Jornal FINTA 2011

8
No ano em que se ce- lebram os 35 anos da ACERT, voltamos a tirar do chapéu o verbo “FINTAR”. (ou não fosse “FINTAR” um verbo de se lhe tirar o chapéu...) É um verbo que conjugamos no plural (em equipa) e que apare- ce recheado de significados não menos plurais. Aqui ficam três sentidos (um por década, pois claro!) que hoje fazem… especial sentido: FINTAR “lançar finta ou imposto sobre” Não é preciso ler minuciosamente o memo- rando assinado com a troika para perceber que, numa conjuntura de crise, as Artes, tal como as pessoas, são imediatamente redu- zidas a algarismos monetários. À luz desta lógica ilógica, entende-se o porquê de a pa- lavra “Cultura” estar ausente do dito docu- mento, ao contrário dos vocábulos “merca- do” e “bancos”, mencionados 44 e 25 vezes, respectivamente. Ora, recorrendo à linguagem numismática, é de referir que o Sector Criativo em Portugal representou 1,4% do PIB em 2003. Quer isto dizer que apareceu à frente de áreas como as da indústria química (0,8%), imobiliário (0,6%) ou sistemas de informação (0,5%). Torna-se, desta forma, incompreensível o desinvestimento num sector que detém um peso assinalável no desenvolvimento do país. Uma área que, de resto, se pode assu- mir como um elemento de sustentabilidade social integrando cidadãos activos (criado- res e espectadores), criativos, conhecedores e inovadores. A troika só tem três. Nós temos três mais cinco (35). O verbo “FINTAR” nesta acepção não será transitivo, mas transitório. FINTAR “driblar, ultrapassar o adversário” Mais do que superar o adversário, queremos superar as adversidades, ponderando sobre a forma mais adequada de (re)agir. A dimen- são imaterial da Cultura – aquela que não é mensurável em nenhum acordo da troika – é o seu lado mais valioso. Não se trata, de for- ma alguma, de um gasto, mas de um investi- mento cujo retorno se reflecte, em primeira instância, na criação de horizontes de per- tença insuflados pela troca, entreajuda e solidariedade. Além disso, é preciso não esquecer a sua importância no tecido económico local (hotelaria, comércio e serviços) enquanto veículo de opor- tunidades e aperfeiçoamento huma- nístico na certificação singular de um território. Por tudo isto, a Cultura Portuguesa constitui um bem impossível de ser adquirido pela mais forte das economias, aspecto que confe- re uma responsabilidade acrescida a todos os que, reconhecendo o seu valor inestimável, se comprometem a impedir a sua mercan- tilização. Neste contexto, “avaliar” o cumprimento dos nos- sos deveres e “pre- servar” o projecto ACERT são dois verbos intemporais e não negociáveis. Tal como a Cultura. FINTAR “fazer le- vedar, fermentar” Eis o último sentido do verbo. No entanto, porque os últimos são os primeiros, é tam- bém este significado que acompanha o início de cada um dos nossos projectos. Realizações que fazemos levedar através do empenho dos nossos associados e que fermentamos com o afecto do nosso público. Neste contexto, o Festival Internacional de Teatro ACERT (FIN- TA) torna-se a expressão mais completa do acto de “fintar”. Festa do mundo com grupos nacionais, o FINTA 2011 vem comprovar que as parcerias artísticas fazem milagres à margem de uma conjuntura menos favorável. E que os sonhos se fabricam com doses infinitas de autentici- dade, coerência e valores solidários. Levedadas e fermentadas, as peças teatrais servem-se como pão quentinho. De se lhe tirar o chapéu.

description

Jornal do FINTA - 17º Festival Internacional de teatro ACERT. Tondela, 30 Novembro a 17 Dezembro 2011

Transcript of Jornal FINTA 2011

Page 1: Jornal FINTA 2011

No ano em que se ce-lebram os 35 anos da ACERT, voltamos a tirar do chapéu o verbo “FINTAR”. (ou não fosse “FINTAR” um verbo de se lhe tirar o chapéu...)É um verbo que conjugamos no plural (em equipa) e que apare-ce recheado de significados não menos plurais. Aqui ficam três sentidos (um por década, pois claro!) que hoje fazem… especial sentido:

(1) FINTAR “lançar finta ou imposto sobre”

Não é preciso ler minuciosamente o memo-rando assinado com a troika para perceber que, numa conjuntura de crise, as Artes, tal como as pessoas, são imediatamente redu-zidas a algarismos monetários. À luz desta lógica ilógica, entende-se o porquê de a pa-lavra “Cultura” estar ausente do dito docu-mento, ao contrário dos vocábulos “merca-do” e “bancos”, mencionados 44 e 25 vezes, respectivamente.Ora, recorrendo à linguagem numismática, é de referir que o Sector Criativo em Portugal representou 1,4% do PIB em 2003. Quer isto dizer que apareceu à frente de áreas como as da indústria química (0,8%), imobiliário (0,6%) ou sistemas de informação (0,5%). Torna-se, desta forma, incompreensível o desinvestimento num sector que detém um peso assinalável no desenvolvimento do país. Uma área que, de resto, se pode assu-mir como um elemento de sustentabilidade social integrando cidadãos activos (criado-res e espectadores), criativos, conhecedores e inovadores.A troika só tem três. Nós temos três mais cinco (35). O verbo “FINTAR” nesta acepção não será transitivo, mas transitório.

(2) FINTAR “driblar, ultrapassar o adversário”

Mais do que superar o adversário, queremos superar as adversidades, ponderando sobre a forma mais adequada de (re)agir. A dimen-são imaterial da Cultura – aquela que não é mensurável em nenhum acordo da troika – é o seu lado mais valioso. Não se trata, de for-ma alguma, de um gasto, mas de um investi-mento cujo retorno se reflecte, em primeira instância, na criação de horizontes de per-

tença insuflados pela troca, entreajuda e

solidariedade. Além disso, é preciso não esquecer a sua importância no tecido económico local (hotelaria, comércio e serviços) enquanto veículo de opor-tunidades e aperfeiçoamento huma-

nístico na certificação singular de um território.Por tudo isto, a Cultura Portuguesa constitui

um bem impossível de ser adquirido pela mais forte das economias, aspecto que confe-re uma responsabilidade acrescida a todos os que, reconhecendo o seu valor inestimável, se comprometem a impedir a sua mercan-tilização. Neste contexto, “avaliar” o cumprimento dos nos-sos deveres e “pre-servar” o projecto ACERT são dois verbos intemporais e não negociáveis. Tal como a Cultura.

