JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

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JOSt CARLOS BARBERIO UTILIZAÇÃO VE TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ESTUVO FARMACOCIWÊTICO VO 2,6-dXXodo-4-nXtKo&znol [VX&o^zn-VXòo^znol) . TZÁZ apKe.6e.nta.da a ComXòòão Ju¿ gadoia do Concutiòo ã LXvKz-Vo - czncXa, na VX.bci.pLX.na dz lÁztodo^ ¿ogXa z AptXcaçõzi dz RadXoX&õ- topoÁ do Vzpantamznto dz AtXmzn toó z Nu.tn.Xtao Ex.pzx.Xmznt.al da Vaculdadz dz CXzncXaA—faJtjnaczu- UNÍ l/ERSI PAPE P E SÃO PAULO 19 7 3

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JOSt CARLOS BARBERIO

UTILIZAÇÃO VE TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ESTUVO FARMACOCIWÊTICO

VO 2,6-dXXodo-4-nXtKo&znol [VX&o^zn-VXòo^znol) .

TZÁZ apKe.6e.nta.da a ComXòòão Ju¿

gadoia do Concutiòo ã LXvKz-Vo -

czncXa, na VX.bci.pLX.na dz lÁztodo^

¿ogXa z AptXcaçõzi dz RadXoX&õ-

topoÁ do Vzpantamznto dz AtXmzn

toó z Nu.tn.Xtao Ex.pzx.Xmznt.al da

Vaculdadz dz CXzncXaA—faJtjnaczu-

U N Í l / E R S I P A P E P E SÃO PAULO

19 7 3

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A

Julio Kie.Me.Ji,

Utiiel Vtianco Rocha e

CaKloA Hennique. de. MÍA quita

A em caja pKccioAa colaboftaçâo CA te. t nab alho não

tenia A ido Aeque.fi iniciado.

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Ao& VKOÍZÍAOKZA Vuttval Uazzti Hogutina

t Rómulo Ribtiio Vitnoni, ViKtton t SupztLinte.nde.nte., Kt^

ptctiva.me.ntt, da faculdade dt Citnciai VaKmactuticai t

Inhtituto dt Entigia Atómica, OÒ' agtiadtcimtntoA dt qut

òou dtvtdoA ptlaA conòtanttA mani^t&taçdtÁ dt incentivo

t diòpoiiçao dt auxiliai.

Ã" Pho^tAAoKa HaKia kppaKtcida VouKchtt

Campo& poK tudo qut Ikt dtvo.

de imtnia»

A Paulo Caivalho Ttintina, com *auda-

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AGRADECIMENTOS

A Antonio S.Gouveia pelo incansável tua

balko na computação dos dados analZticos e subsidios bi¡o_

matemático 6.

A Sagramor C.C. e Mello Persano e Pablo

Podlech pelo apoio e realização de paKte experimental.

A Paulo Roberto leme, pelo valioso auxi

lio no planejamento inicial do trabalho.

A Eduardo Américo Cordeiro Júnior, cujo

trabalho técnico esteve presente durante toda a realiza­

ção da pesquisa.

A Paulo Baptista da Cunha, Auxiliar de

Laboratorio, cuja exemplar dedicação e responsabilidade

permitiu a ininterrupta coleta de material.

A meus caríssimos companheiros da divi­

são de Radio farmácia, farmacéuticos-Bioquímicos, Iza ti­

rata, Regina B.Brown, Maria Apparecida T.M.de Almeida ,

Sanae Shimizu, Paulette Miranda Lopes, Hilda Soza de Pe­

reira e Rodza da Silva V.Gonçalves , pelo auxilio constan

te.

Aos Técnicos de Laboratório da mesma Vi

visão i Mareia V.J.Cordeiro, Therezinha B.Ptres Mesquitae

Jose Cesar de Bonis, pelo valioso trabalho auxiliar.

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Ao Vr.Cibar C.Aguilera, Chefe do Centro

de ProccAAamento de VadoA do IEA de São Pauto, pelai fa-

cilidadeA na utilização do Computado*. IBM-1620.

AOA Laboh.atoh.ioA USAFARMA, na peAAoa de

Aeu Viretor, Vr.Arnaldo PÍCOAAC, pela conAtante colabora

ção, tfiaduzida ora em matéria-prima, ora adquirindo OA

cah.neih.0A, animaiA utilizado A no trabalho.

Ao ConAelho Federal de Farmácia, naA

peAApaA de Amaury Ferreira Brandão, Halmi Hirai, Leda Ma

Kia M.rfe Carvalho, Mauricio Vazumoto, Wilken M.Nogueira

e Dilermando Cattani, meuA melhorcA agradecimentoA.

X UariAa Valentina F.Ferreira pelo A tra

balhoA finaiA de datilogfiaria.

AOA VrA. Sh.ih.ley P.õba, Rachel G.Serra,

ÔAwaldo P. Seh.na, Claudia Rocha e Orlando Ferrari, da Fa

culdade de Medicina Veterinária, pela ineAtimável coope­

ração no campo da medicina veterinária.

AOA funcionãrioA da mcAma Faculdade,Mar

cio doA SantoA, lAmael F.Ribeiro e AuguAto Avelino do A

SantoA, pela ajuda conAtante.

A Fernanda I.Viocchi e colaboradoreA,pe

lo precioAo auxilio na parte bibliográfica.

A Neuza B.Camargo, Secretária da Vivi -

Aão de Radio farmácia do ÍEA, o A agradecimentoA peloA inu

meroA raAcunhoA que datilografou com permanente diApoAi-

ção.

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A Dulce Ollveltia dt Almeida, Auxilia*,

de Ensino da Vl&clpllna de Metodologia e Aplicações de

Radioisótopos da Vacuidade de Ciências Fafimaceutlcas da

US? pela ln.fiestn.lta colabonação em vãnlas etapas do tfva

balko.

Ao VfL.Gen.aldo Leme da Rocha, Vlneton

do Instituto de Zootecnia, pelas facilidades pn.opon.clci

nadas na confecção dos coletoh.es de excretas.

A Then.ezlnha O .Sllveln.a Santos, Chefe

do Seivlço de Expediente do instituto de Enengla. Atõml

ca, pelas Inúmeras atenções e amizade.

A Todos que, de uma fofima ou de outn.a>

contfu.buln.am pana a neallzaçao deste tKabalho.

'0-0-0-

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S U M A R I O

PAGINA

1 - Introdução 1

2 - Revisão da Literatura 6

3 - Propósito do trabalho 9

4 - Material e Métodos 10

4.1 - Material

4.1.1 - Animais 10

4.1.2 - Soluções radioativas 10

4.1.3 - Instrumentação 11

4.2 - Métodos 13

4.2.1 - Preparação do Disofenol marcado

com 1-131 13

4.2.2 - Controle radioquímico da preparação 14

4.2.3 - Estudo da influência de variáveis

diversas no rendimento radioquímico

da preparação 17

4.2.4 - Ensaios biológicos 21

4.2.5 - Parâmetros estudados 26

4.2.6 - Procedimento experimental 32

4.2.7 - Tratamento dos dados experimentais

e cálculo dos parâmetros do sistema 38

5 - Resultados 42

5.1 - Atividade plasmática global. 42

5.2 - Atividade corpórea global residual 42

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PAGINA

5.3 - Atividade das fezes 42

5.4 - Atividade das urinas 46

6 - Comentários 6 0

7 - Conclusões 6 8

B - Referências b i b l i o g r á f i c a s 70

9 - Apêndice 7 ?

-o-o-

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-1 -

1 - INTRODUÇÃO

Adotando como principio o fato de que nao £

x i 9 t e setor algum da atividade humana onde os radioisóto

pos não tenham sido utilizados, parecem ficar plenamente

justificadas as razões que levam os especialistas em ra

dioisótopos, a participarem de diversas searas da ciên -'

cia.

É o caso do presente trabalho, para a real_i

zação do qual participamos dos problemas ligados à para­

sitologia animal, com vistas a um propósito inicial de

saber de que maneira poderíamos acompanhar no organismo

uma droga, cuja importância terapêutica apresentava des­

taque em Veterinária..

Deste modo, fica caracterizada a filosofia

atual que se tem sobre os radioisótopos e seus usos. ten_

do em vista, principalmente, o senso comum de definir es>

sa área de conhecimento sob o contexto de Metodologia e

Aplicações.

0 presente trabalho propõe uma metodologia

na utilização de um determinado radionuclídeo, com a fi­

nalidade de aplicá-lo num certo campo da investigação ci

entífica.-

Assim B que, verificada a possibilidade de

se incorporar um isótopo radioativo à estrutura de um com

posto dotado de ação farmacológica, estabelecemos um pl<a

no de trabalho, capaz de permitir o acompanhamento da

droga através do organismo, com vistas a ulteriores in­

formações acerca de seu modo de ação e metabolismo.

-o-

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-2-

G composto 2, 6-diiodo-4-nitrofeno1, com fór

mula estrutural reproduzida a seguir, e que toma entre

outras as denominações comerciais de DNP, Disofenol, An-(26)

cylol e Disofen, é utilizado em medicina veterinária

no combate a helmintoses diversas.

OH

N 0 2

Sua atividade farmacológica foi, pela pri -(53)

meira vez, verificada por WDOD e colaboradores no fi­

no de 1961, utilizando cães infestados, natural e experi^

mentalmente, com Ancylostoma caninum e braziliense e

Uncinaria stenocephala.

0 efeito terapêutico foi demonstrado atra­

vés da eficiente ação da droga sobre formas adultas des^

ses helmintos, permitindo aos autores estabelecerem a do

se ideal, cerca de quatro vezes menor que a dose tóxica.

f 1 3 1

Em 1964, DARNE e WEBB confirmaram a a-

ção da droga, através de ensaios realizados em cães in­

festados com ancilostomídeos.

A repercussão de sua eficiente ação terapejj (39'

tica chegou ate nos, o que levou ROCHA e colaboradores

em 1965 a experimentarem o Disofen contra a hemoncose

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-3-

ovina, concluindo pela eficácia total do mesmo, na dose

de 7,5mg por quilo de peso vivo, por via sub-cutãnea, i-

dêntica àquela preconizada por WOOD e colaboradores, em

1 9 6 1 ( 5 3 J .

f 4D1 f 4 1 1

ROCHA e colaboradores u'^,}

e m 1966 9-1967,

utilizando a droga no tratamento da Ancilostomíase e da

Tricuríase ern cães naturalmente infestados, concluíram

pela eficiência da mesma apenas na ancilostomíase, tanto

pela via sub-cutãnea como pela administração oral.

( 42 )

Em 1967, ainda, ROCHA e colaboradores en

tusiasmados com a nova droga, realizaram estudo compara­

tivo das atividades terapêuticas do Disofenol e Tiabenda

zol [benzimidazo1 2-( 4-thiazoly 1 )j| em ovinos e puderam re

velar a maior eficiência do Disofenol contra formas ima­

turas de nematóides.

(43}

Nesse mesmo ano, ROCHA e colaboradores ,

ao seguirem os efeitos tardios do Disofen nas infestações

de suínos e ovinos, surpreenderam-se ao constatar a au -

sência de ovos de nematóides, mesmo depois de decorridos

oito meses do tratamento. Os lotes testemunhas, ao con­

trário, apresentaram alto nível de infestação. Esses a-

chados foram, então, interpretados como decorrentes de

um eventual "efeito residual".

Movidos por esse achado singular, revimos a (1 )

literatura pertinente verificando que, em 1962, AMAYA ,

na Colômbia, chamara a atenção para fato comparável re­

gistrado para o lado do sangue humanoi sessenta e três

dias depois da administração do Disofen ainda era anor -

malmente elevada a concentração plasmática.

Tendo aquele autor encontrado um valor igual

a 20 ug/ml de sangue e sabendo que a dose administrada fo

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-4-

ra da ordem de 3 mg/quilo de peso corpóreo, verifica -se

que cerca da metade da dose ainda se encontrava confina­

da ao volume sanguíneo, decorridos sessenta e três dias.'

Este fato poderia explicarão demorado efei­

to terapêutico observado nos animais por ROCHA e colébo-(43) • ' '

radores , ja que estes utilizaram doses bem mais ele-(1)

Vadas que aquelas de AMAYA ,

A partir desses achados, novos aspectos po­

dem e devem ser considerados: o primeiro deles relacio­

nado com a possibilidade de se estabelecer a dtíse de ma_

nutenção ideal; o segundo, corolário do primeiro; refle_

te-se no fato de se poder limitar os efeitos tóxicos dá

droga pelo manuseio adequado das doses iniciais e de ma­

nutenção, através de doses de "reforço" devidamente espa

çadas.

É evidente que o horizonte que se abre; ao

serem considerados os aspectos referidos,» deve ser antes1

de tudo muito mais importante do ponto de vista prático

do que do ponto de vista puramente acadêmico. Como lado

prático, queremos enfatizar os reflexos econômicos que

aparecem quando a criação animal está afetada. Resta sa

ber pois, se compensa investigar amplamente a droga a

fim de criar melhores condições para a sua Utilização em

terapêutica.

Vejamos poi s algun9 dados sobre a utiliza -

ção do Disofenol em parasitologia animal, bem como salien_

tar possíveis efeitos da mesma.

Diz-se em parasitologia que, do ponto de

vista econômico, os vermes de maior importância quanto ao

prejuízo causado aos animais domésticos são:

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-5-

1 - Nematóides

2 - Cestóides

3 - Trematóides,

sendo os mais numerosos e os que mais atacam os rebanhos

os nematóides ; a maioria das espécies patogênicas hja

bita o aparelho digestivo, algumas se localizam nos pui-:

mões, outras nos rins, músculos e olhos.

• Disofenol é largamente utilizado para com­

bater esses nematóides, quando parasitas de bovinos, ovi­

nos e caprinos, principalmente. A sintomatologia que se

verifica nos animais parasitados é alarmante já que a es­

poliação leva o rebanho ã debilidade, traduzida' pelo retar

do do crescimento e perda de condições físicas. Haverá ,

é óbvio» uma acentuada diminuição dos rendimentos em car­

ne, lã, leite, levando, finalmente, ao prejuízo económico

de repercussão nacional,

É fácil avaliar os prejuizos decorrentes de

uma baixa produção de lã e o que ela representa» sabemos

que até sessenta por cento da produção de lã é. perdida '

quando os rebanhos de ovinos estão atacados.

