitas pessoas passaram a professar a fé cristã. 4. Quem foi Lutero?Lutero foi um monge que nasceu na Alemanha em 10 de novembro de 1483. 5. Qual o dia, mês e ano da Reforma?31 de outubro de 1517.