(3) FINTAR “fazer le-vedar, fermentar”

Eis o último sentido do verbo. No entanto, porque os últimos são os primeiros, é tam-bém este significado que acompanha o início de cada um dos nossos projectos. Realizações que fazemos levedar através do empenho dos nossos associados e que fermentamos com o afecto do nosso público. Neste contexto, o Festival Internacional de Teatro ACERT (FIN-TA) torna-se a expressão mais completa do acto de “fintar”.Festa do mundo com grupos nacionais, o FINTA 2011 vem comprovar que as parcerias artísticas fazem milagres à margem de uma conjuntura menos favorável. E que os sonhos se fabricam com doses infinitas de autentici-dade, coerência e valores solidários.Levedadas e fermentadas, as peças teatrais servem-se como pão quentinho. De se lhe tirar o chapéu.

Page 2: Jornal FINTA 2011

(30)Contos em Viagem – Cabo VerdeTeatro MeridionalQua, 30 Nov’11, 21h45Auditório 1 | M/6 | 60 min

É o início da nossa viagem FINTástica: contos de ‘geografia variável’, mas de emoções universais.

No imenso cais insular onde se recortam as frontei-ras deste espectáculo, contam-se pedaços de estórias e poemas como quem canta e reza. Uma actriz e um músico adoptam a literatura como ponto de partida e, como itinerário, as palavras de autores cabo-verdianos.Os textos cortam os mares, cruzam as ilhas e atraves-sam tempos e lugares capazes de moldar a voz e os ritmos de cada personagem. Assim, os imaginários das estórias da história – partilhados em língua portuguesa e também no seu crioulo – ganham uma universalida-de despida de quaisquer espartilhos geográficos.Sabemos, pois, que esta viagem leva na bagagem uma escolha de caminhos, deixando de fora alguns Nomes Maiores da Poesia e Literatura cabo-verdianas. No en-tanto, ainda teremos muita vida para, no final do per-curso, acostarmos nestas ilhas quando nos chamar a “sodade”. Ficha Técnica e ArtísticaTextos: António Aurélio Gonçalves, António Nunes, Baltasar Lopes da Silva/Oswaldo Alcântara, Fátima Bettencourt, Germano de Almeida, João Vário, José Lopes, Manuel Ferreira, Manuel Lopes, Orlando Pereira Ramos Rodrigues, Ovídio MartinsSelecção de textos, dramaturgia e assistência artística: Natália LuízaDirecção cénica e desenho de luz: Miguel SeabraInterpretação: Carla Galvão (texto) e Fernando Mota (música)Música original e espaço sonoro: Fernando MotaEspaço cénico e figurinos: Marta CarreirasAssistência de cenografia: Marco FonsecaFotografia de cena e Registo Vídeo: Patrícia PoçãoMontagem: Rui Alves e Marco FonsecaOperação técnica: Rui AlvesAssessoria de gestão: Mónica AlmeidaDirecção de produção: Narcisa CostaMais info: www.teatromeridional.net

(30)Single Singers BarO TeatrãoQua, 30 Nov’11, 23:30Bar Novo Ciclo | M/12 | 60 min

Feche os olhos, embarque numa viagem no tempo e acorde num verdadeiro Cabaré dos anos trinta!

Eis um serão de outras épocas habitado por persona-gens solitárias, mas unidas pela ideia de que “quem canta seus males espanta”. Pelo palco desfilam canções famosas do teatro musical norte-americano do século XX, muitas das quais retiradas do repertório de espec-táculos não menos célebres, como Cabaret (1966) e Chicago (1975).As angústias de um leque de figuras dramáticas pulsam entre as notas de temas transformados em pequenos sketches teatrais. Uma antiga lenda do Norte da Europa – que conta, afinal, uma história de amor – esconde-se na melodia “Lorelei”, com que os irmãos Gerschwin nos fazem revisitar Pardon My English (1933). Pela mão de John Kander e Fred Ebb, “Don’t Tell Mamma” e “Class” revelam os anseios e aspirações amorosas das personagens que lhes dão voz.

Ficha Técnica e ArtísticaEncenação: Dagoberto Feliz Elenco: Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Castro Gomes, Jorge Marinheiro (Pianista), Margarida Sousa e Nuno Carvalho Figurinos e Adereços: O Teatrão Desenho de Luz: Alexandre Mestre Montagem e Operação de luz: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Jonathan Azevedo, Rui Capitão Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design) Maquilhagem: Mariana Nunes Fotografia: Paulo Abrantes Grafismo: Sofia Frazão Costureira: Fernanda Tomás Direcção de Produção: Inês Mourão Produção Executiva: Isabel Craveiro, Margarida Sousa e Nuno Carvalho Direcção Técnica: João Castro GomesMais info: www.oteatrao.com

(1) (2)Casa dos VentosTeatro e Marionetas de Mandrágora

Qui, 1 Dez’11, 21h45Sex, 2 Dez’11, 10h30 e 14h30 (Escolas do Concelho)Auditório 1 | M/6 | 50 min

Mais uma incursão artística arrojada de uma companhia que, desde 2007, vem trilhando caminhos e momentos com a ACERT.

“Casa dos Ventos” é uma casa e é uma viagem. É uma casa em viagem. Qual a dimensão de uma casa? Pode uma pessoa ser uma casa? Necessita uma casa de pare-des? Pode uma casa ser um local, uma língua, um país? O espectáculo narra a aventura de duas personagens em busca do seu espaço de afectos e emoções num mundo em permanente transformação. Alba e Maria tentam atravessar uma grande cidade carregando um moinho de vento às costas. Pretendem encontrar uma nova colina onde possam viver, enquanto a urbe res-pira, oprime e fascina. (…)Trata-se, no fundo, de uma procura incessante pela in-tegração de memórias – pessoais e colectivas – numa vida quotidiana repleta de tradições reinventadas. Ou, por outras palavras, de uma reflexão crítica sobre a so-ciedade onde nos integramos, a partir de um universo artístico particular.