No caso do Oisofenol, sua importância é res­

saltada, exatamente, porque age em nematóides c o n s i d e r a ­

dos de distribuição universal, acarretando os maiores da­

nos às criações pela ação espoliadora que exercem.

Os principais nematóides pertencem aos gêne­

ros Haemonchus Cobb, 1898j Ostertagia Ranson, 1907j Bunos

tomum Railliet, 1902 e Oesophagostomum Molin, 1BB1.

Não é pois sem interesse que o Disofen,desde

1965, vem sendo intensamente utilizado entre nós, estiman_

(51) do-se seu consumo,em 1972,em cerca de quatro toneladas

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-6-

2 - REVISÃO DA LITERATURA s s s s s a s a s s t s á s s s f i i & s a e a s m

(53)

Foram WOOD e colaboradores os primeiros

a estabelecer estudos de toxicidade do Disofen. Verifi

caram dentre tantas observações que, quando a droga é

administrada repetidas vezes, pode ocorrer o fenômeno de

acumulação, tendo em vista os efeitos tóxicos manifesta^

dos.

(22)

KAISER em 1960, pela primeira vez, relja

tava observações sobre o 2,6 diiodo-4-nitrofeno1 em

cães, como parte de uma investigação farmacológica, pa­

ra merecer um estudo mais amplo e comparativo em 1963 e (23)

publicado em 1964 . Com efeito, trabalhando com ra­

tos e cães, o autor pôde estabelecer um paralelo do pon_

to de vista toxicológico, entre o Disofenol' e o Dinitro

feno 1. Verificou, por exemplo, efeitos tóxicos sjl

milares do ponto de vista qualitativo, tais como altera

ções de ritmo cardiaco, aumento da respiração e aumento

de temperatura corporali mas quantitativamente, uma

pronunciada distinção entre os efeitos das drogas como

na intoxicação aguda onde o disofenol mostrou ser menos

tóxico que o dinitrofenol, quando se utilizaram ratos

e camondongos e, ainda, o fato de que, em cães, a admi­

nistração repetida fêz com que o Disofenol fosse consi­

derado mais tóxico que o 2-4 nitrofenol. De fato, en­

quanto aquele sugeria uma acumulação, este último se ex

cfetava mais rapidamente. KAISER verificou, igualmente, (23)

que, apos repetidas doses diárias de 12,5mg por qui

lo de peso ou mais. a morte dos cães ocorria quando a

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- 7 -

dose total i n c o r p o r a d a se situava entre BO e 100 mg por

quilo de peso.

f 8 1

Em 1967, BORAY e colaboradores ao e s t u d a

rem a eficiência de vários a n t i h e l m í n t i c o s , d e s t a c a r a m a

ação do Disofen na F a s c i o l o s e , alertando porém para o fa

to de que muitos carneiros m o r r i a m , p r o v a v e l m e n t e pela (5 2)

dose que recebiam, cerca de 50mg/kg. W A N G , em 1970

utilizando o Disofen em cães p e q u e n o s , infestados com

Ancylostoma c a n i n u m , informava que a d m i n i s t r a d a s u b c u t â

n e a m e n t e , a droga era e f e t i v a nas concentrações de 10,

20, 30 e '40mg por quilo de pesoi a s s i n a l a v a , p o r e m , a

morte de dois entre quatro cães que receberam 40mg por

quilo de peso e evidentes sinais de intoxicação em cães

que receberam 20 e 30mg por quilo de peso.

0 p r o b l e m a do perigo do emprego de doses

tóxicas durante a t e r a p ê u t i c a pelo Disofen foi diminuin.

do, â medida que se confirmavam os trabalhos o r i g i n a i s

que recomendavam doses de 7,5 a lOmg por quilo de p e s o ,

p r i n c i p a l m e n t e , nas infestações por A n c y l o s t o m a . E , em (16) 1

1971, FOWLER d e m o n s t r a v a que dentre tantos a n t i h e l ­

m í n t i c o s , o t e t r a c l o r e t o de c a r b o n o , a d m i n i s t r a d o por

via o r a l , revelava-se o mais tóxico para ovelhas i n f e s ­

tadas por F a s c i o l a hepática) o D i s o f e n , ao contrário ,

mdstrou-se bem t o l e r a d o , comparado a outras d r o g a s .

Toda essa p r e o c u p a ç ã o , com e f e i t o , se j u s ­

tificava tendo em vista a i m p o r t â n c i a dos dinitròfenois,

largamente utilizados como h e r b i c i d a s na a g r i c u l t u r a a , (24)

s a b i d a m e n t e , conhecidos por sua ação t ó x i c a .

Uma e v i d e n c i a m a n i f e s t o u - s e , f i n a l m e n t e , a_

pós tantos t r a b a l h o s : o de q u e , mesmo nas doses c o n s i ­

d e r a d a s s e g u r a s , o perigo de i n t o x i c a ç ã o p o d e r i a manifes

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- 6-

tar-se após administração de doses repetidas que, por e-

feito residual alcançando uma determinada concentração no

organismo, poderia trazer consequências fatais para o

mesmo•

Este foi, pois,o ponto de partida para nos­

sa investigação: a evidência de que a droga por um lado,

podendo acumular-se no organismo, apresentava perigo po­

tencial e, por outro, a importante propriedade terapêuti_

ca de uma ação lenta e duradoura.

De outro lado, afortunadamente, para nossas

intenções, a estrutura química do Disofen apresentando '

dois átomos de Iodo permitiria sua substituição através

de seus isótopos radioativos.

Este fato - de indiscutível importância - foi

prioritário para o estabelecimento de um plano de traba­

lho* compatível com as exigências propostas.

-o-

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-9-

3 - PROPÓSITO DO TRABALHO

O propósito do presente trabalho foi duplo,

a saber:

1*) numa primeira etapa, preparar o 2,6 di-

iodo-4-nitrofenol ma'rcado com 1-131 e

estabelecer a sua meia vida biológica;

2*) estabelecer a cinética da droga com o

fim eventual de caracterizar doses terá

pêuticas, ou outras.

Com vistas a esse objetivo traçamos um pla­

no de trabalho que assegurou:

a) a preparação do composto marcado, já ob-(3)

jeto de comunicação previa t b) o estabelecimento da meia vida desse com

posto usando carneiros como material de

ens ai o t

c) verificação da cinética da droga, carac­

terizando, o tempo de permanência da mes

ma no organismo animal, a sua distribui­

ção, e o possível modo de ação.

Esse plano constou de uma fase que chamamos

de "pré-experimental", na qual administramos a droga a

ratos, para ter informações globais sobre a sua distribui

ção nos vários órgãos, e riqueza relativa.

Com base nessas informações preliminares ,

passamos à fase experimental propriamente dita, utilizar^

do os carneiros como material de experiência.

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- 1 0 -

4 - MATERIAL E MÉTODOS

4.1 - Material

4.1.1 - Animais

Para a fase considerada p.rê-experimental ,

utilizamos doze ratos adultos, sem distinção de sexo, da

raça Wistar, mantidos sob dieta normal no Biotério do Ins

tituto de Energia Atômica de São Paulo.

Para a fase experimental foram utilizados oi

to carneiros adultos, da raça Corriedale, enviados pelo

Posto de ovinos e caprinos do Instituto de Zootécnica da

Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Estes

animais-foram mantidos no Biotério da Faculdade de Medici

na Veterinária e, durante a fase experimental, conduzidos

ao Instituto de Energia Atômica apenas para efeito de me-

dides de radioatividade e colheita de sangue.

4.1.2 - Soluções Radioativas

4.1.2.1 - NaI-131

Como matéria prima para a preparação de 01-

aofenol-I-131, utilizamos uma solução de lodeto de Sódio

t N a 1 3 1 I ) . cujo Iodo-131 radioativo foi produzido no Insti^

tuto de Energia Atômica a partir de Telúrio irradiado..

Nas condições exigidas, utilizemos soluções

de N a 1 3 1 I , livres de carregador e redutor, com átivida-

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- 1 1 -

des específicas da ordem de 15 mCi/ml.

4.1.2.2 - Disofenol não radioativo

Utilizamos a droga Disofen, nome comercial

do 2,6 diiodo-4-nitrofenol, entre nós sintetizada e co­

mercializada pela Usafarma S.A. Indústria Farmacêutica.

4.1.2.3 - Disofenol 1-131

0 produto obtido a partir de reação de Di­

sofenol não radioativo com NaI-131, constituiu-se na

droga marcada.

As preparações utilizadas acusaram, em mé­

dia, as características seguintes: concentração radioa­

tiva s 500jLiCi/ml j atividade específica - 50jiCi/mg e

concentração s 10mg/ml.

4.1.3 - Instrumentação

Para a medida da radioatividade das solu -

ções, materiais biológicos e dos próprios animais, uti­

lizamos os seguintes equipamentos:

a) calibrador de soluções radioativas MEDIAC

(Nuclear - Chicago)

b) detetor de cintilação, dotado de cristal

de iodeto de sódio ativado com tálio Nal

(Tl), de poço" e contador modelo ULTRASCA

LER II (Nuclear - Chicago)

c) medidor de atividade corpórea total (corv

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-A2~

t.ador de corpo inteiro - CCI) dotado de

detector constituído por cristal cilín­

drico de iodeto de sódio ativado com tji

lio (Nal (Tl) ). medindo 20,3cm de diâ­

metro por 12,7cm de altura. A fim de

reduzir a radiação de fundo, o detector

acha-se instalado numa célula de conta­

gem de cerca de2x2x2m, com paredes de

12 cm de espessura construídas com cha­

pas de ferro. Internamente o ferro es­

tá revestido por uma lâmina de l,6mm de

chumbo, e cujo equipamento eletrônico é

constituído por:

1) Analisador de altura de pulsos multica-

nal (400 canais), marca Technica.l '

Measurements Corporation - TMC modelo

401 i

2) Integrador de contagens TMC modelo 522j

3) Unidade de alimentação de alta tensão e

saída de dados por máquina de escrever,

marca TMC modelo 520P.

0 conjunto é abrigado em prédio próprio ,

projetado de modo a reduzir ao mínimo possível qualquer

contaminação radioativa externa»

-o-

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i 3 -

4.2 Métodos

4.2.1 - Preparação do Disofenol marcado com

1-131

0 método de preparação da droga foi ( 3)

volvido por nos mesmos , estabelecendo uma reação

de sen -

de

troca isotõpice, onde o Iodo-131, radioativo, troca com

o Iodo estável presente na estrutura do Disofenol.

Assim,

OH

NO.

• N a 1 3 1 X ^

131

OH

NO.

1 31

• Nal

A análise de diversas variáveis dependentes,

tais como concentração de Disofenol, tempo de reação,tem

peratura de reação e ação fotoquímica, levou-nos ao esta

belecimento da seguinte técnica, que permitiu alcançar

até 90% de rendimento radioquímico:

em tubo de centrifugação provido de tampa

esmerilhada, dissolvemos cerca de 100mg de Disofenol em

0¿5ml de carbowax. 400 e 1,0ml de água destilada. Ajusta

mos o pH em 5,5, adicionamos a seguir o Iodo radioativo, 131

na forma de Na I, livre de carregador e redutor (1 a 10

milicurie) e duas gotas de solução de cloramina T(3,5mg/

m l . ) . Arrolhamos o tubo fixando ulteriormente a tampa

com fita adesiva e levamos em banho-maria, ajustando-se

Page 22: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

a 15cm de distância» uma lâmpada comum de 150 W. Ao ca­

bo ds 30 minutos sustamos a reação adicionando uma gota

de solução de tiosulfato de sódio molar. Esfriamos e p^

rificamos (remoção dos excessos de reagentes, em particu 131

lar I nao ligado) o Disofen precipi tando-o com HC1 N,

em gelo, centrifugamos e retomamos o precipitado com

NaOH N. A operação foi repetida mais uma vez para finaj^

mente, após redissolução do precipitado com NaOH ajusta£

mos o pH final a 7-7,5. A solução foi então filtrada em

filtro Milipore bacteriológico, de porosidade igual a

0,22 M. e diâmetro de 25mm.

4.2.2 - Controle radioquimico da preparação .

Este controle ó importante e diz respeito ao

teor de Iodo-131 não incorporado ã estrutura orgânica

Normalmente, admite-se uma percentagem máxima de 5% de

Iodo livre, em relação ao produto marcado.

Cerca de vinte preparações de Disofeno1,por

nÓ3 realizadas, apresentaram teor máximo de Iodo li-vre _i

gual a 1%, encontrando-se uma média de 0,54% (Tabela I).

Para a realização do controle radioquimico

utilizamos as técnicas descritas a seguir e que represen^

tám a adaptação, por nós realizada, do9 métodos eletrofo

réticos e cromatográficos convencionais:

a) Eletroforese de zona:

Suporte: papel Whatmann n* 1

Tiras de 2,5 x 30cm

Tensão: 300 volt

Gradiente de tensão: 10 v/cm

Page 23: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-15-

Tampao: Acetato-acstico pH 5,6 131

Mobilidade eletroforetica do Disofen I 2

0,00083 cm /volt/s 131

Mobilidade eletroforetica do I 2

0,0035 cm /volt/s

b) Cromatografia em papel ascendente:

Papel Whatmann n 9 1

Solvente: n butanol: ácido acético:

Agua (4:4:2)

Tempo de migração: 90 minutos - 15 cm

Rf D i s o f e n - 1 3 1 I - 0,90 111

Rf Iodeto ( I ) - 0,40

Revelador: Acetato de chumbo (sol. a 10%)

c) Cromatografia em camada delgada:

Fase estacionária: Sílica gel G

Placa: lâmina de mi eroscopia(2,5x7,5 cm)

Espessura da camada: 250JLL

Solvente: n butanol: amónia (5:1)

Tempo de migração: 15 minutos .«»

Rf D i s o f e n - 1 3 1 ! - 0,55

Rf Iodeto ( 1 3 1 I - 0,27

Page 24: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 1 r.