Na Casa da ACERTCom um percurso povoado de realizações surpreen-dentes, o Teatro e Marionetas de Mandrágora tem vindo a afirmar-se de forma inequívoca no panorama teatral português. Muitos foram, até à data, os momentos de cumplicidade entre esta companhia e a ACERT, sendo a peça “Casa dos Ventos” – precedida por um período de residência artística no Novo Ciclo – o exemplo mais recente.

Ficha Técnica e ArtísticaFilipa Mesquita: criaçãoClara Ribeiro: iniciativasJosé Rui Martins: direcção de actoresArmando Ferreira: apoio à pesquisaFilipa Mesquita: interpretaçãoenVide nefelibata: marionetasMarta Fernandes da Silva: cenografiaMatos Silva: máquina voadoraPatrícia Costa: design gráficoPaulo Neto: desenho de luzFernando Mota, Rui Rebelo: música de cenaJosé Machado: adereços em couroRita Rocha: fotografia de cenaFilipa Mesquita, Clara Ribeiro: produçãoZito Marques: vídeoEspectáculo criado em residência no Novo Ciclo ACERT | Apoio à criação - Trigo Limpo teatro ACERTMais info: www.marionetasmandragora.com

CARL

OS FE

RNAN

DES

PATR

ÍCIA

POÇ

ÃO

Page 3: Jornal FINTA 2011

(3)Ouvindo o OutroConferênciaSáb, 3 Dez’11, 17:30Auditório 2 | Entrada livre

Uma conversa com gente que tem feito do dialogo uma forma de estar na vida e nos projectos em que participam. Um momento de enriquecimento pessoal e de tertúlia, a não perder.

O dialogo intercultural é uma das chaves para o desen-volvimento do planeta, não é mais possível pensar o desenvolvimento sozinhos. “O outro” é sempre agente desse desenvolvimento. O livro O Gentil e os Três Sábios – do escritor, filósofo e místico catalão do século XIII Ramon Llull – dá o mote à criação de uma dramaturgia inédita transposta para a contemporaneidade. Assim nasceu o “Projecto Llull”, apostado na realização de um conjunto de Conferên-cias com vista a repensar, à lupa actual, temas como o choque de culturas e os diálogos inter-cultural e reli-gioso. O ciclo de workshops irá decorrer paralelamente à digressão do espectáculo, em 2012 e 2013.Nesta Conferência, os nossos convidados partem de uma Península Ibérica marcada pela coabitação de três religiões (Cristianismo, Judaísmo e Islamismo), cata-pultando este universo para os problemas universais dos tempos que correm. Sem perder de vista os princí-pios de Ramon Llull – intemporais apesar dos séculos de distância –, reflectem sobre as noções de discussão aberta e troca de ideias que fazem girar o mundo. Sem-pre “Ouvindo o Outro”… ConferencistasConceição Amaral: Multiculti e Fundação Anna Lindh.Cristina Monteys: Associació UNESCO per Dialegue Interrelegi em BarcelonaModerador: Cláudio TorresOrganização: Projecto Ramon Llull em parceria com ACERT

(3)MotofoniaFernando MotaSáb, 3 Dez’11, 21h45 | Auditório 1 | M/4 | 50 min

Músico, artista sonoro, aprendiz de inventor de instrumentos musicais… Tudo e isto e mais ainda, num solo poético que desenha uma rota sonora e visual única.

Os sons contam histórias que não precisam de palavras. Levam-nos a sítios. Dentro de nós. Onde nunca antes estivemos. Não entendemos tudo. Não precisamos de entender tudo. Pressentimos uma harmonia. E parti-lhamos esse espaço de convergência. Encontramo-nos neste sítio que se chama “agora”. E talvez nunca nos voltemos a cruzar. Temos isto em comum. O estar.Fernando Mota teve, desde sempre, um fascínio pela transformação de objectos do quotidiano em instru-mentos musicais, objectos sonoros. Mecanismos que, para além de fontes geradoras de som, funcionem como engenhos cénicos comunicantes pelo seu lado visual e simbólico. (…)O artista interessa-se pelas histórias dos objectos e pelas viagens através das quais eles nos podem levar. Interessa-se pelas viagens e pelos espaços através dos

quais elas nos podem levar. Interessa-se pelos espaços e pelas imagens através das quais eles nos podem levar. O artista quer deixar-se levar.

MotofoniaFernando Mota confunde-se com o próprio universo musical que cria. Do seu percurso conta-se a colabora-ção com diversos encenadores e companhias teatrais, como o Teatro Meridional ou o Chapitô. Trabalhou tam-bém com vários realizadores e produtores, dos quais se destacam José Miguel Ribeiro (Sardinha em Lata), a RTP2 e a Zeppelin Filmes. Tem igualmente colabo-rado em inúmeras acções de formação e conquistado prémios nacionais e internacionais nas áreas do Teatro e da Música.

Ficha Técnica e ArtísticaFernando Mota: Concepção e InterpretaçãoJorge Laurentino: Assistência ArtísticaMarta Carreiras: Figurino e Espaço CénicoJochen Pasternacki: Desenho de LuzSusana Lamarão: ProduçãoSusana Paiva: Fotografias e VídeosMais info: motofonia.wordpress.com

(3)CabRaretSáb, 3 Dez’11, 23h30Bar Novo Ciclo ACERT | M/12 | 60 min

Um espectáculo de Cabaret onde um engenhoso trio tempera a música com pitadas de humor.

Uma cabareteira e duas cabras amestradas lançam-se em viagens loucas pelo mundo do Jazz, Soul, Canção Francesa e muito mais! O resultado é uma receita tea-tral única cozinhada num caldeirão de tempero ousa-damente humorístico… De Nova Orleães à Roménia – e contornado Finisterra! –, venha (re)mexer este preparado peculiar num es-pectáculo que prima pela comunicação com o público.

E não se esqueça de dar uns passinhos de dança – Pas-sedoble, Forró, Tango… e porque não Ska? – ao sabor de um grande roteiro musical.

Ficha ArtísticaIria Pinheiro: DivaAlberto Rodriguez: ContrabaixoAlonso Caxade: AcordeãoEspectáculo em parceria com “OuTonalidades 2011 – D’Orfeu”Mais info: www.myspace.com/cabraret

SUSA

NA PA

IVA

Page 4: Jornal FINTA 2011

(7)Festejar os 35 anos da AcertSessão / espectáculo / Jantar de AniversárioQua, 7 Dez’11, 20h00Reserva Antecipada *

Um dia especial para os associados da ACERT. Um momento de encontro e confraternização celebrado colectivamente.

Aproxima-se um dia especial para os associados e para todos aqueles que, de formas distintas e deter-minantes, contribuíram para que a ACERT se tenha afirmado nestes 35 anos. Um momento de encon-tro e confraternização celebrado coletivamente.Ainda que a ACERT tenha festejado 35 anos nos 365 dias de 2011, este dia reveste um significado particular, sendo marcado por um festejo informal onde se pretende juntar os associados para recor-dar momentos, preparar futuros, partilhar sonhos e, principalmente, viver ensejos de encanto pelo projeto da ACERT ser um círculo afetivo de congre-gação de vontades, paixões e empenhos da parti-cipação associativa com um percurso de 35 anos.O espetáculo junta testemunhos de muita gente que, ao longo do tempo, sentiu também como sua uma “casa” comum e se considera fazendo parte desta grande família artística e associativa que é a ACERT.

Um dia especial. Há que vivê-lo com a intensidade com que se construiu um sonho com generosidade e encanto.Marquem na agenda, porque a vossa presença é que dá brilho à festa!Espectáculo comemorativo, seguido de jantar de confraternização.

Por motivo de reserva de entrada e marcação de jantar, agradece-se confirmação até 5 de Dezembro na loja da ACERT, pelo telefone 232 814 400 ou email [email protected].

Preço de jantar e espectáculo: 7,5€

(5) (6) (11) (12) (13) (14) (15) (16)P de Poesia | estreiaTRIGO LIMPO teatro ACERTSeg e Ter, 5 e 6 Dez’11, 10:00 e 14:30, Auditório 2Dom, 11 Dez’11, 15:00 e 17:00, Auditório 1 (público fa-miliar)Seg, 12 a Sex, 16 Dez’11, 10:00 e 14:00, Escolas do con-celho | M/4 | 45 min

P de Poesia… e não só! Venham decifrar todos os caminhos por onde esta letrinha nos leva…

No seguimento dos dois últimos espectáculos do TRI-GO LIMPO teatro ACERT destinados à infância, estrea-mos esta nova Produção em que o P não é só de Poesia, mas engloba muitas outras Possibilidades!P de… PortátilÀ semelhança dos espectáculos anteriores, esta criação pode ser apresentada em espaços não convencionais, já que não necessita dos recursos específicos utilizados habitualmente num palco. Pelo contrário, ao conjugar a representação com um cenário que serve de Pano de fundo a cada poema, torna-se possível levá-la a salas de aula e bibliotecas, entre muitos outros espaços. P de… PortuguêsEste trabalho baseia-se numa selecção de vários au-tores lusófonos que dispensam apresentações. Cada

Poema é uma Peça de um Puzzle singular, dando a conhecer o imenso legado que é a Poesia na nossa lín-gua. De Álvaro de Campos a Alice Vieira, passando por António Gedeão, José Fanha, José Jorge Letria e Luísa Ducla Soares, eis um espectáculo com P maiúsculo!P de… PequenitosEscolhemos textos que se adequam ao imaginário infantil, de forma a levar a Poesia aos mais novos de forma lúdica e descontraída. As Pequenas histórias es-condidas em cada Poema, conjugadas com o cenário e a encenação, criam um enredo divertido, com o qual o Público de Palmo e meio se poderá identificar. Raquel Costa (adaptado)

Ficha Artística e Técnica:A partir de poemas de António Gedeão, Alice Vieira, Álvaro de Campos, José Fanha, José Jorge Letria, Luisa Ducla SoaresSelecção, adaptação e encenação: Raquel costaInterpretação: Raquel CostaApoio à Encenação: José Rui Martins e Pompeu JoséFigurinos: Raquel CostaCenografia: Zé Tavares e Raquel CostaDesenho de luz: Luís ViegasAssistência de montagem: João Nascimento e Rui RibeiroCarpintaria: CarmosseraLatoaria: Eduardo CoelhoConfecção de figurino: ModusProdução: Marta Costa

(8)Judas 2011Documentário vídeoQui, 8 Dez’11, 17h30Auditório 1 | Entrada livre

Apresentação (estreia) de documentário resultante da cobertura do processo de trabalho de montagem e apresentação do espectáculo “Ao Quixote, não há quem o derrote” — queima e rebentamento do Judas 2011.Um testemunho vídeo de um dos acontecimentos de marca da ACERT, sublinhando os aspectos da efemeri-dade do trabalho artístico, da renovação duma tradição e do esconjurar dos males.Uma visão sobre as entranhas do processo criativo que envolveu cerca de duas dezenas de participantes que se renderam a deixar arder, em instantes, o que cons-truíram conjugadamente.Uma olhar videasta a um dos corações dos 35 anos da ACERT.

Realização: Luís Campos Brás

RICA

RDO

CHAV

ES

CARL

OS FE

RNAN

DES

Page 5: Jornal FINTA 2011

(8) Acertar na Muche Actividade associativaQui, 8 Dez’11, 21h30Bar Novo Ciclo | Entrada livre

Uma final que vai revelar o prazer de arquitectar noites encantadas…

Depois de três sessões alucinantes e divertidas que juntaram 48 elementos em noites inesquecíveis, eis--nos perante a “final” de uma actividade que não irá ficar por aqui… A sessões anteriores integraram associados (Março), elementos de colectividades concelhias (Grupo de te-atro Teia de Alvarim, Grupo de teatro Os Cestos de Nan-dufe, Casa do Povo de Tondela e Sociedade Filarmónica Tondelense – Junho) e classes profissionais (Operários, profissionais de Saúde, Bombeiros e trabalhadores do Comércio - Novembro) que, de forma despretensiosa e lúdica testaram o seu ‘saber-fazer’ e os conhecimen-tos sobre matérias várias, com destaque particular na descoberta de valores patrimoniais, literários e da iden-tidade do Concelho de Tondela.