T A B E L A I

Preparação % de Radioiodo

n« li vre

1 0.44

2 0,60

3 0 , 83

4 0.58

5 0, 33

6 0,52

7 0,5 2

8 0 , 46

9 0,71

10 .1 .00

1 1 0, 40

12 .0,50

13 0. 39

14 0,45

15 0,51

16 0,50

1 7 0,90

1 8 0 , 35

19 0,28

20 0,58

Média 0,54

Page 25: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

4.2.3 - Estudo da influência de variáveis o i v;'_r<T 3

no rendimento radipquímico da p r e p o r a ç ã o

Os resultados para cada variável ou para

conjunto de variáveis acham-se reunidos nas Tabelas II,

III, IV, V. Cada dado representa a média de três deter

m i n a ç õ e s . 0 asterisco i d e n t i f i c a as condições por nós

escolhidas para cada variável.

4.2.3.1 - Influência da massa de Disofenol na rea­

ção (volume da ordem de 1,5 m l ) .

T A B E L A II

Disofenol Rendimento

mg P e r c e n t u a l

20 35

40 40

50 62

75 79

100* 93

200 80

400 54

Page 26: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-18-

4.2.3.2 - Influência do pH para 15 e 30 minutos de tem

po de reação.

T A B E L A III

PH Rendimento Percentual PH

15 min. 30 min.

4,0 11 1 5

4.2 10 20

4.5 13 22

4.7 29 37

5.0 53 66

5.2 62 77

5,5 * 82 90 *

5.7 81 88

B. 0 76 84

6.5 75 79

7 „ 0 70 79

8,0 59 67

Page 27: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 1 9 -

4 . 2 . 3 . 3 - I n f l u e n c i a do t e m p o cie r e a ç ã o p a r a 5 0 9 , 8 0 *

e 1 0 0 q C de t e m p e r a t u r a .

T A B E L A IV 3 n 3 S B

T e m p o de R e n d i m e n t o P e r c e n t u a l

r e a ç ã o í m i n . ) 5 0 » C 8 0 » C 1 0 0 « C

•10 1 7 2 5 45

2 0 35 44 77

3 0 * 47 75 9 2 *

40 50 84 9 0

60 75 85 81

90 72 80 80

120 75 77 77

160 70 78 80

Page 28: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-20-

T A B E L A V

4.2.3.4 - Influência da luz e do tempo de reação para

pH 5,5 e massa de 100 mg a 100 9C

Tempo de

reação (min.)

Ren dimento Percentua1 Tempo de

reação (min.) sem luz com luz

1 0 32 46

20 40 72

30 * 62 90 *

40 65 90

60 70 82

90 7B BO

Nota - Foi preferida a reação de 30 minutos por ser ma

rápida.

Page 29: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-21 -

4.2.4 - Ensaios biológicos

4.2.4.1 - Teste de distribuição em ratos

Em face da total i n e x i s t ê n c i a de dados rela

tivos â distribuição da droga em animais de e x p e r i m e n t a ­

ção e, com o objetivo de obter dados iniciais como orlen

tacão para as experiências seguintes, programamos um en­

saio preliminar em ratos, aceitando a presunção de que,

nestes, não teria a droga distribuição parti cu larmente d_i

ferente da de outros m a m í f e r o s , ressalvadas as caracte­

rísticas d i n â m i c a s . Esses dados f a c u l t a r i a m , o u t r o s s i m ,

sugerir eventuais aspectos i n t e r p r e t a t i v o s à distribui -

ção estudada em carneiros que, por não deverem ser sacri

ficados, não p e r m i t i r i a m a amostragem de ó r g ã o s .

P a r a tanto, administramos a droga, na m e s m a

dose por 100mg de peso e por via e n d o v e n o s a a três lotes

de três ratos cada. Decorridos 15,30 e BD m i n u t o s , sa -

orificamos todos os animais de cada lote, p r o c e d e n d o -se

a medição da radioatividade do sangue, e dos seguintes

órgãos; pulmão, fígado, rins, coração, i n t e s t i n o , pân -

creas, baço e e s t o m a g o . Os resultados foram expressos em

contagens líquidas por m_l para o sangue s, por grama de

tecido fresco para os ó r g ã o s , sendo reunidos na T a b e l a

VI,

A análise da mesma m o s t r a que as maiores

concentrações foram registradas para o lado do sangue e

de órgãos altamente v a s c u l a r i z a d o s (fígado» rins e pui -

m ã o ) , o que sugere a p e r m a n ê n c i a , no compartimento vas cu

lar, de elevadas c o n c e n t r a ç õ e s .

Page 30: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-22-

•esejando aquilatar indiretamente a absor­

ção cutânea do Disofen marcado, administramos igual do­

se por 100 g de peso pela via subcutânea a três ratos

que foram sacrificados decorridos 120 minutos. Determi_

namos a atividade sanguínea e a dos mesmos órgãos. Os

resultados foram reunidos na mesma Tabela VI para perrni

tir o cotejo com os decorrentes da administração endove

nosa. Como se percebe, a ordem de magnitude é sensivel_

mente análoga, sugerindo que decorridos 120 minutos foi

alcançada uma distribuição próxima da de 60 minutos da

administração endovenosa.

-o-

Page 31: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

TA

BE

LA

VI

DISOFEN

I -

Atividade

dos

diferentes

órgãos,

expressa

em

contagem/minuto/grama(cpm/g]

de órgão

Ratos

Ratos

Ratos

Ratos

,1,2

e

3 4.5

e 6

7,8

e 9

10,1

1 e

12

0 R

G A

0 S

Injeção

Intravenosa

Injeção

Subcutânea

15 min.

30 min.

60

min.

120

min.

Sangue

167.264

195.836

213.000

199 .5

50

Pulmão

193.760

234.520

239.050

176.922

Fígado

177.916

168.472

152.230

120.730

Rim

137.834

126.770

196.305

106. 16

5

Coração

54.205

51.365

48.540

35.360

Intestino

31.870

29.180

29. 17

7 24.170

Pâncreas

27.830

33.39 5

30.735

23.725

Baço

25.080

26. 11

5 25.130

16.585

Estômago

12.800

16.080

26.622

17.074

( * J

cpm/ml

Page 32: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-24-

4.2.4.2 - Estudo da dinâmica do Dlsofen marcado em

carneiros

Sendo meta fundamental do presente traba -

lho, o estudo da dinâmica do Disofen marcado em carnei­

ros, acreditamos oportuno ao lado da descrição dos mét£

dos empregados, justificar o porquê de uma série de op­

ções referentes a técnicas de obtenção de dados, trata­

mento dos mesmos e escolha do animal de experimentação.

A premissa básica para este trabalho foi

a aceitação de que o Disofenol marcado não diferisse ,

biologicamente, do Disofenol "frio". Cremos que nesse

sentido não necessitamos nos escudar em qualquer ensaio

experimental uma vez que o composto "frio" contém iodo,

e o processo de marcação apenas substitui alguns poucos 127 131 - 6 « átomos de I por outros tantos de I (2,47 x 10 á

131

tomos I/molécula de Disofen). 0 único eventual pro­

blema poderia ser ligado ao efeito isotópico que., no CJJ só presente, podemos considerar inteiramente desprezí -

vel. Com efeito, toda a experimentação animal e humana

no campo da tireoidologia poderia sofrer de igual dúvi­

da. No entanto, jamais foi o efeito isotópico levado

em conta, mesmo nos mais refinados estudos da cinética . (6) (14) (29) (37) do lodo.

Acreditamos, assim, poder aceitar o fato

de que o Disofen marcado é o traçador legítimo e adequa

do do Òiaòfeh "frio".

Page 33: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-75 -

Dentre os numerosos animais de experimen­

tação disponíveis, recorremos ao carneiro por represen

tar espécie na qual as experiências e o uso prático do

Disofen são particularmente amplos e por terem os ani­

mais adultos porte e massa muito próximos dos do homem

facilitando desta forma a extensão, a eles, da experien

cia adquirida anteriormente com o emprego do contador

de corpo inteiro (CCI) no homem.

-o-

Page 34: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-26-

4.2.5 - Parâmetros estudados

Para o estudo da dinâmica da droga mar

cada aceitamos que o conhecimento da variação da con­

centração da mesma no compartimento de introdução(p1a£

ma) em função de tempo, da fração percentual residual

da dose administrada em função de tempo e das frações

percentuais de dose eliminadas pelas fezes e pela uri­

na» constituem um conjunto de informações que permite

estruturar modelos dinâmicos consentâneos com a reali­

dade experimental e compatíveis com modelos matèmáti -. . (2) (4) (38)

cos correspondentes.

Esta maneira de estudo, desenvolvida

inicialmente por SCHOENHEIMER e RITTENBERG em 1935 (44)

e, posteriormente, enriquecida pelas contribuições de

SCHO (36)

f 451 (35 1 SCHOENHEIMER em 1942 1 e RESCIGNO em 1954 1 'e 1956

ja se tornou hoje clássica, constituindo a base me . . . . . . . . . ... todologica da moderna farmacocinetica

115) I17M49) b £ j o g B g t u c j o g dinâmicos de constituintes '

(33)(34) • . . . (21) . . . ,, corporeos , vitaminas , elementos maiores(18)

(28). m i c r o n u t r i e n t e s ( 3 1 5 ( 3 2 ) , etc.

Decorre ela, como é sabido, da análise

das funções experimentais através de suas decomposições

nos diferentes termos exponenciais que as geraram. Oo

número de componentes exponenciais, inferimos o número

de compartimentos em que se subdivide a fase em estudo,

que se admite estar em equilibrio dinâmico. 0 conheci­

mento de dados inerentes à distribuição, aos efeitos '

farmacológicos, â metabolização e excreção do fármaco

em estudo levam a Criar, com base no número de compar­

timentos encontrados, um modelo dinâmico compatível com

Page 35: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-27-

soluções analíticas várias. Dentre elas, devemos

selecionar a que melhor reproduza os dados experimen­

tais, ao mesmo tempo que atenda ao que se conhece com

relação às vicissitudes biológicas da substância em

e xame.

Cumpre, sempre, ter - em mente que a e

laboração de modelos dinâmicos e de modelos matemáti­

cos representa tão somente uma aproximação do proble­

ma biológico, e que nem sempre e necessariamente to -

das as consequências analíticas do modelo são encon -

tradas na prática. A dificuldade na elaboração e se­

leção dos modelos dinâmicos reside e decorre, funda -

mentalmente, da inacessibilidade da maioria dos com -

partimentos que, não podendo ser diretamente amostra­

dos, tornam impossível a direta comprovação da veraci

dade analítica. Malgrado essas limitações que devem

ser conhecidas e valorizadas, as técnicas de estudo

deste tipo constituem-se em ferramentas extraordiná -

rias para a análise de um sem número de problemas di­

nâmicos, cada vez mais importantes à medida que nos

aproximamos da essência dos fenômenos biológicos.

4,2.5.1 - Variação da atividade plasmática em

função de tempo

Visa a obtenção de dados experimentais

relativos às variações da concentração radioativa no

comportamento de introdução e de amostragem. Merca des

tes dados, devidamente manipulados» teremos acesso aos

parâmetros seguintes:

Page 36: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-28-

a) volume de distribuição do compartimen­

to de introdução (^-|), no caso identi­

ficável com o próprio volume plasmáti^

co em virtude de termos v e r i f i c a d o , em

uma série de experiências colaterais ,

que a atividade se conserva sempre li­

mitada ã fase líquida do sangue, não se

incorporando à fase celular,-

b) volume de distribuição da fase do ra -

diofármaco (v T ) , ou seja, volume glo­

bal que este atinge quando de sua defi

nitiva e uniforme distribuição ao orga

nismo do animal de e x p e r i m e n t a ç ã o ;

c) ritmo de remoção da fase do radiofármjs

co ( < 1) J

d) meio tempo de d e s a p a r e c i m e n t o ! ^ 1 / 2 ' 1

e) número de componentes e x p o n e n c i a i s em

que pode ser d e c o m p o s t a a função expe­

rimental Í

f) respectivos valores das i n t e r s e c ç õ e s

com a ordenada em t*0 (ai, a 2 « . . . a )i

g) respectivos coeficientas angulares («^,

c<2 • • ^ri'*

Page 37: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-29 -

4.2.5.2 - Fração percentual residual da dose admi­

n i s t r a d a em função de tempo

A cada intervalo de tempo considerado ,

mercê da medição da atividade corpórea total em conta

dor de corpo inteiro (CCI), determinamos a fração da

dose administrada que r e s i d u o u . 0 valor residual in­

depende do número e n a t u r e z a das vias de r e m o ç ã o , en-

globando-as como se fossem uma única. A reunião dos

dados experimentais em função de tempo permite definir

a função r e p r e s e n t a t i v a da variação temporal da ativi

dade global c o r p ó r e a . A analise desta função faculta

a obtenção dos dados s e g u i n t e s !

a) valor da fração percentual residual

em qualquer tempo?

b) meio-tempo de remoção do radiofármaco

( t 1 / 2 ) ,

c) ritmo de remoção do r a d i o f á r m a c o do

o r g a n i s m o . Este dado se constitui em

elemento de controle do dado experi -

mental de igual conteúdo («*^ 1) obtido

pela análise da função r e p r e s e n t a t i v a

da variação da atividade p l a s m á t i c a e m

função de tempos

d) número de componentes e x p o n e n c i a i s em

que pode ser d e c o m p o s t a a função expe

r i m e n t a l .

Page 38: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-30-

4.2.5.3 - Frações percentuais da dose administra­

da eliminadas pelas fezes e pelas uri -

nas.