O júri ultrapassa as funções de juiz e associa-se tam-bém no jogo, invertendo a lógica meramente compe-titiva.Esta final vai reunir, em festa rija, as equipas “muchan-tes” ganhadoras: equipa de Associados ACERT, Filar-mónica Tondelense e trabalhadores do Comércio.

Os que seguiram esta actividade, marcarão a sua pre-sença. Os que não assistiram, têm oportunidade de vivenciar uma iniciativa singular da ACERT em 2011. Venha participar neste encontro em que cada partici-pante é actor, músico, artista plástico, cineasta e conhe-cedor atento das realidades do Concelho de Tondela e do mundo! Impõe-se uma assistência de claques para puxar pelos concorrentes, fazer parte do encontro final e que “muchem” muito!

(9)Mal-EmpregadosD’Orfeu Associação CulturalSex, 9 Dez’11, 23h30Bar Novo Ciclo | Todas as idades | 45 min

Junte-se aos nossos velhos companheiros da D’Orfeu num espectáculo onde o (bem-empregado) tempo se mede em sonoras gargalhadas.

É uma peça simultaneamente pseudo-séria e pseudo--cómica, absurda q.b. e tendencialmente minimal. “Mal-Empregados” conta-nos a estória de dois actores--músicos – de aparência por decifrar! – que se desa-fiam, revezam e tentam sempre outra coisa. Tanto pode resultar como não. Trata-se de uma caricatura irónica dos especialistas em polivalência. Para se chegar a uma conclusão: mal-empregados!

“Para quem pensa que as notas apenas se destinam a “pagar dívidas”, uma vez que a “tristeza”, engaiolada no provérbio, “não” as liquida….Ou para quem acha que é mal-empregado o tempo que não permite acumular notas, dando apenas por bem aplicado o esforço de obtenção de lucros financeiros……recomenda-se um negócio teatro-musical protagonizado por dois personagens em delírio despretensioso. (…)Contagiam pela felicidade com que se deixam voar no fio da navalha interpretativo.Coragem? Ousadia? Inovação? Não só! Antes um exercício de quem arrisca brincar com coisas sérias. (…) Não dêem por mal-empregado o tempo de gargalhar, para que a angústia não se torne num vício internacional”.José Rui Martins

Ficha Técnica e Artística:Interpretação: Ricardo Falcão e Luís FernandesEncenação: Ruy Malheiro e Fernando MotaDirecção técnica: Rui OliveiraMais info: www.dorfeu.pt/criacao/malempregados

(9)O Capuchinho Vermelho XXXTeatro de Marionetas do PortoSex, 9 Dez’11, 21h45 Auditório 2 | M/16 | 50 min

Já reparou que o Capuchinho Vermelho é uma história onde não se fala senão de comer? Eis um espectáculo que se serve como uma boa refeição.

A cena desenrola-se tranquilamente sobre a toalha plástica de uma mesa de cozinha antes da hora de jantar, até ao momento em que… a hortaliça espalhada pela mesa se transforma numa floresta! A partir daí, o universo oscila, os espaços vacilam, os tempos mudam e assistimos, impotentes, à metamorfose culinária do conto numa sequência de gestos e imagens vertigino-sas. E é assim que a personagem central, um burocrata tí-mido, lívido, se deixa levar por um saboroso delírio de invenções surrealistas preparado no espaço apertado da sua cozinha. Não perca este espectáculo hilariante, recheado de objectos (perecíveis) e tão efémero como um delicioso prato!

“Universo delirante e hardcore peculiar e divertido onde os objectos se transformam em marionetas comestíveis”. Isabel Barros

“Hei-de ir lá outra vez aplaudir a habilidade (rara entre nós), a inteligente simplicidade e a espantosa criatividade, temperada de humor (…) É também um estímulo e um apelo à própria imaginação do espectador. Não há disto todos os dias.”Henrique Alves Costa in Jornal de Notícias

Ficha Técnica e ArtísticaEncenação: João Paulo Seara Cardoso Interpretação: Edgard Fernandes Mais info: www.marionetasdoporto.pt

(17)Leilão de Artes ‘Identidades’‘identidades movimento intercultural’17 Dez’11, às 18:00 (As obras estarão em exposição a partir de 9 Dez no restaurante da ACERT).

Um leilão que reúne obras de artistas diversos, cúm-plices com o evento, onde se pretende reunir verbas para alimentar as actividades que desde 1996 se de-senvolvem em Moçambique, em Cabo Verde, no Sertão nordestino do Brasil e em Portugal.Uma oportunidade de se adquirirem obras originais em condições financeiras especiais, e, em simultâneo, se colaborar neste ‘movimento intercultural’.

PAUL

O AB

RANT

ES

SUSA

NA N

EVES

Page 6: Jornal FINTA 2011

(10)A Bailarina Vai Às ComprasEntretanto TeatroSáb, 10 Dez’11, 21h45Auditório 2 | M/12 | 60 min

Uma dançarina de palavras que trilha caminhos (in)certos pelos corredores de um estabelecimento comercial…

A Bailarina Vai às Compras traz-nos a estória de um transexual de meia-idade que faz um espectáculo per-formativo nos corredores do Supermercado central de Tolaboa, embora seja sucessivamente interrompido por telefonemas que o impedem de concretizar o seu objectivo. Com o carrinho repleto de necessidades básicas e im-possibilitado de as pagar, percorre o supermercado de trás para a frente para voltar a colocar todos os bens nas prateleiras. A cada objecto devolvido, a Bailarina dá mais um passo no caminho incerto. Dança com as pala-vras, num jogo de quem não tem nada a perder. Canta com o corpo em movimento, num jogo de quem não

tem nada a ganhar. Da razão ao delírio, do bom senso ao grotesco, do trágico ao cómico, do sexo ao amor, da mulher ao homem: todos os caminhos se jogam neste enredo em que a Bailarina fala, canta e dança até se recolher no sonho da arte que lhe permite continuar a viver neste mundo.