No caso particular apenas foi possível

determinar experimentalmente a fração excretada pe­

las fezes, pois logramos adaptar dispositivo de cole

ta seletiva de fezes em condições que garantissem sua (25 )

coleta total isenta de qualquer tipo de contamina

ção. Coleta igual não foi possível no que toca a u-

rina. A atividade fecal assim determinada para inter

valos definidos de tempo (dias) representa a fração

que acrescida a da excreção urinária perfaz a excre­

ção global diária. Consequentemente, aceitamos se­

rem urina e fezes as únicas duas vias possíveis de

eliminação do radiofármeco e ou do radioiodo decorren

te de sua degradação metabólica (descuramos, assim ,

as chamadas perdas insensíveis: suor, vapor d'agua

expirado, etc.5.

Aceita esta premissa, era lícito calcu­

lar a fração percentual de dose excretada pelas uri­

nas como a diferença entre a redução correspondente a

determinado intervalo de tempo da dose residua1(CCI )

•e a excreção fecal do mesmo período.

0 conhecimento destas duas frações da

excreção global diária do radiofármaco poderia adqui_

rir importância decisiva na determinação do modelo

cinético mais adequado para a representação dos da­

dos experimentais.

Os dados assim reunidos permitiriam, as

Page 39: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-31 -

sociados aos conhecimentos relativos a f a r m a c o l o g i a da

droga, elaborar um modelo dinâmico compatível com uma

ou mais soluções m a t e m á t i c a s . As soluções seriam en­

tão ensaiadas através de p r o g r a m a computacional adequai

do. Mercê das soluções m a t e m á t i c a s inerentes ao m o d e ­

lo e s c o l h i d o , poderiam ser calculados os valores numé­

ricos de certos parâmetros e dados para p o s t e r i o r cote

Jo com os correspondentes valores e x p e r i m e n t a i s . Desse

cotejo resultaria a solução mais provável para o mode­

lo aceito como representativo da d i s t r i b u i ç ã o e dinârrvi

ca do Disofen.

-o-

Page 40: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-32-

4.2.6 - Procedimento experimental

Com antecedência de 24 a 48 horas do in_í

cio da experiência, administramos pela via subcutâ­

nea 200 mg de iodo sob forma de solução de iodeto de

sódio, com o fim de expandir a fase iodeto extratire-

oidea e minimizar, assim, a captação por parte da glân

dula tireóide de radioiodo liberado da molécula de

Disofen marcado.

v

Todos os carneiros foram submetidos a tra

tamento igual, recebendo por via endovenosa de 7-8

uCi/kg de peso de Disofen marcado, veiculados por Di­

sofen "frio" (*) na dose de 10 mg/kg, a fim de garan­

tir carreador com massa análoga à correspondente ao

emprego terapêutico para a espécie.

Todos os animais foram submetidos a co­

lheitas repetidas de sangue e fezes e a determinação

da atividade residual corpórea segundo os esquemas e

procedimentos seguintes

- o -

* Como coin.Kza.doK empregou-Ae Vi&o^tn em Aua pKtpaKa-

ção comcKciat habitual, pKÕpKia paKa u&o 6ubcutâ -

neo ou cndovtnoòo.

Page 41: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-33-

4.2.6.1 - Amostras de sangue

A veia femural foi empregada para a infu­

são da droga e sua contralateral para a colheita das

amostras de sangue (5-10 ml com seringa heparinizada )

que obedeceram ao seguinte esquema cronológico a par­

tir da administração do radiofármaco: 15 e 30 minutos,

1,2,3,6,12,24,48 e 72 horasi a partir do terceiro dia,

as amostras foram colhidas em dias alternados» sempre

que possível, prolongando-se o intervalo da colheita a

té 40.45 dias.

Os plasmas das amostras de sangue de cada

carneiro eram separados e suas atividades determinadas

em detector de "poço". Mercê de soluções de referên -

cia adequada, a magnitude da dose administrada era

quantificada em contagem/minuto para esta geometria.

As contagens líquidas/ml de plasma eram

lançadas na ordenada funcional de gráfico semi - logarí t

mo contra tempo. A esses pontos ajustávamos, grafica­

mente, a curva que melhor os satisfizesse. A seguir

a curva era extrapolada retrogradamente até o eixo das

ordenadas, permitindo calcular a concentração redioèti

va por ml de plasma para t^O.

Mercê da razão? dose/concentração plasrná

tica para t=0 calculávamos o volume de distribuição do

radiof árrnaco quando a totalidade da dose se achava con

finada, ao volume do compartimento"de introdução.

A seguir, expressávamos a dose residual

no compartimento de introdução em percentagem da dose

Page 42: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-34-

administrada. Os valores numéricos correspondentes e-

ram tabulados e lançados na ordenada funcional de grá­

fico semilogarítimico.

4.2.6.2 - Atividade corpórea global residual

Mediante o CCI IEA-1, cujas caracterÍ3

ticas foram descritas, procedemos à determinação da a-

tividade corpórea global logo após a administração in­

travenosa do radiofármaco e, a partir daí, diariamente,

durante os primeiros 8-10 dias e a seguir em dias al­

ternados, sempre que possível, até 40-45 dias.

A sequência operacional das medições '

foi sempre a mesma e obedeceu ao esquema seguinte de

determinações das atividades:

a) de fundo

b) de uma solução de referência de ra-

dioiodo-131 (padrão de eficiência)

c) do carneiro em decúbito lateral di­

reito e em decúbito lateral esquer­

do

d) do padrão de eficiência

e) de fundo.

Em todas as medições integramos apenas

as contagens relativas ã faixa de energia corresponder»

te a 95% do fotópico de 364 KeV do radioiodo-131.

As contagens líquidas correspondentes

â soma das determinações em ambos os decúbitos, even -

tualmente corrigidas quanto a diferenças de eficiência

Page 43: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-35-

global do sistema, apreciadas pela medição do padrão de

eficiência, foram expressas como percentagem de conta -

gem inicial realizada logo após a administração da dose

e considerada representativa de 100% da mesma.

A estabilidade do sistema de contagem po­

de ser apreciada e controlada durante todo o tempo de

emprego do CCI através da curva de decaimento do padrão

de eficiência CI-1315 cujo meio-tempo foi de 7,87 dias ,

contra 8,065 dias, que é o valor normalmente utilizado

referido pela literatura (Graf.1-Tabela VII).

Gs valores percentuais registrados, re­

presentativos da fração residual da dose administ rada,fo

ram lançados na ordenada funcional de gráfico semi-loga-

rítimioo contra tempo.

4.2.6.3 - Coleta das fezes

Após a administração do Disofen marcado ,

adaptávamos ao carneiro coletor de fezes especialmente

desenhado para esses animais, que era removido para a co

leta das mesmas do intervalo correspondente, pela manhã.

0 coletor era lavado exaustivamente para evitar transfe­

rência de atividade e recolocado. 0 intervalo de cole­

ta das fezes se prolongou ate 35-40 dias.

A totalidade das fezes correspondente a

cada intervalo de tempo considerado tinha sua atividade

determinada u.tilizandd-se o detector do Contador de Cor

po Inteiro (CCI). Com base na alíquota da dose adminis­

trada, cuja atividade era mensurada de maneira idêntica,

as contagens liquidas das fezes puderam ser expressas em

percentagem da dose administrada.

-o -

Page 44: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-36-

G R A F I C D . 1 - Curva de decaimento do padrão de .......... ef i c i ê n c i a ( 1-131 )

Page 45: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

T A B E L A VII

Tempo em Contage-ns por dias minuto

0 85.91 3 1 76.475 4 62 .620 6 51.314 8 41.820

12 30.052 18 16 . 1.02 20 17.22 3 25 10.347 27 8.208 29 7 . 405 32 4. 836 34 5.034 40 2.449 49 1.187 56 580

Page 46: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 3 8 -

4.2.7 - T r a t a m e n t o d o s d a d o s e x p e r i m e n t a i s e

c á l c u l o d o s p a r â m e t r o s do s i s t e m a .

4 . 2.7.1 - D a d o s r e l a t i v o s à a t i v i d a d e p l a s m á t i c a

P e l o s v a l o r e s n u m é r i c o s r e p r e s e n t a t i v o s

d a a t i v i d a d e p l a s m á t i c a , e x p r e s s a c o m o p e r c e n t a g e m d a

d o s e a d m i n i s t r a d a e l a n ç a d o s n a o r d e n a d a f u n c i o n a l de

g r á f i c o s e m i - l o g a r í t i m i c o , t r a ç a m o s g r a f i c a m e n t e a c u r

v a q u e m e l h o r se l h e s a j u s t a s s e . Ao t r e c h o l i n e a r de

c u r v a e x p e r i m e n t a l a s s i m o b t i d a , m e r c ê d e p r o g r a m a ade_

q u a d o p a r a o c o m p u t a d o r H e w l e t t - P a c k a r d , m o d e l o 9 1 0 0 B,

f o i a j u s t a d a a p r i m e i r a c o m p o n e n t e e x p o n e n c i a l p e l o

m é t o d o d o s m í n i m o s q u a d r a d o s , c a l c u l a n d o s e u c o e f i c i e n

te a n g u l a r o < ^ e o v a l o r d a i n t e r s e c ç ã o c o m o e i x o

d a s o r d e n a d a s a-| .

A c u r v a e x p e r i m e n t a l f o i s u b m e t i d a ao

p r o c e s s o de s u b t r a ç ã o ("curve p e e 1 i n g " ) * 2 0 ' e r e p e t i n d £

se o p r o c e s s o a n t e r i o r o b t i v e m o s «^2 B a 2 * A t r a v é s d e

s u b t r a ç õ e s s u c e s s i v a s e do e m p r e g o do m é t o d o d o s m í n i ­

m o s q u a d r a d o s p a r a a j u s t e d e c a d a p o r ç ã o l i n e a r d a c u r

v a , d e t e r m i n a m o s os d e m a i s p a r â m e t r o s 0^3...-o^n 8

8 3 « • • • s p •

C o m p a r a n d o os p a r e s de v a l o r e s o b t i d o s

e x p e r i m e n t a l m e n t e e p e l a c o m b i n a ç ã o l i n e a r d e t e r m o s e x ­

p o n e n c i a i s , d e t e r m i n a m o s o v a l o r do c o e f i c i e n t e de c o r

r e l a ç ã o l i n e a r " r " a f i m de se a q u i l a t a r d a q u a l i d a d e

do a j u s t e * 4 6 *.

0 v a l o r d e o ^ , c o e f i c i e n t e d a f u n ç ã o de

d e c a i m e n t o m e n o r , t r a d u z o r i t m o d e r e n o v a ç ã o d a p r ó -

p r i a f a s e , p o i s r e f l e t e o c o m p o r t a m e n t o d e s t a q u a n d o

Page 47: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-39-

todos os seus compartimentos estão em equilíbrio.

A razão da dose administrada pela con­

centração corresponde à intercessão da reta representa

tiva desta função com a ordenada de t«0, ou seja, a<| ,

permite obter o volume de distribuição global V^. do

radiofármaco.

4.2.7.2 - Dados relativos ã atividade corpórea

global residual

Pelos valores numéricos percentuais da

atividade corpórea residual lançados na ordenada f u n ­

cional de gráfico semi-logarítimico em função de tempo

fizemos passar a curva que melhor se lhes ajustas se.Sub

metidos os dados ao processo de subtração, ajustamos

aos dados experimentais, mercê de programa adequado de

regressão por mínimos quadrados, a função que melhor

os satisfizesse. A qualidade do ajuste foi apreciada

pelo valor do coeficiente de correlação "r". Definida

a função, os valores de o^.,<=><.,.... <yl seriam calcula-i £. n

dos, bem como os de intersecção com a ordenada de t°0, Q * í a_ . . o o d o

\ c n

4.2.7.3 - Dados relativos às excreções fecal e

urinária

Os valores numéricos relativos à excre

ção fecal, expressa em percentagem da dose administra­

da, foram tabulados.

Page 48: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-40-

Uti l i z a n d o - 9 B fórmula adiante reprodu­

zida, pudemos calcular» para os mesmos i n t e r v a l o s de

tempo, a excreção u r i n á r i a , complemento da fecal para

a excreção global dedutível da medida de C C I .

Excreção urinária % - 100-ÍC + F)

onde C é a p e r c e n t a g e m de dose remanescente no organijs

mo e F a fração percentual e l i m i n a d a pelas f e z e s , pa

ra o mesmo intervalo de tempo.

Os valores da excreção urinária assim

calculados foram t a b u l a d o s .

4.2.7,4- Equacionamento do modelo analítico,cál

culo dos coeficientes de t r a n s f e r ê n c i a

entre c o m p a r t i m e n t o s e dos volumes dos

c o m p a r t i m e n t o s .

Cientes do número de componentes expo­

nenciais da função experimental r e p r e s e n t a t i v a da ati­

vidade p l a s m á t i c a , concebemos modelo analítico com

igual número de compartimentos em equilíbrio entre si.

Dentre os diversos possíveis m o d e l o s

analíticos compatíveis com o número e n c o n t r a d o de com­

p a r t i m e n t o s , analisamos e d e s e n v o l v e m o s n u m e r i c a m e n t e

somente aquele c o r r e s p o n d e n t e â a l t e r n a t i v a mais con -

soante com os conhecimentos da f a r m a c o l o g i a da droga e

com os dados e x p e r i m e n t a i s das excreções fecal e uriná_

r i a ( 3 0 ) .

Solvidas n u m e r i c a m e n t e as equações p e ­

culiares ao modelo e s c o l h i d o , tomando-se como base os

Page 49: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-41-

valores a., a„, ....a , e <»<..» o<_ .... c*( , obtidos da de-1 A n 1 Í n

composição da curva experimental, calculamos os valores

numéricos dos coeficientes de transferência entre com­

partimentos e com o exterior. Calculamos, outrossim,os

valores dos volumes dos compartimentos V„, V_ ...V . 1 Z n

Obtidos os dados decorrentes do desen -

volvimento analítico das diferentes soluções do modelo

proposto, estabelecemos comparações entre estas e os va

lores obtidos experimentalmente com o objetivo de iden­

tificar a solução que se apresentasse como mais próxima

da realidade biológica.

Todos os cálculos e manipulações matemái

ticas aqui referidas foram, evidentemente, aplicadas aos

dados de cada um dos carneiros estudados.