Ficha Artística e Técnica:Texto e Dramaturgia: Júnior Sampaio e Quico Cadaval Coordenação Artística: Maria do Céu GuerraEncenação: Rita LelloInterpretação: Júnior SampaioMúsica: Rui Lima e Sérgio MartinsCenografia: Bruno Guerra Figurinos: Manuela BronzeVoz: Maria Luís França Desenho de Luz: Vasco Letria Produção Executiva: Amélia Carrapito Design: Vítor CardosoMais info: www.entretantoteatro.pt

(12) (13) (14)20 dizerTRIGO LIMPO teatro ACERT

Seg, 12 Dez’11, 10:30 e 12:00 Escola Secundária de MolelosTer, 13 Dez’11, 10:15 e 12:00Escola Secundária de TondelaQua, 14 Dez’11, 10:00 e 11:30Escola Profissional de TondelaM/ 12 | 60 min

Trinta anos de poesia ambulante ao domicílio

Um actor do TRIGO LIMPO teatro ACERT declama, comunica e teatraliza poemas e textos, sem perder de vista a importância do humor na aprendizagem e in-tervenção social. Esta iniciativa dá continuidade a três décadas marcadas por actuações em espaços de ensino, bibliotecas, museus, cerimónias, hospitais, congressos, colectividades, tascas, barcos e empresas, entre uma miríade de locais não convencionais tornados palco da palavra dita. O formato ambulante privilegia, de res-to, uma comunicação mais informal entre o actor e o público que é, não raras vezes, convidado para entrar no desafio.Trinta: três-zero. É esta a idade dos espectáculos mú-sico-teatrais cantados e contados pelos aventureiros ACERTinos.(a propósito, “A Cor da Língua” está aí e recomenda-se!)Temos assistido, desde essa altura, a uma catadupa de interpretações. “Subiu à Torre Eiffel” e “O que Diz Mo-lero” marcaram os momentos iniciais deste repertório artístico, desde as tímidas apresentações em bares no Porto e em Braga ao primeiro palco no Teatro Esther de Carvalho, em Montemor-o-Velho. “20 dizer” é, então, um solo poético-teatral trintão que afiança o sábio pen-samento de Millôr Fernandes: “Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz”.

Ficha Técnica e Artística:Protagonistas: Textos literáriosIluminação: PoéticaMúsica: Pontuação e EntoaçãoCenografia: ExistenteDeclamação: José Rui MartinsProdução: TRIGO LIMPO teatro ACERTMais info: www.acert.pt/trigolimpo

Exposição Fotográfica 35 anos Acert O livro “25 Anos fabricando Sonhos” foi editado em 2001, contendo sinais do percurso da ACERT e, de forma particular, do Trigo Limpo teatro ACERT.Com esta exposição de vários fotógrafos que regis-taram momentos especiais dos espectáculos e rea-lizações desde 2001, pretende-se avivar memórias e salientar a arte de fotógrafos e de um design gráfico que se constitui como uma “marca” identitária da ACERT ao longo dos tempos.Um olhar especial dos fotógrafos Carlos Teles, Carlos Fernandes, Eduardo Araújo, Miguel Vale de Figueire-do, Rui Apolinário e montagem de vídeos documen-tais chancelados por Zito Marques, tendo como guia o engenho gráfico de ZéTavares que tem acariciado cada imagem de forma única.

Artes Plásticas no fintaExposição colectivaUm grupo de obras assinala uma presença, um gesto, habitual, camarada, presa nas Identidades que im-plicam actuações partilhadas por geografias amplas onde nos entendemos melhor e mais plenamente enfrentamos a intersubjectividade do artístico.Obras de Alcina Manuela Carneiro, Ana Torrie, Ân-gelo de Sousa, Carmen Maria Mianga, Dedo Mau, Fernando José Pereira, Henrique Pichel, José Paiva, Marcelo Soares, Mulaulene, Natacha Antão, Noel Lan-ga, Shikani e Silvia Simões.Colaboração com a Gesto/Identidades

LUIS

NEV

ES

LUIS

NEV

ES

Page 7: Jornal FINTA 2011

(17)Personagens em FugaProdução – Trigo Limpo teatro ACERTApresentação Final da Formação de Teatro – Nível IISáb, 17 Dez’11, 21h45 (Confirmação antecipada)Auditório 1 | Entrada livre | M/6 | 60 min

Exercício final de mais um Curso de Formação Teatral, este espectáculo sobe ao palco para comemorar os 35 anos do TRIGO LIMPO teatro ACERT.

Em ano de grande celebração, subimos ao sótão e abri-mos o baú da companhia ACERTina. Depois de muito vasculhar, ‘roubámos’ uma série de textos e persona-gens que, algo empoeirados pelo tempo, permaneciam vivos na memória. Soprámos o pó, arejámos o material e pusemos tudo ao sol… mas eis que – aproveitando uma distracção nossa! – tais protagonistas se puseram em fuga das suas próprias histórias… Iniciada em Outubro, a formação teatral que está a preparar esta peça subiu a fasquia para um nível mais avançado, uma vez que os seus participantes apresen-

tam já algum domínio de conhecimentos e técnicas essenciais inerentes ao trabalho cénico. As duas últimas edições do Curso privilegiaram sobre-tudo o movimento do corpo no espaço e o grupo en-quanto unidade fundamental, bem como a intensidade do gesto e da expressão. Este ano teremos tudo isso, é certo, mas também a palavra e o texto, com toda a complexidade que estes elementos representam.

Ficha Técnica e ArtísticaDramaturgia e Direcção: Ilda TeixeiraInterpretação: Ana André, Carlos Rodrigues, Carla Almeida, Eduarda Figueiredo, Filipa Fonseca, Jorge Manuel Nascimento, Jorge Nascimento, Orlando Pinto, Patrícia Moura, Ricardo Ventura, Susana Duarte, Teresa Couto Desenho de Luz: Paulo NetoVídeo: Zito Marques Som: Cajó ViegasProdução: TRIGO LIMPO teatro ACERTMais info www.acert.pt/formacao

(16) Fil’MusProdução ACERTSex, 16 Dez’11, 14:30 e 18:30 (Escolas do Concelho) Auditório 1 | M/4 | 50 min

Um espectáculo ousado criativamente e emocionalmente emotivo para encantar públicos de todas as idades.