-o-

Page 50: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-42 -

5 - R E S U L T A D O S

5 • 1 " Atividade p l a s m á t i c a global

Os valores numéricos da atividade plas =

mática total expressos em percentagem - da dose admlnis -

trada para cada intervalo de tempo considerado e de ca­

da um dos carneiros e s t u d a d o s , acham-se reunidos na Ta­

bela V I I I .

5.2 - Atividade c o r p ó r e a global residual

Os valores numéricos r e p r e s e n t a t i v o s da

atividade corpórea global r e s i d u a l , e x p r e s s o s em p e r c e n

tagem da dose a d m i n i s t r a d a , para cada um dos intervalos

de tempo considerados e de cada animal e s t u d a d o estão

consignados na Tabela IX.

5.3 - Atividade das fezes

Os valores numéricos da atividade fecal

cumulativa para os diferentes intervalos de tempo consi^

derados de cada um dos carneiros e s t u d a d o s foram lança­

dos na Tabela X expressos como p e r c e n t a g e m da dose admi^

nistrada.

Page 51: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 4 3 -

T A B E L A V I I I

A t i v i d a d e p l a s m á t i c a t o t a l p a r a c a d a i n t e r v a l o de t e m p o c o n s i d e r a d o e

p a r a c a d a c a r n e i r o e s t u d a d o , e x o r e s s a em p e r c e n t a g e m da d o s e a d m i n i s ­

t r a d a .

A N I M A L Tempo

1 2 3 4 5 6 7 . 8

15 m i n . 9 4 , 8 1 9 3 , 6 6 9 7 , 0 2 96 , 3 2 9 4 , 4 0 20 mi n . 1 0 3 , 5 7 - - - - - - -30 m i n , 1 0 1 , 8 0 9 2 . 7 7 9 1 , 9 0 9 4 , 9 5 9 2 , 9 0 8 9 , 85 - -

1 h o r a 9 4 , 34 84 , 2 4 8 7 , 5 9 9 0 , 6 1 90 , 85 8 8 , 2 2 - -2 h . 86 , 26 7 6 , 9 6 8 2 , 7 7 8 8 , 5 5 8 4 , 7 8 79 , 0 0 - -3 h. - - - - - - 7 2 . 5 0 71 . 5 7 6 h . 7 1 . 7 4 6 4 , 40 6 9 , 6 5 7 7 , 0 8 7 0 , 0 0 6 5 , 5 4 5 2 , 0 5 6 1 , 0 5

12 h . - - 5 8 , 8 0 6 9 , 4 4 - - 4 7 . 5 4 5 7 , 2 0 16 h. - 5 3 . 7 1 - - - - - -18 h . 6 0 , 3 7 - - - 6 1 , 5 5 5 7 , 1 5 - -

1 d i a 5 5 , 0 4 4 9 . 2 7 4 5 , 0 0 6 7 , 5 0 5 8 , 3 0 5 1 , 0 5 40 , 6 2 47 , 96 2 d . - - - 6 6 , 2 8 5 6 , 15 4 8 , 80 3 9 , 2 8 47 , 4 2 3 d . 5 2 , 0 0 - 4 2 , 12 - 5 2 , 40 - 3 7 , 9 3 4 5 , 0 8 4 d . - 46 . 5 8 - 6 4 , 0 0 - 46 , 5 8 3 5 , 5 5 4 4 , 4 4 5 d . - 4 3 , 9 5 - - - - - -6 d . 4 8 , 9 3 - 41 , 9 3 6 2 , 3 7 4 6 , 0 0 45 , 7 0 - 40 , 05 7 d . -. 4 4 . 0 0 41 , 2 0 61 , 49 - - - -8 d . 4 5 , 78 - 4 0 , 3 3 5 9 , 8 1 4 5 , 1 8 4 4 , 1 0 3 4 , 3 2 37 , 83

10 d . 4 4 , 32 - 39 , 87 - 4 4 , 0 3 4 3 , 0 0 3 4 . 1 9 37 , 5 0 1 1 d . - 4 0 , 5 8 - 5 7 , 1 0 - - - - '• 12 d . 4 1 , 5 0 - - - 4 3 , 0 0 4 2 , 0 0 - -13 d . - - 3 8 , 0 0 - - - . - -14 d . - 35 , 95 - 5 4 , 1 3 4 2 , 19 40 , 70 3 3 . 2 8 -15 d . 3 9 , 7 2 - - - - - - -16 d . - - 3 7 , 19 - 4 0 , 8 5 3 9 , 86 3 2 , 2 2 3 4 , 4 1 18 d . 3 8 , 2 6 - - 5 0 , 76 4 0 , 0 0 39 . 0 0 - 34 , 0 7 20 d . - - 3 5 , 78 - 3 9 , 2 2 3 7 , 81 31 . 3 5 -21 d . 3 6 . 9 6 34 , 5 8 - 49 , 19 - - - -22 d . - - - - 3 7 , 9 6 3 7 , 00 3 0 , 12 3 2 , . 06 24 d . 3 6 , 0 3 - - - 3 7 , 2 0 3 5 , 9 4 - -25 d . - 3 4 . 5 0 - 4 5 , 5 1 - - 29 . 6 6 30 , 85 26 d . - 3 4 . 4 0 - - 3 6 , 4 1 3 5 . 0 6 - -27 d . 3 4 . 75 - 3 2 , 8 1 - - - - -28 d . - - - 4 2 , 4 4 35 ,65 - 2 8 . 2 0 3 0 , 0 0 30 d . 3 2 , 4 5 - 31 ,77 - 3 4 , 7 0 3 3 , 5 0 2 7 , 8 6 2 8 . 9 8 31 d . - 27 . 8 0 - - - - - -32 d . - - - 3 9 , 94 - 3 2 , 42 - -33 d . 30 , 7 4 - - - - - - -34 d . - 21 , 96 3 0 , 30 3 8 , 35 3 3 , 10 31 , 66 2 6 , 50 2 7 , 7 9 36 d . 2 9 , 5 6 - - 3 7 , 82 - - 2 6 , 40 2 6 , 6 6 40 d . 2 7 , 62 2 0 , 06 - - 3 0 , 8 0 2 9 . 2 0 - -44 d . - 1 9 , 9 0 2 6 , 2 0 3 2 , 1 7 - - - -4B d . — 1 8 , 3 3 —

Page 52: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 4 4 -

T A B E L A I X

A t i v i d a d e c o r p ó r e a g l o b a l r e s i d u a l ( C C I ) em f u n ç ã o de t e m p o , de cada c a r n e i r o , e x p r e s s a em p e r c e n t a g e m da d o s e adminijB t r a d a .

Tempo em

d i a s

A N I M Tempo em

d i a s 1 2 3 4 5 6 7 6

0 100 100 100 100 100 100 100 100

1 99 , 30 9 3 . 4 5 9 9 . 6 8 99 , 84 9 7 , 5 2 97 ,9C 9 9 . 6 7 99 . 5 3

2 9 8 . 5 1 - 9 9 . 2 6 - - - 9 9 . 0 8 9 8 , 5 7

3 9 6 , 4 4 9 3 . 1 3 9 8 , 2 8 - - - - -4 - - - 9 8 , 2 4 9 5 , 2 0 9 2 , 3 5 9 5 , 5 5 9 5 , 9 7

5 9 3 , 1 5 9 0 , 1 1 - 9 8 , 0 0 9 3 . 3 3 - - -6 91 , 39 89 , 7 0 9 7 , 9 6 9 7 , 7 7 92 . 0 0 9 0 , 7 1 - -7 8 8 , 04 - 9 6 , 6 3 9 4 , 3 0 - 8 7 , 5 5 - -8 8 4 , 5 8 8 8 , 9 3 94 , 86 9 3 . 1 2 89 . 4 7 85 , 8 5 9 3 , 6 9 9 3 , 6 9

9 - - 9 2 , 57 - - - - . -10 - 6 7 , 63 9 1 , 9 9 - - - -1 1 - - - 87 . 3 9 - - - -12 81 . 14 - - - - 8 3 , 10 - -13 - - 8 4 , 87 - - - 8 5 , 4 8 8 6 , 0 0

14 - • - - 8 3 , 5 0 - - - -15 B1 , 1 0 85 . 9 7 - - - - - -16 - - 7 9 , 6 1 - 81 . 4 0 - 8 3 , 70 8 3 . 0 4

17 - 8 5 . 4 5 - - - - - -18 7 4 , 88 - - 8 0 , 6 2 7 9 . 3 2 7 9 . 5 4 - -20 7 0 . 71 81 . 0 5 7 5 , 4 1 - 7 9 . 11 7 7 . 76 7 8 . 7 1 7 7 . 9 1

2 1 7 0 , 0 0 - - 7 5 , 9 4 - - - -22 6 8 , 75 - - - - - - -24 6 6 . 5 0 6 8 , 2 4 - - - - 7 6 , 8 3 75 , 6 6

25 - - - 6 9 , 8 0 7 4 . 2 8 7 4 . 10 - -26 - 6 7 , 8 6 - - - - - -27 6 3 , 2 8 - 6 6 , 1 2 - 7 0 , 9 3 7 1 , 0 6 - -28 - - - 6 6 , 0 7 - - 71 , 0 0 71 . 2 8

29 6 2 , 3 3 6 7 . 2 8 - - 7 0 , 0 0 - - -30 6 1 , 1 2 - 6 2 , 8 1 - - - 7 0 . 2 0 7 0 . 40 •

32 - 6 0 . 9 4 - - 6 9 . 2 7 - 6 9 , 5 0 6 8 , 88

34 - - 6 0 , 3 1 6 4 , 1 6 6 8 , 6 4 6 8 , 5 7 6 8 , 86 6 7 . 4 1

36 5 5 , 2 7 5 9 , 73 - - - - 6 8 . 1 9 6 6 , 3 7

40 5 1 , 1 9 5 4 , 9 0 - 6 5 , 19 6 4 , 3 0 - -45 - 5 0 , 1 3 5 8 , 7 2 5 4 . 3 7 - - - -

Page 53: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

T A F3 L" L A X

- 4 5 -

A t i v i d a d e f e c a l c u m u l a t i v a em f u n ç ã o de t e m p o de c a d a c a r n e i r o , e x p r e s s a em p e r c e n t a g e m da d o s e a d m i n i s t r a d a .

Tempo ^ N I M A L

em d i a s 1 2 3 4 5 6 7 8

1 0 , 6 7 0 . 5 4 0 . 82 0 , 7 1 0 , 74 0 , 80 0 . 52 1 . 03

.2 1 , 0 0 - 1 ,12 1 .12 0 , 9 7 1 ,22 0 . 76 1 . 42

3 1 ,14 1 ,19 1 , 50 1 , 40 1 ,21 1 . 65 1 .10 1 , 70

4 1 . 50 1 ,48 1 , 81 1 , 4 9 1 . 8 2 2 , 1 4 1 . 2 8 1 , 8 8

5 2 . 1 7 2 , 0 0 1 .98 1 . 77 2 . 0 0 2 .56 -. • -6 2 ,35 2 , 3 3 2 , 2 0 1 , 92 2 , 6 1 - 1 .93 2 . 5 4

7 2 . 85 2 . 70 2 , 6 0 2 . 3 5 3 , 2 0 3 . 4 0 2 . 0 7 2 , 6 7

8 3 , 0 0 3 . 1 2 2 , 9 3 2 , 4 1 3 , 5 3 3 . 83 2 . 2 5 2 , 80

9 3 . 4 9 3 , 2 3 3 , 0 0 2 , 6 9 3 , 9 6 4 , 1 0 2 . 4 5 -10 3 , 5 8 3 . 9 5 3 , 18 2 . 90 4 . 2 7 4 . 7 5 3 . 2 0 2 , 9 8

11 - 4 , 0 0 - 2 , 9 6 5 , 0 0 5 , 1 9 4 . 2 4 3 , 9 0

12 4» 46 4 . 1 6 3 , 8 5 - 5 . 2 5 5 . 7 0 - '

13 - - 4 . 2 2 - 5 , 9 0 6 , 0 0 4 . 9 6 5 . 2 4

14 - - 4 , 5 1 3 , 4 4 6 , 1 7 6 , 6 6 5 . 1 4 5 .6 6

15 5 , 3 8 4 . 8 7 - - 6 . 5 0 7 . 1 4 5 . 4 4 5 , 8 1

16 - - 5 . 0 0 - - - 5 . 6 1 5 . 9 4

17 - 6 , 1 0 - - - - 5 . 9 2 6 , 0 8

18 - - 5 , 9 5 4 , 0 0 7 , 8 0 8 . 3 2 6 . 2 6 6 , 3 6

20 7 , 45 7 , 2 5 6 , 1 5 4 , 7 5 8 , 80 9 . 0 0 6 . 7 9 6 , 5 8

21 7 , 5 8 - - - - - 7 . 05 .6 ,77

22 8 , 0 0 7 , 5 0 7 , 2 0 - - 1 0 , 5 0 7 . 2 4 7 , 0 6

23 - - . - - - - 7 . 3 7 7 , 2 2

24 8 . 2 2 - 7 , 5 0 5 , 6 0 - 11 . 2 8 7 . 56 7 , 3 4

25 8 , 32 8 , 1 8 - - 1 1 , 0 0 1 1 , 8 8 7 , 9 9 7 , 6 9

26 •- - - 6 , 2 2 - 1 2 , 0 4 - -27 - - - - - - 8 . 9 0 7 , 9 4

28 9 , 0 0 - 8, 34 6 , 5 0 - 1 2 . 6 1 9 . 43 8 , 7 2

29 9 , 2 4 - - - - - 9 , 76 9 ,05

30 1 0 , 1 8 9 , 9 2 8 . 9 4 6 , 9 5 1 2 , 9 5 1 3 , 86 1 0 . 0 1 9 , 2 6

31 - - - - - - 1 0 , 2 4 9 , 5 8

32 - 1 1 , 1 7 - 7 . 3 0 - - 1 0 . 5 3 9 , 86

34 - 1 2 , 0 0 - 7 . 6 8 - - 1 1 , 1 5 1 0 , 5 3

35 1 2 , 30 - - - - - - -36 - 1 2 , 2 6 1 0 , 9 8 8 , 0 0 15 , 4 6 16 . 4 9 - 11 , 0 9

40 1 3 , 7 5 1 3 , 6 6 11 , 5 0 9 . 1 5 1 7 , 1 8 1 8 . 1 9 - -

Page 54: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-46-

5.4 - Atividade das urinas

Os valores numéricos da atividade urina

ria cumulativa para os diferentes intervalos de tempo

considerados de cada um dos carneiros estudados, acham -

se reunidos na Tabela XI expressos como percentagem da

'n-.e administrada.

Os práficos de n * 4 a 11 do apêndice a -

presentam as curvas representativas da atividade residual

corpórea e da atividade plasmática em função de tempo pa

ra cada carneiro estudado.

Todas as curvas experimentais repre.ten­

tativas da variação da atividade plasmática em função

de tempo resultaram decomponíveis em três termos exponeni

ciais. Exemplo desta decomposição acha-se representado '

no Graf.2.

Na Tabela XII reunimos os valores numé­

ricos correspondentes aos coeficientes angulares o-< » °^ 2

e bem como os das intersecções , a^ B a^ para cada

uma das curvas de atividade plasmática dos animais estu­

dados.

Os dados representativos da atividade

residual corpórea, em todos os animais estudados, foram

traduzidos por uma reta, evidenciando que o ritmo de de­

saparecimento da atividade obedece a função exponencial

única de equação:

Page 55: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 4 7 -

T A B E L A XI

A t i v i d a d e u r i n á r i a c u m u l a t i v a em f u n ç ã o de tempo de c a d a c a r n e i r o » e x p r e s s a em p e r c e n t a g e m da d o s e a d m i n i s t r a d a .

Tempo A N I M A L

em

d i a s 1 2 3 4 5 6 7 8

1 0 . 0 3 6 ,01 - - 1 , 74 - _

2 - - - - - - 0 , 1 6 0 ,01

3 2 . 42 - 0 , 2 2 - - - - -4 - - - 0 , 2 7 2 , 9 8 5 .51 3 . 1 7 2 , 1 5

5 4 . 6 8 7 , 89 - - - - - -

6 6 . 2 6 - - 0 .31 5 , 3 9 6 . 1 9 - -

7 - - - 3 . 3 5 - - - -

8 1 2 , 42 7 . 9 6 2 ,21 - 7 , 0 0 1 0 . 32 4 . 0 6 5 , 0 7

9 - - 4 , 4 4 - - - - -

10 - 8 , 2 2 4 . 8 3 - - - - -

11 - - - 9 . 6 5 - - - -

12 1 4 , 40 - - - 1 1 , 9 8 1 1 , 2 0 - -

13 - - 1 0 . 9 1 - - ,- 9 , 5 6 8 , 76

14 - - - 1 3 . 0 6 - - - -

15 - 9 . 1 6 - - - - - -

16 - - 1 5 , 39 - - - 1 0 , 6 9 1 1 , 0 2

1 8 - - - 1 5 , 38 1 2 , 8 8 1 2 , 1 4 -

20 21 , 84 11 , 7 0 1 8 , 4 4 - - 1 3 , 2 4 1 4 , 5 0 1 5 , 5 1

21 2 2 , 4 2 - - - - • - -

22 2 3 , 2 5 _

- - - - - . '-

24 2 5 , 21 _ - - - - 1 5 , 6 1 1 7 , 0 0

2 5 - - - - 1 4 , 7 2 1 4 , 0 2 - -28 - - - 2 7 , 4 3 - - 1 9 , 5 7 2 0 , 0 0

29 2 8 ,42 - - - - - -

30 2 8 ,70 2 8 , 2 5 - - - 2 0 . 3 4

32 - 27 , 89 - - - - 1 9 , 9 7 2 1 , 2 6

34 - - 2 8 , 1 6 - - 2 0 , 0 0 2 2 , 0 6

36 - 2 8 , 0 1 - - - - - 22 ,54

40 3 1 , 44 2 9 , 92 —

1 7 , 6 3 1 7 , 5 1 - -

Page 56: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-48-

100

10

0,1 0i

o 10 1

20 30 40

2 3 4

TEMPO I DIAS I

50

5

60

6

GRAFICO 2 Decomposição da curva experimental representa­tiva da variação da atividade plasmática, em três termos exponenciais [Carneiro 1 )

Page 57: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

TA

BE

LA

XII

Valores

numéricos

dos coeficientes

angulares

e das intersecções

com o eixo

das ordenadas

das

funções

exponenciais

decorrentes

da decomposição

da curva

de atividade

plasmática

em soma

de

termos

exponenciais

de cada

carneiro

estudado.

CA

RN

EI

RO

-<1

a1

°<

2 a2

~<

3 a3

1 0

.01

42

49

,68

0,1

86

7.

76

11

,33

42

.54

2 0

,01

43

47

,17

0.

1 8

4 1

. 7

4 7

.45

5 1

.08

3 0

,01

23

45

,50

0,2

53

1.1

5 7

,23

53

,33

4 0

,01

71

69

.16

0,

40

4 1

, 9

2 5

,90

28

.90

5 0

,01

19

49

,61

0,2

03

12

.05

5.5

3 •

38

.33

6 0

.01

18

47

.95

0,

28

6 5

,29

6.7

3 4

S

.75

7 0

,01

08

38

,69

0 ,

44

0 3

.47

6,2

3 5

7,

82

8 0

.01

37

44

,25

0.2

08

5 .6

3 6

. 3

7 5

0.1

1

Page 58: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-50-

Os valores dos coeficientes angulares

correspondentes à função representativa da atividade ré

sidual de cada um dos carneiros estudados estão reunidos

na Tabela XIII.

Em face de todas as curvas de atividadB

plasmáticas terem resultado compatíve.is com decompôs! -

ção em três termos exponenciais, aceitamos que a distri

buição do Disofen deveria corresponder a um sistema di­

nâmico tricompartimentalizado. • Dos três compartimentos,

um seria representado pelo compartimento de introdução

e de amostragem ícompartimento plasmático) e os demais

seriam extravasculares.

A um sistema tricompartimentalizado des^

te tipo, podem corresponder modelos diversos, cada qual

com sua solução analítica. Dentre os diferentes m o d e ­

los cabíveis, elegemos para desenvolvimento analítico e

cálculo dos ritmos de transferência o representado na

Figura 1.

^21

12

'31

'13

01 >JK03

Figura 1

Page 59: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-51 -

T A B E L A XIII

Coeficiente angular da função exponencial representa

tiva da atividade corpórea residual de cada animal

Carnei ro

Coeficiente Angular («=M •

da Atividade Residual

1 0.0165

2 0,0153

3 0,0127

4 0.0127

5 0,0121

6 0.012B

7 0,0114

8 0,0117

Page 60: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-52-

Ao modelo escolhido correspondem as se­

guintes equações diferenciais lineares a coeficientes

constantes:

dX,, ( t)

dt

dX 2í t)

dt

dX 3(t)

dt

lK01+K21*K3,] X 1 ( t - 3 + * i 2 X 2 ( t ) + K 1 3 X 3 l t í "

K 1 2 X 2 ( t ) • K 2 1 X 1 ( t )

U Û 3 + K 1 3 ] X 3 ( t ) * K 3 1 X 1 ( t )

com X 1(0)=100, X (0) = 0 e X 3 C 0) = 0

onde: X^ít) (i= 1,2,3) representa a percentagem de dose

no instante t no compartimento i.

e K^j constante de transferencia, representando a fraçâo

constante de material transferida na unidade de tempo do

compartimento j para o compartimento i.

Como decorre da Fig.3, trata-se de modelo

no qual o compartimento de introdução e de amostragem do

traçador-Compartimento 1- estaria em equilibrio dinâmico

com os compartimentos 2 e 3 mercê das constantes de trans_

feréncia ~^21 8 K 1 3 ~ ^ 3 1 " ® c o m P a r * i r n e n ^ ° ^ ^ drenado

irreversivelmente pela constante de transferência , e

o 3 pelo coeficiente K Q 3 representativos, respectivamente,

das excreções urinária e fecal.

Fixamo-nos neste modelo por ser, dentre os

possíveis, aquele que é frequentemente aplicável ao estu-

Page 61: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-53-

do da dinâmica de fármacos. Com efeito, o compartimento

de introdução — sangue — é o compartimento central res­

ponsável pela distribuição do fármaco aos territórios ex

travasculares, sejam eles representados pelas áreas efe-

toras, pelas de metabolização ou de mero acumulo.

A identificação anatômica dos demais com

partimentos exigiria a amostragem dirBta dos mesmos, o

que, momentaneamente, escapou às possibilidades deste tra

balho.

Conhecedores,pelos dados experimentais ,

de que 70% da atividade removida do sistema o abandona pe

la via urinária, localizamos esta saída no compartimento

1, pois a excreção urinária está intimamente vinculada

ao compartimento plasmático, por ser este diretamente de_

purado pela filtração glomerular ou pelo trabalho tubu -

lar renal.

Os restantes 30%, correspondentes à fra­

ção da atividade recuperada nas fezes, poderiam ser devi^

dos a fenômenos com sede em qualquer dos compartimentos

do sistema em estudo. D que escolhemos como saida do com

partimento 3, resultou ser, como veremos, o mais adequa­

do para a reprodução dos achados experimentais.

Escolhido assim o modelo cinético com as

características des'critas, obtivemos os valores numéri­

cos das constantes de transferência inerentes ao mesmo a_

través do programa computacional escrito em Fortram II ,

utilizado no Computador IBM 1620, modelo II. Eles estão

reunidos, para cada um dos carneiros estudados, na Tabe­

la XIV.

Como ulterior desenvolvimento das conse­

quências analíticas do modelo escolhido, obtivemos os va

Page 62: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 5 4 -

l o r e s n u m é r i c o s d o s r e s t a n t e

s a b e r : os v o l u m e s g l o b a l , e

t a m b é m f o r a m c o n s i g n a d o s n a

s p a r â m e t r o s do s i s t e m a , a

d o s c o m p a r t i m e n t o s , o s q u a i s

T a b e l a X I V .

A T a b e l a XV r e ú n e , p a r a c a d a c a r n e i r o , t £

d o s os v a l o r e s n u m é r i c o s d o s d i f e r e n t e s p a r â m e t r o s , q u e r

s e j a m e l e s d e c o r r e n t e s d o s d a d o s e x p e r i m e n t a i s , q u e r do

d e s e n v o l v i m e n t o a n a l í t i c o do m o d e l o a c e i t o a t é e s t a f a s e

d o s t r a b a l h o s .

As T a b e l a s X V I . X V I I e X V I I I a p r e s e n t a m

as s a í d a s do p r o g r a m a c o m p u t a c i o n a l p a r a e x e m p l i f i c a r , u

s a n d o o C a r n e i r o 1. E l a s d i z e m r e s p e i t o a o s v a l o r e s do

p l a s m a , e x p e r i m e n t a i s e a j u s t a d o s ( c o m p a r t i m e n t o 1) e os

c a l c u l a d o s p a r a os c o m p a r t i m e n t o s e x t r a p 1 a s m á t i c o s ( T a b £

la X V I ) b e m c o m o os v a l o r e s e x p e r i m e n t a i s e c a l c u l a d o s ,

p a r a as f e z e s e u r i n a ( T a b e l a X V I I e X V I I I ) , e x p r e s s o s e m

p e r c e n t a g e m de d o s e . .

0 g r á f i c o n * 3 a p r e s e n t a a s i m u l a ç ã o a n a

l ó g i c a e m p e r c e n t a g e m de d o s e d a s s o l u ç õ e s d o s d i v e r s o s

c o m p a r t i m e n t o s e s a í d a s c o r r e s p o n d e n t e s , p a r a o c a s o .do

C a r n e i ro 1.

- o -

Page 63: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

TA

BE

LA

XIV

Valores

numéricos

das

constantes

de

transferencia

entre

compartimentos

e com

o exterior

do

sistema:

valores

numéricos

dos

volumes

global

e dos

compartimentos

CA

RN

EI

RO

-1

Constantes

de

transferencia

em

(T

) Volumes

(em

litros)

CA

RN

EI

RO

K21

K12

K31

K13

«01

K03

V1

V2

1 0.0376

0.163

4. 78

6,51

0.02 0 7

0,0103

1 ,23

0,29

0,91

2 .43

2 0.0119

0.178

3.78

3.64

0.0200

0,0099

1 . 30

0 , 87

1 , 36

3,53

3 0.0131

0,2

46

3.83

3.38

0,0190

0,0070

1 ,4

0 0 . 74

1.58

3. 72

4 0,0149

0.394

1 . 70

4.17

0,0107

0,0346

1 , 33

0,50

0.54

2 , 37

5 0.0579

0.165

2.08

3.42

0,0150

0.0142

1 . 87

0.66

1,13

3.66

6 0.0521

0,258

3.10

3.59

0,0154

0,0106

1 . 78

0 . 36

1 ,53

3,67

7 0,0981

0. 4

01

3,50

2.65

0,0185

0,0070

1,93

0.47

2.54

4,94

8 0.0429

0.185

3,15

3,19

0,0176

0.0131

2. 00

0.46

1 . 9 7 4 , 43

nedia

desvio

padrão

0.04106

0.0292

0.2488

0.0984

3.240

0.987

3,819

1.169

0.01717

0 .0032 8

0,01334

0.00896

Page 64: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

T A D F I. A XV - 5 6 -

V a l o r e s n u m é r i c o s dos p a r â m e t r o s f a r m a c o c i n é t i c o s

de c a d a um d o s c a r n e i r o s e s t u d a d o s .