A fusão de uma sessão de cinema com o universo te-levisivo permite reavivar memórias, reviver momen-tos que estavam no baú do esquecimento. Associada à imagem, a música, interpretada ao vivo, terá um papel essencial na viagem ao encontro dessas recordações, numa sessão de cinemamusicofonia.Cinco músicos usam a sua arte ao serviço da sétima arte e pintam de sons as cores (ou o preto e branco) do grande ecrã.Acolhido com um sorriso musical, o público desliga o telemóvel ao som o célebre “tou xim” e, antes que se aperceba, já cantarola jingles inesquecíveis. É então lançado numa queda vertiginosa por uma odisseia do tempo, passando por agentes secretos, intrépidos aven-tureiros e personagens memoráveis, que desemboca no barco a vapor onde se estreou o rato mais famoso do mundo. Nesta animação consegue-se o tributo ao cinema e à música, objectivo principal do nosso es-pectáculo. Por fim, mas não por último, vê-se e ouve-se Chaplin, numa peça que, entre risos e emoções, prende a assistência até ao acorde final.Quem assiste sai da sala com vontade de segurar cadei-

ras com os dentes, cantar a plenos pulmões e traulitar excertos musicais que teimam em ficar no ouvido e na retina.

Ficha Técnica e ArtísticaAndré Cardoso: guitarraManuel Maio: violinoMiguel Cardoso: contrabaixoNuno Silva: acordeãoRui Lúcio: percussão Concepção e direcção: Miguel Cardoso / Composição musical ‘Rua da Paz’: Manuel Maio (apoio à execução de André Cardoso) / Arranjo musical ‘Steamboat Willie’: Rui Lúcio / Outros arranjos: Miguel Cardoso / Vídeo: Zito Marques / Som: Luis Viegas e Cajó Viegas / Desenho luz: Paulo Neto / Desenho gráfico: Zé Tavares / Fotografia: Carlos Fernandes / Agradecimentos: Mistério JuvenilProdução: ACERT 2010Mais info: www.acert.pt/filmus/

(15)A Cor da LínguaTRIGO LIMPO teatro ACERTQui, 15 Dez’11, 21h45Viseu, Esc. Secundária Alves Martins | M/6 | 90 min

Linguajares musicais benditos…

No palco erguem-se pontes entre diversos escritores lusófonos, num carrossel mágico onde as sonoridades rodopiantes se mesclam com a literatura que mais nos seduz. Viajar pelos escritores de língua portuguesa, deixando-nos enfeitiçar pela paleta de cores que plas-ticamente a remodela, tem sido um longo e apetitoso exercício criativo, repleto de cumplicidades múltiplas.Fomos explorando com gosto as palavras de um idioma sem dono (e por vezes, indomável!), que nos fez nave-gar pelas falas e obras de autores dos cinco continentes, sempre embalados pela miscigenação dos diferentes ritmos musicais. Músicas inovadoras ondeiam numa inspiração que transforma a poesia (en)cantada e te-atralizada no nosso mar de deslumbramentos. É uma relação de partilha que, de modo ininterrupto, ACORDA em nós uma língua, fazendo com que A CORDA de cada instrumento expressivo adopte como protagonista

A Cor da Língua.Sons, declamação poética, teatro. São ainda estes os pontos cardeais de um mapa musical único, traçado ao longo das geografias infindáveis dos sentires e dos sentidos.

Ficha Técnica e ArtísticaCarlos Peninha: Coordenação musical, guitarras e vozJosé Rui Martins: Coordenação teatral, declamação e vozLuísa Vieira: Flauta e vozLydia Pinho: Violoncelo e vozMiguel Cardoso: Contra baixo e vozRui Lúcio: Percussão e VozColectivo: ArranjosCajó Viegas e Luís Viegas: SomLuís Viegas e Paulo Neto: Desenho de LuzZito Marques: VídeoRuy Malheiro: FigurinosZéTavares: Cenografia e design gráficoAna Martins: Revisão de textos

“O belíssimo disco [Cantos da Língua] é seguramente um dos três melhores de 2006” (…). Além da incisiva declamação de José Rui Martins (por exemplo, “Saldo Negativo” é um soco no estômago), o projecto conta com a participação de músicos de luxo”Carlos Bartilotti, in Crónicas da Terra, 30 Março 2007

ZETA

VARE

S

ZETA

VARE

S

CARL

OS FE

RNAN

DES

Page 8: Jornal FINTA 2011

Acert 2011Celebrar 35 anos a arregaçar as mangasO corte do financiamento do Ministério da Cultura obrigou a que a ACERT redobrasse o esforço para garantir que o pú-blico fosse o último a ser penalizado.A ACERT tem vindo a anunciar a sua firme convicção de prosseguir a sua actuação com ousadia, apesar das con-trariedades. As consequências traduziram-se na redução dos salários da sua equipa, ainda assim, conseguindo-se ampliar significativamente as metas de apresentação de es-pectáculos do Trigo Limpo teatro ACERT e da programação do Novo Ciclo em relação aos anos anteriores.Milagre? Fazer mais com menos? Reduzir a qualidade ar-tística? Pensamos que a resposta a estas perguntas deverá ser dada pelos associados, pelos espectadores, pela comunidade e pelos distintos parceiros. A ACERT fez da cultura coração e potenciou sinergias e empenhos. Voltou a afirmar até que ponto é indispensável tornar a Cultura e a Arte uma marca distintiva da sua Cidade. Impôs-se como uma plataforma giratória de afectos e paixões que deixam entrever a respon-sabilidade – sedimentada ao longo de mais de três décadas – de meter as mãos na massa. Foram 35 anos a dar uma mãozinha, sempre de bom grado…O que nos espera com este corte drástico de 38%? Os re-sultados são imprevisíveis! A única certeza – enorme, por sinal – é a de que continuaremos a resistir e a alimentar a chama de uma paixão que tem no conhecimento, no saber, na criatividade e nas PESSOAS os seus factores preponde-rantes de progresso e desenvolvimento.Estamos juntos!