C A R N E I R O P a r â m e t r o s

1 2 3 4 5 6 7 B *

vT ( 1) * 2 . 43 3 , 53 3 , 72 2 , 37 3 , 6 6 3 , 6 7 4 , 9 4 4 , 43

v1 d ) 1 , 2 3 1. 30 1 , 40 1 , 33 1 ,87 1 . 7 8 1 , 9 3 2 , 0 0

v 2 ( 1 ) 0 , 2 9 0 , 87 0 , 74 0 , 50 0 , 6 6 0 , 36 0 , 4 7 0 , 46

v 3 ( 1 ) 0 , 9 1 1 , 36 1 ,58 0 , 5 4 1 , 1 3 1 , 5 3 2 , 5 4 1 ,97

49 . 6 8 4 7 , 1 7 45 , 5 0 6 9 , 1 6 49 , 61 4 7 , 9 5 3 8 . 6 9 4 4 , 2 5

a m 2

7 , 76 1 , 7 4 1 ,15 1 . 9 2 1 2 , 0 5 5 . 2 9 3 , 4 7 5 , 6 3

a 3 (%) 4 2 , 54 5 1 , 0 8 5 3 , 33 2 8 , 9 0 3 8 . 33 4 6 . 75 5 7 . 82 5 0 , 1 1

0 , 0 1 4 2 0 ,014 3 0.0122 0 , 0171 0 , 0119 0 .0118 0 , 0 1 0 8 0.0137

o < 2 Í T _ 1 ) 0 , 1 86 0 , 1 8 4 0 . 2 5 3 0 . 404 0 . 2 0 3 0 , 286 0 . 440 0 , 2 0 8

^ 3 ( T _ 1 ) 11 , 3 3 7 . 45 7 , 2 3 5 . 9 0 5 , 5 3 6 , 7 3 6 . 2 3 6 , 37

K 2 1 ( T _ 1 ) 0 , 0 3 7 6 0 ,0119 0 ,0131 0 .0149 0 ,0579 0,0521 0 ,0981 0,0429

K 1 7 Í T _ 1 ) 0 , 1 6 3 0 , 1 7 8 0 , 2 4 6 0 . 394 0 . 1 6 5 0 , 2 5 8 0 , 4 0 1 0 , 185

K 3 1 I T - 1 ) 4 . 7 8 3 . 7 8 3 , 8 3 1 , 70 2 , 0 8 3 . 10 3 . 5 0 3 , 1 5

S 3 ( T _ 1 ) 6 , 5 1 3 , 6 4 3 , 3 8 4 , 1 7 3 . 42 3 . 5 9 2 , 6 5 3 , 19

0 , 0 2 0 7 0 . 0 2 0 0 0,0190 0,0107 0 .0150 0,0154 0,0185 0,0176

0 ,0103 0 ,0 09 9 0,007-C 0 ,0 346 0.0142 0 .0106 0 .0070 0 ,0131

* t l ) - l i t r o

Page 65: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-56 a-

T A tî F L A XVI

Tempo

nm d i a s

Como o r t i mp, n t o i

E x p e r i m e n t a l

r omn a r t i me n t o 1

A j u s t a d o

C o m p a r t i m e n t o 2

C a l c u l a d o

C o m p a r t i m e n t o 3

C a l c u l a d o

0 , 0 1 1 0 3 . 5 7 9 5 , 4 2 0 , 0 3 4 , 5 2

0 , 0 2 1 0 1 , 8 0 91 , 32 0 , 0 7 8, 55

0 , 0 4 9 4 , 3 4 8 4 , 40 0 , 1 3 1 5 , 3 7

0 , 0 8 8 6 , 26 7 4 , 4 6 0 , 2 5 2 5 , 1 2

0 , 2 5 7 1 , 7 4 5 9 , 42 0 , 6 5 39 . 4 7

0 , 7 5 6 0 , 3 7 5 5 , 92 1 ,62 4 1 , 2 0

1 5 5 , 0 4 5 5 , 4 3 2 , 0 7 40 , 85

3 5 2 , 0 0 5 2 , 0 5 4 , 9 3 3 8 , 3 3

6 4 8 , 9 3 4 8 . 16 7, 47 3 5 , 4 3

8 4 5 , 7 8 46 , 09 8 , 4 1 33 , 89

10 4 4 , 32 4 4 , 3 0 8 , 9 7 3 2 , 5 7

12 41 , 5 0 42 , 72 9 , 2 6 31 , 40

15 3 9 , 72 4 0 , 6 1 9 , 39 2 9 , 84

18 3 8 . 2 6 3 8 , 73 9 . 29 2 8 , 4 6

21 3 6 , 9 6 3 7 , 0 1 9 , 0 7 2 7 , 1 9

24 3 6 , 03 3 5 , 4 0 8, 7 9 2 6 , 0 1

27 3 4 , 75 3 3 , 88 8 , 4 8 2 4 , 89

30 3 2 , 45 3 2 , 4 5 8 . 1 5 23 , 84

33 3 0 , 7 4 3 1 , 0 8 7 , 83 2 2 , 83

36 2 9 , 5 6 2 9 , 7 8 7 . 5 1 2 1 , 8 7

40 2 7 , 8 2 2 8 , 1 2 7 , 1 1 2 0 , 6 6

Page 66: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

T A B E L A XVII

Tempo em dias

Sai da Compartimento 3

Experimental

Saida C o m p a r t i m e n t o 3

Calculado

1 0,67 0 . 39

2 1 , 00 0 , 80

3 1,14 1 , 20

4 1 , 50 1 , 59

5 2.17 1,97

6 2 , 35 2 . 35

7 2,85 2, 71

8 3,00 3,06

g 3, 49 3,41

10 3,58 3, 75

12 4,46 4,41

15 5,38 5, 36

20 7, 45 6, 84

21 7,58 7, 13

22 8,00 7,40

24 8, 22 7,95

25 8, 32 8,22

28 9,00 9 ,00

29 9,24 9,25

30 10,18 9,50

35 12 ,30 10,68

40 13, 75 11 ,79

Page 67: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

T A B E L A XVIII

Tempo em

dias

Sai da Compartimento 1

Experimental

Saida Compartimento 1

Calculado

1 0.03 1,24

3 2 . 42 3, 46

5 4,68 5 ,56

6 6.26 6.57

8 12. 42 8, 52

10 11 .45 10. 39

12 14,40 12,19

15 13,52 14,77

20 21 . 84 18,81

21 22 . 42 19.58

22 23.25 20,34

24 25.28 21.83

29 28.43 25, 36

30 28.70 26.04

Page 68: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

TEMPO /O/AS/

GRAFICO 3 - Simulação analógica em percentagem de dose

das soluções dos diversos compartimentos e

saídas correspondentes, para o caso do Carneiro 1. >

C.I. - Corpo Inteiro

C 1 - Compartimento 1

C 2 - Compartimento 2

C 3

F

U

-' Compartimento 3

- Fezes

- Urina

Page 69: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-60-

6 - COMENTÁRIOS

Dos resultados colhidos neste trabalho djs

duzimos que o D i s o f e n , quando introduzido d i r e t a m e n t e na

torrente c i r c u l a t ó r i a , se distribui e. m o v i m e n t a no orga -

nismo vivo do c a r n e i r o , segundo o modelo da Figura 1.

0 c o m p a r t i m e n t o 1," de introdução e amos­

tragem", deve ser i d e n t i f i c a d o com o próprio plasma san -

guíneo pelos motivos s e g u i n t e s :

^9) 0 volume de d i s t r i b u i ç ã o do r a d i o f á r m a c o ,

para o t = 0, obtido pela e x t r a p o l a ç ã o re -

trógrada para o eixo das o r d e n a d a s da cur­

va e x p e r i m e n t a l de atividade p l a s m á t i c a ,

em função de t e m p o , forneceu valores que

variaram de 1,23 a 2,00 litros (Tab.XIV)i

esses valores foram c o r r e s p o n d e n t e s a v a ­

lores e x p r e s s o s em p e r c e n t a g e m de peso ccr

p ó r e o , que v a r i a r a m de 3,10 a 3,54%, com

o valor médio de 3,30% p e r f e i t a m e n t e su-

perponível a valor médio de 3,24% encontra

do na literatura

2') Através de série de e n s a i o s , parte desta

i n v e s t i g a ç ã o , pudemos v e r i f i c a r que a ati^

vidade do sangue e s t á limitada apenas à

fase líquida ( p l a s m a ) , não havendo qual -

quer ligação ou i n c o r p o r a ç ã o do material

marcado aos elementos figurados do sangue.

3*) Estudos e l e t r o f o r é t i c o s (gel de agar) de

soro de animais que r e c e b e r a m D i s o f e n mar

Page 70: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-61 -

c a d o , d e c o r r i d o s de 5 m i n u t o s a 30 d i a s d a - ( 4 )

a d m i n i s t r a ç ã o l e v a r a m a e s t a b e l e c e r q u e a

a t i v i d a d e d a d r o g a se d i s t r i b u i d a f o r m a

s e g u i n t e :

f r a ç ã o l i g a d a ã a l b u m i n a 9 7% 131

D i s o f e n l i v r e e r a d i o i o d o l i v r e i I ) . . 3%

C o n s e q u e n t e m e n t e , a a t i v i d a d e s a n g u í n e a no

c o m p a r t i m e n t o de a m o s t r a g e m se m a n t é m c o n ­

f i n a d a à f a s e l í q u i d a do s a n g u e d u r a n t e t £

do o p e r í o d o c o b e r t o p e l a i n v e s t i g a ç ã o .

4*) Q m o d e l o c i n é t i c o a p r e s e n t a d o p a r e c e satis_

f a t ó r i o , a n a l i t i c a m e n t e , se se a t r i b u i r a

m a i o r c o t a de d r e n a g e m â u r i n a c o m s a í d a

p e l o c o m p a r t i m e n t o 1, o q u e é c o n s e n t â n e o

c o m a i d é i a de q u e o m e s m o s e j a r e p r e s e n t a

do p e l o v o l u m e p l a s m á t i c o , u m a v e z q u e e s ­

te é d i r e t a m e n t e d r e n a d o p e l a v i a e x c r e t o ­

r a r e n a l .

E s t a m o s , a s s i m , c o n v e n c i d o s de q u e n ã o d e v e m '

p a i r a r d ú v i d a s q u a n t o à i d e n t i f i c a ç ã o do c o m p a r t i m e n t o 1

q u e , c o m o f r i z a m o s r e i t e r a d a s v e z e s , foi o de i n t r o d u ç ã o ,

a de a m o s t r a g e m do r a d i o f á r m a c o .

S e a d m i t i r m o s q u e o c o m p a r t i m e n t o 1 é i n t r a v a s

c u l a r , c e r t a m e n t e o s d o i s r e m a n e s c e n t e s s e r ã o e x t r a v a s c u -

l a r e s . Sua' i d e n t i f i c a ç ã o e s t á s e n d o , n o e n t a n t o , i n t e i r a

m e n t e e s p e c u l a t i v a , p o i s n ã o t i v e m o s a c e s s o d i r e t o a n e ­

n h u m d e l e s p a r a a m o s t r á - l o s , n ã o p o d e n d o , p o r t a n t o , dispor

de e l e m e n t o s de e v i d ê n c i a e x p e r i m e n t a l a r e s p e i t o d e l e s .

Page 71: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-62-

Analisando o volume do espaço global de dis­

tribuição (*) do Disofen marcado, verificamos que o mes­

mo é, em média, da ordem de 7,3% do peso corporal (densi_

dade 1 para fins de cálculo), com uma relação volume ex-

travas cu 1 ar/vo 1 ume intravascular ( + V ^ / V ^ ) de cerca de

1,2.

Esses dados parecem extremamente sugestivos,

particularmente por tratar de uma substância que se liga

ã albumina. Com efeito, os espaços de distribuição da

albumina (**), inclusive quanto à relação extravascular/

intravascular, sobrepõem-se aos aqui registrados, o que

nos leva a aceitar a hipótese de que o Disofen tem para

com a albumina um poder de ligação tão elevado que pas­

sa a acompanhá-la em seu esquema de distribuição geral.

Esta hipótese, nos leva a valer-nos dos conhe

cimentos relativos ao esquema de distribuição da albumi­

na para localizar topograficamente o Disofen. Nesse sen

tido podemos imaginar que a fração extravascular deve

estar essencialmente distribuída no espaço intersticial

(extravascular intersticial), em particular do tecido' ce

lular subcutâneo, reconhecidamente o setor de armazena -

mento da albumina extravascular do h o m a m ^ ^ ' .

* Permitimo-nos lembrar aqui que. o espaço de distribui -çao de uma substância tem sentido teórico, raras vezes sobreponZvel a um espaço físico do organismo.^ Correspon de ele ao volume que seria ocupado pela substância em es_ tudo, se sua concentração, na fiase de equilíbrio de dis­tribuição, f^osse igual a do plasma.

** Esta identidade esteia-se em dados relativos ao homem que, por sua vez, apresenta estreita analogia com o car­neiro.

Page 72: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-B3-

Ocorre» que a fração extravascular do

Disofen está distribuida por dois compartimentos com rijt

mos de troca multo diversos: compartimento 2 de trocas

lentas í ^ 2 1 e K 1 2 ^ « e c ° m P a r t i m e n t o 3 > d e trocas rápidas

( K 3 1 e K 1 3 ) .

Como ao compartimento 3 se deve atri -

buir a via de salda correlacionada com a excreção fecal,

uma vez que o modelo analítico que a inclui foi o que me

lhor simulou os dados experimentais, se aceitarmos, como

hipótese de trabalho, que o Disofen, ã semelhança de ou­

tros fenóis, é depurado pela célula hepática e excretado

via bile, poderíamos compreender como se cria um compar­

timento cinético (compartimento3) representado pelo fígja

do e intestino. Neste compartimento, parte do material,

ativa e rapidamente, é transferido do sangue (lembramos

que se" trata de um compartimento de troces rápidas e de

volume pequeno) e parte é perdida para o organismo pela

excreção fecal ( K Q 3 ) .

Procurando esquematizar o que acabamos

de dizer, podemos representar'o modelo bio-analítico , da

dinâmica do Disofen como na Figura 2.

y

Extravascu-lar

Plasma Fígado +

Intestino

I Compart.2 Compart. 1 Compart. 3

Excreção Urinaria

K 0 1

Excreção • Fecal

K 0 3

FIGURA 2

Page 73: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-64-

A favor desta conceituação podemos tra

zer os dados de distribuição do Disofen marcado obtidos

para ratos (Tabela VI)j nesses, fígado e rins acusaram

elevados valores de concentração radioativa por unidade

de massa, enquadrando-se no esquema os próprios achados

da riqueza do pulmão, pois é conhecida a riqueza em albjj

mina do interstício pulmonar.