Trigo LimpoActividade de Criação e apresentação de espectáculosO número de espectadores manteve-se no índice de 2010, embora não se deva esquecer a elevada afluência aos espec-táculos de rua na Feira de S. Mateus, cujo público triplicou. De registar é também, sem qualquer dúvida, o aumento das apresentações em 15% face a 2010. Devido à conjuntura de recessão, porém, as Autarquias (principais entidades progra-madoras) retraíram a sua dinâmica normal de promoção de actividades. Desta forma, a realização de mais espectáculos não foi acompanhada por um expectável crescimento de re-ceitas. Relevante é igualmente a forte actividade de intercâmbio com outras estruturas artísticas em Portugal e no estrangeiro, que vem conferir, contenção de custos, diversidade e heterogenei-dade à programação do Novo Ciclo. ‘Semear para colher’ tem sido a matriz desta actuação em equipa. Por iniciativa própria e pela sua integração em projectos de difusão, o TRIGO LIMPO teatro ACERT conseguiu manter uma assinalável actuação em itinerância que abrangeu 32 localida-des do país (mais uma do que em 2010). Paralelamente, viu-se obrigado a não corresponder a diversos convites internacio-nais que exigiam apoios suplementares.

ProgramaçãoNovo Ciclo Acert

O número de actividades da programação foi ligeiramente superior ao de 2010. Por incrível que possa parecer na actu-al conjuntura, os índices de público conheceram um cres-cimento, ainda que pouco significativo. No entanto, tendo muitas das actividades uma natureza de fruição associativa e entrada gratuita, as receitas não registaram um aumen-to proporcional. Importa lembrar, neste contexto, que a ACERT procurou sempre evitar que os cortes nos apoios se traduzissem no preço dos bilhetes, tendo em conta que o poder de compra do público também diminuiu conside-ravelmente.O Novo Ciclo ACERT deu continuidade à sua vocação como Centro de Recursos Culturais, acolhendo numa base regular residências artísticas nacionais e internacionais, actividades promovidas pela Autarquia, Escolas, Colectividades e outras organizações da sociedade civil. A sede ACERTina assume--se, assim, como pólo aglutinador de sinergias com vista a um desenvolvimento integrado.Os núcleos de Escalada, Karaté e Basquetebol da ACERT (este último, de forma particular) mantiveram uma elevada participação, prosseguindo as suas actividades de forma-ção, prosseguindo as suas actividades de forma-, prosseguindo as suas actividades de forma-ção, dinamização e competição.

mico da actividade da ACERT na criação de postos de trabalho, no comércio, indústria, serviços e hotelaria locais. Uma visão, a maior parte das vezes, não tomada na devida conta, mas com um peso assinalável no desenvolvimento da região. Comemorar 35 anos em 2011 é não deixar que seja o vento a soprar as velas… Amor com labor se paga!

100 espectáculos/animações apresentados pelo TRIGO LIM-PO teatro ACERT (60% em itinerância) para mais de 43.000 espectadores1. Seis estreias e sete espectáculos em reposição.

1 Até 25 de Novembro. Prevê-se um aumento considerável de público com as 25 apresentações agendadas até ao final do ano.

181 espectáculos/actividades realizados no Novo Ciclo ACERT nas várias áreas artísticas (Teatro, Música, Exposi-úsica, Exposi-Exposi-ções, Formação, Residências, Serviço Educativo e realiza-ções associativas), ou seja, um aumento de 19% face a 2010, numa média de mais de 3 realizações por semana.

32 Localidades onde a Acert actuou em 2011Águeda, Alcanena*, Camacha, Caramulo, Chaves, Coimbra, Estarreja*, Figueira da Foz*, Gouveia*, Joane, Leiria*, Lousa-da, Molelos, Montemuro, Mortágua, Paredes de Coura*, Pe-nafiel, Ponte de Lima*, S. Joaninho, Santiago de Compostela, Seia*, Serpa, Setúbal, Tábua, Tondela, Tourigo, Valongo, Viseu.

* Locais onde o TRIGO LIMPO teatro ACERT apresentou “Em Viagem” e onde cumpriu pelo menos cinco dias de formação em exercício, num total aproximado de quarenta

Apoios

Apoios Media

Bilhetes 7.50€ | Sócio 5€ | Desc.* 6 €Caderneta (6 Espectáculos): 35 € | Sócio 20 € | Descontos* 30 € * Descontos:estudantes, reformados e portadores de cartão jovemFamílias gratuito < 16, acompanhados pelos pais.

Horário da Bilheteira/Loja3ª a 6ª Feira 9:30h às 13h e 14h às 20h*Sábado 15h às 18h e 19h às 22hDomingo e Feriados 15h às 18h e 19h às 22h * Em dias de programação encerra às 22:00h

Reservas Tel. 232 814 410 ou [email protected](até ás 16:00h do dia do espectáculo)

InformaçõesACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, s/n 3460-613 Tondela t. 232 814 400 | email: [email protected]: www.acert.pt/finta

O MecenatoO apoio das empresas parceiras conheceu, naturalmente, um decréscimo. Contudo, também estas demonstraram um esforço em manter apoios, atestando a importância do ser-viço público prestado pela ACERT.

A parceria com a Câmara Municipal de TondelaO Município de Tondela continuou a conjugar esforços no sentido de que a projecção artística e o trabalho cultural comunitário merecessem o desempenho desejado no ter-ritório. Foi possível, ao longo de 2011, realizar um vasto pro-grama de acções de relevo no âmbito do projecto “365T+ Tondela, o Desafio da Prosperidade” (Parcerias para a Rege-neração Urbana). Recorde-se que a ACERT é co-promotora desta iniciativa, em parceria com a Autarquia na sua ver-tente de animação. Torna-se ainda imprescindível sublinhar o retorno econó-

…(2011) mais um ano

a dar conta do recado…

Estrutura Financiada pela Direção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Tondela

Financiamento