Como já dissemos, esta esquematização

é puramente especulativa e necessita de apoio experimen­

tal, agora passível de ser planejado, o que não era viá­

vel antes dos resultados deste trabalho. Cumpre pois

que essa linha de investigação seja continuada, o que.a-

liás, já está em andamento. Coletas de materiais como bi

le, conteúdo intestinal, biópsias de pele e medições so­

bre territórios específicos entre outras determinações,

poderão trazer os elementos necessários ao robustecimen­

to dessa hipótese, ou mesmo à sua validação.

Procuraremos agora analisar o conteúdo

de alguns dos parâmetros dinâmicos estudados e algumas

das implicações farmacológicas decorrentes dos conheci -

mentos adquiridos.

0 valor médio do coeficiente angular

«^1, que caracteriza o rítmo pelo qual o Disofen e remo­

vido quando da fase de equilíbrio de distribuição, info£

ma-nos de que apenas 1,3% da dose administrada é removi­

da por dia. A esse rítmò de remoção corresponde uma meia

vida biológica de cerca de 52 dias.*

* Se calculcLKmoA a mzia-vlda pzlaò mzdldaò de coKpo ln-

tiiKo, c.ho.QaH.zmo& ao KUhultado de 53 dia&, vatoh. qaz tua

daz zxctlzntí conco ndântla do 6 do li, mitodoò, infofimando

òobM d ioKKZzã.0 doò dadoò obtida.

Page 74: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-65 -

A relativamente longa meia vida bioló­

gica do fármaco j u s t i f i c a seu efeito terapêutico p r o l o n ­

gado em face das doses empregadas c o n v e n c i o n a l m e n t e .

• conhecimento da m e i a - v i d a b i o l ó g i c a

e o ao longo efeito terapêutico útil, levantam o p r o b l e ­

ma da dose realmente e f i c a z . Certamente a dose útil pa­

ra uma aplicação única poderia ser e x t r e m a m e n t e mais bai^

xa do que a c o n v e n c i o n a l . Será oportuno ter em mente

que a dose poderá talvez ser d i m i n u i d a s e n s i v e l m e n t e . c o m

o intuito de g a r a n t i r m e l h o r e mais ampla m a r g e m de segu

rança, sem i n t e r f e r i r criticamente nos efeitos terapêutji

cos .

O conhecimento da m e i a - v i d a b i o l ó g i c a

do Disofen nos dá p e r f e i t a conta dos i n c o n v e n i e n t e s re­

gistrados na administração de doses repetidas a curto (23)

prazo, e que levam a atingir a dose c u m u l a t i v a letal

Aceita a informação de que animais tra

tados com uma única dose de Disofen da ordem de 10mg/ kg

se mantém desinfestados em ambiente c o n t a m i n a d o , por pe-(45)

ríodo de cerca de oito meses , podemos p r e s u m i r que a

té esse prazo a c o n c e n t r a ç ã o p l a s m á t i c a do fármaco é te­

rapéuticamente útil. A p a r t i r d e s t a p r e m i s s a é lícito su

por que a c o n c e n t r a ç ã o útil será a l c a n ç a d a por dose cor­

respondente a 4,7% da c o n v e n c i o n a l , ou s e j a , deveria ser

suficiente a d m i n i s t r a r 0,47 mg/kg de peso do a n i m a l .

Esses dados estão b a s e a d o s no ritmo de

remoção do Disofen d e t e r m i n a d o em animais d e s i n f e s t a d o s ,

devendo, p o r t a n t o , traduzir e s s e n c i a l m e n t e o ritmo de re

moção m e t a b ó l i c a . No caso de animais i n f e s t a d o s por ver

mes hematófagos tal rítmo p o d e r á alterar-se p r o v a v e l m e n ­

te para valores m a i o r e s , em virtude da fração de p l a s m a

que será sugado pelos próprios h e l m i n t o s .

Page 75: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 6 6 -

Um argumento a favor da dose útil dever

ser realmente inferior à a d m i n i s t r a d a c l a s s i c a m e n t e advem,

a i n d a , de alguns dados e x p e r i m e n t a i s que p e r t e n c e m à n o s ­

sa linha de investigação em curso.

Em ensaio p r e l i m i n a r já v e r i f i c a m o s que

ovelhas em lactação que receberam Disofen m a r c a d o , apre­

s e n t a r a m , d i a r i a m e n t e , uma dose e l i m i n a d a p e l a secreção

láctea. Foi da ordem de 0 , 3 % da dose a d m i n i s t r a d a . D B D (19)

cordo com GORDON borregos de maes tratadas com Diso -

fen se m a n t é m livres de infestação ainda que estando em

áreas i n f e s t a d a s . Este c o m p o r t a m e n t o tem sua e x p l i c a ç ã o

se aceitarmos como eficaz a dose t r a n s f e r i d a pelo leite e,

em menor e s c a l a , aquela cedida via p l a c e n t a , pois v e r i f i ­

camos que o Oisofen a t r a v e s s a esta b a r r e i r a (dados não pu

blicados a i n d a ) .

A constatação de que o c o m p a r t i m e n t o '

plasmático e n c e r r a , a p a r t i r do m o m e n t o do e q u i l i b r i o de

d i s t r i b u i ç ã o , cerca de 4 3 % da dose residual global pareça

nos sugestiva de que os parasitas recebam s u a dose letal

via s a n g u e , pois têm livre acesso ao c o m p a r t i m e n t o onde a

concentração de oferta é sempre mais e l e v a d a .

Em toda a n o s s a i n v e s t i g a ç ã o a c e i t a m o s

que a atividade r e g i s t r a d a fosse r e p r e s e n t a t i v a do f á r m a ­

co marcado. Esta suposição d e v e r á ser c o m p r o v a d a , f u t u r a

m e n t e , através de novas i n v e s t i g a ç õ e s , e s p e c i a l m e n t e se

desejarmos m e l h o r conhecer as c a r a c t e r í s t i c a s m e t a b ó l i c a s

da droga. Com e f e i t o , ao e s t a b e l e c e r as a t i v i d a d e s das

excreções urinária e f e c a l , não c u i d a m o s , na fase atual

dos t r a b a l h o s , de v e r i f i c a r se a m e s m a é r e p r e s e n t a d a ap£

nas por radioiodo liberado da m o l é c u l a do r a ü i o f á r m a c o p £

lo processo de c a t a b o l i s m o , ou se fraçõss i n t e g r a s ou m e -

Page 76: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-67-

tabolitos i n t e r m e d i á r i o s foram e x c r e t a d a s pelas duas vias.

D conhecimento desse f r a c i o n a m e n t o eventual da atividade

e x c r e t a d a é, por certo, muito importante para o refinameti

to dos conhecimentos inerentes â p r ó p r i a c i n é t i c a da dro­

ga e quiçá possam trazer luzes no que toca à s e q u ê n c i a mje

tabólica do fármaco.

Cumpre a s s i n a l a r , no e n t a n t o , que o d e £

conhecimento desses aspectos não i n v a l i d a as i n f o r m a ç õ e s

aqui t r a z i d a s , apenas limitando o âmbito de algumas i n t e £

pretações por nós f e i t a s , mas nem sequer abordadas na fa­

se atual.

Page 77: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-6B-

7 - CONCLUSÕES

Em vista dos dados experimentais colhidos

no decorrer do desenvolvimento deste trabalho, dentro do

planejamento estabelecido, parece-nos. lícito chegar às

conclusões seguintes:

7.1 - 0 2,6 diiodo-4-nitrofenol pode 131

ser marcado com radioiodo C I) por troca isotópica.

7.2 - As condições ideais das reações

de marcação apreciadas pelo rendimento radioquímico da

preparação no que toca à magnitude da massa de fármaco

posta -a reagir, pH ótimo, tempo e temperatura de reação

e influência da luz foram padronizadas em: 100 mg de DjL

sofenol, pH 5,5, reação a 100°C durante 30 minutos.com

iluminação correspondente ã fornecida por lâmpada de 100

wats a 20 cm de distância.

7.3 - D Disofen se distribui dinâmica -

mente a três compartimentos que entram em equilíbrio en­

tre sí, sendo um intravascular, o próprio volume plasmá­

tico, sede da introdução do fármaco, e dois extravascula

res.

7.4 - Ocorre a ligação do Disofen com a

proteina plasmática — albumina — (cerca de 97%) fato de

grande importância no conhecimento de suas propriedades

farmacocinéticas

7.5 - Um modelo bio-matemático represen

tativo da cinética do Disofen, mostrou que o rítmo de re

moção pela via urinária seria representado por K Q 1 , en­

quanto K n q traduziria a remoção por via fecal.

Page 78: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-69-

7.6 - Parece estar a última salda do Dis£

fen localizada no compartimento 3, de trocas mais rápi -

das, identificado provisoriamente como constituido pelo

fígado e intestino.

7.7 - Em decorrência dos valores numéri -

eos do ritmo de remoção global do Disofen, calculamos a

meia-vida biológica do fármaco que resultou ser em media

de 53 dias.

7.8 - Como corolario da meia-vida biológl

ca pudemos estimar que a dose útil, terapéuticamente, dtj

va ser muito inferior à empregada atualmente, cerca de

4,7% da mesma.

7.9 - Os conhecimentos he dados reunidos na

presente investigação abrem amplo campo de experimenta -

ção futura, especialmente orientado no sentido de melhor

se caracterizarem as sedes anatómicas dos compartimentos,

as etapas metabólicas intermediárias do fármaco e aspec­

tos especiais de seu mecanismo de ação terapêutica.

-o-

Page 79: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 7 0 -

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

1 - A M A Y A , F . - R e s u l t a d o s c l í n i c o s d e i d i i o d o d i n i t r o f e n o l

e n el h o m b r e . R e v . F a c . M e d . , B o g o t á . 3 0 : 4 5 - 5 0 , 1 9 6 2 .

2 - B A R B E R I O . J . C . I R O C H A , U . F . s M E L L O , S . C . C . - 2,6 d i i o d o - V 131

n i t r o f e n o l - I ( D i s o f e n ) . M e c a n i s m o de a ç ã o d a

d r o g a e m c a r n e i r o s . CJLéjic.e C u 1 1 . , S . P a u l o , 2_1 ( 2 ) ;

4 2 6 - 4 2 7 , 1 9 6 9 .

3 - B A R B E R I O , J . C . - P r e p a r a t i o n of I - 2 , 6 - d i i o d o - 4 - n i t r o

f e n o l ( D i s o p h e n o l - D i s o p h e n e ) I n : R A D I O I S O T O P E

p r o d u c t i o n . V i e n n a , I n t e r n a t i o n a l A t o m i c E n e r g y

A g e n c y , 125_: 1 4 9 - 5 4 , 1 9 6 9 ,

4 - B A R B E R I O , J.C.& L E M E , P . R . - D i s t r i b u c i ó n c o m p a r t i m e n t a i

c i n é t i c a y p r o t e í n a de t r a n s p o r t e d e l 2 , 6 - d i i o d o -

4 - n i t r o f e n o l 1 3 1 ^ , e m c a r n e r o s . ( N o t a p r e l i m i n a r ) .

A p r e s e n t a d o ao C o n g r e s o de la A s s o c i a c i ó n L a t i n o -

A m e r i c a n a de S o c i e d a d e s de B i o l o g i a y M e d i c i n a Nu

c l e a r , 3» M é x i c o , D . F . , 1 9 7 0 .

5 - B E C K E T T , A . H . j B O Y E S . R . N . » A P P L E T O N , P . J . - T h e m e t a b o l i s m

a n d e x c r e t i o n o f l i g n o c a i n e in m a n . J . P h a r m . *

P h a r m a c o l . , L o n d o n , 1 8 j s u p 1 . 7 6 S - 8 1 S , 1 9 6 6 .

* Pe ac.on.do com aò noumaò ptieconízadaò pela ABNT {Aòiocia-

cão BK.aollo.lfia de. No/tmaò Tzcnicai). AA abuLvíatunaò doè tZ-

tulo& do. pzKlodlcoò de. acondo com o WORLD MEDICAL PERIODICALS

New VoKk, 1961.

Page 80: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

- 7 1 -

BERSON.S.A. & Y A L O W . R . S . - Quantitative aspects of

iodine m e t a b o l i s m . The e x c h a n g e a b l e o r g a n i c pool,

and the rates of thyroidal e x c r e t i o n , peripheral

degradation and fecal excretion of e n d o g e n o u s l y

synthesized organically bound iodine. J.Clin.

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9 - APÊNDICE

Os gráficos de n's. 4 a 11» a p r e s e n t a d o s

a sepuir, referem-se às curvas r e p r e s e n t a t i v a s da ativi­

dade residual corpórea (curva A) e da atividade plasmáti_

ca (curva 6] em função de t e m p o , para cada carneiro estu

dado.

-o-o-

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-78-

GRAFICO 4 - Carneiro 1

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-79-

10' 1 1 L 1 1 1 0 10 20 30 40 50 60

TEMPO (DIASI

GRAFICO - 5 Carneiro 2

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10» 1 1 1 1 1 1 0 10 20 30 40 50 60

TEMPO (DIASI

GRAFICO 6 - Carneiro 3

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GRAFICO 7 - Carneiro 4

Page 91: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-82-

1 0 k _ 1 1 1 1 L J 0 10 20 30 40 50 60

TEMPO ( DI ASI

GRAFICO 8 - Carneiro 5

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GRAFICO 9 - Carneiro 6

Page 93: JOSt CARLOS BARBERIO TRAÇAPOR RAPIOATII/Ö NO ... - IPEN

-84-

1 0

1 1 1 L . 1 1 1 O 10 20 30 40 50 60

TEMPO ÍD/ASJ

Carneiro 7

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-85-

10 10 20 30 40 50 60

TEMPO (DiAS I

GRÁFICO 11 - Carneiro B